PERU:Final
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turismo<br />
por marcelo wysocki<br />
DO LITORAL AOS ALPES<br />
Foi-se o tempo em que apenas aventureiros desembarcavam no<br />
Peru rumo a Machu Picchu. Com voos regulares saindo de várias cidades<br />
brasileiras, o país reserva atrativos para todos os gostos e estilos<br />
REVISTA VERSATILLE<br />
“Da porta do La Crónica, Santiago contempla<br />
a Avenida Tacna, sem amor: automóveis,<br />
edifícios desiguais e desbotados, esqueletos<br />
de anúncios luminosos a flutuar na neblina,<br />
o meio-dia cinzento. Em que altura se tinha<br />
fodido o Peru?”. Sim, é difícil não lembrar deste<br />
trecho de Conversa na Catedral, badalada<br />
obra do escritor Mario Vargas Llosa, logo ao<br />
chegar no Aeroporto Internacional Jorge<br />
Chávez, no Peru. São tempos diferentes, claro,<br />
do abordado no romance, publicado originalmente<br />
em 1969, que conta a história de<br />
dois velhos amigos que seguem até um boteco<br />
sujinho, instalado no centro da capital<br />
Lima, para resgatar memórias e lições do período<br />
ditatorial do general Manuel A. Odría,<br />
que governou o país entre 1948 e 1956.<br />
Ao deixar o local, cravado no distrito portuário<br />
de Callao, de imediato percebe-se<br />
que algo mudou naquele cenário narrado<br />
no livro pelo vencedor do prêmio Nobel de<br />
Literatura de 2010: o “clima democrático” no<br />
país se escancara para residentes e turistas,<br />
basta observar as incontáveis propagandas<br />
— em outdoors, lambe-lambes ou em simples<br />
pinturas nas paredes — dos postulantes<br />
a ocupar o cargo de presidente, em eleição<br />
marcada para o mês de abril deste ano.<br />
Versatille esteve no Peru, onde percorreu<br />
cerca de 900 km. E, em cada canto, do litoral<br />
aos alpes, encontramos e vivenciamos experiências<br />
incríveis, que passam por lugares<br />
místicos e sabores surpreendentes. Conclusão:<br />
o Peru está mais do que na moda!<br />
LIMA E ARREDORES — Não é exagero dizer que a experiência<br />
em conhecer o Peru e suas particularidades tem como ponto de<br />
partida a saída do aeroporto. Isso mesmo! Encarar o tráfego da<br />
região portuária de Callao rumo ao centro de Lima é uma delas<br />
e requer paciência e disposição. Por quê? Simplesmente porque<br />
carros, ônibus, vans, caminhonetes e todo tipo de veículo — seja<br />
novo ou velho, antigo ou moderno, pequeno ou grande — disputam<br />
cada pedacinho de espaço disponível das ruas. O som das<br />
buzinas é a trilha sonora para o percurso de cerca 20 km.<br />
Fundada pelo explorador espanhol Francisco Pizarro,<br />
em 18 de janeiro do ano de 1535, Lima é a maior cidade<br />
do país. Chamada no passado de Cidade dos Reis, é banhada<br />
pelo Oceano Pacífico e tem cerca de 9,2 milhões<br />
de habitantes, um povo hospitaleiro, alegre e gentil.<br />
Sempre nublada, a chuva raramente dá as caras por lá,<br />
no máximo uma fina camada de orvalho. Grande parte<br />
das casas são erguidas sem telhados, bueiros nas ruas e<br />
avenidas não existem. O clima desértico impera. Apesar<br />
disso, fontes e cisternas de água espalhadas pela cidade<br />
garantem parques e jardins verdes e floridos o ano todo.<br />
O bairro de Miraflores pode ser apontado como a melhor<br />
opção para se iniciar a desvendar a cidade. É um dos<br />
preferidos de Vargas Llosa. Além da excelente localização<br />
para chegar a outros pontos, é nessa moderna área<br />
que concentram-se os hotéis, pousadas e albergues mais<br />
procurados. Tem também várias atrações. A primeira a se<br />
apresentar é o Larcomar — shopping a céu aberto e com<br />
diversas lojas, barraquinhas e restaurantes — instalado nos<br />
penhascos e com uma vista para o mar de tirar o fôlego.<br />
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turismo<br />
REVISTA VERSATILLE<br />
Passear pela orla de bicicleta, que pode ser alugada com facilidade<br />
na região, também rende boa diversão. Já o Parque<br />
del Amor mostra-se convidativo a uma parada, com seus<br />
mosaicos coloridos — que lembram o Parque Güell, de Gaudí,<br />
em Barcelona — e casais apaixonados que ali se instalam<br />
para namorar e curtir o pôr do sol. Inaugurado em 14 de<br />
fevereiro de 1993, Dia dos Namorados, tem como destaque<br />
a escultura El Beso, do artista peruano Victor Delfin. Para os<br />
mais corajosos, voos de paraglider partem logo ali ao lado.<br />
Se a fome bater, siga para o festejado La Rosa Náutica, restaurante<br />
instalado em um imenso píer sobre o Pacífico. Não deixe<br />
a oportunidade passar e inclua no pedido o famoso ceviche, ou<br />
cebiche, prato tradicional que traz um misto de peixes picados<br />
em cubos e frutos do mar marinado em limão, azeite, cebola,<br />
diferentes grãos de milho e outros temperos da região. Depois<br />
de experimentá-lo fica fácil entender por que a iguaria ganhou<br />
um dia especial para ser festejado, o dia 28 de junho. Mas faça<br />
como os peruanos: peça o seu no almoço, quando os peixes e<br />
demais ingredientes estão fresquinhos.<br />
A batata — ou simplesmente “papa” — é outro item bastante<br />
incorporado à vida dos peruanos. Cultivadas há milhares<br />
de anos, o país orgulha-se de ter uma infinita variedade do<br />
tubérculo. Não estranhe, portanto, se, em algum momento<br />
da viagem, escutar a frase “coma lo que coma, coma lo con<br />
papa”. Pura verdade! De um jeito ou de outro, com certeza<br />
elas aparecerão nas refeições. E sempre deliciosas!<br />
Em pouco tempo o visitante perceberá<br />
que o Peru está repleto de tentações culinárias.<br />
Um mix saboroso das tradições e<br />
influências recebido dos imigrantes que<br />
por lá fincaram pé: tem a culinária chifa,<br />
de influência chinesa, a criolla, dos andinos,<br />
e a nikkei, dos imigrantes japoneses.<br />
Um dos principais responsáveis por aglutinar<br />
essas influências e levá-las mundo<br />
afora é Gastón Acurio, maior nome da<br />
cozinha peruana contemporânea. Para<br />
os desavisados, é ele o homem à frente<br />
do Astrid y Gastón, eleito o melhor restaurante<br />
da América Latina, em 2014, pela revista<br />
Restaurant. O cara é um mestre!<br />
PITADAS DE HISTÓRIA — Visitar o<br />
Centro Histórico de Lima, declarado<br />
Patrimônio Cultural da Humanidade<br />
pela Unesco, é entrar em contato<br />
com os períodos pré-hispânico, colonial<br />
e contemporâneo. Inicie pela<br />
Praça das Armas e siga direto à Catedral<br />
de Lima, prédio de estilo barroco<br />
levantado em 1535. Terremotos e<br />
guerras renderam algumas reformas,<br />
Fotos Divulgação<br />
mas a construção ainda mantém o bambu, a madeira e<br />
o gesso, que dão sustentação e flexibilidade à sua estrutura.<br />
Na basílica encontram-se os restos mortais do conquistador<br />
espanhol Francisco Pizarro, que ocupam uma<br />
capela toda feita de mármore. O Museu de Arte Religiosa,<br />
com sua impressionante coleção de escultura e quadros<br />
de obras sacras, também está ali, assim como a imensa<br />
biblioteca, que conta com cerca de 25 mil volumes.<br />
Junto à Plaza Mayor é possível apreciar o Palácio do Governo,<br />
popularmente chamado de Casa de Pizarro, sede e residência<br />
dos governantes peruanos desde 1938. Tem, ainda, o<br />
Palacio Arzobispal, morada do arcebispo de Lima, reconstruída<br />
em 1924 e dona de uma fachada com sacadas em estilo<br />
mourisco, o Convento de Santo Domingo, onde foi fundada,<br />
em 1551, a Universidad Nacional Mayor de San Marcos, a<br />
primeira universidade da América do Sul. Saindo da região<br />
central está o bairro de Pueblo Libre. É onde está o Museu<br />
Larco Herrera, um dos mais importantes da cidade.<br />
Conhecido por seu grande acervo de peças mochica, civilização<br />
pré-incaica que viveu no norte do país, está instalado em um<br />
casarão colonial do século 17 e construído sobre uma pirâmide.<br />
Tem exposição permanente de artefatos de guerra, joias — de<br />
ouro e prata — e cerâmicas, totalizando um acervo com mais<br />
de 45 mil peças. Fundado por Rafael Larco Hoyle (1901-1966), é<br />
conhecido, também, por abrigar a maior coleção de cerâmica<br />
erótica do mundo. São vasos, jarras e outros artefatos com representações<br />
de cenas de sexo explícito. O mais legal é que o<br />
museu proporciona ao visitante a oportunidade de vasculhar o<br />
depósito. Coisa típica de Indiana Jones!<br />
OUTROS DESTINOS — Paracas é um lugar especial e é bom<br />
ficar preparado para ser surpreendido. Está na costa sul do<br />
Peru, a 250 km da capital. São cerca de quatro horas de viagem.<br />
Apesar de manter as características de uma vila de<br />
pescadores, existem ótimas opções de hotéis — como o<br />
excelente Aranwa Paracas Resort & Spa — para os viajantes.<br />
Para explorar a região, tire a parte da manhã para conhecer<br />
as Ilhas Ballestas. É preciso reservar uma lancha no pequeno<br />
porto. Só não esqueça dos itens essenciais: protetor solar,<br />
óculos de sol, capa de chuva ou um chapéu.<br />
Ao avançar mar adentro, as surpresas começam a surgir. A primeira<br />
delas: o Candelabro, um impressionante desenho esculpido<br />
sobre uma duna de areia na Baía de Paracas. Para alguns, o<br />
geoglifo — que tem aproximadamente 180 m de comprimento<br />
e uns 60 cm de profundidade — mais parece um cacto, para<br />
outros, um castiçal ou até mesmo um tridente… É ver para crer!<br />
Mais adiante, outras surpresas: um arquipélago de formações<br />
rochosas impressionantes, onde habitam inúmeros animais.<br />
São focas, leões-marinhos, lontras, pinguins de Humboldt (sim,<br />
aqueles do filme Happy Feet), golfinhos, tartarugas marinhas<br />
e mais de 200 espécies de aves, entre elas pelicanos, atobás e<br />
gaivotas. Todos vivendo em perfeita harmonia nesse verdadeiro<br />
santuário. Como o local pertence a uma área de proteção ambiental<br />
nacional, apenas podem ser acessadas por pesquisadores<br />
e coletores de guano (coco das aves), que, de tempos em<br />
tempos é retirado e usado como fertilizante.<br />
Na parte da tarde, aventure-se pelo deserto<br />
de Paracas. Para os desavisados,<br />
Paracas, em quéchua, dialeto oficial dos<br />
incas, significa “chuva de areia”. Diversas<br />
agências garantem passeios pelas dunas<br />
com veículos 4x4 ou buggy. É diversão<br />
garantida e tudo começa ao responder<br />
à questão feita pelo piloto: “com ou sem<br />
emoção?”. Pronto! O veículo arranca<br />
rumo ao interior do deserto, na velocidade<br />
máxima, e a sensação é a de participar<br />
de um rally, seu coração vai a mil...<br />
Depois de tantas emoções, é hora de<br />
sentar nas areias e curtir o magnífico pôr<br />
do sol. Coisa de cinema!<br />
A pedida para o dia seguinte é conhecer<br />
as Linhas de Nasca. São enormes<br />
desenhos feitos no deserto pelo povo<br />
de Nasca, civilização pré-incaica que<br />
viveu na região sul do Peru por mais<br />
de 800 anos até sumir em 600 d.C. Para<br />
apreciar as intrigantes gravuras, é preciso<br />
seguir até o aeroporto da cidade<br />
de Pisco. Sim, a única maneira de ver as<br />
figuras é em pequenos aviões. É aconselhável<br />
não ingerir alimentos antes de<br />
partir, uma vez que o piloto faz incríveis<br />
“acrobacias” para que todos os passageiros<br />
vejam os desenhos no solo.<br />
Descoberta em 1927 por pilotos de uma<br />
companhia aérea peruana começou a<br />
fazer a rota Lima-Arequipa, os enigmáticos<br />
desenhos estão espalhados por<br />
uma área de 500 km² no deserto de Ica.<br />
São mais de 13 mil traços que formam<br />
centenas de figuras geométricas, como<br />
triângulos e quadrados, e outras de animais,<br />
como baleia, macaco, aranha e<br />
colibri. O que isso tudo significa? Bem,<br />
a teoria mais aceita é de que as linhas<br />
apontavam para um gigantesco sistema<br />
subterrâneo de água, outros afirmam<br />
que os desenhos formam um calendário<br />
astronômico. Sem dúvida, é um dos<br />
grandes mistérios da humanidade.<br />
OUTRAS PAISAGENS — A cosmopolita<br />
Cusco está a 60 minutos de avião<br />
de Lima. Pedaço vivo da história antiga,<br />
foi a capital do Império Inca e é<br />
considerada Patrimônio Cultural da<br />
Humanidade. Com voos que partem<br />
a todo instante, o local fica encravado<br />
a 3.400 metros de altitude na região<br />
dos Andes. Mas lembre-se: por estar<br />
nas cordilheiras, talvez você sinta o<br />
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turismo<br />
REVISTA VERSATILLE<br />
que ganhou fama como Mal da Altitude<br />
ou Mal da Montanha. Isso pode<br />
acontecer, inclusive, no Vale Sagrado,<br />
que está a “apenas” 2.700 m acima do<br />
nível do mar. É comum sentir dor de<br />
cabeça, falta de ar ou enjoo.<br />
A dica é caminhar devagar até seu organismo<br />
se adaptar. Importante dizer que,<br />
caso haja necessidade, os hotéis estão<br />
equipados com oxigênio. Outro macete<br />
é mascar folha de coca ou tomar<br />
chá da planta para amenizar os efeitos<br />
do “soroche”, como os locais costumam<br />
chamar o Mal da Montanha. Afinal, “hoja<br />
de coca no es droga”, dizem por aquelas<br />
bandas. Sim, a folha de coca tem efeito<br />
apenas terapêutico e, ainda hoje, é usada<br />
em oferendas de agradecimentos a<br />
“Pacha Mama”, a Mãe Terra.<br />
Cusco, que em quéchua significa “Umbigo<br />
do Mundo”, tem baladas por toda<br />
a noite, história e passeios incríveis<br />
por sítios arqueológicos como os de<br />
Pisac, Urubamba e Ollantaytambo. É,<br />
também, a porta de entrada para Machu<br />
Picchu. Durante a locomoção entre<br />
uma e outra ruína, aproveite para<br />
experimentar a gastronomia local e<br />
iguarias como a carne de alpaca (prima<br />
distante da lhama) e o cuy (espécie de<br />
porquinho-da-índia). Para beber, peça<br />
uma cerveja cusqueña ou uma chicha<br />
morada — bebida com ou sem<br />
álcool feita de milho roxo. As típicas<br />
Inca Kola (refrigerante com gostinho<br />
de tutti-frutti) e o pisco (aguardente<br />
de uva que surgiu no período colonial)<br />
sempre são ótimas opções.<br />
Outra atração imperdível na região são as<br />
Salinas de Maras, na cidade de Maras, província<br />
de Urubamba, cerca de 40 km de<br />
Cusco. Localizadas a mais de 3.500 metros<br />
de altura, são acessíveis apenas por<br />
uma estrada de terra. Aqui, estão cerca<br />
de quatro mil “poças” ou “piscinas” de sal<br />
cristalizado, originário de fontes de água<br />
subterrâneas. Isso mesmo! Esse local, a<br />
mais de 3 mil metros de altitude, um dia<br />
já foi mar. O próximo passo é a Fortaleza<br />
de Ollantaytambo, que merece atenção<br />
especial por duas razões: é deslumbrante<br />
e é o último estágio antes de se<br />
chegar a Machu Picchu. Trata-se de uma<br />
pequenina cidade, com ruelas e galerias<br />
de escoamento de águas do tempo<br />
dos Incas muito bem preservadas. Na<br />
verdade, o local era um complexo militar,<br />
religioso e agrícola do Império Inca. Vencer<br />
as centenas de degraus é um desafio,<br />
por isso não desanime. Depois de contemplar<br />
o Templo do Sol você saberá que<br />
valeu a pena.<br />
Ao deixar o sítio arqueológico, siga para<br />
a estação de trem Ollantaytambo. O<br />
destino, agora, é o povoado de Águas<br />
Calientes, também conhecido por Machu<br />
Picchu Pueblo. O percurso de trem<br />
margeia o rio Urubamba e rende paisagens<br />
incríveis. Não estranhe quando o<br />
trem parar e algumas pessoas descerem<br />
por volta do quilômetro 80. Esse pessoal<br />
seguirá pela trilha Inca, cerca de 50 km<br />
em quatro dias de caminhada. A viagem<br />
passa rápido e Machu Picchu Pueblo<br />
surge quando você menos esperar. É<br />
aqui onde cores e sotaques de todas as<br />
partes do mundo se encontram.<br />
Após se instalar e descansar, explore as<br />
ruas estreitas, restaurantes e o comércio local.<br />
Machu Picchu será desvendado no dia<br />
seguinte, bem cedinho, pois a quantidade<br />
de visitante só cresce com o avançar das<br />
horas. Os ônibus partem, a todo instante,<br />
já com os primeiros raios de sol. O caminho<br />
é por uma estrada de pedras e, para<br />
subir, é preciso ter os alpaca bilhetes do<br />
ônibus e do santuário. Afinal, são permitidas<br />
visita de 2.500 pessoas por dia. Depois<br />
de uns 30 minutos, o grande momento: a<br />
Cidade Perdida do Incas: Machu Picchu. É,<br />
sem dúvida, o ápice da viagem! Sabe tudo<br />
aquilo que você já ouviu sobre este lugar?<br />
Esqueça, é tudo isso e muito mais...<br />
Situada a cerca de 2,5 mil metros de<br />
altitude, Machu Picchu (ou “Montanha<br />
Velha”, em quéchua) está em<br />
uma área de 35 mil hectares e foi<br />
descoberta, em 1911, pela expedição<br />
do arqueólogo americano Hiram<br />
Bingham. Pesquisadores dizem que<br />
a cidade foi fundada por Pachacutéc,<br />
o primeiro imperador do extinto<br />
Império Inca, com finalidades<br />
agrícolas, residenciais e religiosas.<br />
O Relógio de Sol — todo de pedras<br />
e localizado no ponto mais elevado<br />
da cidade — e a Tumba Real, onde<br />
foram encontrados resto de algumas<br />
múmias, estão entre os pontos mais<br />
misteriosos e encantadores do lugar.<br />
Um cenário mágico, surpreendente e<br />
fascinante... Assim como todo o Peru.<br />
Fotos Divulgação. *O jornalista viajou a convite da CVC e PROMPERÚ<br />
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