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Desart<br />
03<br />
Getúlio Vargas: Uma avenida de histórias<br />
Por Lívia Bellot<br />
A Avenida Getúlio Vargas é umas<br />
das mais antigas de Juiz de Fora teve<br />
inicio no trecho da Estrada união e<br />
indústria fundada pelo Comendador<br />
Mariano Procópio, construtor da primeira<br />
rodovia brasileira.<br />
Após um período a Av. Getúlio<br />
Vargas passa a formar um triangulo<br />
central de ruas juntamente com a Avenida<br />
Rio Branco e Rua Espírito Santo, principais<br />
ruas do centro da cidade, e pouco tempo<br />
depois a inauguração da estação Estrada<br />
de Ferro D.Pedro II, em 1875, a parte<br />
baixa das ruas Halfeld e Marechal<br />
Deodoro, e com a construção da Alfândega<br />
Ferroviária, em 1893, que originou a praça<br />
Antônio Carlos, a região da atual Av.<br />
Getúlio Vargas se firmou como uma das<br />
mais importantes vias de Juiz de Fora.<br />
Situada no centro da cidade de Juiz<br />
de Fora é uma das mais importantes da<br />
cidade, tem valor histórico por ser umas<br />
das mais ricas da cidade há 150 anos. Lá<br />
estão concentrados prédios importantes<br />
como, primeiro Banco de Credito Real de<br />
Minas Gerais, prédio do Diretório Central<br />
dos Estudantes que antes era sede da<br />
Fábrica de Balança de Precisão, Bernardo<br />
Mascarenhas, Pantaleoni Arcuri, Caixa<br />
Econômica Federal, Cine Teatro<br />
Variedades, Palace Hotel, Cia Mineira de<br />
Eletricidade entre outras.<br />
Hoje em dia é uma das ruas mais<br />
movimentadas de Juiz de Fora, o comércio<br />
é seu ponto forte movimentando e<br />
aquecendo a economia da cidade.
Consiga um emprego<br />
Por Francisco Vilela<br />
Identifique seus objetivos e se prepare.<br />
Primeiramente, pense onde você<br />
quer estar em 10 anos, qual área você<br />
almeja e se pretende ir para grande<br />
centros. Então procure empresas próximas<br />
que atuem na área almejada liste-as,<br />
estude sobre elas e aproxime-se, descubra<br />
sobre eventos que essas participam, quem<br />
são seus clientes e principalmente as<br />
soluções que ela oferece. Crie currículos<br />
diferenciados para cada uma delas,<br />
mostrando o melhor de si.<br />
Mantenha todas suas redes sociais<br />
atualizadas de forma correta,<br />
apresentando seu lado pessoal mas<br />
mostrando postura. Sim, eles vão dar uma<br />
espiadinha.<br />
Prepare-se para a entrevista.<br />
O ponto principal não é não mentir,<br />
empreendedores não vão se importar se<br />
você não sabe algo que ele deseja, pois<br />
você aprenderá. Tente mostrar o melhor de<br />
si nas respostas, seja criativo, mostre que<br />
você já conhece a empresa. E o principal<br />
seja você!<br />
Desart<br />
04<br />
Entre em contato.<br />
Procure conhecidos que trabalham<br />
nas empresas almejadas, faça networking.<br />
Referencias profissionais é um ponto<br />
decisor no mercado de trabalho. Na hora<br />
de enviar o currículo, ligue para estas<br />
pessoas ou entregue pessoalmente na<br />
empresa. Certifique-se que o responsável
Fábrica de Doces Brasil,<br />
o cantinho do juizforano<br />
Por João Pedro Carneiro<br />
Desart<br />
05<br />
A Fábrica de doces Brasil há<br />
muitos anos já está no gosto do povo de<br />
Juiz de Fora, toda pessoa que vem a<br />
Juiz de Fora e não come a coxinha e os<br />
doces da doceria está perdendo uma<br />
grande oportunidade.<br />
O mineiro gosta de comer bem, e<br />
comer uma boa coxinha então...Muitas<br />
pessoas passam pela Doces Brasil e<br />
não resistem aos sabores incríveis do<br />
lugar.<br />
Wilson Moraes, gerente da fábrica<br />
de Doces Brasil garante a qualidade dos<br />
produtos da loja e também a simpatia dos<br />
atendentes, o que diz ser um grande<br />
diferencial. Também diz que a loja tem<br />
valores muito familiares que refletem para<br />
os clientes no dia a dia. Segundo Wilson, é<br />
fundamental que as pessoas que querem<br />
trabalhar na empresa sejam simpáticas.<br />
Esse valores familiares vieram de<br />
Jaime, o fundador da fábrica de doces<br />
Brasil em 1945. A loja foi passando de<br />
geração para geração e os filhos dos<br />
filhos é que hoje desenvolvem algumas<br />
funções na loja, além de assumirem a
Uma de suas lojas está na Avenida<br />
Rio Branco, que tem um toque a mais de<br />
sofisticação, bastante tecnologia e um<br />
ótimo lugar para lanchar e até conversar<br />
com os amigos.<br />
Wilson diz que essa loja é mais<br />
sofisticada e que tem um tipo de público<br />
mais diferente, na outra loja que fica na<br />
Rua Marechal, a loja tem um público mais<br />
“povão”, é mais agitado.<br />
Desart<br />
06<br />
Como toda empresa, a fábrica de<br />
Doces Brasil tem uma visão. A visão da<br />
empresa é a franquia, aumentar cada vez<br />
mais o número de lojas em Juiz de Fora e<br />
em toda a região.<br />
A missão da empresa segundo<br />
Wilson, é oferecer sempre o melhor<br />
produto ao cliente, que deve sair<br />
satisfeito da loja e com muita vontade de<br />
voltar sempre.<br />
Podemos dizer que a “Doceria<br />
Brasil” tem um lema: expandir com<br />
qualidade !
Vida de blogueira<br />
Por Luiza Novaes<br />
Desart<br />
07<br />
Em juiz de Fora pode até parecer<br />
novidade, mas em cidades como São<br />
Paulo, Rio De Janeiro e na maioria das<br />
capitais brasileiras trabalhar com blog já<br />
faz parte do dia a dia dos leitores e dos<br />
influencers. Porém da mesma forma que<br />
em outras cidades este método tem<br />
dado certo aqui, além do crescimento de<br />
suas páginas em relação ao público as<br />
marcas também estão aderindo a ajuda<br />
das blogueiras para a divulgação. Mas<br />
para trabalhar nesta área tem que gosta<br />
de ter contato com público e estar<br />
sempre conectado nas redes sociais.<br />
Pode até parecer mas este<br />
trabalho não é tão fácil como a maioria<br />
imagina, para ser uma blogueira não é<br />
somente criar um blog é necessário<br />
estudos e pesquisas e também ter<br />
propriedade do assunto tratado , além<br />
de ter que estar sempre antenado<br />
trazendo novidades para o publico, e<br />
não acaba por ai, para ter credibilidade<br />
diante das marcas é preciso ter muitos<br />
seguidores, pois só assim será possível<br />
garantir que as parceirias com as<br />
marcas tenham efeito desejado.<br />
Há também uma grande cobrança<br />
com as blogueiras de moda, tema principal<br />
deste texto, em relação ao visual, a<br />
exigência que devem estar sempre bem<br />
vestidas e maquiadas consomem ainda<br />
mais do seu tempo e dedicação.<br />
Para explicar melhor este assunto<br />
conversei com a Camila Villas, blogueira<br />
de moda há cinco anos alternado suas<br />
dicas entre as marcas da cidade de juiz de<br />
Fora e o Rio de Janeiro.<br />
Ela começou a sua trajetória na<br />
moda através de um blog fundado junto<br />
com uma sócia em 2011, ele tinha como<br />
tema principal falar de T-Shirts que era o<br />
seguimento da marca que as duas tinham<br />
juntas na época, o blog servia como um<br />
meio de se comunicar com o público da<br />
marca já que era usado para dar dicas de<br />
como usar as camisetas que elas vendiam<br />
em ocasiões diferentes. Um tempo depois<br />
Camila decidiu criar o próprio blog e<br />
começou a se especializar em moda de<br />
acordo com o surgimento de novos<br />
desafios.
Segundo ela no início foi um<br />
pouco difícil, pois as pessoas<br />
estranhavam um pouco por não<br />
entender do que se tratava, mas aos<br />
poucos isto foi mudando pelo fato de<br />
estar sempre se especializando e desta<br />
formar conquistou confiança dos leitores<br />
e das marcas. Afirma também que dos<br />
primeiros posts até hoje a sua forma de<br />
comunicar mudou muito, trazendo mais<br />
proximidade com os leitores e usando<br />
mais imagens ao seu favor deixando<br />
assim sua comunicação mais clara o<br />
objetiva.<br />
Ainda hoje existem algumas<br />
dificuldades em relação ao entendimento<br />
das pessoas sobre a sua profissão, mas<br />
não se compara com o início de sua<br />
jornada, tudo está relacionado aos<br />
estudos que ela realiza na área, desta<br />
forma a cada dia está mais próxima de<br />
conquistar ainda mais seguidores.<br />
Outro exemplo de blogueira que<br />
podemos citar são as profissionais de<br />
comunicação que trabalham para<br />
marcas criando blogs individuais para<br />
empresas de acordo com a identidade<br />
de cada uma delas e de acordo com o<br />
seu publico. Elas produzem conteúdo e<br />
alimentam o blog com informações, dicas,<br />
novidades e promoções sempre com foco<br />
no seguimento de cada marca.<br />
Conteúdo e alimentam o blog com<br />
informações, dicas, novidades e<br />
promoções sempre com foco no<br />
seguimento de cada marca.<br />
Conversei com Betânia Bertelli, graduada<br />
em Jornalismo, atualmente trabalha com<br />
assessoria de comunicação, e em uma das<br />
assessorias produz conteúdo para o blog<br />
da loja Fernanda Souza, mas que também<br />
atende o público da marca Ananda.<br />
Ela começou a trabalhar como<br />
blogueira a seis meses diante da<br />
necessidade que a marca tinha de ter um<br />
meio de comunicação com as suas clientes<br />
para dar dicas de moda, tendência e<br />
mostrar as novidades que poderiam ser<br />
encontradas na loja, já que isto era feito<br />
através do Facebook, e de acordo com ela<br />
não era a melhor plataforma para esta<br />
finalidade, já que os posts ficavam grandes<br />
e não era interessante para o público.<br />
Desart<br />
07 08
Desart<br />
09<br />
Bê Bertelli, conta que não tinha nenhum<br />
contato com o mundo da moda antes de<br />
começar a trabalhar na área, porém<br />
começou a se interessar mais e a<br />
estudar para poder ter credibilidade nos<br />
assuntos tratados além de estar sempre<br />
em contato com a designer que<br />
desenvolve as peças da loja para estar<br />
por dentro das tendências.<br />
Um dos maiores desafios é<br />
adaptar as tendências do momento de<br />
acordo com o seu público e sempre<br />
manter o blog atualizado e com várias<br />
dicas que sejam interessante para os<br />
leitores despertando assim a vontade de<br />
acessar o conteúdo.<br />
A interação com o público é bem<br />
diferente de como vimos anteriormente<br />
com a Ca Villas, aqui as publicações são<br />
direcionadas para clientes da loja com o<br />
intuito de ajudar nas futuras compras,<br />
além disso ela não encontrou resistência<br />
pois conhece o perfil das pessoas que<br />
deseja atingir e sabe quem realmente<br />
tem interesse em acessa-lo, para<br />
Betania ao invés da resistência<br />
encontrou carinho e respeito pelos seus<br />
posts.<br />
Para finalizar ela relata que<br />
trabalhar com o público feminino é muito<br />
bom, pois tem liberdade de falar e<br />
conversar como se fosse com pessoas<br />
próximas e isto gera uma interação<br />
maior até porque a linguagem usada no<br />
blog gera esta possibilidade.<br />
Juiz de Fora tem grandes<br />
possibilidade para quem deseja<br />
trabalhar desta forma, seja com blog<br />
pessoal, ou através de marcas. Para<br />
isso é necessário empenho e<br />
dedicação. Há muitas expectativas de<br />
crescimento nesta área já que as<br />
pessoas estão cada vez mais<br />
conectadas e as marcas se<br />
empenhando para alcançar o seu<br />
público-alvo. Além disso, é preciso<br />
conhecer necessidades e expectativas<br />
do público e estar atualizado com as<br />
principais notícias em seu ramo, haja<br />
vista que as blogueiras são, também,<br />
corresponsáveis por determinadas<br />
tendências, em todos os seguimentos.
Os acessórios<br />
na contrução do<br />
Desart<br />
11<br />
estilo masculino<br />
Por Diogo Moreira
Divulgação Maison Cartier. Anel<br />
masculino da coleção "Panthère de<br />
Cartier" em comemoração aos cem<br />
anos do símbolo da marca<br />
s fontes de inspiração na<br />
composição estética de jóias<br />
Aexpressam os ideais e os anseios<br />
da sociedade correspondente. A<br />
joalheria, uma das mais tradicionais<br />
artes decorativas, se destaca pela<br />
utilização de metais e pedras preciosas,<br />
cuja beleza e durabilidade, aliadas ao<br />
enorme simbolismo que carregam,<br />
sempre exerceram, desde a Antiguidade,<br />
um enorme fascínio sobre as pessoas.<br />
O acréscimo da utilização do ouro<br />
e de diamantes, além de rubis,<br />
esmeraldas e safiras, por exemplo, na<br />
produção de jóias refinadas ocorreu,<br />
sobretudo, a partir do século XVIII.<br />
Desde então, a ourivesaria se firmou,<br />
atingindo alto grau de resplandecência e<br />
disseminando, entre a nobreza européia<br />
o uso da mesma como forma de<br />
ostentação pública de riqueza e poder.<br />
A joalheria se sobressaiu por<br />
meio da criação de peças esplendorosas<br />
para, especialmente, a corte francesa<br />
que se tornou referência de luxo e<br />
riqueza para as outras sociedades.<br />
De acordo com Letícia de Sá<br />
Nogueira, professora de moda e cultura<br />
brasileira, a joalheria do país consiste na<br />
interseção de três caminhos: do<br />
habitante topônimo brasileiro (várias<br />
etnias antes da chegada dos<br />
portugueses); da cultura européia e<br />
principalmente a cultura africana, os<br />
quais vieram escravizados. A população<br />
existente no Brasil apresentava uma<br />
forma especifica de acessórios (contas,<br />
pedrarias, além da arte plumária – feitas<br />
com penas de animais).<br />
Letícia afirma que os africanos<br />
têm uma tradição em ourivesaria, o qual<br />
Desart<br />
<strong>12</strong>
Divulgação Maison<br />
Cartier. Relógio<br />
masculino da coleção<br />
"Drive de Cartier"<br />
Desart<br />
13<br />
utiliza de recursos naturais, como a<br />
madeira, junto a materiais nobres<br />
(pedras preciosas). Destaca ainda que é<br />
possível perceber uma forte simbologia<br />
nas peça, especialmente de cunho<br />
religioso. Ela declarou que no Brasil há<br />
um belo acervo dessas jóias. A mesma<br />
ressalta que a joalheria brasileira é<br />
derivada da miscigenação, à vista disso,<br />
ela é muito rica e diferenciada.<br />
Tradicionalmente, as jóias são<br />
acessórios, os quais estão totalmente<br />
ligados ao público feminino, entretanto,<br />
nas maiores potências políticas e 2<br />
culturais do mundo ocidental durante<br />
séculos, França e Inglaterra, disputaram<br />
a paternidade de uma combinação que<br />
revolucionou a forma de os homens se<br />
apresentarem em sociedade.<br />
O terno, inicialmente, por<br />
definição moderna, formado por paletó,<br />
colete e calça confeccionados com o<br />
mesmo tecido, vestiu os soberanos de<br />
Versalhes e Gales no século XVII como<br />
sinônimo de status e poder, cuja<br />
elucidação permanece na atualidade.<br />
Ele promoveu uma identidade visual<br />
mais afastada do universo feminino. À<br />
vista disso, os acessórios eram<br />
considerados os componentes do terno<br />
como a gravata, popularizada por Luis<br />
XIV, e o colarinho branco, o qual era<br />
uma forma de diferenciar a burguesia<br />
dos trabalhadores, que utilizavam o azul.<br />
O smoking surge por volta de 1880 como<br />
uma forma luxuosa para o homem se<br />
apresentar em determinados eventos.<br />
Outro acessório, o qual foi usado<br />
fortemente nos anos 50 foram os<br />
chapéus. Na época, os homens não<br />
saiam sem ele, à exceção dos rebeldes<br />
como James Dean. Contudo, ao final da<br />
década não era mais imposto a sua<br />
utilização, desaparecendo<br />
gradativamente até o final dos anos 70.<br />
Voltando a Antiguidade, os<br />
hebreus, romanos, gregos e egípcios,<br />
usavam anéis e não apenas como<br />
símbolo de elegância, porém era<br />
sinônimo de respeito e autoridade.<br />
Alguns eram exercidos, singularmente<br />
na Grécia, como sinetes, ou seja,<br />
possuíam em alto ou baixo relevo a<br />
assinatura, que poderiam ser as iniciais<br />
ou o símbolo que remetia a jurisdição de<br />
seu proprietário para selar documentos,<br />
como um carimbo. Os escravos eram<br />
proibidos de usar a jóia, em razão de
Divulgação Graff<br />
Diamonds. Coleção<br />
"Famous Diamonds"<br />
14<br />
Desart
Desart<br />
15<br />
durante muito tempo, os acessórios<br />
denotarem a condição social de quem os<br />
possuíam.<br />
Um adorno clássico para maioria<br />
dos homens é o relógio, cujo apresenta<br />
muitos signos. Esse item pode ser<br />
considerado o mais importante e<br />
agregador de valor ao vestuário. Além<br />
de trazer elegância e estilo, ele auxilia<br />
na composição de uma boa aparência.<br />
O relógio funciona também como<br />
parte da linguagem corporal, resulta em<br />
elementos à imagem que se tem de<br />
quem usa. O mesmo demonstra<br />
significados como confiança, atração,<br />
sofisticação, elegância e essencialmente<br />
segurança. O acessório também é um<br />
vultoso símbolo de status e sucesso, 3<br />
principalmente nos negócios. Além de<br />
traduzir que se é um homem pontual.<br />
Atualmente, os homens despiram<br />
do preconceito e começaram a utilizar<br />
acessórios. A variedade está maior,<br />
entre anéis, colares, pulseiras e<br />
relógios. Usados em conjunto ou apenas<br />
como um detalhe, os mesmos se<br />
modernizam sendo essenciais para<br />
composições clássicas e modernas. O<br />
ator, Johnny Depp, é um exemplo de que<br />
as jóias são uma marca registrada,<br />
precipuamente, de sua personalidade.<br />
De acordo com a assessoria de<br />
comunicação do SEBRAE (Serviço<br />
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas<br />
Empresas), em um momento de<br />
instabilidade econômica, o mercado de<br />
moda masculina, em particular os<br />
acessórios, mantém-se mais estável em<br />
comparação ao feminino. Afirma ainda que<br />
cerca de 23 bilhões de dólares é a<br />
estimativa de negócios gerados e<br />
relacionados a esse público para o<br />
próximo ano. Destaca também que em<br />
2013 o valor elaborado foi de 18 bilhões<br />
de dólares, enfatizando o crescimento<br />
do setor de 44% no país, entre 2007 e<br />
2014, justificando pelo aumento da<br />
demanda dos homens.<br />
Fabiana Alvim Ballesteros,<br />
professora de moda e designer, declara<br />
que a joalheria masculina é um nicho, o<br />
qual está em expansão, sendo excelente<br />
para o mercado atual. Ela também<br />
afirma que os homens contemporâneos<br />
estão cada vez mais inerentes aos<br />
ornamentos indumentários, os quais<br />
destacam a aparência. A mesma destaca<br />
que é possível observar um maior<br />
número desses – os quais se adornam –<br />
não somente com tatuagens e/ou corte<br />
de cabelo mais radical; todavia com<br />
brincos; alargadores; além de anéis;<br />
correntes e relógios, cujos símbolos<br />
frequentemente comunicam poder e<br />
sensibilidade estética.<br />
Questionada se desenharia<br />
acessórios para homens, Fabiana, por<br />
ser designer de jóias, disse que sempre<br />
teve vontade de desenvolver uma linha<br />
para esse público. Ela salienta também<br />
que há a possibilidade de acontecer em<br />
uma próxima coleção.<br />
O PROCESSO CRIATIVO<br />
A professora de moda explica que,<br />
inicialmente, sua inspiração são as pedras,<br />
as quais encontram "pelo caminho". Ela diz<br />
que tem muito gosto em trabalhar com a<br />
prata e as pedras preciosas brasileiras em<br />
conjunto. Fabiana declara que não se<br />
apega rigorosamente as tendências,
entretanto as consideram relevantes<br />
para auxiliar no caminho certo,<br />
singularmente nas disponibilidades de<br />
materiais.<br />
Os desenhos dos croquis são<br />
feitos de forma artesanal, os mesmos<br />
são executados em papel especial<br />
trabalhando sobre luzes e sombras,<br />
mediante a cor da liga e da pedra<br />
escolhida. Os materiais são escolhidos<br />
ora por uma seleção prévia de pedras<br />
brasileiras lapidadas, ora pela temática<br />
envolvida no processo de criação,<br />
explicitou a designer.<br />
Fabiana esclarece que durante a<br />
evolução as modificações da peça estão<br />
sujeitas a acontecer, em razão de<br />
fatores como a ergonomia da forma<br />
apresentada no croqui, sobre a<br />
modelagem, pode não ser adequada<br />
para a pedra escolhida. Ela enfatiza o<br />
importante trabalho dos (as) ouvires,<br />
pelo fato de dominarem as técnicas da<br />
ourivesaria, evitando possíveis<br />
desgastes do produto ou perda de<br />
material.<br />
16<br />
Desart<br />
Jóia de Fabiana<br />
Ballesteros<br />
Jóia de Fabiana<br />
Ballesteros
Cultura e tradição alemã em um só lugar<br />
Por Maria Izabel Xavier<br />
Desart<br />
17<br />
O principal objetivo do evento é<br />
resgatar a memória e cultura do país de<br />
origem, a Alemanha/ e dos principais<br />
imigrantes que chegaram á Juiz de<br />
Fora., no século XIX.<br />
Em um bate papo com Carolina<br />
Weitzel, 21 anos, estudante de<br />
publicidade do CES JF, a festa começou<br />
na comunidade, em 1969. A partir daí, a<br />
festa foi crescendo e atraindo milhares<br />
de pessoas em função do resgate da<br />
cultura alemã, culinária, danças típicas e<br />
o famoso chopp!<br />
Carol ressalta ainda, que faz<br />
parte de um grupo de dança folclórica<br />
"Schmetterling" há mais ou menos 2<br />
anos. "Sempre vivenciei essa realidade<br />
por ser descendente desse povoe não<br />
quis perder essa oportunidade."<br />
Completa Carol, que se apresentou em<br />
mais uma vez. Nessa edição o lugar do<br />
evento foi alterado devido ao<br />
crescimento da festa. Antes era em torno<br />
da igreja, esse ano aconteceu em outro<br />
espaço onde agregou mais modernização<br />
e segurança aos visitantes.
História<br />
A Deutsches Fest (Festa Alemã)<br />
é considerada patrimônio cultural de<br />
Juiz de Fora. A Lei <strong>12</strong>.621, 9 de julho de<br />
20<strong>12</strong>, declarou o evento como utilidade<br />
pública para fins de registro e efeito de<br />
proteção e preservação, como bem<br />
constitutivo da cultura colonizadora na<br />
memória urbana da cidade.<br />
Desart<br />
18<br />
O primeiro reconhecimento foi o<br />
Título de Utilidade Pública Municipal,<br />
através da Lei 10.744, de 28 de maio de<br />
2004. Em 2013, no aniversário de 20<br />
anos, a Associação Cultural e<br />
Recreativa Brasil- Alemanha foi uma das<br />
agraciadas com o Mérito Comendador<br />
Henrique Guilherme Fernando Halfeld e<br />
com o Título de Entidade Benemérita de<br />
Juiz de Fora, outorgado pela Câmara<br />
Municipal. Já o modo de fazer o pão<br />
alemão, que veio com a chegada dos<br />
imigrantes alemães á cidade , foi<br />
tombado como Bem Imaterial de Juiz de<br />
Fora, no Decreto Municipal nº 232, de 5<br />
de maio de 2010.<br />
O evento acontece todos os<br />
anos,no Bairro Borboleta,na Rua José<br />
Lourenço, área central do bairro.
Smouke conta sua trajetória na música<br />
Por Lucas Henriques<br />
Desart<br />
19<br />
Com foco em trabalhos mais<br />
autênticos, banda smouke já coleciona<br />
acervo de músicas bem elaboradas e<br />
reconhecimento pelo público local. A banda<br />
é formada por Lucas esteves na bateria,<br />
Altieres Alvim no vocal, Ramon valete no<br />
contrabaixo e Romulo nas guitarras. Em<br />
seu Ep intitulado de “Nova guerrilha”<br />
mostraram suas vertentes e principais<br />
influências musicais. Com referências de<br />
rock nacional e internacional, o pequeno<br />
álbum está disponível no soudcloud<br />
gratuitamente para todos que quiserem<br />
escutá-lo.<br />
Durante a entrevista conversamos<br />
um pouco sobre a trajetória da banda e<br />
perguntei em relação ao que realmente<br />
gostam de trabalhar, e Romulo disse que<br />
“a smouke não tem problemas quanto a<br />
trabalhar com músicas cover, porém neste<br />
caso optam por criar versões mais com a<br />
personalidade da banda. ” Segundo<br />
Altieres “eles aprenderam com os covers, e<br />
que jamais abandonariam este tipo de<br />
som, porém não deixam de lado o trabalho<br />
autoral, principalmente por ser gratificante<br />
saber que a galera reconhece o trabalho<br />
Foto de Lucas Henriques<br />
Foto de Lucas Henriques
foto de Lucas Henriques<br />
foto de Lucas Henriques<br />
foto de Lucas Henriques<br />
Quanto as dificuldades encontradas<br />
durante os seis anos de banda Ramon<br />
disse que “todos da banda passaram por<br />
algum momento difícil quanto a crença do<br />
futuro do projeto, mais que no fim<br />
acabaram sentindo que era realmente o<br />
que queriam, e daí em diante se dedicaram<br />
mais ainda para chegar onde estão<br />
atualmente. ” Já Altieres nos contou que<br />
durante esse tempo de banda, já tiveram<br />
que tocar sem ganhar financeiramente, em<br />
troca do reconhecimento, mais nem isso os<br />
tirou do caminho da música.<br />
Em relação as influências que<br />
levaram a escolher a música, Lucas disse<br />
que “tudo começou quando seu amigo de<br />
infância mostrou para ele os sons da<br />
banda Slipknot, e daí em diante resolveu<br />
aprender a tocar bateria. ”Romulo disse<br />
que “suas referências musicais vieram de<br />
sua mãe que era apaixonada por rock dos<br />
anos 80”. E Ramon comentou que “sempre<br />
escutou e músicas de todo tipo mais sua<br />
família não tinha ligação direta com a<br />
música. ”Já Altieres falou que “suas<br />
ligações com a música vieram do rádio,<br />
pois seu pai tinha o hábito de ligar para as<br />
emissoras locais de rádio e pedir para<br />
mandarem um alô para ele, e desde então<br />
ele se encantou por isso e procurou<br />
melhorar com a arte de cantar. ”<br />
Para finalizar a entrevista perguntei<br />
qual é a mensagem que gostaria de deixar<br />
para quem tem o sonho de construir uma<br />
banda, e Romulo disse “ a primeira coisa é<br />
nunca desistir, e que nunca deve parar de<br />
estudar pois é necessária muita dedicação<br />
e técnica para se alcançar o<br />
reconhecimento na música. ”<br />
Desart<br />
Desart<br />
20<br />
07 20
JF Mamutes em crescimento<br />
Por Allan Santana<br />
Desart<br />
21<br />
Distantes dos milhões de dólares<br />
movimentados a cada ano no Super<br />
Bowl, decisão da liga de futebol<br />
americano nos Estados Unidos, é a<br />
paixão de um grupo de juiz-foranos pelo<br />
esporte que tem superado dificuldades e<br />
acelerado os passos da cidade no<br />
cenário nacional da modalidade.<br />
Com quase dois anos de<br />
existência, o JF Mamutes foi a equipe<br />
mais jovem a disputar a última Liga<br />
Fluminense de Futebol Americano<br />
(LIFFA). O nome do time, segundo<br />
diretor de Marketing, Caio Munck, não<br />
foi fácil de ser escolhido. Os mamutes<br />
são grandes, fortes e imponentes, além<br />
de andarem sempre juntos e é assim<br />
que eles se consideram.<br />
Apesar de não ser o primeiro time<br />
da cidade, a disseminação do esporte<br />
em Juiz de Fora e na Zona da Mata tem<br />
uma boa parcela deles. Ao lado dos<br />
conterrâneos Red Fox, a Manada fez a<br />
decisão da Liga do RJ, ficando com o<br />
vice-campeonato. Eles encaram a<br />
rivalidade com naturalidade e a relação<br />
entre as equipes é saudável, até a bola<br />
oval entrar em cena "O esporte precisa<br />
de rivalidade, isso agrega e muito nas<br />
equipes, aumenta a vontade de trabalhar<br />
e estar à frente, e faz com que o esporte<br />
cresça na cidade." - destaca Munck.<br />
Mamutes em ação em duelo contra os Primatas(Foto Caio Munck)<br />
Mesmo com o crescimento do<br />
esporte, as equipes ainda não contam<br />
com investimento de iniciativa privada
ou pública. Os gastos são cobertos<br />
através de mensalidade paga pelos<br />
atletas, venda de rifas e camisas. Para o<br />
deslocamento, a Elshadai Viagens e<br />
Turismo tem dado o apoio com<br />
descontos que possibilitam os<br />
integrantes continuarem a jornada.<br />
Para Caio, a maior dificuldade<br />
atualmente tem sido arrumar campo<br />
para treinos e principalmente promover<br />
jogos na cidade "temos que buscar<br />
alternativas como São João<br />
Nepomuceno, Bicas e Matias Barbosa,<br />
lugares que sempre nos acolhem." Ele<br />
ainda lamenta o fato dos campos daqui<br />
não abrirem as portas para eles, o que<br />
atrapalha ainda mais a chance de apoio<br />
e patrocínios.<br />
Os treinos acontecem todos os<br />
domin-gos, das 8h às <strong>12</strong>h, no campo do<br />
Ferroviário, ao lado do Tupynambas,<br />
Rua da Bahia S/N. Quem acha que para<br />
disputar futebol americano precisa de<br />
grande porte físico, está enganado. “Na<br />
equipe, há baixo, alto, magr, gorgordo e<br />
todos se encaixam muito bem nas suas<br />
posições. De pré-requisito, somente<br />
disposição." – diz aos risos.<br />
No próximo domingo, o JF<br />
Mamutes vai até Rio Novo encarar os<br />
Maquinistas pela LIZMAT(Liga Zona da<br />
Mata de Futebol Americano), com<br />
entrada franca. Já no dia 04/<strong>12</strong>,<br />
acontece a estreia no full pad (categoria<br />
com equipamentos), onde o time<br />
enfrenta o Betim Bulldogs em um<br />
amistoso na categoria dominante do<br />
futebol americano, em local ainda não<br />
definido.<br />
Em 2017, será a vez de<br />
realizarem um grande sonho. Isso<br />
porque os Mamutes se filiaram a FEMFA<br />
(Federação Mineira de Futebol<br />
Americano) e poderão participar do<br />
primeiro torneio full pads e jogando entre<br />
os maiores do estado, como o Minas<br />
Locomotiva (atual campeão) e o BH<br />
Eagles (vice).<br />
Para mais informações, incluindo<br />
datas da próxima seletiva, acesse a<br />
fanpage do JF Mamutes.<br />
Desart<br />
22
Por Lucas Henriques<br />
A música vive<br />
Desart<br />
23<br />
Não é novidade que juiz de fora<br />
sempre teve a música viva em suas veias.<br />
Com isso a cada dia mais, surgindo novas<br />
bandas de diversos estilos e para todos os<br />
gostos. Como é o caso da história de um<br />
dos famosos estúdios de juiz de fora, o<br />
Bioma que vem fortalecendo ainda mais o<br />
mercado fonográfico local.<br />
Tierez que lidera o estúdio já a<br />
quase dez anos disse que a história<br />
começou quando, devido a necessidade de<br />
gravar músicas de sua própria banda<br />
resolveu criar um Home estúdio (Estúdio<br />
de gravação musical dentro de casa). Com<br />
isso ele foi se aprofundando mais e mais<br />
no assunto, e ganhando experiência<br />
fazendo trabalhos para outras bandas da<br />
cidade. Mais o bioma só passa existir a<br />
partir do convite feito pelo integrante da<br />
banda Traste faz um convite para ele se<br />
juntar ao projeto, e desde de então Tierez<br />
está à frente do estúdio.<br />
Quanto a sua experiência como<br />
músico, ele disse que está a 8 anos<br />
trabalhando com a banda Usversos e que<br />
como todo projeto, de início passou por<br />
diversas dificuldades.<br />
foto de Tribuna de Minas
Pois quando sua banda surgiu já<br />
existiam outras bandas com trabalhos de<br />
qualidade. E para entrar neste mercado<br />
tiveram que se esforçar muito para<br />
alcançar o atual reconhecimento.<br />
Hoje a Usversos conta com um Ep<br />
gravado, um álbum e clipes músicas. Suas<br />
músicas estão distribuídas nos principais<br />
serviços de música online como spotify e<br />
Deezer. Quanto ao Bioma, atualmente o<br />
estúdio mudou de endereço e fica<br />
localizado na avenida Itamar Franco,<br />
número 2495.<br />
Desart<br />
07 24<br />
foto de Tribuna de Minas<br />
foto de Tribuna de Minas
Espaço público como área de vivência<br />
Por: Peterson Escobar<br />
Desart<br />
25<br />
A ocupação do espaço público<br />
pelos cidadãos é fundamental para a<br />
construção do sentimento de<br />
pertencimento à cidade. Mais do que esse<br />
sentimento, é um direito de cada indivíduo.<br />
Praça da "Baleia", Praça Antônio Carlos,<br />
Praça da Estação... são variadas as<br />
opções que os cidadãos juiz-foranos<br />
ostentam para desfrutar. Outrora tão<br />
povoadas e harmônicas, hoje em dia, para<br />
muitos, viraram sinônimo de perigo e<br />
insegurança. Entretanto, há quem deixa a<br />
resignação de lado e ainda acredita e luta<br />
pelo resgaste desses locais como área de<br />
convivência.<br />
Na era em que as redes sociais<br />
viraram o "point" de encontro e reuniões de<br />
gente de todas as idades, o Encontro de<br />
Mc's toma a contramão da moda e busca<br />
na rua o refúgio ideal para suas propostas.<br />
O Encontro de Mc's acontece há<br />
pelo menos cinco anos e tem como<br />
objetivo disseminar a cultura Hip Hop, dar<br />
palco e valorizar os artistas da cidade.<br />
Assim, com a cultura como pano de fundo,<br />
promove encontros, debates e ocupa<br />
espaço que é do cidadão por direito,<br />
.atingindo diferentes públicos mas<br />
fundamentalmente a população jovem.<br />
Brenda Andrade é uma das organizadoras<br />
e fala sobre a relação do projeto com a rua<br />
"Como o Hip Hop é uma cultura de rua,<br />
nasceu nela, fazemos questão de<br />
continuar ocupando esse local"<br />
Brenda também enxerga benefícios nessas<br />
ocupações<br />
"A praça não é do Encontro de Mc's, é de<br />
toda população juiz-forana. Ela (a praça)<br />
surge como um espaço de lazer, mas nem<br />
sempre o cidadão sabe ou ocupa esse<br />
lugar. Nós acreditamos que promovendo<br />
eventos como esse, trazemos as pessoas<br />
para um espaço que é delas por direito.<br />
Além disso ela se torna mais segura e<br />
habitável com a realização desses tipos de<br />
eventos."<br />
Embora exista a lei Murilo<br />
Mendes, o projeto não dispõe de<br />
nenhum tipo de auxilio financeiro, nem<br />
da prefeitura nem de nenhum outro<br />
orgão. Portanto, é encarado como um<br />
movimento totalmente independente e<br />
"underground".<br />
Brenda apontou algumas dificuldades a
“Como o Hip Hop é uma cultura de rua, nasceu nela,<br />
fazemos questão de continuar ocupando esse local"<br />
respeito de questões burocráticas<br />
"Nas rodas quinzenais, na Praça da<br />
Estação, a gente não trabalha com<br />
alvarás. Usamos apenas a constituição<br />
federal que via Art. 5º garante o direito<br />
de reunião pacífica que todo cidadão<br />
possui. Porém, quando realizamos<br />
eventos de grande porte que necessitam<br />
de aparelhagem de som maior, de palco,<br />
de programação, aí sim providenciamos<br />
um alvará junto a prefeitura para garantir<br />
segurança da Polícia Militar, dos<br />
bombeiros etc.<br />
No geral, segundo Brenda, ao<br />
longo de todo esse tempo o projeto<br />
encontrou muito mais apoio do que<br />
resistência da população. Reforçando a<br />
ideia da praça como um local<br />
democrático e popular.<br />
Embora já teve como casa o<br />
Parque Halfeld, a Praça São Mateus, a<br />
Praça do Aloha dentre outras, atualmente o<br />
evento ocorre quinzenalmente às sexta<br />
feiras, na Praça da Estação, às 19h.<br />
Desart<br />
30 Desart<br />
07 26
Arte eternizada<br />
Por Isabela Montovani<br />
Desart<br />
27<br />
Modelo: Paloma Cores<br />
O circo contemporâneo se reformulou,<br />
deixando de ser erudito e se tornando<br />
uma arte popular. Ensinado atualmente<br />
em escolas é possível encontrar com<br />
artistas até mesmo em sinais de trânsito,<br />
fazendo malabarismos e prendendo a<br />
atenção mesmo que por alguns instantes.<br />
“Quando estamos no semáforo fazendo<br />
uma apresentação de alguns segundos<br />
estamos lá principalmente pela arte.<br />
Esperando ver algum sorriso de alguém<br />
que esteja indo pro trabalho ou<br />
concentrado em alguma missão do dia a<br />
dia e não esperava nos encontrar” disse<br />
Paloma Cores, artista circense.<br />
A entrevistada vive a realidade do circo<br />
desde os 15 anos quando iniciou um<br />
projeto no João XXIII chamado Trupe do<br />
João, que ainda acontece por lá. Tendo<br />
como especialidade a acrobacia aérea,<br />
viajou para a Colômbia com o tecido de<br />
forma independente e deu oficinas para<br />
crianças em uma comunidade indígena<br />
como voluntária. Atualmente mora em<br />
Alter do Chão no Pará: “é uma vila que<br />
tem uma energia circense muito ativa, é<br />
onde mais tenho aprendido!”<br />
Já em Juiz de Fora, tal arte tem se<br />
tornado cada vez mais presente
principalmente se tratando dos espetáculos<br />
de rua: “acho que muitas sementinhas<br />
foram plantadas na cidade e que agora sim<br />
está ganhando uma força maior”. Eventos<br />
como a RISO e o Picadeiro Inventado, que<br />
convida pessoas para vivenciar uma<br />
experiência do circo em rodas nas praças,<br />
contando com acrobacias, palhaçaria e<br />
ilusionismo tem acontecido bastante.<br />
Oficinas e aulas também acontecem<br />
bastante, tendo desde academias que<br />
contam com as acrobacias como atividade<br />
à aulas em praças, com pessoas que<br />
penduram instrumentos como o trapézio e<br />
o tecido nas árvores. A alegria e paixão de<br />
quem participa do circo é inegável, sendo<br />
isso grande motivação para toda essa<br />
movimentação na cidade.<br />
É uma arte que causa encantamento em<br />
adultos e crianças, podendo notar<br />
isso nas aulas que possuem turmas de<br />
todas as idades. As apresentações sem a<br />
lona impressiona e seduz a qualquer um<br />
que for apreciá-la, é o espetáculo de forma<br />
pura: “pra mim é o que mais me encanta, é<br />
o circo espalhando sua magia pra todos!<br />
Quando estamos na rua, não estamos<br />
pensando na pessoa pobre ou na pessoa<br />
rica... estamos apenas querendo espalhar<br />
a alegria independente da classe social”.<br />
Dessa forma o circo perdura e se eterniza<br />
como um entretenimento que pausa a<br />
rotina corrida, se tornando muitas vezes<br />
um meio para quebrar a tensão do dia a<br />
dia.<br />
Desart<br />
28<br />
Modelo: Paloma Cores
O silêncio e o ruído compondo<br />
as ruas da cidade<br />
Por Jéssica Miranda<br />
Desart<br />
29<br />
A correria de cidade<br />
metropolitana e o ritmo acelerado dos<br />
quase 600 mil habitantes de Juiz de<br />
Fora muitas vezes desfocam nossos<br />
olhares, restringindo-nos à um campo<br />
visual que pouco abrange além do<br />
nosso próprio eu.<br />
Aquele morador de rua, aquele<br />
prédio que cresce dia após dia, árvores<br />
que desaparecem, animais<br />
abandonados que ladram pelas ruas...<br />
aqueles “Carlos” e “Marias” ! Que fazem<br />
parte da nossa urbana rotina mas de<br />
quem pouco sabemos.<br />
Maria Luíza Barbosa, 99 anos,<br />
todos dias se posiciona do lado oposto<br />
à Catedral Metropolitana de Juiz de<br />
Fora, na principal Avenida da cidade.<br />
Embalada pelo som de suas moedinhas<br />
dentro de uma vasilha, dona Maria<br />
passa um terço do seu dia aguardando<br />
a solidariedade do cidadão que passa.<br />
Pouco ou nada sabemos ao vê-la, mas<br />
no silêncio de sua presença, dona<br />
Maria torna-se coadjuvante no vai e<br />
vem de quem passa pela Rio Branco.<br />
“Eu venho pra cá pois ninguém
Desart<br />
26<br />
me ajuda em nada lá em casa. A<br />
pensão do meu marido falecido fica<br />
toda nas mãos dos meus meninos.” –<br />
justifica a senhorinha que fica ali, todos<br />
os dias. Ela afirma que é melhor ficar<br />
na rua que passando raiva. “Aqui<br />
conversam comigo, me abraçam,<br />
graças à Deus!”<br />
Já Carlos Augusto da Silva, não<br />
tem um ponto onde se instala, mas<br />
qualquer um o reconhece pela cidade.<br />
Seu apito é inconfundível!<br />
Seja pela irreverência ou<br />
inconveniência, o Carlinhos é outro que<br />
se destaca em meio à rotina do centro<br />
de Juiz de Fora. Mas o que acabamos<br />
por não saber é qual o motivo para<br />
tanto barulho. “Eu apito porque estou<br />
vivo. Sossego vamos ter no cemitério!”<br />
-explica Carlinhos, que se classifica<br />
como um idoso diferenciado.<br />
Ele gosta de apitar! Segundo o<br />
sapateiro barulhento, a melhor parte é<br />
reparar a reação das pessoas. Há<br />
quem ria e quem sofra, quem se<br />
interesse e quem se incomode. E,<br />
sobre os juiz-foranos apressados e<br />
irritados que passam por ele<br />
diariamente, Carlinhos retruca – “ Eles<br />
gostam de tragédias, assistem coisas<br />
ruins, mas não gostam de barulho!<br />
Acham que tenho que ser como todos.<br />
Sigo exalando a alegria, antes que me<br />
matem!”.<br />
Em meio ao fluxo urbano<br />
passamos por sua alegria de viver e<br />
pouco imaginamos sobre quem é o<br />
senhor do apito que passa de bicicleta<br />
pelas ruas da cidade. Mas para ele o<br />
que importa é chamar a atenção!<br />
Silenciosos ou barulhentos, os<br />
personagens de Juiz de Fora marcam<br />
nossos olhares através de suas sutis<br />
presenças. Tornam-se parte de nossa<br />
história não de forma tão próxima, mas<br />
diária. E nós, cidadãos, passamos a ser<br />
parte do elenco de rotinas trilhadas num<br />
cenário urbano e corriqueiro, como as ruas<br />
e avenidas da cidade. Quantas<br />
curiosidades guardam os cidadãos que<br />
circulam neste grande centro, e o desafio<br />
fica sendo: transcender olhares e<br />
situações descobrindo histórias de uma<br />
Juiz de Fora que tem nome e sobrenome.<br />
Desart<br />
07 30
O Ecleticismo da arquitetura<br />
de Juiz de Fora<br />
Por Ian L Rodrigues<br />
Desart<br />
31<br />
Andando pela região central de Juiz de Fora, facilmente seu olhar é convidado a conhecer<br />
os prédios da cidade. A arquitetura é riquíssima, entre sacadas no estilo do neoclassicismo<br />
à fachadas em Art Déco, entre o estilo inglês do Mercado Municipal na Manchester Mineira<br />
ao Maneirismo das Igrejas da Avenida Rio Branco. O Ecletismo marca presença na arquitetura,<br />
a mistura de estilos influenciada pelas imigrações e escravidão, integra manifestações<br />
arquitetônicas de diversos lugares.
Desart<br />
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Desart<br />
33
Desart<br />
34<br />
Desart<br />
07 34