Reportagem - TCC atualizado DIA 29_KALINE

“Hoje, para mim, as drogas ilícitas são a maior fonte de destruição da família, pois
não afeta só o usuário, mas também os seus familiares”. A frase é do Jovem Leandro
Kleber, de 33 anos, nascido na cidade de Esperança, no interior da Paraíba, onde passou
uma boa parte de sua infância.
Após os nove anos de idade, Leandro e sua família decidiram morar em João
Pessoa. A decisão foi tomada devido ao trabalho de seu pai em João Pessoa,que
permitia que ele encontrasse a família somente a cada quinze dias. Residiu por um ano
no bairro da Mangabeira, e, após, foi morar no bairro São José, onde viveu a maior parte
de sua vida. Após essa mudança, o seu pai se separa de sua mãe, e, de acordo com
Leandro, a partir dessa separação a sua casa se desestruturou por completo – Meu pai
deixou a minha mãe e foi para o Rio de Janeiro, com isso, eu e os meus dois irmãos
começamos a passar por necessidades.Por muitas vezes eu via a minha mãe chorando
porque não tínhamos o que comer, éramos crianças e não podíamos trabalhar, a idade
não nos permitia.
Com a crise familiar, Leandro conta que fez novas amizades, se familiarizou com
o bairro e, aos 13 anos de idade,conheceu o cigarro. Em seguida foi para uma substância
denominada popularmente como loló, (misturas de álcool benzina, clorofórmio, éter e
essência de frutas ou mesmo a diluição de uma bala), e assim conheceu outras drogas,
até o ponto em que a crise financeira dentro da família não era mais o problema
principal.
– Certo dia, eu e uns amigos estávamos procurando o loló para cheirar e não
encontramos, aí me ofereceram maconha: provei e tive uma sensação parecida com a
dololó, gostei e comecei a fumar a maconha. Minha mãe começou a trabalhar e o seu
salário era um prato de comida para dividir entre eu e os meus dois irmãos, conta
Leandro.
Após provar a maconha, Leandro encontrou uma maneira fácil de ganhar
dinheiro: começou a comercializar a erva dentro do bairro.– Depois que comecei a
fumar maconha, surgiu uma facilidade, eu comecei a comprar cinco reais de maconha,
dividia em três Dólar (Pequena porção de maconha vendida nas bocas de fumo,
Também usado no diminutivo Dolinha), de cinco reais e também de dois reais e
vendia. Depois eu vi que o comércio estava aumentando e dentro de pouco tempo eu
comecei a mexer com coisa grande.
Leandro conta que, com o sucesso das vendas da maconha, ele passou a comprar
não apenas os cincos reais, agora era em grande valor, eram quilos de maconha. – Vi
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