REIVAX 30 anos
Livro comemorativo de 30 anos da empresa REIVAX: Há 30 anos controlando energia e gerando desenvolvimento.
Livro comemorativo de 30 anos da empresa REIVAX: Há 30 anos controlando energia e gerando desenvolvimento.
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<strong>REIVAX</strong><br />
controlando<br />
<strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
energia, gerando<br />
desenvolvimento
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
Há <strong>30</strong> <strong>anos</strong> controlando energia<br />
e gerando desenvolvimento...<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Prefácio<br />
Este livro conta um pouco da trajetória de <strong>30</strong> <strong>anos</strong> de sucesso de<br />
uma empresa de tecnologia que pode ser considerada um<br />
orgulho da engenharia brasileira.<br />
A partir de uma ideia do engenheiro João Marcos Soares, que<br />
logo foi abraçada por seus colegas de Eletrosul, os engenheiros<br />
Frederico Figueiredo e Fernando Pons, acabou ganhando força,<br />
resultando na criação de uma empresa, a <strong>REIVAX</strong> Automação e<br />
Controle em 1987. No ano seguinte se juntou ao grupo outro<br />
ex-colega, o engenheiro Paulo Marcos Paiva, e em 1998 o<br />
engenheiro Nelson Zeni Jr. Todos com grande conhecimento<br />
técnico do controle da geração de energia elétrica.<br />
A <strong>REIVAX</strong> é a demonstração de que, quando se tem um ideal que<br />
irá gerar algo bom e útil, e se luta com muito esforço e dedicação<br />
por esse ideal, se consegue atingir os resultados desejados. Assim<br />
foi feito na <strong>REIVAX</strong>, que começou praticamente sem recursos<br />
financeiros, em uma pequena sala de 40 m², e hoje tem<br />
subsidiárias no exterior, fornecendo produtos e serviços para<br />
diversos países.<br />
Mas antes de ser a história de uma empresa, é a história de<br />
pessoas que empreenderam, de pessoas que trabalharam e<br />
trabalham nesta empresa, de pessoas que acreditaram e<br />
acreditam nesta empresa, como seus inúmeros parceiros,<br />
clientes, fornecedores, consultores, conselheiros, enfim, de<br />
nossos amigos.<br />
Uma empresa de tecnologia que<br />
pode ser considerada um orgulho<br />
da engenharia brasileira.<br />
Uma empresa que vem cumprindo desde sua criação, sua missão,<br />
só declarada oficialmente quando estabeleceu seu sistema da<br />
qualidade (ISO 9001) de aprender e aplicar tecnologia para gerar<br />
soluções em automação e controle.
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Índice<br />
Agradecimentos...............................................................07<br />
Depoimentos dos Diretores...........................................08<br />
Depoimentos de Parceiros.............................................10<br />
História do Controle da Energia....................................13<br />
História do Controle............................................................14<br />
Controle no Sistema Elétrico.............................................15<br />
Controladores Digitais........................................................15<br />
O Controle na Distribuição de Energia Elétrica..............15<br />
O Controle na Transmissão de Energia Elétrica..............15<br />
O Controle na Geração de Energia Elétrica.....................16<br />
<strong>REIVAX</strong> of Switzerland | RoS...........................................41<br />
Quando a memória vira História...................................45<br />
A Vaquinha Leiteira.............................................................46<br />
Aprender e Ensinar..............................................................47<br />
Voo de Helicóptero.............................................................49<br />
Sonho Real............................................................................50<br />
História de Trecheiro...........................................................50<br />
ENDESA.................................................................................51<br />
Em <strong>30</strong> <strong>anos</strong>........................................................................53<br />
Alguns momentos...........................................................57<br />
Controle Primário, Secundário e Terciário.......................16<br />
A Energia Elétrica.................................................................17<br />
A <strong>REIVAX</strong>............................................................................19<br />
Diretrizes Estratégicas....................................................21<br />
Linha do Tempo................................................................23<br />
<strong>REIVAX</strong> North América | RNA..........................................37
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Agradecimentos<br />
Ao longo destes <strong>30</strong> <strong>anos</strong> de existência da <strong>REIVAX</strong>, inúmeras pessoas e<br />
entidades colaboraram de forma significativa para nossa criação,<br />
evolução, sucesso, reconhecimento e continuidade.<br />
Seriam centenas de agradecimentos a fazer e o temos feito de uma<br />
forma ou de outra, ao longo do tempo. Então, colhemos uma amostra<br />
destas pessoas e entidades especiais para enriquecer este livro e declarar<br />
nossos agradecimentos.<br />
Começamos por nossos colaboradores. Os acionistas e diretores têm<br />
muito a agradecer a todos os nossos colaboradores, que fazem a<br />
empresa ser uma entidade viva e vibrante. Seriam algumas centenas de<br />
nomes juntando os atuais e os que não estão mais conosco, assim<br />
sintam-se representados por nosso primeiro colaborador Igor Ferreira<br />
Figueiredo que permanece firme aqui na empresa.<br />
Nosso agradecimento à Fundação CERTI, na pessoa de seu idealizador,<br />
o Professor Carlos Alberto Schneider, que ao também idealizar a<br />
Incubadora Empresarial Tecnológica (IET), nos ajudou muito no<br />
começo de nossa existência. Agradecemos também ao grande apoio<br />
recebido do Tony Chierighini, que na época era gerente da IET, que<br />
depois se transformou no Centro de Laboração de Tecnologias<br />
Avançadas (CELTA).<br />
Somos muito gratos ao Engenheiro João Xavier que, ao se aposentar na<br />
ELETROSUL em 1991, veio trabalhar conosco, contribuindo muito com<br />
sua experiência e carisma na administração da empresa. Tivemos o<br />
privilégio de conviver durante muitos <strong>anos</strong> com ele, um exemplo de<br />
dedicação e de reto caráter.<br />
Agradecemos o excepcional trabalho realizado por nossos primeiros<br />
projetistas, o Engenheiro Álvaro Arioni no desenvolvimento de nossos<br />
primeiros sistemas digitais de controle, tanto em hardware como em<br />
software, e Nilson Figueiredo nos projetos mecânicos e hidráulicos.<br />
Nosso agradecimento às empresas CESP e CEMIG, que acreditaram em<br />
nosso trabalho de qualidade e inovação, permitindo que instalássemos<br />
nossos primeiros sistemas de controle (estabilizadores de sistemas de<br />
potência, reguladores de velocidade e de tensão) em importantes<br />
usinas hidrelétricas.<br />
Agradecemos aos engenheiros Nelson Martins, do CEPEL e Hélio<br />
Valgas, da CEMIG, pelo apoio e divulgação da <strong>REIVAX</strong> junto ao Setor<br />
Elétrico e aos meios acadêmicos, onde fomos parceiros em vários<br />
artigos técnicos em importantes seminários no Brasil e no exterior.<br />
Agradecemos aos nossos sócios Mike Wallin na <strong>REIVAX</strong> North America e<br />
Fariborz Shokoofh, na <strong>REIVAX</strong> of Switzerland, que possibilitaram<br />
de maneira extraordinária a realização do sonho que tínhamos<br />
de poder estender, além da América Latina, nossa atuação aos<br />
mercados mundiais.<br />
Agradecemos aos nossos antigos colaboradores, sócios e conselheiros,<br />
que deixaram aqui neste livro seus depoimentos, enriquecendo<br />
seu conteúdo.<br />
07
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Depoimentos<br />
Diretores<br />
João Marcos Castro Soares<br />
“Quando comecei a <strong>REIVAX</strong> na pequena sala da Incubadora em 1987<br />
já imaginava que faríamos coisas para competir com os melhores no<br />
mundo. Não imaginava é que o Brasil seria um país tão difícil e que<br />
se tornaria hostil ao progresso. Para quem viveu a adolescência<br />
na década mais radical da história, os <strong>anos</strong> 60, e optou pelo<br />
nacionalismo como o menos perigoso dos ‘ismos’ que avançavam<br />
sobre as mentes, esta foi a maior dificuldade: como seguir amando<br />
um país que não ama o seu povo? Independente disso, que<br />
esperamos seja superado em breve, estamos cumprindo a nossa<br />
missão na empresa: aprendendo e aplicando, e ajudando os que<br />
estiveram por aqui a se tornarem bons profissionais e seres<br />
hum<strong>anos</strong>. Muitos outros ainda virão, e que sejam bem vindos!”<br />
Fernando Happel Pons<br />
“É com júbilo que vejo a <strong>REIVAX</strong> completar <strong>30</strong> <strong>anos</strong> de uma existência<br />
em que pudemos desenvolver produtos e serviços com muita<br />
tecnologia e inovação, alcançar mercados mundo afora e,<br />
principalmente, poder gerar empregos e desenvolver pessoas, a<br />
maioria de jovens recém-saídos das escolas e universidades.<br />
Está na cultura da empresa aceitar e vencer desafios,<br />
continuaremos vencedores!”<br />
08
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Paulo Marcos Pinheiro de Paiva<br />
“Sinto-me honrado em ter participado ativamente da construção da história<br />
da <strong>REIVAX</strong>, desde a fase anterior a sua criação, quando foi gestada no âmbito<br />
da ELETROSUL, passando pela fase de estabelecimento e consolidação no<br />
Brasil até o final dos <strong>anos</strong> 90, quando foram vencidos os muitos desafios para<br />
as conquistas tecnológicas e de mercado. Foram conquistas expressivas e<br />
indispensáveis para as campanhas seguintes de expansão pelas Américas e<br />
pelo mundo a fora, como tem acontecido até hoje. Por isto, sinto-me um<br />
verdadeiro desbravador. E junto com os então jovens fundadores João Marcos<br />
e Fernando Pons, nos lançamos neste empreendimento com o peito e a<br />
coragem, deixando de lado a estabilidade de trabalhar em uma empresa<br />
estatal. Simplesmente empreendemos. E este movimento é a razão principal<br />
de estarmos hoje celebrando estes <strong>30</strong> <strong>anos</strong> de história. Ao longo do caminho,<br />
crescemos, aprendemos, ficamos com os cabelos brancos e cruzamos com<br />
muitas pessoas admiráveis, parceiros, clientes e colaboradores, que se<br />
juntaram a nós e contribuíram para todas estas realizações fantásticas.”<br />
Nelson Zeni Junior<br />
“Alcançar <strong>30</strong> <strong>anos</strong> não é simples, principalmente no Brasil, onde<br />
metade das empresas fecha nos primeiros 4 <strong>anos</strong> e 2/3 fecham aos<br />
10 <strong>anos</strong>. Mas sobrevivemos com louvor, principalmente a uma das<br />
crises mais graves do país. Temos muito que comemorar, embora<br />
num cenário econômico ainda caótico. Que continuemos nesta<br />
travessia nos robustecendo ainda mais.”<br />
09
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Depoimentos<br />
Parceiros<br />
No final dos <strong>anos</strong> 70, face aos problemas de estabilidade verificados no sistema<br />
da região Sul, que levavam à propagação das oscilações e consequente<br />
abertura das interligações Sul/Sudeste, com corte de grandes blocos de carga<br />
na região Sul, haja visto que este sistema era normalmente importador de<br />
energia, foi criado no âmbito do Grupo Coordenador para Operação<br />
Interligada - GCOI , da região Sul, um Grupo de Trabalho para realizar ensaios<br />
em campo, no sentido de se dispor de modelos confiáveis para os<br />
controladores das unidades geradoras das principais usinas do sistema Sul, de<br />
forma a permitir o aprimoramento dos estudos de estabilidade<br />
eletromecânica e, assim, definir uma otimização dos parâmetros destes<br />
controladores e conceber outras ações de controle.<br />
Tive o privilégio como representante da ELETROBRÁS, de participar deste GT<br />
que teve a participação de engenheiros da CEEE, da ELETROSUL, da COPEL e da<br />
CESP. Este grupo reunia engenheiros com experiência de estudos e outros com<br />
profundo conhecimento de realização de ensaios em campo. O resultado<br />
deste trabalho foi sem dúvida excepcional. Eu não sabia, mas acredito que<br />
neste período nasceu o embrião da <strong>REIVAX</strong>.<br />
Nelson Zeni, João Marcos, Fernando Pons, Paulo Marcos sonhavam em<br />
construir algo que pudesse contribuir para a melhoria do desempenho<br />
dinâmico do sistema brasileiro. No final dos <strong>anos</strong> 80, criaram a <strong>REIVAX</strong>. Com o<br />
passar dos <strong>anos</strong>, a <strong>REIVAX</strong> evoluiu, cresceu e foi obtendo uma posição de<br />
destaque no setor. A perseverança, o empenho constante na qualificação da<br />
equipe e na busca permanente da excelência de seus produtos e das soluções<br />
de engenharia propostas ao longo destes <strong>anos</strong> levou a um destaque cada vez<br />
maior e com horizontes mais desfiadores. Hoje a <strong>REIVAX</strong> atua em diversos<br />
países e conta com escritórios e parceiros nos Estados Unidos, na Europa e<br />
na Ásia.<br />
Em reuniões e conversas com especialistas estrangeiros, percebemos a<br />
importância maior que a <strong>REIVAX</strong> conquistou. Para finalizar, posso dizer que<br />
para nós brasileiros, a <strong>REIVAX</strong> é um exemplo e um motivo de orgulho. Fico feliz<br />
em ter acompanhado esta exitosa trajetória.<br />
Paulo Gomes | ONS<br />
Para nós brasileiros, a <strong>REIVAX</strong> é um<br />
exemplo e um motivo de orgulho.<br />
Gostaria de registrar que para mim foi um privilégio participar e Presidir o<br />
Conselho da <strong>REIVAX</strong>.<br />
A <strong>REIVAX</strong> é fruto do sonho, perseverança, determinação e capacidade criativa<br />
de seus sócios e de um corpo técnico focado e comprometido com os<br />
objetivos da empresa.<br />
Uma empresa que desde a sua fundação enfrentou ambiente adverso, além da<br />
alta competitividade, tanto no ambiente interno, como externo, setor de total<br />
domínio das grandes corporações multinacionais, acione-se no mercado<br />
interno, uma economia desorganizada.<br />
A <strong>REIVAX</strong> soube transformar o que seria uma grande barreira, num ponto<br />
de estímulo e desafio, para continuar crescendo. Mesmo com pouca<br />
musculatura financeira, foi abrindo espaço tanto no front interno como no<br />
ambiente internacional.<br />
10
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Depoimentos<br />
Parceiros<br />
Creio que o aprendizado aquilatado nos agitados primeiros <strong>30</strong> <strong>anos</strong> fortalecem<br />
e inspiram a <strong>REIVAX</strong> na contínua busca de excelência.<br />
Congratulo-me com os Acionistas, Diretores, colaboradores e todos os que<br />
tiveram como eu, o privilégio de dar sua contribuição, para que neste 01.04.17,<br />
brindemos esse CASE de sucesso.<br />
Parabéns <strong>REIVAX</strong>.<br />
Forte abraço,<br />
João Alberto da Silva | Ex-conselheiro<br />
Esses reguladores microprocessados, tanto os integrados quanto os discretos,<br />
substituíram com sucesso antigos reguladores que utilizavam tecnologia da<br />
década de 70 e anteriores, otimizando a resposta das variáveis controladas,<br />
reduzindo indisponibilidades, melhorando a qualidade da energia e dando<br />
segurança para o sistema de potência interligado.<br />
A <strong>REIVAX</strong> sempre foi uma referência consolidada no segmento de automação<br />
e controle e, no meu entendimento, uma empresa à frente do seu tempo.<br />
Por tudo isso, pelo pioneirismo que a <strong>REIVAX</strong> representa, quero juntar-me aos<br />
colaboradores e corpo diretivo dessa empresa parceira e, em conjunto,<br />
celebrar a passagem dessa importante data, parabenizando-a por essa bela<br />
trajetória e desejando a todos, SUCESSO e PROSPERIDADE!<br />
A <strong>REIVAX</strong> é fruto do sonho, perseverança,<br />
determinação e capacidade criativa de<br />
seus sócios<br />
Nesse ano em que a <strong>REIVAX</strong> completa três décadas de existência apresentando<br />
soluções de qualidade em controle e automação na área da energia elétrica,<br />
enfrentando e vencendo desafios, inovando, atuando com ética e respeito ao<br />
cliente, eu gostaria de deixar o meu testemunho pessoal. Como Engenheiro<br />
Eletricista que sou, que atuou em usinas hidráulicas na engenharia de campo e<br />
de retaguarda, e que teve o privilégio de ser um dos primeiros usuários<br />
dos seus sistemas integrados para reguladores de tensão e velocidade, os<br />
famosos RTVX.<br />
Juarez Emilio Moehlecke | da Ciclo 365 - Energia Solar<br />
A <strong>REIVAX</strong> sempre foi uma referência<br />
consolidada no segmento de<br />
automação e controle e, no meu<br />
entendimento, uma empresa à<br />
frente do seu tempo.<br />
11
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
História do Controle<br />
de Energia<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Feedback, a ideia:<br />
História do Controle<br />
A história registra a construção de Sistemas de Controle há séculos, como o<br />
projetado por Hero para acionar portões de templos.<br />
Os Sistemas de Controle passaram a ter um tratamento analítico mais rigoroso<br />
a partir de meados do século XIX.<br />
A partir do fim do século XVIII, com a invenção do controle de velocidade da<br />
máquina a vapor, idealizado por James Watt, e com o início da revolução<br />
industrial utilizando tais máquinas em maior escala, a necessidade de uma<br />
análise mais rigorosa dos Sistemas de Controle surgiu.<br />
Flyball Governor (Regulador de bolas voadoras), ou Regulador Centrífugo:<br />
De fato, os ingleses, com o objetivo de diminuir as perdas por fricção no<br />
mecanismo "flyballs" o poliram a ponto de degradar o amortecimento da<br />
malha de controle. O número de máquinas que entraram em oscilação<br />
permanente após esta "melhoria" - que tinha o propósito de aumentar o<br />
rendimento - era bastante grande e faltavam explicações para o que<br />
acontecera. O problema foi levado para James Clerk Maxwell, que o<br />
equacionou e esclareceu. Este trabalho marca o surgimento do controle como<br />
uma ciência.<br />
Esquema do regulador Flyball<br />
James Watt<br />
Primeiro protótipo<br />
Em torno de <strong>30</strong> <strong>anos</strong> após o trabalho de<br />
Maxwell, Routh e Hurwitz, independentemente,<br />
publicaram seus métodos<br />
de análise de estabilidade. Em meados<br />
da década de <strong>30</strong>, o trabalho de<br />
pesquisadores da Bell, como Bode,<br />
Nyquist e Black, resultaram num<br />
aprofundamento da teoria de controle<br />
conduzindo à patente do primeiro<br />
amplificador realimentado (Black iniciou<br />
o trabalho em 1923).<br />
No fim da década de 40, o trabalho de<br />
Evans, a teoria do lugar das raízes, surgiu<br />
como uma poderosa ferramenta para<br />
análise e projeto de Sistemas<br />
de Controle.<br />
James Clerk Maxwell<br />
14
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Já na década de 50, relevantes foram os trabalhos de La Salle e Bellman.<br />
A teoria de controle sofreu, na década de 60, uma rápida aceleração,<br />
principalmente porque a eletrônica evoluía e permitia a síntese de leis de<br />
controle cada vez mais complexas. Hoje o controle povoa nossas vidas e os<br />
exemplos no nosso dia a dia são vários, desde a geladeira, passando pelo ar<br />
condicionado, pelos sintonizadores digitais de rádio e TV, pela injeção<br />
eletrônica e outros.<br />
Controle no<br />
Sistema Elétrico<br />
Nos sistemas elétricos de potência, a necessidade de se dispor de Sistemas de<br />
Controle se dá em vários níveis: geração, transmissão e distribuição.<br />
Particularmente na geração e principalmente no controle da excitação, a<br />
evolução tecnológica foi bastante acentuada, tendo a eletrônica propiciado a<br />
substituição de velhas filosofias que incluíam reguladores de<br />
tensão eletromecânicos.<br />
Controladores Digitais<br />
Hoje os controladores totalmente digitais, baseados em microprocessadores,<br />
microcontroladores e processadores digitais de sinais são uma realidade. Leis<br />
de controle que antes tinham a sua implementação inviabilizada por<br />
deficiências do "hardware" passam hoje a ser perfeitamente viáveis.<br />
O Controle na Distribuição<br />
de Energia Elétrica<br />
O sistema elétrico de potência apresenta malhas de controle em diversos<br />
níveis. Na distribuição, encontram-se reguladores de tensão, em malha<br />
fechada, que agem corrigindo os desvios de tensão pela troca de tapes de<br />
autotransformadores. Este tipo de correção é lento pois as trocas são feitas sob<br />
carga via comando de um motor. Para evitar os desgastes dos contatos - que<br />
devem ser revisados a cada 100.000 trocas - limita-se o número de trocas de<br />
tape por minuto (de 0,5 a 4 trocas/min). Pode-se afirmar que tal controle<br />
corrige a tensão em regime permanente. Tal tipo de sistema permite o controle<br />
remoto da tensão pois o regulador é provido de compensação de queda na<br />
linha. Tal tipo de regulador é encontrado também no sistema de transmissão.<br />
Neste caso, é utilizado para otimizar os fluxos de potência reativa no sistema<br />
e, principalmente, para corrigir a tensão em cargas alimentadas por<br />
sistemas radiais.<br />
O Controle na Transmissão<br />
de Energia Elétrica<br />
No sistema de transmissão, podem-se citar como dispositivos de controle, os<br />
compensadores síncronos que funcionam como fonte de injeção ou absorção<br />
de potência reativa, de acordo com uma determinada lei tensão/corrente.<br />
Os compensadores síncronos, devido aos grandes avanços da eletrônica<br />
de potência, estão sendo paulatinamente substituídos por compensadores<br />
estáticos.<br />
Ainda no sistema de transmissão, pode-se citar a transmissão em corrente<br />
contínua, pois ela, pelo uso de retificadores e inversores baseados em<br />
eletrônica de potência como os conversores "back to back" de Itaipu, possui<br />
um número bastante grande de controles que podem ser usados para<br />
melhoria da estabilidade dinâmica do sistema elétrico de potência, através de<br />
modulações convenientes nas variáveis sob controle.<br />
Os maiores avanços da eletrônica de potência, aplicada aos sistemas de<br />
potência estão, presentemente, se dando com a instalação, em subestações,<br />
15
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
de sistemas de controle chamados de FACTS (Flexible AC Transmission<br />
Systems). Tais dispositivos são compostos de combinações de elementos série<br />
e paralelo (capacitores e indutores) que, obedecendo leis de controle<br />
específicas permitem uma grande otimização do desempenho do sistema de<br />
transmissão. Os elementos FACTS permitem melhorar o fluxo de reativos pelo<br />
sistema de transmissão, através do controle adequado da reatância da linha no<br />
qual estão inseridos. Podem, também, evitar o surgimento de problemas<br />
associados à ressonância subsíncrona e outros problemas dinâmicos típicos do<br />
sistema elétrico de potência.<br />
O Controle na Geração<br />
de Energia Elétrica<br />
O maior número de dispositivos de controle, e com certeza os de maior<br />
importância, dá-se na geração. De fato, a partir das duas grandezas básicas a<br />
controlar, tensão e freqüência, derivam-se várias ações de controle,<br />
hierarquizadas em até três níveis.<br />
Os reguladores de velocidade, a partir das medidas de velocidade e potência<br />
(ou abertura), estabelecem uma relação de controle, para uma turbina, em<br />
regime permanente, que se convencionou chamar de estatismo. São várias as<br />
filosofias de controle de velocidade, todas elas, porém, têm por objetivo<br />
estabelecer uma relação linear entre velocidade e potência em regime<br />
permanente: a velocidade cai com o aumento da potência gerada. Esta<br />
relação, válida se não houver ação sobre as referências do controle, permite a<br />
operação adequada da máquina no sistema de potência, contribuindo, já que<br />
todas as máquinas de um sistema devem ter o mesmo valor de estatismo, para<br />
que as variações de carga sejam absorvidas por todas as máquinas de maneira<br />
proporcional às suas potências nominais.<br />
Controle Primário,<br />
Secundário e Terciário<br />
O regulador de velocidade executa a regulação primária. Em várias usinas - e<br />
isto é muito frequente na Argentina - existe a regulação secundária ou "Joint<br />
Load Control". Esta malha de controle tem por objetivo transformar as várias<br />
unidades da usina em uma "máquina equivalente" do ponto de vista do<br />
controle de velocidade. O "joint", ou controle conjunto, regula a freqüência da<br />
barra de paralelo e equaliza a potência ativa das unidades geradoras. Desta<br />
forma, age-se sobre uma única referência para tomar carga e a usina, ou as<br />
máquinas que estão operando em "joint", se porta como uma única máquina.<br />
Existe, ainda, uma terceira malha de controle que age sobre as máquinas<br />
primárias: o Controle Automático de Geração, CAG. O CAG é um controle<br />
centralizado que tem por objetivo regular a freqüência e manter o intercâmbio<br />
de potência entre as diversas áreas do Sistema Elétrico próximo do valor.<br />
As variáveis de entrada são os intercâmbios programados e verificado e a<br />
freqüência, de uma barra representativa do sistema. O CAG age atualizando as<br />
potências das usinas, de maneira remota via um "link" de comunicação, por<br />
ação sobre a referência do "joint control" - nas usinas que o possuem - ou<br />
diretamente sobre as referências dos reguladores de velocidade.<br />
Os sistemas de excitação agem sobre o enrolamento de campo dos geradores.<br />
Não apenas efetuam a regulação da tensão como perfazem outras funções a<br />
saber: melhoria da regulação da barra de alta tensão; viabilização de um<br />
paralelo estável das unidades geradoras; impedimento da operação da<br />
máquina em regiões perigosas, o que poderia provocar perda de sincronismo<br />
ou sobrecorrente rotórica; estabilização de oscilações de origem eletromecânica<br />
no sistema elétrico de potência. Para efetuar tais funções o sistema<br />
de excitação precisa medir várias grandezas tais como tensão, correntes ativa e<br />
reativa, potência elétrica, desvio de freqüência, etc.<br />
O sistema de excitação age sobre uma máquina apenas. Atuando sobre o<br />
sistema de excitação, de forma similar ao controle conjunto de carga ativa,<br />
existe o controle conjunto de carga reativa. Regula a barra de alta tensão da<br />
usina além de equalizar as cargas reativas entre as várias máquinas em<br />
operação. De maneira geral, tanto para o controle de velocidade como para o<br />
controle de tensão, pode-se dizer que as malhas primárias são mais rápidas, os<br />
16
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
transitórios são enfrentados por elas. Os controles secundários e terciários são<br />
mais lentos e destinam-se a efetuar correções em "regime permanente".<br />
Pode-se constatar, também, que até 5 controladores diferentes podem estar<br />
atuando sobre uma mesma unidade geradora - embora uma sexta malha de<br />
controle esteja se disseminando pelo mundo afora: o despacho centralizado<br />
de carga reativa ou controle terciário de tensão. Associe-se este fato com as<br />
características intrínsecas do sistema de potência tais como as<br />
não-linearidades (saturação dos transformadores e geradores, equações<br />
fasoriais da rede, etc.), variações na topologia (modificações no sistema<br />
devidas a abertura de linhas, retirada de geradores, etc.), incertezas das cargas,<br />
configurações de transmissão e geração diferentes e, ainda, com as próprias<br />
não-linearidades associadas às turbinas e geradores e chega-se a um<br />
problema bastante complexo, cuja solução demanda muito tempo e<br />
investimentos em recursos hum<strong>anos</strong> e materiais.<br />
refere ao controle de velocidade quanto ao controle da excitação. Isto se<br />
reflete em vários benefícios dos quais os mais relevantes são: melhoria da<br />
qualidade da energia posta à disposição do consumidor; aumento de<br />
confiabilidade, pelo fato de se ter maior garantia de integridade do sistema<br />
elétrico de potência em condições de distúrbios severos. Por outro lado, a<br />
operação adequada dos equipamentos de controle da geração ajuda a<br />
preservar a própria geração, por evitar a operação em zonas proibitivas<br />
de trabalho.<br />
Adaptado por: Cristiano Bühler<br />
A Energia Elétrica<br />
A energia elétrica constitui-se um requisito básico e primordial para o<br />
desenvolvimento de um país. É uma das condições necessárias para a<br />
viabilização de indústrias e, de maneira geral, para a melhoria da qualidade de<br />
vida da população.<br />
À medida que o mercado consumidor de energia elétrica cresce, investimentos<br />
no parque gerador e nas capacidades de transmissão, transformação e<br />
distribuição devem ser realizados.<br />
A energia elétrica é uma forma ordenada de energia. Pode ser manipulada de<br />
maneira conveniente e, ainda, com a interligação de várias áreas, pode ser<br />
obtida da fonte primária mais conveniente para dado momento<br />
e circunstância.<br />
É indispensável efetuar o controle adequado da geração, tanto no que se<br />
17
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
A <strong>REIVAX</strong><br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
A <strong>REIVAX</strong> Automação e Controle iniciou suas atividades em abril de 1987 e<br />
consolidou-se em curto espaço de tempo como uma referência no<br />
fornecimento de sistemas e soluções para o controle da geração de energia.<br />
Hoje a empresa é líder na modernização de sistemas de controle de centrais<br />
geradoras ao redor do mundo.<br />
Com subsidiárias no Canadá e na Suíça, a multinacional catarinense mantém<br />
sua sede em Florianópolis (SC) onde fica concentrada a fabricação de<br />
seus equipamentos.<br />
Possui tecnologia própria e desenvolve sistemas de controle de geração de<br />
energia para as aplicações mais exigentes em usinas e pequenas centrais<br />
hidrelétricas, termelétricas e nucleares, tanto para novos empreendimentos<br />
quanto para modernização de centrais já existentes.<br />
Neste mercado há <strong>30</strong> <strong>anos</strong>, a <strong>REIVAX</strong> foi precursora mundial na oferta de<br />
controladores integrados de tensão e velocidade, além de ser pioneira na<br />
aplicação de controladores microprocessados em sistemas de excitação e<br />
velocidade no mercado brasileiro.<br />
O desafio é buscar soluções inovadoras e confiáveis, comprometidas com o<br />
sucesso dos clientes.<br />
Porque controlar energia gera desenvolvimento<br />
20
Diretrizes<br />
Estratégicas<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Missão<br />
Desenvolver e comercializar soluções para controle e<br />
automação de energia elétrica, gerando resultados<br />
sustentáveis para os clientes e a sociedade.<br />
Visão<br />
Ser referência mundial em soluções de controle e<br />
automação de energia elétrica.<br />
Valores<br />
Foco em resultado<br />
Obter continuamente resultados para a empresa,<br />
colaboradores e clientes.<br />
Qualidade<br />
Ter compromisso com a qualidade dos produtos e<br />
serviços para garantir a satisfação dos nossos clientes.<br />
Inovação<br />
Identificar oportunidades e desenvolver novas<br />
soluções que nos possibilitem gerar resultados.<br />
Ética<br />
Agir com honestidade e respeito nas relações internas<br />
e externas.<br />
Profissionalismo<br />
Atuar de forma competente e responsável, com<br />
compromisso e foco nos resultados.<br />
22
Linha do Tempo<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
1987<br />
A <strong>REIVAX</strong> surgiu a partir da coragem de engenheiros do setor de<br />
Automação e Controle do Departamento de Geração Hidráulica da<br />
ELETROSUL, que deixaram pra trás a estabilidade de um emprego público<br />
para empreender.<br />
Formação societária inicial: Eng. João Marcos Soares, Eng. Fernando Pons e<br />
Eng. Frederico Figueiredo (apoio do Eng. João Xavier).<br />
De onde veio o nome? Em uma brincadeira entre João e Fernando, João<br />
lembrou do medicamento chamado “Regulador Xavier”, quando Fernando<br />
disse “Regulador XAVIER já existe, mas se invertermos o XAVIER fica legal:<br />
Regulador <strong>REIVAX</strong>”. O nome pegou na hora e acabou sendo indiretamente<br />
uma justa homenagem ao Eng. João Xavier, pai do João, que apoiou a<br />
criação da empresa e, após se aposentar da ELETROSUL, trabalhou junto.<br />
01 de abril | Fundação da <strong>REIVAX</strong> Automação e Controle, localizada na<br />
ACATE, em numa sala alugada na Incubadora de Empresas de Tecnologia,<br />
coordenada pela Fundação CERTI / UFSC.<br />
1988<br />
SSD - Software para Simulação de Sistemas Dinâmicos em QuickBasic (Nota<br />
Fiscal 001 para BK Nobreaks)<br />
24
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Entrada do Eng. Paulo Marcos Paiva ao<br />
grupo societário, que havia comandado o<br />
setor de Automação e Controle da<br />
ELETROSUL, além de ter trabalhado na<br />
CEMIG e na ENGEVIX.<br />
1989 | 1990<br />
Primeiros Reguladores de Tensão e Reguladores de Velocidade (com<br />
válvula proporcional) – CESP – UHE Jupiá, apoiados pelo exímio mecânico<br />
Nilson Figueiredo. Durante a licitação, um dos concorrentes disse: “Por esse<br />
preço, vão morrer de fome!”. Essa “praga” refletiu no nosso escudo e alguns<br />
<strong>anos</strong> depois um tradicional fabricante de reguladores fechava suas portas<br />
no Brasil.<br />
Sistema de Controle para uma Cascata de Kraemer | COEMSA<br />
Primeiro Estabilizador de Sistema de Potência (PSS) modelo IEEE 2A<br />
fabricado no Brasil (PWX<strong>30</strong>0 analógico, fornecido para a CEMIG, UHE<br />
Emborcação e UHE São Simão)<br />
Cascata de Kraemer: complexo<br />
sistema de controle para um<br />
Grupo Gerador da sala de prova<br />
de transformadores de grande<br />
porte, da empresa COEMSA em<br />
Canoas/RS.<br />
25
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
1991 | 1992<br />
Fabricados os primeiros reguladores digitais de velocidade:<br />
Tecnologia: Família de microcontroladores Intel MCS 96 16bits. Aflora<br />
então a base para a primeira linha de produtos, baseada em rack e<br />
wire wrap.<br />
RTX: Regulador de Tensão;<br />
RVX: Regulador de Velocidade;<br />
PWX: Estabilizador de Potência;<br />
AQX: Hardware que servia como instrumento para aquisição de dados e<br />
depuração em tempo real com base numa placa de IOs ADA;<br />
1994<br />
Desenvolvimento da placa ADA16 dando origem ao novo AQX500.<br />
1ª exportação para a Colômbia<br />
Participação da <strong>REIVAX</strong> em evento do setor elétrico (SEPOPE, patrocinado<br />
por Itaipu, em Foz do Iguaçu). Presença de diversas autoridades e<br />
profissionais renomados<br />
1993<br />
Primeiro regulador de velocidade<br />
digital instalado no Brasil, na CEMIG -<br />
UHE Salto Grande, funcionando até<br />
hoj, alterando o mercado brasileiro.<br />
26
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
1995 | 1996<br />
Primeiros RTs digitais:<br />
COELBA - UHE Alto Fêmeas<br />
CELESC - PCH Celso Ramos<br />
Desenvolvimento de softwares para depuração e monitoramento:<br />
SMO: Software para configuração de disparos de sinais;<br />
SVC: Software visualizador de curvas;<br />
SMX: Registrador de perturbações com eventos sincronizados por GPS.<br />
Instalados na Colômbia e Argentina os primeiros estabilizadores modelo<br />
IEEE PSS2B fabricados no Brasil: o PWX500<br />
1ª exportação para a Argentina e Paraguai.<br />
27
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Mudança de sede: da ACATE para o CELTA<br />
1997<br />
1ª exportação para o Uruguai<br />
1998<br />
Estabilização de todo sistema elétrico da Argentina com PSS PWX500 e<br />
monitoração com AQX500.<br />
Entrada do Eng. Nelson Zeni, como<br />
Diretor. Em 2002 tornou-se sócio e, assim<br />
como os demais acionistas, Nelson<br />
também foi da área de controle e<br />
automação de empresa do setor elétrico<br />
(CEEE - RS).<br />
1999<br />
Liberação dos reguladores programáveis de tensão e velocidade baseados no<br />
CPX2000 legando a família de microcontroladores de 16bits. CPU 32bits 386,<br />
486, 586, Pentium ou similar; Comunicação Serial 232, 485 e Ethernet; Protocolo<br />
Modbus; Programação em ambiente Windows com ferramenta própria: SEC.<br />
28
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
PWX600: A nova versão do estabilizador de potência agrega todas as facilidades<br />
da tecnologia aplicada no CPX2000 dando ao usuário conectividade, programabilidade<br />
e evolução para novos protocolos como o monitoramento remoto.<br />
Primeiros reguladores integrados RTV baseados no CPX2000 sendo fornecidos,<br />
RTVX100 - PCH Piçarrão, da CEMIG<br />
Processos certificados com selo ISO9001.<br />
2000<br />
1ª exportação para a Bolívia e Guatemala.<br />
1ª exportação para a Coréia do Sul.<br />
2001<br />
1ª exportação para a Costa Rica.<br />
Apresentações nos IEEE Panel Sessions em Nova York (EUA) e Edmonton<br />
(Canadá) sobre o projeto de estabilização do sistema elétrico argentino.<br />
29
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
IHMs para operação local e remota<br />
2003<br />
Liberação de protocolos de comunicação serial mais avançados como DNP<br />
e IEC 61870-5-101. Considerando o já disponível Modbus, o CPX2000 se<br />
torna então uma plataforma altamente interoperável.<br />
2002<br />
RTX1000<br />
Regulador de tensão de baixo custo para usinas pequenas, as PCHs.<br />
Baseada em tecnologia DSP.<br />
Criação do Departamento de<br />
Pesquisa e Desenvolvimento<br />
(P&D), vinculado diretamente<br />
à Diretoria.<br />
<strong>30</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
<strong>REIVAX</strong> constrói e muda-se para sua sede própria.<br />
2005<br />
IHM’s touch.<br />
Com o mesmo ideal de baixo custo do RTX1000, nasce o regulador de<br />
velocidade RVX1000.<br />
1ª exportação para o Peru.<br />
2004<br />
1ª exportação para o Equador e Honduras.<br />
Desafio de substituir toda a plataforma de produtos <strong>REIVAX</strong> de estrutura em<br />
rack e IOs wire wrap por módulos interligados em rede industrial de<br />
comunicação, fieldbus.<br />
31
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
1ª exportação para El Salvador e Angola.<br />
1ª exportação para os<br />
Emirados Árabes Unidos.<br />
2006 | 2009<br />
Instalação dos primeiros Sistemas Integrados de Regulação e<br />
Automação (RTVAX).<br />
1ª exportação para o Chile.<br />
Liberada versão inicial dos reguladores com fieldbus e I/O distribuído.<br />
Uso do xVision (ferramenta de software criada pela <strong>REIVAX</strong>) como<br />
plataforma de software da IHM Gráfica local.<br />
32
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
1ª exportação para a Índia e Porto Rico.<br />
Início da <strong>REIVAX</strong> North America - RNA<br />
Início do fornecimento de drives de potência para o controle da bobina de<br />
campo. Surgem então as linhas DRV01, DRV02 e DRV03<br />
1ª exportação para o México e República Dominicana.<br />
2010 | 2011<br />
Desenvolvimento de tecnologia avançada para o regulador de tensão<br />
(Controle Preditivo). Ensaios realizados em campo com sucesso!<br />
1ª exportação para a França e Panamá.<br />
33
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
2012 | 2013<br />
1ª exportação para o Canadá e Rússia.<br />
Início da <strong>REIVAX</strong> of Switzerland - RoS.<br />
Equalização das correntes de múltiplas pontes por controle individual<br />
de tiristores.<br />
1ª exportação para os Estados Unidos - Projeto AEDO<br />
Liberação da segunda geração de reguladores com fieldbus e I/O<br />
distribuído (G2). Controlador principal da solução Power: CPX05. Além dos<br />
módulos, uma nova geração de SEC e FAP foi utilizada nesta plataforma.<br />
1ª exportação para Malásia e Mongólia.<br />
34
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Inclusão do protocolo MMS do IEC61850.<br />
E para os próximos <strong>30</strong> <strong>anos</strong>...<br />
Seguir aprendendo e aplicando novas tecnologias para inovar cada vez mais e<br />
ser referência mundial em soluções de controle e automação de energia<br />
elétrica, desenvolvendo e comercializando soluções e gerando resultados<br />
sustentáveis para os clientes e a sociedade.<br />
2014 | 2016<br />
1ª exportação para Singapura, Tailândia, Indonésia e Turquia.<br />
E muito mais...<br />
35
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> NORTH AMERICA | RNA<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
No ano de 2008, a <strong>REIVAX</strong> iniciou um estudo para verificar como poderia<br />
aumentar suas exportações. O nome do projeto era Start Export e foi feito com<br />
ajuda e consultoria da FIESC com o objetivo de analisar a empresa e definir um<br />
novo mercado para onde poderia exportar seu produto, uma vez que a<br />
empresa já tinha posição de exportadora consolidada. Com base nos estudos<br />
desse trabalho, foi verificado que o mercado que poderia oferecer a melhor<br />
oportunidade de expansão à época era o dos Estados Unidos da América.<br />
Naquele mesmo ano, na cidade de Sacramento, capital da Califórnia, a <strong>REIVAX</strong><br />
teve a sua primeira participação na maior feira do setor voltada para o<br />
segmento de hidrogeração nos Estados Unidos: a Hydro Vision International.<br />
Promovida anualmente e de caráter itinerante, a feira reúne fornecedores,<br />
desenvolvedores e principais formadores de opinião do setor.<br />
Já no ano seguinte, com a<br />
conclusão do projeto e definição<br />
clara de que a <strong>REIVAX</strong> queria<br />
vender para o mercado norteamericano,<br />
a empresa se<br />
estruturou e começou a participar<br />
das primeiras licitações com a<br />
ajuda de um contratista local.<br />
Foram então realizadas as primeiras<br />
viagens comerciais de<br />
prospecção de clientes, além de<br />
estudos de fornecedores locais<br />
que culminaram na abertura da<br />
filial <strong>REIVAX</strong> North America, LLC, lançada em 01 de março de 2010 em Doral,<br />
Flórida, junto à APEX (Agência de Promoção à Exportação). A abertura da filial<br />
não passou despercebida. A mesma foi noticiada na Hydro Review, revista<br />
especializada do setor e arrancou elogios de executivos brasileiros que<br />
destacaram a ousadia e pioneirismo da ação.<br />
então transferiu sua sede para<br />
Montreal, no Quebec, Canadá,<br />
onde se encontra até hoje, e<br />
passou a chamar-se <strong>REIVAX</strong> North<br />
America, Inc, tornando-se assim<br />
uma empresa multinacional.<br />
As ações de marketing e vendas<br />
se intensificaram, com destaques<br />
para nova participação na Hydro<br />
Vision em 2011, novamente em<br />
Sacramento, e em corridas da<br />
Fórmula Indy, patrocinadas na<br />
época pela APEX.<br />
Foi então já em 2012 que a partir<br />
de um anúncio feito na revista Hydro Review alguém resolveu ligar para o<br />
nosso toll free recém-adquirido, 877-7- <strong>REIVAX</strong>, e perguntar sobre a<br />
possibilidade de fornecermos um sistema de excitação para um projeto na<br />
British Columbia, Canada, chamado Volcano Creek. Tal projeto veio a se tornar<br />
a nossa primeira venda e primeiro sistema comissionado na América do Norte.<br />
O trabalho prosseguiu e em 2011, o senhor Mike Wallin veio se juntar como<br />
sócio local agregando grande conhecimento de mercado e experiência que<br />
obteve após mais vinte <strong>anos</strong> trabalhando na área de sistemas de excitação da<br />
ABB Canadá, onde chegou a ocupar o cargo de vice-presidente. A <strong>REIVAX</strong><br />
38
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Mas queríamos mais: Faltava ainda uma venda que nos desse referência e<br />
abrisse mercado com os dois principais órgãos do governo dos EUA no setor, o<br />
USACE (United States of America Corps of Engineering) e o USBR (United States<br />
Bureau of Reclamation) que juntos controlam praticamente metade da geração<br />
hidráulica daquele país. A oportunidade veio em 2013 com o projeto para<br />
fornecer 18 sistemas de excitação para o maior complexo de<br />
desenvolvimento tecnológico para testes aeronáuticos e simuladores do<br />
mundo: o AEDC (Arnold Engineering Development Complex), diretamente<br />
subordinado à Força Aérea dos EUA. O sucesso nesse projeto foi um divisor de<br />
águas. Primeiramente, vencemos uma dura concorrência com os maiores do<br />
setor e fornecemos 4 sistemas, os quais foram testados e aprovados com<br />
louvor, o que levou o cliente a comprar diretamente, sem necessidade de nova<br />
concorrência, os demais 14 sistemas já no ano seguinte.<br />
unidades na América do Norte e caminha rapidamente para atingir e<br />
ultrapassar a marca de 100 sistemas comissionados em breve. Motivo justo de<br />
celebração nesses <strong>30</strong> <strong>anos</strong> de empresa. De alguma maneira, chegamos lá.<br />
Contribuição: Alexandre Augusto Benitti<br />
Depoimento RNA<br />
No outono de 2010, recebi um telefonema do Paulo Marcos. Ele disse que<br />
estava trabalhando para uma empresa chamada <strong>REIVAX</strong> do Brasil.<br />
Frequentemente recebo telefonemas maliciosos de países diferentes de<br />
pessoas tentando obter informações bancárias, por isso devo dizer que estava<br />
cético já que não me lembrava de ter ouvido sobre uma empresa chamada<br />
<strong>REIVAX</strong> do Brasil. Naquela época eu não tinha ideia do quanto a ligação<br />
significaria para mim.<br />
Depois de fazer algumas pesquisas sobre a empresa, decidi aceitar uma oferta<br />
para viajar a Florianópolis e conhecer mais sobre a Companhia, ver os Produtos<br />
e reunir-me com Nelson, Fernando, João e Paulo para discutir uma possível<br />
cooperação. O que mais me impressionou durante minha visita foi a simpatia e<br />
honestidade das pessoas que conheci. Enquanto não sabia muito sobre o<br />
Brazilian company provides Voltage Regulators for U.S. Air Force<br />
The Brazilian company Reivax, located in the state of Santa Catarina, which<br />
develops systems and solutions for the control of power generation, has just signed<br />
a contract for supply of voltage regulators for the U.S. Air Force.<br />
É com orgulho que vemos após esses quase 10 <strong>anos</strong> de muito trabalho e<br />
dedicação da equipe, que a <strong>REIVAX</strong> North America já instalou mais de 70<br />
Naquela época eu não tinha<br />
ideia do quanto a ligação<br />
significaria para mim.<br />
39
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
produto na época, notei que a tecnologia parecia muito interessante e eu<br />
poderia imaginar muitas aplicações boas para a mesma. E assim começou,<br />
concordei em me juntar à <strong>REIVAX</strong> e depois de algumas semanas (ou meses) de<br />
discussões, o contrato foi assinado e o trabalho poderia começar.<br />
De uma folha de papel em branco, o marco inicial da RNA foi estabelecido com<br />
nosso trabalho em definir o que seria feito no Brasil e o que seria na América do<br />
Norte. Foi criada uma estrutura de atendimento, utilizando terceiros<br />
contratados, a empresa foi registrada e um investimento foi feito pelos<br />
acionistas da empresa. Foi aí que o trabalho duro começou.<br />
Visitei talvez <strong>30</strong> clientes diferentes nos EUA e no Canadá e apresentei nossas<br />
capacidades e também consultei suas necessidades. Durante esse processo,<br />
gostaria de agradecer a Alex por seu grande apoio no lado das vendas e<br />
Henrique por seu tremendo apoio para implementar a funcionalidade<br />
solicitada por nossos clientes norte-americ<strong>anos</strong> além do apoio durante a<br />
certificação do RTX Power [sistema de excitação] junto à Kestrel Power.<br />
Em 24 de outubro de 2012, aconteceu! Aceitamos nossa primeira encomenda:<br />
dois (2) sistemas de excitação. Depois de muitas risadas e lágrimas fomos<br />
capazes de entregar o primeiro sistema de excitação <strong>REIVAX</strong> na América do<br />
Norte, que se tornou uma referência muito importante, uma vez que ninguém<br />
gosta de "comprar o primeiro".<br />
Depois de muito trabalho duro, após dias muito longos (e noites), a 2ª Ordem<br />
de Compra foi recebida da AEDC [Arnold Engineering Development Center] para<br />
entregar, instalar e comissionar dezoito (18) sistemas de excitação estática.<br />
Quando esta ordem foi recebida, eu tinha algumas dúvidas, uma vez que a<br />
RNA neste momento só consistia de mim e Harrieth, que estava trabalhando 2<br />
dias por semana. No entanto, com grande ajuda do pessoal da <strong>REIVAX</strong> S/A,<br />
(Murilo, Jonatan, Adelson, Henrique e muitos outros) fomos capazes de<br />
entregar e comissionar, obtendo dos clientes a plena satisfação. De fato, como<br />
resultado, recebemos outra encomenda pela Siemens da AEDC este ano e<br />
recebi um telefonema no dia anterior que poderíamos receber uma ordem<br />
para outros oito (8) sistemas de excitação estática para o mesmo cliente.<br />
Naquele momento, RNA ainda estava sendo operada a partir de uma cafeteria.<br />
Com o projeto AEDC, decidi que era hora de conseguir um espaço de<br />
escritório. Ao longo dos últimos <strong>anos</strong>, a empresa tem crescido continuamente<br />
e tive o grande prazer de passar algum tempo com pessoas incrivelmente<br />
talentosas da <strong>REIVAX</strong> S/A, da RNA, e também de grandes clientes.<br />
Embora muitas vezes eu me perguntasse se estava no caminho certo durante<br />
os tempos difíceis, nunca desisti e nunca parei de acreditar nas pessoas que<br />
estavam apoiando o negócio.<br />
Para concluir, estou muito feliz em fazer parte da família <strong>REIVAX</strong> e no dia-a-dia<br />
ter a chance de passar tempo e interagir com meus incríveis colegas. Estou<br />
ansioso por um grande futuro para a <strong>REIVAX</strong> e seus colaboradores e para<br />
trabalhar duro a fim de mudar o mundo do Controle e Automação para a<br />
Indústria de Geração de Energia.<br />
Em nome de Harrieth, Pedro, Mark, Marcos, Paola, Thiago, Adrian e eu,<br />
desejamos a todos na <strong>REIVAX</strong> S/A um grande aniversário de <strong>30</strong> <strong>anos</strong> !!!<br />
Mike Wallin | CEO <strong>REIVAX</strong> North America inc.<br />
Fomos capazes de entregar o<br />
primeiro sistema de excitação<br />
<strong>REIVAX</strong> na América do Norte,<br />
que se tornou uma referência<br />
muito importante<br />
40
<strong>REIVAX</strong> of SWITZERLAND | RoS<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Em primeiro de dezembro de 2013, durante a chegada do senhor Fari<br />
Shokoofh a Florianópolis, fizemos o lançamento oficial da <strong>REIVAX</strong> of<br />
Switzerland AG (RoS). Fari já era velho conhecido da direção da empresa.<br />
Executivo muito experiente, veio trazer e agregar seus conhecimentos no<br />
mercado de sistemas de excitação, onde atuou por mais de <strong>30</strong> <strong>anos</strong>, ao<br />
potencial da <strong>REIVAX</strong> como sócio nessa nova e ousada empreitada.<br />
Algo já se passara no período<br />
anterior à entrada do sr. Fari,<br />
quando os produtos <strong>REIVAX</strong><br />
começavam a se espalhar pelas<br />
terras americanas em direção<br />
ao norte, desbravando<br />
mercados e preparando-se para<br />
cruzar o oceano em direção à<br />
Europa, África e Ásia.<br />
Lançamento da RoS em<br />
dezembro de 2013<br />
Em 2011, iniciamos nossas<br />
vendas para a Jeumont Electric<br />
na França, com quem chegamos a participar, ainda que momentaneamente,<br />
no projeto do fornecimento para submarinos da Marinha do Brasil.<br />
Em junho de 2013, ainda em fase de planejamento e atividades preparatórias,<br />
a RoS iniciou contato com um novo parceiro de Singapura. Já na primeira<br />
cotação, obtivemos a primeira venda que foi muito comemorada, pois<br />
confirmou o potencial do negócio.<br />
Foi assim que no final de 2013,<br />
iniciamos finalmente a operação<br />
da RoS e em 2014 a mesma<br />
instalou-se em Baden, Argóvia –<br />
Suíça, onde mantém sua sede e<br />
centro de excelência.<br />
Sede da RoS, em Baden<br />
rapidamente conseguiu atrair e construir uma rede comercial com novos<br />
parceiros e integradores que visitaram a matriz em Florianópolis e levam hoje<br />
nossos produtos ao outro lado do mundo.<br />
Em 2015, fomos até a China e fechamos o<br />
projeto de fornecimento de 22 reguladores de<br />
velocidade para Jirau com a Dong Fang e ESBR<br />
(Energias Sustentáveis do Brasil). Um dos mais<br />
bem sucedidos projetos da história da <strong>REIVAX</strong> e<br />
que veio a se tornar estudo de caso internacional<br />
pelo desenvolvimento da tecnologia de Controle<br />
Adaptativo, nessas que são as maiores turbinas<br />
do tipo bulbo no mundo.<br />
A partir de seu lançamento oficial,<br />
a RoS passou a assumir e gerenciar<br />
o contato com os clientes e<br />
Central Hidrochicapa,<br />
Angola<br />
Sistema de Excitação<br />
montado na Índia com<br />
componentes <strong>REIVAX</strong><br />
Obras da Central<br />
La Mina Chile<br />
42
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Em 2016, continuaram os trabalhos de<br />
marketing e prospecção e a <strong>REIVAX</strong> of<br />
Switzerland esteve presente pela primeira<br />
vez na Power Gen Europe, feira do setor de<br />
energia, em Milão | Itália.<br />
Além disso, desenvolvemos a capacidade de<br />
montagem de painéis na Suíça, Índia e<br />
Singapura. Novos projetos continuam<br />
chegando e a <strong>REIVAX</strong> of Switzerland AG<br />
segue a passos firmes para aconsolidação<br />
do mercado mundial, sendo que já são mais<br />
de 50 sistemas espalhados pela Ásia, África e<br />
Europa, incluindo sistemas de excitação,<br />
reguladores de velocidade e sistemas<br />
integrados. Com representação e parceiros estratégicos em mais de 10 países<br />
em 4 continentes, o futuro é promissor.<br />
Contribuição: Alexandre Augusto Benitti<br />
Regulador de Velocidade<br />
da UG33 | Jirau<br />
Depoimento RoS<br />
Era o ano 2000 e eu dirigia o negócio [de controle] de excitação da ABB em<br />
Turgi, na Suíça, quando nossos colegas no Brasil reclamaram que uma<br />
pequena empresa, chamada <strong>REIVAX</strong>, tornou suas vidas muito difíceis.<br />
Visitamos a <strong>REIVAX</strong> em Florianópolis várias vezes, com o objetivo de aquisição.<br />
Notei uma empresa ágil, com bons produtos e um profundo conhecimento<br />
técnico, bem como no mercado local com um exército de 150 engenheiros<br />
todos dedicados apenas ao mercado de excitação. Isso não é pouco e não<br />
acredito que qualquer um dos grandes “jogadores” tinham mais pessoas<br />
dedicadas ao mercado de excitação.<br />
No entanto, o nosso contato não deu frutos, exceto que mais tarde a <strong>REIVAX</strong><br />
poderia envolver Mike Wallin e eu.<br />
Notei uma empresa ágil, com<br />
bons produtos e um profundo<br />
conhecimento técnico<br />
Em 2013, a <strong>REIVAX</strong> decidiu iniciar a sua cooperação comigo na Suíça e o<br />
objetivo era cobrir o mercado do resto do mundo a partir da Suíça. Ou seja, o<br />
mercado norte-americano era coberto por Mike, e América Latina pelo Brasil,<br />
ficando o restante coberto pela Suíça. Graças ao apoio do Paulo Marcos, em<br />
novembro do mesmo ano pude registrar a empresa na Suíça e em janeiro de<br />
2014 anunciamos o nascimento da <strong>REIVAX</strong> of Switzerland AG.<br />
Em 2015, pudemos garantir o projeto Jirau com 22 Reguladores de Velocidade<br />
e, como temos mais de 10 sistemas instalados na Indonésia, vendemos mais de<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
50 unidades na Índia e estendemos nossa base instalada para a Turquia,<br />
Malásia, Indonésia, Tailândia, Sri Lanka, Bangladesh, Paquistão e França.<br />
Em 2016 pudemos montar e testar o primeiro sistema fabricado na Suíça,<br />
graças a Luca Federli e amigos brasileiros que nos apoiaram.<br />
Agora, devo admitir que estou desfrutando do apoio e bondade de meus<br />
colegas brasileiros. Percebi que os brasileiros são muito gentis e amigáveis e<br />
sempre atribuí isso à generosidade da natureza. Agradeço a Alex Benitti,<br />
Fernando Amorim da Silveira, Thiago Kleis Pereira, Cristiano Bühler e Joenio<br />
Costa da Silva Junior. Joenio, além de ser uma pessoa muito agradável para<br />
trabalhar, salvou nossa vida em algumas ocasiões.<br />
Luca Fedeli e eu desejamos à <strong>REIVAX</strong> S/A um grande aniversário de <strong>30</strong> <strong>anos</strong>.<br />
Fariborz Shokoofh | CEO <strong>REIVAX</strong> of Switzerland AG<br />
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Quando a memória<br />
vira história...<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
A Vaquinha Leiteira<br />
Em 1988, os conceitos básicos que formariam o nosso estabilizador de<br />
sistemas de potência (PSS no jargão americano) já estavam definidos,<br />
conforme o artigo que apresentamos no IFAC em 1985, com a estrutura<br />
baseada na potência acelerante (seguindo esquema proposto pelos<br />
canadenses da Ontario Hydro) e no filtro rastreador de rampa. Esta última idéia<br />
surgira numa conversa em minha casa, quando conseguira definir o problema<br />
que os estabilizadores enfrentavam com os distúrbios da geração e o Nelson<br />
Zeni, como bom professor de controle, respondeu na hora com o projeto da<br />
primeira estrutura do filtro. Os sinais de entrada do nosso PSS, potência elétrica<br />
(P) e rotação (w), mais o x da <strong>REIVAX</strong> definiram o nome PWX para o produto.<br />
Naquele ano, o Paulo Marcos, que já passara pela ELETRONORTE (como<br />
consultor da Engevix) estava na CEMIG, e tal como um agente infiltrado, fazia a<br />
cabeça da turma com os novos conceitos de controle. O Hélio Valgas,<br />
engenheiro da Operação da CEMIG, decidiu comprar a idéia e se tornou o<br />
primeiro de um tipo de cliente especial que a seguir viríamos a cultivar com<br />
sucesso: o cliente comprometido com a solução.<br />
Desejosos de dar um desenho industrial ao nosso PWX, contratamos os<br />
serviços de um laboratório especializado. A dupla de projetistas que nos<br />
atendeu, que chamávamos de Antonio Carlos & Jocafe, entregou-nos um<br />
desenho e protótipo de uma radiola, cujo destaque era uma espécie de queixo<br />
que, ao cair, deixava à mostra terminais de teste, como se fossem<br />
dentes cariados.<br />
Como ferramentas de teste, tínhamos as heróicas versões em BASIC do SSD e<br />
do AQX. Para os ensaios de campo, meu sócio Fernando e eu desenvolvemos<br />
nossa primeira placa de aquisição de dados, baseada em conversor de 8 bits e<br />
interface no barramento ISA de um microcomputador. Na época, o micro<br />
utilizado era um Solution, da Prológica, "transportável", com prêmio de design<br />
industrial pelos seus ângulos agudos da carcaça plástica. Nós o chamávamos<br />
de Problution.<br />
Para o recheio da radiola, decidimos fazer um placão de circuito impresso, com<br />
todo o estabilizador aí colocado. O Fred fez o projeto e o Igor quase morreu<br />
brigando com o desenho do circuito impresso. Acertamos com a CEMIG um<br />
ensaio de demonstração do nosso PWX em São Simão.<br />
Primeiro Protótipo<br />
do PWX<br />
Já em São Simão, e após uma noite de insônia, ao energizar na Usina o PWX. Os<br />
testes foram realizados e tudo funcionou perfeito, inclusive o sistema de<br />
aquisição de dados que deixou a turma da CEMIG babando. Decidi mostrar<br />
jogo, e programei no SSD a estrutura do PWX recebendo dados dos<br />
transdutores analógicos através da placa A/D. Creio que foi a única vez que um<br />
Solution viveu tal momento, controlando um gerador de centenas de MW.<br />
Aliás, esse foi um cara muito viajado, pois os trabalhos do RVX10 na CoEmSa,<br />
em Canoas, e a identificação dos modelos dos controladores do parque<br />
térmico de geração de Manaus foram feitos com ele.<br />
A concorrência da CEMIG a seguir foi vencida por nós, e agora, sem a radiola e<br />
com uma estrutura analógica modular em sub-bastidor de 19", fornecemos em<br />
1989 os PWX<strong>30</strong>0 para São Simão e Emborcação, iniciando a longa e vitoriosa<br />
carreira do PWX. Ainda desenvolvemos uma versão analógica, o PWX400, para<br />
a Usina de Segredo, da COPEL, que foi o último e um dos melhores sistemas<br />
analógicos que fornecemos, antes de chegarmos à versão digital, o PWX500,<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
que equipa as principais usinas do sistema brasileiro, na CHESF, CEMIG, CESP,<br />
etc. Na Argentina, o PWX é o principal controlador da estabilidade dinâmica de<br />
seu sistema elétrico. Em termos conceituais, a estrutura do PWX foi<br />
padronizada pelo GCOI / ELETROBRÁS em 1990, adotada pela Ontario Hydro e<br />
copiada por alguns concorrentes multinacionais (um deles conseguiu fazer<br />
com que um rack de PWX passasse algum tempo em sua fábrica na Alemanha,<br />
algum tempo antes de lançar sua versão digital do produto).<br />
Algum tempo atrás, estive em São Simão para testes nos limitadores do<br />
sistema de excitação. Ao puxar a gaveta telescópica dos controladores, uma<br />
forte sensação de viagem no tempo: lá estavam, exatamente do jeito que os<br />
havia deixado muitos <strong>anos</strong> atrás, os velhos PWX<strong>30</strong>0 operando até agora sem<br />
nenhuma falha, como se houvesse fechado aquele painel no dia anterior.<br />
Nesses <strong>anos</strong> todos, pela sua concepção avançada e econômica, marketing<br />
certeiro, montagem simples e padronizada, comissionamento rápido e seguro,<br />
o PWX tem sido uma generosa e verdadeira vaquinha leiteira para todos nós.<br />
Os novos projetos podem aprender muito com ele.<br />
Contribuição: João Marcos Soares<br />
PWX<strong>30</strong>0<br />
Aprender e Ensinar<br />
A <strong>REIVAX</strong> foi meu primeiro trabalho como engenheiro eletricista e naquela<br />
época os desafios eram grandes. Estávamos colocando em operação os<br />
primeiros reguladores de tensão, modelo RTX <strong>30</strong>0, que incluíam em seu<br />
sistema digital não apenas a malha de controle, mas também a transdução das<br />
grandezas elétricas do gerador e também a geração de pulsos para controle<br />
das pontes de tiristores. No âmbito dos reguladores de velocidade estávamos<br />
com o modelo RVX 200 e embora os desafios do sistema digital não fossem<br />
grandes estávamos dando os primeiros passos para dominarmos a tecnologia<br />
de sistemas hidráulicos.<br />
Naquele início eu já tinha conhecimentos de controle de sistemas de potência<br />
graças a uma bolsa de pesquisa na Universidade Federal de Santa Catarina,<br />
mas o ambiente técnico que me vi inserido tinha um grau de complexidade<br />
muito maior, envolvendo os aspectos técnicos de desenvolver e aplicar<br />
um equipamento em uma centra hidrelétrica, como os aspectos de<br />
relacionamento com o cliente, cujas expectativas tinham que ser atendidas.<br />
Adicione-se também as dificuldades inerentes entre os aspectos teóricos do<br />
controle de uma central hidrelétrica e a prática de colocar um equipamento<br />
projetado especialmente para cada aplicação em operação.<br />
Nesse cenário eu facilmente poderia ter tido muitas dificuldades ou mesmo<br />
desistido, mas o ambiente da empresa que encontrei foi muito favorável. Não<br />
havia problema que não houvesse previamente um estudo e, o mais<br />
importante, os fundamentos básicos e os caminhos para a solução eram<br />
devidamente ensinados. Em um momento eu estava envolvido em um<br />
problema e no outro eu estava devidamente sendo ensinado e aprendendo<br />
como resolver o problema. Dessa forma minha independência técnica foi<br />
sendo construída e minha colaboração com a equipe e a empresa pode ser<br />
cada vez maior. Essa visão de escola que tínhamos e ainda tenho da <strong>REIVAX</strong> era<br />
na época reforçada, pois na primeira sede da <strong>REIVAX</strong> (antigo prédio da ACATE<br />
na Rua Lauro Linhares) sentávamos em cadeiras com mesas dispostas como<br />
uma sala de aula, todos em uma mesma sala. Claro que os tempos eram outros<br />
47
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
central elétrica, sempre reforço para as pessoas que estão sendo formadas<br />
que elas devem sempre ensinar os demais, garantindo que o ciclo de<br />
ensinar-aprender-ensinar jamais se encerre, fortalecendo o conhecimento<br />
conjunto para estarem em um trabalho em equipe cada vez mais preparados<br />
para os desafios constantes que é o trabalho em sistemas elétricos de<br />
potência, seja operando uma central ou projetando, construindo e<br />
comissionando equipamentos.<br />
Contribuição: Fernando Pedrassani Costa Neves<br />
e se me recordo bem éramos apenas treze colaboradores.<br />
Assim fui formado no ambiente em que logo entendi a necessidade e os<br />
benefícios de aprender e ensinar. Esse aprendizado tive com os fundadores da<br />
<strong>REIVAX</strong> e com os primeiros colaboradores, já também contaminados<br />
positivamente por essa fantástica forma de trabalhar. Logo eu também estava<br />
na equipe <strong>REIVAX</strong> ensinando novos colaboradores e dessa forma iniciando<br />
também minha qualificação na arte de aprender e ensinar. E após alguns <strong>anos</strong><br />
com uma equipe muito bem formada, tive assim o cenário favorável a<br />
buscar outros desafios profissionais. Os excelentes resultados que tive<br />
profissionalmente, nas empresas onde atuei na busca por esses desafios, foram<br />
obtidos onde pude aplicar a mesma filosofia e formar equipes que atuaram em<br />
empresas e empreendimentos de sucesso.<br />
Oportuno realçar que escrevi essas linhas em Angola, onde estou apoiando a<br />
estruturação da equipe de operação e manutenção que inicialmente irá operar<br />
a maior hidrelétrica do sistema elétrico do país e está em fase final de<br />
construção. Além de ensinar aspectos técnicos e gerenciais que envolvem uma<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Voo de Helicóptero<br />
A lembrança mais forte que tenho dos tempos de <strong>REIVAX</strong> foi um levantamento<br />
de campo, seguido de comissionamento feito em 2002, na Colômbia.<br />
Sabia-se na época, que a Colômbia era uma país com uma certa instabilidade<br />
política e militar, por conta de conflitos com as FARC. No entanto, não era<br />
muito clara a real dimensão do conflito e nem como seríamos afetados, na<br />
condição de profissionais estrangeiros prestadores de serviço.<br />
A primeira visita à usina foi com o objetivo de um levantamento de campo.<br />
Nesta visita, estávamos eu e o Fernando Pons, acompanhados do cliente e<br />
do representante comercial da <strong>REIVAX</strong> na Colômbia. O fato peculiar foi a<br />
solicitação (talvez tenha sido exigência) do cliente que o translado entre<br />
Medelin e a usina fosse feito por helicóptero, para evitar o risco de um<br />
confronto com soldados guerrilheiros, caso o translado fosse feito de carro.<br />
Imagino que o custo deste transporte tenha sido muito alto, e completamente<br />
arcado pela <strong>REIVAX</strong>.<br />
Quando chegamos lá, havia um segurança armado (com arma em punho)<br />
acompanhando o pouso do helicóptero, que depois nos acompanhou até o<br />
carro que nos levaria para a vila da usina. Durante os dias que estivemos lá,<br />
pudemos observar vários pontos na estrada em que havia pequenas<br />
fortificações com soldados fortemente armados. Inclusive, dentro das<br />
instalações da usina era comum ver soldados armados circulando.<br />
Acabou que as outras vezes que voltamos na usina para o comissionamento<br />
(foram várias máquinas), os translados sempre foram de carro, sem maiores<br />
problemas. Ouvíamos relatos de um tal engenheiro italiano que fora<br />
sequestrado pela guerrilha <strong>anos</strong> antes, o representante comercial insistindo<br />
que nós mantivéssemos um "bajo perfil" quando estivéssemos andando nas<br />
ruas, mas o fato é que nunca se passou nada, além daquela sensação que algo<br />
muito inesperado poderia acontecer.<br />
Contribuição: Edgard Wiggers<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Sonho Real<br />
Há <strong>30</strong> <strong>anos</strong>, quando um grupo de jovens profissionais, empreendedores por<br />
excelência, posicionados em volta de uma mesa discutiam o sonho de projetar<br />
um regulador de velocidade eletro-hidráulico para substituir os existentes que<br />
eram centrados em pêndulos centrífugos e barras articuladas, o sonho era<br />
apenas um sonho.<br />
Entre “riscos e rabiscos” e comentários ora sérios, ora jocosos, criou-se a<br />
<strong>REIVAX</strong>, que inicialmente seria XAVIER mas prontamente revertido, face à fatal<br />
lembrança de histórico medicamento feminino, na época muito em evidência.<br />
Assim, passo a passo, o grupo equacionou o sonho e não sem riscos e<br />
sacrifícios diversos, a <strong>REIVAX</strong> foi instalada sob as asas da INCUBADORA, órgão<br />
estadual destinado à estimulação de empreendimentos inovadores, na época,<br />
com endereço na rua Lauro Linhares. Inicialmente, como prestadores de<br />
serviço na área de “regulação”, a estrutura cresceu, graças a ação dinâmica e<br />
competente do grupo, resultando no que é hoje, <strong>30</strong> <strong>anos</strong> passados, em<br />
empresa sólida de projeção internacional.<br />
Como testemunha presente em todas estas etapas, externo aqui a minha mais<br />
eloquente admiração por tão VITORIOSO SONHO. Parabenizo a todos,<br />
gestores e colaboradores! Sei que o sonho continuará se materializando,<br />
continuamente, sempre em etapas mais elevadas.<br />
Contribuição: Nilson Figueiredo<br />
História de Trecheiro<br />
Em 1996, ocorreu uma boa venda de estabilizadores para a Cammesa na<br />
Argentina, um total de 85, para atender às diversas centrais. E aí entre todos<br />
ficou a dúvida: “quem vai?”. E um convite do mestre Lázaro Ferreira, “vamos<br />
fazer um tour”, aceitei, e na equipe foi também o Evandro Moritz. Partimos dia<br />
25/02/96 para a Argentina, primeira parada Neuquen, mesmo não sabendo<br />
nada de espanhol seja o que deus quiser.<br />
A primeira Central foi Planice Banderita. Chegando lá, a primeira notícia boa: as<br />
máquinas só param à meia noite. Ficamos naquela de “vamos né, já estamos<br />
aqui”, e para mim foi sensacional. Peguei um “hermano” para participar das<br />
instalações. Aí, além de eu não saber nada do idioma, ele era gago. E assim foi<br />
até as 8:00 da manhã, somente por gestos e no fim conseguimos concluir as<br />
duas máquinas.<br />
Atendemos El Chocon, Alicura, Central<br />
Nuclear de Embalse, Rio Grande, Los<br />
Reyunos, Agua del Toro e assim finalizamos<br />
a primeira etapa. Já na segunda etapa,<br />
partimos no dia 05/05/96, e houve uma<br />
baixa o Evandro Moritz não foi, assim<br />
atendemos as Centrais Salto Grande , Agua<br />
del Cajon, Piedra del Aguila, e faltou<br />
Yacyreta que ficou por conta do cliente.<br />
Para mim foi gratificante o aprendizado<br />
em outro país, e ter conhecido diversos<br />
lugares, pessoas, costumes e um<br />
bom vinho.<br />
Contribuição: Valdinei Valdir de Quadros<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
ENDESA<br />
O Projeto F09036 conhecido como projeto ENDESA foi o projeto que mais<br />
movimentou a <strong>REIVAX</strong>, tanto em números financeiros, como em pessoas e<br />
volume de trabalho. Para que esse projeto fosse levado a cabo, foi necessário<br />
criar uma equipe exclusiva (EQUIPE ENDESA). Nela estavam colaboradores de<br />
diversos setores da empresa: Projeto Elétrico, Projeto Mecânico, Projeto de<br />
Software, Service, dentre outros.<br />
No auge do projeto, chegamos a ter 12 colaboradores da <strong>REIVAX</strong> em campo<br />
para instalação e comissionamento. Realmente foi um projeto de grandes<br />
proporções e de muitos aprendizados, muita coisa foi desenvolvida neste<br />
projeto, bem como, serviços de campo diferentes do que habitualmente<br />
estávamos acostumado e isto nos capacitou para projetos futuros.<br />
Ao todo o projeto demorou 7 <strong>anos</strong> desde sua venda até a finalização dos<br />
serviços em campo, foram modernizadas 5 centrais hidrelétricas totalizando<br />
12 Unidades Geradoras. Somando-se as potências das máquinas, chegamos<br />
em um total de <strong>30</strong>3 MW. Essa potência é suficiente para alimentar uma cidade<br />
com cerca de 1 milhão de habitantes. Essa energia gerada representa 1,5% da<br />
capacidade total de energia instalada no Chile e 5% da capacidade de energia<br />
instalada em Centrais Hidrelétricas do país.<br />
Foram várias idas e vindas e muitas histórias também. Uma que ficou marcada<br />
na memória da turma, foi quando um colaborador chegou na usina para<br />
ajudar a resolver as diversas dificuldades que um projeto desse porte demanda<br />
Conta a história que ele ficou trancado no escritório durante alguns dias. Em<br />
uma reunião (Charla de Seguridad) onde mais de 40 pessoas estavam<br />
presentes, desde instaladores, colaboradores <strong>REIVAX</strong> e cliente, foi questionado<br />
em alto e bom som: Quem é o responsável da <strong>REIVAX</strong> por este serviço? Então o<br />
Guilherme (GRD), mais conhecido como “Barreira”, apontou para baixo em<br />
direção a cabeça do colaborador ao lado e disse: é o de “toquinha” (o frio era<br />
considerável nos Andes na época), referindo-se ao Kleiton Schmitt, também<br />
conhecido por KS.<br />
Contribuição: Ricardo Vituri Fernandes<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
Em <strong>30</strong> <strong>anos</strong>...<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Controla mais de 145 mil MVA de potência.<br />
Já rodamos mais de 1,5 milhões de km pelo mundo,<br />
que é o equivalente a 37 voltas e meia na Terra.<br />
Já passamos mais de 400 mil horas em campo, que é o<br />
mesmo que 45 <strong>anos</strong> corridos.<br />
Possuimos mais de 1.450 equipamentos vendidos ao<br />
redor do mundo.<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Fazem parte da nossa história 652 pessoas, sendo que<br />
algumas já seguiram por outro rumo e outras continuam conosco<br />
ainda hoje.<br />
Maior gerador controlado:<br />
Tractebel | Complexo Jorge Lacerda (UTLC) - 411,76 MVA<br />
Estamos presentes em mais de 25 países<br />
e em 4 continentes<br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
Maiores equipamentos fornecidos: Sistemas de<br />
Excitação para Compensadores Síncronos de <strong>30</strong>0 MVA e 250 MVA.<br />
SEs Tijuco Preto (FURNAS), Santo Ângelo e Embu Guaçu (CTEEP)<br />
Maior projeto: ENDESA/ENEL (Chile) | Modernização de 5 UHEs<br />
240 cubículos distribuídos em 12 RTVX POWER, 12 UHs, 12 trafos<br />
de excitação, paineis de automação, proteção e serviço auxiliar<br />
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Alguns momentos...<br />
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
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<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong><br />
marketing@reivax.com.br - www.reivax.com<br />
Imagens: arquivo <strong>REIVAX</strong> e banco de imagens<br />
O conteúdo aqui apresentado pode ser reproduzido citando fonte e autor
<strong>REIVAX</strong> - <strong>30</strong> <strong>anos</strong>
Comissão Editorial:<br />
Cristiano Bühler<br />
Fernando Happel Pons<br />
Lívia Prestes da Silveira<br />
Patrícia do Val Oliveira Lino<br />
Patrícia Vieira Wagner