REVISTA PODER BRASIL
BELÉM TAMBÉM TEM JUIZ SÉRIO - JUIZ ANTÔNIO CLÁUDIO VON LOHMANN CRUZ. ELE CASSOU ZENALDO PELA SEGUNDA VEZ AO CONSTATAR O USO DA MÁQUINA PÚBLICA EM SUA CAMPANHA PARA PREFEITO DE BELÉM
BELÉM TAMBÉM TEM JUIZ SÉRIO - JUIZ ANTÔNIO CLÁUDIO VON LOHMANN CRUZ. ELE CASSOU ZENALDO PELA SEGUNDA VEZ AO CONSTATAR O USO DA MÁQUINA PÚBLICA EM SUA CAMPANHA PARA PREFEITO DE BELÉM
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pará<br />
Os Moros se<br />
multiplicam no Brasil<br />
O exemplo do juiz Sérgio Moro contagiou o país e<br />
está influenciando no judiciário de maneira direta,<br />
pois apesar de ser um servidor público que apenas<br />
cumpriu com ética e honestidade seu papel de aplicar<br />
a lei sem olhar a quem o fez virar uma espécie<br />
de “herói nacional.<br />
A pergunta é: Por que Moro parece uma exceção e<br />
não uma tendência hegemônica de comportamento<br />
no sistema judiciário brasileiro? Essa pergunta<br />
vem sendo respondida com sentenças que antes<br />
nem eram pensadas, agora os juizes julgam com<br />
mais imparcialidade e isso vem mudando também<br />
o olhar da sociedade para a justiça no Brasil.<br />
No Pará, o desenho desse comportamento vem<br />
sendo uma tendência de servidores de denunciarem.<br />
Sem querer comparar, mas a postura do juiz<br />
Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, da 97ª Zona<br />
Eleitora de Belém está sendo elogiada por toda a<br />
sociedade, devido seu olhar atento e minuncioso<br />
às denúncias contra a chapa Zenaldo Coutinho e<br />
Orlando Reis. Ele julgou com ética e isenção, com<br />
argumentos fortes e reais um caso que, em outra<br />
época, poderia ter sido ignorado ou visto com menos<br />
rigor pelo judiciário.<br />
Nas redes sociais a decepção de<br />
quem votou em um candidato cassado<br />
e a comemeração do outro<br />
lado disputam espaços, curtidas e<br />
compartilhamentos. Caso não consiga<br />
anular a sentença em instâncias<br />
superiores, Zenaldo não assumirá<br />
a prefeitura para o segundo<br />
mandato e a Justiça Eleitoral determinará<br />
novas eleições na cidade.<br />
Zenaldo Coutinho foi reeleito,<br />
em segundo turno, com 52,33%<br />
dos votos válidos contra 47,67%<br />
do ex-prefeito da capital paraense<br />
Edmilson Rodrigues (PSOL).<br />
Mas a pergunta que teima em surgir<br />
é: “Edmilson voltará a disputar<br />
as eleições em Belém se houver<br />
determinação da justiça? E quem<br />
serão seus concorrentes?” Como<br />
se dará esse processo eleitoral em<br />
Belém após a conclusão da justiça?<br />
Do outro lado, a assessoria jurídica<br />
de Zenaldo luta contra o tempo e<br />
busca argumentos para desvalidar<br />
as provas. Pior é que com a cassação<br />
de Zenaldo quem foi vítima<br />
de chantagem para votar na sua<br />
chapa agora começa a denunciar.<br />
Funcionários da<br />
PMB fazem novas<br />
denúncias<br />
Segundo apuração da Revista Poder<br />
Brasil, funcionários da Prefeitura<br />
que foram advertidos durante a campanha<br />
de como se comportar e votar<br />
favorecendo o gestor começaram a<br />
serem ouvidos em segredo de justiça.<br />
Muitas denúncias estão chegando<br />
ao tribunal, principalmente de<br />
professores de escolas municipais.<br />
O medo de apontar o dedo contra<br />
Zenaldo e sua equipe está acabando.<br />
Também foram feitas ameaças<br />
veladas contra DAS e concursados<br />
com cargo de comissão especial<br />
para trabalharem em favor da chapa<br />
Zenaldo-Orlando Reis e isso tudo<br />
está sendo investigado pela justiça.<br />
A previsão é que ainda há muita roupa<br />
suja para lavar e vai faltar sabão.<br />
Enquanto Zenaldo se diz confiante<br />
e certo de que assumirá em janeiro,<br />
nos bastidores há uma enorme<br />
tensão pré posse e forças externas<br />
do poder estadual, com apoio federal<br />
estão se mobilizando para<br />
garantir a diplomação. “Eles estão<br />
buscando na jurisprudência argumentos<br />
que venham aliviar a setença<br />
de Zenaldo para converter em<br />
multa a pena, mas com essa pressão<br />
popular em combater a corrupção<br />
não sei se vão conseguir”, afirmou<br />
o advogado Nunes Azevedo.<br />
Novembro/06 13