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GENTE<br />

Renovando ciclos<br />

10<br />

T<br />

E com relação ao Píer UHOS?<br />

Como foi essa importante obra?<br />

Márcio: Essa foi uma obra de grande<br />

porte em uma região de difícil acesso<br />

para as máquinas e equipamentos.<br />

Além disso, houve toda uma questão<br />

de negociação com os pescadores,<br />

que alegaram terem sido impactados<br />

em suas atividades de pesca na região.<br />

Pelo volume de dragagem e o pouco<br />

tempo para sua realização, não tínharabalhar<br />

por mais de 40<br />

anos na mesma empresa<br />

é algo para poucos. O engenheiro<br />

mecânico Márcio Accorsi,<br />

gerente setorial de Construção e Montagem<br />

de Estradas, da Implementação<br />

de Empreendimentos de Construção<br />

Civil e Infraestrutura (Iecin/Cmest), faz<br />

parte desse seleto grupo. Em janeiro<br />

de 2015, Márcio fecha o seu ciclo<br />

profissional na Petrobras. Segundo<br />

ele mesmo destaca, o orgulho de ter<br />

atuado por quatro décadas na mesma<br />

companhia reside em uma fórmula: a<br />

ética. Pai de três filhos, e morador de<br />

Petrópolis, ele foi peça fundamental<br />

em obras importantes do Comperj,<br />

como a Estrada e o Píer UHOS e a<br />

Estrada Convento. Mas quem pensa<br />

que ele parou, engana-se. Praticante<br />

da ginástica, hoje encarada como<br />

hobby, ele está em forma para encarar<br />

os desafios futuros.<br />

Como se deu sua trajetória na Petrobras?<br />

Márcio: Ingressei na Petrobras em<br />

janeiro de 1974. Comecei minha trajetória<br />

atuando na manutenção da<br />

Reduc. Em maio de 1998, fui para a<br />

Transpetro, atuando como gerente de<br />

suporte técnico em engenharia. Vim<br />

para o Comperj em junho de 2008.<br />

Fiz a entrevista com o gerente Duque<br />

Estrada, que estava precisando de um<br />

profissional com a minha formação.<br />

Você gerenciou o contrato de construção<br />

da Estrada UHOS. Quais foram<br />

os maiores desafios enfrentados?<br />

Márcio: Um dos maiores desafios foi<br />

lidar com as desapropriações. Não<br />

podíamos acessar o local até as desapropriações<br />

acontecerem. Devido a isso,<br />

não tínhamos conhecimento da área,<br />

pois havia muitas casas construídas e<br />

não podíamos fazer, dessa maneira,<br />

uma análise bem feita do solo. Com<br />

relação à evolução da obra, tivemos<br />

um problema relativo à troca da empresa<br />

contratada. Além disso, o nível de<br />

Márcio Accorsi, gerente setorial de Construção e Montagem de Estradas, da Iecin<br />

segurança do local era muito baixo. O<br />

sucesso que obtivemos possibilitando a<br />

passagem dos Equipamentos UHOS foi<br />

devido a termos uma equipe motivada<br />

e competente, que não mediu esforços<br />

para alcançar esse objetivo.<br />

E com relação à Estrada Convento?<br />

Quais foram as principais dificuldades?<br />

Márcio: O desafio nesse caso é que<br />

essa foi uma obra de grande porte<br />

em uma área toda alagada, sendo<br />

um projeto de execução complexa.<br />

Toda a extensão da via foi feita em<br />

solo mole, de baixa resistência, tipo<br />

um pântano. A solução foi executar<br />

um colchão, utilizando um material<br />

geotêxtil e areia, que funcionava como<br />

uma esponja, eliminando a agua até<br />

que fosse possível aplicar o asfalto.<br />

mos tecnologia brasileira para o porte<br />

desse serviço no prazo estipulado. A<br />

solução encontrada foi trazer uma draga<br />

americana de grande porte, juntamente<br />

com os batelões, um tipo de balsa para<br />

transportar o material dragado.<br />

O que muda nas obras do Comperj<br />

com a <strong>final</strong>ização dessas frentes?<br />

Márcio: Essas obras são fundamentais<br />

para a partida do complexo. Eram o<br />

caminho crítico para o Comperj. Sem<br />

a entrada em operação da Estrada<br />

UHOS, não tem como dar continuidade<br />

à construção das unidades e,<br />

consequentemente, a partida do<br />

Comperj em 2016. Tanto na obra do<br />

Píer, da Estrada Convento, como na<br />

da Estrada UHOS, atuei como gerente<br />

desses contratos.<br />

Em janeiro, você se aposenta. Como vê<br />

a sua contribuição para a companhia?<br />

Márcio: Eu saio com consciência tranquila<br />

de que eu contribuí bastante para o<br />

crescimento da Petrobras e do Brasil.<br />

Fui muito feliz ao trabalhar aqui esses<br />

anos todos por causa da ética como<br />

as pessoas aqui atuam, tudo da forma<br />

correta. A Petrobras cumpre, rigorosamente,<br />

todas as leis. Fiquei tantos anos<br />

na companhia por conta disso.

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