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14<br />

Novembro/Dezembro de 2016<br />

CARNE<br />

Angus@newS<br />

exterior é estratégico, porque<br />

significa assegurar demanda<br />

por cortes nobres e também<br />

a valorização daqueles menos<br />

demandados, como o dianteiro<br />

e os chamados Cortes da Roda<br />

(cortes de traseiro não preferenciais<br />

para churrasco, como<br />

coxão duro, lagarto e patinho).<br />

Com isso, a Angus pretende<br />

garantir à cadeia produtiva ​a<br />

trajetória de crescimento na<br />

utilização da genética Angus<br />

no Brasil, e a consequente valorização<br />

dos animais na indústria<br />

frigorífica​ e da carne<br />

no mercado​.<br />

Dados da Associação Brasileira<br />

de Inseminação Artificial<br />

(Asbia), apontam que no<br />

ano de 2015 foram comercializadas<br />

4,25 milhões de doses<br />

de sêmen Angus, ou seja, 51%<br />

de todo mercado de venda de<br />

sêmen no Brasil. Nos últimos<br />

seis anos, a raça teve crescimento<br />

de 150%, bem acima<br />

da média do gado de corte<br />

que ficou em 50%. Agregando<br />

a venda de reprodutores<br />

Angus, a estimativa da Associação<br />

Brasileira de Angus é<br />

de que a produção anual de<br />

bezerros seja de aproximados<br />

3,5 milhões de cabeças, o que<br />

representa pouco mais de 6%<br />

do volume total de animais<br />

produzidos no País.<br />

Abiec:<br />

exportações em queda<br />

A Associação Brasileira da<br />

Indústria Exportadora de Carne<br />

(Abiec) revelou no início de<br />

dezembro que as exportações<br />

brasileiras de carne bovina terão<br />

um faturamento menor se<br />

comparado ao mesmo período<br />

do ano passado. Conforme<br />

a entidade, o faturamento em<br />

2016 deve ser de aproximadamente<br />

US$ 5,5 bilhões, ao<br />

passo que o valor atingido em<br />

2015 foi de US$ 5,9 bilhões,<br />

e a meta para 2016 era obter<br />

um faturamento de US$ 7,5<br />

bilhões. Em volume, a expectativa<br />

da Abiec é de que as vendas<br />

externas de carne bovina<br />

em 2016 totalizem 1,4 milhão<br />

de toneladas, o que é avaliado<br />

como um cenário estável em<br />

relação ao ano anterior.<br />

O presidente da Abiec, Antônio<br />

Jorge Camardelli, anunciou<br />

que a estimativa para<br />

2017 é atingir US$ 6 bilhões,<br />

com um total de 1,5 milhão toneladas.<br />

Ele acentua a perspectiva<br />

de recuperação das exportações<br />

brasileiras para o Egito,<br />

Rússia e Irã. E novos mercados<br />

estão na mira da entidade. Os<br />

mais prováveis, diz Camardelli,<br />

são México e Canadá. Indonésia<br />

também é possibilidade. O<br />

dirigente reconheceu as dificuldades<br />

para a abertura do mercado<br />

japonês. E pelos cálculos<br />

da Abiec, a abertura total de<br />

Japão, Coréia do Sul, Taiwan,<br />

Indonésia, Canadá e México<br />

poderia render cerca de US$<br />

1 bilhão por ano aos exportadores<br />

brasileiros, considerando<br />

a participação de mercado em<br />

torno de 20% que o Brasil tem<br />

no comércio global da carne<br />

bovina.<br />

Mas a Câmara do Comércio<br />

Árabe-Brasileira (CCAB),<br />

assinou acordo de cooperação<br />

com a Abiec com a finalidade<br />

de ampliar o envio de carne<br />

para países árabes. O termo<br />

prevê ações que devem ser realizadas<br />

pelas entidades, como<br />

o desenvolvimento de estudos<br />

Fotos: Divulgação Angus<br />

de mercado, troca de informações<br />

comerciais, entre outras.<br />

A meta, conforme explicou<br />

Camardelli, é expandir a atuação<br />

na região. “Estamos estreitando<br />

nossa parceria com a<br />

Câmara visando ampliar, cada<br />

vez mais, nossas ações conjuntas.<br />

O mercado árabe é um dos<br />

que mais apresenta potencial<br />

de crescimento para a carne<br />

bovina brasileira. Mas a instabilidade<br />

da política no Brasil<br />

e no mundo inspira conservadorismo”,<br />

avalia o dirigente<br />

da Abiec. Para ele, a projeção<br />

das exportações para o ano<br />

que vem é bem conservadora,<br />

ficando na dependência dos cenários<br />

políticos, podendo haver<br />

alterações a todo o instante.<br />

Marfrig lidera<br />

O frigorífico Marfrig vem<br />

liderando os volumes exportados<br />

de carne Angus e, para<br />

entender melhor esta realidade<br />

o gerente de exportações<br />

da empresa, Alisson Navarro,<br />

explicou como vem sendo enfrentado<br />

este novo desfio para<br />

a indústria da carne nacional.<br />

Conforme o dirigente, “a Marfrig<br />

tem uma grande oportunidade<br />

para aumentar a participação<br />

da carne brasileira em<br />

mercados premium de cortes<br />

resfriados, criando segmentos<br />

de mercado diferenciados,<br />

como o Angus criado a pasto.<br />

Em 2016, nossos principais<br />

destinos foram Alemanha,<br />

Holanda e Itália, com boa receptividade<br />

pela carne Angus”,<br />

informou.<br />

Perguntado sobre as perspectivas<br />

para 2017 e as tendências<br />

de negócios com a Carne<br />

Angus Certificada Gourmet,<br />

Navarro disse que o próximo<br />

período deve ser bom para a<br />

plataforma exportadora da<br />

América do Sul, com um ciclo<br />

mais favorável de bovinos no<br />

Brasil, recuperação dos preços<br />

de exportação devido ao<br />

limitado crescimento de oferta<br />

a nível global e a crescente<br />

demanda de carne bovina<br />

nos mercados emergentes da<br />

Ásia e Oriente Médio. “Para<br />

o segmento de carne Angus<br />

Certificada, a expectativa é<br />

de que cresçamos acima dos<br />

dois dígitos, cenário que tende<br />

a progredir nos próximos anos<br />

como consequência da possível<br />

abertura de novos mercados<br />

na esteira da liberação do comércio<br />

com os Estados Unidos,<br />

Canadá, México e Coreia<br />

do Sul; e da profissionalização<br />

do setor, com maior agilidade<br />

e menos burocracia com questões<br />

sanitárias que surgem de<br />

maneira inesperada, como fazem<br />

os demais produtores da<br />

região, a exemplo de Argentina<br />

e Uruguai”, descreveu.<br />

O dirigente ainda ressaltou<br />

que a Marfrig acredita<br />

na enorme gama de oportunidades<br />

para a carne premium<br />

brasileira, em especial a Carne<br />

Angus Certificada, em mercados<br />

consumidores de produtos<br />

de alto valor agregado, como<br />

os países europeus. “Neste<br />

sentido, programas como o<br />

da Associação Brasileira de<br />

Angus são fundamentais para<br />

fomentar o investimento em<br />

genética, alimentação e manejo,<br />

resultando em um boi de<br />

maior qualidade, mais precoce<br />

para oferecer proteína de alta<br />

qualidade para nossos consumidores<br />

ao redor do mundo”.<br />

Carne Angus em<br />

evento Brasil - EUA<br />

A Associação Brasileira<br />

de Angus foi parceira de mais<br />

um evento internacional que<br />

buscou integração e abertura<br />

de mercado aos produtos brasileiros<br />

no exterior. Em 18 de<br />

outubro, cortes de carne Angus<br />

chamaram a atenção ao serem<br />

servidos durante reunião<br />

entre autoridades brasileiras<br />

e norte-americanas em Brasília.<br />

O simpósio internacional<br />

“Diálogos Agrícolas Brasil Estados<br />

Unidos” foi promovido<br />

pela Confederação Nacional<br />

da Agricultura (CNA) no dia<br />

18 de outubro, em Brasília,<br />

DF, contando com a presença<br />

do ministro brasileiro da Agricultura<br />

Blairo Maggi e de uma<br />

delegação da embaixada dos<br />

Estados Unidos no Brasil, chefiada<br />

pela embaixatriz Liliana<br />

Ayalde.<br />

Na ocasião foi servido o<br />

Flank Steak VPJ Black Angus,<br />

conhecido no Brasil como Fraldinha,<br />

preparada com esmero<br />

pelo cheff Marcelo Conceição<br />

e sua equipe. A ideia, segundo<br />

Fábio Medeiros, foi de apresentar<br />

cortes que valorizem ao<br />

máximo os atributos da carne<br />

Angus brasileira, mostrando<br />

nossa capacidade de atender<br />

a consumidores tão exigentes<br />

quanto os norte americanos,<br />

que apreciam o marmoreio, a<br />

maciez e o sabor da carne. No<br />

caso optou-se por um churrasco<br />

preparado à moda Brasileira,<br />

no espeto. “Sempre que<br />

apresentamos produtos Angus<br />

Certificados a consumidores<br />

exigentes do exterior, surpreendemos<br />

com a qualidade de<br />

nossa carne, destacando também<br />

os costumes gaúchos, caso<br />

do churrasco. Nossa intenção<br />

apoiando este evento foi receber,<br />

juntamente com a CNA,<br />

os representantes da missão<br />

norte americana no Brasil e<br />

autoridades brasileiras com o<br />

que o Brasil produz de melhor,<br />

a Carne Angus Certificada”,<br />

argumenta o executivo.<br />

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