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GAZETA DIARIO 315

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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 26 de junho de 2017 Cidade 07<br />

QUEBRA DE JEJUM<br />

Ramadã encerra com show de luzes<br />

e café da manhã para quebrar o jejum<br />

Palavra mais ouvida no período foi integração; Foz é apresentada como exemplo para o mundo<br />

Jackson Lima<br />

Reportagem<br />

O mês sagrado do ramadã,<br />

que incluiu jejum<br />

diário desde o dia 27 de<br />

maio, foi encerrado no<br />

pôr do sol deste sábado<br />

(24). Para fechar o período<br />

neste ano de 1438 do<br />

calendário muçulmano, a<br />

Mesquita Omar Ibn Al<br />

Khattab ganhou uma<br />

projeção especial de imagens<br />

pela tecnologia do<br />

video mapping.<br />

Durante todo o mês,<br />

a projeção ocorreu diariamente<br />

a partir das 9h.<br />

No último, dia o show<br />

ganhou projeção com<br />

imagens extras de queima<br />

de fogos. Era o começo<br />

da festa que continuou<br />

na manhã deste<br />

domingo (25) com o tradicional<br />

café da manhã<br />

da quebra de jejum.<br />

De acordo com Faisal<br />

Mahmoud Ismail, membro<br />

da comunidade e presidente<br />

do Conselho Superior<br />

Deliberativo da<br />

ACIFI, mais de três mil<br />

pessoas participaram do<br />

café da manhã na mesquita,<br />

localizada na Rua<br />

Meca, Polo Centro. O<br />

mesmo número participou<br />

da festa de despedida<br />

do ramadã na Mesquita<br />

Husseinya, na Avenida<br />

José Maria de Brito,<br />

no bairro vizinho, onde<br />

na última quinta-feira<br />

Café da manhã oferecido na Mesquita<br />

Omar Ibn Al-Khattab<br />

ocorreu um jantar de encerramento<br />

do mês sagrado<br />

e confraternização<br />

com autoridades civis, religiosas<br />

e representantes<br />

de outras comunidades<br />

de Foz do Iguaçu.<br />

Para Ismail, a experiência<br />

do período, mais<br />

uma vez, foi restauradora<br />

e lembrou que o jejum<br />

é muito importante. "O<br />

jejum foi celebrado por todos<br />

os profetas; assim é<br />

bom praticá-lo." Ele destacou<br />

ainda que um diferencial<br />

deste ano foi a<br />

coleta de doações para<br />

cerca de 40 famílias refugiadas<br />

sírias que foram<br />

acolhidas pelo Brasil e<br />

escolheram morar em Foz<br />

do Iguaçu.<br />

O xeique Abdo Nasser<br />

Elkhatib reafirmou a importância<br />

do mês.<br />

"Este mês foi considerado<br />

uma grande escola. Foi<br />

um curso maravilhoso,<br />

uma educação de como o<br />

ser humano pode controlar<br />

seus prazeres, para<br />

servir os outros, para servir<br />

a humanidade", contou.<br />

Sobre a comunidade<br />

em Foz, disse que ela está<br />

cada vez mais unida, trabalhando<br />

e tornando-se<br />

cada vez mais parte da comunidade<br />

maior que é Foz<br />

do Iguaçu.<br />

"A comunidade está<br />

contribuindo com profissionais<br />

de todas as áreas,<br />

como engenheiros, arquitetos,<br />

professores, médicos<br />

que trabalham pela<br />

saúde na cidade." Ele ressaltou<br />

também que uma<br />

prova desse trabalho é o<br />

projeto do futuro colégio<br />

do Centro Cultural Beneficente<br />

Islâmico (CCBI),<br />

que ocupará parte do terreno<br />

onde está localizada<br />

a mesquita.<br />

À frente do projeto da<br />

escola, o presidente do<br />

CCBI, Mohamed Beha<br />

Rahal, disse que durante<br />

o ramadã a concentração<br />

de toda a diretoria e da<br />

comunidade foi com o<br />

período sagrado. "Mas<br />

agora que o mês terminou,<br />

já nesta semana<br />

vamos retomar os trabalhos",<br />

informou, referindo-se<br />

ao processo burocrático<br />

e técnico para o<br />

início das obras do novo<br />

colégio.<br />

Para o diretor de Assuntos<br />

Internacionais da<br />

Secretaria de Turismo,<br />

Jihad Abu Ali, a festa foi<br />

um momento de integração,<br />

pois esteve aberta a<br />

toda a comunidade de<br />

Foz, tanto muçulmana<br />

quanto cristã, budista ou<br />

outra. "Essa integração<br />

da comunidade entre<br />

membros de mais de 70<br />

etnias mostra que Foz é<br />

diferente para melhor. É<br />

um exemplo para o mundo",<br />

declarou.<br />

Ao lado de Jihad Ali,<br />

o xeique auxiliar Atiqur<br />

Rahman Asari concordava<br />

com a vocação de Foz<br />

do Iguaçu para a integração<br />

de diferentes povos.<br />

Atiqur Asari é da Índia.<br />

Formado em teologia na<br />

Arábia Saudita, atuou<br />

como xeique no Paraguai<br />

por mais de 17 anos. Há<br />

Fotos: Roger Meireles<br />

Show de video mapping ganhou iluminação<br />

extra no último dia do mês<br />

três anos está em Foz do<br />

Iguaçu. "Quando o xeique<br />

Abdo viaja, eu posso<br />

ficar no lugar dele", explicou<br />

Asari. Além de atuar<br />

na área religiosa, o<br />

indiano também dá aulas<br />

de árabe. "Eu tenho uma<br />

sala aqui onde dou aula<br />

de árabe", confirmou o<br />

indiano já integrado à<br />

fronteira.<br />

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