ALBERTO ASQUINI - PERFIS DA EMPRESA
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
120 Ruts-so DE DIREITO MERCANTIL - 104 . . TEXTOS CLASSICOS 121<br />
atividade empresarial, isto 8, o patrim&<br />
nio aziendal - mas o complex° de bens<br />
(materials e imaterias, mOveis e<br />
veis, e segundO alguns, tambem os<br />
servicos) quo sio os instmmentos de<br />
que o empresario se vale para exercicio<br />
da sua astividade empresarial. 0<br />
estabelecimento neste sentido, conk se<br />
nom, 6 considered° como uma unidade<br />
ecenOmica, mas ifito juridica (as chamadas<br />
teorias atomisticas da aziendre<br />
pare outros, ao invOs, como universitas<br />
serum*" ou como objeto de direito sui<br />
generis Qom determinados efeiros. 16 A<br />
estas,teonas contra/Me-se: a teoria quo ,<br />
considera o conceito de azienda - como<br />
objoto autOnomo de direito essencialmente<br />
no elementa (beta imaterial) da<br />
organizaciio dos diyersos- instmmentos<br />
da produck e, logo, do aviarnerito,"<br />
Scialoja, Foro it., I893, 1, 1906;13aressi,<br />
Diritti p. 15 1 ; Messineo, /st. § 28<br />
Ascarelli, 1st., p. 41.<br />
r' Neste inesmo sentidd encontramos, na doctrine<br />
brasileira, Barreto Filho, Oscar in<br />
teorta de Estabulecimento Comerciat Sao<br />
Paulo: Max Dmonad: 1969.<br />
en Neste sentido a &china dominate; Vivante,<br />
nett., II, n. 842; Navarrini, Trail., II, n.<br />
1418; Coviello, Manuale, p. 259; Rocco,<br />
Principn p. 275; Itecondi,Diritto Indusuiale,<br />
29.<br />
ou Neste sentido Fenaza, Trattato Dir. Civ.<br />
170, considera a azienda como organizacao<br />
de coisas au instituicao (aderentc Valeri,<br />
nesta revista, 1928, II, p. 108); Casanova,<br />
Studi so/Fez/coda, p. 105, considera o<br />
, estebeleeimento coma ; ems. conexao de<br />
bens corn destinacio complement/sr;<br />
Barbera, Le university palrimoniali, n. 103,<br />
ve no estabelecimento an particular modo<br />
de considerar os hens que o acompanham<br />
con/ paniculares efeitos; Camelutti, Le<br />
Nuove Posizioni, p. 62, perece considetar<br />
o estabelecimentd como tuna sIntese sui<br />
genesis de duas universitates serum et<br />
personarum.<br />
(27, (say, Des Recht Untemelrans, p. 10. 21,<br />
Disko, Lehrtiuch, p. 56; Muller - Basch.<br />
Demsches Handelarecht, I, p. 72; Thaller<br />
- Perttrou, Trait. I, n. 59 a s.<br />
11. Nakao do Codigo<br />
Nilo pretend°, aqui, tomar Post* a<br />
respeito deltas diversas *ries, do ponto<br />
de vista dogmatico. Limito-me a seeker<br />
quo a nogfio de estabelecimento, dada<br />
polo c6digo, "complexo de bens organizados<br />
pelo empresitrio pare a exercicio<br />
da empaese (art. 2555) considera<br />
e-ertamente a azienda como res. Porem<br />
e verdade qbe sob o titulo "da azienda"<br />
on outras disposicOes (ex. art. 2112)<br />
*iv nks da somente ..a discipline<br />
do 'estabelecimento, cone della* no_<br />
art. 2555, Snits da daralkm, sob certos<br />
-aSpectos, a disciplina do nadir/18Mo<br />
aziendal, como complexo de relagOes<br />
juridicas, de que -se vale o emprekirio,<br />
no exercicio da sua atividade empreSitrial.<br />
Os dois *cellos de patrimdnio<br />
aziendal (cUmplexo de relocates juridi- -<br />
cos) e de azienda res (complexo de<br />
bens) resultam, portanto, consagrados<br />
polo novo cOdigo. Poder-se-i discutir sc<br />
estabelecimento, como complexo de<br />
bens, SOgstndo . o novo therm°, -mtegra- -<br />
sh rm conceito de "iteiversalidade de<br />
mOveis", como definida no art. 816, ou<br />
seja, urn objeto do direitos sui generis,<br />
e, neste ultimo cam: se o .seu Miele°<br />
essential nä° e, verdadeiramente, o<br />
elemento imaterial, constituido pela<br />
organize* e pelo aviamento (neste<br />
sentido, no texto da exposick ministerial<br />
foi, oportunamente, suprimida a<br />
qualified* de aziendefcomo universitas<br />
rerum),-Podera, outrossim, ser discutido<br />
se o Mte -6- disciplinado peld ,código<br />
como parrimOnio aziendal posse, por<br />
sue vez, ser circunscrito a terms efeitos<br />
como objeto autenomo de direito&, ponto<br />
de vista nä° novo da doutrina (vide<br />
Fadda a Bensa, loc. cit.), ao qual,<br />
substancjalmente, retorna Santoro-.<br />
passarelli, ao configurar a azienda cored<br />
centre de interligarnento - ou conex8es de<br />
- relocates juridicas. 21 Mas- nio ha divide<br />
que, sobre a base do cOdigo, a distincio<br />
ji feita pela doutrina precedente, entre<br />
o conceito de parrim8nio aziendal e de<br />
azienda em sentido estrito, canoed/a<br />
todo b seu valor. De resto a distincio<br />
corresponde a realidade das coisas, a<br />
qual ensina quo nas diversas re/acOes<br />
• juridicas (de gestic), de transferencia<br />
etc.) pode ser deduzidi seja a azienda<br />
como res, seja a azienda coma patrimitnio<br />
aziendal (compreendidos, portanto,<br />
os &biros). A discipline dada pelts,<br />
didigri no dtulp VII do libro del lavoro<br />
tern por objetivo so este colocacão: que<br />
o' cedigo considera notmalrnento implfcito<br />
na transferincia do estabelecimento<br />
como res tambem a transfertncia, em<br />
certos limites, do patrimOnio aziendal;<br />
porêm o *lig° deixa, em Nitwit° a<br />
. • .<br />
no Santoro, Passarelli, op. 'cit., p. 14, 15. A<br />
novidade da rose de Santoro Passarelli<br />
_ estaria neste sentidth que a que ale charm<br />
"centro de referenda de relathes juridicas"<br />
se acharia em uma zone intennediaria entre<br />
o pure Objets, e o porn sujeito de direito<br />
(n. 15): E isto porque corp o conceito de<br />
patrimOnio e de smoothes, ma tituteridade<br />
do patrimOnio nao se cap/to/de a permanencea<br />
da proposta, de aceitacae,Ao man-<br />
'dem de representatho, malgrado a mudence<br />
da pessoa do empreserio. e nao . se<br />
explicaria tambem qual seja o born tattled°<br />
pets Ipi na represtho a concorrencia desleal.<br />
Sio dots argumentos que ponce provam.<br />
A sucessao na proposta, na aceitecao, no<br />
mandato, na represent/do, ji admitida per<br />
muitas legislactths estrangeiras comb prindojo<br />
gent; independentemente de qualquer<br />
referencia ao estabelecimento, foi sempre<br />
justificada tambem per nes (Bonfante, Le<br />
sticessione !mil& proniessa, nesta- revista,<br />
1927, 1, I), operand° core o conceito de<br />
sueessão no petrinthnio. A repressio<br />
concom3ncie desleal, por auto lado, tutele<br />
a organizatho e o aviamento do estabelecimento,<br />
que a doutrina mais modern<br />
sobre a azienda (aut. cit. note 26) constdera<br />
como o nficleo essential do estabelecimento,<br />
antenna° beta /material objeto de direito.<br />
_<br />
matiria, a autonomia privada, as mais<br />
amplas margens de liberdade.<br />
Todavia, intreduzido no cedigo<br />
nomen turfs de estabelecimento, para<br />
designer o fenemeno econOmico de<br />
empresa Sob o peril' objetivo, este<br />
noinem hurls vincula o interprete. a ilk<br />
user em sentido juridico a palavra "empresa'<br />
no significado que o c6digo di<br />
a palavra "estabelecimento"; niesmo<br />
porque a titularidade do direito sobre o<br />
estabelecimento, conquanto nermalmento<br />
pedencente ao empresdrio, , node separaose<br />
do einpresirio, cbmo no caso de<br />
usufruto e de aluguel do estabelecimenem<br />
que o emprestio - aquele que<br />
exercita a atividado empresarial O o<br />
usufrutuirio, ou o arrendatido„ ainda<br />
quo conservando, o nu-propriethrio e o<br />
locador, a titularidade do prOprio direito<br />
sobre o gstabelecimento. Neste sentido<br />
nio podemos seguir Mossa, quo usa a<br />
palavra empress ou estabelecimento<br />
come sintinimos."<br />
Menos ainda podemos seguir Santoro<br />
Passarelli, que considera a empresa como •<br />
uma particular specietdo genui estabelecimedto,<br />
no sentido que azienda refere-se<br />
a qualquer organize* econOmica<br />
(azienda domestica, azienda de pequeno<br />
empresirio, azienda profissional do nitsempresirio)<br />
e- a empresa se refere, ao<br />
truths, somente a organize* econOmico<br />
do empresório ordinitrio, isto 6, seria<br />
o estabelecimentd do medic e grande<br />
empresirio." A terminologia adotada<br />
49 Mossa, Trento, I, n. 387 e s.<br />
Iwl Santoro-Passarelli, op. cit., n. 9. C.<br />
Messjneo, Into 29; La Lumia, Tray, n.<br />
150. A distinthe entre estabelecimento a<br />
empresa correspenderie a distineao que se<br />
In ne literature genninies entre Betrieb e,<br />
Unternehmen. Parer, segunda a (amino-<br />
Nina gertnantea, os conceitos de Betrieb e<br />
de Untentehmen nao diferem por razAo de '<br />
dimensiks. etas estio em dois planes diversos.<br />
Betrieb e a organize* produtiva<br />
em selatho aos Sous fins titmice% (um