Avaliação do Produto AVE da LBE em mistura com Glifosato no controle de plantas daninhas na cultura da Soja.

RELATÓRIO DE PESQUISA
AVALIAÇÃO DE AVE EM MISTURA COM GLIFOSATO, NO CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA
2015/2016
CropSolutions – Pesquisa, Assessoria e Consultoria Ltda. www.cropsolutions.agr.br; fone: 55 67 9 98003947
CNPJ:20.200.540/0001-26. Inscrição Municipal: 4501394
Rua José Ferreira Rosa, 514–A, sala 1. São Gabriel do Oeste-MS. CEP: 79490-000

1- TÍTULO: Avaliação de AVE em mistura com Glifosato, no controle de plantas
daninhas na cultura da soja
Responsáveis
Eng. Agr. Prof. Dr. Francisco de Assis Rolim Pereira
CREA-MS 336/D. e-mail: assisrolim@cropsolutions.agr.br
Eng. Agr. Nadio João da Silva
CREA-RS 51684-D, Visto CREA-MS 4022, e-mail: nadio@cropsolutions.agr.br
Instituição
CropSolutions – Pesquisa, Assessoria e Consultoria Ltda
Rua José Ferreira Rosa, 514-A, sala 01 - centro
Cep: 79490-000. São Gabriel do Oeste-MS.
Empresa requerente
LBE Biotecnologia Brasil Ltda.
Rua Projetada, 522 – Areias
Cep: 88113-618. São José- SC.
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2 - OBJETIVOS
O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de AVE em mistura com Glifosato, no
controle de plantas daninhas na cultura da soja.
Gerar informações que visem melhorar a eficiência do manejo de plantas daninhas na
cultura da soja.
3 – MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Estação Experimental CropSolutions, localizada no
município de São Gabriel do Oeste-MS, sob coordenadas geográficas 19º46´15,58´´ S
54º60´83,87´´O; altitude 646 m; clima do tipo tropical Cwa.
O tratamento das sementes e a semeadura do milho ocorreram no dia 30/10/2015 e a
colheita no dia 08/03/2016. Utilizou-se a variedade de soja CD 2728 IPRO, recomendada
parta a região, de acordo com Embrapa (2014).
Tipo e Análise do Solo: trata-se de um Latossolo vermelho, distrófico, relevo suaveondulado,
fase sob cerrado e textura argilosa.
Resultados Analíticos do Solo:
- Análise química:
Profund. pH M.O. P K Ca Mg Al H S CTC V %
(cm) (água) g/dm 3 mg/dm 3 cmol c /dm 3
0-20 5,8 37,8 9,9 80,4 2,90 1,08 0,00 4,72 4,19 8,91 46,97
Profund. Zn Cu Fe Mn B S
(cm)
mg/dm 3
0-20 9,3 8,1 33 45,6 0,39 14,9
- Análise física:
Areia Silte Argila
g/kg
173 178 649
A adubação de plantio constou de 220 kg.ha -1 da fórmula MS 09 07-37-06 S9 100BMI +
110 kg de KCl. O espaçamento de plantio foi de 0,5m entre linhas.
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O ensaio foi delineado em parcelas formadas por 8 linhas de soja por 20 m de
comprimento, com 2 tratamentos, descritos na tabela 1. As avaliações foram realizadas em
5 pontos aleatórios na área útil das parcelas.
As aplicações foram realizadas utilizando-se um pulverizador costal de pressão
constante, pressurizado por CO 2 munido de uma barra com 4 bicos leque 110.02,
espaçados em 0,5m. O volume de calda aplicado foi de 120 L.ha -1 , com pressão de
trabalho 50 psi (3,5 bar). Durante as aplicações a temperatura média ambiente era de 27 a
29 o C, umidade relativa do ar entre 50 e 53 %, com ventos moderados a ausentes.
Foram realizadas avaliações de fitotoxicidade na cultura aos 5 e 10 dias após a
aplicação dos tratamentos (DAA). Para avaliar os possíveis efeitos fitotóxicos sobre a
cultura, empregou-se o método de avaliação visual EWRC, conforme apresentado no
quadro 1. A eficácia de controle sobre as plantas daninhas foi avaliada as 7; 14 e 21 DAA,
empregando-se o método de avaliação visual, conforme RMWS (1977) segundo escala de
0% (nenhum controle) a 100% (controle total).
O rendimento de grãos foi avaliado tomando-se o peso de 1000 grãos e produtividade,
realizando-se a colheita manual na área útil das parcelas sendo as vagens trilhadas, grãos
pesados, corrigida a umidade para 13% e os dados transformados para kg.ha -1 .
Os resultados foram submetidos a análise da variância e para comparação das médias,
aplicou-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade, de acordo com Canteri et al. (2001).
Tabela 1 - Descrição dos Tratamentos:
Nº Produto
Dose p.c.
(L.ha -1 )
Época de aplicação
T1 Glizmax 2,5
T2 AVE / Glizmax 1,0 + 2,5
V3 – V4
e
V4 – V5
V3 – V4
e
V4 – V5
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Quadro 1 – Notas e conceitos de avaliação de fitotoxicidade sobre a cultura.
Nota Conceito Obs
1 Ausência de danos --
2 Sintomas muito leves a pouco perceptíveis --
3 Danos fitotóxicos leves Sintomas aceitos na prática
4 Danos moderados e evidentes Sem efeito sobre o rendimento
5 Forte clorose foliar Recuperável mas com redução no
rendimento
6 Forte clorose e redução de porte Não recuperável, prejuízo evidente
7 Forte clorose, redução de porte e de estande Prejuízo significativo
8 Forte clorose, necrose, redução de porte e de Prejuízo muito significativo
estande
9 Morte total da planta Destruição da cultura, redução
drástica de estande
Fonte: EWRC (1974) – adaptado
Tabela 2 - Característica da infestação na área experimental.
Espécie
Capim amargo
(Digitaria insularis)
Densidade
(plantas/m 2 )
Aplicação em pós-emergência
Estádio Altura (cm)
32 1 a 3 perfilhos 30 a 40
5- RESULTADOS E DISCUSSÃO
As avaliações realizadas de fitotoxicidade mostraram que nenhum dos tratamentos
apresentou sintomas evidentes provocados por injúrias fitotóxicas nas plantas de soja.
Quanto ao controle das plantas daninhas, constatou-se resultados satisfatórios no
controle de capim amargoso (D. insularis) através dos tratamentos avaliados.
Os resultados de rendimento de grãos de soja apresentaram semelhança estatística
entre os tratamentos. Ressalta-se que a média obtida na área experimental, foi
considerada muito boa, considerando que houve condição climática desfavorável
ocasionada por excesso de chuva no final do ciclo da cultura provocando redução na
produtividade média da região. Os resultados encontram-se nas tabelas 2 e 3.
Os dados climáticos estão apresentados nos anexo 1 e 2.
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Tabela 2 - Avaliações de controle de plantas daninhas na cultura da soja.
CropSolutions. São Gabriel do Oeste-MS. 2015/2016.
Tratamentos
Digitaria insularis
7 DAA 14 DAA 21 DAA
T1 (Glizmax -2,5 L.ha -1 ) 30 % 90 % 95 %
T2 (AVE 1,0 L.ha -1 0 / Glizmax–2,5 L.ha -1 ) 40 % 95 % 100 %
C.V. (%) -- -- --
Médias abrangidas pela mesma letra não são estatisticamente diferentes – Tukey 5%.
Tabela 3 - Avaliações de fitotoxicidade e rendimento de grãos de soja.
CropSolutions. São Gabriel do Oeste-MS. 2015/2016.
Tratamentos
Fitotoxicidade
Peso 1000
grãos (g)
Produtividade
(kg.ha -1 )
sc.ha -
1
T1 (Glizmax - 2,5 L.ha -1 ) 1,5 156,7 a 3906 a 65,1
T2 (AVE 1,0 L.ha -1 0 / Glizmax–2,5 L.ha -1 ) 1,0 158,0 a 3874 a 64,5
C.V. (%) -- 6,92 11,12 --
Médias abrangidas pela mesma letra não são estatisticamente diferentes – Tukey 5%.
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6- CONCLUSÃO
Os tratamentos avaliados apresentam eficácia e praticabilidade agronômica no controle
de capim amargoso na cultura da soja.
Os produtos e doses avaliados apresentam seletividade à cultura da soja.
São Gabriel do Oeste-MS, 20 de junho de 2016
NADIO JOÃO DA SILVA
FRANCISCO DE ASSIS ROLIM PEREIRA
Eng. Agr. CREA-RS 51684-D Eng. Agr. Dr. CREA-MS 336-D
Visto CREA-MS 4022
Pesquisador - CropSolutions
Pesquisador - CropSolutions
JULIANO DEIMIROS RIBEIRO
Diretor Administrativo - CropSolutions
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANTERI, M.G. ; ALTHAUS, R.A. ; VIRGENS FILHO, J.S. GIGLIOTI, E. A. ; GODOY, C.V. Sasm
– Agri: Sistema para análise e separação de médias em experimentos agrícolas pelos métodos
Scoft-Knott, Tukey e Duncan. Revista Brasileira de Agrocomputação, v. 1 , n. 2, p.18-21, 2001.
EMBRAPA. Tecnologias de produção de soja – região central do Brasil 2014.
Londrina: Embrapa soja, 2013. 265p. (Sistemas de Produção / Embrapa soja, n. 16).
EUROPEAN WEED RESEARCH COUNCIL – EWRC. Report of 3º and 4º meetings of
EWRC. Cittee of methods in weed research. Weed Rersearch, v. 28, p.139-44 Weed
Research, Oxford, v.4, p. 88. 1974.
RESEARCH METHODS IN WEED SCIENCE. Design of field experiments and the
measurement and analysis of plant responses. 2 ed. Cap. 2. Champaing, IL. 1997.
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Anexo1: Dados pluviométricos durante o período do ensaio.
Estação Meteorológica CropSolutions. São Gabriel do Oeste-MS. 2015/2016.
Outubro, 2015 Novembro, 2015 Dezembro, 2015
Data (mm)
Temperatura Temperatura
Temperatura Temperatura
Temperatura Temperatura
(mm)
(mm)
mínima (°C) máxima (°C)
mínima (°C) máxima (°C)
mínima (°C) máxima (°C)
1 - 17,12 34,00 - 20,36 30,52 - 20,63 35,2
2 - 19,38 38,39 26,20 20,56 29,83 - 20,4 29,99
3 24,20 19,17 24,71 - 20,03 31,81 - 19,27 33,99
4 0,20 16,8 28,06 14,00 20,2 32,14 - 18,81 34,23
5 - 18,58 36,02 0,40 19,6 30,62 - 17,89 32,22
6 - 19,61 38,13 - 20,5 30,56 - 18,82 25,5
7 - 21,79 35,15 - 19,71 34,43 - 17,67 31,29
8 - 18,84 36,09 - 19,76 35,5 - 18,41 33,89
9 13,00 19,78 31,98 12,20 19,61 35,02 - 20,93 32,43
10 9,00 17,3 29,6 0,20 19,53 35,89 52,40 21,29 32,66
11 0,60 15,9 19,76 - 20,11 33,46 28,20 19,77 34,12
12 0,20 14,99 19,03 - 19,98 36,52 35,80 18,81 35,35
13 - 13,87 33,62 35,20 19,92 36,69 35,20 17,95 32,33
14 - 17,4 36,07 - 20,68 34,72 138,20 20,32 33,21
15 - 20,04 35,87 21,40 19,87 32,72 2,60 20,3 30,84
16 - 17,65 37,55 21,80 19,92 33,34 - 19,02 33,99
17 - 23,04 39,98 13,60 21,61 31,65 - 19,95 33,22
18 - 23,98 39,75 13,40 20,72 33,22 - 19,42 35,13
19 - 22,22 38,94 29,20 20,44 34,03 40,60 21,11 33,67
20 - 20,78 35,88 114,20 19,59 25,15 45,40 20,12 30,23
21 - 20,45 36,5 63,80 17,64 29,09 17,00 19,72 34
22 - 19,9 36,68 95,00 21,55 32,76 0,20 20 32,41
23 14,60 18,94 35,74 56,80 20,03 34,87 65,20 20,41 33,06
24 0,04 19,84 35,58 - 21,49 33,39 115,00 20,91 34,1
25 61,40 19,21 35,96 - 19,51 34,03 15,40 20,67 35,5
26 - 20,88 31,71 - 17,68 34,96 - 20,38 33,89
27 - 20,61 32,82 - 19,03 34,72 - 20,22 32,24
28 - 20,17 32,9 - 20,45 32,58 5,20 21,24 31,41
29 - 19,93 35,44 - 20,23 31,11 8,20 21,5 28,92
30 3,20 20,9 31,77 - 20,66 31,79 19,60 21,32 31,3
31 100,40 20,38 25,76 - - - 37,60 20,58 32,49
226,84 19,34 33,53 517,40 20,03 32,9 661,80 19,93 32,67
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Anexo2: Dados pluviométricos durante o período do ensaio.
Estação Meteorológica CropSolutions. São Gabriel do Oeste-MS. 2015/2016.
Janeiro, 2016 Fevereiro, 2016 Março, 2016
Data (mm)
Temperatura Temperatura
Temperatura Temperatura
Temperatura Temperatura
(mm)
(mm)
mínima (°C) máxima (°C)
mínima (°C) máxima (°C)
mínima (°C) máxima (°C)
1 86,20 20,97 32,27 - 19,45 33,79 9,80 20,85 35,63
2 - 20,98 32,64 - 21,10 34,29 48,20 19,91 32,00
3 - 21,29 31,9 0,20 18,42 33,01 1,60 20,38 31,91
4 9,80 21,75 33,17 - 18,81 32,45 23,80 20,16 31,53
5 35,80 21,08 31,09 - 20,68 34,18 0,20 20,19 33,72
6 40,80 20,6 28,13 10,80 20,33 33,33 20,60 19,91 33,98
7 66,20 19,64 32,85 2,20 20,53 33,30 - 18,87 35,65
8 17,20 21,52 33,04 17,40 20,57 34,63 0,20 20,00 34,43
9 2,40 21,44 30,69 0,80 20,86 32,72 1,20 20,90 31,98
10 0,20 21,65 24,51 - 20,02 34,50 29,40 20,67 30,78
11 3,00 22,31 27,81 1,40 19,57 34,00 - 16,76 29,65
12 2,60 21,2 29,27 - 19,33 34,15 0,20 14,66 29,57
13 30,60 21,87 30,73 - 19,70 35,85 - 13,86 32,71
14 12,00 21,51 29 4,80 20,43 36,10 23,40 19,71 35,14
15 9,20 21,91 28,8 0,40 21,05 35,96 4,80 20,31 33,00
16 8,40 20,82 31,2 - 21,71 33,09 0,40 20,46 33,27
17 3,80 18,88 31,65 - 21,50 33,67 0,20 19,53 33,85
18 18,20 18,21 32,81 36,60 20,07 35,52 - 19,32 35,05
19 84,20 16,24 33,61 13,40 21,10 34,66 - 20,33 37,59
20 15,60 18,76 33,22 0,20 21,86 35,75 - 19,12 35,72
21 0,40 19,01 33,41 7,40 21,46 34,60 0,20 18,15 36,23
22 1,80 20,4 34,36 0,20 20,91 30,74 32,20 19,46 34,03
23 - 19,27 36,55 2,00 21,07 32,24 6,60 19,55 34,53
24 - 19,38 33,77 13,80 19,33 25,68 11,60 20,58 27,73
25 0,20 21,56 34,19 4,80 19,77 32,31 17,00 21,06 27,05
26 13,00 20,56 33,75 2,00 19,51 31,34 2,60 18,18 28,32
27 30,20 18,61 29,02 3,40 20,65 33,51 0,80 10,70 32,58
28 1,80 19,82 32,41 22,40 20,83 30,61 - 18,36 34,19
29 14,00 21,22 30,95 0,40 21,54 32,35 0,40 20,31 32,95
30 1,80 21,49 27,13 - - - - 19,42 34,53
31 23,60 19,7 26,12 - - - - - -
533,00 20,44 31,29 144,60 20,42 33,39 235,40 19,06 32,98
Precipitação total
período (mm)
Temperatura mínima
média no período (°C)
Temperatura máxima
média no período (°C)
2.319,04 19,87 32,79
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