Reportagem - TCC atualizado DIA 29_KALINE

monitoresforam para trabalhar em tempo integral, com plantão de 24h, e determinamos
um limite de leitos.” Completou o Pastor Daniel Barbosa.
Assim como a maioria dos dependentes químicos, para Jaidete Justino não foi
diferente. Atualmente interna na fundação ZOE, o primeiro contato com o álcool foi na
fase da juventude, quando a vontade falou mais alto que a razão.
Alcoólatra,JaideteJustino, de 43 anos, conta parte de sua história de vida, e as várias
recaídas que teve ao longo de alguns anos. –Meu vício é o álcool, eu bebia quando eu
era bem mais nova, não chegava a ser em grande quantidade. Passei vinte anos sem
consumir o álcool. De três a quatro anos para cá, houve um problema familiar muito
sério, me separei do meu companheiro que era também viciado. Foi um casamento de
17 anos. Também tive um problema com a minha sobrinha, ela foi presa, mexeu muito
com minha estrutura. Eu não suportei por que a criei como uma filha. A partir daí, foi a
porta para eu ir ao fundo, como eu sempre digo: Cheguei ao último degrau. O meu
consolo para todos os problemas, era o álcool em especial a cana.
As internas da Fundação ZOE Feminina, chamadas de alunas, recebem o
tratamento por nove meses, nos três primeiros meses, elas ficam na Fundação sem
receber visitas de familiares e amigos, que é o período de desintoxicação, o período da
abstinência do uso de devidas drogas. Jaidete foi internada contra a sua própria vontade
no CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) e Clinica Juliano Moreira, ambos na cidade de
João Pessoa. Ela conta que passou dois anos interna no CAPS, e relata como era feito o
tratamento: “No CAPS é redução de danos, lá eles trabalham com bastantes
medicamentos e meu tratamento foi à base de Cicotropsico (remédio controlado), e no
Juliano Moreira o tratamento é de apenas 15 dias, um tratamento rápido, para o
deslocamento até outra clinica.
Nenhum desses tratamentos houve resultado positivo para Jaidete, chegou contra
sua vontade pela primeira vez na fundação ZOE feminina no final do ano de 2015, onde
ficou em tratamento por nove meses, conseguindo então uma boa recuperação - Fiquei o
tempo máximo aqui, sai limpa e me considerava curada, logo em seguida fui cuidar de
minha mãe que é enferma, e sou formada em Tec. De Enfermagem, durante um mês
fiquei 24 horas no hospital acompanhando ela, quando voltei para casa me rendi ao
álcool por dias seguidos – Completa Jaidete.
Períodos intercalados de momentos sóbrios e do uso em excesso do álcool, quase
levaram Jaidete a morte, o uso extremo do álcool dias seguidos fizeram com que ela
ficasse apagada por horas sem realçar nenhum movimento, foi quando pela segunda vez
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