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22 Cotidiano<br />
Foz do Iguaçu, segunda-feira, 15 de maio de 2017<br />
Muito além das medalhas<br />
Estudantes de todo país<br />
podem se inscrever em<br />
diferentes modalidades<br />
ofertadas na Unicamp<br />
Omês de maio marca abertura de inscrições<br />
ou realização das primeiras<br />
etapas de provas das chamadas<br />
Olimpíadas do Conhecimento. Nesta<br />
época, milhares de alunos de todo o país já<br />
estão concorrendo na Olimpíada Brasileira de<br />
Informática (OBI) e de História do Brasil<br />
(ONHB). Mas ainda dá tempo de alunos de ensino<br />
fundamental, médio e técnico fazerem inscrições<br />
na Olimpíada Brasileira de Robótica<br />
(OBR) e na Olimpíada de Matemática da Unicamp<br />
(OMU), essa última regional e dissociada<br />
das iniciativas nacionais. A coordenação da<br />
Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG), a<br />
mais recente (com apenas dois anos), também é<br />
da Unicamp, com apoio de instituições parceiras.<br />
A competição está em fase de reestruturação<br />
para 2017.<br />
Com ou sem apoios de editais públicos (geralmente,<br />
Ministério da Ciência e Tecnologia<br />
(MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério<br />
da Educação), as olimpíadas agitam o cotidiano<br />
de escolas públicas e privadas de todo o Brasil<br />
desde 1978. Os modelos variam conforme as<br />
áreas do conhecimento, instituições realizadoras<br />
e objetivos, que passam pelo estímulo à<br />
aprendizagem por livre-escolha, identificação<br />
de jovens talentos, formação de professores de<br />
ensino básico e preparação de competidores em<br />
nível internacional.<br />
Para o professor Marcelo Firer, do Imecc<br />
(Instituto de Matemática, Estatística e Computação<br />
Científica), também especialista em olimpíadas<br />
científicas e membro da comissão da<br />
OMU, "os alunos aprendem de forma espontânea<br />
e por isso aprendem mais, assim como os<br />
professores, que têm a tarefa de ajudar os competidores<br />
na preparação", destaca. De acordo<br />
com Roberto Greco, do Instituto de Geociências,<br />
é preciso cautela na dose de competição no<br />
Brasil. "As iniciativas europeias têm um estímulo<br />
menor à disputa se comparadas com as<br />
olimpíadas brasileiras. Aqui observo um apelo<br />
maior das escolas em utilizar<br />
as olimpíadas como treinos<br />
para o vestibular e até um interesse<br />
mercadológico", observa<br />
o coordenador da Olimpíada<br />
de Geografia.<br />
Olimpíada de<br />
História do Brasil<br />
forma professores<br />
Lançada em 2009, a Olimpíada<br />
Nacional em História do<br />
Brasil inova no estudo da disciplina<br />
e forma professores ao<br />
longo dos quatro meses de seleção.<br />
São cinco fases online realizadas<br />
em equipes e que demandam<br />
estudo simultâneo à<br />
realização. As melhores notas<br />
são chamadas para um teste<br />
dissertativo presencial e, no dia seguinte, participam<br />
de uma cerimônia festiva de premiação. Na ocasião,<br />
geralmente em agosto, os professores que acompanham<br />
as equipes aproveitam para atualizar conhecimentos<br />
e utilizá-los em sala de aula. Já passaram por eles temas<br />
como História da África, História Indígena, Ditadura<br />
Militar, entre outros.<br />
IC e Cotuca na divulgação da Robótica<br />
Com mais de dez anos de realização e gratuita, a<br />
OBR se divide em duas modalidades: prática e teórica,<br />
esta última coordenada atualmente pela professora<br />
Cintia Aihara, do Cotuca (ColégioTécnico da Unicamp).<br />
Em 2016, essa etapa teve mais de 110 mil participantes,<br />
atingindo mais de 50% dos municípios do Brasil. Já<br />
a modalidade prática consiste em um desafio em que<br />
os robôs, construídos pelos jovens, entram em cena para<br />
resolvê-lo. Na edição de 2017, há novidades, como criação<br />
de diário, blog ou página no Facebook para relatar<br />
e discutir projetos, além da integração com a Mostra<br />
Nacional de Robótica (MNR) em nível regional e<br />
estadual.<br />
Matemática é a primeira da Unicamp<br />
Desprovida de financiamento externo, sem a pretensão<br />
de preparar alunos para medalhas mundiais,<br />
considerada de grau de dificuldade intermediário mas<br />
possível de ser realizada por todos os estudantes. Assim<br />
é a Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU),<br />
a mais antiga da universidade, criada em 1985 pelo<br />
professor Antônio Carlos do Patrocínio, do Departamento<br />
de Matemática.<br />
De cunho regional (o nome original dela até 1995<br />
era Olimpíada Regional de Matemática da<br />
Unicamp), a competição foca o desenvolvimento<br />
e formação matemática daqueles alunos que<br />
querem dedicar esforços em uma atividade que<br />
pode ser árdua mas recompensadora: resolver<br />
problemas desafiadores com técnica e criatividade.<br />
Organizada em dois níveis: Alfa, para<br />
alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental e<br />
Beta, para alunos do ensino médio, a prova é<br />
realizada na escola e corrigida pelo professor<br />
da turma, seguidas de duas fases presenciais,<br />
realizadas na Unicamp.<br />
Informática foca em<br />
competições internacionais<br />
Já a Olimpíada Brasileira de Informática<br />
nasceu como preparatória para a Olimpíada<br />
Internacional de Informática, a partir de um<br />
convite da Sociedade Brasileira de Computação<br />
em 1998. Com vistas a descobrir talentos<br />
na área, alguns com apenas 11 anos de idade, e<br />
divulgar conteúdos que raramente estão nos<br />
currículos oficiais das escolas, a OBI cresce de<br />
10% a 20% anualmente. Em 2016, foram 45<br />
mil inscritos.<br />
As provas diferem de acordo com a faixa<br />
etária e nível de conhecimento dos alunos. Os<br />
mais novos respondem conceitos de lógica, enquanto<br />
os mais experientes são desafiados na<br />
modelagem e resolução de problemas a partir<br />
de conhecimentos de programação. Ao final,<br />
os que se destacam ganham curso específico<br />
no Instituto de Computação por uma semana.<br />
Inscrições para o Enem 2017 estão abertas até sexta<br />
JR<br />
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)<br />
2017 está com inscrições abertas até o dia 19 de<br />
maio. A nota do exame é critério de seleção<br />
para os 29 cursos de graduação da Universidade<br />
Federal da Integração Latino-Americana<br />
(UNILA), cujo processo seletivo será realizado<br />
no início de 2018.<br />
Para este ano, o Instituto Nacional de Estudos<br />
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira<br />
(Inep) fez diversas modificações no edital, ao<br />
qual os candidatos precisam ficar atentos.<br />
Uma das principais mudanças é que, em<br />
2017, o Enem passa a ocorrer em dois domin-<br />
gos consecutivos - dias 5 e 12 de novembro. A redação<br />
será aplicada no primeiro dia, 5 de novembro, juntamente<br />
com a prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias<br />
e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Com<br />
isso, o primeiro dia passa a ter maior duração: 5 horas<br />
e 30 minutos. No segundo dia, 12 de novembro, serão<br />
aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias<br />
e Matemática e suas Tecnologias, com 4 horas<br />
e 30 minutos de duração.<br />
Outra novidade para este ano é que os estudantes<br />
poderão optar por inscrever-se usando o nome social.<br />
Também começa a ser oferecido um novo recurso de<br />
acessibilidade: os participantes surdos ou deficientes<br />
auditivos poderão participar de aplicação experimental<br />
de um dispositivo em vídeo contendo<br />
questões traduzidas em Língua Brasileira<br />
de Sinais (Libras).<br />
Inscrições<br />
As inscrições devem ser feitas pelo site do<br />
Inep (enem.inep.gov.br). A taxa de inscrição<br />
é de R$ 82. São isentos os estudantes de escolas<br />
públicas concluintes do ensino médio em<br />
2017, participantes carentes e estudantes que<br />
se enquadrarem nas exigências da Lei nº<br />
12.799/2013.