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Solos

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O tipo de solo encontrado em um lugar depende de inúmeros<br />

fatores, tais como tipo de rocha matriz que o originou, o clima,<br />

a quantidade de matéria orgânica, a vegetação que o recobre e<br />

o tempo que se levou para se formar.<br />

Em climas secos e áridos, a intensa evaporação faz a água e<br />

os sais minerais subirem. Com a evaporação da água, uma camada<br />

de sais pode depositar-se na superfície do solo, impedindo que<br />

uma vegetação mais rica se desenvolva.<br />

Já em climas úmidos, com<br />

muitas chuvas, a água pode se<br />

infiltrar no solo e arrastar os<br />

sais para regiões mais<br />

profundas.<br />

Alguns tipos de solo secam logo depois da chuva, outros<br />

demoram para secar. Isso pode vir a influenciar a fertilidade do<br />

solo.


<strong>Solos</strong> arenosos são aquele possuem quantidade de areia 70%<br />

maior do que a média de outros solos. Eles secam logo porque são<br />

muito porosos e permeáveis, apresentando grandes espaços<br />

(poros) entre os grãos de areia. A água passa, então, com<br />

facilidade entre os grãos de areia e chega logo às camadas mais<br />

profundas.<br />

Os sais minerais, que servem de nutrientes para as plantas,<br />

seguem junto com a água. Por isso, os solos arenosos são<br />

geralmente pobres em nutrientes utilizados pelas plantas.<br />

Em climas secos e áridos, a intensa evaporação faz a água e<br />

os sais minerais subirem. Com a evaporação da água, uma camada<br />

de sais pode depositar-se na superfície do solo, impedindo que<br />

uma vegetação mais rica se desenvolva.


Os chamados solos argilosos contêm mais de 30% de argila.<br />

A argila é formada por grãos menores que os da areia. Além disso,<br />

esses grãos estão bem ligados entre si, retendo água e sais minerais<br />

em quantidade necessária para a fertilidade do solo, o que é<br />

benéfico para o crescimento das plantas.<br />

Mas se o solo tiver muita argila,<br />

pode ficar encharcado, cheio de<br />

poças após a chuva.<br />

A água em excesso nos poros do solo compromete a<br />

circulação de ar, e o desenvolvimento das plantas fica prejudicado.<br />

Quando está seco e compacto, sua porosidade diminui ainda mais,<br />

tornando-o duro e ainda menos arejado.


O solo humífero, também chamado de terra preta, ou ainda<br />

terra vegetal, é rico em húmus. Esse solo contém cerca de 10% de<br />

húmus e é bastante fértil.<br />

O húmus ajuda a reter água no solo, torna-se poroso e com<br />

boa aeração e, através do processo de decomposição dos<br />

organismos, produz os sais minerais necessários às plantas.<br />

Os solos mais adequados para a agricultura possuem uma<br />

certa proporção de areia, argila e sais minerais utilizados pelas<br />

plantas, além do húmus. Essa composição facilita a penetração<br />

da água e do oxigênio utilizado pelos micro-organismos. São solos<br />

que retêm água sem ficar muito encharcados e que não são muito<br />

ácidos.


É um tipo bastante fértil, caracterizado por ser o resultado<br />

de milhões de anos de decomposição de rochas de arenitobasáltico<br />

originadas do maior derrame vulcânico que este planeta<br />

já presenciou, causado pela separação da Gondwana - América da<br />

Sul e África - datada do período Mesozoico. É caracterizado pela<br />

sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devido a presença<br />

de minerais, especialmente ferro.


Da cor do fogo, o solo magmático é encontrado apenas em<br />

regiões onde existem vulcões ativos. Caracterizado por ter<br />

aparência liquefeita, lembrando rochas derretidas (magma) é<br />

extremamente quente e apenas plantas específicas se proliferam<br />

sobre ele. Não deve ser confundido com o próprio magma, ou com<br />

a terra vulcânica.<br />

Tem a superfície escura e fina,<br />

como papel queimado, a qual é<br />

muito frágil e quebradiça. O<br />

interior é líquido e fervente.<br />

Não deve ser tocado sem luvas<br />

e ferramentas especiais. O odor<br />

deste tipo de solo lembra o de<br />

enxofre.


Diferente do magmático, o vulcânico é encontrado em<br />

regiões onde há vulcões inativos. Não sendo quente, a terra<br />

vulcânica é pobre em sais minerais, não servindo para qualquer<br />

tipo de planta. Lembra a textura e composição do solo arenoso,<br />

embora seja escura como a terra preta.<br />

Este solo é frio e poeirento, além de ser composto por<br />

ácidos potentes, constituindo um meio de cultivo muito<br />

delicado e de difícil manejo, para o qual necessita de<br />

ferramentas e acessórios especiais.


Originário do termo grego kyano que significa azul, o solo<br />

ciânico, ao contrário do que se possa pensar é escuro. Recebe esse<br />

nome porque ao ser tocado por qualquer superfície a deixa<br />

manchada de azul.<br />

É um solo rico em sais minerais e possui luminescência<br />

própria, podendo sobreviver por até oitenta dias sem receber luz<br />

solar, desde que tenha acessível fonte de água, pois essa<br />

luminescência faz com que exija de mais irrigação para manter<br />

seus condutos de nutrientes.<br />

A única maneira de<br />

remover as manchas de<br />

solo ciânico é com<br />

compressas frias de<br />

infusão de arruda.


O solo pode ser acometido por doenças, as quais dificilmente<br />

são perceptíveis em sua superfície ou mesmo nas camadas<br />

interiores. Por isso, as doenças do solo acabam sendo<br />

diagnosticadas de maneira tardia, quando incidem sobre as<br />

plantações, manifestadas nos vegetais em que o solo contaminado<br />

manteve contato.<br />

O melhor método de prevenção é realizando exames<br />

periódicos em amostras dos solos de cultivo (plantações). Dessa<br />

forma, é possível antecipar maiores complicações, obtendo assim<br />

um prognóstico favorável.<br />

A seguir, veja algumas das doenças mais comuns que<br />

acometem solos de cultivo.


Essa doença é caracterizada por causar manchas pequenas,<br />

escuras e angulares nas folhas. Algumas manchas apresentam<br />

rachaduras no centro das lesões.<br />

Os sintomas começam a surgir nas folhas mais jovens. O<br />

ataque severo provoca intensa queima das folhas, devido ao<br />

coalescimento das lesões e necrose das hastes.<br />

Os frutos não apresentam sintomas.<br />

Temperatura elevada (acima de<br />

25ºC) e umidade alta favorecem o<br />

ataque do fungo. O fungo sobrevive<br />

de um ano para outro,<br />

saprofiticamente, nos restos<br />

culturais e em hospedeiros<br />

alternativos. A doença é também<br />

transmitida pela semente.<br />

Como medidas de manejo, recomenda-se plantar cultivares<br />

resistentes, não deixar que ocorra desequilíbrio nutricional na<br />

planta e incorporar os restos culturais imediatamente após a<br />

colheita.


Essa doença se manifesta no período de floração, formação e<br />

maturação dos frutos, pois é quando há maior cobertura foliar.<br />

As folhas e hastes infectadas<br />

apresentam podridão mole e<br />

aquosa, principalmente nas<br />

partes que ficam em contato<br />

com o solo.<br />

Os frutos doentes apresentam podridão marrom, mole e<br />

aquosa, coberta por um mofo marrom-claro.<br />

Para o manejo, recomenda-se não plantar em solos<br />

compactados ou sujeitos a charcos, evitar locais e épocas<br />

favoráveis à doença, adotar uma densidade adequada de plantas,<br />

plantar preferencialmente cultivares mais eretas e controlar a<br />

irrigação, principalmente durante as fases de floração e<br />

frutificação.


Plantas com esta doença apresentam murcha das folhas<br />

superiores, principalmente nas horas mais quentes do dia. As<br />

folhas mais velhas tornam-se amareladas e, muitas vezes,<br />

observa-se murcha ou amarelecimento em apenas um lado da<br />

planta ou da folha. Os frutos não se desenvolvem, amadurecem<br />

ainda pequenos e a produção é reduzida.<br />

Ao cortar o caule próximo às raízes,<br />

verifica-se necrose do sistema<br />

vascular. Temperatura em torno de<br />

28ºC, solos arenosos com pH baixo, e<br />

o ataque de nematoides, favorecem a<br />

doença. O fungo sobrevive no solo<br />

por períodos superiores a sete anos,<br />

principalmente por meio de<br />

microescleródios.<br />

Como medidas de manejo e controle, recomenda-se plantar<br />

cultivares com resistência às raças do patógeno, evitar o plantio<br />

em áreas sabidamente infestadas pelo fungo e/ou por nematoides<br />

patogênicos, e fazer rotação de cultura com gramíneas.


O sintoma inicial desta doença é a murcha suave e parcial da<br />

planta nas horas mais quentes do dia .<br />

As folhas mais velhas tornam-se amareladas e necrosadas<br />

nas bordas, em forma de "V" invertido. Os frutos ficam pequenos<br />

e mal formados.<br />

Na região do colo do caule,<br />

verifica-se leve necrose<br />

vascular, não tão intensa<br />

quanto a causada pela<br />

Fusarium oxysporum. O<br />

fungo é bem adaptado a<br />

regiões de solos neutros ou<br />

alcalinos, com temperaturas<br />

entre 20 a 24ºC.<br />

O fungo sobrevive no solo por mais de oito anos por meio de<br />

microescleródios, infectando mais de 200 hospedeiras. Como<br />

medidas de manejo, recomenda-se plantar cultivares resistentes e<br />

fazer rotação da cultura com gramíneas.


Esta doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das<br />

folhas mais velhas e próximas ao solo. Na folha, a doença<br />

caracteriza-se pela presença de manchas grandes, escuras,<br />

circulares, com anéis concêntricos. O ataque severo provoca<br />

desfolha acentuada e expõe o fruto à queima de sol.<br />

Também é comum o<br />

aparecimento de cancro no<br />

colo, nas hastes e nos frutos.<br />

A doença é favorecida por<br />

temperatura entre 24 a 34°C,<br />

e alta umidade alta.<br />

O fungo sobrevive nos restos culturais e infecta<br />

outras hortaliças como a batata e a berinjela,<br />

além de plantas invasoras como o juá-de-capote.<br />

A doença é também transmitida por sementes.<br />

Não existem cultivares resistentes. Deve-se pulverizar<br />

preventivamente com os fungicidas registrados para essa doença.<br />

Recomenda-se, também, incorporar os restos culturais<br />

imediatamente após a última colheita e fazer rotação de cultura<br />

com gramíneas.


Plantas doentes apresentam uma podridão mole e aquosa,<br />

principalmente nas folhas, hastes e frutos, que ficam em contato<br />

direto com o solo. Em condições de alta umidade, há um<br />

crescimento micelial muito vigoroso, de cor branca, semelhante a<br />

fios de algodão, na superfície dos tecidos afetados.<br />

Algumas vezes esse micélio se<br />

desenvolve na superfície do solo,<br />

próximo à planta. Também é<br />

comum a formação de escleródios na<br />

superfície dos tecidos afetados. O<br />

escleródio é uma forma de<br />

sobrevivência do fungo no solo por<br />

vários anos.<br />

A incidência da doença é maior em períodos quentes (30 a<br />

35ºC) e chuvosos, em lavouras conduzidas em solos muito<br />

argilosos e/ou compactados, com charcos do solo. Excesso de<br />

folhas, solo úmido e contato do fruto com o mesmo favorecem a<br />

doença.


O fungo tem preferência por solanáceas, leguminosas e<br />

brássicas, apresentando sintomas na fase reprodutiva. A doença é<br />

observada em reboleiras, identificada pela seca prematura da<br />

planta. O fungo causa mela das folhas e das hastes e, com o<br />

amadurecimento da planta, o caule apresenta uma podridão seca,<br />

cor de palha, contendo, em seu interior, os escleródios em forma<br />

de grânulos pretos, semelhantes a fezes de rato.<br />

Os frutos permanecem fixados à planta<br />

doente e raramente apresentam<br />

sintomas de podridão. Os escleródios<br />

podem permanecer viáveis por mais de<br />

10 anos no solo.<br />

O ataque é mais severo em lavouras<br />

cultivadas sob condições de clima<br />

ameno (15 a 21ºC) e umidade alta.<br />

A doença é agravada em solos com problemas de<br />

compactação, onde há acúmulo de água, e em plantios muito<br />

densos, com crescimento vegetativo vigoroso e com baixa<br />

circulação de ar.


A requeima causa manchas encharcadas, grandes e escuras<br />

nas folhas e nas brotações. Na face inferior da lesão nas folhas,<br />

geralmente observa-se um mofo pulverulento esbranquiçado.<br />

Nos frutos, a podridão<br />

é dura, de coloração<br />

marrom-escura. O<br />

ataque severo provoca<br />

grande desfolha e<br />

podridão dos frutos.<br />

A doença é favorecida em condições de clima ameno e<br />

úmido. Epidemias também podem ocorrer em regiões secas ou<br />

em épocas relativamente quentes, desde que a temperatura da<br />

noite permaneça em torno de 18 a 22ºC por períodos<br />

prolongados e a umidade do ar esteja acima de 90%. Deve-se<br />

evitar o plantio em local de clima frio e úmido, sujeito a excesso<br />

de neblina e orvalho. Em épocas e locais com clima favorável à<br />

doença, e em áreas onde a requeima ocorre de forma endêmica,<br />

sugere-se pulverizar preventivamente ou logo no início do<br />

aparecimento dos primeiros sintomas.


Doença caracterizada pela presença de manchas pequenas,<br />

circulares, esbranquiçadas, com picnídios no centro da lesão nas<br />

folhas. O fungo infecta inicialmente as folhas mais velhas.<br />

Ataques severos causam também<br />

lesões nas hastes, pedúnculo e<br />

cálice; porém, os frutos<br />

permanecem sadios.<br />

A incidência é mais severa nos cultivos feitos durante o<br />

período quente (25 a 30ºC) e chuvoso do ano, mas ataques severos<br />

podem ocorrer também no período seco, desde que haja bastante<br />

orvalho ou excesso de irrigação. O fungo sobrevive nos restos<br />

culturais dos vegetais e é transmitido por meio das sementes.<br />

Várias solanáceas são hospedeiras alternativas desse fungo.<br />

Devem-se fazer pulverizações preventivas com os fungicidas<br />

registrados pelo Departamento de Controle e Regulamentação de<br />

Criaturas Mágicas.<br />

É importante a rotação de cultura com gramíneas e a<br />

incorporação dos restos culturais imediatamente após a última<br />

colheita.


Em capítulo anterior conhecemos diversos tipos de solo e<br />

aprendemos que nem todos estão aptos para o cultivo. O<br />

melhoramento do solo é uma tarefa comum entre as tantas com as<br />

quais se depara um herbologista.<br />

Para fazer melhorias eficazes no<br />

solo, são necessárias algumas<br />

habilidades e estratégias<br />

específicas. Entre as estratégias<br />

mais utilizadas está utilização de<br />

aditivos.<br />

Aditivos são todos e quaisquer elementos adicionados ao solo<br />

de forma voluntária ou não, de modo a modificar suas<br />

características e/ou estrutura. Entre os aditivos mais utilizados<br />

estão os adubos, ou seja, resíduos, os quais podem ser classificados<br />

entre orgânicos e inorgânicos.


Os adubos orgânicos são aqueles formados por matéria de<br />

origem animal e vegetal. Já os adubos inorgânicos são obtidos a<br />

partir de extração mineral ou refino de petróleo.<br />

Para se desenvolver, o vegetal retira do solo macronutrientes<br />

e micronutrientes, os quais são compostos de átomos de elementos<br />

químicos que passam a constituir os seus tecidos. Os<br />

micronutrientes são consumidos em pequenas quantidades,<br />

enquanto que os macronutrientes são consumidos em larga escala<br />

e são compostos principalmente de carbono, hidrogênio e oxigênio,<br />

obtidos por meio do gás carbônico presente no ar e na água.<br />

Outros elementos<br />

essenciais para o<br />

crescimento das<br />

plantas são: enxofre,<br />

nitrogênio, fósforo e<br />

potássio.<br />

Esses nutrientes são retirados do solo e, depois, quando as<br />

plantas morrem, elas se decompõem e devolvem tais nutrientes à<br />

terra, o que possibilitará que outras plantas possam usar esses<br />

nutrientes para crescer.


No entanto, o ser humano interfere nesse ciclo, colhendo as<br />

plantações. Então, com o passar do tempo, os nutrientes da terra<br />

vão cessando, empobrecendo o solo, que não mais poderá ser<br />

usado para o plantio. Assim, é preciso que o próprio homem<br />

enriqueça o solo com esses nutrientes. Isso é feito por meio de<br />

adubos, que podem ser orgânicos ou inorgânicos.<br />

Adubos Orgânicos<br />

São fertilizantes obtidos por meio de matéria de origem<br />

vegetal ou animal, como por exemplo esterco, farinhas, bagaços,<br />

cascas e restos de vegetais, decompostos ou ainda em estágio de<br />

decomposição. Esses materiais sofrem decomposição e podem ser<br />

produzidos pelo homem por meio da compostagem.


Na compostagem, a matéria orgânica é segregada e<br />

submetida a um tratamento composto por dois estágios básicos: a<br />

digestão (fermentação causada por microrganismos, sendo que os<br />

principais são as bactérias, os fungos e os actinomicetos. Nesse<br />

estágio,o material alcança o estado de bioestabilização e a<br />

decomposição ainda não está completa) e a maturação (a massa<br />

em fermentação atinge a humificação, dando origem a uma massa<br />

denominada húmus, estado em que o composto apresenta-se como<br />

melhorador do solo e fertilizante).<br />

O adubo gerado é denominado composto. É rico em<br />

macronutrientes e incorpora, em doses mínimas, micronutrientes<br />

também. Além disso, aumenta a flora bacteriana e a microfauna,<br />

essenciais na formação do húmus.


Adubos Inorgânicos<br />

São adubos obtidos a partir de extração mineral ou refino do<br />

petróleo. Alguns exemplos são: os fosfatos, os carbonatos, os<br />

cloretos e o salitre do chile<br />

A vantagem desse tipo de adubo<br />

é que, como eles se apresentam<br />

na forma iônica, seus nutrientes<br />

são absorvidos pelas plantas<br />

com maior facilidade e o<br />

resultado é mais rápido.<br />

Além disso, eles apresentam composição química definida,<br />

enquanto os orgânicos não; de modo que é possível realizar com<br />

eles cálculos precisos sobre a quantidade que se deve usar em cada<br />

caso. Isso é extremamente importante, pois o uso excessivo de<br />

adubos inorgânicos pode causar desastres ambientais, como<br />

mudança na composição química do solo, tornando-o menos<br />

produtivo e, em longo prazo, causando danos ao ecossistema.<br />

Uma boa maneira de se compensar os efeitos negativos de<br />

cada método de adubação é conhecer bem as propriedades do solo<br />

que se está trabalhando e realizar uma combinação equilibrada de<br />

todas essas técnicas.


Antes de tomar qualquer atitude em relação à qualidade do<br />

solo em que irá cultivar, é preciso conhecer sua tipologia e suas<br />

propriedades. Depois, é importante ter em mente que há três<br />

nutrientes extremamente importantes para o cultivo de vegetais:<br />

o nitrogênio (N), para o crescimento das folhas e dos caules, o<br />

fósforo (P), para as raízes, frutas e sementes, e o potássio (K),<br />

para resistência à doenças e para a saúde em geral.<br />

Plantas jovens, por exemplo,<br />

podem precisar de mais fósforo<br />

para se concentrarem no<br />

crescimento das folhas e,<br />

normalmente, as plantas<br />

precisam de uma quantidade<br />

bem menor destes nutrientes<br />

fora da estação de crescimento.<br />

Para obter melhores resultados, analise as plantas específicas<br />

que você estiver plantando e descubra suas necessidades. Estas<br />

necessidades geralmente são expressas em três letras "NPK", que<br />

informam a proporção ou as quantidades totais destes nutrientes,<br />

nesta ordem.


Para saber qual a quantidade de NPK presente em seu solo<br />

de cultivo é necessária uma análise. Colhe-se três amostras do<br />

solo. A cada uma delas é adicionada uma gota da poção conhecida<br />

como Solum Cognitio. Aguarda-se o tempo de reação,<br />

caracterizada pela mudança de aparência da terra, a qual se torna<br />

granulosa, branca e gelada, lembrando o granizo. Após a reação,<br />

aponta-se a varinha para a amostra, e profere-se o feitiço<br />

adequado:<br />

•oNitrogenium: verificar a qualidade do<br />

nitrogênio presente no solo;<br />

•oFosforos: verificar a qualidade do<br />

fósforo presente no solo;<br />

•oPotassium: verificar a quantidade de<br />

potássio presente no solo.<br />

Quando há carência do elemento, os<br />

grânulos ficam amarelos. Caso fiquem<br />

verdes, é porque há quantidade em excesso.<br />

Nos casos em que o solo está com a quantidade adequada do<br />

elemento, os grânulos voltam a aparência e consistência<br />

anteriores à poção.<br />

Jamais se deve incorporar as análises de volta ao cultivo, pois<br />

podem contaminar o solo, provocando desastre ambiental.


Sabendo as necessidades de NPK do solo, pode-se iniciar o<br />

processo de melhoramento, aplicando-se poções de Nitrogênio,<br />

Fósforo e Potássio. Essas poções são específicas para aplicação em<br />

Magibotânica, podendo ser utilizadas tanto para solos, quanto<br />

para plantas e fungos.<br />

Também é possível que o solo careça de<br />

outros nutrientes, os quais podem ser<br />

fornecidos a partir de dejetos orgânicos<br />

(cascas de frutas, outros restos<br />

vegetais, etc.) e esterco animal (fezes de<br />

aves e gado).<br />

Além dos aditivos, simples práticas podem fortalecer o solo.<br />

Tais práticas envolvem capinas, limpezas de ervas nocivas,<br />

escarificações e irrigação assistida. A natureza é extremamente<br />

responsiva, reagindo prontamente aos estímulos humanos, sejam<br />

estes amigáveis ou agressivos. Cabe ao bruxo escolher o tipo de<br />

relacionamento a que está disposto em manter com o ambiente,<br />

aceitando assim a resposta que este lhe ofertar.

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