Jornal do Rebouças - Edição Out.2016

OUT/2016
Corpo humano leva 14 dias para se
acostumar com horário de verão
Um estudo realizado no Brasil
concluiu que o corpo humano
precisa de ao menos 14 dias
para se adaptar totalmente
ao horário de verão. Enquanto essa adequação
não ocorre, são comuns problemas
como falta de atenção, de memória e sono
fragmentado.
O horário de verão 2016 começou no
Brasil neste dia 16 outubro, e vai até o dia
19 de fevereiro de 2017. Nesse período, o
relógio é adiantado em uma hora.
Ele vai vigorar no Distrito Federal e
nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
São Paulo e Espírito Santo
O objetivo é economizar energia elétrica
e gerar um ganho de R$ 147,5 milhões,
de acordo com estimativa do Operador Nacional
do Sistema Elétrico, o órgão governamental
que controla o setor.
A medida é comum em muitos países.
As primeiras ideias sobre o tema surgiram
no fim do século 18 e um de seus
maiores defensores foi o patriarca americano
Benjamin Franklin. Ele dizia que a mudança
no horário era necessária para gerar
"economia tanto em velas como em querosene",
segundo o pesquisador Guilherme
Silva Umemura.
De acordo com ele, o horário de verão
começou a ser adotado na década de 1930
no Brasil. Mas as discussões acadêmicas
significativas sobre seu impacto na saúde
começaram nos anos de 1970.
O estudo desenvolvido por Umemura
no Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento
e Ritos Biológicos, vinculado ao Instituto
de Psicologia da Universidade de São
Paulo, se concentrou em como a mudança
no relógio influi na temperatura do corpo
humano.
"Com a mudança no horário as pessoas
são obrigadas a acordar mais cedo e isso
gera uma série de modificações fisiológicas
no organismo", afirmou.
Fadiga
Segundo ele, a temperatura do corpo
começa a subir mais cedo do que antes do
horário de verão. Isso aponta para uma desestabilização
entre os ritmos da temperatura
corporal e da atividade de repouso.
"Essa dessincronização entre diferentes
ritmos gera problemas. Desde problemas
fisiológicos como distúrbios de sono."
"A pessoa fica mais propensa a ter
deficits de atenção, pode ter maior fadiga
durante o dia, problemas para dormir, fragmentação
do sono e até mesmo a diminuição
da duração do sono", disse ele.
A falta de atenção e a fadiga, afirma,
podem ser causadores de acidentes de
trânsito e acidentes de trabalho.
No começo do horário de verão, de
acordo com ele, a maior incidência do sol
em horários considerados noturnos faz o
organismo atrasar seu ritmo. Isso faz com
que a pessoa tenda a ficar mais tempo
acordada por sentir sono mais tarde - o que
afetaria negativamente o sono noturno
Os grupos mais afetados são os adolescentes
e os jovens adultos, segundo o
pesquisador.
Adaptação
Porém, na maioria dos casos aos poucos
o corpo começa a "se acostumar" com
a nova rotina.
"No nosso trabalho nós observamos
que 14 dias seria o mínimo necessário para
a pessoa se adaptar ao horário de verão",
disse Umemura.
Mas, de acordo com ele, embora isso
seja menos comum, para algumas pessoas
os sintomas podem perdurar até fevereiro,
quando ocorre a mudança para o horário
normal.
Para chegar a essas conclusões
Umemura fez uma pesquisa qualitativa,
monitorando dia e noite com aparelhos um
grupo de cerca de 20 pessoas - tanto no início
como no fim do horário de verão.
A mudança de horário afeta mais quem
tem rotinas mais rígidas de trabalho.
Mas, para quem tem maior flexibilidade
de tempo, o recomendado é tentar minimizar
os efeitos da mudança.
Uma receita é ir acordando 15 minutos
mais cedo diariamente, para que a transição
ocorra aos poucos.
JORNAL do REBOUÇAS
Curitibanos são os mais
endividados do Brasil
Pelo terceiro ano consecutivo, os curitibanos
são os mais endividados do Brasil,
segundo um ranking elaborado pela Federação
do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP).
Curitiba é a cidade com maior proporção
de famílias endividadas entre todas as
27 capitais brasileiras: 86% das famílias da
capital possuem dívidas, quantidade bem
maior do que a média nacional, de 56%.
A capital paranaense encabeça essa
preocupante lista desde 2014. Em 2014 e
2015, 89% e 87% das famílias, respectivamente,
tinham algum tipo de dívida.
Dívidas difíceis de controlar
Na capital, 539 mil famílias estão endividadas
hoje – são famílias que utilizam
crédito, fazem compras a prazo, têm financiamentos,
entre outros fatores. Mas
o número mais preocupante vem a seguir:
desse total, 32% estão com parte da renda
mensal comprometida e 30% têm dívidas
em atraso.
Ainda conforme o levantamento da
Fecomércio SP, o grande volume das operações
de crédito concentradas no Sul justifica,
em parte, a quantidade de endividados
por aqui: com 14,7% do total de famílias
brasileiras, a região concentra 20,2% do volume
de crédito.
Como saber se o nome está sujo
As principais empresas que listam devedores
oferecem o serviço de consulta
gratuitamente, na internet. É possível consultar,
por exemplo, o Serasa Consumidor
ou a Boa Vista SCPC. Há, ainda, os canais do
SPC Brasil.
Nos sites, também é possível consultar
outras formas de obter a informação –
como telefone, consultas presenciais e até
por carta. É interessante consultar todas
as listas, pois pode haver registros que não
constem em uma delas.
Pesquisa
A classificação faz parte da “Radiografia
do crédito e do endividamento das famílias
brasileiras”; com a análise é feita a partir de
informações do Banco Central, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Depois de Curitiba, Florianópolis aparece
na lista em segundo, com 85% das famílias
endividadas.
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Igreja Universal investe
R$ 414 Mi em novo templo
Antes da inauguração do novo “Templo
de Salomão” em Brasília, a Igreja Universal
do Reino de Deus (IURD) deve inaugurar uma
nova sede com tamanho similar em Curitiba.
As obras foram iniciadas em setembro de
2014 e têm previsão de término em outubro
de 2017.
O Cenáculo Curitiba ocupa atualmente
uma quadra inteira entre algumas das principais
vias da cidade no bairro Rebouças.
De acordo com uma publicação do jornal
O Globo, a compra do imóvel, que já abrigou
a antiga fábrica da Matte Leão, custou cerca
de R$ 32 milhões em 2010. A obra, que está
em fase de conclusão, custou cerca de 128
milhões de euros – cerca de R$ 414 milhões,
segundo a empreiteira portuguesa Teixeira
Duarte, responsável pela construção.
Segundo a IURD, a nova sede terá capacidade
para receber mais de cinco mil pessoas
e “será um prédio inovador, projetado e construído
pensando na aplicação de tecnologias
sustentáveis, que possibilitarão suavizar os
impactos ambientais e gerar economia no
consumo de água e energia”. De acordo com
o pastor Lucas Camillo, do Departamento de
Engenharia da Universal no Paraná, o ambiente
também contará com uma estrutura maior
e mais moderna para a realização dos programas
evangelísticos de rádio e televisão.
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