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CADERNO DE PROPOSTA ONLINE

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Caros colegas,<br />

Apresento as principais diretrizes e eixos temáticos para a gestão no biênio 2017/2019, voltados<br />

prioritariamente à eficiência no exercício da atividade-fim. Tal intento será buscado com base em<br />

um modelo de governança profissional, democrática e, sobretudo, humana, cujo escopo será, além do<br />

interesse público, a realização pessoal de cada integrante do Ministério Público de Goiás.<br />

A despeito de inúmeros desafios a serem enfrentados, será priorizada a consolidação da estrutura<br />

de apoio à execução, o que se fará, dentre outras medidas, com a reestruturação dos órgãos<br />

auxiliares. Estes serão dotados de recursos humanos e técnicos de acordo com as necessidades de<br />

cada área de atuação, conforme a capacidade de investimento da Instituição.<br />

Todas as propostas apresentadas decorrem de um amplo e responsável estudo sobre a sua<br />

viabilidade orçamentária e financeira, bem como de criatividade e tenacidade no enfrentamento dos<br />

principais desafios institucionais, marcas estas características do meu trabalho. Para a consolidação<br />

desse modelo, além de buscar paradigmas em outros órgãos, realizei um levantamento minucioso das<br />

carências e especificidades locais, ao mesmo tempo em que, em minhas visitas e viagens, registrei as<br />

sugestões de cada colega do interior e da capital.<br />

O Ministério Público Brasileiro vem sofrendo inúmeras<br />

ameaças e investidas, com o inegável propósito de constranger<br />

a nossa atuação funcional. Apesar disso, a sociedade civil, reconhece<br />

o nosso papel de agente de transformação. Para que o<br />

Ministério Público de Goiás possa continuar a fiscalizar as políticas<br />

públicas, induzir mudanças de comportamento e exigir do<br />

poder público a melhoria na qualidade dos serviços prestados,<br />

os seus membros necessitam de uma formação multidisciplinar,<br />

que lhes permita interagir de forma adequada com a sociedade,<br />

buscando soluções compartilhadas e eficazes. Cabe, então, à Administração<br />

Superior, estar atenta à defesa das prerrogativas funcionais,<br />

assim como garantir a estrutura e o apoio institucional<br />

adequados aos órgãos de execução.<br />

RODNEY DA SILVA<br />

PROMOTOR <strong>DE</strong> JUSTIÇA<br />

Neste caderno estão compendiadas as orientações prioritárias de uma gestão que estará voltada<br />

ao atendimento de membros e servidores em suas demandas profissionais, não descurando da<br />

atenção e do respeito à saúde física e mental de nossos integrantes por meio do acompanhamento,<br />

orientação e principalmente da adoção de medidas que visem melhorar o ambiente de trabalho e a<br />

qualidade de vida de todos.<br />

Em tempos de crise, assumo, com as propostas apresentadas, o compromisso de atuar de forma<br />

absolutamente impessoal, jamais a serviço de interesses individuais ou de grupos, respeitando a<br />

independência de cada um dos membros e pautando as minhas decisões em critérios objetivos, sempre<br />

com o foco na melhoria do desempenho da atividade-fim.<br />

Destaco, por oportuno, o propósito de renovar ideias e ações, o que não se confunde com<br />

descontinuar bons projetos, até porque a gestão da coisa pública é impessoal. Reconheço que a inovação<br />

está nas pessoas e, sobretudo, no que elas pensam para o momento que vivem, razão pela qual<br />

pretendo criar espaços permanentes para que os talentos empreendedores possam desenvolver suas<br />

habilidades.<br />

Reitero a crença na dignidade dos nossos propósitos quando escolhemos nossa profissão,<br />

destacando a necessidade de nos mantermos unidos em face das ameaças e desafios externos a serem<br />

enfrentados no próximo biênio. O seu apoio é imprescindível nesta caminhada rumo a um Ministério<br />

Público mais forte e independente, razão pela qual solicito a cuidadosa análise acerca das proposições<br />

apresentadas, esperando que a sua participação e o seu direito de escolha sejam decisivos para edificarmos<br />

a Instituição que queremos.<br />

Abraço fraterno,<br />

Rodney da Silva<br />

Promotor de Justiça


Biografia<br />

Com mais de 19 anos de desempenho profissional no Ministério Público do Estado de Goiás,<br />

Rodney da Silva acumulou experiência como Promotor de Justiça no interior do Estado e, na capital,<br />

em funções de coordenação e assessoria da Procuradoria-Geral de Justiça.<br />

De perfil empreendedor e técnico, sempre pautou sua conduta profissional com absoluta<br />

transparência e ética, o que tem marcado a sua carreira ao longo desse tempo. Aos 53 anos, Rodney é<br />

mestre em Direito Público pela Universidade de Franca – SP e atualmente exerce a função de Subprocurador-Geral<br />

para Assuntos Administrativos desde 2013, sendo pela primeira vez candidato ao cargo<br />

de Procurador-Geral de Justiça.<br />

Entre 1998 e 2007 foi Promotor de Justiça nas comarcas de Fazenda Nova e Catalão, onde,<br />

nesta última, além das atribuições da Promotoria, coordenou o então Grupo de Repressão ao Crime<br />

Organizado (GRC) de Catalão, onde foi desencadeada a primeira investigação, típica de crime organizado,<br />

envolvendo técnicas de inteligência de sinais no Ministério Público de Goiás, na chamada<br />

Operação Ouro Negro.<br />

No período de 2007 a 2010, coordenou o então Centro de Apoio do Controle Externo da<br />

Atividade Policial, o Centro de Apoio de Combate às Organizações Criminosas, embrião do Centro<br />

de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), hoje CI e GSI, e o Grupo de Repressão ao Crime Organizado<br />

(GRC), hoje GAECO. Destaque para a implantação no CSI dos Núcleos de Operações de<br />

Inteligência e Inteligência de Sinais, do Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro<br />

e do Núcleo de Segurança Institucional. Nessa mesma época integrou o Grupo Nacional de Combate<br />

às Organizações Criminosas (GNCOC), sendo coordenador do Grupo de Segurança Institucional e<br />

Inteligência (GSI/GNCOC).<br />

De 2011 a 2012, estruturou e coordenou o Gabinete de Planejamento e Gestão Integrada. Nesse<br />

mesmo período, até a presente data participou, como membro colaborador, das Comissões de Controle<br />

Administrativo e Financeiro e de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério<br />

Público (CNMP), onde ainda coordenou o Grupo de Representantes da Administração Superior de<br />

todos os Ministérios Públicos (RAS) no Fórum Nacional de Gestão.<br />

Na atual função de Subprocurador-Geral para Assuntos Administrativos, é um dos ordenadores<br />

de despesas da Instituição, tendo acompanhado toda a execução orçamentária e financeira, fiscalizando<br />

o cumprimento de contratos, licitações e definindo diretrizes para o funcionamento das áreas<br />

de administração, projetos, logística, engenharia, tecnologia da informação e recursos humanos.


Compromissos<br />

APOIO INCONDICIONAL AO MAIS VOTADO<br />

Acatar a vontade majoritária da classe e só aceitar a nomeação para o<br />

cargo de Procurador-Geral de Justiça se for o mais votado, a despeito do<br />

permissivo constitucional de escolha, pelo Governador, de qualquer dos<br />

aclamados na lista tríplice.<br />

PRIORIDA<strong>DE</strong> ABSOLUTA À ATIVIDA<strong>DE</strong>-FIM<br />

Disponibilizar aos órgãos de execução as estruturas necessárias à atuação<br />

efetiva do Ministério Público para o desempenho de sua missão<br />

constitucional.<br />

ATUAÇÃO INTEGRADA<br />

Fomentar os modelos de atuação conjunta e solidariedade funcional,<br />

através da coordenação de esforços e do compartilhamento de recursos<br />

operacionais e administrativos, visando ao aprimoramento e aos resultados<br />

das ações finalísticas.<br />

<strong>DE</strong>FESA INSTITUCIONAL<br />

Exercer com firmeza e responsabilidade as atribuições da Chefia da Instituição,<br />

defendendo de forma intransigente qualquer ataque à autonomia<br />

e independência do Ministério Público e às garantias e prerrogativas de<br />

seus membros.<br />

GESTÃO EFICIENTE E PARTICIPATIVA<br />

Incentivar a mobilização do esforço coletivo, materializado pela implantação<br />

de coordenações regionais, grupos de trabalho e forças-tarefas<br />

comprometidos com a metodologia de trabalho em rede.<br />

DIÁLOGO E TRANSPARÊNCIA<br />

Estabelecer canais permanentes de diálogo com membros e servidores,<br />

primando pela transparência e democratização do acesso às informações<br />

e das atividades da Procuradoria-Geral de Justiça.<br />

“Se regarmos a coragem com a humildade, a criatividade<br />

com a disciplina e a independência com a sociabilidade,<br />

teremos como resultado o caráter de um empreendedor<br />

capaz de transformar seus sonhos em realidade. ”<br />

Fabiano Ferreira ,<br />

“Aprendendo com os Mestres”


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

PLANO INSTITUCIONAL


EIXO 1<br />

O PROJETO <strong>DE</strong> ATUAÇÃO<br />

INSTITUCIONAL INTEGRADA<br />

“Promotoria é sinônimo de conjugação de esforços, mas, sobretudo, de estabelecimento de uma<br />

responsabilidade coletiva pelos interesses sociais confiados à tutela do Ministério Público. Na Promotoria,<br />

o trabalho em equipe coexiste harmonicamente com as atribuições individuais de seus integrantes,<br />

pré-estabelecidas em perfeita observância ao princípio do promotor natural” (CAMARGO<br />

FERRAZ e GUIMARÃES JÚNIOR. Ministério Público: instituição e processo.)<br />

Uma gestão moderna e eficiente deve inspirar-se no trabalho de construção coletiva, em que<br />

todos os envolvidos tenham condições de expor suas ideias e de conceber, pelo diálogo e pelo convencimento,<br />

os passos a serem trilhados pela Instituição. Nesse sentido, a disposição do gestor em<br />

ouvir e acolher a direção proposta pelos demais colegas, em face da realidade que se coloca e se<br />

transforma a cada instante, potencializa os resultados e cria um ambiente favorável que nos permite<br />

vencer os desafios diários de uma atividade árdua, porém gratificante. Não basta, pois, a intrepidez e<br />

a dedicação individual dos nossos quadros, precisamos de organização e sistematização dos nossos<br />

trabalhos de forma a estimular modelos de atuação conjunta, visando ao aprimoramento e aos resultados<br />

das ações finalísticas.<br />

É com esse espírito que promoveremos a criação e a remodelação de órgãos de apoio à atividade-fim<br />

e disponibilizaremos as ferramentas de suporte à atuação integrada.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

PRIORIDA<strong>DE</strong> ABSOLUTA<br />

À ATIVIDA<strong>DE</strong>-FIM, UMA META<br />

3.INVESTIMENTO EM SISTEMAS INFORMATIZADOS DA ATIVIDA<strong>DE</strong>-FIM<br />

1.REDIRECIONAMENTO E REA<strong>DE</strong>QUAÇÃO DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S DOS CENTROS <strong>DE</strong> APOIO<br />

OPERACIONAL<br />

Partimos da premissa de que a grande missão dos Centros de Apoio Operacional (CAOs) é a<br />

de estar presentes junto às atividades diárias das Promotorias e Procuradorias de Justiça. Atualmente,<br />

considerando a democratização da informação por meio da comunicação em rede e a facilidade de<br />

acesso a inúmeras bases de dados, a função de assessoramento técnico dos CAOs, consistente em<br />

pesquisas e elaboração de peças, restou mitigada. Precisamos superar o discurso de que o modelo<br />

existente mostra-se ultrapassado e, com criatividade, otimizar o trabalho dessas estruturas que, diante<br />

do conhecimento e trato específico da matéria, têm muito a colaborar com a atividade-fim.<br />

Incrementaremos, pois, a atuação colaborativa desses órgãos de apoio, direcionando o trabalho<br />

dos Coordenadores de CAO e das Coordenações Regionais (a serem implementadas) para a<br />

identificação das medidas essenciais à realização de projetos e ações que possam fazer a diferença na<br />

comunidade local, além de outras atividades judiciais e extrajudiciais que solucionem problemas e<br />

não criem demandas desnecessárias aos órgãos de execução. Nesse sentido, a capacidade de articulação,<br />

a disponibilidade de acesso imediato e o contato direto com a atividade-fim serão requisitos para<br />

a definição do perfil dos coordenadores, os quais terão a supervisão da Subprocuradoria de Assuntos<br />

Institucionais para fins de apoio, coordenação e integração dos CAOs com as Procuradorias/Promotorias<br />

de Justiça.<br />

As Coordenações Regionais mencionadas no item 2 do Eixo 2 permitirão a atuação integrada<br />

por parte dos órgãos de execução de uma mesma região, que possuam problemas comuns a serem<br />

enfrentados, o que também será patrocinado pelo Centro de Apoio respectivo, que viabilizará todo o<br />

devido arcabouço técnico, bem como participará das articulações essenciais para que os projetos e as<br />

ações atinjam os seus objetivos.<br />

2.ESTRUTURAÇÃO DOS NÚCLEOS <strong>DE</strong> ATUAÇÃO INTEGRADA<br />

As limitações estruturais e de pessoal ocasionalmente existentes não podem impactar na atuação<br />

dos membros do Ministério Público, especialmente nas questões prioritárias que são trazidas<br />

diariamente aos gabinetes de Promotores/Procuradores. Para enfrentar essas demandas, criaremos<br />

os Núcleos de Atuação Integrada que terão por objetivo dotar as Promotorias com atribuições semelhantes<br />

de estrutura técnica e jurídica própria, privilegiando a sinergia do trabalho coletivo e a<br />

racionalização na aplicação dos recursos públicos. Esses núcleos permitirão o desenvolvimento de<br />

ações conjuntas, bem como o compartilhamento de recursos técnicos/tecnológicos e de espaço de<br />

trabalho colaborativo, e terão como ponto de partida o atendimento às Promotorias com atividade extrajudicial.<br />

Como é de conhecimento geral, a ausência de políticas públicas tem gerado um aumento<br />

expressivo da demanda desses órgãos que, por sua vez, exigem suporte compatível para enfrentar os<br />

grandes desafios que crescem a cada dia.<br />

A simplificação na utilização dos sistemas informatizados do Ministério Público é medida urgente<br />

que se impõe como forma de racionalizar o trabalho das Procuradorias e Promotorias de Justiça.<br />

Nesse sentido priorizaremos a reformulação do Sistema Atena, que será objeto de uma redefinição<br />

do modelo conceitual, mediante a contribuição de membros e servidores, os quais serão chamados<br />

a sugerir e a acompanhar eventuais modificações. A implementação de filtros por área de atuação,<br />

com a redução de “assuntos” e de “movimentos”, trará simplificação para a classificação taxonômica<br />

unificada, elaborada pelo CNMP. Da mesma forma, já em estágio de implantação, a integração do<br />

novo Processo Judicial Digital permitirá a importação das informações dos autos em trâmite no Poder<br />

Judiciário diretamente no Sistema Atena, sem a necessidade de retrabalho com a alimentação dos dois<br />

sistemas.<br />

Em fase de construção e testes, em breve será disponibilizada aos membros uma Plataforma de<br />

Inteligência Institucional, que criará um novo ambiente de trabalho exclusivo para o Procurador e para<br />

o Promotor de Justiça, possibilitando uma visão geral de sua Procuradoria ou Promotoria e de todo o<br />

MPGO, no contexto institucional e administrativo, além de fornecer um panorama socioeconômico do<br />

Estado e dos Municípios. Essa ferramenta permitirá acessar múltiplas bases de dados que, por meio<br />

de indicadores institucionais e sociais nas diferentes áreas, gerarão relatórios e diagnósticos a fim de<br />

instruir procedimentos próprios dos órgãos de execução.<br />

Sob coordenação do Gabinete de Gestão Integrada e atualmente em elaboração, o Gabinete<br />

Virtual da Procuradoria e da Promotoria entregará, em breve, um conjunto de ferramentas de automação<br />

de rotinas da atividade-fim que serão incorporadas ao Sistema Atena. As funcionalidades permitirão<br />

que os membros possam gerenciar as atividades de seu órgão de execução, de forma remota<br />

e simplificada, baseadas em rotinas de trabalho já estabelecidas em suas unidades. Considerando que<br />

a possibilidade de aplicação do conceito de home office já é uma realidade, uma vez que implantado<br />

pelo TRT, TJMG, MPF e MPT, além de outros, referido sistema otimizará a demanda dos serviços<br />

auxiliares e permitirá a diminuição de custos, reacendendo o debate em torno dessa inovação conceitual<br />

que poderá, em alguns casos, ser implementada na Instituição, tendo como referência sempre o<br />

interesse público.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

4.FORTALECIMENTO DA ATIVIDA<strong>DE</strong> INVESTIGATIVA DO MPGO<br />

Há dez anos, quando nos propusemos a criar o Centro de Segurança Institucional e Inteligência<br />

do Ministério Público de Goiás, hoje CI, e a reestruturar o Grupo de Repressão ao Crime Organizado,<br />

hoje GAECO, vislumbrávamos a necessidade de capacitação dos nossos quadros na atividade<br />

investigativa criminal. Do mesmo modo, vislumbrávamos a imprescindibilidade do acesso a bases de<br />

dados e ferramentas de apoio ao trabalho investigativo dos membros da Instituição. Resultado dessas<br />

iniciativas, hoje o Ministério Público de Goiás desponta como referência nacional e tem protagonizado<br />

uma série de investigações e operações complexas no combate à criminalidade organizada, em<br />

sua maioria envolvendo agentes públicos.<br />

O nosso compromisso, ainda no ano de 2017, é o de fortalecer a estrutura de apoio às Promotorias<br />

da capital e do interior por meio do CENTRO <strong>DE</strong> INTELIGÊNCIA e dos GAECOs. No<br />

interior será priorizada a criação dos GAECOs regionais, cujo projeto piloto já está em curso em Luziânia.<br />

Na capital, a atuação do GAECO se dará em regime de colaboração e atuação conjunta com<br />

as respectivas promotorias, somando-se esforços no combate ao crime organizado.<br />

A descentralização dos órgãos de apoio à investigação e o incentivo à atuação em regime de<br />

força-tarefa permitirão, dentre outros resultados, o enfrentamento eficaz dos casos apresentados, a<br />

despersonalização da atuação do Promotor de Justiça e a mitigação dos riscos a que estes estão sujeitos<br />

em casos envolvendo organizações criminosas. Acrescente-se, por fim, a essa reestruturação,<br />

o prioritário investimento na qualificação de membros e servidores em técnicas operacionais e em<br />

outros conhecimentos essenciais ao bom desempenho de nossa atividade investigativa.<br />

5.SEGURANÇA INSTITUCIONAL<br />

A inserção do Ministério Público no combate efetivo ao crime organizado e na repressão<br />

qualificada aos casos de corrupção tem demandado a adoção de medidas de proteção aos membros e<br />

servidores, além de outras ações preventivas, tais como a melhoria no controle de acesso às sedes do<br />

MP e a guarda de materiais, informações e comunicações. Fruto dessa percepção e da nossa experiência<br />

profissional no assunto, uma das primeiras providências a serem implementadas no início de<br />

2017 será o redimensionamento da atividade de Segurança Orgânica, hoje sob a tutela do Gabinete de<br />

Segurança Institucional, órgão responsável pelo acompanhamento dos planos de segurança, prevenção<br />

de ameaças e gerenciamento de crises/vulnerabilidades na Instituição. A segurança institucional<br />

será prioridade em nossa administração que, além do envolvimento de todos os integrantes, terá o<br />

acompanhamento pessoal do Procurador-Geral de Justiça.<br />

Dentre outras, ainda no primeiro semestre de 2017, priorizaremos as seguintes ações:<br />

a) Estruturação e fortalecimento do Gabinete de Segurança Institucional com aumento do<br />

efetivo de pessoal orgânico e cedido, por meio de convênio específico com a Secretaria de Segurança<br />

Pública para convocação de policiais, bombeiros e peritos da reserva remunerada, conforme minuta<br />

de projeto de lei recentemente entregue ao Governo do Estado;<br />

b) Reestruturação do Comitê de Segurança Institucional com a finalidade de propor a política<br />

de segurança, avaliar e normatizar os procedimentos de segurança institucional por meio do monitoramento<br />

sistemático dos fatores de risco ligados ao exercício das atividades ministeriais;<br />

c) Criação do Sistema Integrado de Segurança Institucional do MPGO composto pelo pessoal<br />

orgânico e terceirizado da Instituição, órgãos parceiros e conveniados, bem como pelos membros e<br />

servidores do MPGO responsáveis pelo planejamento e execução das atividades de segurança;<br />

d) Consolidação das Políticas e dos Planos de Segurança Institucional do MPGO, que orientarão<br />

a tomada de decisões e a elaboração de normas, processos, práticas, procedimentos e técnicas de<br />

segurança;<br />

e) Universalização da instalação de CFTV, colocação de barreiras físicas perimétricas e instalação<br />

de pórticos/detectores de metais nas Promotorias com sede própria, com recursos do FUNEMP,<br />

medida a ser adotada por meio da implementação do conceito de recepção-cidadã em todas as sedes<br />

próprias.<br />

Por fim, destaque-se que o projeto de lei acima mencionado, assim que sancionado, permitirá<br />

não só a recomposição imediata do serviço de vigilância patrimonial bem como a segurança pessoal<br />

de membros e servidores em todas as sedes de comarcas. Além disso, será prioridade o treinamento<br />

permanente de membros e servidores em técnicas e ações de segurança, sob responsabilidade do Gabinete<br />

de Segurança Institucional.<br />

6.REDIMENSIONAMENTO DO GABINETE <strong>DE</strong> PLANEJAMENTO E GESTÃO INTEGRADA (GGI)<br />

E O INCREMENTO DO APOIO À ATIVIDA<strong>DE</strong> EXTRAJUDICIAL<br />

O Gabinete de Planejamento e Gestão Integrada (GGI), estruturado para apoiar permanentemente<br />

o aperfeiçoamento e a modernização da gestão institucional, será redimensionado para prover<br />

as Procuradorias e Promotorias com apoio técnico especializado, incorporando as atribuições das<br />

equipes tanto da Superintendência de Planejamento e Gestão (Suplan) quanto da Coordenadoria de<br />

Apoio à Atividade Extrajudicial (CAEJ), hoje já vinculada ao GGI. Por meio dessa iniciativa, além de<br />

exercer sua atual função de articulação e apoio aos órgãos de execução, o GGI atenderá diretamente<br />

os membros em seus projetos e ações, desde a sua concepção até a execução e monitoramento dos<br />

resultados.<br />

Da mesma forma, pretendemos incrementar a estrutura da CAEJ a fim de descortinar novas<br />

possibilidades de apoio à atividade extrajudicial, objetivando a solução de conflitos por meio da utilização<br />

de recursos como a mobilização, articulação, integração e colaboração, em conjunto com o<br />

Promotor de Justiça. Esse modelo de atuação permitirá a criação de espaços de diálogo com as redes<br />

responsáveis pela implementação das políticas públicas, viabilizando a elaboração de uma Agenda<br />

Integrada de Ações e evitando a judicialização de questões sensíveis que envolvam garantias primordiais<br />

do cidadão.<br />

Duas abordagens distintas, porém complementares, permitirão a disponibilidade de informações<br />

estratégicas para subsidiar a tomada de decisão pelo membro do Ministério Público e a organização<br />

de suas rotinas, além do fortalecimento de uma metodologia de trabalho voltada para solução<br />

de conflitos pela via extrajudicial, caso o Promotor entenda necessário.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

7.REESTRUTURAÇÃO DA ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO<br />

A Escola Superior do Ministério Público, atualmente credenciada como Escola de Governo<br />

pelo Conselho Estadual de Educação, assumirá relevante função estratégica em nossa gestão, suporte<br />

que será de toda a atividade finalística. Para tanto será priorizado o investimento permanente na qualificação<br />

e treinamento de membros, servidores e estagiários, além da ampliação da oferta de cursos<br />

de pós-graduação, visando desenvolver o pensamento doutrinário e a formação de um quadro de<br />

especialistas na Instituição.<br />

A regionalização de cursos e eventos, aliada ao desenvolvimento de recursos tecnológicos capazes<br />

de ampliar a oferta de cursos no ambiente virtual, permitirão a descentralização das atividades<br />

da ESMP e o nivelamento do acesso aos cursos em relação aos integrantes de comarcas mais distantes.<br />

Na mesma linha de democratização do acesso aos cursos oferecidos, viabilizaremos a transmissão<br />

de eventos e palestras hoje realizados no auditório pelo sistema de videoconferência, tecnologia semelhante<br />

a utilizada na transmissão das sessões do Colégio de Procuradores e do Conselho Superior<br />

do MP.<br />

Como órgão estratégico e propagador do conhecimento institucional, a Escola primará pela<br />

diversidade do pensamento acadêmico, oportunizando de forma igualitária a contribuição docente,<br />

valorizando e incentivando nossos quadros à pesquisa e produção científica, assim como a formação<br />

de uma massa crítica de recursos humanos de excelência.<br />

Pela envergadura e pela importância do papel da Escola Superior do MP, providenciaremos<br />

da mesma forma que fizemos com o CSI (hoje CI), a locação de imóvel próprio para o seu funcionamento,<br />

com toda a estrutura para realização de eventos múltiplos, conforto e facilidade de acesso a<br />

todos os integrantes da Instituição. A proposta é a de transformar a ESMP num ponto de convergência<br />

do conhecimento e da cultura institucional, o que permitirá o compartilhamento do espaço físico com<br />

o Centro de Preservação da Cultura e Memória do Ministério Público do Estado de Goiás, que será<br />

responsável pela preservação da memória institucional.


EIXO 2<br />

REGIONALIZAÇÃO E <strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO<br />

DA ATUAÇÃO FINALÍSTICA<br />

“Como seres humanos, somos definidos pelas causas a que servimos e pelos problemas que lutamos<br />

para superar. É a paixão em solucionar problemas extraordinários que cria o potencial de realizações<br />

extraordinárias”. Gary Hammel - autor do livro “O Futuro da Administração”.<br />

Com o objetivo de superar o modelo demandista, que tem como único escopo a atuação perante<br />

o Poder Judiciário, propomos discutir o redimensionamento do atual modelo de atuação do MP,<br />

substituindo a atividade isolada e segmentada, hoje ainda preponderante, pela mobilização do esforço<br />

coletivo materializado pela implantação de coordenações regionais temáticas, grupos de trabalho e<br />

forças-tarefas comprometidos com a metodologia de trabalho em rede.<br />

A proposta de atuação regionalizada, a partir do ano vindouro, permitirá a alocação de recursos<br />

humanos e materiais mais complexos do que de uma Promotoria, com a possibilidade da<br />

disposição de servidores, assessores jurídicos/administrativos, peritos, veículos e equipamentos de<br />

apoio, que serão utilizados pelos demais membros das comarcas circunvizinhas na assistência a suas<br />

atividades diárias.<br />

A regionalização e a interiorização de atividades especializadas, operacionais e administrativas<br />

permitirão o aperfeiçoamento da atuação finalística, uma vez que possibilitarão o desenvolvimento<br />

de soluções diretamente voltadas a demandas locais e, consequentemente, gerarão resultados mais<br />

efetivos, como é o caso da recente criação do GAECO Regional de Luziânia, destinado à atuação<br />

coordenada no combate ao crime organizado na região do entorno do DF.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

COOR<strong>DE</strong>NAÇÕES REGIONAIS<br />

E O APOIO TÉCNICO/JURÍDICO<br />

<strong>DE</strong>SCENTRALIZADO (AUTONOMIA LOCAL)<br />

1.COOR<strong>DE</strong>NAÇÃO REGIONAL DO ENTORNO DO DF<br />

A coordenação Regional do Entorno/DF, dentro da política de regionalização das ações, programas<br />

e projetos da nossa administração, estará voltada ao atendimento prioritário e emergencial dos<br />

municípios de Águas Lindas, Cidade Ocidental, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina, Santo<br />

Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás, Cristalina e Padre Bernardo, que suportam diretamente<br />

as consequências do crescimento urbano desordenado da região e do abandono social, consubstanciado<br />

pela ausência ou insuficiência de estruturação dos órgãos incumbidos da prestação dos serviços<br />

públicos essenciais.<br />

Trata-se de descentralização da estrutura institucional, à semelhança do então “Projeto do<br />

Entorno do DF”, porém, mais complexo, que propiciará a articulação direta com parceiros regionais<br />

nas diversas áreas de atuação. Programas, projetos e ações para solução de problemas comuns como<br />

sistema prisional, mobilidade urbana, saneamento básico, segurança pública e outros serão tratados<br />

como prioridade local. A interlocução direta e permanente com outras Instituições será fortalecida<br />

com a criação da representação do MPGO em Brasília, local de apoio a todos os membros responsáveis<br />

por projetos que demandem articulação com órgãos federais, como tem ocorrido regularmente<br />

nesses últimos anos.<br />

Dentre as principais vantagens da “atuação regional coordenada” está a uniformidade da atuação<br />

institucional, que garantirá maior visibilidade do trabalho do MP junto à sociedade e afastará a<br />

possibilidade de posições conflitantes entre os membros com mesma atribuição. É de se destacar, por<br />

fim, que essa atuação coordenada/integrada permitirá a otimização de recursos e ações, evitando a<br />

multiplicidade de esforços.<br />

3.REGIONALIZAÇÃO E <strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO DA ATIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> APOIO ADMINISTRATIVO<br />

Com o objetivo de descentralizar as atividades administrativas que hoje se concentram na capital,<br />

serão implementadas as Centrais de Apoio Administrativo das Promotorias do Interior (CAPIs)<br />

bem como os respectivos Centros de Distribuição, na capital e no interior do Estado de Goiás. Referidos<br />

centros, que aproveitarão edificações de sedes de promotorias de justiça com espaço compatível,<br />

possibilitarão o aumento da eficiência no atendimento das demandas por materiais, bens permanentes,<br />

manutenção predial, além do suporte de informática.<br />

Da forma idêntica, a descentralização permitirá o desenvolvimento de fornecedores de serviços<br />

locais com a consequente ampliação da concorrência nas licitações por pregão eletrônico, o que<br />

implicará na redução de despesas com deslocamento de prestadores de serviço de Goiânia para o<br />

interior do Estado.<br />

Some-se a tudo isso a implementação de uma logística de distribuição de materiais por meio<br />

de “rotas de distribuição” em todo o Estado, que permitirá a redução das despesas com diárias e combustível<br />

para o deslocamento de integrantes até a capital para a retirada de bens e insumos, além da<br />

diminuição do número de sinistros, multas e manutenção de veículos oficiais.<br />

2.COOR<strong>DE</strong>NAÇÕES REGIONAIS <strong>DE</strong> PROJETOS TEMÁTICOS<br />

À semelhança da Regional do Entorno, implementaremos as Regionais de Projetos Temáticos<br />

que, valendo-se da delimitação territorial de um problema comum a ser enfrentado, permitirão<br />

que vários Promotores de Justiça de uma mesma região trabalhem de forma integrada e coordenada.<br />

Diferentemente do modelo de Promotoria Regional, a proposta de atuação regionalizada por meio de<br />

projeto específico, sob a coordenação de um Promotor de Justiça, é uma solução exequível diante do<br />

inegável déficit no quadro de membros da Instituição, uma vez que o encargo da coordenação ocorrerá,<br />

em princípio, sem prejuízo do exercício da função deste junto à Promotoria de Justiça da qual é<br />

titular.<br />

A delimitação material e espacial é de suma importância para assegurar maior efetividade na<br />

atuação do MP, obtendo maior resultado com o menor dispêndio de recursos materiais e humanos na<br />

consecução de seus fins institucionais. Cumpre notar que esta forma de atuação regionalizada priorizará<br />

a solução extrajudicial do problema comum, sendo a tutela jurisdicional o último recurso a ser<br />

utilizado, sempre mediante ações coordenadas, não negligenciando a inafastável anuência e participação<br />

do membro titular da Promotoria de Justiça integrante do projeto, inclusive nas decisões sobre as<br />

ações a serem tomadas, o que se fará, por óbvio, em estrito respeito ao princípio do Promotor Natural.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

4.<strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO DO APOIO JURÍDICO À ATIVIDA<strong>DE</strong> FINALÍSTICA<br />

A criação da Assessoria Jurídica Especial – AJE teve como inspiração a sobrecarga de<br />

serviço verificada em diversas promotorias de justiça, além da defasagem, à época, do quadro<br />

auxiliar da Instituição. Passada uma década, o aumento da demanda extrajudicial e a sobrecarga<br />

de feitos judiciais em algumas promotorias têm reclamado, conforme demanda recorrente de<br />

alguns colegas, apoio estrutural e incremento de pessoal para o órgão de execução.<br />

Sabedores das limitações orçamentárias e financeiras do Ministério Público, dentro de<br />

um cenário que requer responsabilidade, propomos descentralizar a AJE, designando assessores<br />

que hoje trabalham exclusivamente na capital para as comarcas com maior volume de movimentação<br />

processual e atuação extrajudicial, com critérios objetivos de distribuição, a cargo da coordenação<br />

local, com acompanhamento da Subprocuradoria-Geral para Assuntos Institucionais.<br />

5.<strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO DO APOIO TÉCNICO À ATIVIDA<strong>DE</strong> FINALÍSTICA<br />

A enorme complexidade de temas tratados pela Instituição exige do membro do Ministério<br />

Público o domínio de diversas áreas do saber com as quais nem sempre tem afinidade,<br />

fazendo-o depender do adequado suporte técnico para bem desempenhar o seu papel. O crescimento<br />

exponencial da demanda por apoio técnico e pela realização de perícias, tudo isso somado<br />

à complexidade de alguns casos, tem gerado congestionamento insuperável na Coordenação de<br />

Apoio Técnico Pericial (CATEP). Contudo, sabemos que, no aspecto orçamentário, é inviável o<br />

crescimento do quadro de pessoal orgânico para o momento.<br />

A proposta é a de descentralizar o apoio técnico e pericial, para que, sob responsabilidade<br />

das coordenações regionais, mediante critério objetivo, delibere-se sobre a forma de emprego de<br />

assistentes técnicos contratados para atividades de Assistência Social, Psicologia, Engenharia<br />

entre outros, a fim de prestarem serviço próximo às Promotorias mediante contrato com a administração<br />

do MPGO.<br />

Outra solução viável, já experimentada por outros Estados, consiste na terceirização do<br />

trabalho pericial, com a contratação pró-labore, mediante tabela específica, de peritos credenciados<br />

pela Instituição para que possam elaborar laudos e pareceres técnicos de acordo com a<br />

sua especialidade. A ideia vai ao encontro da proposta de criação do Fundo de Reconstituição de<br />

Bens Lesados que poderá, nos termos da lei e mediante apresentação de solicitação específica,<br />

custear referidas perícias, desafogando a demanda da CATEP.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

PLANO FUNCIONAL


EIXO 3<br />

UNIDA<strong>DE</strong><br />

COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL<br />

“Se falares a um homem numa linguagem que ele compreenda, a tua mensagem entra na sua cabeça.<br />

Se lhe falares na sua própria linguagem, a tua mensagem entra-lhe diretamente no coração.”<br />

Nelson Mandela<br />

Em uma sociedade em rede, a comunicação, no âmbito do Ministério Público, será orientada<br />

por critérios profissionais enquanto parte integrante das atividades de trabalho, tanto no campo finalístico<br />

quanto na gestão. Canais que estimulem o debate e a participação de cidadãos e de integrantes<br />

da Instituição serão desenvolvidos de forma prioritária, fortalecendo a identidade do Ministério Público<br />

enquanto instituição defensora da sociedade.<br />

Trata-se de atividade necessária à implementação da transparência institucional, por meio da<br />

qual serão difundidas informações de interesse público. Ainda, apresenta-se como ferramenta propulsora<br />

do fluxo de informações internas que permitirão a promoção da sinergia e da integração de<br />

membros, servidores, estagiários e prestadores de serviço, em prol do trabalho da Instituição. De<br />

igual forma, a divulgação de boas práticas organizacionais busca a humanização dos conteúdos e a<br />

aproximação com o público-alvo, viabilizando assim o compartilhamento de soluções criativas e de<br />

ações exitosas.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

1.FORTALECIMENTO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL<br />

Pela natureza de suas atribuições, o Ministério Público deve, nesses novos tempos, não só<br />

prestar contas do seu trabalho à sociedade que representa, mas principalmente ter a capacidade de<br />

falar com ela diretamente. Daí a necessidade de investirmos na área responsável pela construção da<br />

identidade, imagem e divulgação dos resultados das nossas atividades para os públicos interno e externo.<br />

No que tange ao público externo, a Assessoria de Comunicação Social será reestruturada e<br />

qualificada com o propósito de desenvolver estratégias e ações de divulgação do papel institucional<br />

do Ministério Público e do trabalho desenvolvido por seus membros e servidores. A ideia é ampliar o<br />

conhecimento da população acerca da Instituição e possibilitar o estabelecimento de novos canais de<br />

comunicação por meio dos quais as demandas sociais possam nos alcançar, como no caso das mídias<br />

sociais que representam importante via de interlocução e colaboração.<br />

Constituirá prioridade absoluta o desenvolvimento de canais de comunicação interna de sorte<br />

a estabelecer um diálogo permanente entre a Administração e os integrantes da Instituição, além do<br />

investimento em capacitação e conhecimentos afins à atividade de todos os membros, como no caso<br />

dos cursos de Media Training, comunicação de alto impacto, oratória e tantos outros.<br />

2.RELACIONAMENTO COM O CIDADÃO E A SOCIEDA<strong>DE</strong><br />

Inerente à função do administrador público como gestor de bens e interesses da coletividade, o<br />

dever de bem servir a comunidade deve ser a grande meta que devemos perseguir. Com essa percepção,<br />

buscaremos ampliar os canais de comunicação com a sociedade, seja diretamente com o cidadão,<br />

destinatário final de nossa atuação, seja com órgãos que representam interesses coletivos, tais como<br />

movimentos sociais, associações sem fins lucrativos, comunidade científica e entidades afins, tudo<br />

visando fortalecer a nossa imagem e o nosso papel no tecido social.<br />

A aproximação e a participação da sociedade na orientação de nossas ações permitem, como<br />

se sabe, a legitimação e o reconhecimento de nossa missão institucional, em especial na elaboração do<br />

nosso Plano Geral de Atuação, respeitadas as peculiaridades regionais e locais onde se deve preservar<br />

a autonomia para escolha de atuação prioritária.<br />

3.IMPLEMENTAÇÃO DA RÁDIO E TV WEB<br />

Com a finalidade de atingir um grande número de usuários por meio de diferentes dispositivos<br />

como computadores, tablets e celulares (smartphones), até o primeiro semestre de 2018 serão oferecidos<br />

dois recursos que representarão o futuro da comunicação em nossa Instituição, quais sejam, as<br />

tecnologias de vídeo (Web TV) e áudio digital (Web Rádio). Tais ferramentas realizarão transmissões<br />

via Internet utilizando um serviço de transmissão de áudio/som em tempo real (tecnologia streaming),<br />

através de um servidor que emite uma programação ao vivo ou gravada.<br />

O objetivo, mais uma vez, é a aproximação com a sociedade que, além de assistir ao conteúdo<br />

transmitido, poderá interagir, opinar, participar de votações e enquetes, além de procurar informações<br />

de forma mais detalhada sobre um determinado assunto utilizando ferramentas de busca de forma<br />

rápida e prática. Além de ferramenta de comunicação interna, o propósito desse serviço é o de permitir<br />

ao cidadão maior aproximação com programas, projetos e ações do MPGO, em muitos casos<br />

ajudando a melhorar a qualidade do nosso trabalho.<br />

4.RELACIONAMENTO INTERNO<br />

Uma das maiores conquistas do MPGO tem sido a convivência harmônica e convergente ao<br />

interesse público, independente de dissensões ideológicas e posições antagônicas, o que é absolutamente<br />

natural em uma Instituição plural e democrática. O respeito ao posicionamento crítico e ao<br />

contraponto necessário, permitiram o amadurecimento e a complacência inerentes ao convívio em<br />

coletividade. Nesse sentido, cabe ao PGJ criar condições para que haja diálogo permanente entre todos<br />

os integrantes, buscando a pacificação interna e um ambiente equilibrado para que, além do bom<br />

desempenho de nossas funções, mantenhamos uma imagem adequada do Ministério Público perante<br />

a sociedade.<br />

Como sempre o fizemos, manteremos entendimento permanente com os órgãos institucionais,<br />

em especial com o Colégio de Procuradores, Conselho Superior, Corregedoria-Geral, Ouvidoria, Associação<br />

Goiana do MP e Sindicato dos Servidores, que devem caminhar juntos em direção ao interesse<br />

comum da Instituição e da sociedade à qual prestamos contas.<br />

Capítulo à parte deve ser dispensado à relação da PGJ com a AGMP, entendida esta última<br />

como trincheira de defesa dos direitos, garantias e prerrogativas não só dos associados, mas de todos<br />

os membros do Ministério Público. As relações serão pautadas pelo respeito ao importante papel<br />

desempenhado pela instituição de classe, além do tratamento prioritário conferido aos pleitos apresentados,<br />

como forma de enfrentarmos as situações de ameaça aos direitos, garantias e prerrogativas<br />

dos membros do Ministério Público com maior eficiência e resolutividade.<br />

5.RELACIONAMENTO COM OS PO<strong>DE</strong>RES E ÓRGÃOS AFINS<br />

O estabelecimento de um convívio harmônico, republicano e independente com outros poderes<br />

e órgãos que trabalham em função de um mesmo objetivo, que é o bem comum, constitui um<br />

dos principais desafios do PGJ. Nesse sentido e dentro de nossa missão constitucional, buscaremos<br />

ampliar os relacionamentos com os poderes públicos e órgãos responsáveis pela proteção dos direitos<br />

fundamentais do cidadão.<br />

Sempre respeitada a independência, fortaleceremos as ações conjuntas com o Poder Executivo,<br />

visando a consolidação de políticas públicas necessárias à efetivação dos direitos fundamentais e<br />

ao desenvolvimento da sociedade rumo à dignidade da pessoa humana. Igualmente, mantida a independência<br />

e o trato republicano, as relações com o Poder Legislativo serão pautadas pela cooperação,<br />

buscando-se assegurar a preservação dos direitos e garantias dos integrantes da Instituição, bem como<br />

a consolidação de medidas em prol do interesse público. Com o Poder Judiciário, Defensoria Pública<br />

e OAB, as relações terão por premissas o respeito mútuo, a troca permanente de ideias para o aprimoramento<br />

do sistema de justiça e a preservação das prerrogativas dos integrantes da Instituição, de<br />

sorte a propiciar a harmonia na prestação da atividade jurisdicional.


EIXO 4<br />

<strong>DE</strong>FESA INSTITUCIONAL<br />

“Muito do que lhe foi ensinado já foi, um dia, a visão radical de indivíduos que tiveram a coragem<br />

de acreditar que o que sua mente e coração diziam era verdadeiro, ao invés de aceitar as crenças<br />

comuns de sua época. ” Ching Ning Chu<br />

Em tempos de turbulência não nos curvaremos a nenhuma tentativa de degradação de nossas<br />

prerrogativas funcionais, ao contrário, fortaleceremos nossos mecanismos de atuação com o acompanhamento<br />

da tramitação das matérias em discussão no Congresso Nacional, nos Conselhos Nacionais<br />

e nos Tribunais Superiores, que possam impactar na atuação do Ministério Público. Da mesma forma,<br />

elaboraremos proposta orçamentária que assegure recursos suficientes à realização dos objetivos<br />

institucionais e à manutenção de uma política remuneratória justa, tudo em sintonia com o CNPG, a<br />

CONAMP e a AGMP, em especial no que tange às discussões nacionais para recomposição dos subsídios<br />

e preservação do atual nível remuneratório.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

POLÍTICA REMUNERATÓRIA<br />

1.EXERCÍCIO CUMULATIVO <strong>DE</strong> CARGOS – ALTERAÇÃO DAS REGRAS ATUAIS<br />

A criação da gratificação pelo exercício cumulativo de cargos representou grande avanço no<br />

que diz respeito ao reconhecimento pelo trabalho extraordinário realizado pelos membros do Ministério<br />

Público, o que tem permitido à Instituição fazer-se presente nas diversas comarcas do Estado,<br />

não obstante a enorme quantidade de cargos vagos. Embora obrigatórias, a substituição automática e<br />

a eventual não devem ser desempenhadas sem a correspondente contrapartida financeira, o que restou<br />

reconhecido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em precedente que justificou a<br />

previsão da gratificação pela Lei Complementar n. 89, de 12 de dezembro de 2011.<br />

A experiência administrativa demonstrou que, pelas atuais regras, o pagamento da gratificação<br />

não corresponde à contrapartida remuneratória adequada, notadamente nas hipóteses nas quais<br />

a cumulação de cargos ocorra por longo período de tempo, considerando o limitador de quinze por<br />

cento do valor do subsídio, conforme consta do art. 100-A da Lei Complementar n. 25, de 6 de julho<br />

de 1998. No âmbito do Ministério Público da União a questão foi tratada de modo diverso pela Lei n.<br />

13.024, de 26 de agosto de 2014, que limita o valor da gratificação a um terço do subsídio do membro<br />

designado à substituição para cada trinta dias de exercício de designação cumulativa, pago pro rata<br />

tempore.<br />

Considerando o caráter nacional do Ministério Público já reconhecido pelo CNMP, não há<br />

justificativa plausível para a existência de tratamento distinto daquele dado aos membros do Ministério<br />

Público da União. Assim, encaminharemos projeto de lei à Assembleia Legislativa objetivando<br />

adequar a Lei Orgânica Estadual de forma a dispensar aos membros do Ministério Público Estadual<br />

tratamento idêntico ao conferido aos ramos do Ministério Público da União.<br />

2.SERVIÇO <strong>DE</strong> NATUREZA ESPECIAL<br />

Além do desempenho normal das atribuições previstas na Constituição Federal e na legislação,<br />

os membros do Ministério Público são instados a realizar diversas atividades que transbordam<br />

a simples rotina, caracterizando verdadeira hipótese de serviços de natureza especial. Exemplo disso<br />

são as participações em projetos de justiça ativa, mutirões de júri e juizado do torcedor, bem como<br />

nos plantões realizados aos finais de semana e feriados.<br />

Atualmente, e apenas em alguns casos, o reconhecimento pela atuação extraordinária dá-se<br />

pela via da compensação do dia trabalhado o que, de certo modo, traz prejuízos à Administração<br />

ante a necessidade de providenciar a substituição do membro quando este se ausenta, bem como ao<br />

próprio Promotor que, alternativamente, poderia preferir a retribuição financeira pela realização de<br />

serviço de caráter excepcional.<br />

O equacionamento de referida situação não depende do encaminhamento de qualquer projeto<br />

de lei à Assembleia Legislativa, haja vista que já existe substrato normativo para tanto a partir da<br />

diretriz estabelecida por meio do Art. 10, da Lei Complementar n. 89, de 12 de dezembro de 2011,<br />

c/c o inciso XVIII, Art. 100, da Lei Complementar n. 25, de 6 de julho de 1998, sendo que sua implementação<br />

será feita por ato do Procurador-Geral de Justiça.<br />

PRERROGATIVAS INSTITUCIONAIS<br />

1.CRIAÇÃO DO COMITÊ <strong>DE</strong> ACOMPANHAMENTO <strong>DE</strong> PRERROGATIVAS INSTITUCIONAIS<br />

O membro do Ministério Público, pela relevante natureza de suas atividades e pela complexidade<br />

de suas funções, submete-se diariamente às mais variadas formas de agravos e riscos, tanto que,<br />

em relação a este último, recentemente o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) reconheceu<br />

tratar-se de uma profissão de risco inerente. Importante reconhecer, portanto, que o indiscutível<br />

protagonismo ministerial na persecução penal, inclusive nos casos de organizações criminosas, nas<br />

ações de improbidade administrativa envolvendo agentes públicos, além de outras atribuições previstas<br />

em lei, torna imperativo que o membro do Ministério Público afrontado no exercício de suas<br />

funções encontre amparo e acolhimento na própria Instituição.<br />

Sem embargo das medidas judiciais cabíveis quando ocorrer eventual violação de direito individual,<br />

cabe-nos reconhecer que o membro, no exercício de suas funções, atua em nome da Instituição,<br />

logo, cumpre a esta desenvolver mecanismos para prevenir, acolher, avaliar os riscos e reparar<br />

danos em desfavor do membro do Ministério Público. Assim sendo, será criado um Comitê de Acompanhamento<br />

de Prerrogativas Institucionais, com a finalidade de orientar o Procurador e o Promotor<br />

nos casos em que suas prerrogativas constitucionais e legais forem desrespeitadas.<br />

Trata-se de um comitê de formação multidisciplinar, que adotará metodologias como a de<br />

Gestão de Riscos e de Mediação para orientação em situação de ameaça ou violação de prerrogativas,<br />

não descurando da necessária atuação do Gabinete de Segurança Institucional que se fará presente<br />

para adotar, sempre de modo profissional e proativo, as medidas atinentes à identificação, tratamento<br />

e monitoramento dos eventuais riscos aos quais o membro e seus familiares estiverem submetidos.<br />

2. PLANTÃO DA EQUIPE <strong>DE</strong> GERENCIAMENTO <strong>DE</strong> CRISE DO GABINETE <strong>DE</strong> SEGURANÇA<br />

INSTITUCIONAL<br />

O reconhecimento pelo CNMP do risco inerente à atividade ministerial evidencia a premência<br />

do fortalecimento dos mecanismos de prevenção de riscos e de reação às ameaças aos membros do<br />

Ministério Público. Nesse sentido é que disponibilizaremos o pessoal da segurança institucional para<br />

que, em casos de ameaça à integridade de membros, seja no exercício da profissão ou mesmo em<br />

casos de violação de prerrogativas legais e constitucionais, possa ser acionada para apoio imediato.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

Na capital ou no interior do Estado, a equipe do Gabinete de Segurança Institucional, que<br />

constitui a primeira força de apoio em casos emergenciais, com abrangência em todo o Estado, permanecerá<br />

em condições de pronto-emprego. Terá, considerando a permanência em regime de plantão,<br />

mobilidade e autonomia para o deslocamento imediato ao local de risco ou da ocorrência para orientação,<br />

acolhimento e preservação da integridade física do membro e seus familiares, o que se fará de<br />

forma articulada com o Centro de Inteligência do MPGO.<br />

MOBILIDA<strong>DE</strong> NA CARREIRA<br />

1.DISCUSSÃO E RE<strong>DE</strong>FINIÇÃO DO MO<strong>DE</strong>LO VIGENTE E MEDIDAS IMEDIATAS<br />

A movimentação na carreira certamente é um dos temas que mais afligem os membros do<br />

Ministério Público, notadamente agora com a possibilidade de revisão constitucional das regras para<br />

a aposentadoria e da recente elevação da idade para a inatividade compulsória (EC n. 88/2015). Fato<br />

é que medidas tímidas foram implementadas para atenuar essa falta de mobilidade, em especial daqueles<br />

Promotores de Justiça ainda classificados como de terceira entrância, situação criada pela Lei<br />

Complementar n. 32/2000, que alterou significativamente a classificação das entrâncias das comarcas.<br />

Como não existe solução mágica, a construção de uma alternativa para o problema deve passar<br />

por um amplo e urgente debate, tendo por norte a preservação de expectativas, com previsão de regras<br />

de transição e com a perspectiva de uma maior permanência em atividade, haja vista a possibilidade<br />

do aumento da idade mínima para a aposentadoria voluntária e regime remuneratório atual.<br />

Logo nos primeiros dias de nossa gestão definiremos os critérios para a escolha de Grupo de<br />

Trabalho para estudos e discussão do tema, que poderá contemplar, dentre outras possibilidades, a<br />

análise da proposta de unificação das entrâncias, que resultaria, em caso de adoção do modelo, numa<br />

maior mobilidade horizontal na carreira. A despeito do citado debate, complexo por natureza, propomos<br />

a alteração da classificação da entrância de algumas comarcas conforme as regras atuais, a partir<br />

da observância de parâmetros objetivos como a movimentação de autos e o número de habitantes<br />

atendidos, medida que poderá ser adotada ainda no primeiro semestre de 2017.<br />

De todo modo, qualquer que seja a opção dos membros do Ministério Público, precisam ser<br />

revistos os procedimentos atualmente adotados para a publicação de editais e julgamento dos requerimentos<br />

pelo Conselho Superior do Ministério Público, criando regras mais ágeis e menos burocráticas,<br />

sobretudo para as hipóteses nas quais o critério escolhido para a remoção/promoção seja a<br />

antiguidade.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

PLANO ADMINISTRATIVO


EIXO 5<br />

CAPTAÇÃO <strong>DE</strong> RECURSOS EXTERNOS,<br />

MO<strong>DE</strong>RNIZAÇÃO E INVESTIMENTOS<br />

“A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência,<br />

mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.” Martin Luther King<br />

Mais que o reconhecimento legal, a busca pela efetiva autonomia financeira do Ministério<br />

Público ultrapassa a simples capacidade de elaboração da proposta orçamentária e de gerenciamento<br />

e aplicação dos recursos destinados a prover as atividades e serviços do órgão titular da dotação.<br />

Pressupõe a concreta existência de dotações que possam ser livremente administradas, aplicadas e<br />

remanejadas pela unidade orçamentária a que foram destinadas. Em tempos de crise e de contingenciamento<br />

de recursos públicos ordinários, espera-se do gestor mais do que o exercício das funções<br />

básicas de gerência, como planejar, organizar e controlar. Requer-se criatividade e ousadia principalmente<br />

para prospectar recursos extraorçamentários, como forma de suprir a necessidade de crescimento<br />

e manutenção da Instituição.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

CAPTAÇÃO <strong>DE</strong> RECURSOS<br />

EXTRAORÇAMENTÁRIOS<br />

1.CRIAÇÃO DO FUNDO PARA A RECONSTITUIÇÃO <strong>DE</strong> BENS LESADOS (FRBL) E FORTALE-<br />

CIMENTO DO FUNDO <strong>DE</strong> MO<strong>DE</strong>RNIZAÇÃO E APRIMORAMENTO FUNCIONAL DO MINISTÉ-<br />

RIO PÚBLICO DO ESTADO <strong>DE</strong> GOIÁS (FUNEMP-GO)<br />

À medida em que a sociedade evolui e passa a exigir seus direitos, a demanda da Instituição<br />

por recursos financeiros aumenta na mesma proporção. O crescimento do Ministério Público do Estado<br />

de Goiás e o início de sua estruturação física e humana, em meados da década de 90, fizeram<br />

com que o orçamento anual da Instituição apresentasse evolução constante, quase sempre superando<br />

o crescimento da receita estadual.<br />

Uma análise das Leis Orçamentárias dos últimos anos revela que o orçamento para o custeio<br />

e investimento da Instituição saltou em quase 200% (duzentos por cento), sendo que no mesmo<br />

período o crescimento da receita do Estado, conforme consta do portal Goiás Transparente, foi da<br />

ordem de aproximadamente 32% (trinta e dois por cento). O mesmo raciocínio pode ser aplicado às<br />

despesas com pessoal, que apresentaram variação extremamente positiva quando comparadas com<br />

o crescimento da receita estadual, em especial em razão do aumento do quadro de integrantes e do<br />

crescimento vegetativo da folha de pagamento.<br />

Além do incremento das receitas para o fortalecimento do Fundo de Modernização e Aprimoramento<br />

Funcional do Ministério Público que, a partir da aprovação da Lei n. 19.191/2015, experimentou<br />

crescimento considerável, faz-se necessária a busca de receitas alternativas para fazer frente<br />

às despesas de investimento e de custeio, notadamente para o financiamento de projetos especiais que<br />

guardem relação com a atividade ministerial. Ainda no primeiro semestre de 2017 será feita a articulação<br />

necessária para a criação do FUNDO PARA A RECONSTITUIÇÃO <strong>DE</strong> BENS LESADOS,<br />

que terá por objeto o ressarcimento e a prevenção de danos causados à coletividade, relativos ao meio<br />

ambiente, ao consumidor, à economia popular, a bens e direitos de valores artísticos, estéticos, históricos,<br />

turísticos e paisagísticos, à ordem urbanística, à ordem econômica, ao patrimônio público ou<br />

a qualquer outro interesse difuso ou coletivo no âmbito do Estado. Referido fundo a ser dirigido por<br />

um Comitê Gestor com a coordenação do MPGO poderá atender às despesas com Projetos Institucionais,<br />

além de outras atividades que dizem respeito à atuação de outros órgãos de defesa de interesses<br />

coletivos.<br />

AMPLIAÇÃO DAS ESTRUTURAS <strong>DE</strong> APOIO<br />

LOGÍSTICO<br />

1.AMPLIAÇÃO DO ESCOPO DA CENTRAL <strong>DE</strong> ATENDIMENTO DAS PROCURADORIAS E PRO-<br />

MOTORIAS<br />

Criada pelo Ato PGJ n. 34/2014 para concentrar os requerimentos de bens patrimoniais e<br />

serviços de manutenção a partir do conceito de “comércio eletrônico”, a Central de Atendimento às<br />

Promotorias e Procuradorias de Justiça (CAP) será ampliada de forma a abranger todas as demandas<br />

administrativas do MPGO, o que diminuirá o tempo de resposta das solicitações e a transparência do<br />

processo. A partir do aprimoramento do sistema, os integrantes poderão acompanhar em tempo real<br />

o andamento de suas demandas, inclusive por meio de alertas enviados via e-mail e mensagens de<br />

texto, de modo que as informações relativas ao trâmite e à previsão de atendimento dos pedidos serão<br />

integralmente acessíveis e rastreáveis.<br />

Em um continuo processo de melhoria, será ainda disponibilizada ferramenta para que os usuários<br />

possam avaliar e sugerir mudanças nos serviços prestados pela Instituição no formato de Help<br />

Desk. Dessa maneira, mesmo diante das novas situações do dia a dia, a CAP estará apta a fornecer<br />

suporte a todos usuários de produtos e serviços.<br />

2.REESTRUTURAÇÃO E RENOVAÇÃO DO PARQUE TECNOLÓGICO E DA FROTA <strong>DE</strong> VEÍCU-<br />

LOS<br />

A irreversível automação das rotinas de atuação judicial e extrajudicial trouxe consigo a crescente<br />

dependência por equipamentos compatíveis com os modernos sistemas informatizados. Nos<br />

últimos anos a Instituição tem investido fortemente na modernização de seu parque de informática,<br />

culminando com a recente aquisição de um moderno centro móvel de processamento de dados, que<br />

permitirá aumentar a confiabilidade da rede de comunicação e a ampliação da capacidade de armazenamento<br />

das informações. A par das limitações tecnológicas das concessionárias de serviços públicos<br />

que, por exemplo, impedem que se aumente a velocidade da internet em diversas comarcas situadas<br />

no interior, investiremos maciçamente na aquisição de novos computadores, impressoras e demais<br />

equipamentos de informática, bem como na criação, onde não houver, de uma rede sem fio nos edifícios<br />

dos fóruns para a utilização durante as audiências ou alternativamente a retomada dos contratos<br />

de modens 4G para o acompanhamento de audiências.<br />

Da mesma forma, com uma frota institucional que hoje conta com mais de 200 veículos e que<br />

demanda constante renovação e melhoria, substituiremos os veículos da capital e do interior, adequando-os<br />

às reais condições de trabalho das Promotorias de Justiça. Os veículos serão adquiridos e<br />

distribuídos, prioritariamente aos órgãos de Execução, a partir de critérios de segurança, capacidade<br />

de carga e potência, tendo em vista a extensão do território e a dificuldade de acesso, dentre outras,<br />

que definirão o modelo a ser adquirido. Cumpre lembrar que referida renovação estrutural será feita<br />

de forma planejada e mediante critérios objetivos tendo como suporte financeiro os recursos decorrentes<br />

da aprovação da Lei n. 19.191/2015, que criou uma nova taxa incidente sobre os emolumentos<br />

devidos pelos serviços notariais e de registro, destinando 3% destes para o FUNEMP-GO.


PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />

3.INCREMENTO DAS CONSTRUÇÕES, REFORMAS E MANUTENÇÕES <strong>DE</strong> SE<strong>DE</strong>S DO MP<br />

Nos últimos anos a demanda por construção de sedes para as Promotorias de Justiça tem se<br />

intensificado, principalmente em razão da falta de espaço destinado ao Ministério Público nos edifícios<br />

dos fóruns. Ciente dessa situação, a Instituição buscou estruturar-se para enfrentar os entraves<br />

postos, criando a Superintendência de Engenharia pelo Ato PGJ n. 9/2014, cuja previsão de cargos<br />

foi estabelecida pela Lei Complementar n. 103/2013, sendo estes providos por meio da realização de<br />

concurso público. Tecnicamente apta a enfrentar os desafios e oferecer melhores condições de trabalho<br />

aos Promotores de Justiça, nossa Instituição, mesmo não dispondo da capacidade de investimento<br />

do Poder Judiciário, agora tem condições de planejar a construção de novas sedes e de levar a cabo<br />

a tão almejada independência estrutural, considerando os novos recursos carreados ao FUNEMP a<br />

partir da Lei n. 19.191/2015.<br />

Objetivando compatibilizar a necessidade do atendimento célere das demandas das unidades<br />

do Ministério Público por espaços próprios, com a limitada disponibilidade de recursos orçamentários,<br />

em iniciativa inédita no âmbito da Instituição, iniciou o processo de locação sob medida da sede<br />

para as Promotorias de Justiça de Anápolis, consistente no oferecimento ao mercado investidor, por<br />

intermédio de um chamamento público, da possibilidade de construir ou adaptar um imóvel existente.<br />

Referido método, que poderá ser ampliado para outras comarcas, permitirá a resolução do problema<br />

de construção de novas sedes em curto espaço de tempo, além de não exigir enorme alocação de recursos<br />

próprios para a construção.<br />

É de se destacar, ainda, que o Ministério Público possui aproximadamente quarenta sedes próprias,<br />

que demandam reformas constantes e ampliações, cujo cronograma poderá ser retomado sobretudo<br />

nas localidades em que referidas medidas demandem urgente intervenção com os recursos agora<br />

disponíveis no FUNEMP. Além disso, para assegurar que as edificações utilizadas pela Instituição<br />

tenham condições adequadas de habitabilidade, higiene e segurança, será aperfeiçoado o programa<br />

de manutenção preventiva das sedes do Ministério Público, com o estabelecimento de cronogramas<br />

elaborados com a participação dos coordenadores das Promotorias de Justiça.<br />

Por derradeiro, todas as sedes próprias e unidades do Ministério Público situadas em fóruns<br />

serão revisitadas, para a elaboração de um minucioso estudo de prevenção de riscos, adotando-se, em<br />

conjunto com o Gabinete de Segurança Institucional, as medidas necessárias à mitigação de riscos,<br />

em especial a colocação de barreiras físicas e perimétricas, assim como a implantação de Circuito<br />

Fechado de Televisão, com monitoramento remoto.

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