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Jerônimo Oliveira Muniz - Cedeplar - UFMG

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estima modelos econométricos considerando informações da PME e utilizando a<br />

técnica de mínimos quadrados ordinários e generalizados.<br />

O segundo artigo, “Diferenciais Salariais por Estado Civil e Sexo: Uma Análise de<br />

Gênero sobre o Prêmio do Casamento”, aborda aspectos ligados ao chamado “prêmio do<br />

casamento”. A pergunta que norteia o artigo é: Por que as pessoas casadas, ou unidas,<br />

recebem melhores salários, mesmo quando se controla pelas suas características pessoais e<br />

produtivas? Em outras palavras, por que aqueles que se casam tendem a ganhar mais do<br />

que aqueles que permanecem solteiros? Este artigo revisa a literatura internacional e<br />

nacional, levantando as principais explicações para o prêmio do casamento, e realiza uma<br />

aplicação para o caso brasileiro utilizando a Pesquisa sobre os Padrões de Vida (1996-<br />

1997) e a metodologia sugerida por OAXACA (1973). Para mensurar o diferencial de<br />

rendimentos entre pessoas casadas e solteiras, homens e mulheres, foram considerados os<br />

indivíduos entre 20 e 35 anos e utilizadas as variáveis experiência potencial, experiência<br />

corrente, anos de estudo e número de filhos. Algumas das conclusões são que as pessoas<br />

casadas e os homens sempre recebem maiores salários quando comparadas às solteiras e às<br />

mulheres. Parte do hiato salarial se deve as características produtivas e parte se deve a<br />

fatores discriminatórios, pois em caso contrário, isto é, se as mulheres fossem estritamente<br />

remuneradas segundo as suas características produtivas, o seu salário deveria ser superior<br />

ao dos homens já que a sua escolaridade é maior.<br />

É importante lembrar que os dois artigos lidam com aspectos relacionados a<br />

demografia econômica. O primeiro no âmbito macro e o segundo sob uma perspectiva<br />

micro. Ao discutir a origem e as influências da estrutura etária sobre os indicadores<br />

conjunturais de emprego e desemprego, o primeiro artigo incorpora variáveis demográficas<br />

agregadas de caráter macro estrutural como, por exemplo, sexo, taxas específicas de<br />

desemprego e ocupação, número de inativos, tamanho relativo e absoluto dos grupos<br />

etários de jovens (15-19) e adultos (20-24 anos), e razões de sexo entre pessoas ocupadas e<br />

desempregadas.<br />

Por outro lado, o artigo associado ao prêmio do casamento vincula-se a demografia<br />

microeconômica na medida em que considera características individuais (idade, sexo,<br />

educação e experiência) para tentar explicar o hiato salarial advindo da união matrimonial.<br />

Além destas, a variável número de filhos também foi considerada na elaboração do modelo<br />

econométrico adotado, dando assim um caráter eminentemente demográfico à analise<br />

realizada, já que a fecundidade individual está sendo levada em conta.

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