Revista: Transtornos Mentais
Com o intuito de ajudar pessoas que passam pelos mesmos transtornos que eu ou que conheçam alguém com o mesmo, essa revista passa para o leitor uma noção de como é ser portador desses transtornos e como se pode ajudar pessoas com o mesmo.
Com o intuito de ajudar pessoas que passam pelos mesmos transtornos que eu ou que conheçam alguém com o mesmo, essa revista passa para o leitor uma noção de como é ser portador desses transtornos e como se pode ajudar pessoas com o mesmo.
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<strong>Transtornos</strong> <strong>Mentais</strong><br />
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O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline é baseado através<br />
de uma minuciosa avaliação psiquiátrica feita por profissional de saúde<br />
mental qualificado. Muitos profissionais envolvem o paciente no seu próprio<br />
diagnóstico na medida em que vão mostrando a ele os critérios diagnósticos e<br />
perguntando quais deles os definem plenamente. Este método ajuda o paciente<br />
a aceitar melhor o diagnóstico.<br />
Entretanto, há profissionais que preferem não dizer ao paciente o diagnóstico<br />
por conta do estigma e também porque antigamente o diagnóstico de Transtorno<br />
de Personalidade Borderline era tido como intratável.<br />
De modo geral, falar com o paciente<br />
sobre o diagnóstico é a conduta<br />
preferível para a maioria dos<br />
especialistas. Questões que precisam<br />
ser perguntadas são sobre ideações<br />
suicidas, atos autolesivos e<br />
pensamentos sobre machucar os<br />
outros. O diagnóstico é clínico,<br />
baseado no relato do paciente e nas<br />
observações do médico.<br />
É importante lembrar que hoje, o diagnóstico de TBP é feito pela presença de<br />
uma coleção de traços e não por um critério isolado. Assim, merece ser<br />
destacado no diagnóstico o esforço desesperado que o portador do transtorno<br />
faz para evitar o abandono real ou imaginário e a gravidade das alterações das<br />
relações interpessoais, na família, escola, trabalho e lazer e, posteriormente,<br />
também com os profissionais que se aproximam para oferecer tratamentos.<br />
Mas todo o cuidado é pouco. O psiquiatra que se baseia somente nos<br />
sintomas do DSM pode errar. E além do diagnóstico ser às vezes difícil, o<br />
psiquiatra precisa saber lidar com o paciente.<br />
O tratamento inicial do Transtorno de<br />
Personalidade Borderline é a<br />
psicoterapia. Ela ajudará o paciente a<br />
controlar melhor seus impulsos e<br />
entender seu comportamento. Nesse<br />
caso, o tratamento foca principalmente<br />
as questões do suicídio e da<br />
automutilação, além do aprendizado de<br />
novas habilidades, como consciência,<br />
eficácia interpessoal, cooperação<br />
adaptativa nas decepções e crises e na<br />
correta identificação e regulação de<br />
reações emocionais.