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REIVAX 30 anos

Livro comemorativo de 30 anos da empresa REIVAX: Há 30 anos controlando energia e gerando desenvolvimento.

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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />

A Vaquinha Leiteira<br />

Em 1988, os conceitos básicos que formariam o nosso estabilizador de<br />

sistemas de potência (PSS no jargão americano) já estavam definidos,<br />

conforme o artigo que apresentamos no IFAC em 1985, com a estrutura<br />

baseada na potência acelerante (seguindo esquema proposto pelos<br />

canadenses da Ontario Hydro) e no filtro rastreador de rampa. Esta última idéia<br />

surgira numa conversa em minha casa, quando conseguira definir o problema<br />

que os estabilizadores enfrentavam com os distúrbios da geração e o Nelson<br />

Zeni, como bom professor de controle, respondeu na hora com o projeto da<br />

primeira estrutura do filtro. Os sinais de entrada do nosso PSS, potência elétrica<br />

(P) e rotação (w), mais o x da <strong>REIVAX</strong> definiram o nome PWX para o produto.<br />

Naquele ano, o Paulo Marcos, que já passara pela ELETRONORTE (como<br />

consultor da Engevix) estava na CEMIG, e tal como um agente infiltrado, fazia a<br />

cabeça da turma com os novos conceitos de controle. O Hélio Valgas,<br />

engenheiro da Operação da CEMIG, decidiu comprar a idéia e se tornou o<br />

primeiro de um tipo de cliente especial que a seguir viríamos a cultivar com<br />

sucesso: o cliente comprometido com a solução.<br />

Desejosos de dar um desenho industrial ao nosso PWX, contratamos os<br />

serviços de um laboratório especializado. A dupla de projetistas que nos<br />

atendeu, que chamávamos de Antonio Carlos & Jocafe, entregou-nos um<br />

desenho e protótipo de uma radiola, cujo destaque era uma espécie de queixo<br />

que, ao cair, deixava à mostra terminais de teste, como se fossem<br />

dentes cariados.<br />

Como ferramentas de teste, tínhamos as heróicas versões em BASIC do SSD e<br />

do AQX. Para os ensaios de campo, meu sócio Fernando e eu desenvolvemos<br />

nossa primeira placa de aquisição de dados, baseada em conversor de 8 bits e<br />

interface no barramento ISA de um microcomputador. Na época, o micro<br />

utilizado era um Solution, da Prológica, "transportável", com prêmio de design<br />

industrial pelos seus ângulos agudos da carcaça plástica. Nós o chamávamos<br />

de Problution.<br />

Para o recheio da radiola, decidimos fazer um placão de circuito impresso, com<br />

todo o estabilizador aí colocado. O Fred fez o projeto e o Igor quase morreu<br />

brigando com o desenho do circuito impresso. Acertamos com a CEMIG um<br />

ensaio de demonstração do nosso PWX em São Simão.<br />

Primeiro Protótipo<br />

do PWX<br />

Já em São Simão, e após uma noite de insônia, ao energizar na Usina o PWX. Os<br />

testes foram realizados e tudo funcionou perfeito, inclusive o sistema de<br />

aquisição de dados que deixou a turma da CEMIG babando. Decidi mostrar<br />

jogo, e programei no SSD a estrutura do PWX recebendo dados dos<br />

transdutores analógicos através da placa A/D. Creio que foi a única vez que um<br />

Solution viveu tal momento, controlando um gerador de centenas de MW.<br />

Aliás, esse foi um cara muito viajado, pois os trabalhos do RVX10 na CoEmSa,<br />

em Canoas, e a identificação dos modelos dos controladores do parque<br />

térmico de geração de Manaus foram feitos com ele.<br />

A concorrência da CEMIG a seguir foi vencida por nós, e agora, sem a radiola e<br />

com uma estrutura analógica modular em sub-bastidor de 19", fornecemos em<br />

1989 os PWX<strong>30</strong>0 para São Simão e Emborcação, iniciando a longa e vitoriosa<br />

carreira do PWX. Ainda desenvolvemos uma versão analógica, o PWX400, para<br />

a Usina de Segredo, da COPEL, que foi o último e um dos melhores sistemas<br />

analógicos que fornecemos, antes de chegarmos à versão digital, o PWX500,<br />

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