Moz_IN_07(1)
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GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
“A Situação financeira<br />
está controlada”<br />
Adriano Maleiane, Ministro da Economia e Finanças<br />
em grande entrevista<br />
Ano V // Dezembro 2015 // N.º 06<br />
“Governo cometido com a melhoria<br />
do ambiente de negócios”<br />
Ernesto Max Tonela, Ministro da Indústria e Comércio<br />
A queda do metical<br />
“A depreciação do metical poderá continuar<br />
no próximo ano…”<br />
Waldemar Sousa, porta-voz do BM na<br />
análise da situação do metical<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
1
UMA CÂMARA DE<br />
COMÉRCIO AO<br />
SERVIÇO DE DOIS<br />
PAISES E SEUS<br />
ASSOCIADOS<br />
VISÃO<br />
Ser uma associação de referência no estabelecimento de relações comerciais entre<br />
Moçambique e Portugal.<br />
MISSÃO<br />
Implementar e desenvolver eficazmente um conjunto de iniciativas que possam contribuir para<br />
a dinamização das relações sócio – económicas entre Moçambique e Portugal.<br />
OBJECTIVO SOCIAL<br />
Promoção do desenvolvimento de relações económicas, comerciais e sociais mutuamente<br />
vantajosas entre as comunidades de negócios de Moçambique e Portugal.<br />
-<br />
MOÇAMBIQUE<br />
Av. 25 de Setembro<br />
Nº 1123 - Prédio Cardoso<br />
4º Andar - Flat C<br />
Maputo - Moçambique<br />
2Tel.: MOZ’<strong>IN</strong> (+258) // 21 Dezembro 304580 2015<br />
Email: info@ccmp.org.mz<br />
PORTUGAL<br />
Delegação Lisboa<br />
Av. D. João II, Lote 1.13.03 F escritório 6<br />
Prq. das Nações, 1990-<strong>07</strong>9<br />
Lisboa - Portugal<br />
Tel.: (+351) 218 937 000<br />
Email: nuno.tavares@matrizci.com<br />
Delegação Porto<br />
Rua da Serra, 654 - Folgosa (Maia)<br />
Apartado 1192 - 4446-909<br />
Ermesinde Porto Portugal<br />
Tel.: (+351) 229 699 223<br />
Email: manuel.jose@rangel.com
EDITORIAL<br />
Daniel David<br />
Presidente da CCMP<br />
Confiança no futuro<br />
É claro para a maioria das empresas e agentes<br />
económicos, que o ano que ora finda nos deixa<br />
algumas incertezas.<br />
Se por um lado os indicadores económicos continuam<br />
robustos, por outro a constante depreciação<br />
da nossa moeda – cujo histórico do comportamento<br />
face às divisas de referência analisamos em<br />
artigo separado - e os sinais de alerta do lado da<br />
inflação, contribuem para um certo nível de pessimismo<br />
entre os homens de negócios do País.<br />
E, porventura mais preocupante, uma certa instabilidade<br />
política teima em se fazer sentir, tarda em se<br />
resolver. Contribui para o adiamento ou cancelamento<br />
de muitos e importantes investimentos, que<br />
poderiam contribuir para a solidez da nossa economia<br />
e para a melhoria do ambiente de negócios.<br />
Atentos à situação procurámos ouvir os dois governantes<br />
cuja acção é determinante para o futuro<br />
da economia – O Ministro da Economia e Finanças,<br />
Adriano Maleiane e o Ministro da Indústria e<br />
Comércio, Ernesto Max Tonela.<br />
O responsável pela economia e finanças concede-<br />
-nos uma entrevista em exclusivo, e o detentor da<br />
pasta da indústria e finanças projecta o ambiente<br />
de negócios para 2016.<br />
A Câmara agradece a disponibilidade destes governantes<br />
para dialogarem com os nossos leitores. Estamos<br />
certos que as suas declarações e a análises<br />
serão importantes para todos nós.<br />
Nesta MOZ’<strong>IN</strong>, analisámos ainda o comportamento<br />
do investimento português em Moçambique, e<br />
olhámos o outro lado da moeda: o investimento<br />
que moçambicanos fazem no turismo em Portugal.<br />
Também não deixámos passar o aniversário<br />
do Millennium bim, nem a recente viagem que o<br />
Presidente da República e os nossos empresários<br />
realizaram a Angola.<br />
O ano está a terminar.<br />
A nossa esperança é a de que, com a nossa imaginação<br />
e o nosso empenho, o novo ano seja mais<br />
profícuo e encorajante.<br />
A todos os nossos associados, aos nossos leitores e<br />
a Moçambique desejamos boas-festas e um 2016<br />
cheio de paz, de esperança e confiança no nosso<br />
futuro enquanto Nação.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
3
SUMÁRIO<br />
16<br />
Investimento português em Moçambique...<br />
um crescimento sustentado<br />
06 Adriano Maleiane: “A situação<br />
fi nanceira está controlada”<br />
10 Millennium bim comemorou 20<br />
anos de sucessos<br />
12 Investidor Moçambicano compra<br />
hotel no Porto<br />
14 MOZEFO: O Fórum do crescimento<br />
humanizado<br />
18 Corredor de Desenvolvimento De<br />
Maputo: um corredor de comércio<br />
de classe mundial<br />
22 Turismo em Moçambique… dos<br />
desafi os às oportunidades.<br />
26 Valentina Guebuza, Anabela Chabuca<br />
e Erik Charas na lista dos 100 jovens<br />
mais infl uentes de África<br />
29 Contributo da CCMP para a melhoria<br />
do ambiente de negócios em<br />
Moçambique<br />
34 Finisterra<br />
36 Opinião: Governo cometido com a<br />
melhoria do ambiente de negócios<br />
38 Moçambique aumenta capacidade<br />
de armazenamento de combustível<br />
38 Sector imobiliário continua fértil<br />
43 Líderes de empresas de<br />
comunicação discutem desafi os do<br />
sector<br />
44 Lista dos Associados<br />
46 Informações Úteis<br />
4 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015<br />
20<br />
A queda do Metical<br />
37<br />
Empresários angolanos e moçambicanos<br />
discutem oportunidades de negócio<br />
FICHA TÉCNICA<br />
PROPRIEDADE<br />
Moçambique<br />
Av. 25 de Setembro, Nº 1123 - Prédio Cardoso,<br />
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Portugal<br />
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DIRECÇÃO Daniel David<br />
EDIÇÃO Media Group<br />
TEXTOS:<br />
Adamo Halde<br />
Leonel Albuquerque<br />
Manuel Jesus<br />
Vitor Gonçalves<br />
DESIGN<br />
Artur Issá<br />
PUBLICIDADE<br />
vitor.goncalves@soldoindico.co.mz<br />
manuel.jesus@soldoindico.co.mz<br />
IMPRESSÃO Minerva Print<br />
PERIODICIDADE Trimestral<br />
TIRAGEM 5000 exemplares<br />
DEPÓSITO LEGAL 379786/14<br />
Distribuição Gratuita aos sócios da CCMP,<br />
entidades ofi ciais e empresariais em Moçambique<br />
e Portugal. É interdita a reprodução total ou parcial<br />
por quaisquer meios de textos, fotos e ilustrações<br />
sem a expressa autorização do editor.
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
5
ENTREVISTA<br />
ADRIANO MALEIANE<br />
“A SITUAÇÃO F<strong>IN</strong>ANCEIRA ESTÁ<br />
CONTROLADA”<br />
Em entrevista exclusiva à MOZ’<strong>IN</strong>, o Ministro da Economia e Finanças<br />
afirma que não há razões para temer um colapso da economia<br />
moçambicana. Os indicadores de sustentabilidade da dívida pública<br />
permanecem sustentáveis, defende Adriano Maleiane. O governante<br />
faz esta afirmação numa altura em que a valorização do dólar face ao<br />
metical tem preocupado os agentes económicos.<br />
Nesta entrevista, o responsável pela pasta da Economia e Finanças<br />
fala também das reformas que o executivo está a efectuar no sistema<br />
tributário, em particular o IVA, e no melhoramento do ambiente de<br />
negócios com vista a atrair mais investidores.<br />
6 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
A melhoria do ambiente de negócios é um desafio constante<br />
para Moçambique. Que reformas pretende o Governo realizar<br />
para atrair mais investimentos e facilitar os negócios?<br />
A melhoria do ambiente de negócios constitui uma das prioridades<br />
do Governo para o presente quinquénio, deste modo tomará<br />
acções que visem dar continuidade: (i) à simplificação dos procedimentos<br />
e melhoria da competitividade; (ii) à eliminação das barreiras<br />
à entrada de novos operadores no mercado e à geração de<br />
condições para atracção de novos investimentos; (iii) assegurar a<br />
redução do tempo de atribuição do uso e aproveitamento de terra;<br />
(iv) implantar a plataforma integrada electrónica dos balcões de<br />
Atendimento Único (e-BAU) nas capitais provinciais; e (v) fortalecer<br />
e melhorar os mecanismos de diálogo e articulação entre o Governo<br />
e o sector privado.<br />
Como Caracteriza o Sistema económico e financeiro do país?<br />
O sistema financeiro moçambicano é caracterizado por um crescimento<br />
expansivo acompanhado por alguma robustez do próprio<br />
sistema nos últimos anos. Considerando os indicadores de desempenho,<br />
verificamos que o número de bancos existentes no País<br />
evoluiu de cinco em 1997 para 13 bancos em 2014, com uma rede<br />
bancária de 45%. O rácio de solvabilidade transitou de 12.5% em<br />
2006 para 16.9% em 2013, mostrando uma certa estabilidade do<br />
sistema. O crédito mal parado reduziu-se de forma importante entre<br />
2003 e 2014. Estes são exemplos de alguns indicadores de desempenho<br />
que podem atestar a robustez do nosso sistema financeiro.<br />
O nosso sistema ainda apresenta desafios por superar: são os casos<br />
do nível de financiamento e a monitorização da economia.<br />
O sistema económico é caracterizado pela estabilidade macro-<br />
-económica resultante de um crescimento robusto (média 7% por<br />
ano) e manutenção da inflação média abaixo de dois dígitos. Este<br />
crescimento tem sido sustentado pelos sectores com maior peso<br />
no Produto Interno Bruto: Agricultura (25,3%), Indústria Manufactureira<br />
(11,2%), Comércio (10%), Transportes (8,6%) e Alojamento<br />
e Restauração (7,3%), citando apenas os com maior importância.<br />
Porém, a derrapagem do metical face ao dólar e a recente medida<br />
do Banco Central de elevar a taxa de juros, tem estado a levantar<br />
algumas especulações em relação ao desempenho da economia<br />
moçambicana para o segundo semestre de 2015.<br />
O sector extractivo com as recentes descobertas de recursos minerais<br />
e energéticos, carvão mineral em Tete, areias pesadas em Nampula<br />
e hidrocarbonetos na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado,<br />
tem estado a atrair investimento directo estrangeiro para o país, o<br />
que gera expectativas sobre as possíveis dinâmicas e ganhos.<br />
Embora estes factos, permanecem ainda questões relativas a volatilidade<br />
da variação dos níveis dos preços, devido ao comportamento<br />
do metical em relação às outras moedas como dólar e o rand. Por<br />
outro lado, temos a questão da detioração da balança comercial,<br />
devido aos problemas das exportações nacionais que sempre foram<br />
inferiores às importações.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
7
ENTREVISTA<br />
Apesar dos indicadores macroeconómicos apontarem<br />
uma situação sustentável da dívida pública, os receios<br />
sobre um eventual colapso existem em alguns sectores. É<br />
uma hipótese de que realmente os moçambicanos devem<br />
temer? O que está sendo feito para prevenir essa possibilidade?<br />
Penso que ainda não existem motivos para temer, uma vez que<br />
os indicadores da sustentabilidade da dívida pública permanecem<br />
sustentáveis. A valorização do dólar face ao metical tem<br />
preocupado os agentes económicos, mas os indicadores da dívida<br />
pública externa, como o valor presente da dívida em relação<br />
ao Produto interno bruto indica que estamos a 31.9%, de um limite<br />
de 40%. Mas, devido a possibilidades de ocorrência de choques<br />
macroeconómicos que podem se refl ectir no crescimento<br />
económico do país ou nos preços de exportação para níveis abaixo<br />
do programado, o Governo tomará medidas de mitigação que<br />
consistirão: (i) no fortalecimento da arrecadação de receitas e no<br />
desenvolvimento do mercado de capitais, (ii) implementação de<br />
reformas no desenvolvimento do mercado de títulos públicos, do<br />
fi nanciamento a custos favoráveis que promovam a poupança do<br />
público no mercado local.<br />
Quais são os benefícios fiscais que os empresários tanto<br />
nacionais como estrangeiros podem ter ao investir nas<br />
zonas económicas especiais?<br />
O Governo elaborou o código e o respectivo regulamento de<br />
benefícios, por forma a racionalizar os incentivos fi scais para os<br />
investimentos e torná-los mais efi cientes e efi cazes como instrumento<br />
de política económica. Especifi camente para as Zonas<br />
Económicas Especiais estão previstas: (i) as isenções de direitos<br />
aduaneiros na importação (equipamentos, máquinas, materiais<br />
de construção, peças sobressalentes e outros bens destinados<br />
as ZEE), (ii) Imposto sobre o valor acrescentado, (ii) Isenções<br />
e reduções do imposto sobre o rendimento Colectivo dependendo<br />
do regime: se actua como operador (isenção da taxa nos<br />
primeiros 5 anos, redução da taxa para 50% entre 4 a 10 anos<br />
e redução pela vida do projecto para 25%), Empresa de ZEE<br />
(isenção da taxa nos primeiros 3 anos, redução para 50% de 4<br />
a 10 anos e redução em 25% de 10 a 15 anos) ou Empresa de<br />
ZEE serviços (redução da taxa nos primeiros 5 anos em 50%).<br />
Por que razão necessitou Moçambique de recorrer ao FMI?<br />
O valor a ser disponibilizado ao País pelo FMI não se trata de um<br />
acordo de crédito celebrado entre o Governo e aquela instituição.<br />
Moçambique por ser membro do FMI é elegível para certo tipo de<br />
fi nanciamento. É um fi nanciamento que se destina à balança de pagamentos<br />
para fortalecer o nível das reservas internacionais, dado o<br />
actual desequilíbrio causado pelo défi ce da balança de transacções<br />
correntes.<br />
Trata-se de um fi nanciamento através do Standby Credit Facility,<br />
uma facilidade do FMI para países que atravessam desiquilíbrios<br />
na sua balança de pagamentos causados por choques externos. No<br />
caso particular de Moçambique, entre outros, a redução do preço<br />
das principais matérias-primas de exportação.<br />
O Governo solicitou esta facilidade ao FMI para fortalecer as reservas<br />
internacionais líquidas no Banco Central. O Governo aguarda<br />
pela aprovação, que está prevista para o próximo mês de Dezembro.<br />
Está previsto que o desembolso deste fi nanciamento seja faseado<br />
(75% em Janeiro e o remanescente parcelado, atendendo ao comportamento<br />
das reservas). Não terá nenhum impacto no stock da<br />
dívida pública externa e não há investimentos previstos para este<br />
fi nanciamento.<br />
Quais são as áreas ainda férteis para se desenvolver negócio<br />
em Moçambique?<br />
Moçambique apresenta grande potencial para investimento em<br />
áreas de: (i) Agronegócio - (produção de milho, arroz, banana<br />
e soja), e estabelecimento de Centros de Prestação de Serviços<br />
(CPSs) nos 6 corredores de Desenvolvimento agrário; (ii) Hotelaria<br />
e Turismo; (iii) Artesanato; (iv) extracção mineira.<br />
Que mensagem gostaria o senhor Ministro de deixar aos<br />
homens de negócios neste final do ano?<br />
A mensagem é de encorajamento para o trabalho e garantir-lhe que<br />
a situação está controlada e que o Governo fará tudo, dentro dos<br />
limites dos instrumentos de política económica disponíveis. O Governo<br />
está a acelerar as reformas no sistema tributário, em particular<br />
o IVA, ambiente de negócios, criando capacidade infra-estruturais<br />
e mecanismos institucionais para responder com maior celeridade<br />
aos interesses dos homens de negócios, que aliás são, também,<br />
interesses do Governo dado que é do exercício de actividades produtivas<br />
rentáveis que o Estado obtém meios de funcionamento:<br />
receitas através dos impostos.<br />
8 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
O valor<br />
é todo teu.<br />
O <strong>Moz</strong>a reconhece as tuas qualidades, o valor do teu<br />
trabalho, da tua dedicação, da tua inspiração e força<br />
de vontade. Os valores certos são os mais importantes.<br />
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GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
9
EVENTO<br />
MILLENNIUM bim<br />
COMEMOROU 20 ANOS DE<br />
SUCESSOS<br />
O<br />
Millennium bim, um dos maiores<br />
bancos comerciais de Moçambique,<br />
celebrou 20 anos de<br />
existência, um momento ímpar<br />
marcado por um conjunto de<br />
actividades de âmbito cultural, desportivo e<br />
de responsabilidade social, bem como por<br />
iniciativas que promovam o debate sobre<br />
temáticas relacionadas com o sector bancário<br />
e a economia nacional.<br />
As celebrações do 20º aniversário do bim<br />
começaram com a apresentação do logotipo<br />
das actividades comemorativas A nova<br />
imagem, que sublinha a maturidade do<br />
banco nestes 20 anos, foi defi nida para ser<br />
usada ao longo do presente ano, e refl ecte<br />
a ambição do Millennium bim de continuar<br />
na vanguarda do sistema fi nanceiro moçambicano.<br />
Uma das formas de expandir as celebrações<br />
do 20º aniversário para todo o país foi<br />
a realização de encontros empresariais em<br />
diversas cidades do país, nomeadamente,<br />
Tete, Beira, Nampula e Pemba.<br />
Na cidade de Tete, a província “carbonífera”,<br />
o evento denominado “Encontro<br />
Millennium bim 20 anos” reuniu clientes,<br />
sector empresarial e as autoridades locais<br />
para uma apresentação e debate sobre<br />
o investimento e potencial de desenvolvimento<br />
da província, bem como o apoio do<br />
Millennium bim no crescimento económico<br />
e social da região.<br />
O administrador do Millennium bim, Moisés<br />
Jorge, aproveitou a ocasião para fazer<br />
um balanço positivo do desempenho do<br />
banco ao longo dos 20 anos, realçando o<br />
contributo da instituição para a bancarização<br />
da província de Tete, e no desenvolvimento<br />
do tecido empresarial.<br />
Por sua vez, o governador da província de<br />
Tete, Paulo Auade, felicitou o bim pelo seu<br />
contributo no desenvolvimento do sistema<br />
fi nanceiro, referindo a necessidade de se<br />
manter uma estratégia de expansão para<br />
uma presença cada vez mais efectiva nas<br />
zonas rurais.<br />
O director-adjunto do Centro de Promoção<br />
de Investimentos (CPI), João Godinho Alves,<br />
apresentou o desempenho macroeconómico<br />
do país e da região e os sectores<br />
estratégicos onde as Pequenas e Médias<br />
Empresas (PMEs) podem investir criando<br />
mais valor para a economia local.<br />
Também na cidade de Nampula o “Encontro<br />
Millennium bim 20 anos” foi um<br />
momento de festa e de interacção entre<br />
os actores empresariais e sociais. Clientes,<br />
representantes de diversas empresas e autoridades<br />
locais juntaram-se para debater<br />
o fl uxo de investimentos e o potencial de<br />
desenvolvimento na província de Nampula,<br />
assim como o papel desempenhado pelo<br />
Millennium bim no crescimento e desenvolvimento<br />
económico e social da região.<br />
O encontro contou com a presença do governador<br />
de Nampula, Vitor Manuel Borges,<br />
que felicitou o Millennium bim pelo crescimento<br />
notável e pelo contributo incontestável<br />
no processo de bancarização da economia<br />
de Moçambique.<br />
Para o Presidente do Conselho de Administração<br />
do Millennium bim, Rui Fonseca, estas<br />
iniciativas são uma fonte de informação<br />
e oportunidade de aproximação dos clientes<br />
e empresários da região, deixando fi car<br />
a clara mensagem do que foi a bancarização<br />
nestes 20 anos.<br />
“O Millennium bim é hoje um banco<br />
comercial universal, que oferece<br />
produtos e serviços adequados a todos<br />
os segmentos. Actualmente, com<br />
uma rede de 168 balcões, estamos<br />
presentes em todas as províncias do<br />
país. Levamos serviços financeiros a<br />
53 distritos sendo esta a maior e mais<br />
forte presença em zonas rurais, demonstrando<br />
um claro esforço para estar<br />
mais perto das populações.”, disse<br />
Fonseca.<br />
O Ciclo de Encontros Empresariais organizado<br />
pelo Millennium bim, inseridas no 20º<br />
aniversário do banco terminou em Pemba.<br />
Também aí as celebrações constituíram<br />
oportunidade para reunir clientes, empresários<br />
e autoridades locais e assim estimular o<br />
debate de questões ligadas ao investimento<br />
e ao potencial de desenvolvimento nas diferentes<br />
províncias e fazer uma análise do<br />
papel desempenhado pelo bim no crescimento<br />
e desenvolvimento económico e<br />
social das várias regiões do país.<br />
Para o Presidente da Comissão Executiva,<br />
José Costa, estas iniciativas foram uma<br />
oportunidade de aproximação aos clientes<br />
e empresários das várias cidades do país,<br />
refl ectindo sobre o desenvolvimento do sistema<br />
bancário no país.<br />
“O Millennium bim é um Banco comercial<br />
universal, que disponibiliza produtos<br />
e serviços adequados a todos os<br />
segmentos. Actualmente, estamos presentes<br />
em todas as províncias do país.<br />
Levamos serviços financeiros a 53 distritos<br />
tendo a maior e mais forte presença<br />
em zonas rurais, demonstrando<br />
um claro esforço para estar mais perto<br />
das populações.”<br />
O Millennium bim, desde a sua fundação,<br />
tem liderado o sistema fi nanceiro nacional<br />
através de uma estratégia orientada para<br />
os clientes e caracterizado por uma aposta<br />
constante na inovação. De facto, o banco foi<br />
pioneiro na introdução da maioria dos serviços<br />
e produtos fi nanceiros como as caixas<br />
automáticas (mais conhecidas por ATM),<br />
Postos de Pagamento Electrónicos (POS),<br />
cartões de débito e crédito, Internet Banking<br />
e mobile Banking, com o Millennium IZI.<br />
10 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
11
<strong>IN</strong>VESTIMENTO<br />
<strong>IN</strong>VESTIDOR<br />
MOÇAMBICANO<br />
COMPRA HOTEL<br />
NO PORTO<br />
Em 2012, no meio do pior momento<br />
da crise financeira portuguesa<br />
- com portugueses a<br />
emigrarem, várias empresas a<br />
decretarem falência e com bancos<br />
a penhorarem edifícios, por incumprimento<br />
da dívida por parte dos proprietários<br />
- um moçambicano, oriundo da província<br />
nortenha de Cabo Delgado, vislumbrou<br />
uma oportunidade para investir no sector<br />
da hotelaria na zona mais in do Porto, em<br />
Portugal. Apesar da crise, Portugal registava,<br />
no sector do turismo, melhores resultados<br />
em termos de receitas (5,2% do PIB;<br />
13,4% das exportações totais e 45% das<br />
exportações de serviços), estando acima da<br />
média mundial, dos resultados registados<br />
nos países do Sul da Europa, entre os países<br />
mediterrânicos e em relação a alguns<br />
dos destinos concorrentes, nomeadamente<br />
a Espanha. A crise financeira e os bons resultados<br />
na área do turismo configuraram<br />
para Nurmomade Abdulcarimo, ou simplesmente<br />
Baboo, uma oportunidade inequívoca<br />
para iniciar um investimento num país<br />
que sempre o interessou do ponto de vista<br />
empresarial.<br />
E desperdiçá-la não era uma hipótese.<br />
Habituado, em Moçambique, a investir enfrentando<br />
as dificuldades próprias de um<br />
12 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
país, que tem a natureza a seu favor – com<br />
belíssimas praias, lagoas, rios, paisagens a<br />
perder de vista, e uma enorme diversidade<br />
cultural - mas com problemas de transporte,<br />
logística, vias de acesso e recursos humanos<br />
pouco capacitados contra, o empresário<br />
moçambicano não teve de intentar grandes<br />
esforços para realizar o seu primeiro investimento<br />
fora do seu país natal.<br />
Em Portugal encontrou reunidas as condições<br />
necessárias para se tornar no primeiro<br />
empresário moçambicano a investir na área<br />
de turismo, no Porto, onde as autoridades<br />
locais, sobretudo a Câmara Municipal criaram<br />
um ambiente de negócios favorável<br />
para que mais investidores ali se instalem.<br />
As reformas e as inovações introduzidas<br />
para catapultar o desenvolvimento do turismo<br />
no Porto, nomeadamente as passagens<br />
low cost, a monitorização municipal no estudo<br />
de viabilidade dos investimentos hoteleiros,<br />
e alguns benefícios fiscais compõem<br />
a lista dos factores que determinaram o investimento<br />
de Baboo na cidade atravessada<br />
pelo rio Douro.<br />
Mas foi sobretudo o apoio prestado pela<br />
banca portuguesa que motivou o empresário<br />
moçambicano, de 74 anos, a abrir uma<br />
unidade hoteleira. Financiado pelo extinto<br />
Banco Espírito Santo, em 2012, adquiriu<br />
um imóvel na zona nobre do Porto, que antes<br />
acomodava um atelier e que está hoje<br />
transformado num hotel de quatro estrelas,<br />
com 10 colaboradores – todos de nacionalidade<br />
portuguesa.<br />
Com o negócio a correr de feição, Baboo<br />
adquiriu um segundo edifício que, tal como<br />
o primeiro, pretende transformar em um<br />
hotel. Neste momento, o projecto está pendente<br />
da aprovação da Câmara do Porto e<br />
de um provável financiamento da União Europeia,<br />
que disponibiliza um fundo de apoio<br />
a zonas históricas.<br />
Em Moçambique, onde se iniciou como<br />
operador turístico, Baboo é proprietário da<br />
cadeia de restaurantes Nautilus, em Maputo,<br />
e do hotel Kauri, em Pemba.<br />
Ligado ao mar desde a infância, o investidor<br />
abriu o seu primeiro estabelecimento turístico<br />
em Pemba em 1987 e, na década de<br />
90, expandiu a área dos seus investimentos,<br />
abrindo restaurantes em Maputo. A sua<br />
ligação à costa está reflectida nos nomes<br />
que atribuiu aos hotéis e restaurantes que<br />
ergueu ao longo de mais de 32 anos de<br />
experiência no sector do turismo: Nautilus é<br />
um molusco e Kauri uma concha.<br />
Nurmomade<br />
Abdulcarimo<br />
tornou-se<br />
no primeiro<br />
empresário<br />
moçambicano a<br />
investir na área de<br />
turismo<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
13
FORÚM<br />
MOZEFO:<br />
O FÓRUM DO CRESCIMENTO<br />
HUMANIZADO<br />
Depois de realizadas as cinco<br />
conferências temáticas,<br />
que, desde Novembro<br />
do ano passado, foram<br />
dedicadas aos recursos<br />
energéticos, agricultura e<br />
pescas, serviços financeiros<br />
e turismo, o <strong>Moz</strong>efo - plataforma de<br />
diálogo criada pelo grupo Soico com vista a<br />
influenciar o crescimento económico - organiza<br />
o seu primeiro grande fórum que,<br />
entre os dias 2 e 4 de Dezembro, promoverá<br />
uma discussão nacional subordinada<br />
ao lema “O Futuro é Agora, Humanizando<br />
o crescimento”.<br />
Com este lema, os organizadores pretendem<br />
trazer ao debate o papel do sector<br />
público, do sector privado e da sociedade<br />
civil na criação de um modelo de desenvolvimento<br />
que coloca o bem-estar das<br />
pessoas no centro de todas políticas e de<br />
todos os programas.<br />
Deste modo, o grande Fórum <strong>Moz</strong>efo<br />
vai movimentar nos três dias em que irá<br />
decorrer mais de 70 oradores, incluindo<br />
membros do Governo - como é o caso dos<br />
ministros da Economia e Finanças, Adriano<br />
Maleiane, da Saúde, Nazira Abdula, da<br />
Educação e Desenvolvimento Humano,<br />
Jorge Ferrão e da Indústria e Comércio, Ernesto<br />
Max Tonela.<br />
Entre os convidados internacionais, há já<br />
presença confirmada de Marcelo Rebelo<br />
de Sousa, candidato à presidência da república<br />
em Portugal; Finn Tarp, director do<br />
centro Wider da Universidade das Nações<br />
Unidas; o músico zimbabueano, Oliver<br />
Mtukudzi; o ex-ministro das Finanças de<br />
Portugal, Jorge Braga de Macedo, e o presidente<br />
da Fundação Luso-Americana para<br />
o Desenvolvimento (FLAD), Vasco Rato.<br />
Lançado em Agosto do ano passado, o<br />
Fórum <strong>Moz</strong>efo conta na sua comissão de<br />
honra com 25 personalidades, entre as<br />
quais o ex-Presidente Joaquim Chissano,<br />
a ex-primeira-ministra Luísa Diogo, o bastonário<br />
da Ordem dos Advogados, Tomás<br />
Timbane, o bispo anglicano Dinis Sengulane,<br />
o empresário Salimo Abdula e o escritor<br />
Mia Couto.<br />
14 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE 15
<strong>IN</strong>VESTIMENTO<br />
<strong>IN</strong>VESTIMENTO<br />
PORTUGUÊS EM<br />
MOÇAMBIQUE<br />
UM CRESCIMENTO SUSTENTADO<br />
16 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
Na última década,<br />
o investimento<br />
português em<br />
Moçambique foi de 1,5<br />
mil milhões de euros, e<br />
gerou 44 mil postos de<br />
trabalho.<br />
161.805<br />
79.928<br />
135.123<br />
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015<br />
Jan-Mar<br />
Um lugar de excelência<br />
tende a atrair os que querem<br />
aproveitar o melhor<br />
da vida. Um mercado que<br />
ofereça oportunidades<br />
ímpares de concretizar<br />
ideias de negócios e convertê-las<br />
em empresas de sucesso, tende a<br />
captar o interesse dos investidores.<br />
É o caso de Moçambique, país que detém<br />
um mercado com vastas oportunidades de<br />
negócios ainda por explorar.<br />
Portugal é um exemplo vivo do sucesso<br />
económico mútuo, resultante das relações<br />
sadias com Moçambique. O crescente volume<br />
de capital luso fez de Portugal, no primeiro<br />
trimestre deste ano, o terceiro maior<br />
investidor no país.<br />
Nos primeiros três meses do período em<br />
referência, Portugal viu aprovados em Moçambique<br />
22 projectos, no valor de 55,9<br />
milhões de dólares. Até meados de 2014<br />
o investimento português em território moçambicano<br />
estava orçado em 40.038 milhões<br />
de euros contra os 336 milhões de<br />
dólares de 2013, período em que aquele<br />
país conquistou a 4ª posição no “ranking”<br />
dos grandes investidores externos em Moçambique.<br />
Se adicionados os suprimentos (fornecimento<br />
e abastecimento de mercadorias)<br />
e empréstimos, o investimento directo<br />
português (IDP) em parceria com capital<br />
moçambicano aumenta o valor para cerca<br />
de 420 milhões de dólares e dispara para<br />
um total de 854 milhões de dólares. Parte<br />
considerável do IDP (45,5%), este ano foi<br />
canalizado para o sector da indústria, seguido<br />
dos serviços (30%) e seguros (14,5%),<br />
distribuídos pela província de Maputo.<br />
As exportações de Portugal para Moçambique,<br />
registaram um crescimento na ordem<br />
dos 8,4% (2014) face ao período homólogo<br />
de 2013. Os minerais e minérios apesar<br />
de representarem 4,4% da fonte de receitas<br />
tiveram um crescimento de 41,4% no<br />
período em alusão.<br />
No que tange ao comércio de serviços,<br />
durante os primeiros seis meses do ano<br />
passado as exportações (de Portugal para<br />
Moçambique) aumentaram 32,4 % face<br />
ao mesmo período de 2013, ao contrário<br />
das importações que diminuíram 21,5 %.<br />
O IDP é dos principais segmentos de actividade<br />
económica geradora de emprego<br />
e estabilidade em Moçambique. Por cada<br />
milhão de dólares de capital luso aplicado<br />
em Moçambique são gerados 28 postos<br />
de trabalho.<br />
Em 2010, os investimentos portugueses<br />
atingiram cerca de 80 milhões de euros<br />
contra os 161,8 milhões de euros registados<br />
em 2009, uma diminuição acentuada<br />
de. Contudo, as exportações de Portugal<br />
para Moçambique cresceram 25 % neste<br />
mesmo ano, um ritmo ligeiramente mais<br />
153.061<br />
171.000<br />
300.000<br />
50.000<br />
Investimento Directo Português em Moçambique (em Milhares de Euros)<br />
163.697<br />
212.733<br />
303.119<br />
381.908<br />
434.116<br />
236.713<br />
2009 2010 2011 2012 2013 2014<br />
Jan-Jul<br />
Exportação de bens e serviços de Portugal a Moçambique (em Milhares de<br />
Euros)<br />
baixo do que o de 2009, que atingiu 32%.<br />
Na última década, o investimento português<br />
em Moçambique foi de 1,5 mil milhões<br />
de euros, e gerou 44 mil postos de<br />
trabalho. Mais de metade desse valor foi<br />
aplicado por um grupo de 12 empresas<br />
que actuam em áreas diversas, nomeadamente<br />
na banca, construção, agricultura,<br />
energia e serviços, nos últimos cinco anos.<br />
Um único projecto florestal, liderado pela<br />
Portucel com participação do Banco Mundial,<br />
nas províncias de Manica e Zambézia<br />
(região centro de Moçambique), representa<br />
2,3 mil milhões de dólares (a serem investidos<br />
até 2015) e sete mil postos de<br />
trabalho, num dos maiores negócios fora<br />
da indústria extractiva na Pérola do índico.<br />
Durante a 51ª edição da Feira Internacional<br />
de Maputo (FACIM), Portugal esteve em<br />
peso, com 102 expositores, dos quais 42<br />
no Pavilhão de Portugal.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
17
OPORTUNIDADES<br />
CORREDOR DE DESENVOLVIMENTO<br />
DE MAPUTO: UM CORREDOR DE<br />
COMÉRCIO DE CLASSE MUNDIAL<br />
O<br />
Corredor de Desenvolvimento<br />
de Maputo (CDM)<br />
é uma das principais rotas<br />
do comércio ao nível da<br />
África Austral, e comporta<br />
os troços ferroviários de<br />
Pretória-Komatiport, com 430 quilómetros<br />
de extensão; Phalaborwa-Komatiport, com<br />
280 quilómetros; Ressano Garcia-Porto de<br />
Maputo, com 88 quilómetros e a Estação<br />
da Machava-Porto Industrial da Matola,<br />
com quatro quilómetros de extensão. Fundamentalmente,<br />
o CDM liga os principais<br />
centros industriais de Mphumalanga e<br />
Gauteng (África do Sul).<br />
O CDM liga o Porto de Maputo por estrada<br />
e ferrovia à província de Gauteng, na África<br />
do Sul, e inclui ligações para a vizinha Suazilândia.<br />
A linha beneficiou do apoio prestado<br />
no âmbito do acordo bilateral entre a<br />
África do Sul e Moçambique, o que se traduziu<br />
em importantes investimentos nas<br />
infra-estruturas portuárias, rodoviárias, do<br />
gasoduto e do transporte de energia eléctrica,<br />
bem como o investimento industrial<br />
da <strong>Moz</strong>al, nos meados e finais dos anos 90<br />
e nos princípios de 2000.<br />
Até meados de 2015 o CDM recebeu investimentos<br />
de cerca de 2,8 mil milhões<br />
de dólares, sendo responsável por 42%<br />
de todas as receitas de exportação do país<br />
com empresas de vários sectores de actividade.<br />
Os projectos de desenvolvimento de infra-<br />
-estruturas no CDM consumiram mais de<br />
cinco mil milhões de dólares desde que<br />
esta rota foi lançada, em 1995, e neste período<br />
o tráfego portuário estimava-se em<br />
cerca de 3 milhões de toneladas, chegando<br />
a atingir 17 milhões em 2009.<br />
18 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
EN4: espinha dorsal do comércio<br />
do CDM.<br />
A Estrada Nacional Número Quatro (N4)<br />
mais conhecida por estrada Maputo-Witbank,<br />
foi o primeiro projeto de infra-estruturas<br />
importante concluído depois dos<br />
acordos que resultaram na criação do<br />
CDM. A N4 estende-se desde a fronteira<br />
da África do Sul com o Botsuana via Pretória,<br />
até Maputo e fornece uma rota de<br />
classe mundial entre os três países.<br />
A Estrada está sob responsabilidade da<br />
Trans African Concession (TRAC), que detém<br />
um contrato de cerca de 3 mil milhões<br />
de Rand, que durará até 2028. A taxa de<br />
crescimento do tráfico neste troço estimou-se<br />
em cerca de 4,5%.<br />
Componente Ferroviária<br />
A linha ferroviária do CDM inicia-se no Porto<br />
de Maputo e estende-se por três linhas<br />
de conexão directa com o Zimbabué, África<br />
do Sul e Suazilândia, nomeadamente<br />
a linha de Ressano Garcia, de Goba e do<br />
Limpopo.<br />
Percurso das linhas<br />
A linha de Ressano Garcia liga o Porto de<br />
Maputo à República da África do Sul, dispõe<br />
de 11 estações e 2 apeadeiros, e permite<br />
a circulação de 12 comboios/ dia, em<br />
cada sentido.<br />
A linha de Goba liga o porto de Maputo à<br />
Suazilândia. Esta linha tem 4 estações e 14<br />
apeadeiros. No apeadeiro de Estevel existe<br />
um desvio para a pedreira do mesmo<br />
nome. No Km 39 existe um outro desvio,<br />
o qual faz a ligação com o ramal de Salamanga.<br />
A capacidade da linha de Goba<br />
permite a circulação diária de seis comboios<br />
em cada sentido.<br />
Com 522 Km de distância a linha de Limpopo<br />
é a maior linha-férrea do sistema<br />
ferroviário do Sul, estabelecendo ligação<br />
entre o Porto de Maputo e o vizinho Zimbabué.<br />
Ao longo desta estratégica via, existem<br />
12 estações e 19 apeadeiros.<br />
Linhas<br />
Goba<br />
Ressano Garcia<br />
Limpopo<br />
Salamanga (ramal)<br />
Percurso médio por passageiro<br />
Nacional Internacional<br />
69 Km 74 km<br />
88 Km 88 Km<br />
146 Km -<br />
- -<br />
Percurso médio por mercadoria<br />
Nacional Internacional<br />
50 Km 74 Km<br />
50 Km 88 Km<br />
200 Km 520 Km<br />
100 Km -<br />
Tráfego de mercadorias<br />
no CDM<br />
(Dados de 2014)<br />
Período Crescimento (%)<br />
2003-2014 236<br />
Carga Manuseada<br />
2003-2015 19 M de toneladas<br />
2020 40 M de toneladas<br />
Capacidade<br />
2015<br />
60000T de arqueação<br />
bruta (TAB)<br />
Atracagem<br />
2013<br />
7%<br />
Exportações<br />
Nacionais<br />
22%<br />
Importações<br />
Nacionais<br />
Navios<br />
comerciais<br />
984 198<br />
Fluxo de<br />
mercadorias<br />
no porto de<br />
Maputo<br />
Navios não<br />
comerciais<br />
71%<br />
Carga em<br />
Trânsito<br />
Porto de Maputo<br />
A capacidade actual de armazenamento<br />
do Porto de Maputo é de 22,88 milhões<br />
de toneladas. A média de tempo de turn-around<br />
(manobra) dos camiões é de<br />
1h.30. O terminal com maior volume de<br />
manuseamento é o Terminal de Carvão da<br />
Matola (de carvão e magnetite), com 4 milhões<br />
de toneladas por ano.<br />
Tráfego de mercadorias no<br />
CDM<br />
1971 – O porto de Maputo atinge o seu<br />
máximo histórico de 17 milhões de toneladas.<br />
1980 – São transportadas 14 mil toneladas<br />
de carga através do CDM.<br />
1991 – 9,2 milhões de toneladas de carga<br />
diversa transportadas por estrada e 3,9<br />
através da linha-férrea do CDM.<br />
2003 – Foram transportadas 11,2 milhões<br />
de toneladas de carga por estrada contra<br />
apenas 4,2 milhões de toneladas escoadas<br />
por linha-férrea.<br />
2006 – Aumento do tráfego de passageiros<br />
em cerca de 44% e em cerca de dez<br />
porcento no tráfego geral através da fronteira<br />
de Ressano Garcia.<br />
20<strong>07</strong> – O tráfego diário na EN4 era de<br />
35.000 veículos por dia, dos quais apenas<br />
1,6% era de camiões.<br />
2010 – O Porto de Maputo atinge os valores<br />
de 8,9 milhões de toneladas e manuseia<br />
143 mil TEU (Tweenty foot Equivalent<br />
Unit - Unidade equivalente a 20 pés).<br />
2013 – O Porto de Maputo consegue igualar<br />
o feito de 1971, voltando a atingir os 17<br />
milhões de toneladas. Desde que se deu<br />
a concessão, os volumes do porto cresceram<br />
mais de 300 por cento.<br />
2014 – Actualmente o número médio de<br />
tráfego ronda entre os 40.000 – 45.000<br />
veículos/dia.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
19
MOEDA<br />
A QUEDA DO METICAL<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
2009<br />
9.65%<br />
29.4%<br />
10.88%<br />
2010<br />
29.5%<br />
29.4%<br />
12.6%<br />
2012<br />
0%<br />
2.58% 0%<br />
2013<br />
2014<br />
10.91% 9.22%<br />
6.84%<br />
7.22%<br />
0%<br />
2.69% 3.02%<br />
Metical/USD Metical/EURO Metical/RAND<br />
2009<br />
2015<br />
45.19%<br />
18.74%<br />
2010 2012 2013 2014 2015<br />
Metical/USD Metical/EURO Metical/RAND<br />
NB: Uma vez que os gráficos reflectem o comportamento depreciativo do metical, as<br />
tendência contrarias (apreciação) são indicadas por valores nulos (zero). ). Foram tomados<br />
os valores de Junho e Julho deste ano reportados pelo Banco de Moçambique.<br />
Moçambique tem dado<br />
sinais de uma economia<br />
em crescimento,<br />
sendo um dos principais<br />
destinos do investimento<br />
directo estrangeiro<br />
(IDE), sobretudo de Portugal, China<br />
e Brasil. O crescimento do Produto Interno<br />
Bruto (PIB) está estimado numa média de<br />
7% ao ano e, por força dos eventos climáticos,<br />
as percentagens do PIB oscilam entre<br />
6 a 7%. A inflação tem estado estável,<br />
regra geral cifrando-se abaixo dos 5%.<br />
Apesar dos indicadores macroeconómicos<br />
serem animadores, o metical tem estado a<br />
enfrentar, temporariamente, “convulsões”<br />
devido ao fortalecimento do dólar, dado<br />
o regime de câmbios flexíveis a que Moçambique<br />
está sujeito. Assim, o valor do<br />
metical pode aumentar ou reduzir face<br />
às outras moedas, mormente dos países<br />
com os quais Moçambique tem relações<br />
comerciais, designadamente, o Dólar americano,<br />
o Euro e o Rand sul-africano.<br />
O histórico da depreciação do metical não<br />
é recente. Este ano o enfraquecimento do<br />
metical perante o dólar norte-americano<br />
situou-se em 45% - uma das mais altas<br />
dos últimos 6 anos e prevê-se que esta<br />
tendência continue no próximo ano.<br />
Em 2012 o metical registou uma aprecia-<br />
20 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
A depreciação<br />
do metical poderá<br />
continuar no próximo<br />
ano, não há dados<br />
avançados sobre<br />
o período em que<br />
a moeda nacional<br />
irá recuperar a<br />
estabilidade.<br />
Waldemar Sousa<br />
ção de 4.40 % face ao Euro, 6.06% face<br />
ao Rand. Em 2013 apreciou 0.76 e 8.59 %<br />
face ao dólar e ao rand respectivamente e<br />
no ano passado, fortaleceu-se face ao Euro<br />
em 0.19%.<br />
A cotação do dólar caiu significativamente<br />
no terceiro trimestre de 2009, com cada<br />
dólar a custar 27 meticais, ainda que mediante<br />
uma depreciação (acumulada e<br />
anual do metical de 9.65 e 14.15 % respectivamente),<br />
facto que o Banco de Moçambique<br />
(BM) alegou dever-se à queda<br />
das receitas das exportações aliada ao factor<br />
expectativa dos agentes económicos.<br />
Em Abril de 2010 o dólar já emitia sinais<br />
duma apreciação robusta, chegando a ser<br />
cotado em 34,71 meticais, verificando-se,<br />
no entanto, um ligeiro abrandamento em<br />
2012, ao ser comercializado ao preço de<br />
27,74 meticais cada moeda americana. Em<br />
2013 a moeda nacional apreciou 0.76 e<br />
8,59% face ao ao dólar americano e rand<br />
sul-africano, respectivamente.<br />
A robustez do metical não tem sido significativa<br />
nestes últimos seis anos, facto que<br />
tem impactos negativos nas importações<br />
do país.<br />
No presente ano a depreciação do metical<br />
atingiu patamares elevados (na ordem dos<br />
45%) situação que está deixar sequelas<br />
na economia nacional, fazendo com que o<br />
banco central se desdobre em engenharias<br />
financeiras para minimizar os efeitos nefastos<br />
do fortalecimento do dólar.<br />
No final do terceiro trimestre deste ano o<br />
câmbio do metical versus dólar estava cotado<br />
a 40 meticais no Mercado Cambial<br />
Interbancário (MCI). Em Janeiro do período<br />
em referência, no país precisava-se,<br />
em média, de 34 meticais para comprar<br />
o dólar e em Junho, a moeda americana<br />
passou a custar 38 meticais cada, mais 4<br />
meticais relativamente ao início do ano.<br />
Se por um lado a depreciação do metical é<br />
favorável às exportações, por ter um efeito<br />
similar ao da queda de preços no país<br />
em relação ao exterior, por outro, é avesso<br />
às importações, dado o elevado custo do<br />
dólar – uma das principais moedas usadas<br />
nas transações comerciais de Moçambique<br />
com o resto do mundo.<br />
A depreciação do metical torna os bens e<br />
serviços produzidos no país mais baratos<br />
para o estrangeiro enquanto os produtos<br />
importados tornam-se mais caro.<br />
Falando à imprensa no briefing realizado<br />
no mês passado o Porta-voz do BM, Waldemar<br />
Sousa, afirmou que a depreciação<br />
do metical poderá continuar no próximo<br />
ano, mas não avançou dados sobre o período<br />
em que a moeda nacional irá recuperar<br />
a estabilidade. A situação tem causado<br />
fortes preocupações entre os empresários<br />
nacionais.<br />
Nos últimos dias de Novembro o Primeiro-<br />
-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, declarou<br />
na Assembleia da República que “A<br />
derrapagem do metical não deve provocar<br />
pânico”, sublinhando que é uma<br />
situação transversal a diversa economias,<br />
nomeadamente a zona euro – com uma<br />
depreciação de 8% face à divisa norte-americana;<br />
o Brasil, onde o Real caiu 56%<br />
ou o Rand que perdeu cerca de 25%.<br />
Até Novembro a queda da moeda nacional<br />
face ao dólar situava-se em cerca de 43%.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
21
TURISMO<br />
TURISMO EM MOÇAMBIQUE…<br />
DOS DESAFIOS ÀS OPORTUNIDADES.<br />
Um dos sectores mais importantes<br />
para o desenvolvimento<br />
económico de<br />
Moçambique é o turismo,<br />
dada a sua capacidade de<br />
criar oportunidades de emprego,<br />
impulsionar o desenvolvimento das<br />
economias locais e favorecer a construção<br />
de infra-estruturas em redor dos locais em<br />
exploração.<br />
Moçambique é por natureza um destino<br />
privilegiado para o turismo. O facto<br />
de possuir uma enorme costa banhada<br />
pelo Indico, faz do país um dos lugares<br />
com as praias mais cobiçadas do sul de<br />
África. A costa moçambicana têm uma extensão<br />
de 2.470 quilómetros, desde a foz<br />
do Rio Rovuma até à Ponta de Ouro. Ao<br />
seu longo existem numerosas ilhas, sendo<br />
de destacar o arquipélago das Quirimbas,<br />
na província de Cabo Delgado, a Ilha de<br />
Moçambique e as ilhas de Goa e Sena na<br />
província de Nampula, o arquipélago de<br />
Bazaruto em Inhambane, as ilhas de Inhaca,<br />
dos Elefantes e Xefi na na província de<br />
Maputo, esta última, devido às mudanças<br />
climáticas, tem sofrido uma diminuição assinalável<br />
na sua extensão.<br />
Mas não só a costa tem potencial e riqueza<br />
turística neste país, apesar de ser um dos<br />
factores de maior atracção. A Gorongosa -<br />
tida como o éden do Continente, devido à<br />
sua biodiversidade - tende a restabelecer-<br />
-se após a guerra civil.<br />
Apesar do turismo ter um efeito multiplicador,<br />
pois impulsiona o surgimento e crescimento<br />
de outros sectores económicos e<br />
sócio-culturais - como são o caso da pesca,<br />
pecuária, agricultura, produção de bens e<br />
serviços necessáros para o crescimento<br />
da indústria turística - Moçambique é um<br />
destino que depende de importações de<br />
alimentos diversos, através dos países vizinhos,<br />
o que encarece o custo dos produtos<br />
de primeira necessidade e, consequentemente,<br />
do turismo. As vias de acesso<br />
para os locais de maior atracção são outro<br />
problema que cerceia as possibilidades de<br />
evolução no sector, visto que, por natureza,<br />
muitos dos locais procurados estão afastados<br />
das áreas residenciais.<br />
Outro problema com o qual o nosso turismo<br />
se debate é a falta de profi ssionais<br />
qualifi cados, a ausência de marketing turístico,<br />
planifi cação de roteiros, etc. o que cria<br />
22 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
CamaraComercioMZPT210x135.pdf 1 <strong>07</strong>/05/15 10:23<br />
um grande fosso entre as oportunidades<br />
naturais e históricas e o crescimento da<br />
indústria.<br />
Para muitos, turismo só são praias…lagoas,<br />
etc…e essa falta de conhecimento cria<br />
condições de abandono ou até destruição<br />
de locais com grande possibilidades de se<br />
tornarem num chamariz tanto para o turismo<br />
doméstico, como para o regional e<br />
internacional.<br />
A título de exemplo: Inhambane foi o último<br />
entreposto usado para o tráfi co de escravos<br />
em Moçambique. Apesar do tempo,<br />
ainda resiste parte da ponte usada pelos<br />
últimos escravos que daqui foram levados.<br />
Neste lugar hoje existe uma ferragem. O<br />
desconhecimento sobre a importância histórica<br />
daquele local, tanto por parte das autoridades<br />
como da população, permite que<br />
este santuário seja destruído dia após dia.<br />
Compare-se esta situação de abandono<br />
com a “Porta do Não Retorno” – local<br />
com características e história semelhantes<br />
- em Goré, no Senegal, que recebe cerca<br />
de 200.000 visitantes por ano.<br />
O país precisa de capitalizar os seus pontos<br />
fortes e as suas referências. Considerando<br />
todo o património cultural tangível<br />
e intangível, sendo exemplos a destacar a<br />
Ilha de Moçambique, a Timbila e o Nhau,<br />
como bens classifi cados pela UNESCO; e<br />
outros grandes roteiros possíveis de implantar<br />
e divulgar, como o caso das pinturas<br />
rupestres. Só Nampula possui sítios<br />
identifi cados de pinturas rupestres, de<br />
referência internacional. Também a Serra<br />
Vumba em Manica, tem pinturas rupestres<br />
que datam de há cerca de 3000 anos.<br />
Moçambique registou, em 2012, um crescimento<br />
turístico de 9,5%, com 2,2 milhões<br />
de chegadas internacionais contra<br />
cerca de 2 milhões em 2011. Este crescimento<br />
fi cou a dever-se, acima de tudo,<br />
ao crescente investimento em infra-estruturas,<br />
sobretudo na região sul.<br />
O crescimento do sector do turismo requer<br />
um desenho efi caz de políticas de<br />
promoção para estimular o investimento. A<br />
integração dos mercados e a intensifi cação<br />
das trocas intra e inter-sectoriais, nacionais,<br />
regionais e internacionais, constituem uma<br />
das condições de expansão da base produtiva<br />
deste sector.<br />
CRIAÇÃO E PARTILHA DE<br />
VALOR E PROSPERIDADE COM<br />
AS COMUNIDADES LOCAIS<br />
ATRAVÉS DO <strong>IN</strong>VESTIMENTO<br />
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GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
23
NOME RUBRICA ETC<br />
24 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE 25
DIST<strong>IN</strong>ÇÃO<br />
VALENT<strong>IN</strong>A GUEBUZA,<br />
ANABELA CHABUCA E<br />
ERIK CHARAS NA LISTA<br />
DOS 100 JOVENS MAIS<br />
<strong>IN</strong>FLUENTES DE ÁFRICA<br />
26 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
O<br />
fluxo de capitais para a África atingiu<br />
os 80 mil milhões de dólares<br />
em 2014, e deve subir para 100<br />
mil milhões em 2015. Este crescimento<br />
deve-se em parte ao surgimento de<br />
um grupo de líderes empresariais jovens,<br />
ligados a grandes grupos económicos em<br />
todo o mundo.<br />
Em Moçambique há pelo menos três<br />
agentes económicos que integram a lista<br />
dos 100 jovens africanos que melhor desenvolvem<br />
actividades económicas para o<br />
futuro, nomeadamente Valentina Guebuza,<br />
Anabela Chabuca e Erik Charas.<br />
Anabela Chambuca tem 37 anos, é presidente<br />
da Bolsa de Valores de Moçambique,<br />
enquanto Valentina Guebuza (34),<br />
filha do ex-presidente Armando Guebuza,<br />
é directora-geral do Foco 21 e Erik Charas<br />
é diretor-geral da Charas Lda.<br />
Em 2013, Valentina Guebuza foi referenciada<br />
pela Forbes como uma das 20 jovens<br />
mais poderosas de África.<br />
Os jovens africanos que melhor desenvolvem<br />
actividades económicas para o futuro<br />
são conhecidos graças ao trabalho de pesquisa<br />
realizado pelo Institut Choiseul, uma<br />
entidade independente, um Think Tank<br />
criado há 47 anos.<br />
A organização, cuja pesquisa e acções cobrem<br />
a Europa, Mediterrâneo e a África,<br />
elege todos os anos 100 jovens africanos<br />
que se destacam no empreendedorismo,<br />
investimento económico e dinamização de<br />
acções económicas com benefícios sociais.<br />
O top cinco do Institut Chiseul é liderado<br />
por Igho Sanomi II (Nigéria); Mohamed<br />
Dewji (Tanzânia); Hishan El Khazindar<br />
(Egipto); Mehdi Tazi (Marrocos) e Hassanein<br />
Hiridjee (Madagáscar).<br />
Os distinguidos participaram entre os dias<br />
26 e 27 de Novembro em Marraquexe,<br />
Marrocos, na segunda reunião deste<br />
fórum. A conferência inaugural foi realizada<br />
em Paris, no ano passado, e contou com<br />
mais de 70 líderes económicos africanos.<br />
Além de eventos culturais, a reunião em<br />
Marraquexe serviu de plataforma para reuniões<br />
de alto nível com funcionários do<br />
governo e diversos líderes económicos.<br />
O encontro também incluiu oficinas sobre<br />
projectos específicos nos sectores do<br />
agronegócio, da tecnologia de informação<br />
e comunicação e da energia.<br />
PUB<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
27
NOME RUBRICA ETC<br />
Projectos Prediais de Engenharia<br />
Projectos de Infra-Estruturas<br />
Projectos de Obras de Arte e Túneis<br />
Projectos Geotécnicos<br />
Projectos Viários<br />
Inspecção e Gestão de Obras de Arte<br />
Planeamento e Fiscalização de Obras<br />
Revisão e Coordenação de Projectos<br />
Estudos de Impacto Ambiental e Social<br />
Estudos de Viabilidade Técnica e Económica<br />
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MAPUTO<br />
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A<br />
necessidade de crescer tem<br />
obrigado muitos países a redefinir<br />
as suas políticas económicas,<br />
dando prioridade<br />
a uma economia aberta ao<br />
mercado, assente em fluxos comerciais<br />
com outras nações. Em Moçambique a situação<br />
não é diferente.<br />
Desde a década de 80 até então o país tem<br />
vindo a alterar drasticamente o seu quadro<br />
legal e regulamentar para permitir que os<br />
players do mercado possam crescer e se<br />
afirmar. As medidas têm se traduzido num<br />
maior acesso ao crédito, empregabilidade,<br />
no aumento da renda dos cidadãos e uma<br />
melhoria geral das condições de vida.<br />
Como resultado das mudanças jurídico-legais<br />
com foco na economia que Moçambique<br />
tem vindo a fazer o investimento<br />
directo estrangeiro (IDE) está a crescer significativamente.<br />
Orçado em 206 milhões<br />
de dólares entre 2005 a 2006, o IDE em<br />
Moçambique atingiu 4.902 milhões de<br />
dólares em 2014. Os dados foram apresentados<br />
pelo Presidente do Conselho<br />
Executivo (PCE) do Millennium bim, Reino<br />
da Costa, numa iniciativa denominada<br />
“Jantar.com” organizada pela Câmara do<br />
Comércio Moçambique-Portugal (CCMP),<br />
na sua primeira edição. Importa referir que<br />
nova plataforma da CCMP consiste essencialmente<br />
em organizar jantares temáticos,<br />
à porta fechada, para Networking com os<br />
associados e outros convidados, por forma<br />
a promover oportunidades de negócios<br />
entre Moçambique e Portugal.<br />
O IDE em Moçambique tem sido absorvido<br />
pelo sector da indústria extractiva e pelos<br />
CONTRIBUTO DA CCMP<br />
PARA A MELHORIA DO<br />
AMBIENTE DE NEGÓCIOS<br />
EM MOÇAMBIQUE<br />
grandes projectos, nomeadamente virados<br />
para a exploração de energia eléctrica, do<br />
gás natural, do alumínio, das areias pesadas<br />
e do carvão, bem como na melhoria<br />
de infraestruturas – designadamente da<br />
rede de transportes com impacto significativo<br />
nas exportações.<br />
Para além do crescimento do fluxo do IDE o<br />
país também registou melhorias em áreas<br />
que directa ou indirectamente influenciam<br />
o ambiente económico. No Índice Global<br />
de Competitividade (2014-2015), citado<br />
no jantar, notam-se avanços no que tange<br />
ao crescimento e eficiência do mercado<br />
(101ª e 104ª posição respectivamente) e<br />
no ambiente macroeconómico. A construção<br />
e melhoria das infraestruturas (128ª<br />
posição), sobretudo da rede de estradas, é<br />
o grande desafio apontado no documento<br />
que avalia a competitividade em 144 países<br />
do mundo.<br />
Moçambique tem estado a perder posições<br />
nos relatórios do“Doing Business”,<br />
sobretudo nos últimos dois anos. Em 2014<br />
o país ocupou a 127ª posição, numa lista<br />
de 189 países. No presente ano, o país<br />
desceu cinco, lugares ocupando a 133ª<br />
posição.<br />
Os agentes económicos mostram-se<br />
preocupados com a situação e esforçam-<br />
-se para a reverter. Falando do papel da<br />
CCMP na melhoria do ambiente de negócio<br />
em Moçambique, Reino da Costa<br />
sugeriu várias acções, entre as quais - “o<br />
desenvolvimento de empresas fortes,<br />
eficientes e rentáveis; adopção de<br />
práticas internacionais de auditoria e<br />
qualidade; investimento em formação<br />
de quadros e as parcerias público-privadas.”<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
29
FORÚM<br />
EMPRESÁRIOS ANGOLANOS<br />
E MOÇAMBICANOS DISCUTEM<br />
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO<br />
Os empresários moçambicanos e angolanos debateram em Novembro último,<br />
em Luanda, oportunidades de negócio e iniciativas destinadas a criarem um<br />
ambiente favorável para o estabelecimento de parcerias estratégicas.<br />
30 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
No fórum económico empresarial<br />
entre os dois países foram<br />
assinados acordos entre o<br />
Centro de Promoção de Investimentos<br />
(CPI) e a Câmara<br />
de Comércio e Indústria de Angola, entre<br />
a Confederação das Associações Económicas<br />
(CTA) e o Centro Corporate Governance,<br />
de Angola; e entre a Confederação das<br />
Empresas de Moçambique e o Instituto de<br />
Fomento Empresarial com o objectivo de<br />
facilitar os investimentos bilaterais em Moçambique<br />
e Angola.<br />
Os empresários moçambicanos e angolanos<br />
discutiram ainda aspectos ligados ao<br />
investimento, indústria extractiva, agricultura,<br />
turismo e à experiência de Angola no<br />
domínio petrolífero como factor importante<br />
para contribuir para o desenvolvimento<br />
do sector em Moçambique. Aliás, o Presidente<br />
da República, Filipe Nyusi, que liderava<br />
uma delegação de 50 empresários<br />
nacionais, realizou visitas à petrolífera angolana<br />
Sonangol e à base logística para o<br />
sector petrolífero, Sonils. Numa altura em<br />
que o país se prepara para a exploração, na<br />
próxima década, de uma das maiores reservas<br />
de gás natural do mundo, os exemplos<br />
angolanos servirão de inspiração para<br />
o modelo a adoptar para este sector em<br />
Moçambique.<br />
Noor Momade, presidente do Conselho<br />
de Administração da agência de viagens<br />
Cotur - empresa que esteve representada<br />
no fórum - salientou que a visita de Nyusi<br />
a Angola é sinal de um estreitamento<br />
cada vez maior das relações entre os dois<br />
estados. “Angola tem uma experiência<br />
petrolífera de longa data e Moçambique<br />
descobriu hidrocarbonetos recentemente.<br />
Por isso, vai precisar do<br />
contributo de Angola. Para o nosso<br />
país é uma grande valia”, defendeu o<br />
empresário.<br />
Com um investimento ainda inexpressivo<br />
em Moçambique, Angola ocupa o 38º lugar<br />
da lista de países com projectos autorizados.<br />
As trocas comerciais entre os dois<br />
países atingiram 4,8 milhões de dólares,<br />
em 2014, abaixo dos 6,8 milhões registados<br />
no ano anterior.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
31
NOME RUBRICA ETC<br />
32 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE 33
DEST<strong>IN</strong>O<br />
F<strong>IN</strong>ISTERRA<br />
A pouco mais de 2h de<br />
viagem de Maputo, há uma<br />
lagoa de águas límpidas e<br />
quentes, areias brancas e<br />
o sossego que Maputo há<br />
muito perdeu.<br />
Nas margens da lagoa<br />
Uembje, na vila do Bilene,<br />
o Mahelane lodge oferece<br />
a intimidade que faltava<br />
naquela praia do Provincia de<br />
Gaza.<br />
Mahelane – onde a terra<br />
acaba e o Índico começa -<br />
coloca a oferta turística do<br />
Sul de Moçambique noutro<br />
patamar de qualidade.<br />
Sair de Maputo e viajar para Norte,<br />
com as planuras de Maputo<br />
e de Gaza frescas e verdes<br />
das chuvas de Verão, é uma<br />
relaxante terapia de combate à<br />
asfixia urbana da capital.<br />
Para os maputenses que gostam de mar<br />
as alternativas são todas longínquas e dispendiosas<br />
– ou Ponta do Ouro, ou Bilene<br />
– por obrigarem a uma viagem de cerca<br />
de 200km com a saída de Maputo a arrastar-se<br />
por mais de uma hora, devido ao<br />
constante engarrafamento.<br />
O Bilene, a Norte – com a sua lagoa e com<br />
a possibilidade de se aceder ao oceano<br />
– tem características para se transformar<br />
num dos sítios turísticos mais interessantes<br />
do nosso país.<br />
O problema nesta estância balnear tem<br />
sido a monotonia pouco qualificada da<br />
oferta de alojamento, e uma certa falta de<br />
imaginação ou de vontade para criar actividades<br />
lúdicas ligadas à lagoa.<br />
A lagoa Uembje, com os seus 27km de<br />
comprimento e águas normalmente límpidas<br />
e mornas – chegam a atingir 30º C - é<br />
o grande atractivo do Bilene.<br />
A qualidade da água é assegurada por uma<br />
abertura ao oceano, que garante a renovação<br />
constante das águas de Uembje.<br />
A dificuldade – sobretudo nos meses de<br />
Verão - é encontrar espaço para estender<br />
a toalha e apreciar o sossego que as águas<br />
tranquilas prometem.<br />
A solução é Mahelane, o fim da terra.<br />
Assim chamam os habitantes a esta quase<br />
península situada no lado Leste da lagoa<br />
onde, de facto, a terra acaba e o Índico começa.<br />
Assim se chama a pequena aldeia e<br />
é o nome adoptado pelo mais convidativo<br />
lodge do Bilene.<br />
O Mahelane Lodge é composto por 11<br />
casas de madeira e telhados de colmo,<br />
que se empoleiram harmoniosamente na<br />
enorme duna sobranceira à lagoa e que a<br />
separa do mar.<br />
A travessia faz-se num barco que o lodge<br />
disponibiliza e que aguarda pelos hóspedes<br />
do lado da vila do Bilene. A integração<br />
das cabanas na paisagem está esplendi-<br />
34 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
damente conseguida, de tal modo que só<br />
muito perto da margem nos apercebemos<br />
que existem.<br />
Ainda da praia é possível ver que toda a<br />
estrutura que liga as cabanas foi restaurada<br />
e tratada. A piscina está imaculada e convidativa.<br />
Os trabalhadores andavam ocupados<br />
a limpar a areia e a varrer os acessos,<br />
acolhendo os hóspedes e auxiliando no<br />
transporte das malas.<br />
A boa notícia é que, mesmo que o Mahelane<br />
esteja cheio nunca há dificuldades em<br />
encontrar privacidade, já que as cabanas<br />
estão bastante afastadas entre si e a linha<br />
de praia se entende por quase 2km.<br />
Actualmente cada quarto está individualizado,<br />
decorado com um conceito diferente<br />
e tornado mais confortável com tapetes e<br />
candeeiros.<br />
Quem vem de Maputo já se desabitou ao<br />
uso preventivo do repelente de mosquitos,<br />
pelo que aconselhamos a manter sempre<br />
os quartos equipados com um, já que os<br />
insectos daqui são teimosos.<br />
Em Mahelane os hóspedes não podem<br />
escolher o restaurante a que vão comer,<br />
como sucede do lado da vila. A qualidade<br />
da comida do lodge é, por isso, determinante<br />
para a satisfação dos visitantes.<br />
A oferta de comida é já bastante interessante,<br />
com peixe do dia – garoupa, serra,<br />
pedra e atum – e de camarão, lagosta, lulas,<br />
entrecosto, bife e frango,.<br />
Claro que um dos beneficiados com o<br />
Mahelane foi a comunidade local, no lodge<br />
trabalham cerca de 20 pessoas, maioritariamente<br />
da aldeia.<br />
Um dos grandes prazeres que se podem<br />
ter nesta praia é, além da lagoa, deambular<br />
por quilómetros de dunas, massalas, palmeiras<br />
e outras dezenas de árvores até ao<br />
oceano.<br />
É também possível, a partir do lodge, organizar<br />
excursões para ver as tartarugas e as<br />
baleias. O mergulho e a canoagem estão<br />
entre as actividades que se poderão em<br />
breve usufruir a partir daqui.<br />
Desconfio muito do recreio motorizado<br />
nestas zonas. As motas de água, pelo ruído<br />
que produzem e o cheiro que exalam, são<br />
divertimento para um e incómodo para os<br />
restantes.<br />
Aconselho que se percorram a pé – bem<br />
cedo na frescura da manhã – as matas do<br />
local. E por que não pensar em ter cavalos<br />
como alternativa ecológica e inusual?<br />
Vá ao Bilene e visite Mahelane, mas lembre-se<br />
que o ecossistema é frágil. Não se<br />
esqueça do que sucedeu à baía de Maputo.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
35
OP<strong>IN</strong>IÃO<br />
ERNESTO MAX TONELA<br />
GOVERNO<br />
COMETIDO COM<br />
A MELHORIA DO<br />
AMBIENTE DE<br />
NEGÓCIOS<br />
A MOZ’<strong>IN</strong> convidou o Ministro da<br />
Indústria e Comércio a escrever<br />
um artigo sobre o ambiente de<br />
negócios<br />
O<br />
Programa Quinquenal do<br />
Governo 2015-2019 dá<br />
uma indicação clara da<br />
importância que o Governo<br />
atribui à questão do<br />
ambiente de negócios,<br />
que constitui uma condição imprescindível<br />
para o alcance de vários objectivos<br />
traçados para o quinquénio, em particular,<br />
o da promoção do emprego com<br />
ênfase na juventude.<br />
Neste instrumento programático do<br />
Governo, a melhoria do ambiente de<br />
negócios constitui um dos objectivos<br />
estratégicos do Pilar IV, do qual constam<br />
as seguintes acções: prosseguir a simplificação<br />
de procedimentos e melhoria<br />
da competitividade, para tornar o ambiente<br />
de negócios mais atractivo para<br />
investimentos que permitam que Moçambique<br />
assuma uma posição de referência<br />
no ranking regional e mundial;<br />
eliminar as barreiras à entrada de novos<br />
operadores no mercado e a geração de<br />
condições para a atracção de novos investimentos,<br />
o incremento do emprego<br />
e a diversificação da economia; assegurar<br />
a redução do tempo de atribuição do<br />
36 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
Direito de Uso e Aproveitamento da<br />
Terra - DUAT; implantar a plataforma<br />
integrada electrónica dos Balcões de<br />
Atendimento Único (e-BAU) nas capitais<br />
provinciais; e fortalecer e melhorar<br />
os mecanismos de diálogo e<br />
articulação entre o Governo e sector<br />
privado, priorizando o empoderamento<br />
do empresariado moçambicano.<br />
No âmbito da abertura de empresa,<br />
a abordagem iniciada é a de operacionalizar<br />
a plataforma integrada de<br />
prestação de serviços ao cidadão, que<br />
vai permitir que, num processo de licenciamento,<br />
seja possível obter automaticamente<br />
os dados constantes<br />
do registo de entidades legais, identificação<br />
civil e outros serviços públicos,<br />
liberando os cidadãos da apresentação<br />
dos documentos que hoje se exigem.<br />
Este mecanismo, tecnicamente<br />
denominado interoperabilidade, além<br />
do exemplo do licenciamento antes<br />
referido, facilitará muitos outros serviços<br />
públicos, permitindo importantes<br />
ganhos de eficiência e tempo para o<br />
empresário.<br />
O Governo está a rever a legislação<br />
sobre as instalações eléctricas na<br />
perspectiva de simplificar os procedimentos<br />
de licenciamento de instalações<br />
eléctricas de 6.ª Categoria, com<br />
o objectivo de reduzir o tempo dos<br />
actuais 109 para 91 dias no processo<br />
para a obtenção da electricidade.<br />
Está em curso a desmaterialização do<br />
registo de propriedade que consiste<br />
na digitalização dos livros de registo<br />
e, em breve, será revisto o Código do<br />
Registo Predial para assegurar a implementação<br />
de um sistema de gestão<br />
documental electrónico, assegurando<br />
maior celeridade no processo<br />
de aquisição de imóveis.<br />
A Assembleia da República aprovou<br />
recentemente a Lei n.º 6/2015, de<br />
6 de Outubro, que cria o sistema de<br />
Informação de Crédito de Gestão Privada,<br />
que assegurará o aumento do<br />
número de indivíduos cobertos pelos<br />
sistemas de gestão de informação de<br />
crédito e de informação sobre os mutuários,<br />
reduzindo o risco na concessão<br />
de crédito, o que pode contribuir<br />
para a redução das taxas de juro.<br />
O Tribunal Supremo e o Ministério da<br />
Indústria e Comércio iniciaram um<br />
trabalho de criação de capacidade<br />
adicional nos tribunais envolvendo<br />
assessores jurídicos, maioritariamente<br />
juízes jubilados e oficiais de justiça<br />
reformados, colocando a sua larga experiência<br />
na tramitação de processos,<br />
para encurtar o tempo que os juízes<br />
despendem na análise dos mesmos<br />
antes das decisões e reduzir as pendências<br />
nos tribunais.<br />
No contexto da melhoria do ambiente<br />
de negócios, o Governo dialoga com<br />
o sector privado de forma estruturada<br />
e, desta interacção, resultou no corrente<br />
ano a aprovação da Matriz de<br />
Prioridades de Reformas para o Ciclo<br />
Económico 2015-2016 que contempla<br />
22 questões para o sector público<br />
e 6 do sector privado. Este instrumento<br />
vem segundar a Estratégia de<br />
Melhoria do Ambiente de Negócios II,<br />
desenhada pelo Governo, e a outras<br />
fontes que concorrem para a identificação<br />
de prioridades de reforma para<br />
tornar o País atractivo para os negócios.<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
37
ENERGIA<br />
MOÇAMBIQUE AUMENTA CAPACIDADE DE<br />
ARMAZENAMENTO DE COMBUSTÍVEL<br />
Numa altura em que se regista<br />
a construção de novas estradas<br />
e o crescimento do parque<br />
automóvel, o país alargou,<br />
em Novembro último, a sua<br />
capacidade de armazenamento de betume<br />
(matéria-prima para asfaltagem) e de<br />
combustível para 275,5 mil metros cúbicos,<br />
com a entrada em funcionamento de<br />
PUB<br />
dois novos terminais na Matola, província<br />
de Maputo, pertencentes à empresa Puma<br />
Energy.<br />
O investimento orçado em 130 milhões de<br />
dólares aumentou em 10% a capacidade<br />
de armazenamento de Moçambique.<br />
Com o terminal de betume (21 mil toneladas),<br />
Moçambique reduzirá a sua dependência<br />
na importação daquela matéria-pri-<br />
ma, o que deverá ter algum impacto na<br />
redução do seu preço.<br />
Com o terminal de combustíveis (115<br />
metros cúbicos) passa a criar uma nova<br />
linha de abastecimento dos países da Comunidade<br />
de Desenvolvimento da África<br />
Austral. Este último terminal manuseia três<br />
tipos de combustível - gasóleo, gasolina e<br />
Jet A1.<br />
O alargamento da capacidade de armazenamento<br />
de combustível e betume enquadra-se<br />
no Plano Quinquenal do Governo, e<br />
permite ao executivo estimular a iniciativa<br />
privada neste ramo de actividade, fulcral<br />
para o desenvolvimento e crescimento<br />
do país. “Temos a Petromoc que desenvolve<br />
uma actividade semelhante,<br />
mas encorajamos os operadores privados<br />
a também investirem”, instou o<br />
ministro dos Recursos Minerais e Energia,<br />
Pedro Couto, no momento da inauguração<br />
do terminal de combustível da Puma Energy.<br />
38 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
LÍDERES DE<br />
EMPRESAS DE<br />
COMUNICAÇÃO<br />
DISCUTEM<br />
DESAFIOS<br />
DO SECTOR<br />
Altos dirigentes da Associação Internacional das Comunicações<br />
de Expressão Portuguesa (AICEP), entre eles representantes<br />
da TDM, Correios de Moçambique, mcel, Vodacom, TVCABO,<br />
STV, TVM e do Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique<br />
debateram, em finais de Novembro, em Maputo, os<br />
desafios das telecomunicações, numa altura em que este sector passa por<br />
grandes transformações impostas pelo surgimento de novas tecnologias.<br />
No final do encontro que teve a duração de dois dias, os dirigentes defenderam<br />
que “nesta era das plataformas online” os reguladores devem “avaliar<br />
periodicamente a sua actividade em função dos impactos que tem no<br />
mercado e verificar se as medidas que tomaram tiveram ou não o efeito<br />
esperado”. Este exercício, esclareceram os representantes das empresas<br />
de comunicação, “deve servir para os reguladores colherem informação e<br />
habituarem-se a uma análise sistemática para melhorarem o processo de<br />
decisão”, pois o actual cenário de incertezas no mundo tecnológico exige<br />
maior prudência quando chega o momento de definir o rumo a tomar.<br />
Na exposição alusiva aos 25 anos da AICEP, que marcou o encerramento<br />
do encontro, a vice-ministra da Cultura e Turismo, Ana Comoana, disse<br />
que “estamos todos cientes que a substância integral desta organização<br />
ultrapassa largamente o conjunto de materiais expostos, porque na certa<br />
a verdadeira história da organização repousa no subconsciente dos seus<br />
distintos actores, cujo contributo ergueu o edifício que é hoje a AICEP”.<br />
Constituída em 1990, a Associação Internacional das Comunicações de<br />
Expressão Portuguesa é uma associação internacional, científica e técnica,<br />
de carácter não-governamental e sem fins lucrativos, que tem por objecto<br />
promover o estreitamento das relações entre os seus membros, de modo<br />
a contribuir para a harmonização, desenvolvimento e modernização das<br />
comunicações, bem como o apoio a projectos e programas nos Países de<br />
Língua Portuguesa.<br />
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N.M. Sacoor, Lda.<br />
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39
IMOBILIÁRIA<br />
SECTOR IMOBILIÁRIO<br />
CONT<strong>IN</strong>UA FÉRTIL<br />
Em Moçambique o mercado<br />
imobiliário continua em crescimento,<br />
impulsionado pela descoberta<br />
de recursos naturais e a<br />
entrada em funcionamento das<br />
multinacionais que se encontram dispersas<br />
por todo o território. Este cenário torna o<br />
país mais apetecível ao investimento imobiliário,<br />
potenciando maior diversificação e<br />
alargamento da oferta de bens e serviços<br />
neste sector e, por conseguinte, um maior<br />
número de oportunidades de negócio.<br />
O sector imobiliário em Moçambique é<br />
dos mais férteis ao investimento, seja público<br />
ou privado, dado o aumento gradual<br />
da renda população, mormente da classe<br />
média-alta. As flutuações de preços de<br />
imobiliárias em resultado da maior procura<br />
são alguns dos indicadores do desejo que<br />
os moçambicanos têm de adquirir um espaço<br />
que lhes proporcione conforto, segurança,<br />
comodidade e dignidade.<br />
A entrada do investimento directo estrangeiro<br />
(IDE) traduz-se numa procura constante<br />
por imóveis, com destaque para es-<br />
Polana Caniço “A”<br />
Aluguer de Escritórios<br />
2012 2013 2014 Valores em Dolares<br />
$2200<br />
Polana Caniço “B” $2000 $2000<br />
$2200 $2200<br />
Bairro Central “C” $2400<br />
$2500 $2650<br />
Sommerchield $3620<br />
$3200<br />
Polana Caniço “A”<br />
2012 2013 2014<br />
$398<br />
Polana Caniço “B” $561 $561<br />
Sommerchield<br />
Coop<br />
Costa do Sol<br />
Preço de compra de apartamento (T3)<br />
$362<br />
$421 $420<br />
$500 $800 $780<br />
$320<br />
$275 $390<br />
Valores em milhares de Dolares<br />
40 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
Preço de Hotéis<br />
3* 4* 5*<br />
Médias diárias em Dólares<br />
2012<br />
$74<br />
$174 $257<br />
2013<br />
$144 $242 $242<br />
2014<br />
$166 $260<br />
$320<br />
critórios. Em 2014, por exemplo, o preço<br />
médio, de aluguer de um escritório, no<br />
centro da cidade de Maputo fixou-se entre<br />
2.200 a 2.650 dólares. No segmento de<br />
habitação, o valor médio dos apartamentos<br />
Tipo três (T3) na zona cimento da capital<br />
esteve fixado em 420 mil dólares a compra,<br />
média por por cada metro quadrado<br />
ocupado o cliente pagava 182 dólares<br />
mensais tratando-se de aluguer.<br />
No caso do bairro da Sommerschield, o<br />
valor da compra de um apartamento T3<br />
esteve fixado em 780 mil dólares.<br />
A aposta no mercado imobiliário moçambicano<br />
ainda se encontra activa. Os valores<br />
dos imóveis têm assumido alguma preponderância.<br />
Os projectos de promoção de<br />
habitação, como, por exemplo, Intaka (em<br />
execução no município da Matola), conhecem<br />
uma adesão massiva, sobretudo da<br />
população jovem.<br />
O aumento do poder de compra dos moçambicanos,<br />
a entrada de investidores e<br />
turistas a procura de imóveis para respectivas<br />
empresas ou locais de acomodação,<br />
a demanda superior à oferta e as garantias<br />
de rentabilidade são algumas características<br />
do sector imobiliário moçambicano.<br />
A venda de imóveis ainda na fase de projecto<br />
tem vindo a ganhar terreno perante<br />
uma oferta cada vez mais longe de satisfazer<br />
a procura. Os projectos habitacionais<br />
disponíveis no mercado moçambicano<br />
concentram-se na zona centro da cidade<br />
capital e apresentam, regra geral, a mesma<br />
tipologia, constituída maioritariamente por<br />
apartamentos T3 e T4.<br />
A descoberta dos recursos minerais e a<br />
entrada em funcionamento dos ‘mega-<br />
-projectos’ faz de Moçambique um dos<br />
destinos preferenciais de homens de negócios<br />
oriundos de vários países, facto que<br />
se tem traduzido numa procura vertiginosa<br />
por locais de acomodação. Assim sendo,<br />
os preços dos hotéis mantém-se em sintonia<br />
com a demanda. De 2012 a 2014, o<br />
preço de um hotel de 3 estrelas aumentou<br />
92 dólares.<br />
A par do crescimento das infra-estruturas<br />
têm surgido, no país, ao longo da última<br />
década, várias iniciativas de promoção de<br />
habitação encabeçadas pelo governo, nomeadamente<br />
o projecto CasaJovem e o<br />
Intaka, bem como a alienação e requalificação<br />
de infra-estruturas desportivas para<br />
habitação, como sucedeu no caso da Vila<br />
Olímpica do Zímpeto.<br />
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41
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42 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015<br />
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Câmara de Comércio Moçambique-Portugal<br />
Av. D. João 11, Lote 1.13.03 F escritório 6, Parque das Nações - 1990-<strong>07</strong>9 Lisboa<br />
Tel. + 351 218937000-Fax. +351 218 937 009-<br />
Email: nuno.tavares@ccmp.org.mz<br />
Embaixada de Moçambique em Portugal<br />
Av. de Berna, 7 - 1050-036 Lisboa<br />
Tel.: +351 21 79719941 Fax: +35 121 7932720<br />
E-mail: geral@embamoc.pt<br />
http://www.embamoc.pt/crbst_1O.html<br />
aicep Portugal Global<br />
PORTO- Rua Júlio Dinis, 748 9’ Dto.- 4050-012 Porto<br />
Tel.: +351 226 055 300 1 Fax: +351 226 055 399<br />
LISBOA - Av. 5 de Outubro, I O 1- I 050-051 Lisboa<br />
Tel.: +351 217 909 SOO<br />
E-mail: aicep@portugalglobal.pt- http://www.portugalglobal.pt<br />
CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa<br />
Palácio Conde de Penafi el, rua de- S. Mamede (ao caldas)<br />
nº 21 - 1 100- 533 Lisboa<br />
Tel.: +351 213 923560- Fax: +351 213 928 588<br />
http://www.cplp.org<br />
Autoridade Tributária e Aduaneira<br />
Rua da Alfândega, n.’ 5, r/c- 1- 49-006 Lisboa<br />
Tel.: +351 21 881 37 00 - Linha Azul: +351 21 881 38 18<br />
E-mail: at@at.gov.pt<br />
https://www.e-fi nancas.gov.pt/de/jsp-dgaiec/main.jsp<br />
COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, SA<br />
Direção Internacional<br />
Av. da República, 58 - 1 069-057 Lisboa<br />
Tel.. +351 217 913 821 - Fax: +351 217 913 839<br />
E-mail: lnternational@cosec.pt- http:/ /www.cosec.pt<br />
Turismo de Portugal<br />
Rua Ivone Silva, Lote 6- 1050-124 Lisboa<br />
Tel.:+351211 140200-Fax:+351211 140830<br />
E-mail: info@turismodeportugal.pt<br />
http:/ /www.turismodeportugal.pt<br />
Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento<br />
Instituição Financeira de Crédito, SA - SOFID<br />
Av. Casal Ribeiro, 14 - 4’- 1000-092 Lisboa<br />
Te1.:+351213137760-Fax:+351213137779<br />
http:/ /www.sofi d.pt/<br />
lntertek - Caleb Brett Portugal Lda.<br />
Complexo Petroquímica- Monte Feio- Apartado 50-7521-901 Sines<br />
Tel.: (+351) 269 750120 I Fax: (+351) 269 750126<br />
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Labtest Portugal<br />
Rua Antero de Quental, 221, S, 102 - Perafi ta - 4455-586 Matosinhos<br />
Tel.: (+351) 229 998 0801 Fax: (+351) 229 998 081<br />
http://www.intertek com<br />
<strong>IN</strong>FORMAÇÕES ÚTEIS<br />
EM MOÇAMBIQUE<br />
Embaixada de Portugal em Maputo<br />
Av. Julius Nyerere, 720 - C.P. 4696 - Maputo<br />
Tel.: +258 21 490 316 1 Fax: +258 21 491 172<br />
E-mail: embaixada@embpormaputo.org.mz | http://www.embpormaputo.org.mz/<br />
aicep Portugal Global - Escritório de Maputo<br />
Av. Julius Nyerere, 720 - 12°- Maputo<br />
Tel.. +258 21 490 523/402 | Fax: +258 21 490 203<br />
E-mail: aicep.maputo@portugalglobal.pt<br />
Bolsa de Valores de Moçambique<br />
Av. 25 de setembro, 1230 - 5º andar, bloco 5<br />
Tel.: +258 21 308 826 | Fax: +258 21 31 O 559<br />
www.bolsadevalores.co.mz<br />
Banco de Moçambique (Banco Central)<br />
Av. 25 de setembro, 1695 -Caixa Postal nº 423 - Maputo<br />
Tel.: +258 21 354 600 | Fax: +258 21 323 247<br />
E-mail: gpi@bancomoc.mz | http://www.bancomoc.mz<br />
Câmara de Comércio de Moçambique - Portugal<br />
Av. 25 de setembro- Nº 1123, Prédio Cardoso, 4º Andar - C - Maputo<br />
Tel.: +258 21 304 580<br />
E-mail: ccmp@ccmp.org.mz | http://www.ccmp.org.mz/<br />
Confederação das Associações Económicas de Moçambique - CTA<br />
Rua Fernando Ganhão, 120- (ex. Rua do Castanheda) - Maputo<br />
Tel.: +258 21 491 914/64/30 891 Fax: +258 21 493 094<br />
http://www.cta.org.mz/<br />
CPI - Centro de Promoção de Investimentos<br />
Rua da Imprensa, 332 -r/c- Maputo<br />
Tel.. +258 21 313 310 1 Fax: +258 21 313 325 - http://www.mozbusiness.gov.mz<br />
Delegação da União Europeia na República de Moçambique<br />
Avenida Julius Nyerere, 2820- Caixa Postal 1306 - Maputo<br />
Tel.: +258 21 481 000 I Fax: +258 21 491 866<br />
E-mail: delegation-mozambique@eeas.europa.eu<br />
http://www.eeas.europa.eu/delegations/mozambique/about_us/welcome/index_pt.htm<br />
Gazeda - Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado<br />
Av. 24 de Julho, 3549, 8º, Prédio do <strong>IN</strong>SS Maputo CP 1661<br />
Tel. +258 21 400 635 +Fax +258 21 400 632- www.gazeda.gov.mz<br />
IPEME - Instituto de Promoção de Pequenas e Médias Empresas<br />
Av. 25 de Setembro, 1º Esq., CP 1509 Maputo<br />
Tel: +258 21430272- www.ipeme.gov.mz - info@ipeme.gov.mz<br />
IPEX - Instituto para a Promoção de Exportações<br />
Av. 25 de setembro, 1008 - 2º- Maputo<br />
Tel.: +258 21 3<strong>07</strong> 257/81 Fax: +258)21 3<strong>07</strong> 256<br />
E-mail: ipex@tvcabo.co.mz | http://www.ipex.gov.mz<br />
lntertek lntemational Limited<br />
Rua da Namaacha, 492 - Maputo<br />
Tel.. (+258) 21 4<strong>07</strong> 8701 Fax: +258 21 4<strong>07</strong> 884/5<br />
http://www.intertek.com/contact/ema/mozambique/<br />
Cabo Delgado: Abdul Razak I T 258-272-20331 I F. 258-272-20950 I Email: @cabodelgado.gov.mz<br />
Niassa: David Ngoane Marizane I T 258-27 1-21393 I Fax: 258-271 -20250 I Email: david.marizane@niassa.gov.mz<br />
Nampula: Cidália Manuel Chaúqur I T 258-262-12425 I Fax: 258-262-12425 I Email:@nampula.gov.mz<br />
Zambézia: Joaquim Veríssimo I T 258-242- 14545 1 Fax: 258-242- 13061 I Email: @zambezia.gov.mz<br />
Tete: Paulo Auade I T 258-252-23795 1 Fax: 258-252-22439 1 Email: @tete.gov.mz<br />
Manica: Ana Comoana I T 258-251-22000 I Fax: 258-251-23849 I Email: ana.comoana@manica.gov.mz<br />
Sofala: Félix Paulo I T 258-23-322000 I Fax: 258-23-323966 1 Email : @sofala.gov.mz<br />
lnhambane: Agostinho Abacar Trinta I T 258-293-20464 I Fax: 258-293-20464 I Email: agostinho.trinta@inhambane.gov.mz<br />
Gaza: Raimundo Maico Diomba I T 258-282-22002 I Email: raimundo.diomba@gaza.gov.mz<br />
Maputo: Maria Elias Jonas ! T 258-21-720440 I Fax: 258-21-720440 I Email: maria.jonas@maputo.gov.mz<br />
Cidade de Maputo: Lucília José Manuel Hama 1 T 258-21-311120 1 Fax: 258-21-3 11130 I Email: lucilia.hama@cmaputo.gov.mz<br />
Fonte: Portal do Governo de Moçambique, www.portaldogoverno.gov.mz<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
43
EVENTOS<br />
Negocios em Português: “O papel da diáspora portuguêsa”<br />
Reunião Anual das CC<br />
Seminário Empresarial: “Impulsionando parcerias para o desenvolvimento sustentável”<br />
Assinatura do memorando de entendimento com a Sapo Moçambique<br />
Tektonica 2015<br />
44 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
Jantar da CCMP 5 Anos<br />
Assembleia Geral<br />
1 a edição do Jantar.Com<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
45
LISTA DE ASSOCIADOS<br />
AMORIM HOLD<strong>IN</strong>G<br />
Rua da Corticeira, 34,<br />
Edificio Amorim II,<br />
4536-902 <strong>Moz</strong>elos VFR, Portugal<br />
www.amorim.com<br />
armandina.ramos@amorimholding.pt<br />
T. + 258 21 24 31 00<br />
F. + 258 21 48 68 08<br />
BDO MOÇAMBIQUE<br />
Av. 25 de Setembro, 1230, 3º - B5<br />
Prédio 33 Andares, Maputo,<br />
Moçambique<br />
www.bdo.co.mz<br />
bdo@bdo.co.mz<br />
T. + 258 21 30 <strong>07</strong> 20<br />
F. + 258 21 32 50 91<br />
DHD - Consulting & Holdings<br />
Rua Timor Leste,108, Baixa<br />
Caixa Postal 1604,<br />
Maputo, Moçambique<br />
balbinainroga@dhd.co.mz<br />
T. + 258 21 35 41 00<br />
GRUPO VISABEIRA<br />
Av. Kenneth Kaunda, 403<br />
Caixa Postal nr. 1750<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.visabeira.co.mz<br />
visabeira@visabeira.co.mz<br />
T. + 258 21 48 05 80<br />
F. + 258 21 49 50 26<br />
AFRICAN BANK CORPORATION<br />
Avenida Julius Nyerere 999<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.bancabc.co.mz<br />
cneves@bancabc.com<br />
T. + 258 21 48 21 00<br />
F. + 258 21 48 74 74<br />
BAKER TILLY MOÇAMBIQUE<br />
Av. 25 de Setembro, 1147 - 2º,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.bakertillymocambique.co.mz<br />
info@bakertillymocambique.co.mz<br />
T. + 258 844 141 138<br />
ENGCO, Limitada<br />
Rua da Mukumbura, 255,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.engco.co.mz<br />
info@engco.co.mz<br />
T. + 258 21 48 58 03<br />
F. + 258 21 48 58 04<br />
GLOBO DISTRIBUIDORA<br />
Av. do Trabalho, 94 - R/C,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.globodistribuidora.co.mz<br />
jchiboleca@globodistribuidora.co.mz<br />
T. + 258 21 40 21 36<br />
F. + 258 21 40 21 37<br />
ABERDARE <strong>IN</strong>TELEC MOÇ., LDA<br />
Av. de Angola, 1818<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.aberdare.co.za<br />
comercial@aberdare.co.mz<br />
T. + 258 21 46 64 96<br />
F. + 258 21 46 63 96<br />
CAETANO EQUIPAMENTO<br />
Mutateia Foral da Matola,<br />
Parcela 728B Talhão 2,<br />
Matola, Moçambique<br />
www.gruposalvadorcaetano.pt<br />
geral@caetanoequipamento.co.mz<br />
T. +258 848 261 900<br />
F. + 258 848 260 740<br />
EAGLESTONE Moçambique S.A.<br />
Rua dos Desportistas<br />
Edifício JAT 5, 4th Floor,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.eaglestone.eu<br />
eaglestone@eaglestone.eu<br />
T. + 258 21 34 28 00<br />
F. + 258 21 34 28 39<br />
Grow Engineering<br />
Rua de Dar Es Salaam, 80<br />
Maputo - Moçambique<br />
jorge.costa@growmocambique.<br />
co.mz<br />
T. +258 847 197 791<br />
AGRIFOCUS<br />
Av. 25 de Setembro Time Square<br />
B2 1º, Apt. 3678,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.agrifocus.co.mz<br />
agrifocus@agrifocus.co.mz<br />
T. + 258 21 30 36 68<br />
F. + 258 21 30 36 65<br />
CIMENTOS DE MOÇAMBIQUE<br />
Av. 24 de Julho, 7 - 9º/10º Andar<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.intercement.com<br />
dcom@cimpor.com<br />
T. + 258 21 48 25 00<br />
F. + 258 21 48 78 68<br />
ERNEST & YOUNG, LDA<br />
Rua Belmiro Muianga, 179<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.ey.com<br />
ernst.young@mz.ey.com<br />
T. + 258 21 35 30 00<br />
F. + 258 21 32 19 84<br />
HIDROELETRICA DE CAHORA<br />
BASSA<br />
Av. de Setembro, 420, 6º,<br />
Prédio Jat 1, Maputo, Moçambique<br />
www.hcb.co.mz<br />
cas.maputo@hcb.co.mz<br />
T. + 258 21 35 <strong>07</strong> 00<br />
F. + 258 21 35 <strong>07</strong> 10<br />
ASAMOC<br />
Machava,Talhão 802,<br />
Parcela 201, 1281, Moçambique<br />
www.asamoc.co.mz<br />
info@asamoc.co.mz<br />
T. + 258 21 75 00 31<br />
F. + 258 21 75 24 77<br />
COTUR<br />
Av. Karl Marx, (esquina c/ Ahmed<br />
Sekou Touré), 1179 R/C, Maputo,<br />
Moçambique<br />
www.cotur.co.mz<br />
cotur@cotur.co.mz<br />
T. + 258 21 35 97 00<br />
F. + 258 21 35 97 01<br />
EXICTOS<br />
Av. Julius Nyerere, Rua rio<br />
Inhambazulu, 88 Sommerschield 2,<br />
Moçambique<br />
www.exictos.com<br />
info@exictos.com<br />
T. + 258 21 24 10 00<br />
F. + 258 21 49 28 31<br />
HIGEST MOÇAMBIQUE, LDA<br />
Estrada Velha da Moamba, Km. 15<br />
Machava, Maputo, Moçambique<br />
www.higest.co.mz<br />
apoio@higest.co.mz<br />
T. + 258 21 75 00 34<br />
F. + 258 21 75 03 91<br />
ACCENTURE<br />
M. Av. 24 de Julho, 7, 4º A e B<br />
(Ed. Polana Shopping)<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.accenture.com<br />
markenting.mocambique@<br />
accenture.com<br />
T. +258 21484994<br />
F. +258 21484986<br />
COUTO, GRAÇA & ASSOCIADOS<br />
Av. 24 de Julho, 7 - 7th floor<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.cga.co.mz<br />
cga@cga.co.mz<br />
T. + 258 21 48 64 38<br />
F. + 258 21 48 64 41<br />
EFACEC MOÇAMBIQUE<br />
Av. Fernando Magalhães, 932<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.efacec.com<br />
geral@efacec.com<br />
T. 21 322 03518<br />
F. 21 322 039<br />
<strong>IN</strong>TELEC HOLD<strong>IN</strong>GS<br />
Av. Samora Machel, 120, 1º andar,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.intelecholdings.com<br />
info@intelecholdings.com<br />
T. + 258 21 31 18 83<br />
F. + 258 21 30 15 55<br />
BCI - Banco Comercial<br />
e de Investimentos<br />
Av. 25 de Setembro, Prédio John<br />
Orr’s,1465, Maputo, Moçambique<br />
www.bci.co.mz<br />
bci@bci.co.mz<br />
T. + 258 21 35 37 00<br />
F. + 258 21 30 98 31<br />
CLUBSTER CONSULT<strong>IN</strong>G SA<br />
Av. Angola, 2732,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.clubster.co.mz<br />
comercial@clubster.co.mz<br />
C. + 258 21 469215<br />
F. + 258 843 744 985<br />
FLEETCO, Lda.<br />
Av. das FPLM, 322,<br />
Maputo, Moçambique<br />
fl.sales@fleetco.co.mz<br />
T. + 258 21 46 29 19<br />
F. + 258 21 46 29 68<br />
C. + 258 843 913 132<br />
JAMP Investimentos<br />
Imobiliarios, Lda.<br />
Av. Industrias, Parcela 3209,<br />
Machava, Moçambique<br />
bruno@jamp.co.mz<br />
T. + 258 21 75 15 95<br />
F. + 258 21 75 15 95<br />
BANCO ÚNICO<br />
Av. Julius Nyerere, 590,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.bancounico.co.mz<br />
geral@bancounico.co.mz<br />
T. + 258 21 48 84 00<br />
F. + 258 21 48 84 84<br />
D<strong>IN</strong>AME<br />
Av. Zedequias Manganhela,<br />
1278 Maputo<br />
lucrecia.machava@diname.co.mz<br />
T. + 258 21 30 02 39<br />
F. + 258 21 32 11 18<br />
GALP ENERGIA<br />
Rua dos Desportista, 83, 2º<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.galpenergia.com<br />
placida.nguenha@galpenergia.co.mz<br />
T. + 258 21 32 37 06<br />
F. + 258 21 42 70 34<br />
JOTELAR & PROTEL, Lda.<br />
Av. Karl Max, 328,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.jotelar.com<br />
jotelar.protel@gmail.com<br />
T. + 258 21 30 57 56<br />
F. + 258 21 30 57 58<br />
C. + 258 846 231 121<br />
46 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015
LISTAS TELEFÓNICAS<br />
DE MOÇAMBIQUE<br />
Av. 25 de Setembro, 420, 5º esq<br />
Prédio Jat, Maputo, Moçambique<br />
www.paginasamarelas.co.mz<br />
ltmmoz@paginasamarelas.co.mz<br />
T. + 258 21 30 90 90<br />
F. + 258 21 30 93 33<br />
MMD CONSTRUÇÃO<br />
Av. FPLM, Rua Mbuzini, 84, Maputo,<br />
Moçambique<br />
denise.deidy@mmd.co.mz<br />
T. + 258 21 46 05 28<br />
F. + 258 21 46 01 51”<br />
SOMOTOR, SARL<br />
Av. Namaacha, N4, 1.5KM NR.<br />
8274, Moçambique<br />
www.somotor.co.mz<br />
lucia.santos@somotor.co.mz<br />
T. + 258 21 40 36 18<br />
F. + 258 21 40 36 11<br />
DELIH LDA<br />
Rua: Kamba Simango Nº 403/29<br />
Maputo - Moçambique chegou la<br />
delih.info@gmail.com<br />
T. +258 21 495 583<br />
Fax. +258 21 490 293<br />
LAM - Linhas Aéreas<br />
de Moçambique<br />
Av. Largo da Deta, Moçambique<br />
www.lam.co.mz<br />
cmacobo@lam.co.mz<br />
T. + 258 21 46 87 10<br />
F. + 258 21 46 51 34<br />
MZ BETAR, Engenheiros<br />
e Consultores, Lda.<br />
Av. 25 de Setembro 1509, 4º - 5<br />
Maputo, Moçambique<br />
wwww.betar.pt<br />
geral@beta.co.mz<br />
T. + 258 21 302 080<br />
C. + 258 84 81 51 552<br />
SERVITRADE, LDA<br />
Av. Amílcar Cabral, 333,<br />
Machava, Moçambique<br />
www.servitradegroup.com<br />
geral@servitrade.co.mz<br />
T. + 258 21 75 21 21/2<br />
F. + 258 21 75 21 31<br />
TRASSUS, LDA<br />
Av. Das industrias Edif Trassus,<br />
Machava - Maputo<br />
ajmendes@carving.pt<br />
T. +258 21 301 296<br />
RANGEL<br />
Av. 25 de Setembro 1147, 3,<br />
Salas 4/5/6<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.rangel.com<br />
moçambique@rangel.com<br />
T. + 258 21 32 <strong>07</strong> 35<br />
C. + 258 840 793 275<br />
PHC, LDA<br />
Av. Samora Machel, 323, 3º<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.phc.co.mz<br />
info@phc.co.mz<br />
T. + 258 21 31 27 44<br />
F. + 258 21 31 27 43<br />
STM - Sociedade<br />
de Terminais de Moç.<br />
Rua da Gare 312 (Av. FPLM),<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.stm.co.mz<br />
stm.mahotas@stm.co.mz<br />
T. + 258 21 46 <strong>07</strong> 80<br />
F. + 258 21 46 <strong>07</strong> 62<br />
BTM<br />
Samora Machel, Nr.323, Maputo<br />
Maputo - Moambique<br />
aporta@btm.co.mz<br />
www.btm.co.mz<br />
T. +258 21 751 595<br />
MAZARS<br />
Rua Zedequias Manganlela N 267<br />
R/C, Maputo, Moçambique<br />
lbatista@mazars.pt<br />
T. +258 823 088 422<br />
T. +258 845 178 239<br />
PORTUCEL<br />
Complexo industrial de Setúbal, Apt.<br />
55, 2901-861 Setúbal, Portugal<br />
www.portucelsoporcel.com<br />
nilsa.irachande@portucelsoporcel.<br />
co.mz<br />
T. + 258 214 83645/6<br />
C. + 258 847 138 528<br />
SUMOL + COMPAL Moçambique<br />
Av. da Namaacha, Km 27,<br />
Boane, Maputo, Moçambique<br />
www.sumolcompal.pt<br />
amelia.sobral@mz.sumolcompal.<br />
com<br />
C. + 258 843 022 388<br />
C. + 258 843 022 399<br />
TRANSCRANE LOGISTIC, SA<br />
Machava - Maputo<br />
geral@transcrane.co.mz<br />
T. +258 21 751 595<br />
C. +258 843 025 877<br />
MOÇAMBIQUE COMPANHIA<br />
DE SEGUROS<br />
Av. Kenneth Kaunda, 518 R/C<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.lusitania.pt<br />
cgoncalves@mcs.co.mz<br />
T. + 258 21 48 50 20/2<br />
F. + 258 21 48 90 30<br />
PREBUILD MOÇAMBIQUE, Lda.<br />
Bairro Sommerchield, Rua de<br />
Dar Es Salaam, 80, 1100<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.prebuild.com<br />
geral@prebuild.co.mz<br />
T. + 258 21 48 54 27<br />
F. + 258 21 48 54 81<br />
TROPIGALIA<br />
Av. Angola, 2732,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.tropigalia.co.mz<br />
tropigalia@tropigalia.co.mz<br />
T. + 258 21 46 92 15<br />
F. + 258 21 46 92 19<br />
MOZA BANCO<br />
Rua. Dos Desportista, 921 prédio<br />
Jat. V, Maputo, Moçambique<br />
www.mozabanco.co.mz<br />
ana.santos@mozabanco.co.mz<br />
T. + 258 21 48 08 <strong>07</strong><br />
F. +258 21 34 20 00<br />
SOICO<br />
Rua Timor Leste, 108,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.soico.co.mz<br />
STV@SOICO.co.mz<br />
T. + 258 21 354 100<br />
F. + 258 21 315 117<br />
VIEIRA DE ALMEIDA<br />
E ASSOCIADOS<br />
Av. Duarte Pacheco, 26,<br />
1<strong>07</strong>0-110 Lisboa, Portugal<br />
www.vada.pt<br />
moçambique@vda.pt<br />
T. + 351 21 311 34 00/500<br />
F. + 351 21 113 406<br />
MATRIZ Comércio Internacional<br />
Av. D. João II, lote 1.13.03 F<br />
Escritório 7, Parque das Nações,<br />
Lisboa, Portugal<br />
www.matrizci.com<br />
matriz@matrizci.com<br />
T. + 351 218 937 000<br />
F. + 351 218 937 009<br />
SOARES DA COSTA<br />
MOÇAMBIQUE<br />
Av. Ho Chi Min, 1178, 2º,<br />
Maputo, Moçambique<br />
www.soaresdacosta.pt<br />
scosta.sec@teledata.mz<br />
T. + 258 21 43 10 59<br />
F. + 258 21 32 1 6 53<br />
novos<br />
sócios<br />
2015<br />
MILLENNIUM BIM<br />
AV. 25 de Setembro, 1800, Maputo,<br />
Moçambique<br />
www.millenniumbim.co.mz<br />
sede@millenniumbim.co.mz<br />
T. + 258 21 30 53 42<br />
F. + 258 21 81 00 14<br />
SOPOCOS, Lda<br />
Av. Da Namaacha, 288,<br />
Moçambique<br />
buque2004@yahoo.com.br<br />
C. + 258 843 928 180<br />
FIDELIDADE<br />
jose.xavier@fi delidade.co.mz<br />
Rua Nº 1393 (Parcela a rua José<br />
Craveirinha) Nº 47<br />
Maputo Moçambique<br />
T. +258 21 489 700<br />
C. +258 829 8<strong>07</strong> 770
NOME RUBRICA ETC<br />
48 MOZ’<strong>IN</strong> // Dezembro 2015