Revista: Transtornos Mentais
Com o intuito de ajudar pessoas que passam pelos mesmos transtornos que eu ou que conheçam alguém com o mesmo, essa revista passa para o leitor uma noção de como é ser portador desses transtornos e como se pode ajudar pessoas com o mesmo.
Com o intuito de ajudar pessoas que passam pelos mesmos transtornos que eu ou que conheçam alguém com o mesmo, essa revista passa para o leitor uma noção de como é ser portador desses transtornos e como se pode ajudar pessoas com o mesmo.
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24 <strong>Transtornos</strong> <strong>Mentais</strong> DÚVIDAS<br />
- As pessoas que sofrem de transtornos mentais não irão nunca<br />
se recuperar?<br />
As doenças mentais devem ser encaradas do mesmo modo como se olha<br />
para as doenças físicas. Tal como um câncer e as doenças de coração, sabe-se<br />
que muitas doenças mentais têm causas definidas, requerendo cuidados e<br />
tratamento. Quando os cuidados e o tratamento são prestados, é de esperar<br />
uma melhoria ou recuperação, permitindo às pessoas regressarem à<br />
comunidade e retomarem vidas estabilizadas. Infelizmente, os preconceitos<br />
impedem que as pessoas, uma vez recuperadas das doenças mentais,<br />
consigam dar os passos para reingressar na vida profissional, familiar e social,<br />
com total plenitude. Este obstáculo, vem bloquear os esforços que permitiriam<br />
que as suas vidas seguissem cursos tão normais e produtivos quanto possível.<br />
- As pessoas com doenças mentais são violentas e perigosas<br />
para a sociedade?<br />
Essas pessoas apresentam tantos riscos de crime como os outros elementos<br />
da população em geral. Depois de recuperados e de regresso à comunidade,<br />
estes doentes têm maior tendência para se mostrarem ansiosos, tímidos e<br />
passivos, mais sujeitos a serem vítimas de crimes violentos, do que autores dos<br />
mesmos.<br />
Uma pessoa que tenha tido acompanhamento psiquiátrico, mas sem passado<br />
criminal, tem menos probabilidades de vir a ser preso do que a média dos<br />
cidadãos.<br />
- O que fazer quando o portador não aceita o tratamento?<br />
A aceitação do tratamento não é algo tão simples como pode parecer à<br />
primeira vista. Aderir a um tratamento significa entrar em concordância com a<br />
conduta proposta pelo médico e equipe terapêutica.<br />
Para que isso aconteça, é necessário que a pessoa doente tenha:<br />
Capacidade de se perceber doente, Aceitação do diagnóstico, Informação sobre<br />
o transtorno e seu tratamento, Aliança terapêutica, Psicoterapia e grupos de<br />
autoajuda, Apoio da família e amigos.<br />
Bem, mas saber de tudo isso muitas vezes não é suficiente para garantir que<br />
um portador aceite fazer um tratamento para por exemplo, um transtorno do<br />
humor e, não raro, sequer aceita fazer uma consulta com um psiquiatra para<br />
ouvir uma opinião. Se o portador se encontra numa atitude de recusa do<br />
tratamento, é o momento de a família tomar a dianteira e procurar sensibilizar o<br />
doente a aceitar ir a uma consulta.