livro RS 2030
O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente uma visão de prioridade para o Estado.
O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de
ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e
Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade
por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar
abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente
uma visão de prioridade para o Estado.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>RS</strong><br />
<strong>2030</strong><br />
O NOSSO<br />
FUTURO<br />
EM DEBATE<br />
2017<br />
1<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
2 3<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> - O Nosso Futuro em Debate é uma publicação da<br />
Famurs - Federação das Associações Municipais do Rio Grande do Sul.<br />
Luciano Pinto - Presidente da Famurs Gestão 2016-2017<br />
Luiz Carlos Folador - Presidente da Famurs Gestão 2015-2016<br />
José Scorsatto - Coordenador Geral da Famurs 2016-2017<br />
Márcio Espíndola - Coordenador Geral da Famurs 2015-2016<br />
Patrocínio Institucional<br />
Celulose Riograndense<br />
Comissão de Coordenação do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
(constituída em outubro de 2015)<br />
Jairo Jorge – Prefeito de Canoas 2009-2016 e Coordenador Geral do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
José Fortunati – Prefeito de Porto Alegre 2010-2016<br />
Luis Henrique Antonello – Prefeito de Rosário do Sul 2013-2015<br />
Eduardo Leite – Prefeito de Pelotas 2013-2016<br />
Tito Lívio Jaeger Filho – Prefeito de Taquara 2013-2020<br />
Sérgio Delias Machado – Prefeito de Araricá 2009-2016<br />
Marcelo Luiz Schreinert – Prefeito de São Jerônimo 2009-2016<br />
Ederildo Paparico Bacchi – Prefeito de São João da Urtiga 2009-2016<br />
Coordenação Técnica – Agência Futuro Consultores<br />
Gustavo Grisa – Coordenador Técnico do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
Renata de Carvalho Rodrigues – Gestora e Editora de Conteúdo<br />
Diogo Fatturi – Design Gráfico e Diagramação<br />
Equipe Técnica da Famurs<br />
Willian Jean Baggio Cover<br />
Maikio Guimarães<br />
Manoela Guns de Souza<br />
Maicon Scheffer Campo (Colaborador)<br />
Fotos<br />
Assessoria de Comunicação da Famurs<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
4 5<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Caminhos para o futuro<br />
Municipalismo em essência<br />
É no município que tudo acontece. É onde começa nossa vida, onde<br />
crescemos e nos desenvolvemos. Para pensarmos no futuro do Rio Grande<br />
do Sul, temos de olhar principalmente para nossas comunidades. Conhecer<br />
suas necessidades e seus anseios. Essa foi a base do projeto <strong>RS</strong><br />
<strong>2030</strong>, que consolidamos nesta obra.<br />
Iniciada pela gestão de Luiz Carlos Folador, a ação promoveu onze<br />
encontros em 2015, contemplando todas as regiões do estado. Reunimos<br />
prefeitos, vice-prefeitos, secretários e lideranças locais para debater<br />
temas que interessam às cidades. Este ano, com a mudança de boa parte<br />
dos gestores, demos continuidade ao projeto, com a realização de mais<br />
nove atividades regionais.<br />
Somos um único estado, mas cada região tem suas particularidades.<br />
Conhecê-las em profundidade é tarefa essencial para solucionar demandas<br />
históricas e trazendo efetivas mudanças para nossa gente. Graças à<br />
intensa participação das comunidades, foi possível consolidar um amplo<br />
panorama das demandas. Segurança pública, saúde e infraestrutura foram<br />
os temas mais destacados pelos prefeitos, que ainda relataram as<br />
dificuldades enfrentadas na relação com o Estado e a União.<br />
Neste <strong>livro</strong>, apresentamos uma visão clara e abrangente das reivindicações<br />
de nossas cidades. Um compêndio que poderá guiar novas iniciativas,<br />
bem como auxiliar o Executivo e o Legislativo na formulação de<br />
políticas públicas que estejam em sintonia com o que aspiram nossos<br />
municípios.<br />
Com esta publicação, a Famurs reafirma seu trabalho de mais de 40<br />
anos em defesa do municipalismo. Esperamos que quando <strong>2030</strong> chegar,<br />
possamos revisar este <strong>livro</strong> a partir de uma nova e melhor realidade, com<br />
mais desenvolvimento econômico e social para os municípios. Os caminhos<br />
para o futuro estão abertos. É hora de começar a percorrê-los.<br />
Luciano Pinto<br />
Presidente da Famurs<br />
e Prefeito de Arroio do Sal<br />
(2009-2016)<br />
O que nossas comunidades esperam para os próximos 13 anos? Quais<br />
são suas principais necessidades para construir um futuro melhor e promissor?<br />
Conhecer a fundo essa realidade foi o objetivo do projeto <strong>RS</strong><br />
<strong>2030</strong>, que a Famurs conduz desde 2015.<br />
Percorremos todas as regiões do Rio Grande do Sul, reunindo prefeitos,<br />
vereadores, secretários, sindicalistas, estudantes, empresários e líderes<br />
locais. Ouvimos suas demandas e prioridades para os próximos anos,<br />
e o resultado das vinte reuniões realizadas está compilado neste <strong>livro</strong>.<br />
Trata-se de uma visão clara das reivindicações regionais, daquilo que<br />
os gestores e as comunidades compreendem que poderia ser feito para<br />
qualificar diversas áreas do dia a dia. Além disso, os participantes propõem<br />
soluções para aprimorar a relação entre cidades, Estado e União.<br />
A qualificação da segurança pública foi um dos temas mais lembrados.<br />
Obras nos acessos municipais e na melhoria da transmissão de energia<br />
também foram apontados pelos prefeitos. A saúde foi outro assunto de<br />
destaque, com foco na regionalização do atendimento.<br />
A partir dessa iniciativa, temos agora um dos mais completos mapas<br />
das demandas locais já elaborados no Rio Grande do Sul. Um estudo feito<br />
com intensa participação da sociedade, que compreendeu o objetivo<br />
desse trabalho e se envolveu em cada reunião.<br />
O <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> é o municipalismo em essência. Ouvir as comunidades é<br />
fundamental para construirmos políticas públicas sólidas, capazes de solucionar<br />
gargalos históricos e permitir o desenvolvimento integrado de<br />
todas as regiões.<br />
Estamos dando um grande passo na direção de um futuro melhor.<br />
Agora, é hora de todos os entes federados trabalharem juntos na resolução<br />
das demandas aqui compiladas. Fortalecendo os municípios, teremos<br />
um Rio Grande muito melhor em <strong>2030</strong>.<br />
José Scorsatto<br />
Coordenador Geral da Famurs<br />
7<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
O Rio Grande do Sul<br />
que queremos<br />
Walter Lidio Nunes<br />
O Rio Grande do Sul vive uma situação econômica complicada, uma das<br />
mais críticas da Federação. Neste momento, mais importante do que discutir<br />
como ela foi construída ou quem são os culpados é discutir como enfrentá-la<br />
para resgatar o desenvolvimento e o crescimento, pois vivemos<br />
uma combinação nefasta do “momento Brasil” com a situação econômica<br />
gaúcha, que enfrenta um déficit histórico dentro de uma conjuntura recessiva<br />
da economia brasileira.<br />
Para melhorar a qualidade de vida da sociedade, somente uma boa<br />
gestão pública. E esta não depende apenas do Poder Executivo, mas do<br />
conjunto dos poderes, das instituições públicas e também da participação<br />
efetiva e da capacidade mobilizadora dos cidadãos. Esta participação está<br />
na qualidade do voto, no controle social, na contribuição voluntária, nas<br />
mobilizações e manifestações, entre outras. No entanto, grande parcela da<br />
sociedade está alienada do exercício deste seu papel. Outra parte porque<br />
entende que não tem nada a fazer, seja por desesperança nos resultados<br />
ou por acomodação. E assim, nos acostumamos a ver o país com um desenvolvimento<br />
medíocre, apesar do seu enorme potencial.<br />
Porém, a conscientização social, apesar de incipiente, começa a ter espaço.<br />
Já existem lideranças conscientes da necessidade de contribuir de<br />
forma mais qualificada e intensa. No <strong>RS</strong>, inúmeros grupos e entidades,<br />
como a Famurs, se propõem a ser agentes da mudança através da mobilização<br />
social.<br />
Neste contexto, este trabalho, realizado pela Famurs, junto a diversas<br />
partes interessadas dos municípios gaúchos, é muito importante, por diferentes<br />
motivos: traz a avaliação da sociedade sobre o que ela espera de<br />
seus governantes, estimula a participação cidadã e, igualmente, coloca em<br />
evidência os principais problemas que afligem a todos nós. Este trabalho<br />
é, sem sombra de dúvida, um importante material para conhecimento e<br />
planejamento de gestores públicos e privados.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
8
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
10<br />
O Rio Grande debate o futuro<br />
Para que nossas façanhas sirvam de modelo a toda a terra, precisamos colocar<br />
nosso estado em primeiro lugar, tanto na preferência, como excelência. O<br />
projeto de Estado gaúcho precisa estar à frente das paixões partidárias e dos<br />
interesses corporativos de categorias, setores ou grupos empresariais. O Rio<br />
Grande precisa voltar a ocupar os primeiros lugares do pódio nacional na educação,<br />
na segurança, na saúde, nas contas públicas, na gestão, na exportação,<br />
na produção industrial, na produtividade, enfim, nos principais indicadores.<br />
Nos últimos 30 anos, com a crescente polarização política, com a estagnação<br />
da máquina estatal e com as dificuldades vividas pela na economia perdemos a<br />
preferência e a excelência.<br />
A cientista política Maria Victória Benevides diz que “o pior crime que um<br />
governante pode cometer é tirar a esperança do povo”, portanto, cabe à nova<br />
geração de gestores e políticos gaúchos olhar o futuro com otimismo e buscar<br />
alternativas. As soluções para a crise do Rio Grande não são fáceis, são difíceis.<br />
Não são simples, são complexas. Não são convencionais, devem ser inovadoras.<br />
Em 2018 haverá a quinta troca geracional do Rio Grande do Sul. Os gaúchos<br />
têm votado em constantes promessas que tudo seria diferente, porém, o agravamento<br />
da crise, a sensação de impotência da sociedade, governos que olham<br />
para os problemas como se não fossem de sua responsabilidade, têm gerado o<br />
clima para a estratégia da velha política: criar o inferno para fazer o purgatório<br />
parecer um paraíso.<br />
O Rio Grande está cansado de polarizações e precisa de um novo caminho<br />
para superar a crise e iniciar um ciclo virtuoso. Isso exigirá humildade, capacidade<br />
de diálogo e propostas inovadoras que permitam retirar o estado deste quadro<br />
de letargia. Temos que implementar soluções efetivas e não paliativos, uma<br />
mudança de paradigma e não ajustes superficiais, um novo projeto construído<br />
de forma compartilhada com 11 milhões de gaúchos.<br />
Jairo Jorge<br />
Coordenador Geral<br />
do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
Neste período devemos ter coragem e entusiasmo para inovar e desprendimento<br />
para garantir que as boas ideias que vêm dando certo nos últimos governos<br />
sejam mantidas e ampliadas. Devemos olhar para o passado e verificar<br />
a cada mudança geracional os êxitos e as marcas que os gestores deixaram,<br />
servindo de inspiração ao futuro.<br />
MUDANÇAS GERACIONAIS<br />
A primeira mudança geracional chegou com os ventos da República. Júlio<br />
de Castilhos, Borges de Medeiros, Assis Brasil, entre tantos outros, superaram a<br />
geração de Gaspar Silveira Martins e Manoel Luiz Osório e iniciaram mudanças<br />
profundas com a reestruturação do Estado gaúcho. Inspirados no positivismo,<br />
marcados pela integridade na condução dos negócios públicos, organizaram<br />
o Estado, o Poder Judiciário e os primeiros serviços de saúde e educação. Esta<br />
geração tem a marca da reestruturação da máquina ajustando-a aos novos desafios<br />
da República. No entanto, as reformas nasceram a ferro e fogo, a Revolução<br />
Federalista custou a vida de um em cada 100 gaúchos que vivam naquela<br />
época, deixando um rastro de ódio e sangue. Um conflito marcado pela a<br />
barbárie, dividindo os gaúchos entre republicanos (chimangos) e federalistas<br />
(maragatos).<br />
A segunda mudança geracional emergiu com a pacificação deste conflito.<br />
Depois de 30 anos de governo com Borges de Medeiros, teve inicio uma nova<br />
guerra que dividiu os gaúchos. A Revolução de 1923 ceifou também milhares<br />
de vidas e foi encerrada com o Pacto de Pedras Altas, num acordo entre chimangos<br />
e maragatos.<br />
Na condução desse processo surgiu uma nova geração formada por Getúlio<br />
Vargas, Osvaldo Aranha, Flores da Cunha, entre outros, que buscaram a pacificação<br />
do estado. Não por acaso, Getúlio Vargas assumiu o governo do Rio Grande<br />
do Sul sem concorrentes, administrando pela primeira vez com chimangos e<br />
maragatos lado a lado. Esta pacificação permitiu avanços importantes, organizando<br />
a economia e projetando nossas lideranças no cenário nacional. Em<br />
1930, como candidato à Presidente da República pela Aliança Liberal, Getúlio<br />
Vargas teve o apoio dos maragatos e conquistou a maioria esmagadora dos<br />
votos no Estado. A frente da Revolução de 30, depois de um mês de conflito,<br />
Vargas chegou à presidência da República e representou um momento especial<br />
da contribuição dos gaúchos.<br />
Com o fim do Estado Novo, emergiu a terceira mudança com uma nova geração<br />
de líderes, como Leonel Brizola, João Goulart, Alberto Pasqualini, entre<br />
outros. Coube a esta geração preparar as bases para o Rio Grande moderno.<br />
Investimentos em infraestrutura, como estradas, energia, comunicações e, especialmente,<br />
atenção à educação dedicadas pelo Governador Leonel Brizola<br />
colocaram o Rio Grande no caminho da prosperidade e seus reflexos vieram 20<br />
anos depois, com o crescimento do capital humano e da capacidade produtiva<br />
do estado, exatamente o período que alcançamos nossos melhores indicadores<br />
econômicos.<br />
Com a ditadura militar, o Rio Grande perdeu autonomia com seus governadores<br />
nomeados. Ocorreu o crescimento da dívida pública, somado a escolhas<br />
equivocadas em um ambiente polarizado em razão da situação política, derru-
ando, lentamente, o Rio Grande da sua posição de liderança. Com a quarta<br />
mudança geracional, surge uma nova geração que tem como missão administrar<br />
a crise: Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Brito, Olivio Dutra,<br />
Germano Rigotto, Yeda Crusius, Tarso Genro e José Ivo Sartori. Em um ambiente<br />
extremamente polarizado, o estado volta a se dividir. Não há continuidade<br />
administrativa e os eleitores mantém a tradição, desde 1947, não reelegendo<br />
nenhum projeto.<br />
não basta a simples redução das despesas, é preciso também aumentar a receita,<br />
não com o aumento da carga tributária, mas com eficientização, modernização<br />
e inteligência fiscal, enfrentando o tema da sonegação. É necessária<br />
uma revisão criteriosa das isenções e incentivos avaliando seus resultados, benefícios<br />
e impactos. Os incentivos são necessários para nossa competitividade<br />
e atratividade de investimentos, mas devem ser utilizados com parcimônia e<br />
responsabilidade.<br />
As sequelas políticas do Borgismo e seus 30 anos de reeleições sucessivas<br />
marcaram profundamente a sociedade gaúcha, gerando um sentimento antireeleição.<br />
Podemos observar um fenômeno similar com a experiência de Porfírio<br />
Diaz que governou durante 30 anos o México, levando o país a uma revolução,<br />
depois de tantas fraudes eleitorais. Os mexicanos até hoje não aceitam a<br />
reeleição para nenhum cargo executivo.<br />
A quarta geração chegou ao fim de seu ciclo na eleição de 2014 e podemos<br />
vislumbrar para 2018 uma troca geracional. Esta nova geração, forjada pela<br />
experiência democrática, acostumada com os limites da escassez, nascida de<br />
experiências mais inovadoras em gestão pública e aberta ao diálogo, terá a<br />
missão de superar a crise, buscar alternativas e reconduzir o Rio Grande do Sul<br />
ao caminho do desenvolvimento.<br />
Não há soluções mágicas, mas ancorados nas marcas vitoriosas das três primeiras<br />
gerações –reestruturação da máquina pública, pacificação política e<br />
investimento na educação – e com a busca incessante da inovação é possível<br />
criar alternativas para a superação da crise.<br />
REGENERAÇÃO DO ESTADO<br />
É preciso um Estado que esteja a altura dos novos desafios. O modelo forjado<br />
por Júlio de Castilhos sobreviveu ao tempo, mas está inadequado para a<br />
situação atual. Fomos os pioneiros e inovadores no final do século XIX, precisamos<br />
ser novamente no século XXI.<br />
A velha fórmula de cortar ou fundir secretarias ou mesmo vender estatais,<br />
propostas repetidas em todos os processos eleitorais, é inadequada, superada<br />
e insuficiente para produzir a mudança necessária. Avançar num novo desenho<br />
de gestão, um modelo que garanta transversalidade, funcionalidade e resolutividade.<br />
Enfrentar a burocracia, acelerar os processos de decisão, dar velocidade<br />
aos fluxos e reduzir drasticamente os níveis hierárquicos. Devemos criar<br />
mecanismos de valorização dos servidores públicos a partir da resolutividade<br />
e estabelecer metas de gestão conectadas com o programa de governo que<br />
possam ser aferidos plena e livremente pela sociedade.<br />
O Rio Grande precisa de uma Lei de Responsabilidade Geracional, que estabeleça<br />
em sintonia com a Responsabilidade Fiscal, metas e indicadores que desejamos<br />
para a saúde, educação, segurança, infraestrutura e desenvolvimento.<br />
De forma democrática, envolvendo o conjunto da sociedade gaúcha devemos<br />
definir onde queremos chegar, qual o tamanho do Estado que desejamos e<br />
quais as prioridades que iremos pactuar. Tudo isto, não para um governo apenas,<br />
mas para ciclos mais longos de 15 a 20 anos. Precisamos estabelecer metas<br />
e políticas públicas estruturantes que devem ser implantadas ao longo dos<br />
anos pelos governos, independente da alternância de poder.<br />
A criação da Lei de Responsabilidade Geracional, com o estabelecimento de<br />
metas decenais e de indicadores que nos permitam avaliar publicamente e de<br />
forma periódica os resultados, permitirá um debate mais racional e produtivo e<br />
uma pactuação junto a todos os protagonistas envolvidos.<br />
PARADIGMA DO DIÁLOGO<br />
O Rio Grande vive sob o paradigma do conflito. A política continua sendo<br />
presidida pela polarização, uma distinção permanente entre “nós e eles”, uma<br />
ausência de alteridade e de reconhecimento do outro e de suas idéias. Não<br />
conseguimos forjar uma pactuação efetiva e duradoura que possa nos levar a<br />
tomar coletivamente decisões difíceis, mas necessárias.<br />
Devemos trilhar um novo caminho onde o paradigma do diálogo possa imperar.<br />
Em um cenário de vencidos e vencedores iremos mergulhar cada vez<br />
mais na crise, não será dividindo o estado, colocando um setor contra o outro<br />
que iremos avançar. Precisamos desenvolver um novo modelo onde, de forma<br />
colaborativa e dialógica, todos os segmentos estejam envolvidos na construção<br />
das soluções.<br />
Hoje no Rio Grande há uma consciência da gravidade da crise. Em todas as<br />
áreas e classes existe uma concordância que caminhamos rapidamente para<br />
um processo de insolvência. É papel do Estado construir democraticamente as<br />
soluções, só de forma pactuada elas sobreviverão as disputas políticas e poderão<br />
deflagrar um ciclo virtuoso em nossa economia e na gestão administrativa.<br />
Com estruturas administrativas horizontais, organizadas de forma temática<br />
e transversal, a redução dos níveis gerenciais, a informatização dos processos, a<br />
implantação de mecanismos gerenciais de controle é possível fazer mais com<br />
menos. É absolutamente necessário termos uma métrica do custo efetivo de<br />
cada serviço público com transparência para toda a sociedade. O Governo<br />
deve estar presente naquilo que é estratégico e o Estado necessário, indutor,<br />
empreendedor, em rede, dever ser uma organização exponencial, moldado a<br />
partir da vontade dos gaúchos.<br />
A austeridade é um dever dos governantes e deve ser adotada sempre, mas<br />
Não será com as velhas e surradas fórmulas da disputa que iremos romper<br />
esse processo. A estratégia de ouvir, acreditando que o outro tem a contribuir,<br />
superando o conflito, exige tolerância, iniciativa, exemplo e, especialmente, liderança.<br />
REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO<br />
Antes de <strong>2030</strong> o Rio Grande começará a reduzir sua população. Vivemos o<br />
fim do bônus demográfico e as gerações futuras terão que produzir mais para<br />
13<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
14<br />
garantir o bem estar e o acesso aos serviços públicos para todos. Nossa economia<br />
terá que ter mais produtividade, gerar mais riqueza para proporcionar as<br />
gerações que já contribuíram para o desenvolvimento a dignidade merecida.<br />
Todos os países desenvolvidos buscaram na educação e no conhecimento o<br />
caminho seguro para enfrentar as alterações demográficas. Uma mão de obra<br />
qualificada, mentes inquietas e criativas são a base para o crescimento sustentável<br />
de qualquer comunidade.<br />
Na década de 1950 tivemos um câmbio de rumos, quando passamos de 1.795<br />
para 8.097 escolas, de 12.244 para 42.153 vagas para professores e de 306.171<br />
para 688.209 matrículas para os alunos. A iniciativa do governador Leonel Brizola<br />
revolucionou a educação no Rio Grande e passamos naquele momento a ter<br />
a maior taxa de escolarização do Brasil.<br />
Para encontrarmos o caminho do desenvolvimento teremos que desencadear<br />
uma mudança com tamanha magnitude, oferecendo uma educação de<br />
qualidade, em tempo integral, inovadora e criativa, que dote nossos jovens das<br />
competências e talentos indispensáveis na sociedade do conhecimento.<br />
As iniciativas e os investimentos em educação são progressivos e se materializam<br />
ao longo de uma geração, por isso devem ser pactuados para se transformarem<br />
em políticas de Estado e não de governos, sobrevivendo às oscilações<br />
promovidas pelo calendário eleitoral.<br />
A criação de um Fundo para Educação, vindo da lucratividade das empresas<br />
públicas ou da eventual venda de ativos, como terrenos e prédios públicos<br />
ociosos, gerando recursos novos para modernização das escolas, aquisição de<br />
tecnologia de ponta e formação continuada dos educadores é um dos caminhos<br />
possíveis para deflagrarmos uma segunda revolução na educação gaúcha.<br />
CELEIRO DE INOVAÇÃO<br />
Encontramos na sociedade gaúcha, e em particular na máquina pública, certa<br />
resistência à inovação. Somos mais céticos diante das novidades que chegam<br />
e tendemos a seguir caminhos já conhecidos, mas ao mesmo tempo somos<br />
desbravadores e empreendedores onde quer que estejamos. Em vários estados<br />
da federação, os gaúchos são assim reconhecidos.<br />
O mundo vive uma mudança profunda e galopante e precisamos da inquietude,<br />
criatividade e flexibilidade para buscar novas alternativas. As soluções conhecidas<br />
nos levarão aos mesmos resultados, por isso, precisamos de inovação<br />
política e uma mudança de pensamento.<br />
A construção de novas políticas públicas exige a observação e a análise<br />
de várias experiências exitosas, retirando delas as lições possíveis para a nossa<br />
realidade. Não existe transposição mecânica de nenhuma iniciativa, toda e<br />
qualquer ideia tem que ter sempre a marca local. Mas também não será com o<br />
isolamento e a reprodução das mesmas práticas, ainda que essas tenham sido<br />
vitoriosas no passado, que iremos superar os grandes desafios que estão diante<br />
de nosso estado.<br />
É fundamental inovarmos tanto na gestão pública como no setor privado.<br />
O Rio Grande precisa se transformar em um celeiro de inovação, mas para isso<br />
a máquina estatal dever ser exemplo, garantindo as condições para esse salto.<br />
Hoje a burocracia cria dificuldades para as iniciativas inovadoras e pune os<br />
líderes que ousam criar. O Estado, em primeiro lugar, não pode ser obstáculo,<br />
não pode atrapalhar a inovação no setor privado. Em segundo lugar, deve ser<br />
exemplo de inovação, se desejamos que essa seja a marca futura do Rio Grande.<br />
Só iremos alavancar a economia com inovação, pois foi graças à aplicação de<br />
técnicas avançadas na agricultura que a produtividade da soja dobrou nos últimos<br />
30 anos. No entanto, para não sermos apenas produtores de commodities,<br />
nosso grande desafio para os próximos anos é a agregação de valor aos nossos<br />
produtos e isso exige investimentos constantes em tecnologia e ciência.<br />
A inovação deve presidir também a busca de novos caminhos para resolvermos<br />
a questão da infraestrutura. Os gargalos reais que temos em estradas, aeroportos,<br />
portos, energia e comunicações travam a nossa produção e geram a<br />
concentração do desenvolvimento no eixo Porto Alegre - Caxias do Sul. A superação<br />
desses limitadores exige soluções inovadoras como as Parcerias Público<br />
Privadas (PPPs) para a geração de um desenvolvimento sustentável e simétrico<br />
no Rio Grande.<br />
<strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
Hoje grande parte dos problemas recai sobre os ombros dos prefeitos e prefeitas.<br />
A repartição desigual e concentradora promovida pela União aumentou<br />
as responsabilidades e as despesas dos municípios e não deu garantias efetivas<br />
para a continuidade das políticas públicas, ampliando as dificuldades dos gestores<br />
municipais num momento de crise aguda.<br />
É necessário um novo Pacto Federativo, que dê aos outros entes federados<br />
– Estados e Municípios – mais protagonismo e recursos, uma melhor repartição<br />
do bolo tributário. Mas não basta apenas isso, temos que criar também um<br />
novo ciclo econômico e político no Rio Grande do Sul.<br />
Movida pelo senso prático dos gestores municipais na busca de soluções e alternativas<br />
para o futuro do nosso Estado, a Famurs promoveu o Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>.<br />
São ideias e propostas concretas que foram discutidas e elaboradas por 1.535<br />
prefeitos, secretários, vereadores e lideranças comunitárias de 278 cidades, 56%<br />
dos municípios gaúchos.<br />
O Rio Grande é extremamente competente na produção de diagnósticos,<br />
mas não somos eficazes na colocação em prática destas iniciativas. Por isso, o<br />
projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> está apresentando 40 estratégias, que materializadas nos próximos<br />
13 anos poderão conduzir nosso estado a um novo patamar.<br />
Não produzimos um estudo acadêmico, mas ideias e propostas que nasceram<br />
da escuta e formulação dos prefeitos e prefeitas. Por estar na base da sociedade,<br />
sendo cobrados e fiscalizados por seus cidadãos, os gestores municipais<br />
são responsáveis pelo setor mais dinâmico da administração pública e representam<br />
uma voz lúcida e inovadora neste momento de crise política, ética e<br />
econômica que vive nosso país.<br />
Com o Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> deixamos uma colaboração para os futuros governantes<br />
e a esperança que essas ideias possam germinar no solo fértil do Rio Grande.
Mensagem da Coordenação Técnica<br />
Uma consideração importante no contexto de planejamento do “<strong>RS</strong><br />
<strong>2030</strong>: O Nosso Futuro em Debate” foi a concepção adotada pela Famurs<br />
para o projeto. O esforço principal pensado desde o início do projeto<br />
foi de democratizar o processo de coleta de informações para que este<br />
acontecesse fundamentalmente de forma aberta, participativa e inclusiva,<br />
impulsionado por um debate positivo, transparente e um intercâmbio<br />
de conhecimento e experiências que trouxesse a perspectiva e o entendimento<br />
dos prefeitos sobre o desenvolvimento do Estado, mas que<br />
também envolvesse governos, instituições educacionais, organizações<br />
comunitárias e a sociedade civil.<br />
O projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> se estruturou a partir de dois fóruns de troca de<br />
ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e<br />
Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade<br />
por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar<br />
abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente<br />
uma visão de prioridade para o Estado.<br />
A fim de complementar o amplo escopo e tópicos que foram apresentados<br />
nas Perspectivas Regionais como um grande laboratório de pensamento<br />
sobre o Estado, as reuniões das Perspectivas Temáticas trouxeram<br />
especialistas para debater e se concentrar em um foco mais específico<br />
de questões-chave sobre temas como Infraestrutura, Desenvolvimento<br />
Econômico, Gestão e Finanças, Demografia, Segurança, Saúde e Educação,<br />
sendo uma grande oportunidade para explorar novas ideias,<br />
abordagens diferentes e inovadoras com mais profundidade e detalhe,<br />
surgindo a partir daí recomendações práticas em relação a temas importantes<br />
e possibilidades de políticas público-privadas para o Estado.<br />
Neste documento se é capaz de obter uma imagem abrangente do<br />
que foi debatido e, portanto, definir mais claramente uma visão compartilhada<br />
até <strong>2030</strong>. Em outras palavras, ao sabermos onde estamos, podemos<br />
determinar onde precisamos ir e como podemos chegar lá. O que<br />
se espera? Um Estado que facilite as condições para uma expressão humana<br />
vibrante, com conhecimento, interação e governança? Um Estado<br />
que se comprometa com uma gestão responsável de seus recursos e de<br />
seu futuro?<br />
Traçar um caminho para o futuro do Rio Grande do Sul e suas cidades<br />
é uma perspectiva desafiadora, considerando que são ecossistemas<br />
complexos, espaços compartilhados para que cada um de nós possa encontrar<br />
o nosso próprio caminho. Este documento reflete um trabalho<br />
realizado com o princípio da estreita colaboração.<br />
Nossa tarefa foi encorajar a proposição de ações e assegurar que este<br />
documento reflita uma expressão autêntica das ideias, preocupações<br />
e aspirações coletivas para o futuro do Estado. Nosso objetivo foi fazer<br />
uma análise cruzada de todas as contribuições para identificar resultados<br />
factíveis e exequíveis até <strong>2030</strong> e que possibilitassem criar convergência<br />
em torno de mudanças e evoluções sustentáveis e implementáveis no<br />
contexto atual e futuro do Estado.<br />
Muitos dos convidados aceitaram o convite de participar e construir<br />
um debate com amplitude e diversidade. Este documento resume o<br />
resultado de um processo de consulta durante dois anos. A opção de<br />
formulação pela objetividade visa preservar ao máximo a fidelidade aos<br />
pontos de vista exprimidos, ao mesmo tempo em que se tem um documento<br />
voltado à ação prática e atuação convergente de governos e<br />
organizações do setor privado em torno de causas comuns e prementes,<br />
bem como pontos escaláveis e práticos de estratégia de ação como resultado<br />
final.<br />
Acreditamos e valorizamos os vários esforços de diagnóstico que precederam<br />
este projeto e continuam a ser realizados no Rio Grande do Sul.<br />
Sem o legado de inúmeros estudos sobre o desenvolvimento do Estado<br />
seria impossível termos a massa crítica e o grau de envolvimento em torno<br />
de questões fundamentais que temos hoje. A visão de coordenação<br />
regional deve-se, em boa parte, aos diagnósticos e atuação dos CORE-<br />
DEs, em muitas regiões com um alto grau de envolvimento. A evolução<br />
do debate na sociedade tem seu crédito em boa parte pelo esforço de<br />
iniciativas como a Agenda 2020, assim como o levantamento de informações,<br />
e análise de projetos governamentais como a Agenda <strong>2030</strong> de<br />
Desenvolvimento Territorial do governo do Estado, e anteriormente projetos<br />
como o Rumos 2015, parte de um movimento de “reformar o Rio<br />
Grande” que começou a se expressar em termos de formulação com o<br />
Plano Sayad, de 1988/1989.<br />
Esperamos, dessa forma, contribuir para que o estado do Rio Grande<br />
do Sul construa uma trajetória diversa de décadas anteriores. Que 2017 a<br />
<strong>2030</strong> seja um período de evolução, convergência e prosperidade.<br />
Gustavo Grisa<br />
Coordenador Técnico<br />
Renata de Carvalho Rodrigues<br />
Gestora e Editora de Conteúdo<br />
17<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Sumário<br />
20<br />
30<br />
32<br />
35<br />
40<br />
60<br />
104<br />
Metodologia<br />
<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> em Números<br />
O Poder das Cidades x a Realidade das Cidades Gaúchas<br />
Perspectivas Regionais<br />
Linhas Convergentes<br />
Resumo dos Encontros de Perspectivas Regionais<br />
Agradecimentos<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
18 19<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
1. METODOLOGIA<br />
Princípios<br />
O princípio metodológico e o objetivo a ser atingido com o resultado<br />
das contribuições dos participantes e da análise técnica dentro do processo<br />
do projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> é a melhor convergência possível entre uma<br />
visão múltipla, plural, integrada a questões locais, regionais, nacionais e<br />
à lógica global.<br />
O princípio da total abertura dos 417 depoimentos para o Estado do<br />
Rio Grande do Sul apontados e registrados contou com a livre construção<br />
e agregação de contribuições para assegurar a multiplicidade de pontos<br />
de vista e particularidades que compõem a realidade do Rio Grande do<br />
Sul. Não houve sugestão de conteúdo, ou texto-base para aprovação ou<br />
revisão pelos participantes.<br />
O desafio da convergência é colocar essa multiplicidade<br />
de realidades e prioridades dentro de<br />
políticas convergentes, entendendo que os recursos<br />
e o tempo de implementação são<br />
finitos, e a construção de soluções<br />
reais, em outra dimensão daquela<br />
que permite o diagnóstico e do<br />
planejamento, deve contemplar<br />
a escolha de caminhos em detrimento<br />
de outros.<br />
Etapas do projeto<br />
Amplitude<br />
geográfica<br />
Amplitude<br />
das<br />
soluções<br />
Recursos<br />
mobilizáveis<br />
O Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> expressa as perspectivas<br />
regionais e temáticas do estado do Rio Grande do<br />
Sul para <strong>2030</strong>, no sentido de não ser apenas uma força<br />
reativa, mas um diálogo e debate sobre preocupações<br />
e prioridades ao desenvolver uma agenda que inclui desde os governos<br />
locais a lideranças regionais, metrópoles e municípios pequenos, cidades<br />
com perfil comercial, industrial e agrícola.<br />
A partir das perspectivas, o debate foi além da rede de prefeitos e gestores<br />
municipais que fazem parte do universo da Famurs, porque é vital<br />
identificar mensagens compartilhadas e construir alianças estratégicas<br />
com outras partes interessadas, a fim de maximizar ideias e ações.<br />
O debate, organizado entre 2015 e 2017, reuniu representantes de grande<br />
parte das cidades do estado do Rio Grande do Sul, promovendo assim<br />
uma abordagem local à agenda do desenvolvimento, dando atenção e visibilidade<br />
às cidades, e uma visão das ligações urbano-rurais e particularidades<br />
do Rio Grande do Sul. O Estado apresenta forte ancoragem cultural<br />
e econômica do meio rural, por isso considerou-se também as vozes deste<br />
grande grupo, para ser melhor identificado e acolhido. O universo das pequenas<br />
cidades foi fortemente considerado, assim como as visões específicas<br />
sobre o desenvolvimento de seus territórios. Nesse contexto, está a raiz<br />
de uma política alternativa em termos demográficos para o Estado.<br />
Modernidade<br />
técnica<br />
20 21<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
FREDERICO WESTPHALEN<br />
TRÊS<br />
DE<br />
MAIO<br />
PALMEIRA<br />
DAS<br />
MISSÕES<br />
IJUÍ<br />
PASSO<br />
FUNDO<br />
ESPUMOSO<br />
GUAPORÉ<br />
ENCANTADO<br />
CAXIAS<br />
DO SUL<br />
SANTA<br />
MARIA<br />
SANTA<br />
CRUZ<br />
DO SUL<br />
GRAMADO<br />
TAQUARA<br />
OSÓRIO<br />
ROSÁRIO DO SUL<br />
SÃO<br />
GABRIEL<br />
ESTEIO<br />
BAGÉ<br />
PIRATINI<br />
PELOTAS<br />
Municípios Participantes<br />
Cidades-Sede das<br />
Perspectivas Regionais<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
22 23<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
2015 Perspectivas Regionais<br />
Perspectivas Temáticas<br />
Setembro de 2015 a Maio de 2017<br />
1ª Fase<br />
. Esteio (Lançamento)<br />
. Bagé (Região Campanha)<br />
. Santa Cruz do Sul (Região Vale do Rio Pardo)<br />
. Rosário do Sul (Região Fronteira Oeste)<br />
. Santa Maria (Região Central)<br />
. Frederico Westphalen (Região Médio Alto Uruguai)<br />
. Passo Fundo (Região Produção)<br />
. Caxias do Sul (Região Serra)<br />
. Taquara (Região Paranhana - Encosta da Serra)<br />
. Ijuí (Região Noroeste Colonial)<br />
. Pelotas (Região Sul)<br />
2ª Fase<br />
. Osório (Região Litoral)<br />
. Três de Maio (Região Fronteira Noroeste)<br />
. Espumoso (Região Alto da Serra do Botucaraí)<br />
. Palmeira das Missões (Região Rio da Várzea)<br />
. Encantado (Região Vale do Taquari)<br />
. São Gabriel (Região Fronteira Oeste)<br />
. Guaporé (Região Serra)<br />
. Gramado (Região Hortênsias)<br />
. Piratini (Região Sul)<br />
Novembro e Dezembro de 2015 (1ª Fase),<br />
Maio e Junho de 2017 (2ª Fase)<br />
1ª Fase<br />
. Infraestrutura – Estradas, Portos e Aeroportos + Energia e Comunicações<br />
– 17/11<br />
. Desenvolvimento – Política Industrial, Polos Tecnológicos, Atração<br />
Descentralizada de Investimentos e Turismo – 24/11<br />
. Gestão Pública e Finanças – Reforma do Estado, Pacto Federativo,<br />
Dívida Pública e Previdência. – 01/12<br />
. Agricultura Familiar e Demografia – 18/12<br />
2ª Fase<br />
. Segurança Pública – 17/05<br />
. Educação e Conhecimento –05/06<br />
. Saúde-05/06<br />
2017
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
26<br />
27<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Relação entre Perspectivas Regionais,<br />
Temáticas e Linhas Convergentes<br />
Perspectivas<br />
Regionais<br />
Perspectivas<br />
Temáticas<br />
Linhas<br />
Convergentes<br />
O resultado do processo de análise do conteúdo obtido a partir das<br />
contribuições dos encontros de Perspectivas Regionais e de Perspectivas<br />
Temáticas são as Linhas Convergentes, que são as 4 Linhas Convergentes<br />
(Inovar e Reformar as Instituições, Conectar e Integrar Regiões e Territórios,<br />
Impulsionar a Resiliência e Mudar Pensamento e Comportamento)<br />
que trazem 10 estratégias cada uma, totalizando as 40 estratégias que<br />
resumem um conjunto de implementações institucionais e prioridades<br />
que têm potencial de destravar o processo de desenvolvimento do Rio<br />
Grande do Sul.<br />
Os convidados, com suas contribuições individuais, trabalharam juntos<br />
ao identificarem as prioridades e estratégias que cada cidade e região<br />
devem buscar para contribuir, até <strong>2030</strong>, com o desenvolvimento<br />
do Rio Grande do Sul, sugeriram políticas que podem ajudar a tornar<br />
realidade essas prioridades, exemplificando como podem ser implementadas<br />
na prática.<br />
Neste documento estão os resultados e conclusões do debate, a partir<br />
da análise das diferenças e semelhanças entre as diversas agendas apresentadas<br />
e os fios transversais aos principais tópicos e questões debatidas.<br />
O tempo do desenvolvimento<br />
O projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> foi proposto, e está sendo elaborado com o objetivo<br />
de colocar propostas e iniciativas para o Estado entre 2017 e <strong>2030</strong>.<br />
Portanto, este seria o tempo de implementação, e esse é o conceito para<br />
cada uma das estratégias sugeridas neste documento. Já são conhecidos<br />
vários exemplos de Estados e regiões que se posicionaram estrategicamente<br />
a partir do esforço de uma ou duas décadas. Se considerarmos<br />
o tempo entre o Plano Sayad, de 1989, e o tempo atual, são 28 anos de<br />
formulação de vários projetos nesse sentido, com bons diagnósticos e<br />
baixo resultado de implementação. O <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> está focado na implementação<br />
de quatro grandes linhas convergentes para o Estado.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Contribuidores<br />
O Estado deve ser pensado como um sistema de atores interligados,<br />
pois estes serão os responsáveis pela execução de qualquer estratégia<br />
formulada. Se existe um sistema, há uma conexão, e cada ator traz algo<br />
que pode contribuir para essa visão de mosaico que compõe o <strong>RS</strong> e suas<br />
prioridades.<br />
Nesse sentido de cooperação e integração, a Famurs organizou o processo<br />
de participação no projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>. Os convidados foram selecionados<br />
com base em sua experiência e conhecimento, que pensassem a<br />
sua cidade e o Estado como um todo e pela capacidade de contribuir<br />
para um debate dinâmico e aberto. A Famurs também procurou assegurar<br />
sempre a participação local e regional, legitimada a partir dos prefeitos<br />
municipais.<br />
O grupo final foi formado por 1.535 participantes, incluindo gestores<br />
municipais eleitos, gestores estaduais, profissionais e acadêmicos de<br />
destaque e representantes da sociedade civil.<br />
28 29<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
2.<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> EM NÚMEROS<br />
20 7<br />
23 326<br />
ENCONTROS<br />
DE PE<strong>RS</strong>PECTIVAS<br />
REGIONAIS<br />
ENCONTROS<br />
DE PE<strong>RS</strong>PECTIVAS<br />
TEMÁTICAS<br />
COREDEs<br />
PARTICIPANTES<br />
SECRETÁRIOS<br />
E GESTORES<br />
MUNICIPAIS<br />
1.535 278 *<br />
PARTICIPANTES<br />
NOS ENCONTROS<br />
CIDADES<br />
PRESENTES NAS<br />
DUAS FASES<br />
DO PROJETO<br />
187 120<br />
REPRESENTANTES<br />
DA SOCIEDADE<br />
CIVIL<br />
PROFISSIONAIS<br />
ESPECIALISTAS,<br />
PESQUISADORES<br />
E ACADÊMICOS<br />
277 5<br />
PREFEITOS E<br />
VICE-PREFEITOS<br />
PRESENTES<br />
REITORES DE<br />
UNIVE<strong>RS</strong>IDADES<br />
417<br />
CONTRIBUIÇÕES<br />
GRAVADAS E<br />
ANALISADAS<br />
*278 municípios diferentes: 159 municípios na 1ª fase e 162 na 2ª fase.<br />
31<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
O mundo está na continuidade de um processo radical de mudança<br />
da população do campo para a cidade. A urbanização vem emergindo há<br />
algum tempo; hoje vivemos em um mundo urbano.<br />
Esse processo, amadurecido, acarreta duas questões fundamentais<br />
quando tratamos do Rio Grande do Sul:<br />
1.<br />
O impacto econômico, uma vez que a estabilidade do sistema<br />
econômico depende de uma base agrícola na maior parte do<br />
seu território;<br />
2.<br />
O impacto cultural e demográfico, pois a desagregação do<br />
modelo social-cultural baseado na produção e no modelo de<br />
vida comunitário e urbano passa por várias mudanças.<br />
O grande desafio, que já se sobrepõe há décadas, mas que hoje se<br />
coloca em um ponto agudo, é como inserir as cidades em um processo<br />
realista de desenvolvimento em meio a essa mudança:<br />
3. O PODER DAS CIDADES X<br />
A REALIDADE DAS CIDADES<br />
GAÚCHAS<br />
Migração de cidades e áreas rurais<br />
alimentando a expansão da periferia<br />
de região metropolitana e cidades<br />
polo na região leste do Estado<br />
Cidades em áreas típicas de produção<br />
que não sofrem redução populacional,<br />
mas se deparam com o problema<br />
da falta de sucessão familiar e desvocacionamento<br />
do trabalho agrícola<br />
Uma estratégia convergente e<br />
implementável a nível local<br />
O problema do pacto federativo<br />
no Brasil, com aumento de responsabilidades<br />
no município, e sem<br />
contrapartidas em proporção<br />
As cidades médias, metropolitanas e<br />
polos regionais, que sofrem com aumento<br />
da população em sua periferia,<br />
demandando mais serviços públicos,<br />
sem recursos em contrapartida<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Os cidadãos esperam resultados concretos a nível local, resultados<br />
que refletem na sua cidade. Mas existem obstáculos como o vácuo de<br />
responsabilidades e capacidade para lidar com problemas, e sistema de<br />
financiamento inadequado.<br />
A colaboração regional - interlocal ou intermunicipal - e o trabalho em<br />
rede multinível podem ser uma solução. É importante colaborar interlocalmente<br />
para superar a falta de capacidade, competências e financiamento,<br />
uma realidade presente nos pequenos municípios.<br />
A implementação local é fundamental para o desenvolvimento de<br />
boas políticas locais e para fazê-las funcionar. A capacidade de implementar<br />
políticas diretamente e com proximidade é o principal trunfo.<br />
32 33<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Por essa razão, o modelo unipolar, estilo província, em que existe a capital<br />
e as demais unidades, se mostra totalmente superado para o caso de<br />
estados como o Rio Grande do Sul.<br />
A implementação efetiva de políticas de interesse público só funciona<br />
se a identidade, cultura e contexto locais forem levados em conta. Uma<br />
das linhas convergentes do projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> é propor uma solução para<br />
esse desafio do Estado.<br />
Foco no potencial dos governos das cidades<br />
O papel das cidades na identificação de problemas e soluções é vital.<br />
As cidades são espaços de inovação, criatividade e transformação para<br />
melhorar a qualidade de vida e promover novos modelos econômicos.<br />
Como construir um Estado com cidades integradas? Uma das alternativas<br />
é a partir de uma liderança democrática, com diálogo e mecanismos<br />
participativos transparentes, com responsabilidade e acompanhamento<br />
dos cidadãos. E os governos locais tem uma grande responsabilidade<br />
na criação desses espaços de diálogo, bem como definir e sincronizar a<br />
agenda política.<br />
Para responder à crise de legitimidade e de confiança, é necessário um<br />
processo de regeneração e renovação das bases para o centro do sistema<br />
político. Para isso, o surgimento e fortalecimento de lideranças que<br />
entendam o real problema das cidades, como escassez, e questões como<br />
gestão, economia e priorização, é fundamental. Para isso, deve-se atentar<br />
para o fortalecimento da governança local-regional e o investimento<br />
em melhoria de capacidade dos governos locais.<br />
4. PE<strong>RS</strong>PECTIVAS REGIONAIS<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
34
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
<strong>RS</strong> hoje<br />
Unipolar e<br />
polaridades não<br />
integradas<br />
Porto<br />
Alegre<br />
<strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
Multipolar<br />
e integrado<br />
As Perspectivas Regionais do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> partem de uma abordagem diversa<br />
da comumente trabalhada no planejamento público. A questão regional<br />
não é abordada como uma perspectiva de assuntos de interior, de<br />
infraestrutura, mas sim no centro da estratégia.<br />
As políticas públicas do Rio Grande do Sul historicamente foram unicêntricas,<br />
ou seja, construídas a partir da capital e da Região Metropolitana,<br />
e trabalhadas sobre agregados setoriais ou por região de influência<br />
de obras de infraestrutura.<br />
Apesar do regionalismo e da noção de planejamento regional já estarem<br />
presentes na esfera governamental do Rio Grande do Sul desde<br />
a década de 1990, principalmente a partir da criação dos COREDEs, até<br />
hoje não foi aperfeiçoado um modelo institucional executivo que realmente<br />
alavancasse soluções para as prioridades das diferentes regiões<br />
do Rio Grande do Sul, sendo que em alguns casos estas prioridades vêm<br />
de décadas e não possuem uma necessidade de investimento extremamente<br />
elevada.<br />
A economia do Estado é formada por diversos sistemas produtivos<br />
que precisam ser considerados de forma sistêmica, e não como elos isolados,<br />
envolvidos em um modelo econômico “genérico”.<br />
Para isso, devem ser consideradas a eficiência e a montagem de condições<br />
para o modelo armazenamento-logística de distribuição-comercialização<br />
à maioria dos sistemas produtivos, sejam os de baixa quanto<br />
os de alta complexidade.<br />
Um sistema regional para o Rio Grande do Sul precisa atender, e ter<br />
condições de enfrentar e conviver, os contrapontos e as dualidades existentes<br />
no Estado, em todas as regiões:<br />
Porto<br />
Alegre<br />
Singularidades e<br />
Multiplicidades<br />
Muitas regiões do Estado têm situações e<br />
prioridades bastante comuns. Com pequenas<br />
variações, fazem parte do mesmo sistema,<br />
e podem ter soluções convergentes. Esse<br />
é o aspecto principalmente dos temas ligados<br />
à infraestrutura e organização da gestão. No<br />
entanto, as multiplicidades e especialmente<br />
as singularidades devem ser levadas em conta<br />
– as diversidades geográficas, culturais e até<br />
mesmo climáticas.<br />
Tradição e Valores<br />
Uma das grandes crises não-explicitadas no<br />
Rio Grande do Sul de hoje é o conflito entre<br />
valores tradicionais e a contemporaneidade, a<br />
globalização. Parece existir um mito no conflito<br />
que é mundial, mas que é enfrentado com inteligência<br />
em outros locais. A forma de manutenção<br />
de valores tradicionais é inseri-los em uma<br />
visão contemporânea. A prosperidade torna a<br />
tradição e valores visíveis e fortalecidos, o empobrecimento<br />
e esvaziamento leva à sua marginalização.<br />
É preciso que a sociedade gaúcha<br />
entenda que não há conflito entre as oportunidades<br />
da contemporaneidade e as tradições<br />
e valores das diversas culturas e sagas que<br />
construíram a história e a estrutura do Estado.<br />
A contemporaneidade é revisitar a tradição e<br />
valores, dar a eles releitura e uma contextualização,<br />
valorizando as singularidades existentes<br />
no Rio Grande do Sul.<br />
História e<br />
Gradualismo<br />
Afinidades<br />
Contemporaneidade<br />
Inovação e<br />
Expertise Técnica<br />
Na prática, o conflito entre tradição e contemporaneidade<br />
se reflete na antiga resistência<br />
à mudança de alguns segmentos do Rio<br />
Grande do Sul. Podemos, a partir dos depoi-<br />
mentos e prioridades elencadas, afirmar que a<br />
fase do triunfalismo, da negação da crise, da afirmação<br />
da tradição, é passada. Hoje é majoritária<br />
uma fase posterior, em que convive uma certa<br />
perplexidade diante de um quadro de estagnação<br />
consolidado e o apontamento de caminhos<br />
e uma preparação maior para um momento de<br />
reação, ao se estar mais aberto à inovação e à<br />
expertise técnica. O uso das melhores técnicas<br />
e a inovação são fundamentais na construção<br />
das estratégias para o Estado, tendo em vista a<br />
necessidade imperativa de queimar etapas, de<br />
passar-se para soluções contemporâneas sobre<br />
problemas tradicionais. Uma das grandes vantagens<br />
da não-implementação de mudanças institucionais<br />
de maior impacto no <strong>RS</strong> nas últimas<br />
décadas é que estas tiveram a oportunidade de<br />
ser testadas em outros Estados, e regiões. Há um<br />
aprendizado que deve ser aproveitado. A mudança<br />
gradual e incremental, em muitos casos,<br />
não é mais possível, sequer recomendável.<br />
36 37<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Análise dos resultados das prioridades<br />
apontadas nas Perspectivas Temáticas<br />
Assuntos prioritários nos encontros de Perspectivas<br />
Regionais - 2ª Fase (2017)<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
A análise dos temas levantados como prioritários nas etapas de Perspectivas<br />
Regionais dá um indicativo claro dos eixos prioritários de ações<br />
que envolvem todas as regiões. Ao mesmo tempo, indica preocupações<br />
específicas e estratégias que devem ser implementadas no âmbito regional.<br />
Se compararmos o quadro das prioridades colocadas na 1ª fase<br />
do projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, com um conjunto de encontros realizados no último<br />
trimestre do ano de 2015, com os encontros realizados entre março e<br />
maio de 2017, na 2ª fase, percebemos que itens transversais a todas as<br />
regiões como saúde e segurança pública subiram muito em prioridade.<br />
Da mesma forma, a busca de um melhor sistema de coordenação de recursos<br />
no nível estadual e local, expressos pelas manifestações acerca do<br />
Pacto Federativo. Essas situações foram consideradas nas Perspectivas<br />
Temáticas, para aprofundar a análise de alguns itens e nas Linhas Convergentes.<br />
Os quadros abaixo permitem uma visão dos assuntos principais abordados<br />
nas contribuições das Perspectivas Regionais, na 1ª. Fase (2015) e<br />
2ª. Fase (2017).<br />
Assuntos prioritários nos encontros de Perspectivas<br />
Regionais - 1ª Fase (2015)<br />
Saúde<br />
Educação<br />
Segurança Pública<br />
Estradas - Eixos+Acesso Asfáltico+Pontes<br />
Aeroporto<br />
Hidrovias<br />
Energia de qualidade+trifásica<br />
Internet<br />
Jovem no Campo<br />
Sucessão Familiar<br />
Agronegócio<br />
Qualidade Emprego<br />
Apoio a universidades regionais<br />
Turismo<br />
Diversificação da produção<br />
Empreendedorismo<br />
Ferrovia<br />
Faixa de Fronteira<br />
Industrialização<br />
Redimensionar equipamentos + Consórcios<br />
Regionalização do licenciamento ambiental<br />
Regionalização de PPPs<br />
Energia sustentável<br />
Plano integrado de saneamento<br />
Trem de passageiros<br />
Atenção às bacias hidrográficas<br />
Sazonalidade de atividades<br />
Pacto Federativo<br />
Bagé<br />
Santa<br />
Cruz<br />
Rosário<br />
do Sul<br />
Santa<br />
Maria<br />
Frederico<br />
Westphalen<br />
Passo<br />
Fundo<br />
Caxias<br />
do Sul<br />
Taquara Ijuí Pelotas<br />
Saúde<br />
Educação<br />
Segurança Pública<br />
Estradas - Eixos+Acesso Asfáltico+Pontes<br />
Aeroporto<br />
Hidrovias<br />
Energia de qualidade+trifásica<br />
Internet<br />
Jovem no Campo<br />
Sucessão Familiar<br />
Agronegócio<br />
Qualidade Emprego<br />
Apoio a universidades regionais<br />
Turismo<br />
Diversificação da produção<br />
Empreendedorismo<br />
Ferrovia<br />
Faixa de Fronteira<br />
Industrialização<br />
Redimensionar equipamentos + Consórcios<br />
Regionalização do licenciamento ambiental<br />
Regionalização de PPPs<br />
Energia sustentável<br />
Plano integrado de saneamento<br />
Trem de passageiros<br />
Atenção às bacias hidrográficas<br />
Sazonalidade de atividades<br />
Pacto Federativo<br />
38 39<br />
Osório<br />
Três de<br />
Maio<br />
Espumoso<br />
Palmeira<br />
das<br />
Missões<br />
Encantado<br />
São<br />
Gabriel<br />
Guaporé Gramado Piratini<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
As linhas convergentes são os quatro conjuntos de estratégias articuladas<br />
que devem ser priorizadas e viabilizadas no Estado do Rio Grande<br />
do Sul de forma a criar um efeito catalisador sobre as prioridades para o<br />
Estado: a partir dessas linhas, das evoluções institucionais, renovações<br />
e alterações de política, se consegue influenciar um grande número de<br />
variáveis e ações encadeadas que “destravam” o Estado do Rio Grande do<br />
Sul e invertem a sua dinâmica, de um processo de retroalimentação de<br />
deterioração competitiva e socioeconômica relativa para um processo<br />
gradativo de recuperação econômica, institucional e social.<br />
5. LINHAS CONVERGENTES<br />
INOVAR E REFORMAR<br />
AS INSTITUIÇÕES<br />
Criar condições legais e<br />
políticas para reformar o<br />
Estado, padrões de gestão<br />
e estimular economia mais<br />
competitiva<br />
10 Estratégias<br />
IMPULSIONAR A<br />
RESILIÊNCIA<br />
Manter qualidade de vida,<br />
sustentabilidade e equilíbrio<br />
social<br />
10 Estratégias<br />
<strong>RS</strong><br />
<strong>2030</strong><br />
CONECTAR E INTEGRAR<br />
REGIÕES E TERRITÓRIOS<br />
Integrar, priorizar<br />
infraestrutura, reduzir<br />
disparidades regionais<br />
10 Estratégias<br />
MUDAR<br />
PENSAMENTO E<br />
COMPORTAMENTO<br />
Fomentar empreendedorismo,<br />
educação de qualidade, adoção de<br />
tecnologia, tendências; incorporar<br />
mudanças culturais do século XXI<br />
10 Estratégias<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
40 41<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Linha Convergente<br />
1. Inovar e Reformar as<br />
Instituições<br />
2. Conectar e Integrar<br />
Regiões e Territórios<br />
3. Impulsionar a Resiliência<br />
4. Mudar Pensamento<br />
e Comportamento<br />
Linhas Convergentes x Princípios x Blocos de<br />
Estratégias para o Estado<br />
Princípio<br />
A renovação institucional se apropria<br />
dos avanços das últimas três<br />
décadas em organização do Estado,<br />
legislação e regulação para gerar<br />
mais eficiência à economia e na<br />
alocação dos recursos públicos.<br />
Desencadear o processo de execução<br />
de interligações físicas e de redes<br />
prioritárias, reduzindo o déficit<br />
de infraestrutura e melhorando as<br />
condições internas de integração<br />
do Estado, com o Brasil e Exterior.<br />
Manter o arranjo social, econômico<br />
e cultural que estruturou e formou<br />
o Estado, os sistemas de saúde e<br />
segurança em funcionamento, preparando-se<br />
melhor para mudanças<br />
e assegurando qualidade de vida à<br />
população e sustentabilidade social,<br />
econômica (nas atividades tradicionais)<br />
e ambiental.<br />
Criar condições sociais e culturais<br />
para um novo momento dinâmico<br />
do <strong>RS</strong>, a partir de uma mudança<br />
de pensamento e comportamento<br />
mais empreendedor, engajado,<br />
conectado e incorporado a novas<br />
tendências. Tornar o <strong>RS</strong>, até <strong>2030</strong>, o<br />
estado mais inovador do Brasil.<br />
Blocos de Estratégias<br />
Reestruturação financeira, de gestão<br />
e da estrutura de responsabilidades.<br />
Estímulo ao reequilíbrio econômico,<br />
polos de desenvolvimento e<br />
sistemas de produção.<br />
Governança regional coordenada<br />
e avanços na relação federativa.<br />
Desenvolvimento da infraestrutura<br />
logística intermodal.<br />
Garantia de energia elétrica de<br />
qualidade, de fontes diversificadas;<br />
assegurar conectividade e comunicações<br />
para todo o Estado.<br />
Oferta de saúde resolutiva com<br />
cobertura em todo o Estado.<br />
Coordenação das ações em segurança<br />
pública.<br />
Programa de estímulo ao empreendedorismo<br />
rural.<br />
Nova política e organização ambiental<br />
e social.<br />
Educação de qualidade com estruturação<br />
de modelo de regime de<br />
colaboração<br />
Estímulo à inovação, criatividade e<br />
empreendedorismo.<br />
Aumento do Acesso Tecnológico e<br />
Internacionalização.<br />
Comunidades Sustentáveis e Novas<br />
Lideranças.<br />
A configuração da estratégia a partir de linhas, e não a partir de uma estrutura<br />
temática tradicional, é resultante de duas condicionantes, vastamente<br />
documentadas por diagnósticos e através das próprias prioridades regionais<br />
e temáticas identificadas no processo do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>: em primeiro lugar, o processo<br />
de execução das estratégias é limitado pela escassez de recursos e tempo;<br />
em segundo lugar, sua execução somente é possível a partir de um processo<br />
coordenado entre Governo Estadual, governos municipais, iniciativa privada<br />
e a União a partir de uma pactuação em torno de princípios mínimos e comuns.<br />
Por essa razão, o <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> parte da premissa da participação primordial<br />
dos agentes políticos no apontamento das prioridades.<br />
Ao se “destravar” vetores representados pelas linhas convergentes e seus<br />
investimentos prioritários, se cria condição para melhoria gradual e inovações<br />
em todas as áreas temáticas.<br />
Linha Convergente 1<br />
Inovar e Reformar as Instituições<br />
A inovação institucional é uma forma da sociedade reciclar a sua forma<br />
de organização de modo a absorver as atualizações temáticas e possibilitar<br />
a atração de novos fluxos financeiros, de conhecimento ou pessoas<br />
com base em evoluções na regulação e organização do Estado e da<br />
forma como este se relaciona com a sociedade e a iniciativa privada.<br />
No caso do Rio Grande do Sul, a sua organização institucional data de<br />
arranjos que variam da década de 1920 até meados dos anos 1980, com<br />
poucos adendos de evolução institucional desde então. As principais<br />
evoluções institucionais do Rio Grande do Sul foram de ordem deliberativa,<br />
e não de configuração executiva. As parcerias público-privadas,<br />
organizações com maior agilidade, consórcios, além de uma reconfiguração<br />
funcional foram raramente propostas na história do Estado, mesmo<br />
diante de um quadro permanente de crise financeira desde o final<br />
dos anos 1970.<br />
Sem dúvida a prioridade é desmontar a equação negativa do efeito<br />
retroalimentante de um Estado financeiramente inviável contaminando<br />
a economia com fragilidade; e uma economia fragilizada não tendo mais<br />
condição de sustentar os custos crescentes de uma estrutura forjada<br />
para outras proporções. Esse processo se realimentou e continua a se<br />
realimentar com intensidade nos últimos 40 anos, e precisa ser prioritariamente<br />
desativado.<br />
Estado mais<br />
inviável<br />
Economia<br />
mais frágil<br />
E a receita para gradativamente se desativar essa relação é a inovação<br />
institucional com reforma do Estado a partir de bases pactuadas.<br />
O Rio Grande do Sul é hoje o estado da União com pior situação financeira,<br />
de acordo com o ranking da FIRJAN (2016). Talvez não o seja do<br />
ponto de vista organizacional, mas está no grupo dos mais atrasados. O<br />
tamanho do Estado em proporção à sua economia é o maior do Brasil,<br />
junto com o estado de Minas Gerais.<br />
Analisando o orçamento do estado do Rio Grande do Sul do ano de<br />
2017, esse é de R$ 63,4 bilhões. Ou seja, 15,5% do PIB do Estado se considerarmos<br />
o PIB de 2016 do Estado ca lculado pela Fundação de Economia<br />
e Estatística (R$ 410,3 bilhões).<br />
42 43<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Orçamento do Estado/PIB*<br />
SP<br />
10,2%<br />
uma situação estrutural: a dificuldade em implementar e coordenar essa<br />
renovação institucional em um ambiente democrático e plural, e em engajar<br />
os atores políticos e econômicos nesse esforço.<br />
PR<br />
SC<br />
9,9%<br />
14,8%<br />
Menor capacidade de investimento estadual do Brasil<br />
precisa ser revertida<br />
6,47<br />
RJ<br />
<strong>RS</strong><br />
Fonte: Orçamento dos Estados, IBGE e FEE (2016).<br />
Obs. PIB SC, PR, SP estimados com valores atualizados da base 2014 (último dado IBGE)<br />
Na comparação com os outros Estados da Região Sul, Santa Catarina<br />
e Paraná, e também com Rio de Janeiro e São Paulo, o <strong>RS</strong> tem uma taxa<br />
de orçamento do Estado/PIB significativamente mais alta. Ou seja, proporcionalmente<br />
o estado do Rio Grande do Sul dispende R$ 1,00 a cada<br />
R$ 6,47 produzido pelo Estado, enquanto que no Paraná essa relação é<br />
de R$ 1,00/6,77, e em Santa Catarina ela chega a R$ 1,00/10,15. Se tomarmos<br />
como exemplo São Paulo, o maior estado da Federação, a sua<br />
relação também é acima de 1/9, assim como o Rio de Janeiro, um estado<br />
com recentes problemas financeiros graves, como o <strong>RS</strong>, porém em situação<br />
quantitativa menos comprometida.<br />
Gráfico Comparativo<br />
Orçamento do Estado do <strong>RS</strong> consome 1,00 a cada R$ 6,47 produzidos no Estado<br />
10,15<br />
6,77<br />
9,84<br />
10,6%<br />
9,42<br />
15,5%<br />
Em termos de produtividade e desenvolvimento socioeconômico, a<br />
variável mais perversa é a quase aniquilação da capacidade de investimentos<br />
do governo do Estado. Em termos estratégicos, de todas as variáveis<br />
de recuperação financeira, a volta da capacidade de investir por<br />
parte do Estado ou por parcerias proporcionadas pelo Estado é a principal<br />
prioridade.<br />
A quase aniquilação da capacidade de investimento do governo do<br />
Estado é possivelmente a mais comprometedora variável à produtividade<br />
e desenvolvimento socioeconômico dos anos que virão. Estrategicamente,<br />
a recuperação da capacidade de investir do Estado, diretamente<br />
ou por meio de parcerias, é o resultado financeiro mais importante.<br />
Investimentos como % da Receita Corrente Líquida -<br />
Governo do Estado 2016<br />
Média Brasil<br />
SP<br />
PR<br />
SC<br />
<strong>RS</strong><br />
1,8%<br />
4,0%<br />
5,0%<br />
5,3%<br />
8,0%<br />
Fonte: Relatório FIRJAN 2017<br />
<strong>RS</strong> SC PR SP RJ<br />
Investimentos do Governo do Estado como % do PIB<br />
2016<br />
1,84%<br />
Pode-se afirmar sem exagero, portanto, que o estado do <strong>RS</strong> possui<br />
uma das piores proporções “despesa-performance” em termos de tamanho<br />
de Estado/tamanho da economia no Brasil.<br />
0,25%<br />
0,62%<br />
0,55%<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Essa proporção se deve a vários fatores que vão além da simplicidade<br />
de uma forte convicção em uma estrutura de Estado abrangente e refratária<br />
a reformas, ou a uma simples escolha estratégica em apostar em um<br />
“Estado de bem-estar social” ou “Estado indutor” em décadas passadas.<br />
A situação atual do estado do Rio Grande do Sul é explicada por um<br />
estado permanente de “crise” financeira que se coloca desde o final da<br />
década de 1970, junto a um dilema de execução de como inserir a economia<br />
do Estado nas eras pós-industrial e de globalização.<br />
Exatamente por isso que se chega, após vários diagnósticos, depoimentos,<br />
tentativas e pelas próprias recomendações das perspectivas temáticas<br />
do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, a uma das razões do <strong>RS</strong> persistir no agravamento de<br />
<strong>RS</strong> SC PR SP<br />
Fonte: Estimativa Coordenação Técnica <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> sobre dados FIRJAN, Orçamentos dos Estados<br />
e IBGE.<br />
Se for considerado o nível de investimento ajustado à proporção da<br />
economia, temos uma medida exata desse impacto. Enquanto o Estado<br />
do <strong>RS</strong> investe apenas R$ 1,00 para cada R$ 397,47 produzidos por sua<br />
economia, Santa Catarina investe R$ 1,00 a cada R$ 161,41 produzidos.<br />
A primeira Linha Convergente identificada como prioridade pelo Projeto<br />
<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> para o <strong>RS</strong> é exatamente INOVAR E REFORMAR AS INSTITUI-<br />
ÇÕES. Essa abrange as seguintes estratégias:<br />
44 45<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Estratégia<br />
1.1 Recuperação da<br />
Capacidade de Investimento<br />
do Estado<br />
1.2 Estancamento do<br />
crescimento da despesa<br />
com pessoal inativo<br />
1.3 Reestruturação<br />
administrativa e<br />
dinamização organizacional<br />
Reestruturação Financeira, de Gestão e da<br />
Estrutura de Responsabilidades<br />
Implementação Institucional<br />
• Criação de Fundo para Investimentos no Futuro do <strong>RS</strong>, de forma a priorizar<br />
investimentos em prioridades e funções de alto valor agregado<br />
com reflexo no futuro de médio e longo prazo do Estado.<br />
• Destinação de receitas extraordinárias e originárias de ajuste e/ou<br />
negociação de patrimônio para Fundo de Investimentos em educação,<br />
ciência, tecnologia e produção de conhecimento.<br />
• Política de inteligência fiscal e uso de gatilhos, estimulando a produção<br />
econômica, o investimento e o equilíbrio da carga tributária.<br />
• Nova Lei de Responsabilidade de Pessoal, estabelecendo tetos para pagamento,<br />
limites e ajustes de acordo com as possibilidades das finanças<br />
do Estado.<br />
• Dinamização de empresa para gestão de ativos do Estado, utilizáveis<br />
para parceria, comercialização, permuta e incentivo na atração de investimentos.<br />
• Revisão geral das funções administrativas, ressignificação e reestruturação<br />
com base em melhores práticas, a realidade do Estado e a sua<br />
funcionalidade para o futuro.<br />
• Incorporação de características de transparência e compliance nas<br />
funções e processos públicos no Estado e estímulo à adoção em municípios,<br />
de forma a tornar mais acessíveis e simplificados os processos,<br />
reduzindo drasticamente a burocracia.<br />
Estímulo ao Reequilíbrio Econômico, Polos de<br />
Desenvolvimento e Sistemas de Produção<br />
A proposição dessa estratégia de natureza institucional traz a premissa<br />
de dois conceitos observados e explicitados durante as fases de<br />
Perspectivas Regionais e Temáticas do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>: um deles é o de Polos<br />
Regionais. A retomada de uma economia mais competitiva para o Rio<br />
Grande do Sul passa por um investimento prioritário e criação de condições<br />
sistêmicas para seus principais polos econômicos regionais. Os polos<br />
regionais são cidades que são capitais regionais, ou centros regionais<br />
que devem, cada vez mais, ganhar autonomia e sofisticação econômica.<br />
Entre essas, Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas-Rio Grande.<br />
A Região Metropolitana como um todo constitui um polo específico,<br />
onde deve-se priorizar as condições para a industrialização intensiva em<br />
tecnologia.<br />
A esses polos dinâmicos deve ser canalizada toda uma atenção que<br />
inclui, também, os aspectos de infraestrutura e conhecimento.<br />
Sistemas Regionais de Produção<br />
Outro conceito que é claro a partir de uma análise da estrutura econômica<br />
do Estado é que o <strong>RS</strong> encontra-se atualmente dependente de sistemas regionais<br />
de produção, que podem ser concentrados em uma ou mais atividades,<br />
ou diversificado. Esses sistemas funcionam e dependem basicamente da eficiência<br />
da logística, da disponibilidade de recursos humanos, bem como da<br />
disponibilidade de insumos, tecnologia e elementos para produção. São sistemas<br />
de produção como: a soja, a bacia leiteira, a indústria tradicional de alimentos,<br />
móveis e calçados, o setor metalmecânico.<br />
As melhores condições institucionais possíveis devem ser proporcionadas a<br />
esses sistemas, de forma a baixar os seus custos e torná-los mais competitivos.<br />
Estratégia<br />
1.4 Estímulo a polos<br />
regionais de desenvolvimento-<br />
descentralização<br />
econômica<br />
1.5 Priorização de<br />
infraestrutura e<br />
condições competitivas<br />
para sistemas de<br />
produção do agronegócio<br />
e indústria<br />
1.6 Estímulo a setores<br />
econômicos de alto valor<br />
agregado e tecnologicamente<br />
intensivos<br />
1.7 Redução do risco<br />
regulatório<br />
1.8 Turismo como<br />
atividade estratégica<br />
e promoção do<br />
desenvolvimento<br />
Implementação Institucional<br />
• Viabilização de legislação para polos ou distritos industriais regionais,<br />
estimulando a cooperação, a repartição regional de impostos e recursos<br />
e reduzindo a competição entre municípios.<br />
• Recursos para coordenação do processo de transformação de capitais<br />
regionais em polos regionais de desenvolvimento, tornando as cidades<br />
e entorno mais competitivos.<br />
• Aumento do valor agregado nos sistemas produtivos do agronegócio<br />
– estímulo à industrialização.<br />
• Priorização da infraestrutura logística e da formação de recursos humanos<br />
para a equação empreendedorismo-produção-distribuição com<br />
competitividade.<br />
• Programa de reconversão competitiva para a indústria tradicional e<br />
para empresas “low-tech” tornarem-se empresas intermediárias.<br />
• Novo modelo tributário para segmentos intensivos em inovação (microeletrônica,<br />
biologia, biotecnologia, robótica).<br />
• Legislação para estímulo a “coworking” e criação de distritos de inovação<br />
nas cidades, incluindo os polos regionais e a Região Metropolitana.<br />
• Marketing territorial nacional e internacional; melhorias na condição<br />
de internacionalização- receptivo, comunicação, eventos.<br />
• Regionalização do licenciamento ambiental, de acordo com critérios; criação<br />
de novos trâmites e nova estrutura regulatória e executiva ambiental.<br />
• Novo Marco de Parcerias Público-Privadas e sistema de garantias, de<br />
forma a criar confiança em investimentos em concessões de serviços de<br />
médio e longo prazo.<br />
• Articulação para modernizações na legislação federal de Faixa de Fronteira;<br />
novo marco regulatório estadual para estímulo a investimentos na<br />
Faixa de Fronteira.<br />
• Sistema de apoio à gestão turística, possibilitando planejamento e infraestrutura<br />
integrada nos atrativos.<br />
• Posicionar o produto turístico no mercado nacional e internacional,<br />
com atenção às condições dos principais atrativos e equipamentos.<br />
• Desenvolver “Film Commission” para atrair filmagens e locações ao <strong>RS</strong>;<br />
desenvolver política de marca e conteúdo.<br />
• Desenvolver a estrutura de turismo de negócios dos polos regionais.<br />
46 47<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Estratégia<br />
1.9 Modelo de Governança<br />
Regional<br />
Coordenada<br />
1.10 Nova legislação<br />
para estimular<br />
consorciamento de<br />
municípios e Estado<br />
Governança Regional Coordenada e Avanços na<br />
Relação Federativa<br />
Na grande maioria dos encontros de Perspectivas Regionais do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
evidenciou-se a grande carência de coordenação regional das ações governamentais<br />
em todas as esferas e a dificuldade em implementar políticas ou<br />
desenvolver prioridades que tenham o espaço de tempo de mais de um<br />
mandato de gestão de governador, prefeito ou dos legislativos. Da mesma<br />
forma, manifestam a descoordenação entre diferentes áreas funcionais do<br />
governo do Estado, a dificuldade de articulação com organismos federais e<br />
a complexidade jurídica que é a tentativa de iniciativas consorciadas entre<br />
municípios.<br />
A relação federativa, tão ressaltada como um dos principais desafios para<br />
os municípios e os Estados, apenas poderá melhorar a partir de uma evolução<br />
institucional nessa coordenação regional, ao proporcionar instâncias<br />
executoras de políticas públicas e regulação, e não apenas propositoras ou<br />
deliberativas.<br />
Em um modelo de longo prazo, o Rio Grande do Sul deve evoluir para<br />
um modelo de aglomerações ou regiões funcionais, totalmente institucionalizado<br />
e que tenha efetiva capacidade de formulação, regulação e execução<br />
regional. Acima de tudo, também, uma fonte convergente de disseminação<br />
de informações estratégicas e gerenciais.<br />
Implementação Institucional<br />
• Unificação das divisões regionais administrativas do Estado, nas diferentes<br />
áreas, sob critérios semelhantes, minimizando as sobreposições.<br />
• Otimização das estruturas do Estado no interior, reduzindo a ocupação<br />
de imóveis e favorecendo as decisões executivas e a coordenação de<br />
ações e recursos.<br />
• Viabilização de Parcerias Público-Privadas nas regiões.<br />
• Sistema de informações e dados regionais unificado, com critérios convergentes.<br />
• Valorização da instituição dos COREDES, ampliação da interiorização da<br />
administração e incentivo ao diálogo e participação da sociedade.<br />
• Articulação e legislação, com anuência de todas as instituições envolvidas,<br />
de forma a estimular consórcios de municípios para soluções compartilhadas<br />
especialmente em saúde, gestão de resíduos, segurança pública<br />
e desenvolvimento econômico.<br />
• Priorização da infraestrutura logística e da formação de recursos humanos<br />
para a equação empreendedorismo-produção-distribuição com<br />
competitividade.<br />
mas também à estrutura lógica e de conexão necessária para integrar as<br />
diferentes regiões, e reduzir as disparidades existentes dentro da mesma<br />
região, e entre as regiões do Estado. O sentimento de isolamento manifestado<br />
em alguns dos encontros de Perspectivas Regionais deve-se,<br />
também, à fragilidade e defasagem da infraestrutura. A Linha Convergente<br />
2 propõe caminhos para institucionalizar e organizar um destravamento<br />
de prioridades para a infraestrutura do Estado, com soluções factíveis<br />
até <strong>2030</strong> se forem adotados critérios de priorização e ancoragem<br />
adequados para essas soluções de forma a combinar tempo, recursos,<br />
compartilhamento de responsabilidades e gestão da execução.<br />
Desenvolvimento da Infraestrutura Logística<br />
Intermodal<br />
A infraestrutura logística intermodal, seja pela peculiar posição geográfica<br />
do Rio Grande do Sul, que se encontra no extremo meridional<br />
do Brasil, a uma distância mínima de 1.000 km dos principais centros<br />
consumidores do País, seja pela distância média dos principais centros<br />
produtores em direção ao porto de águas profundas de Rio Grande, seja<br />
pela existência de um aeroporto com “hub” de cargas de porte nacional<br />
e internacional, localizado na capital, no extremo leste do Estado, é<br />
um dos pontos nevrálgicos para a recuperação econômica das empresas<br />
gaúchas e ganho de competitividade dos produtos.<br />
O modelo futuro de desenvolvimento do Estado, ainda que mantenha<br />
uma concentração de produção de alta tecnologia no eixo Porto<br />
Alegre-Caxias do Sul (incluindo a Região Metropolitana), dependerá da<br />
capacidade indutora dos polos regionais e da intermodalidade entre os<br />
modais rodoviário, ferroviário, hidroviário e aeroviário. Todos esses sistemas<br />
precisam funcionar de forma integrada, e lógica, buscando valorizar<br />
os ativos diferenciais do <strong>RS</strong>, como o porto de águas profundas em<br />
Rio Grande, a disponibilidade de hidrovias, a possível rota de integração<br />
entre o Pacífico e o Atlântico a partir do Chile.<br />
Estratégia<br />
2.1 Executar Projeto<br />
Estadual de Logística<br />
e Transporte, com Lei<br />
de Responsabilidade<br />
Gerencial e Câmara<br />
de Compensação de<br />
Obras Prioritárias<br />
Implementação Institucional<br />
• Criar Câmara de Compensação para Projeto Estadual de Logística e<br />
Transporte, focada na recuperação das rodovias estaduais e investimentos<br />
prioritários.<br />
• Criar Lei de Responsabilidade Gerencial para monitoramento de metas<br />
de melhorias em infraestrutura, com metas de segurança, utilização, etc.<br />
• Criação de regime específico para pedágios e circulação para veículos<br />
de carga e transporte interestadual, de forma a manter competitividade,<br />
sem onerar o sistema.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Linha Convergente 2<br />
Conectar e Integrar Regiões e Territórios<br />
A conexão e integração a que se refere a segunda Linha Convergente<br />
proposta pelo projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> diz respeito não só à infraestrutura física,<br />
2.2 Executar Projeto<br />
Hidrovias <strong>RS</strong>, com<br />
estrutura de governança,<br />
parcerias e<br />
financiamento<br />
• Execução do Projeto Hidrovias <strong>RS</strong>, a partir das prioridades do projeto.<br />
• Oficialização da estrutura de governança e viabilização de apoio técnico.<br />
• Inserção no Marco de Parcerias Público-Privadas.<br />
• Road-show para captação de financiamento nacional e internacional<br />
para o Projeto.<br />
48 49<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
2.3 Viabilizar obras<br />
em rodovias âncora/<br />
prioritárias<br />
2.4 Prioridade aos<br />
eixos rodoviários e<br />
anéis viários/metropolitanos<br />
dos<br />
principais polos de<br />
desenvolvimento do<br />
Estado<br />
• Integração do projeto ao Porto de Rio Grande, com sua terminação,<br />
assim como junto ao Porto de Pelotas e integração com demais modais.<br />
• Marco regulatório dos mini-distritos ou polos industriais no entorno<br />
das hidrovias, criando novas áreas para investimento.<br />
• Viabilizar a duplicação da BR-386 em toda sua extensão.<br />
• Viabilizar a duplicação da BR-290 – “Corredor do Mercosul” em toda sua<br />
extensão.<br />
• Assegurar a duplicação da BR-116, e da extensão duplicada até o Porto<br />
de Rio Grande (BR-392)<br />
• Viabilizar a disponibilidade de via duplicada na ligação Porto Alegre-<br />
Caxias do Sul, incluindo principais ramais da região Serrana.<br />
• Assegurar execução da Ponte sobre o Rio Guaíba (Porto Alegre) e ponte<br />
internacional Porto Mauá-Alba Posse (Argentina).<br />
• Os principais polos de desenvolvimento do Estado precisam desenvolver<br />
anéis viários que facilitem a circulação de transporte de cargas,<br />
tributação e abastecimento das empresas, com “portos secos” e rotas alternativas.<br />
Esta linha é extremamente importante e presente no Rio Grande,<br />
como foi claramente evidenciado nas Perspectivas Regionais, e em remental<br />
para garantir a sucessão familiar e a fixação das novas gerações<br />
nas regiões de produção agroindustrial do Estado.<br />
Da mesma forma, cidades mais conectadas e passíveis de soluções<br />
inteligentes dependem da possibilidade de parcerias público-privadas<br />
mais flexíveis, de forma a integrar atividades e conhecimento em qualquer<br />
área do Estado.<br />
Estratégia<br />
2.7 Cumprimento,<br />
monitoramento e<br />
gestão do Plano<br />
Energético 2016-<br />
2025 para o <strong>RS</strong><br />
2.8 Assegurar ganho<br />
de qualidade na<br />
eletrificação rural e<br />
na oferta de internet<br />
e comunicações com<br />
qualidade – “ancoragem<br />
rural”<br />
Implementação Institucional<br />
• Gestão do Plano Energético e criação de Câmara de Gestão para priorização<br />
de execução, com todos os atores envolvidos.<br />
• Programa de substituição de infraestrutura, com metas, para mudar<br />
postes e fiação da eletrificação rural do Estado, atendendo à legislação<br />
e iniciativas federais.<br />
• Busca de modelos alternativos para eletrificação e oferta de internet<br />
de qualidade em áreas rurais.<br />
• Programa de “ancoragem” para eletricidade e conexão rural.<br />
• Incentivo ao “smart grid” e à mini geração distribuída.<br />
• Estímulo à eficiência energética.<br />
2.5 Integração a<br />
ferrovias nacionais<br />
para escoamento<br />
da produção - Ferro<br />
Oeste/Norte-Sul<br />
2.6 Aeroportos<br />
comerciais em apoio<br />
aos principais polos<br />
de desenvolvimento<br />
+ melhorias em<br />
aeroportos complementares<br />
• Articulação para execução da Ferrovia Norte-Sul no trecho Chapecó/SC.<br />
Porto de Rio Grande, fundamental para garantir competitividade aos<br />
grãos e produção da Região Sul.<br />
• Modelo de um Aeroporto Internacional na Região Metropolitana, possibilitando<br />
ampliação do transporte de cargas.<br />
• Viabilização de aeroportos regionais com voos regulares – Caxias do<br />
Sul, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo, Uruguaiana e Pelotas. Complementação<br />
de aeroportos estratégicos de baixa demanda/alternativos.<br />
• Ampliação dos aeródromos com capacidade para voos com instrumento<br />
no <strong>RS</strong>. Operação em PPP quando houver viabilidade econômica.<br />
2.9 Incentivar ciclo<br />
completo da indústria<br />
de energias renováveis<br />
no Estado,<br />
obtendo liderança<br />
nacional<br />
2.10 Criação de<br />
marco para PPPs em<br />
cidades inteligentes<br />
e infraestrutura<br />
urbana<br />
• Direcionamento de polos de energia eólica em regiões propícias do Estado.<br />
• Legislação de incentivo para toda a cadeia produtiva da energia eólica<br />
e solar, levando à instalação no <strong>RS</strong> de indústrias de energias limpas em<br />
polos e distritos industriais.<br />
• Marco de referência para cidades desenvolverem soluções inteligentes<br />
e de melhoria de infraestrutura urbana com parcerias público-privadas<br />
e maior flexibilidade.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Garantia de Energia Elétrica de Qualidade, de<br />
Fontes Diversificadas; Assegurar Conectividade<br />
para todo o Estado<br />
A qualidade da energia elétrica, especialmente a rede trifásica nas<br />
áreas rurais e semiurbanas, e a rede de alta capacidade nas concentrações<br />
industriais, são colocadas como uma prioridade em 15 dos 19 encontros<br />
de perspectivas regionais onde houve proposição de conteúdo.<br />
Para isso, é preciso aumentar a capacidade de geração e distribuição de<br />
energia.<br />
A conectividade, especialmente a disponibilidade de Internet com<br />
boa qualidade em todo o território urbano e em áreas rurais, é funda-<br />
Linha Convergente 3<br />
Impulsionar a Resiliência<br />
A terceira linha convergente diz respeito ao desenvolvimento da Resiliência<br />
no Rio Grande do Sul, ou seja, da capacidade de adaptar-se a<br />
desafios econômicos, sociais, demográficos e ambientais, mantendo e<br />
desenvolvendo a qualidade de vida das comunidades do Estado, em sua<br />
diversidade.<br />
50 51<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
uniões temáticas de Agricultura Familiar e Demografia, Saúde e Segurança<br />
Pública. As estratégias aqui propostas têm como objetivo manter<br />
e aprimorar o sistema de garantia e promoção de qualidade de vida e<br />
direitos do cidadão, em vários grupos sociais, como jovens, idosos, empreendedores<br />
de atividades tradicionais, ao mesmo tempo em que torna<br />
a sociedade gaúcha melhor preparada para enfrentar desafios que são<br />
por muitas vezes repetitivos, ou cíclicos.<br />
Resiliência significa ter uma “resposta melhorada” a desafios que interferem<br />
na qualidade de vida da população, no equilíbrio das regiões e na<br />
capacidade de gestão e manutenção dos serviços públicos.<br />
Nesta Linha Convergente estão tanto estratégias para responder a<br />
dois desafios cada vez mais sensíveis no Rio Grande do Sul, que são a<br />
Segurança Pública e a Saúde, essenciais para a percepção de qualidade<br />
de vida e estabilidade do sistema social, quanto a adoção de estratégias<br />
que visam a melhoria dos serviços disponíveis e prestados à população,<br />
uma melhor gestão ambiental e preparação para eventos climáticos ou<br />
naturais.<br />
No campo da Resiliência Econômica, ou seja, da capacidade para melhor<br />
sobreviver, adaptar-se e crescer diante de choques e mudanças econômicas,<br />
as estratégias têm como foco mudar a dinâmica de situações<br />
como a sucessão familiar no campo, e a fixação das novas gerações em<br />
maior proporção em suas regiões de origem, contendo o movimento demográfico<br />
Oeste-Leste verificado no <strong>RS</strong> nos últimos 30 anos.<br />
Oferta de Saúde Resolutiva com Cobertura em todo<br />
o Estado<br />
A saúde pública do Rio Grande do Sul ainda é considerada uma das<br />
melhores do Brasil, tanto em índices alcançados, como em cobertura.<br />
No entanto, os custos crescentes da estrutura de saúde têm preocupado<br />
tanto os gestores estaduais quanto os prefeitos municipais, assim como<br />
a possibilidade de descontinuidade de vários serviços, incluindo a estrutura<br />
hospitalar.<br />
Um dos caminhos propostos é o aumento do consorciamento entre<br />
municípios, oferecendo serviços complementares. Outra questão é a<br />
harmonização e equilíbrio da rede hospitalar, e a manutenção dos custos<br />
globais dos serviços de saúde em níveis razoáveis para o Estado e<br />
municípios.<br />
3.2 Polos Regionais<br />
de Saúde, com a<br />
promoção de consórcios<br />
e da pactuação<br />
integrada; ação planejada<br />
regional.<br />
3.3 Viabilização do<br />
cluster tecnológico<br />
em saúde<br />
3.4 Atenção à Integração<br />
de Redes<br />
Especializadas<br />
• Estudos regionais para ser verificar o dimensionamento da rede básica,<br />
e da necessidade de expansões e/ou fusões.<br />
• Oferta de especialidades em diferentes cidades vizinhas e próximas, de forma<br />
a minimizar o trânsito a centros regionais e dar melhor uso às estruturas.<br />
• Consórcio e pactuação integrada para melhor controle financeiro, incluindo<br />
municípios e Estado.<br />
• Constituição de estrutura executiva, com recursos e delegação, para<br />
estruturar e gerir a possibilidade de constituição de um cluster de tecnologia<br />
de saúde no <strong>RS</strong>.<br />
• Melhorar a integração das redes especializadas em todo o Estado, como<br />
a Rede de Urgência/Emergência, Rede Cegonha, Rede de Atenção Psicossocial,<br />
Mãe Canguru.<br />
Coordenação das Ações em Segurança Pública<br />
A área de segurança pública talvez seja, hoje, a temática politicamente<br />
mais sensível no Rio Grande do Sul. Nas Perspectivas Regionais realizadas<br />
ao final do ano de 2015, o tema de Segurança Pública foi citado esporadicamente<br />
como prioritário por parte dos prefeitos e líderes regionais.<br />
Já na 2ª fase realizada nos meses de março a maio de 2017, o tema<br />
da Segurança foi recorrente em quase todas as regiões.<br />
O foco das Estratégias propostas é promover maior integração e articulação<br />
das instituições de segurança, priorizar o planejamento e o<br />
seu cumprimento, a coordenação de informações. A questão carcerária<br />
é complexa, e é preciso priorizar a contenção dos presídios como “academia<br />
do crime”, vindo a repotencializar a atividade criminal, e não reduzi-la<br />
a partir da atuação de facções e da própria desorganização do<br />
sistema prisional. Exemplo: enquanto no sistema prisional convencional,<br />
a taxa de regresso é de 69%, na nova unidade prisional de Canoas está<br />
em torno de 18%.<br />
Informações, indicadores, metas, são fundamentais. Buscar bons modelos<br />
no próprio País e Exterior. Aprimorar a gestão dos serviços de segurança.<br />
O tema é de grande complexidade, no entanto dois consensos são claros:<br />
entre os prefeitos e lideranças regionais, há um clamor por maior sensação<br />
de segurança, pois a situação tem afetado o psicossocial da população em<br />
todo o Estado; entre os especialistas, de que é preciso melhorar a organizar<br />
e integração do sistema, e não apenas aumentar os recursos e efetivos para<br />
que se possa gerar uma resposta adequada à sociedade.<br />
Estratégia<br />
Implementação Institucional<br />
Estratégia<br />
Implementação Institucional<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
3.1 Câmara de pactuação<br />
da reestruturação<br />
hospitalar<br />
• Pactuação e proposta, em cada região, de uma estrutura que combine<br />
hospitais de referência, hospitais de porte médio e hospitais de pequeno<br />
porte com serviços complementares, e não concorrentes, de forma a viabilizar<br />
economicamente seu funcionamento e oferecer uma rede mais<br />
completa em todas as regiões do Estado.<br />
3.5 Integração efetiva<br />
da área de Segurança<br />
Pública; Plano Estadual<br />
de Segurança<br />
Pública com gestão<br />
100% integrada<br />
• Harmonizar a territorialização - Brigada Militar e Polícia Civil com mesma<br />
divisão territorial.<br />
• Escola de Gestão em Segurança Pública, para formação complementar,<br />
pesquisas e altos estudos do corpo diretivo das forças de segurança.<br />
• Estruturar Agência de Inteligência e órgão de controle externo.<br />
52 53<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
• Dimensionar e prever a formação de novos profissionais nas corporações;<br />
investir na boa formação- qualidade sobre quantidade.<br />
• Formação das Guardas Municipais sob padrões convergentes com a política<br />
de segurança cidadã.<br />
• Implementar coordenação ao processo de planejamento urbano e cidades<br />
inteligentes de cidades mais seguras no seu design, ambientes e<br />
configuração<br />
• Modelo das Escolas das Famílias Agrícolas = estímulo à sucessão familiar<br />
e ao diálogo.<br />
• Política estadual para que o <strong>RS</strong> possa tornar-se líder em produção de<br />
alimentos saudáveis e orgânicos no Brasil: promoção de sistemas saudáveis,<br />
como selos e certificações, políticas de apoio à distribuição, práticas<br />
agrícolas sustentáveis, novas tecnologias.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
3.6 Melhoria e simplificação<br />
dos canais<br />
de comunicação e<br />
interligação<br />
3.7 Programa de<br />
Investimento e Redimensionamento<br />
do<br />
Sistema Prisional<br />
Estratégia<br />
3.8 Programa de Estímulo<br />
ao Empreendedorismo<br />
Rural<br />
• Canais de emergência devem rumar à Unificação, com a digitalização.<br />
• Centrais regionais de atendimento, assim como de videomonitoramento<br />
e troca de informações.<br />
• Bancos de dados regionalizados, sobre ocorrência de crimes, pesquisas,<br />
banco de dados de balística.<br />
• Estímulo às Guardas Municipais como elementos de troca de informação<br />
e de apoio ao funcionamento das barreiras e cercamentos eletrônicos.<br />
• Investimento tecnológico em detecção balística, biometria, inteligência.<br />
• Desativação seletiva de estabelecimentos prisionais que operam em<br />
piores condições e com alto índice de evasão (fugas).<br />
• Ampliação de penitenciárias que funcionam com modelo semelhante à<br />
nova Penitenciária de Canoas.<br />
• Experimentação do modelo das APACs (Associações de Proteção e Assistência<br />
aos Condenados) no estado do Rio Grande do Sul – modelo<br />
alternativo de estabelecimento prisional.<br />
• Apoio e ampliação de programas socioeducativos como o POD- Programa<br />
de Prevenção à Violência para egressos da Fase.<br />
Programa de Estímulo ao Empreendedorismo Rural<br />
Um dos grandes problemas do Rio Grande do Sul em termos demográficos<br />
é o esvaziamento gradativo da região Oeste em um movimento<br />
em direção ao leste. Há vários estudos da Fundação de Economia e Estatística<br />
e da Secretaria de Planejamento do Estado identificando uma<br />
possibilidade de reorganização demográfica do Estado, que é possível<br />
no momento em que for adotado um novo modelo de governança regional<br />
(estratégia 1.9). A grande questão está na atratividade da vida no<br />
meio rural e da atividade empreendedora rural para o jovem que hoje<br />
está nas regiões urbanas de produção, ou na área rural.<br />
O investimento na manutenção do jovem empreendedor rural de pequeno<br />
porte é fundamental para o equilíbrio social do Estado, e do sistema<br />
econômico da maioria das regiões.<br />
Implementação Institucional<br />
• Alterações no modelo de educação em regiões de produção agrícola,<br />
buscando estimular a educação profissionalizante.<br />
• Possibilidade de programa experimental de crédito para o Jovem Empreendedor<br />
Rural.<br />
Nova Política e Organização Ambiental e Social<br />
Estratégia<br />
3.9 Programa de<br />
Tratamento de Resíduos,<br />
Saneamento e<br />
Recursos Hídricos<br />
3.10 Integração e<br />
Coordenação de Programas<br />
Sociais<br />
Linha Convergente 4<br />
Implementação Institucional<br />
• Programa para preservação dos recursos hídricos do Estado e prevenção<br />
contra estiagens cíclicas.<br />
• Estímulo, através da coordenação regional, em aumento da cobertura<br />
de saneamento através da CO<strong>RS</strong>AN e Programas Federais – consórcios<br />
sempre que possível.<br />
• Marco Regulatório para tratamento de resíduos, atendendo às legislações<br />
existentes e facilitando a regionalização.<br />
• Planos de emergência regionais, em função de variações climáticas,<br />
conforme nova governança proposta.<br />
• Estrutura de acompanhamento de questões climáticas, em parceria<br />
público-privada.<br />
• Programas de prevenção psicossocial e atendimento a segmentos especializados<br />
através de nova coordenação regional, aumentando a cobertura<br />
e evitando deslocamentos.<br />
• Expansão, juntamente com a área da Saúde, de unidades para tratamento<br />
de dependência química.<br />
• Programas de prevenção de risco social redimensionados e com maior<br />
convergência de comunicação – envolvendo as três esferas públicas e a<br />
sociedade civil.<br />
Mudar Pensamento e Comportamento<br />
A quarta linha convergente diz respeito à mudança, modernização e<br />
arejamento cultural e social identificado como importante em propostas<br />
temáticas e setoriais: um novo modo de enxergar o Estado, a sociedade,<br />
e engajar-se, ainda que tardiamente, nas tendências e oportunidades do<br />
século XXI.<br />
Essa linha convergente parte da premissa que o estamento sociocultural<br />
do Rio Grande do Sul, particularmente, encontra-se em valores e<br />
organizações do século XX, e é preciso promover estímulo a mudanças<br />
culturais, maior intercâmbio e modernização de valores e crenças para<br />
afirmá-los em uma versão de modernidade e prosperidade.<br />
O foco está nas estratégias voltadas à educação da atual e futura geração<br />
(com o foco no período entre 2017 e <strong>2030</strong>), no maior acesso à tec-<br />
54 55<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
nologia, na promoção de novas formas de organização social e empresarial. Ao<br />
mesmo tempo, estímulo à internacionalização, pesquisa, intercâmbio e da cultura<br />
do compartilhamento. As condições para que seja estimulada a formação<br />
e desenvolvimento de novas lideranças na área privada, pública e social também<br />
não podem ser perdidas. O <strong>RS</strong> precisa conter o “brain drain”, ou “bright<br />
flight”, que é a migração de jovens promissores enquanto empreendedores ou<br />
líderes para os grandes centros do País, por uma percepção de perspectivas<br />
limitadas para o Estado.<br />
Educação de Qualidade com Estruturação de Modelo de<br />
Regime de Colaboração<br />
O Rio Grande do Sul, a despeito de trazer proporcionalmente o maior dispêndio<br />
com educação entre os Estados brasileiros, é o terceiro estado da Região<br />
Sul em indicadores do IDEB. As soluções para uma educação mais atualizada e<br />
de melhor qualidade no Estado passam por questões de gestão, recursos humanos<br />
e acompanhamento e engajamento comunitário. A principal questão<br />
de gestão é a busca de nova pactuação e divisão de competências entre Estados<br />
e municípios, com gradualidade. Regime de pactuação com pactuações<br />
regionais, e consorciamentos são soluções e tendências possíveis.<br />
Estímulo à Inovação, Criatividade e Empreendedorismo<br />
A inovação, a criatividade e o empreendedorismo são livres expressões<br />
humanas que podem ser ativadas por meio de processos de criação<br />
de ambiente e de oportunidades. O Rio Grande do Sul apresenta potencial<br />
para colocar-se em <strong>2030</strong> como o Estado mais inovador do Brasil, a<br />
partir de novas lideranças identificadas com novas tendências e capazes<br />
de agir de forma mais flexível presentes nas diferentes regiões do Estado,<br />
com capacidade de mobilização, ou que sirvam como catalisadores<br />
de outros.<br />
O Estado, os municípios, e, principalmente, a iniciativa privada devem<br />
procurar colocar a lógica de start-ups voltada também ao empreendedorismo<br />
coletivo e social.<br />
Estratégia<br />
4.5 Extensão do ensino<br />
de empreendedorismo<br />
a toda a rede<br />
pública e privada<br />
(por adesão)<br />
Implementação Institucional<br />
• Configuração de programas para estímulo ao empreendedorismo, em parceria<br />
com entidades privadas, com módulos para adoção em toda a Rede Pública<br />
do Estado e também, mediante pacote de adesão, na rede escolar privada.<br />
• Utilização da estrutura e rede de comunicação do Estado para disseminar<br />
a cultura empreendedora, inovação, criatividade e a formação de lideranças.<br />
Estratégia<br />
4.1. Estruturação de<br />
modelo de regime de<br />
colaboração<br />
Implementação Institucional<br />
• Programa de Gestão na Educação, possibilitando a maior adoção do<br />
regime de colaboração em municípios do <strong>RS</strong>, otimizando a estrutura e<br />
levando à especialização gradativa entre o Estado e o município.<br />
• Amplo processo regional de pactuação, com discussão das ações educacionais<br />
com a sociedade e adequação a cada região e cidade.<br />
• Reorganização institucional e de gestão do Estado, para funcionar de<br />
forma coordenada com Municípios.<br />
• Ganho de sinergia na estrutura para possibilitar ampliação da carga<br />
horária e expansão progressiva de turmas em tempo integral.<br />
4.6 Estímulo às<br />
Universidades Comunitárias<br />
na formação<br />
de lideranças e<br />
empreendedores<br />
4.7 Regulamentação<br />
de novos arranjos<br />
empresariais, mais flexíveis<br />
e colaborativos<br />
• Utilizar, sempre que possível, a estrutura das Universidades das regiões<br />
para a estruturação e coordenação regional de ações.<br />
• Estimular programas regionais de formação de lideranças público e<br />
privadas, assim como ensino de gestão em áreas importantes, como logística<br />
e agronegócio.<br />
• Estímulo à criação de espaços de co-criação nas cidades, através de<br />
modelos empresariais mais flexíveis.<br />
• Engajamento dos órgãos oficiais de fomento neste esforço, utilizando<br />
os fundos de reconversão (citados no item 1.1).<br />
4.2. Formação de<br />
novos professores<br />
com readequação da<br />
estrutura do Estado<br />
• Estruturar UERGS para ser, também, Universidade voltada à formação<br />
de Professores.<br />
• Estimular outras formas de ingresso e a residência escolar.<br />
• Plataforma tecnológica, acompanhamento e formação continuada de<br />
professores.<br />
• Resposta ao desafio de oferecer, com capilaridade, evoluções pedagógicas<br />
que estimulem o raciocínio lógico e numérico.<br />
Aumentar Acesso Tecnológico e Internacionalização<br />
Um aspecto importante é estimular o acesso a gaúchos de qualquer<br />
região do Estado a uma maior internacionalização e intercâmbio. Isso<br />
se dá a partir de espaços específicos, em cada região do Estado, e a um<br />
programa de internacionalização cultural.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
4.3. Modelo de consorciamento<br />
intermunicipal<br />
em educação<br />
4.4. Avanços no Ensino<br />
Profissionalizante<br />
e de Alta Tecnologia<br />
• Arcabouço que possibilite com maior segurança jurídica o consorciamento<br />
para atividades escolares, transporte, alimentação escolar entre<br />
municípios.<br />
• Escolas de Alta Tecnologia nos principais polos de desenvolvimento do<br />
Estado, com novas soluções pedagógicas, incorporação de nanotecnologia,<br />
robótica e outras tendências.<br />
• Sistema de educação profissionalizante, aproveitando outras estruturas<br />
não-governamentais e a atuação de entidades privadas.<br />
Estratégia<br />
4.8 Programa de<br />
internacionalização<br />
cultural e Espaços de<br />
Conhecimento<br />
Implementação Institucional<br />
• Oferta de ensino de línguas, informática e tecnologia em estruturas abertas<br />
em todas as regiões do Estado.<br />
• Espaços de conhecimento multimídia em todas as regiões do Estado, com<br />
acesso a acervos digitais e interação com conhecimento global, fortalecendo<br />
a integração entre local e global.<br />
• Programa de intercâmbio de professores, organizado em parceria pelos Estados,<br />
municípios e iniciativa privada.<br />
56 57<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Comunidades Sustentáveis e Novas Lideranças<br />
Uma abordagem nova aos temas de resiliência e sustentabilidade<br />
(Ambiental, Econômica, Social e Tecnológica), temas centrais do século<br />
XXI, seria a instituição de programas para estimular Comunidades Sustentáveis<br />
em cada uma das regiões do <strong>RS</strong>. A liderança desse projeto estaria<br />
reservada a novas lideranças, para que tenham espaço de atuação em<br />
liderança pública em um processo concreto e prioritário para o futuro<br />
próximo do Estado.<br />
Estratégia<br />
4.9 Estímulo a Comunidades<br />
Sustentáveis<br />
e Formação de<br />
Lideranças<br />
4.10 Projeto de “Mobilidade<br />
de Pensamento”,<br />
promovendo<br />
circulação de pensadores<br />
e estrategistas<br />
pelo Estado<br />
Implementação Institucional<br />
• Configuração de projetos para liderar a sustentabilidade em cada uma<br />
das regiões funcionais do Estado, com participação de jovens lideranças<br />
das Universidades, empresas e organizações sociais locais.<br />
• Programa implementável com apoio de Universidades e organizações<br />
regionais, possibilitando circulação de pensadores e estrategistas brasileiros<br />
e internacionais pelo interior do Estado (nas regiões), com veiculação<br />
multimídia, possibilitando o contato do meio universitário com<br />
profissionais de primeira linha e exposição e visibilidade de estrategistas<br />
e pensadores que estão no interior do Estado em outras regiões.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
58
Fase 1 - Encontro 1<br />
Lançamento do<br />
Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
3 de Setembro/2015<br />
6. RESUMO DOS ENCONTROS<br />
DE PE<strong>RS</strong>PECTIVAS REGIONAIS<br />
ESTEIO<br />
O projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> foi lançado durante a realização<br />
da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em<br />
Esteio. Na ocasião, participaram da mesa de lançamento<br />
membros da Comissão de Coordenação, o Presidente da<br />
Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, o<br />
Presidente da Famurs (2015-2016), Luiz Carlos Folador, e<br />
o Coordenador Geral do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, Jairo Jorge.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
60 61<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 2<br />
8 de Setembro/2015<br />
Prefeito de Bagé<br />
(2009-2016)<br />
Dudu Colombo<br />
Precisamos aprofundar<br />
os entendimentos, a<br />
partir do consórcio com<br />
17 cidades da região,<br />
em torno da promoção<br />
e desenvolvimento do<br />
Pampa gaúcho.<br />
Prefeito de Lavras<br />
do Sul (2013-2016)<br />
da Associação de<br />
Municípios do<br />
Sudoeste do Estado<br />
(em 2015)<br />
Alfredo Borges<br />
Investir no agronegócio,<br />
logística, energia<br />
renovável.<br />
O ambiente é historicamente propício e voltado à produção de alimentos.<br />
O principal problema da região é a falta de integração com a<br />
economia da Região Sul e do Brasil, como um todo. A produção agropecuária<br />
deve buscar qualificação e certificação de origem. Para isso, é ne-<br />
7municípios<br />
representados<br />
Bagé, Aceguá, Lavras<br />
do Sul, Hulha Negra,<br />
Caçapava do Sul,<br />
Rosário do Sul,<br />
Dom Pedrito<br />
BAGÉ<br />
Energia, infraestrutura para<br />
integração, educação e tecnologia<br />
para diversificação: estratégia a<br />
partir da identidade do Pampa e da<br />
região da Campanha.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Melhoria em logística, integração e avanços em governança<br />
conjunta<br />
Consórcio de 17 cidades da Região precisa trabalhar e levar adiante<br />
Plano de Desenvolvimento da Campanha e Fronteira Oeste. Deve-se<br />
buscar maior valorização da representação política da região, com mais<br />
votos em candidatos locais e regionais.<br />
A logística de integração da produção através das ligações com o Porto<br />
de Rio Grande e o Uruguai é fundamental. O Aeroporto de Bagé deve<br />
ser incentivado, de forma a disponibilizar mais um modal logístico.<br />
2.<br />
Busca da diversificação econômica; fortalecimento da<br />
identidade e infraestrutura do Pampa como origem de<br />
produtos agropecuários e turismo<br />
cessário equilíbrio com a disponibilidade de recursos hídricos ambientalmente<br />
controlados, e de irrigação. A produção mineral, com o fosfato,<br />
deve buscar suas condições competitivas a partir das reservas existentes<br />
em Lavras do Sul, por exemplo. É uma produção exportável por Rio Grande.<br />
A utilização de fosfato também serve para corrigir as condições do<br />
campo local, melhorando muito seus atributos.<br />
Crescimento da vitivinicultura e fruticultura também deve considerar<br />
a disponibilidade de terras na região.<br />
O imaginário do Pampa gaúcho precisa estar mais presente em produtos,<br />
artesanato, artes e também em condições mínimas para o turismo temático<br />
e de nicho na Região (voltado à pecuária e criação de cavalos, por exemplo).<br />
62 63<br />
3.<br />
Consolidação de polo de educação e conhecimento para a<br />
Região da Campanha e Fronteira. Universidades, pesquisa<br />
e conhecimento para atrair e reter os jovens empreendedores na<br />
região<br />
Consolidação de um polo de educação na Região, com a operação em<br />
“pool” das universidades da região em torno de uma visão estratégica regional<br />
comum. O que as universidades como Unipampa e URCAMP querem ser<br />
em <strong>2030</strong>?<br />
Ações para estancar e reverter a perda de cérebros e profissionais qualificados<br />
para outras regiões:<br />
. Promover a valorização do empreendedorismo no meio rural entre os jovens;<br />
. Viabilizar e consolidar o projeto do Parque Tecnológico da Campanha, focando<br />
em soluções de energia e biotecnologia.<br />
Educação para empreendedorismo em toda a região.<br />
4.<br />
Região fornecedora e produtora de energia – agenda energética<br />
A região da Campanha apresenta condições favoráveis para a produção<br />
energética, especialmente eólica, com exportação desta energia. A situação<br />
da geração termoelétrica também deve necessita de uma agenda estratégica.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Melhoria em logística, integração e avanços em governança conjunta.<br />
Busca da diversificação econômica; fortalecimento da identidade e infraestrutura<br />
do Pampa como origem de produtos agropecuários e turismo.<br />
Consolidação de polo de educação e conhecimento para a Região da<br />
Campanha e Fronteira. Universidades, pesquisa e conhecimento para<br />
atrair e reter os jovens empreendedores na região.<br />
Região fornecedora e produtora de energia – agenda energética.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.9, 1.10, 2.2, 2.5, 2.6<br />
1.8, 1.5<br />
4.4, 4.6, 4.8<br />
2.8, 2.9<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 3<br />
SANTA CRUZ DO SUL<br />
15 de Setembro/2015<br />
Vice-Prefeita de Santa<br />
Cruz do Sul (2013-2020)<br />
Helena Hermany<br />
Não podemos esmorecer,<br />
temos que pensar para<br />
frente, temos que criar.<br />
Com tantas cabeças<br />
pensantes, temos sim que<br />
pensar, planejar, temos<br />
que sair todos juntos<br />
desta crise.<br />
Prefeito de Venâncio<br />
Aires (2009-2016)<br />
e Presidente da<br />
Associação dos<br />
Municípios do Vale do<br />
Rio Pardo (em 2015)<br />
Airton Artus<br />
A nossa capacidade de<br />
investimento precisa ser<br />
recuperada.<br />
Pró-Reitor de<br />
Extensão e Relações<br />
Comunitárias da UNISC<br />
Angelo Hoff<br />
Um dos principais<br />
desafios para o<br />
próximo período é<br />
reduzir o desequilíbrio<br />
intrarregional.<br />
21<br />
municípios<br />
representados<br />
Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Lagoa<br />
Bonita do Sul, Rio Pardo, Pantano Grande,<br />
Mato Leitão, Vera Cruz, Charqueadas, Arroio<br />
do Tigre, Boqueirão do Leão, Candelária,<br />
Encantado, Herveiras, Mato Leitão, Passo do<br />
Sobrado, Paverama, Progresso, Rio Pardo,<br />
Santa Clara do Sul, Sinimbu, Vale do Sol.<br />
Sustentação do modelo de<br />
agronegócio em pequena<br />
propriedade; diversificação<br />
econômica e agregação de<br />
valor. Ciência e tecnologia,<br />
logística, fruticultura,<br />
energia elétrica trifásica e<br />
proteínas animais.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Logística e integração, possibilitando consolidação como<br />
região de alta produtividade<br />
O Vale do Rio Pardo possui localização logística privilegiada (próxima<br />
aos centros de distribuição), mas com infraestrutura deficiente. O acesso<br />
ao mercado do Sudeste do Brasil precisa ser priorizado. O modal ferroviário<br />
precisa ser incorporado à região. A possibilidade de um aeroporto<br />
regional também precisa ser considerada.<br />
2.<br />
Diversificação econômica com critério<br />
A cultura empreendedora historicamente existente na região precisa<br />
ser canalizada em caminhos para a diversificação e para a matriz econômica<br />
da Região nas próximas décadas. A produção de tabaco, importante<br />
na sustentação da economia, tem projeção mundial de demanda declinante,<br />
além de políticas restritivas. É necessário estabelecer condições sistêmicas<br />
para que seja feita a reconversão no sentido de uma região produtora<br />
de alimentos. Algumas regiões próximas ao Vale do Rio Pardo, como Encruzilhada<br />
do Sul, apresentam mais de 1.000 hectares de vinhedos cultivados.<br />
64 65<br />
3.<br />
Viabilização permanente do modelo de agronegócio em<br />
pequena propriedade: a matriz originária social e econômica<br />
da região com investimento na próxima geração<br />
A educação é fundamental, tanto no nível básico (ênfase no ensino<br />
integral) quanto no profissionalizante (manejo e gestão de pequena propriedade).<br />
É preciso contemplar a perspectiva urbana e rural, típica da<br />
região, para manter e formar empreendedores em pequena propriedade.<br />
O mundo rural e urbano é um só, por isso o acesso a Internet também<br />
precisa ser reforçado. Programa para prevenção de dependência química<br />
deve ser desenvolvido, em bases modernas.<br />
Importante o reforço na estrutura fitossanitária no Estado do <strong>RS</strong> e<br />
particularmente na região. Evolução na fiscalização e licenciamento ambiental,<br />
em torno de um modelo realista e sustentável.<br />
4.<br />
Hidrovias e alternativas de ligação com Porto de Rio<br />
Grande e Região Metropolitana<br />
É importante para a região a consolidação de um porto fluvial em boas<br />
condições, de modo a melhorar a ligação com a capital e o Porto de Rio<br />
Grande, em condições de menor custo. Possibilidade de constituição de<br />
um polo logístico multimodal.<br />
5.<br />
Modelo permanente de desenvolvimento regional e<br />
consorciamento<br />
Alguns aspectos devem ser priorizados pelas administrações municipais,<br />
de forma concatenada, para que a região recupere condição de<br />
investimento social.<br />
Os serviços regionais de saúde precisam buscar maior equilíbrio; importante<br />
ocorrer maior descentralização das residências médicas, trazendo<br />
novos profissionais para a região. A segurança pública sofre pressão<br />
pela relativa proximidade à Região Metropolitana e também necessita<br />
reforço na coordenação. A recuperação da capacidade operacional dos<br />
municípios também precisaria de orientação (e estratégia de investimentos)<br />
mais integrada.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Logística e integração, propiciando fixação como região de alta produtividade.<br />
Diversificação econômica com critério.<br />
Viabilização permanente do modelo de agronegócio em pequena propriedade:<br />
a matriz originária social e econômica da região com investimento<br />
na próxima geração.<br />
Hidrovias e opções de ligação com Porto de Rio Grande e Região Metropolitana.<br />
Modelo permanente de desenvolvimento regional e consorciamento.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.4 ,2.5, 2.6<br />
1.5, 1.6<br />
2.8, 3.8<br />
2.2<br />
1.9, 1.10<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 4<br />
22 de Setembro/2015<br />
Prefeito de Rosário do<br />
Sul (2013-2015)<br />
Luis Henrique<br />
Antonello<br />
Tem que ficar registrada<br />
a luta da região pelas<br />
ferrovias, especialmente<br />
a Ferrovia do Mercosul,<br />
juntamente com a<br />
duplicação da BR 290 e<br />
os aeroportos regionais.<br />
Precisamos romper o<br />
isolamento.<br />
Presidente do<br />
Fórum Estadual dos<br />
COREDEs (em 2015)<br />
Hugo Chimenes<br />
No Planejamento<br />
Estratégico realizado em<br />
2010 estão destacados<br />
o apoio à produção<br />
e diversificação<br />
agropecuária, o apoio à<br />
inovação tecnológica e<br />
ações para integração<br />
da Faixa de Fronteira.<br />
Valorizar os Institutos federais, a estrutura multicampi da Unipampa.<br />
Importante aprimorar estruturas para a extensão tecnológica. A forma-<br />
7municípios<br />
representados<br />
Rosário do Sul, São<br />
Gabriel, Quaraí,<br />
Alegrete, Santana<br />
do Livramento,<br />
Candiota, São Borja<br />
ROSÁRIO DO SUL<br />
Integrar a região, desenvolver<br />
de acordo com a identidade<br />
do bioma Pampa. Encontrar<br />
solução estratégica para a<br />
região de Fronteira.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Diversificação produtiva e valorização do bioma Pampa<br />
Disponibilidade de terras na região – agroindústria com a marca<br />
do Pampa com produtos com potencial de distribuição nacional.<br />
Estrada Rosário do Sul-Santa Maria com grande disponibilidade de<br />
terras para vitivinicultura e fruticultura. Desenvolver e agregar valor com<br />
certificado de origem na ovinocultura e na bovinocultura de alto valor<br />
(gado do Pampa).<br />
Fortalecimento da denominação de origem.<br />
Preocupação com a preservação ambiental e das bacias hidrográficas<br />
da região. Região de rios, bacia do Rio Santa Maria. Barragens e canais<br />
para poder compensar estiagens e variações climáticas.<br />
2.<br />
Formação universitária, pesquisa, tecnologia e formação<br />
de líderes e empreendedores<br />
ção de líderes e empreendedores no setor público e privado deve ser<br />
priorizada, com acesso a cursos de pós-graduação e instâncias de governança<br />
regional.<br />
66 67<br />
3.<br />
Integração logística da Fronteira à Campanha, Região<br />
Arrozeira e no eixo entre Chile (Pacífico) e o Porto de Rio<br />
Grande (Atlântico)<br />
A região precisa ter acesso a um aeroporto de boa qualidade. A duplicação<br />
da BR-290 em toda sua extensão até <strong>2030</strong> é um avanço importante para o <strong>RS</strong>.<br />
A vocação econômica da Região depende da existência da redução<br />
da distância aos dois portos para distribuição dos produtos em escala<br />
mundial - Oceano Pacífico-Chile (mercado asiático) e Rio Grande (mercado<br />
ocidental). É preciso atenção às estradas como parte de um sistema<br />
de produção: E<strong>RS</strong> 566- que realiza a integração arrozeira com a BR 290<br />
e Alegrete. A E<strong>RS</strong>-176 que permite ligação mais rápida entre os portos<br />
no Chile e Rio Grande, e a E<strong>RS</strong> 630, que faz a ligação entre as regiões da<br />
Fronteira e da Campanha. Também é preciso garantir a ligação ferroviária<br />
da região do Pampa à futura Ferrovia do Mercosul.<br />
4.<br />
Estudo de solução econômica para a faixa de fronteira -<br />
Zona Franca e modernização da legislação restritiva<br />
Criação de uma Zona Franca em toda a região; proposição de uma<br />
flexibilização e modernização da legislação restritiva acerca de investimentos<br />
e atividades econômicas na Faixa de Fronteira.<br />
5.<br />
Melhoria da infraestrutura de serviços públicos e continuidade<br />
de ações<br />
Os serviços públicos, mesmo com a grande distância geográfica entre<br />
as cidades, precisam ter maior investimento e sinergia em dois pontos<br />
principais: o saneamento básico, que inclui a balneabilidade e preservação<br />
da bacia do Rio Santa Maria e a configuração de um hospital regional.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Diversificação produtiva e valorização do bioma Pampa.<br />
Formação universitária, pesquisa, tecnologia e formação de líderes e empreendedores.<br />
Integração logística da Fronteira à Campanha, Região Arrozeira e no eixo<br />
entre Chile (Pacífico) e o Porto de Rio Grande (Atlântico).<br />
Estudo de solução econômica para a faixa de fronteira - Zona Franca e<br />
modernização da legislação restritiva.<br />
Melhoria da infraestrutura de serviços públicos e continuidade de ações.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.4, 1.5<br />
4.5, 4.6<br />
2.3, 2.6<br />
1.7<br />
1.9, 1.10, 3.9<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 5<br />
SANTA MARIA<br />
22 de Setembro/2015<br />
Prefeito de Santa Maria<br />
(2009-2016)<br />
Cezar Schirmer<br />
A população da região<br />
central e oeste do <strong>RS</strong> está<br />
migrando para a região<br />
leste, há um desequilíbrio<br />
regional no Estado.<br />
Prefeito de Faxinal do<br />
Soturno (2013-2016)<br />
e Representante<br />
da Associação de<br />
Municípios da Região<br />
Centro<br />
Volnei Salvegnago<br />
Temos a responsabilidade<br />
de buscar soluções.<br />
Precisamos mostrar<br />
as coisas para a<br />
comunidade, não apenas<br />
ficar reclamando.<br />
Reitor da Universidade<br />
Federal de Santa Maria<br />
Paulo Afonso Burmann<br />
As palavras-chave são<br />
cooperação, parceria, para<br />
superar o momento difícil<br />
que estamos vivendo.<br />
15<br />
municípios<br />
representados<br />
Santa Maria, Cachoeira do Sul, Dilermando de<br />
Aguiar, Faxinal do Soturno, Itaara, Jaguari, Júlio de<br />
Castilhos, Paraíso do Sul, Pinhal Grande, Restinga<br />
Seca, São Borja, São João do Polêsine, São Pedro<br />
do Sul, São Vicente do Sul, Silveira Martins<br />
Índices de<br />
desenvolvimento<br />
humano precisam<br />
traduzir-se em<br />
dinâmica econômica<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Fortalecimento da economia circular na região central, tornando-<br />
se um polo mais completo de produtos e serviços,<br />
com influência sobre a região central e oeste do <strong>RS</strong><br />
A cidade de Santa Maria precisa fortalecer-se como polo de serviços<br />
na região central, fornecendo produtos e serviços para a região central e<br />
oeste do Estado, consolidando suas condições de capital regional; como<br />
centro de apoio e turismo de negócios, e difusão de conhecimento. As<br />
cidades da região precisam aumentar a sua interação de forma a reter<br />
mais valor agregado na região.<br />
2.<br />
Ciclo completo da logística multimodal, unindo melhoria<br />
em rodovias, integração com hidrovia no Rio Jacuí,<br />
acesso ferroviário e aumento da capacidade de transporte de<br />
cargas no aeroporto de Santa Maria<br />
A região central precisa ter um acesso a todos os modais logísticos, de<br />
forma a imprimir competitividade a seus produtos e serviços: aéreo, ao melhorar<br />
as condições gerais e de movimento de cargas no aeroporto de Santa<br />
Maria; garantia de acesso e ramal ferroviário aos principais portos da região<br />
Sul; melhoria das rodovias, especialmente no eixo Porto Alegre-Santa Maria,<br />
e suas ramificações. Duplicação gradual do trecho Santa Maria-Porto Alegre.<br />
68 69<br />
3.<br />
Industrialização diversificada, com foco setorial na indústria<br />
de defesa, alimentos e metalmecânico<br />
Industrialização deve ser acelerada, preferencialmente com polo ou<br />
distrito industrial de abrangência regional, focando o segmento de defesa<br />
(identificado com Santa Maria), alimentos (ligado à vocação regional)<br />
e metalmecânico, de forma também a aumentar a receita tributária e<br />
valor agregado da região.<br />
4.<br />
Cultura empreendedora e retenção de jovens na região<br />
A região forma, através de suas universidades, recursos humanos<br />
qualificados, mas precisa retê-los em maior proporção. Da mesma<br />
forma, é preciso criar condições para que os jovens ligados a famílias do<br />
agronegócio se tornem empreendedores rurais.<br />
O acesso universal à internet deve ser estimulado, tanto no meio rural<br />
quanto urbano, assim como condições e estímulo à cultura empreendedora<br />
(como espaços colaborativos e financiamento a start-ups).<br />
A educação precisa priorizar e incorporar o empreendedorismo desde<br />
o ensino básico.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Fortalecimento da economia circular na região central, tornando-se um polo<br />
mais completo de produtos e serviços, com influência sobre a região central e<br />
oeste do <strong>RS</strong>.<br />
Ciclo completo da logística multimodal, unindo melhoria em rodovias, integração<br />
com hidrovia no Rio Jacuí, acesso ferroviário e aumento da capacidade<br />
de transporte de cargas no aeroporto de Santa Maria.<br />
Industrialização diversificada, com foco setorial na indústria de defesa, alimentos<br />
e metalmecânico<br />
Cultura empreendedora e retenção de jovens na região.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.4, 1.5, 3.8<br />
2.1, 2.2, 2.3,2.4,<br />
2.5,2.6<br />
1.4, 1.5, 4.5, 4.6, 4.7,<br />
4.8<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Fase 1 - Encontro 6<br />
29 de Setembro/2015 FREDERICO WESTPHALEN<br />
Prefeito de Frederico<br />
Westphalen (2013-2016)<br />
Roberto Felin Junior<br />
A vocação da região é<br />
a produção de proteína<br />
animal. Precisamos<br />
tornar esse sistema<br />
competitivo, continuar<br />
a recuperar a região<br />
economicamente.<br />
23<br />
municípios<br />
representados<br />
Frederico Westphalen, Braga, Caiçara, Campo<br />
Novo, Chiapetta, Constantina, Coronel Bicaco,<br />
Cristal do Sul, Dois Irmãos das Missões, Erval Seco,<br />
Liberato Salzano, Palmitinho, Pinhal, Pinheirinho<br />
do Vale, Planalto, Rio dos Índios, Ronda Alta, São<br />
Pedro das Missões, Seberi, Tiradentes do Sul,<br />
Trindade do Sul, Vicente Dutra, Vista Alegre<br />
Logística para integrar<br />
região produtora<br />
de alimentos;<br />
recuperar defasagem<br />
de infraestrutura,<br />
redistribuir<br />
equipamentos públicos<br />
3.<br />
Redimensionamento e adequação de equipamentos<br />
públicos à mudança demográfica. Efetivação de consórcios<br />
intermunicipais para saúde, educação e saneamento<br />
A mudança demográfica na região, com redução consolidada de mais<br />
de 30% na população desde a década de 1980, exige uma completa redistribuição<br />
de equipamentos públicos, especialmente de saúde e educação.<br />
Isso inclui equipamentos municipais e estaduais.<br />
Essa redistribuição é possível a partir da estruturação de consórcios<br />
intermunicipais e uma evolução na governança regional. A questão do<br />
saneamento básico deve se juntar à saúde e à educação nos serviços<br />
consorciados em municípios com pequena população e baixa dispersão<br />
geográfica (ou seja, muito próximos uns aos outros e com características<br />
semelhantes).<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Atenção à industrialização e à logística competitiva para o ciclo completo na<br />
produção de proteínas animais diversificadas.<br />
Programa pactuado de recuperação de infraestrutura.<br />
Redimensionamento e adequação de equipamentos públicos à mudança demográfica.<br />
Efetivação de consórcios intermunicipais para saúde, educação e<br />
saneamento.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.1, 2.4, 2.5, 1.5, 3.8<br />
2.1, 2.3, 2.7, 2.8<br />
1.9, 1.10, 3.1, 3.2, 4.1,<br />
4.3, 3.9<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Prefeito de Planalto<br />
(2013-2020), Presidente<br />
da Anzop, Associação<br />
dos Municípios da<br />
Zona da Produção,<br />
Prefeito de Planalto<br />
(em 2015)<br />
Antonio Carlos Damin<br />
É uma satisfação<br />
integrarmos um projeto<br />
de futuro para o Estado.<br />
Nossa região é a mais<br />
pobre em termos de<br />
infraestrutura, somos<br />
riquíssimos na nossa<br />
matriz produtiva, mas<br />
em infraestrutura somos<br />
a mais pobre e a mais<br />
desassistida do <strong>RS</strong>.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Atenção à industrialização e à logística competitiva para o ciclo<br />
completo na produção de proteínas animais diversificadas<br />
A região tem a vocação histórica de produtividade em proteínas animais.<br />
Essas são diversificadas, com destaque para os suínos e pescados.<br />
Para tanto, é preciso desenvolver condições de armazenagem e distribuição<br />
(talvez um Porto Seco regional com condições de armazenamento).<br />
A logística por via rodoviária precisa ser melhorada, tanto para escoamento<br />
através do Rio Grande do Sul quanto através do estado de<br />
Santa Catarina.<br />
2.<br />
Programa pactuado de recuperação de infraestrutura<br />
A defasagem de infraestrutura precisa ser recuperada gradualmente<br />
e de forma coordenada, de forma a priorizar o que traz maior impacto<br />
estratégico à região.<br />
O acesso universal à Internet no meio rural e urbano e a energia elétrica trifásica<br />
no meio rural são aspectos fundamentais dessa recuperação estrutural.<br />
70 71<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 7<br />
PASSO FUNDO<br />
29 de Setembro/2015<br />
Prefeito de Passo Fundo<br />
(2013-2020)<br />
Luciano Azevedo<br />
A cidade e a região<br />
precisam de<br />
desenvolvimento<br />
econômico, ambiental e<br />
social que andem juntos.<br />
Prefeito de Lagoa<br />
Vermelha (2009-<br />
2016), Presidente<br />
da Associação dos<br />
Municípios do Nordeste<br />
Riograndense (em 2015)<br />
Getúlio Cerioli<br />
Importante destacar a<br />
ligação ferroviária entre<br />
Vacaria e Passo Fundo,<br />
a questão de logística e<br />
energia.<br />
Reitor da Universidade<br />
de Passo Fundo<br />
José Carlos Carles de<br />
Souza<br />
É preciso uma construção<br />
coletiva, uma pactuação<br />
em torno de prioridades<br />
e as vocações da região.<br />
Não se pode pensar em<br />
desenvolvimento sem<br />
a inovação, a ciência, a<br />
tecnologia.<br />
26<br />
municípios<br />
representados<br />
Passo Fundo, Quinze de Novembro, Victor<br />
Graeff, Ibirapuitã, Mormaço, Campinas do Sul,<br />
Charrua, Ipiranga do Sul, Viadutos, Gentil,<br />
Muliterno, São Domingos do Sul, Vanini, Água<br />
Santa, Cacique Doble, Ibiaçá, Lagoa Vermelha,<br />
Paim Filho, São João da Urtiga, Tupanci do<br />
Sul, Marau, Camargo, Casca, Santo Antônio do<br />
Palma, Pontão, Santo Antonio do Planalto<br />
Região polo de<br />
nova fronteira de<br />
desenvolvimento<br />
para o <strong>RS</strong> a partir do<br />
agronegócio; centro de<br />
excelência em serviços<br />
e referência regional.<br />
Melhoria permanente do<br />
ambiente de negócios.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Multipolo de produção diversificada com base na agroindústria,<br />
produção de grãos e cereais, e agregação de valor a partir<br />
de tecnologia<br />
A região tem potencial de consolidar-se como um dos grandes polos<br />
nacionais de produção agroindustrial baseada em grãos, cereais e lácteos.<br />
A agregação de valor, a produtividade e a industrialização devem<br />
ser intensificados a partir da disponibilidade e difusão tecnológica, melhoria<br />
permanente da condição de produtividade e qualidade dos produtos,<br />
tanto commodities, quanto derivados da agroindústria.<br />
2.<br />
Fortalecimento de Passo Fundo como centro de inteligência<br />
e serviços<br />
A cidade de Passo Fundo fortalece-se como centro urbano de referência,<br />
sede dos serviços de apoio a esta economia integrada, trazendo instituições<br />
de ensino, serviços de saúde, comércio e serviços em geral. Para isso,<br />
as comunicações, logística e condições de qualidade urbana precisam pas-<br />
sar por melhorias contínuas. O fortalecimento da cultura empreendedora<br />
passa pela adoção do empreendedorismo na educação em todos os níveis<br />
escolares.<br />
72 73<br />
3.<br />
Eficiência logística e estrutural ao sistema regional de<br />
produção e serviços<br />
A regionalização e a busca de um novo modelo de licenciamento ambiental,<br />
adequado à realidade e às condições futuras da região. A garantia<br />
de oferta de eletricidade com qualidade é muito importante.<br />
A eficiência logística depende da estruturação de um aeroporto com<br />
capacidade de transporte de cargas, um Porto Seco para melhorar as<br />
operações de transporte terrestre, a viabilização de ligação ferroviária e<br />
a duplicação das estradas BR 285 e <strong>RS</strong> 324.<br />
4.<br />
Evolução da governança institucional<br />
As aspirações da região dependem da coordenação e institucionalização<br />
de lideranças descentralizadas que sejam representativas e<br />
tenham capacidade de mobilizar e avaliar, de forma permanente, o foco<br />
dos recursos, políticas e iniciativas públicas e privadas na região.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Multipolo de produção diversificada com base na agroindústria, produção de<br />
grãos e cereais, e agregação de valor a partir de tecnologia.<br />
Fortalecimento de Passo Fundo como centro de inteligência e serviços.<br />
Eficiência logística e estrutural ao sistema regional de produção e serviços.<br />
Evolução da governança institucional.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.5, 1.6<br />
1.4, 1.8, 2.10<br />
2.1, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6<br />
1.9, 1.10<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 8<br />
6 de outubro/2015 CAXIAS DO SUL<br />
Prefeito de Caxias do Sul<br />
(2013-2016)<br />
Alceu Barbosa Velho<br />
É preciso imprimir<br />
caráter propositivo à<br />
nossa atuação, temos<br />
dificuldades para<br />
desenvolver mais<br />
resolutividade. O modelo<br />
de distribuição de recursos<br />
é um dos limitantes.<br />
Prefeito de São Marcos<br />
(2013-2016), Presidente<br />
da AMESNE (Associação<br />
de Municípios do<br />
Nordeste do <strong>RS</strong>) em<br />
2015<br />
Demétrio Lazaretti<br />
As três questões<br />
fundamentais são a<br />
Educação, fundamental<br />
para o Estado retomar seu<br />
rumo; a repartição do “bolo<br />
tributário”; e uma discussão<br />
mais ampla sobre o <strong>RS</strong> e a<br />
estrutura do Estado.<br />
Prefeito de Harmonia<br />
(2013-2020)<br />
Carlos Alberto Fink<br />
Por ser uma região de<br />
alta produtividade,<br />
há muita demanda<br />
por infraestrutura. Os<br />
recursos disponíveis são<br />
desproporcionais.<br />
19<br />
municípios<br />
representados<br />
Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Boa Vista<br />
do Sul, Cambará do Sul, Campestre da<br />
Serra, Capão Bonito do Sul, Carlos Barbosa,<br />
Caxias do Sul, Cotiporã, Harmonia, Ipê,<br />
Jaquirana, Linha Nova, Montenegro, Muitos<br />
Capões, São Francisco de Paula, São José<br />
dos Ausentes, São Marcos, Vacaria<br />
Imprimir novo choque<br />
de competitividade à<br />
indústria e agronegócio<br />
de pequena propriedade<br />
e alta produtividade;<br />
manutenção e<br />
continuidade da<br />
prosperidade da região<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Consolidação e ampliação da região como polo industrial.<br />
Espaço disponível para investimento industrial de<br />
alta intensidade, agregação tecnológica e melhor infraestrutura<br />
de comunicação digital<br />
A expansão industrial da região precisa estar garantida em bases sustentáveis,<br />
tanto em termos ambientais e sociais (recursos humanos e<br />
qualidade de vida), quanto em termos de espaços para expansão dentro<br />
do equilíbrio urbano e territorial da região. A indústria de alta intensidade<br />
e agregação tecnológica deve ser incentivada, a partir da matriz hoje<br />
existente. Investimento em melhor infraestrutura de energia e comunicação<br />
digital.<br />
2.<br />
Investimento na denominação de origem e produção<br />
primária de alta produtividade<br />
A produção primária precisa incorporar a figura do empresário rural, especialmente<br />
em razão da necessidade de alta produtividade em pequenas<br />
propriedades. A região precisa fortalecer a sua denominação de origem e<br />
criar condições de eletricidade trifásica e internet nas áreas rurais próximas<br />
aos municípios para manter a força do seu cinturão de produção vinculada<br />
à agroindústria e ao abastecimento de hortifrutigranjeiros.<br />
74 75<br />
3.<br />
Investimento logístico concentrado para viabilizar<br />
apoio ao sistema produtivo: escoamento da produção e<br />
entrada de insumos<br />
O investimento logístico com critério e prioridade para manter e ampliar<br />
a competitividade e participação da economia da Região em níveis<br />
de Sul de País e nacional. Os grandes corredores de escoamento com a<br />
Região Metropolitana de Porto Alegre, com os portos de Rio Grande e<br />
Itajaí devem ser priorizados. Necessário estudar a viabilidade de priorizar<br />
escoamento da produção através da Rota do Sol/Itajaí. Necessário<br />
criar um ramal ferroviário; necessidade de minimamente garantir rodovia<br />
duplicada na ida e volta do trajeto Porto Alegre-Região Serrana. Extensão<br />
gradual da BR-448 até o Vale do Caí- execução da segunda fase<br />
projetada até <strong>2030</strong>.<br />
Aeroporto de Caxias do Sul com melhoramentos para operar principalmente<br />
com transporte de cargas e apoio à produção local.<br />
4.<br />
Melhor organização institucional e planejamento para<br />
garantir serviços públicos e um desenvolvimento sustentado<br />
O estado do Rio Grande do Sul precisa basear-se em um planejamento<br />
e priorização macro, e traçar metas exequíveis. A possibilidade de um<br />
modelo para regulamentação regional de PPPs (Parcerias Público-Privadas)<br />
poderia alavancar soluções para infraestrutura onde estas são economicamente<br />
viáveis. A garantia de serviços públicos na saúde, educação que<br />
mantém o alto nível relativo de Desenvolvimento Humano da região passam<br />
também por nova pactuação regional e com os governos estaduais e<br />
municipais. Região precisa de uma visão de desenvolvimento compartilhada<br />
que passa por priorização de investimentos em todas as áreas.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Consolidação e ampliação da região como polo industrial. Espaço disponível<br />
para investimento industrial de alta intensidade, agregação tecnológica e melhor<br />
infraestrutura de comunicação digital.<br />
Investimento na denominação de origem e produção primária de alta produtividade.<br />
Investimento logístico concentrado para viabilizar apoio ao sistema produtivo:<br />
escoamento da produção e entrada de insumos.<br />
Melhor organização institucional e planejamento para garantir serviços públicos<br />
e um desenvolvimento sustentado.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.4, 1.5, 1.6, 2.10<br />
3.8, 2.8<br />
2.3, 2.4, 2.5, 2.6<br />
1.7, 1.9, 1.10, 3.1 a<br />
3.10<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 9<br />
6 de outubro/2015 TAQUARA<br />
Prefeito de Taquara<br />
(2013-2020)<br />
Tito Lívio Jaeger Filho<br />
A região precisa de<br />
planejamento para<br />
crescer, mas em bases<br />
sustentáveis, para gerar<br />
mais oportunidades,<br />
mas não comprometer a<br />
qualidade de vida.<br />
Diretor Geral da<br />
FACCAT (Faculdades<br />
Integradas de Taquara)<br />
Delmar Backes<br />
É preciso viabilizar com<br />
rapidez a formação<br />
de consórcios entre<br />
municípios para tratar<br />
de vários assuntos em<br />
comum.<br />
Prefeito de Esteio<br />
(2009-2016),<br />
Presidente do<br />
Consórcio Sinos<br />
(em 2015)<br />
Gilmar Rinaldi<br />
Precisamos de soluções<br />
inovadoras, criativas,<br />
para água e saneamento.<br />
A gestão de resíduos é<br />
um dos grandes desafios.<br />
18<br />
municípios<br />
representados<br />
Taquara, Araricá, Arroio dos Ratos, Balneário<br />
Pinhal, Canoas, Capão da Canoa, Esteio,<br />
Gravataí, Igrejinha, Ivoti, Mampituba,<br />
Nova Hartz, Parobé, Porto Alegre, Rolante,<br />
Sapiranga, Três Coroas, Viamão<br />
Um modelo institucional<br />
para a Região<br />
Metropolitana que<br />
permita desenvolvimento<br />
sustentável e equilibrado.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Plano integrado de saneamento, atenção às bacias hidrográficas,<br />
e desenvolvimento sustentável da RMPA - maior<br />
ordenamento<br />
Plano que integre as bacias hidrográficas, representativas na Região<br />
Metropolitana, o saneamento básico, com metas, e outros parâmetros<br />
compartilhados para o desenvolvimento sustentável e ocupação de espaços.<br />
É preciso uma visão regional para essas questões, com compromissos<br />
de vários municípios.<br />
2.<br />
Formação de consórcios para a prestação dos principais<br />
serviços públicos<br />
A Região Metropolitana e Vale do Paranhana têm recebido um aumento<br />
populacional nas últimas décadas, como todo o quadrante Nordeste do Estado.<br />
Muitos municípios têm realizado a transição de economia rural para<br />
economia urbana. Municípios que adotaram regimes próprios de Previdência<br />
precisam solucionar esta questão. O Pacto Federativo precisa ser gradualmente<br />
alterado, municípios da RMPA são muito pressionados em ter-<br />
mos de serviços públicos (saúde e educação) e infraestrutura.<br />
Serviços públicos como saúde, educação, coleta e processamento de resíduos,<br />
transportes, compras públicas em geral já poderiam ser consorciados.<br />
Água, saneamento e prevenção contra enchentes são desafios para a Região<br />
Metropolitana. A estrutura de segurança pública precisaria de comandos<br />
metropolitanos melhor integrados.<br />
76 77<br />
3.<br />
Empreendedorismo no meio rural metropolitano<br />
A produção agrícola da Zona Rural da Região Metropolitana é<br />
expressiva, principalmente em produtos que perfazem o abastecimento<br />
de hortifrutigranjeiros e demais alimentos industrializados e semi industrializados.<br />
Os empresários do meio rural na Região Metropolitana deveriam<br />
passar por um amplo programa de formação empreendedora, para<br />
que se vissem como empreendedores rurais. A rede elétrica trifásica é<br />
um requisito importante nesse sentido, assim como a modernização do<br />
zoneamento rural/urbano.<br />
4.<br />
Transporte integrado com maior possibilidade de mobilidade<br />
na própria RMPA<br />
A mobilidade urbana precisa ser pensada em um raio de até 50 km da<br />
capital gaúcha. Soluções integradas, expansão do Trensurb, expansão da<br />
BR-448 até entroncamento com ligação para a Serra Gaúcha. Um modelo<br />
de PPPs que viabilize novas soluções em mobilidade. Economia organizada<br />
para facilitar o não-transporte (trabalho qualificado de qualquer ponto da<br />
RMPA, evitando deslocamentos desnecessários).<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Plano integrado de saneamento, atenção às bacias hidrográficas, e desenvolvimento<br />
sustentável da RMPA - maior ordenamento.<br />
Formação de consórcios para a prestação dos principais serviços públicos.<br />
Empreendedorismo no meio rural metropolitano.<br />
Transporte integrado com maior possibilidade de mobilidade na própria<br />
RMPA.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.2, 3.9<br />
1.10, 3.1, 3.2, 4.1, 4.3,<br />
3.9<br />
3.8<br />
1.7, 1.9, 2.3, 2.4, 2.10<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 10<br />
13 de Outubro/2015 IJUÍ<br />
Prefeito de Ijuí<br />
(2009-2016)<br />
Fioravante Ballin<br />
Precisamos viabilizar dois<br />
aeroportos regionais<br />
para a região. O de Santo<br />
Ângelo, e também em<br />
Ijuí. Recuperação das<br />
principais estradas,<br />
e uma política de<br />
diversificação econômica.<br />
Prefeito de Giruá<br />
(2009-2016)<br />
Angelo Fabian Thomas<br />
O Estado do <strong>RS</strong> ainda<br />
não transpôs o século<br />
XX. É preciso um tema<br />
que una os gaúchos para<br />
construir soluções.<br />
Presidente do COREDE<br />
Noroeste Colonial (em<br />
2015) e representante<br />
do reitor da UNIJUÍ<br />
Sérgio Allenbrandt<br />
Região Oeste do estado<br />
precisa de política<br />
pública específica para<br />
reverter perda de 78 mil<br />
habitantes, 55% destes<br />
para Santa Catarina.<br />
13<br />
municípios<br />
representados<br />
Ijuí, Ajuricaba, Alegria, Caibaté, Catuípe,<br />
Cerro Largo, Eugênio de Castro, Giruá,<br />
Panambi, Pejuçara, Porto Vera Cruz, São Luiz<br />
Gonzaga, Três de Maio<br />
Três polos urbanos,<br />
busca de competitividade<br />
no agronegócio<br />
e melhoria logística.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Viabilização das prioridades logísticas<br />
Região precisa ter projeto para viabilizar suas prioridades logísticas,<br />
garantindo a competitividade no agronegócio. A Ferrovia Norte-<br />
Sul precisa integrar a região das Missões. A BR-285 deve ser duplicada,<br />
inclusive o trecho entre Ijuí e Carazinho. Os acessos asfálticos precisam<br />
ser completados em todos os municípios. Ponte internacional ligando a<br />
região à Argentina deve ser completada. Aeroporto regional em Santo<br />
Ângelo deve ter sua infraestrutura ampliada, se possível também aeroporto<br />
regional de Ijuí em plenas condições.<br />
2.<br />
Cadeias produtivas do agronegócio fortalecidas; sucessão<br />
familiar, agregação de tecnologia, empreendedorismo<br />
no campo<br />
O projeto Leite Saudável precisa ter continuidade e investimento, para<br />
tornar a região uma das bacias leiteiras mais produtivas do País. Um conjunto<br />
de agroindústrias precisa ser agregado em torno desta bacia leiteira.<br />
Constituição de um Laboratório de Leite, de forma a assegurar a qualidade<br />
e incentivar pesquisa e melhorias no produto.<br />
A manutenção da cultura do agronegócio com soja e produção diversificada<br />
depende da sucessão familiar e de melhores condições de distribuição<br />
de energia de qualidade e irrigação<br />
78 79<br />
3.<br />
Fortalecimento do modelo “tripolar” para a macrorregião,<br />
com três cidades polo fornecendo serviços, conhecimento,<br />
saúde e educação<br />
A região precisa se tornar competitiva a partir da integração e inter<br />
-relação de três cidades polo: Santo Ângelo, Ijuí e Santa Rosa. As três<br />
cidades precisam desenvolver competências complementares em termos<br />
de serviços, comércio, saúde, educação, hospedagem e logística. O<br />
planejamento compartilhado regional precisa perseverar e se sobrepor<br />
a eventuais disputas locais ou partidárias.<br />
4.<br />
Viabilizar infraestrutura, logística, promoção de destinos<br />
com potencial de classe mundial: São Miguel das<br />
Missões e Salto do Yucumã<br />
A região possui dois destinos com potencial para turismo de classe mundial<br />
que precisam receber atenção especial no quesito transporte-hospedagem-infraestrutura-serviços,<br />
de forma que seja viável o acesso de turistas<br />
de todo o Brasil e exterior. Trabalho seletivo de promoção também<br />
precisa ser realizado.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Viabilização das prioridades logísticas.<br />
Cadeias produtivas do agronegócio fortalecidas; sucessão familiar, agregação<br />
de tecnologia, empreendedorismo no campo.<br />
Fortalecimento do modelo “tripolar” para a macrorregião, com três cidades<br />
polo fornecendo serviços, conhecimento, saúde e educação.<br />
Viabilizar infraestrutura, logística, promoção de destinos com potencial de<br />
classe mundial: São Miguel das Missões e Salto do Yucumã.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.1, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6<br />
1.5, 3.8, 4.4<br />
1.4, 1.8<br />
1.8, 2.6<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 1 - Encontro 11<br />
20 de Outubro/2015<br />
Prefeito de Pelotas<br />
(2013-2016)<br />
Eduardo Leite<br />
Valorização do<br />
componente histórico<br />
com sustentabilidade<br />
econômica. É preciso<br />
encurtar distâncias,<br />
melhorar a interconexão<br />
entre os municípios da<br />
Região, e destes com o<br />
Estado.<br />
Reitor da Universidade<br />
Federal de Pelotas<br />
Mauro Del Pino<br />
Investimento em energia<br />
eólica e fontes alternativas<br />
de energia. Região tem<br />
três arranjos produtivos:<br />
complexo industrial<br />
da saúde, alimentos e<br />
agricultura orgânica, e<br />
agricultura familiar.<br />
Presidente do COREDE<br />
Região Sul (em 2015)<br />
Roselani Sodré da Silva<br />
Fortalecer o sistema de<br />
governança territorial,<br />
regionalização<br />
administrativa do Estado e<br />
foros regionais de governo.<br />
Polo de produção de energia limpa, especialmente energia eólica. É<br />
preciso também produzir equipamento, tecnologia e formar profissio-<br />
10<br />
municípios<br />
representados<br />
Pelotas, Aceguá, Canguçu,<br />
Cerrito, Chuvisca, Morro<br />
Redondo, Pedras Altas,<br />
Pinheiro Machado, São<br />
Lourenço do Sul, Turuçu<br />
PELOTAS<br />
Coordenação regional,<br />
reindustrialização regionalizada,<br />
agropecuária sustentável<br />
produzindo alimento de<br />
qualidade, energia limpa.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Fortalecimento da governança e coordenação<br />
Evolução da coordenação e governança institucional da região<br />
para tornar realidade as prioridades. O Consórcio Público do Extremo Sul<br />
deve ser viabilizado, possibilitando um consórcio de serviços públicos<br />
nos municípios polo, acessíveis aos demais. A regionalização é a saída<br />
para situações como o licenciamento ambiental e adequação do Código<br />
Florestal; a Central de Monitoramento de segurança pública; a implementação<br />
de uma Região Metropolitana Sul (em torno de Pelotas e Rio Grande);<br />
o arcabouço legal para uma possível área industrial compartilhada.<br />
2.<br />
Reindustrialização com distribuição regionalizada<br />
Busca de uma matriz industrial diversificada. Política de atração<br />
regional de investimentos a partir de uma área industrial regionalizada<br />
(evitando disputa entre municípios); estímulo ao empreendedorismo,<br />
incubadoras e berçário industrial.<br />
nais na área de energias limpas.<br />
80 81<br />
3.<br />
Adequação e integração logística dos ativos<br />
Consolidação do Porto de Rio Grande como porto competitivo e<br />
de grande escala da Região Sul e preferencial do <strong>RS</strong>; viabilização da melhoria<br />
das principais vias de escoamento ao Porto de Rio Grande, incluindo hidrovia.<br />
Duplicação do trecho completo da BR-116/BR-392 entre Porto Alegre e Rio<br />
Grande. Melhoria da qualidade do acesso da Região da Produção. Viabilização<br />
de ramal ferroviário competitivo das regiões produtivas até Rio Grande.<br />
4.<br />
Investimento no agronegócio e atividades regionais<br />
Além da evolução institucional em termos de licenciamento e<br />
códigos para o agronegócio, investir na difusão da inovação no minifúndio<br />
e na agricultura familiar. Fortalecimento e qualificação sustentável<br />
da atividade pesqueira em águas internas e na Costa Marítima.<br />
5.<br />
Identidade, história e turismo com tratamento integrado<br />
e visão de “corredor do Mercosul”<br />
Valorização do componente histórico e cultural com sustentabilidade<br />
econômica: “formação cultural do Rio Grande do Sul”. Maior investimento<br />
na Costa Doce e seus atrativos, incluindo atrativos seletivos (sustentáveis)<br />
de nível internacional como a Lagoa do Peixe e a Reserva do Taim. Posicionamento<br />
de “corredor do Mercosul” e como alternativa ou complementação<br />
ao turismo realizado no Uruguai.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Fortalecimento da governança e coordenação.<br />
Reindustrialização com distribuição regionalizada.<br />
Adequação e integração logística dos ativos.<br />
Investimento no agronegócio e atividades regionais.<br />
Identidade, história e turismo com tratamento integrado e visão de “corredor<br />
do Mercosul”.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.7, 1.9, 1.10<br />
1.4<br />
2.2, 2.5, 2.6<br />
1.5, 2.8, 3.8<br />
1.8, 2.3<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Fase 2<br />
Etapa de<br />
Perspectivas<br />
Regionais<br />
Entre março e maio de 2017, foram realizados os 9<br />
encontros de Perspectivas Regionais na fase 2 do<br />
projeto. Neste período, reuniram-se representantes<br />
de 162 municípios, com a presença de 135 Prefeitos<br />
Municipais e prefeitos em exercício.<br />
Fase 2 - Encontro 12<br />
2 de março/2017 OSÓRIO<br />
Prefeito de Osório<br />
(2013-2020)<br />
Eduardo Abrahão<br />
Resolução dos gargalos<br />
de serviços públicos<br />
relativos à sazonalidade<br />
do verão. Saneamento<br />
básico, desenvolvimento<br />
sustentável. Estruturas<br />
turísticas devem<br />
priorizar a qualidade.<br />
Prefeito de Cidreira<br />
(2017-2020),<br />
representando<br />
a Associação de<br />
Municípios do Litoral<br />
Norte<br />
Alexsandro Contini de<br />
Oliveira<br />
É preciso preparar-se<br />
melhor para o potencial<br />
do turismo, equilibrar<br />
a infraestrutura,<br />
principalmente de água<br />
e saneamento.<br />
17<br />
municípios<br />
representados<br />
Osório, Arroio do Sal, Capão da Canoa, Cidreira,<br />
Capivari do Sul, Caraá, Dom Pedro de Alcântara,<br />
Imbé, Itati, Mampituba, Morrinhos do Sul,<br />
Palmares do Sul, Tramandaí, Santo Antônio da<br />
Patrulha, Glorinha, Rolante, Torres<br />
Atenção à<br />
sazonalidade e<br />
priorização coordenada<br />
de investimentos para<br />
região do litoral norte.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Planejamento com regionalização para adaptar-se à sazonalidade<br />
O planejamento para a região precisa contemplar o aspecto da sazonalidade<br />
na demanda por serviços e infraestrutura pública. Nos meses<br />
de verão, o custo operacional e o déficit das prefeituras municipais são<br />
muito grandes. Para melhorar esses aspectos, deveria haver um planejamento<br />
conjunto de serviços públicos e sistema de custeio específico<br />
considerando essa sazonalidade, construído pelo consórcio de municípios<br />
da Região com o Governo do Estado.<br />
Por outro lado, há mudanças em termos de tendências. O Litoral está<br />
se tornando cada vez mais uma extensão da Região Metropolitana, passando<br />
a ser uma escolha de moradia permanente. O sistema de saúde<br />
precisa ser pensado e dimensionado em dois módulos: normal e de temporada<br />
de verão, e precisa funcionar de forma regionalizada. Um dos<br />
aspectos prioritários é a regionalização da rede hospitalar e de pronto<br />
atendimento, atendendo a um quadro de demanda mais realista. Importante<br />
também é um programa para tratamento e prevenção da drogadi-<br />
83<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
ção e consumo de drogas na região.<br />
A coleta e beneficiamento de resíduos, também em dois módulos<br />
(normal e de temporada), precisam de um tratamento abrangente e consorciado<br />
por parte dos principais municípios do Litoral Norte.<br />
Em relação à segurança pública, seria importante estruturar um comando<br />
integrado de segurança, com informações e câmeras, também<br />
buscando as principais vias de escoamento e o tratamento do litoral<br />
como uma unidade em termos de segurança pública, especialmente durante<br />
a Temporada de Verão.<br />
2.<br />
Plano integrado de investimento em infraestrutura –<br />
projeto estruturante para o Litoral<br />
As prioridades do sistema viário e de infraestrutura do Litoral Norte só<br />
serão resolvidas a partir de um pacto coordenado de melhorias graduais,<br />
envolvendo a pavimentação e manutenção de rodovias estaduais, em<br />
parceria com os municípios, com maior atenção à segurança e ambulâncias.<br />
Recuperação de pavimentação dos acostamentos na <strong>RS</strong>-030 e <strong>RS</strong>-040<br />
(Viamão-Pinhal). Atingimento da cobertura de 100% nos acessos asfálticos<br />
de todos os municípios da Região. Essas melhorias podem ser viabilizadas<br />
pelo Estado em parceria com os municípios.<br />
Resolução e desenvolvimento de um projeto para expansão da rede<br />
de água e saneamento em várias cidades do Litoral Norte, pois há um<br />
atraso em obras da CO<strong>RS</strong>AN o que acaba implicando em comprometimento<br />
de projetos de condomínios e construções.<br />
comercialmente, com incentivo à industrialização dos produtos primários<br />
na própria região.<br />
A atividade agrícola também depende fortemente da sucessão familiar, e<br />
é um elemento de estabilidade social para a maioria das cidades da região.<br />
A valorização da região e dos produtos como típicos, aliados à industrialização,<br />
pode levar ao aumento do valor agregado.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Planejamento com regionalização para adaptar-se à sazonalidade.<br />
Plano integrado de investimento em infraestrutura– projeto estruturante<br />
para o Litoral.<br />
Turismo em base estratégica, posicionada e sustentável.<br />
Atividades vinculadas à agricultura e produção local com certificação de<br />
origem.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.9, 3.1, 3.2, 3.5, 3.6<br />
1.7, 2.1, 2.2, 2.3, 2.4,<br />
3.9<br />
1.8<br />
1.5, 3.8<br />
3.<br />
Turismo em base estratégica, posicionada e sustentável<br />
A infraestrutura turística deve primar pela qualidade dos equipamentos.<br />
A oferta e organização da atividade turística precisam atender a um<br />
perfil complementar entre as cidades, e buscar oferta em todos os segmentos.<br />
Turismo náutico, de aventura, e outros formatos devem ser estimulados,<br />
também nas lagoas da região.<br />
A questão da sustentabilidade e da capacidade de suporte é fundamental<br />
para manter a identidade e autenticidade dos atrativos turísticos, que<br />
dependem de atributos como balneabilidade e um ecossistema em pleno<br />
funcionamento. Uma estratégia de posicionamento e promoção também<br />
deve ser estudada, uma vez que o litoral gaúcho sofre com estereótipos, ou<br />
pouco conhecimento sobre seu potencial.<br />
É importante estudar um modelo de compensação econômica aos municípios<br />
e aos proprietários privados pela compensação de ativos ambientais<br />
importantes da região.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
4.<br />
Atividades vinculadas à agricultura e produção local<br />
com certificação de origem<br />
A agroindústria e a produção típica local de produtos alimentícios como<br />
frutas (banana, abacaxi), queijo e doces precisam ser mais bem organizadas<br />
84 85<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 2 - Encontro 13<br />
7 de Março/2017 TRÊS DE MAIO<br />
Prefeito de Três de Maio<br />
(2017-2020)<br />
Altair Copatti<br />
Educação de qualidade<br />
depende da participação<br />
da comunidade. A<br />
economia da região<br />
precisa manter e ampliar<br />
sua diversificação.<br />
Prefeito de Porto Alegre<br />
(2010-2016), Membro<br />
da Comissão do<br />
Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />
José Fortunati<br />
A questão do Pacto<br />
Federativo depende muito<br />
da nossa capacidade de<br />
articulação e de propor<br />
alternativas. O sistema<br />
que obriga os prefeitos a<br />
fazer romarias em Brasília<br />
é ineficiente e favorece a<br />
distorções.<br />
27<br />
municípios<br />
representados<br />
Três de Maio, Crissiumal, Alegria, Boa Vista do<br />
Buricá, Braga, Campina das Missões, Alecrim, Doutor<br />
Maurício Cardoso, Eugênio de Castro, Horizontina,<br />
Independência, Porto Vera Cruz, Salvador das Missões,<br />
Santo Cristo, Senador Salgado Filho, Tucunduva,<br />
Tuparendi, São José do Inhacorá, Porto Mauá, Nova<br />
Candelária, Giruá, Miraguaí, São Martinho, São Valério<br />
do Sul, Ubiretama, Santa Rosa, Cândido Godói<br />
Diversificação,<br />
produção de<br />
alimentos, melhoria<br />
da logística.<br />
Manutenção do<br />
sistema socialeconômico-produtivo<br />
da região.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Integração logística para manter e ampliar competitividade<br />
(acessos asfálticos); energia de qualidade<br />
A integração logística da região é uma prioridade para manter a competitividade<br />
da produção agrícola e industrial, e manter os jovens na região.<br />
Além das rodovias principais como BR-386 e BR-285, é importante<br />
garantir o acesso ferroviário e um aeroporto em boas condições competitivas<br />
- Santo Ângelo é uma possibilidade. É urgente a finalização e<br />
viabilização de ponte internacional com a Argentina. Um dos esforços<br />
importantes para a região seria a busca de acesso asfáltico para todos os<br />
municípios. Esta é uma das regiões com maior incidência, hoje, de municípios<br />
sem acesso por asfalto.<br />
2.<br />
Melhoria permanente dos serviços de saúde e educação<br />
Os serviços de saúde e educação precisam ser constantemente<br />
melhorados, a partir de aprimoramento nas instituições hoje existentes. É<br />
importante coordenar um modelo que permita o funcionamento dos hos-<br />
pitais de pequeno porte.<br />
A saúde e educação poderiam ser organizadas a partir de polos regionais.<br />
Existem três universidades, e três escolas técnicas importantes na região:<br />
como elas poderiam funcionar com algum tipo de coordenação?<br />
86 87<br />
3.<br />
Incentivo à produção diversificada - indústria e agricultura<br />
A economia da região precisa continuar a desenvolver seus<br />
vetores: agricultura de alta produtividade, e indústria – principalmente<br />
moveleira, metalúrgica, máquinas e implementos agrícolas. É preciso imprimir<br />
competitividade a dois fatores fundamentais: logística e recursos<br />
humanos qualificados, a custo competitivo.<br />
As cooperativas de produção agrícola precisam melhorar seu processo<br />
de integração, armazenagem e escoamento da produção, juntamente<br />
com uma melhoria geral de custos logísticos do Estado.<br />
4.<br />
Planejamento e visão estratégica conjunta de região<br />
A região precisa organizar-se para agir conjuntamente no enfrentamento<br />
e resolução de várias questões estratégicas: o compartilhamento<br />
de gastos e investimentos por parte de municípios próximos;<br />
como combater o esvaziamento demográfico da região, mantendo os<br />
jovens em atividades produtivas na região. Uma resposta pode ser a viabilização<br />
da capacitação profissional, acesso à Internet, qualidade das<br />
cidades e oferta de trabalho.<br />
A aposentadoria rural é importante para a estabilidade social e econômica;<br />
como lidar com possíveis mudanças na aposentadoria rural?<br />
A legislação de “free shops” e de fronteiras também precisa ser revisada,<br />
para poder proporcionar mais uma alternativa econômica.<br />
De uma maneira geral, os municípios precisam criar foros permanentes<br />
para melhor coordenar regionalmente funções como a Segurança<br />
Pública, que precisa de uma cobertura mais equilibrada.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Integração logística para manter e ampliar competitividade (acessos asfálticos);<br />
energia de qualidade.<br />
Melhoria permanente dos serviços de saúde e educação.<br />
Incentivo à produção diversificada - indústria e agricultura.<br />
Planejamento e visão estratégica conjunta de região.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.1, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8<br />
3.1, 3.2, 4.1, 4.3<br />
1.5, 3.8<br />
1.7, 1.9, 1.10<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 2 - Encontro 14<br />
15 de Março/2017 ESPUMOSO<br />
Prefeito de Espumoso<br />
(2017-2020)<br />
Douglas Fontana<br />
Como prioridades<br />
absolutas, a evolução<br />
da situação do<br />
Pacto Federativo, o<br />
foco em gestão das<br />
administrações, e a<br />
segurança pública.<br />
17<br />
municípios<br />
representados<br />
Espumoso, Campos Borges, Jacuzinho,<br />
Fontoura Xavier, Alto Alegre, Santo<br />
Antônio do Planalto, Lagoa dos Três<br />
Cantos, Fortaleza dos Valos, Ibirapuitã,<br />
Carazinho, Gramado Xavier, Colorado,<br />
Soledade, Tapera, Boqueirão do Leão,<br />
Saldanha Marinho, Jacuzinho<br />
Como projetar a região<br />
para o futuro, viabilizar o<br />
modelo? Região produtiva e<br />
bem situada logisticamente,<br />
precisa manter-se atrativa e<br />
projetar a nova geração.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Sucessão familiar e manutenção do jovem no campo;<br />
desenvolvimento integrado rural e urbano. Incentivo à<br />
agroindústria e agregação de valor<br />
A região destaca-se na produção de soja, agricultura familiar diversificada<br />
e suinocultura. O grande desafio é a manutenção deste sistema<br />
produtivo, a fixação e permanência da renda gerada na região. Os jovens<br />
precisam encontrar incentivo econômico para permanecer na atividade<br />
agropecuária. A industrialização levaria à maior agregação de valor e arrecadação<br />
tributária. Um Distrito ou área industrial regional é uma solução<br />
interessante. A situação da aposentadoria rural também é crítica na<br />
manutenção do bem-estar social, e também como incentivo aos atuais<br />
e futuros agricultores, sendo que na região há um posicionamento contrário<br />
às reformas propostas, sendo necessário um debate mais amplo e<br />
específico sobre o tema.<br />
2.<br />
Coordenação e melhoria da situação de Segurança Pública<br />
Em razão da proximidade de diversos entroncamentos viários e<br />
regiões produtivas do Estado, a situação da segurança pública tornou-se<br />
crítica nos últimos anos. Investimento em melhoria do aparato de segurança<br />
pública, coordenação de informações a partir de estradas e rodovias e<br />
aumento da sensação de segurança.<br />
88 89<br />
3.<br />
Infraestrutura de transportes e educação<br />
A BR-386, um dos principais eixos de escoamento de produção<br />
do <strong>RS</strong>, precisa ser duplicada em toda a sua extensão, o que trará maior<br />
produtividade e redução do risco de acidentes. As cidades do seu entorno<br />
precisam participar deste planejamento. O acesso asfáltico completado<br />
em todos os municípios é condição fundamental. Na área de<br />
educação, a perspectiva profissionalizante do agronegócio é uma lacuna,<br />
assim como a existência de um campus de Universidade pública para<br />
a região. Os municípios hoje são responsáveis pelo transporte escolar,<br />
inclusive de universitários.<br />
4.<br />
Revisão do Pacto Federativo e das condições de governabilidade,<br />
incluindo a Saúde<br />
A situação financeira dos municípios e o desequilíbrio entre recursos financeiros<br />
e as obrigações da administração municipal, especialmente na<br />
Saúde, estão inviabilizando as administrações. O sistema de saúde e os<br />
hospitais da região precisam encontrar um modelo de viabilidade. Uma<br />
possível solução seria intensificar a atuação consorciada na oferta de serviços<br />
públicos.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Sucessão familiar e manutenção do jovem no campo; desenvolvimento integrado<br />
rural e urbano. Incentivo à agroindústria e agregação de valor.<br />
Coordenação e melhoria da situação de Segurança Pública.<br />
Infraestrutura de transportes e educação.<br />
Revisão do Pacto Federativo e das condições de governabilidade, incluindo<br />
a Saúde.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.5, 3.8, 4.4<br />
3.5, 3.6, 3.7<br />
2.4, 4.3<br />
1.1, 1.2, 1.9, 1.10, 3.1,<br />
3.2<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 2 - Encontro 15<br />
22 de Março/2017 PALMEIRA DAS MISSÕES<br />
Prefeito de Palmeira das<br />
Missões (2013-2020)<br />
Eduardo Russomano<br />
Freire<br />
Segurança pública,<br />
diversificação da matriz<br />
produtiva, e gestão da<br />
saúde são três prioridades<br />
claras da região.<br />
35<br />
municípios<br />
representados<br />
Palmeira das Missões, Ajuricaba, Alpestre, Ametista do Sul, Boa<br />
Vista das Missões, Caiçara, Cerro Grande, Condor, Constantina,<br />
Coronel Barros, Dois Irmãos das Missões, Entre Rios do Sul,<br />
Frederico Westphalen, Ipiranga do Sul, Iraí, Jaboticaba, Lajeado<br />
do Bugre, Liberato Salzano, Nova Boa Vista, Nova Ramada, Novo<br />
Tiradentes, Novo Xingu, Panambi, Pinhal, Pinheirinho do Vale,<br />
Planalto, Redentora, Rio dos Índios, Rodeio Bonito, Sagrada<br />
Família, Santo Augusto, Seberi, Taquaruçu do Sul, Vicente Dutra<br />
Infraestrutura,<br />
abastecimento<br />
de água,<br />
hospital regional<br />
e fortalecimento<br />
da agroindústria.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Resolução dos gargalos de infraestrutura logística, água<br />
e saneamento<br />
A BR-386 deve ser duplicada em toda sua extensão, não apenas até<br />
Carazinho, conforme hoje está prevista. A estrada entre Erechim e Passo<br />
Fundo, BR-153, também necessita de melhorias e alargamento. O acesso<br />
asfáltico precisa estar presente em todos os municípios.<br />
O abastecimento de água é um item que merece atenção, o déficit<br />
precisa ser reduzido. Há possibilidade de adotar um modelo em parceria<br />
com municípios, mais flexível do que o atualmente adotado pela<br />
CO<strong>RS</strong>AN. A <strong>RS</strong>-324 que vai até Iraí necessita de melhorias para possibilitar<br />
o melhor acesso e atividade turística na região.<br />
A Ferrovia Norte-Sul tornando-se realidade precisa passar ou ter ramal<br />
que englobe a região.<br />
2.<br />
Novo modelo para gestão da saúde e serviços sociais<br />
É preciso encontrar um novo modelo para a gestão da saúde e serviços<br />
públicos, especialmente aqueles com impacto social. Todos os hospitais acima<br />
de 100 leitos deveriam ter UTI. A região seria melhor atendida caso fosse<br />
viabilizado o hospital regional em Palmeira das Missões.<br />
O modelo educacional precisa contemplar a realidade do jovem atuando<br />
economicamente na região de produção rural, e a integração entre a vida<br />
no campo e cidade.<br />
A estrutura administrativa e organizacional dos municípios e do Estado<br />
do <strong>RS</strong> precisa ser reduzida, para que sejam viabilizados recursos para investimentos.<br />
90 91<br />
3.<br />
Turismo em estâncias hidrominerais<br />
Iraí e outras estâncias hidrominerais da região apresentam<br />
água mineral de excelente qualidade. No entanto, o problema logístico<br />
acaba afetando muito a frequência da estação mineral, e inibindo investimentos<br />
em estrutura. Temos a atratividade da pesca, do peixe, a cultura<br />
do Rio Uruguai.<br />
No entanto, é preciso melhorar a qualidade de acesso tanto vindo do<br />
sul do Estado, quanto de Santa Catarina, através da BR-386 e <strong>RS</strong>-324.<br />
4.<br />
Fortalecimento das condições da agroindústria<br />
A agroindústria da região receberia novo impulso a partir da<br />
descentralização e melhoria de algumas estruturas de apoio, incluindo<br />
um Sistema de Inspeção de Alimentos regionalizado, extensão rural e<br />
maior disponibilidade de espaços para silagem e armazenamento.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Resolução dos gargalos de infraestrutura logística, água e saneamento.<br />
Novo modelo para gestão da saúde e serviços sociais.<br />
Turismo em estâncias hidrominerais.<br />
Fortalecimento das condições da agroindústria.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.1, 2.3, 2.5, 2.6, 3.9<br />
3.1, 3.2, 3.4, 3.10<br />
1.8<br />
1.5, 2.8, 3.8<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 2 - Encontro 16<br />
29 de Março/2017 ENCANTADO<br />
Vice-Prefeito de<br />
Encantado<br />
(2017-2020)<br />
Enoir Cardoso<br />
É preciso unir forças<br />
para avançar e buscar<br />
objetivos em comum:<br />
logística para a<br />
produção, melhor gestão<br />
da saúde, retenção dos<br />
jovens na região.<br />
Presidente da Famurs<br />
Luciano Pinto<br />
É um novo momento<br />
para os municípios<br />
se organizarem, a<br />
resolução de grande<br />
parte dos problemas<br />
financeiros e de gestão<br />
passa pela organização<br />
dos municípios, em um<br />
primeiro momento,<br />
para poder se articular e<br />
propor soluções.<br />
14<br />
municípios<br />
representados<br />
Encantado, Roca Sales, Cruzeiro do Sul,<br />
Doutor Ricardo, Nova Bréscia, Relvado,<br />
Vespasiano Corrêa, Arvorezinha, Coqueiro<br />
Baixo, Itapuca, Muçum, Teutônia, Itapuca,<br />
Pouso Novo<br />
Região precisa preparar-se<br />
para gerar prosperidade e<br />
mais produção. É preciso<br />
um projeto para a região,<br />
com continuidade.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Manutenção e fortalecimento do sistema produtivo<br />
O sistema produtivo da região precisa ser mantido e fortalecido.<br />
Para isso, seria interessante realizar uma avaliação mais ampla das<br />
competências regionais e buscar a concentração e cooperação, de forma<br />
a criar um sistema de produção de alimentos mais competitivo nacionalmente.<br />
A produção de aves e suínos necessita de investimentos em<br />
formação e manejo; a logística deve ser melhorada de forma a reduzir os<br />
custos e tempo de transporte até os centros consumidores. A energia trifásica<br />
em toda a região garante a previsibilidade da produção. Para isso,<br />
se preciso, se deve evoluir em modelo regulatório regional ou estadual<br />
que incentive as PCHs (Pequena Central Hidrelétrica).<br />
A <strong>RS</strong>-129 é a principal rodovia de escoamento da região, e deve ser<br />
duplicada, até mesmo por seu alto índice de periculosidade e visibilidade<br />
limitada em boa parte do ano. Deve ser estudado um modelo regional<br />
para os pedágios de região, de forma a não onerar excessivamente as<br />
atividades econômicas, enquanto garante a manutenção das estradas.<br />
Acesso asfáltico é um quesito básico, assim como internet com qualidade.<br />
O fluxo econômico do território deve ser fortalecido, e para isso, a especialização<br />
e complementaridade das cidades vizinhas deve ser fortalecida<br />
em uma estratégia comum.<br />
92 93<br />
2.<br />
Gestão da saúde e serviços públicos integrada, incluindo a<br />
segurança pública<br />
A alta concentração de municípios em uma dispersão geográfica razoável<br />
possibilita a evolução de esforços para a adoção de consorciamento entre<br />
os municípios para gestão integrada na saúde, possibilitando mais leitos de<br />
UTI para a região; usina de asfalto; centro integrado de informações e operações<br />
para segurança pública.<br />
3.<br />
Valorização da cultura e características da região; acesso<br />
à Universidade Federal e Instituto Federal com ciclo<br />
completo de educação<br />
Atrativos específicos da região precisam ser melhor promovidos e sinalizados,<br />
como, por exemplo, a ponte ferroviária de Vespasiano Corrêa.<br />
A região, para melhor valorização dos seus recursos humanos, também<br />
busca a instalação de um Instituto Federal ou braço de uma Universidade<br />
Federal em seu território.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Manutenção e fortalecimento do sistema produtivo.<br />
Gestão da saúde e serviços públicos integrada, incluindo a segurança pública.<br />
Valorização da cultura e características da região; acesso à Universidade<br />
Federal e Instituto Federal com ciclo completo de educação.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.7, 2.8<br />
1.10, 3.1, 3.2, 3.4, 3.5,<br />
3.6<br />
3.8, 4.4, 4.6<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Fase 2 - Encontro 17<br />
5 de Abril/2017 SÃO GABRIEL<br />
Prefeito de São Gabriel<br />
(2017-2020)<br />
Rossano Dotto<br />
Gonçalves<br />
É preciso repensar a<br />
política de faixa de<br />
fronteira, essa é uma<br />
região empobrecida por<br />
falta de investimentos,<br />
pela má repartição de<br />
recursos.<br />
Prefeito de Santa<br />
Margarida do<br />
Sul (2013-2020),<br />
Presidente da<br />
Associação dos<br />
Municípios da<br />
Fronteira Oeste<br />
Luiz Felipe Brenner<br />
Machado<br />
Educação é base e<br />
princípio. Investimento<br />
em infraestrutura para<br />
reduzir o isolamento da<br />
região.<br />
10<br />
municípios<br />
representados<br />
São Gabriel, Capão do Cipó, Jaguari,<br />
Santiago, Santa Margarida do Sul,<br />
Vila Nova do Sul, Restinga Seca,<br />
Rosário do Sul, São Francisco de<br />
Assis, São João do Polêsine<br />
Revisão da política de faixa<br />
de fronteira, tornar região<br />
atrativa para investimentos<br />
e consolidá-la como corredor<br />
produtivo do Mercosul.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Corredor logístico para o Mercosul – dar condição para região<br />
prosperar a partir da integração logística de qualidade<br />
Um dos fatores prioritários para desenvolver a região é fortalecer o<br />
posicionamento e as condições como Corredor do Mercosul, unindo a<br />
Região Metropolitana de Porto Alegre à Argentina e ao Chile. A duplicação<br />
da BR-290 (Rodovia Oswaldo Aranha) em toda sua extensão é uma<br />
possibilidade até <strong>2030</strong>, e fundamental para o transporte de cargas em<br />
condições competitivas.<br />
2.<br />
Viabilização da gestão de municípios com grande extensão<br />
territorial<br />
A região se caracteriza por municípios com grande extensão territorial,<br />
o que sugere às ações de regionalização uma estratégia peculiar. Por essa<br />
razão, seria importante investir na concentração de alguns serviços em cidades-polo,<br />
e a complementação em outras cidades. O transporte escolar<br />
e universitário exige soluções integradas; da mesma forma, um sistema de<br />
saúde que permita às cidades da região do Pampa a oferta de serviços de<br />
qualidade, mas que não sejam necessariamente replicados em cada uma<br />
das cidades, ou seja, haja complementação, com melhor possibilidade de<br />
transporte entre uma cidade e outra.<br />
94 95<br />
3.<br />
Fortalecimento da inteligência e a pesquisa na Região<br />
do Pampa - produção de energia e modelo econômico<br />
com base em agronegócio competitivo<br />
O fortalecimento da marca da região, da origem e linhagem dos produtos<br />
da pecuária; incentivo à produção diversificada, incluindo mel,<br />
oliveiras e grãos. É preciso garantir energia elétrica para as operações<br />
agropecuárias e para a irrigação, onde esta é necessária. A disponibilidade<br />
de terras é um ponto alto da Região, que, com melhor logística, pode<br />
tornar-se mais atrativa para investidores.<br />
Há atualmente 12 mil alunos de educação superior na Região. As áreas<br />
de engenharia, biotecnologia e ligadas ao meio-ambiente têm grande<br />
potencial de expansão. Um curso de alto nível vinculado à gestão do<br />
agronegócio é uma demanda importante.<br />
4.<br />
Revisão da legislação nacional sobre restrições de atividades<br />
na Faixa de Fronteira<br />
A legislação nacional que restringe atividades econômicas na Faixa de<br />
Fronteira deve ser revisada de forma a se encontrar uma solução para<br />
uma questão anacrônica. Atualmente, a restrição de 150 km é exagerada.<br />
Uma sugestão seria limitar a restrição a 30 ou 40 km, e criar uma área<br />
de interesse econômico especial na Região da Fronteira. Desta forma, a<br />
região poderia tornar-se atrativa para investimentos.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Corredor logístico para o Mercosul – dar condição para região prosperar a<br />
partir da integração logística de qualidade.<br />
Viabilização da gestão de municípios com grande extensão territorial.<br />
Fortalecimento da inteligência e a pesquisa na Região do Pampa - produção<br />
de energia e modelo econômico com base em agronegócio competitivo.<br />
Revisão da legislação nacional sobre restrições de atividades na Faixa de<br />
Fronteira.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.3, 2.5<br />
1.9, 1.10<br />
2.9, 4.4, 4.6<br />
1.7<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
vestimento e o empreendedorismo no agronegócio de pequeno porte seria<br />
importante. A produção pode também estar vinculada às regiões turísticas<br />
próximas da Serra Gaúcha.<br />
A formação educacional precisa estar mais voltada ao empreendedorismo<br />
rural e à realidade da produção local. A legislação federal também está<br />
fora da realidade da sucessão familiar e do meio da agroindústria familiar,<br />
deveria ser revisada legislação permitindo a figura do aprendiz de empreendedor<br />
agrícola familiar na faixa etária de 16 a 18 anos de idade.<br />
Fase 2 - Encontro 18<br />
11 de Abril/2017 GUAPORÉ<br />
3.<br />
Melhoria das condições logísticas e de integração<br />
A <strong>RS</strong>-324 (Rodovia Synval Guazzelli) precisa ser melhorada e<br />
expandida em toda a sua extensão, proporcionando maior segurança e<br />
trafegabilidade nas 24 horas.<br />
A qualidade da energia elétrica também é fundamental, especialmente<br />
para a agroindústria e indústria da região. A logística é fundamental<br />
para as indústrias tradicionais da região, como pedras preciosas/semipreciosas<br />
e indústria do vestuário.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Prefeito de Guaporé<br />
(2017-2020)<br />
Valdir Fabris<br />
Importante o asfaltamento<br />
do trecho Guaporé-Altos<br />
da Serra, assim como o<br />
alargamento do trecho<br />
Guaporé-Arvorezinha.<br />
O custo crescente de<br />
obrigações sociais dos<br />
municípios precisa ser<br />
tratado de forma séria.<br />
Vice-Presidente da<br />
Famurs, Prefeito de<br />
Nova Araçá (2009-2016)<br />
Aícaro Ferrari<br />
Apenas a resolução do<br />
Pacto Federativo devolverá<br />
a governabilidade aos<br />
municípios.<br />
Prefeito de Garibaldi<br />
(2013-2020), Presidente<br />
da Associação de<br />
Municípios da Encosta<br />
Noroeste (AMESNE)<br />
Antonio Cettolin<br />
21<br />
municípios<br />
representados<br />
Guaporé, Garibaldi, Monte Belo do Sul,<br />
Vista Alegre do Prata, Santa Tereza,<br />
Fagundes Varela, Camargo, Cotiporã,<br />
Paraí, Farroupilha, Vanini, Nova Prata,<br />
Gentil, União da Serra, Santo Antônio<br />
do Palma, Casca, Marau, Nova Bassano,<br />
Veranópólis, Nova Alvorada, Montauri<br />
Manutenção e futuro do<br />
modelo social e econômico<br />
da região - ampliação do<br />
nível de desenvolvimento<br />
humano e melhoria da<br />
logística.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Organização associativa para buscar melhores modelos<br />
de planejamento e prioridades, serviços públicos e parcerias<br />
público-privadas<br />
A região precisa organizar um modelo que permita a melhor construção<br />
de soluções regionais e de consorciamento, possibilitando conexão,<br />
continuidade, redução de custos e ganhos de escala. Um modelo de parceria<br />
público-privada que permita a atração de parceiros e investidores<br />
para melhorar infraestrutura e serviços públicos.<br />
2.<br />
Condições para manutenção de atividades econômicas baseadas<br />
em pequena propriedade, industrialização tradicional<br />
e de alimentos<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Organização associativa para buscar melhores modelos de planejamento e<br />
prioridades, serviços públicos e parcerias público-privadas.<br />
Condições para manutenção de atividades econômicas baseadas em pequena<br />
propriedade, industrialização tradicional e de alimentos.<br />
Melhoria das condições logísticas e de integração.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.7, 1.9<br />
1.5, 2.8, 3.8, 4.4<br />
Segurança pública<br />
depende de coordenação<br />
O modelo econômico predominante na região, e o seu sistema social<br />
entre os municípios. É<br />
preciso pararmos de viver – baseado em pequena propriedade, indústria tradicional e no empreendedor<br />
em `ilhas´. A questão<br />
de pequeno porte - precisam ser valorizados, e trabalhados em sua<br />
da saúde depende de<br />
soluções propostas pelos<br />
próxima geração.<br />
municípios. A sucessão familiar é um desafio, um novo modelo para possibilitar o in-<br />
96 97<br />
2.1, 2.3, 2.5<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
mentos turísticos, especialmente atrações naturais como o cânion Fortaleza<br />
e o próprio Itaimbezinho, precisa melhorar e ser objeto de investimentos<br />
e parcerias público-privadas com uma concepção atualizada<br />
– estrutura próxima à encontrada em parques como Foz do Iguaçu. Para<br />
isso, se necessário, devem-se buscar novos modelos de entendimento<br />
com o Estado e a União.<br />
A agricultura familiar e a produção artesanal como um todo fazem parte<br />
da estrutura econômica da região, e precisam ser fortalecidos como<br />
complemento da indústria do turismo. Seu crescimento e manutenção<br />
devem ser estimulados, assim como a disponibilidade de terras e valorização<br />
do modo de vida de localidades da região e sua cultura.<br />
Fase 2 - Encontro 19<br />
27 de Abril/2017 GRAMADO<br />
Existem oportunidades que não são exploradas devidamente, como<br />
o fato da Serra Gaúcha, Gramado e Canela especialmente, constituírem<br />
um dos principais destinos brasileiros para Congressos nacionais e internacionais,<br />
com a presença de profissionais de destaque e formadores de<br />
opinião em diversas áreas. Seria interessante criar uma estrutura/espaço/atração<br />
para promoção e divulgação dos produtos e empresas do Rio<br />
Grande do Sul, e como “porta de entrada” para investidores e consumidores<br />
de produtos e serviços do Estado.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Prefeito de Gramado<br />
(2017-2020)<br />
João Alfredo Bertolucci<br />
(Fedoca)<br />
Estamos preocupados<br />
com a banalização do<br />
turismo, precisamos<br />
valorizar a atividade<br />
turística, mas com<br />
sustentabilidade.<br />
Prefeita de Novo<br />
Hamburgo<br />
(2017-2020)<br />
Fátima Daudt<br />
Precisamos desenvolver<br />
e incentivar cidades<br />
inteligentes, e nos<br />
prepararmos para um<br />
modelo econômico mais<br />
atualizado.<br />
10<br />
municípios<br />
representados<br />
Gramado, Cachoeirinha, Canela,<br />
Guabiju, Nova Araçá, Nova<br />
Petrópolis, Nova Santa Rita, Novo<br />
Hamburgo, Salvador do Sul, São<br />
Leopoldo, Salvador do Sul<br />
Turismo sustentável,<br />
planejamento do<br />
crescimento, manter e<br />
ampliar o desenvolvimento<br />
humano, valorizar e garantir<br />
prosperidade e sustentabilidade<br />
a partir dos atributos da região.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
1.<br />
Turismo com atenção à capacidade de suporte e qualidade<br />
+ expansão com critério da construção civil - desenvolvimento<br />
das cidades precisa ser sustentável<br />
O desenvolvimento do turismo deve basear-se em pesquisas efetivas<br />
sobre perfil de visitação, análise da oferta e do posicionamento da região<br />
e atenção aos limites da capacidade de suporte que possam assegurar<br />
uma experiência positiva com a presença do elemento natural e humano<br />
com autenticidade para o turista. A construção civil é importante para o<br />
desenvolvimento da região, também no aspecto tributário, mas é preciso<br />
atentar para os padrões e limites. Faz parte do turismo sustentável o<br />
recolhimento de impostos por parte da indústria do turismo, razão pela<br />
qual se deve desenvolver campanha ou promoção para que o turista ou<br />
visitante exija nota fiscal dos produtos e/ou serviços consumidos na região.<br />
A atração de investidores e parceiros é importante, mas para isso a<br />
região deve buscar uma atuação mais articulada e complementar, e não<br />
competitiva e individual. Finalmente, a infraestrutura de alguns equipa-<br />
98 99<br />
2.<br />
Logística/infraestrutura e serviços públicos de qualidade<br />
para manter alto padrão de desenvolvimento humano<br />
A melhoria da infraestrutura é fundamental para que a região continue a<br />
prosperar com sustentabilidade, e possa oferecer qualidade de vida e segurança<br />
aos seus moradores. A inserção da terceira pista nos dois sentidos da<br />
<strong>RS</strong> 235, entre Nova Petrópolis e Gramado, é importante. Da mesma forma,<br />
melhorias na Rota Panorâmica, que vai de Canela a Três Coroas. As estradas<br />
que vão até São José dos Ausentes, Parque dos Aparados da Serra, Bom<br />
Jesus, precisam de melhoria, manutenção e melhor estrutura de apoio. A<br />
possibilidade de operação de um aeroporto na região poderia criar uma<br />
rota alternativa, e melhorar o abastecimento de cargas e o escoamento de<br />
produtos da região. A pavimentação asfáltica também precisa atingir todos<br />
os municípios e localidades.<br />
3.<br />
Planejamento e visão de futuro integrando a oferta de<br />
serviços públicos e expansão de infraestrutura<br />
Atrativos específicos da região precisam ser melhor promovidos e sinalizados,<br />
como, por exemplo, a ponte ferroviária de Vespasiano Corrêa.<br />
A região, para melhor valorização dos seus recursos humanos, também<br />
busca a instalação de um Instituto Federal ou braço de uma Universidade<br />
Federal em seu território.<br />
A região da Serra Gaúcha e de parte do Vale do Paranhana apresenta<br />
peculiaridades de clima, exposição nacional e outros aspectos que fazem<br />
necessária a adoção de uma estratégia de expansão de infraestrutura e<br />
melhoria de serviços públicos que seja coordenada, e preferencialmente<br />
funcione em rede. Alguns aspectos importantes de uma ação nessa<br />
direção seriam: utilizar pesquisas e apresentar espaço para participação<br />
da população e entendimento dos vários perfis de pessoas e atividades<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Estratégia Regional<br />
que convivem na região; viabilizar o cercamento eletrônico e o monitoramento<br />
integrado de segurança, de forma concatenada com os recursos<br />
de Segurança Pública existentes; assegurar a oferta de serviços<br />
públicos de saúde e educação com qualidade crescente, monitorado por<br />
índices e indicadores de qualidade de atendimento; estudo tributário e<br />
entendimento comum entre os municípios para aumento de arrecadação<br />
a partir do movimento turístico e econômico, sem onerar o usuário<br />
(ex. ISS dos cartões de crédito nas compras na região); investimentos em<br />
saneamento e infraestrutura básica.<br />
Projetar uma nova realidade de industrialização da região do Paranhana<br />
e metropolitana, hoje fortemente baseada em uma versão modernizada<br />
da indústria tradicional – têxtil, moveleira, calçadista.<br />
4.<br />
Realidade metropolitana exige planejamento mais amplo<br />
e compartilhado para criar cidades mais inteligentes,<br />
humanas e sustentáveis<br />
Cidades metropolitanas precisam evoluir no sentido de oferecer melhor<br />
interação com a população, serviços públicos a menor custo e com<br />
gestão mais simples (cidades inteligentes), além de assegurar espaços<br />
públicos mais sustentáveis e seguros, que promovam e possibilitem melhor<br />
convívio humano.<br />
Mobilidade urbana, preservação ambiental, gestão do risco social, a<br />
busca de novas vocações econômicas – como se inserir na quarta revolução<br />
industrial - fazem parte da agenda da terceira Região Metropolitana<br />
do País em termos econômicos e precisam ser tratados de forma executiva<br />
e prática.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Turismo com atenção à capacidade de suporte e qualidade + expansão<br />
com critério da construção civil - desenvolvimento das cidades precisa ser<br />
sustentável.<br />
Logística/infraestrutura e serviços públicos de qualidade para manter alto<br />
padrão de desenvolvimento humano.<br />
Planejamento e visão de futuro integrando a oferta de serviços públicos e<br />
expansão de infraestrutura.<br />
Realidade metropolitana exige planejamento mais amplo e compartilhado<br />
para criar cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
1.8, 2.10, 3.9<br />
2.1, 2.4, 3.1 a 3.10<br />
1.9, 1.10, 2.1, 2.7<br />
1.4, 1.9, 2.4, 2.10<br />
Fase 2 - Encontro 20<br />
29 de Maio/2017 PIRATINI<br />
Prefeito de Piratini<br />
(2017-2020)<br />
Vitor Ivan Gonçalves<br />
Rodrigues<br />
O atraso relativo da<br />
região e sua preservação,<br />
exatamente por essa<br />
razão, podem ser uma<br />
solução para o futuro, ao<br />
oferecer tranquilidade,<br />
segurança e um ambiente<br />
histórico. Nosso principal<br />
desafio é vinculado ao<br />
acesso e às grandes<br />
distâncias, além de uma<br />
matriz econômica.<br />
Prefeito de São<br />
Lourenço do Sul (2017-<br />
2020), Vice-Presidente<br />
da Associação de<br />
Municípios da Zona Sul<br />
Rudinei Harter<br />
A sustentabilidade<br />
ambiental e o cuidado<br />
com a preservação<br />
da Costa Doce e seus<br />
afluentes também é<br />
importante.<br />
Prefeito de Rio Grande<br />
(2013-2020)<br />
Alexandre<br />
Lindenmeyer<br />
Precisamos de políticas<br />
públicas e mais gestão de<br />
Estado, e não de governos,<br />
ou mandatos. Precisamos<br />
de continuidade e<br />
coordenação nas políticas<br />
implementadas.<br />
11<br />
municípios<br />
representados<br />
Piratini, Arroio do Padre, Bagé, Chuí,<br />
Lavras do Sul, Morro Redondo, Pedro<br />
Osório, Rio Grande, Santa Vitória do<br />
Palmar, São Lourenço do Sul, Turuçu<br />
História, disponibilidade<br />
de terras, mais integração,<br />
melhor infraestrutura.<br />
Região para expansão e<br />
investimentos no <strong>RS</strong>.<br />
Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />
100 101<br />
1.<br />
Infraestrutura, maior integração e disponibilidade de energia<br />
Existe uma defasagem histórica de infraestrutura na região, que<br />
se resolverá a partir de uma agenda de resolução conjunta e integrada. A<br />
ligação das cidades da Região Sul com a capital e o Porto de Rio Grande<br />
deve ser priorizada. No caso da cidade de Piratini, com toda sua riqueza<br />
histórica, o mau acesso acaba sendo um empecilho para atração de mais<br />
turismo e visitação. Uma agenda conjunta, pactuada, de resoluções de<br />
investimentos de infraestrutura na região, envolvendo União, Estado e<br />
municípios, seria uma solução plausível.<br />
2.<br />
Polo de energia renovável, maior industrialização<br />
A ativação econômica da região passa por uma conjunção de melhores<br />
condições para as atividades agropecuárias tradicionais e da criação<br />
de escala em atividades diversificadas, ainda que baseadas nas características<br />
naturais e geográficas da região. Entre essas possibilidades estão questões<br />
de localização, como a exploração de fosfato na região de Lavras do<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Sul, a vitivinicultura. No entanto, há questões de fundo, como a viabilização<br />
do polo logístico em Rio Grande, contíguo ao Porto e à melhoria logística<br />
do acesso e entorno da região. A discussão em torno de uma retomada das<br />
atividades vinculadas à indústria naval e à Petrobras: uma plataforma em<br />
construção gera 2.800 empregos.<br />
A energia renovável é uma realidade, mas é necessário investir em distribuição,<br />
e trazer a industrialização da cadeia produtiva mais próxima ao Sul<br />
do País, com a fabricação de equipamentos. Uma política efetiva de incentivo<br />
às energias renováveis poderia transformar o <strong>RS</strong> em estado exportador<br />
de energia com a matriz eólica + solar + a Usina de Candiota e usina térmica<br />
de gás.<br />
3.<br />
Agronegócio diversificado e com disponibilidade de energia<br />
A produção agropecuária depende fortemente da disponibilidade<br />
e qualidade de energia elétrica. A ovinocultura é uma indústria<br />
com grande crescimento de demanda em nível nacional e internacional,<br />
e que apresenta grande potencial na região. Para isso, é importante assegurar<br />
assistência técnica, e melhoria constante dos rebanhos. A valorização<br />
da marca do ovino do Pampa também é importante para agregação<br />
de valor, especialmente nos grandes mercados nacionais.<br />
do Prata e outras regiões brasileiras. No entanto, é preciso investir mais<br />
em promoção e melhoria das condições para o turista, possibilitando<br />
maior agregação de valor e sustentabilidade, inclusive ambiental.<br />
Principais estratégias identificadas<br />
Estratégia Regional<br />
Infraestrutura, maior integração e disponibilidade de energia.<br />
Polo de energia renovável, maior industrialização.<br />
Agronegócio diversificado e com disponibilidade de energia.<br />
Consorciamento de iniciativas e planejamento com continuidade na execução.<br />
Preservação, história, cultura e Costa Doce: maior potencial para turismo.<br />
Estratégia nas Linhas<br />
Convergentes para<br />
o Estado<br />
2.1, 2.2, 2.3, 2.5, 2.8<br />
1.4, 2.9<br />
1.5, 2.8, 3.8<br />
1.9, 1.10, 3.2, 3.5, 4.1, 4.2<br />
1.8<br />
4.<br />
Consorciamento de iniciativas e planejamento com continuidade<br />
na execução<br />
A Região Sul, através da AZONASUL (Associação de Municípios) e do<br />
COREDE, dispõe de um plano de desenvolvimento. No entanto, para que<br />
este e outros planos tornem-se realidade é preciso uma melhor coordenação<br />
e pactuação de forma que as ações tenham uma continuidade,<br />
uma visão de Estado das autoridades eleitas da região e não apenas<br />
de um mandato, isoladamente. A região apresenta menor representação<br />
política, possivelmente por sua dispersão geográfica. Mas também<br />
fazem falta projetos coordenados, e não apenas iniciativas isoladas. A<br />
legislação específica para municípios de fronteira poderia viabilizar um<br />
distrito industrial regional.<br />
O sistema de consorciamento é útil para a região, especialmente na<br />
saúde e no tratamento de resíduos sólidos. Os municípios também poderiam<br />
avançar para desenvolver um modelo mais adequado para escolas<br />
de educação infantil. Outras questões de governança e finanças,<br />
como um pacto no tratamento de convênios federais (especialmente os<br />
que formam Custo Fixo Futuro) e em assuntos como endividamento, podem<br />
surgir a partir da articulação regional.<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
102<br />
5.<br />
Preservação, história, cultura e Costa Doce: maior potencial<br />
para turismo<br />
A região apresenta aspectos de história e cultura que remetem à formação<br />
histórica e à “alma” do Rio Grande do Sul. A Costa Doce, além de<br />
rica cultura e gastronomia, tem opções com balneabilidade. Há elementos<br />
para viabilização de um roteiro para turismo, como existe nos países
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
7.<br />
AGRADECIMENTOS<br />
Perspectivas<br />
Temáticas<br />
Afrânio Rogério Kieling<br />
Alberto Koppitke<br />
Alexandre Aragon<br />
Alvaro Werlang<br />
Amanda Bonotto Hoffmann Paim<br />
Ana Pellini<br />
Ângela Baldino<br />
Angelo Hoff<br />
Antonio Paulo Cargnin<br />
Ário Zimmermann<br />
Carlos Eduardo Figueiredo<br />
Carlos Garcia<br />
Carlos Joel da Silva<br />
Cassiano Macedo<br />
Cecilia Hoff<br />
Charles Schramm<br />
Cíntia Agostini<br />
Cleber Prodanov<br />
Daniel Andrade<br />
Darcy Francisco C. dos Santos<br />
Delmar Sittoni<br />
Diego Espíndola<br />
Edilon Lopes<br />
Elizabeth Dorneles<br />
Eloni José Salves<br />
Fernando Campani<br />
Fernando Henrique Schwanke<br />
Francisco Queiroz Jr.<br />
Frank Woodhead<br />
Gilmar Bortolotto<br />
Hélvio Rech<br />
Herbert Klarmann<br />
Hugo Chimenes<br />
Jairo Francisco Tessari<br />
João Carlos Brum Torres<br />
João Sérgio Ferreira Machado<br />
Jorge Audy<br />
Jorge Branco<br />
José Cesar Martins<br />
José Francisco Braga<br />
Junico Antunes<br />
Leandro Noronha<br />
Lino Moura<br />
Luiz Carlos Bertotto<br />
Luiz Carlos Folador<br />
Marcelo Schreinert<br />
Marcio Cassel<br />
Marco Dornelles<br />
Marcos Bósio<br />
Marcos Cittolin<br />
Marcos Rolim<br />
Mario Luis Cardoso<br />
Mariza Abreu<br />
Marléa Ramos Alves<br />
Marlise Fernandes<br />
Martinho Lazzari<br />
Nilva Lopes Maldaner<br />
Odir Tonollier<br />
Paulo Azeredo<br />
Paulo Zawislak<br />
Pedro Westphalen Corrêa<br />
Roberto Barbosa de Carvalho Netto<br />
Ronald Krummenauer<br />
Susana Kakuta<br />
Willem Mantelli<br />
Visita Técnica<br />
Governo de Santa<br />
Catarina<br />
Raimundo Colombo<br />
Antonio Marcos Gavazzoni<br />
Claudio Thomas<br />
Perspectivas<br />
Regionais<br />
Abel Oliveira dos Santos<br />
Adair dos Anjos<br />
Adair Jose Bianchi<br />
Adair Jose da Silva<br />
Adair Menezes dos Santos<br />
Adair Zecca<br />
Adalberto Soares<br />
Adão Santana<br />
Adelaide Nunes<br />
Ademar Alves Brandão<br />
Ademar Barcelos<br />
Ademar Camara<br />
Ademar Luis Wagner<br />
Ademir Favaretto<br />
Ademir Gomes Gonçalves<br />
Ademir Mocelin<br />
Ademir Trentini<br />
Adenilson della Paschoa<br />
Adenir José Dalle<br />
Adilson de Oliveira<br />
Adndré Ricardo Dalhord<br />
Adriana Folle<br />
Adriana Boer<br />
Adriana Garcia da Silveira<br />
Adriana Lima<br />
Adriana Siemionko<br />
Adriano dos Santos<br />
Adriano Kozoroski Reis<br />
Adriano Lago<br />
Adriano Mazarino<br />
Affonso Flavio Angst<br />
Afonso Lúcio Perius<br />
Agenor Basso<br />
Airton Berté<br />
Airton Luis Cossetin<br />
Airton Luiz Artus<br />
Airton Marçal<br />
Airton Trevizani da Rosa<br />
Alan B. Kroth<br />
Alberi P. Ceolin<br />
Alberto P. M. Prates<br />
Alcenir Dalmago<br />
Alceu Barbosa Velho<br />
Alceu Castelli<br />
Alceu Oliveira<br />
Aldacir Manfron<br />
Alencart João Ioch<br />
Alex Borgem<br />
Alex Felipe Eboni<br />
Alexandre A. da Silva<br />
Alexandre Duarte Lindenmeyer<br />
Alexandre Flores<br />
Alexandre Susin<br />
Alexandre Zampiva<br />
Alexis Matos<br />
Alexsandro Contini de Oliveira<br />
Alfredo Borges<br />
Alfredo de Moura e Silva<br />
Alfredo Martins M.<br />
Aline Rodrigues Flores<br />
Aljoci Britto<br />
Almar Antonio Zanatta<br />
Almir A. Cazarotto<br />
Aloisio Brock<br />
Aloisio Rissi<br />
Aloizio Portela Bortoncello<br />
Altair Francisco Copatti<br />
Altino Alexis Reyes de Matos<br />
Aluisio Curtinove Teixeira<br />
Alvaro Werlang<br />
Alzir Aluiso Bach<br />
Amanda Hickmann<br />
Amarildo Misse<br />
Amauri Magnus Germano<br />
Amilton Fontana<br />
Ana Carla Pulz<br />
Ana Claudia Teixeira<br />
Ana Feliz Vieira<br />
Ana Lucia Barreto Garcia<br />
Ana Mari Vogel<br />
Anderson Guths<br />
Anderson Paula<br />
Andiara Bonow<br />
André Busatto<br />
André Lopez<br />
Andre Moura de Mello<br />
Andre Silva<br />
Andrea Irion<br />
Andreia Valim<br />
Ângela Fachinello<br />
Angelo Fabiam Duarte Thomas<br />
Angelo Silva<br />
Anildo Ribeiro Araujo<br />
Antonina Cavalheiro<br />
Antonio Bertazzo<br />
Antonio Carlos Damin<br />
Antonio Carlos Potrich<br />
Antonio Carlos Santos<br />
Antônio Cesar Bairros dos Santos<br />
Antônio Cettolin<br />
Antonio Devair<br />
Antônio Edimar T. de Holanda<br />
Antonio losato<br />
Antonio Melattne<br />
Antonio Moraes<br />
Antonio Nicolau Moraes<br />
Antônio Sartori<br />
Antonio Zerita<br />
Aquiles Pires<br />
Ari Antonio Ziliotto<br />
Ariane Spohr<br />
Arlem Arnulfo Tasso<br />
Arlete Beatriz Rocha<br />
Artur Goulart<br />
Augusto Manica<br />
Aurelio Rocha<br />
Berenice Bortolini<br />
Bibiane Westrow<br />
Blair S. Carvalho<br />
Bruna Delgado<br />
Bruno dos Santos<br />
Canísio Roque Schmidt<br />
Carla Cheil<br />
Carla Eduarda Pinheiro<br />
Carla Veronese<br />
Carlos Alberto de Moraes<br />
Carlos Alberto Fink<br />
Carlos Alberto Matos de Souza<br />
Carlos Alberto Vigne<br />
Carlos Alvarim Martins Silva<br />
Carlos Amorin<br />
Carlos Diesel<br />
Carlos Eduardo<br />
Carlos Eduardo Coelle<br />
Carlos Eduardo Muller<br />
Carlos Eduardo Silva<br />
Carlos Gilberto Baierle<br />
Carlos Leal<br />
Carlos Mario Mezzomo<br />
Carlos Neumann<br />
Carlos Reginaldo Santos Bueno<br />
Carlos Wanderlei Reis Silva<br />
Carmem Barbosa<br />
Carmen Goerck<br />
Cassildo Possa<br />
Cassio Nunes Soares<br />
Cássio Roese<br />
Catiane Dalbianco<br />
Celito A. Parisotto<br />
Celso Gobbi<br />
Celso Scherer de Oliveira<br />
Cesar N. Mattos<br />
Cezar Antonio Cechinato<br />
Cezar Augusto Schirmer<br />
Cezar Rezende<br />
Cilon Rodrigues Silveira<br />
Circi Barros<br />
Clairton Wegman<br />
Claiton Gonçalves<br />
Clarice Rojahn<br />
Claudemir da Silva<br />
Claudia Moreschi Tomé<br />
Claudio Caldera<br />
Claudio Luiz Flores<br />
Claudio Roberto Ramos da Silva<br />
Claudio Tadeu Laus Cariboni<br />
Claudiomiro C.<br />
Claudionor Borba<br />
Cleiva Heck<br />
Cleusa lonrath<br />
Clinton J. Batista<br />
Clotilde Conceição Victoria<br />
Clovis Bernardo<br />
Clovis Brum<br />
Clovis Luiz Pizolloto<br />
Constantino Orsolin<br />
Corinha Beatris Ornes Molling<br />
Cristiano Carvalho<br />
Cristiano Lisboa<br />
Cristieli dos Santos<br />
Daiane Desingrini<br />
Daiçon Maciel da Silva<br />
Daniel Benvegnú Lé<br />
Daniel Coelho Samir<br />
Daniel Correa<br />
Daniel Gorski<br />
Daniel Gularte<br />
Daniel Vendrusculo<br />
Daniela Chiarello<br />
Daniela Dineck<br />
Daniela Inês lehn<br />
Daniely Meller C.<br />
Danilo Barreto da Costa<br />
Danilo Fernando Trindade Rodrigues<br />
Darci José Lima da Rosa<br />
Darci Silva Medeiros<br />
Dario Baaklini<br />
Davi Gilmar de Abreu Souza<br />
Davi José Scwan<br />
Dayane Gomes Rodrigues<br />
Débora Cappua<br />
Decamar Maus<br />
Dedo Machado<br />
Delavir Scorssato<br />
Delcides Antonio Godoy<br />
Delfor Barbieri<br />
Delmar Backes<br />
Delonei Pereira<br />
Demarino Rosalino<br />
Demétrio Carlos Lazzaretti<br />
Denis Bridi<br />
Derli da Silva Quadros<br />
Derli Edio Paul<br />
Devanir Almeida S.<br />
Diana Roehrs<br />
Diego Espindola<br />
Diego Ismael Schmidt<br />
Diego Rocha<br />
Diego Vendramin<br />
Dienifer Oliveira<br />
Dilmar Menezes Mequi<br />
Diocelio Jaeckel<br />
Dioni Ciuler<br />
Dionísio Pedro Wagner<br />
Diorges Oliveira<br />
Dirceu Fiorim<br />
Dirceu Goncalves Selau<br />
Dirceu Pinho Machado<br />
Dircinei Antonelo<br />
Divaldo Vieira lara<br />
Dogivan Araldi<br />
Dolores Turra<br />
Domingos Andre Zandona<br />
Domingos Claudio Kujawa<br />
Domingos Scartezzini<br />
Douglas Fontana<br />
Douglas Garcia Dutra<br />
Douglas Samuel Braga<br />
Dudu Colombo<br />
Edegar Antonio Cerbaro<br />
Edemar Giraldi<br />
Edenilson Baso<br />
Eder Both<br />
Ederildo Paparico Bachi<br />
Edevaldo Stacke<br />
Edevarde Parisnski<br />
Edir Girardi<br />
104 105<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Edison Kirmess<br />
Edison Molina<br />
Edison Nunes<br />
Edivilson Meurer Brum<br />
Edmilson Pedro Pelizari<br />
Edmundo Pichler<br />
Edson Augusto Dalmolim<br />
Edson de Souza<br />
Eduardo Aluisio Cardoso Abrahao<br />
Eduardo Buzzatti<br />
Eduardo dall Agnol<br />
Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite<br />
Eduardo Loureiro<br />
Eduardo Mendes<br />
Eduardo Osório<br />
Eduardo Russomano Freire<br />
Eduardo Soares Maciel<br />
Elaine Marrero<br />
Elemar Toso<br />
Eliana Marques Fiad<br />
Eliane A. Conte<br />
Eliane Cardozo<br />
Eliane Fischer<br />
Eliani Mesacasa Trentin<br />
Elieine Griep<br />
Eliezer Dalla Costa<br />
Elio Gilberto Luz de Freitas<br />
Elir Santos<br />
Elisabeth Silveira<br />
Elisandro Conceição<br />
Elisangela Favaretto<br />
Eliseu Liberalesso<br />
Eliseu Lucas Cavalini<br />
Elmo Ivo Schmengler<br />
Elói Paulo Portolan<br />
Elton Luiz dal Moro<br />
Elton Rethfeld<br />
Elton Souza<br />
Elton Tatto<br />
Emerson Bernardy<br />
Eneias de Lima<br />
Enio Alberto Delatorre<br />
Enoir Cardoso<br />
Erone Pedrinho Londero<br />
Ervino Wachholz<br />
Estramar Bortonis<br />
Eugenio Frizzo<br />
Evanilde Brauner Picoli<br />
Everaldo da Silva Moraes<br />
Everton Kirmess<br />
Ezequiel Tonial<br />
Fabiano Lemos<br />
Fabiano Pisoni<br />
Fabiano Rogério Immich<br />
Fabio Campos<br />
Fabio Juliani Pintos<br />
Fabio Luiz Martins de Tunes<br />
Fábio Maioki<br />
Fabricio Caletti<br />
Fabrízio Gazzola<br />
Fátima Cristina Caxinhas Daudt<br />
Faustino Kovalski<br />
Felipe Giaretta<br />
Fernanda Oliveira<br />
Fernanda Santos<br />
Fernanda Stalliviere<br />
Fernando Bernal<br />
Fernando C. Decol<br />
Fernando Campos<br />
Fernando da Rosa Pahim<br />
Fernando de Cristo<br />
Fernando Enéias Bruxel<br />
Fernando Estima<br />
Fernando Henrique Schwanke<br />
Fernando Pigatto<br />
Fernando Sant’anna de Moraes<br />
Fernando Trage<br />
Fernando Vicande<br />
Fioravante Batista Ballin<br />
Flábio Smarmoth<br />
Flavio Bender<br />
Flavio Ferrari<br />
Flavio Gabriel da Silva<br />
Flávio Raupp Lipert<br />
Flori Werb<br />
Francisco Luçardo<br />
Gabriel Grabowski<br />
Gardel Machado de Araujo<br />
Gelcio Martinelli<br />
Gelson Viapiana<br />
Genari Schumann<br />
Genesio Mário da Rosa<br />
Genira Gomes<br />
Genoir Marcos<br />
Genor José Marcon<br />
Gerri Sawaris<br />
Gerson Cardoso Nunes<br />
Gerson Pereira<br />
Gesiel Serra<br />
Getúlio Cerioli<br />
Getulio Ferreira Haas<br />
Getúlio Nunes<br />
Gilberto Berticelli<br />
Gilberto Ferrari<br />
Gilberto Rathke<br />
Gilberto Tuhtenhagem<br />
Gilma Damiani<br />
Gilmar Antonio Rinaldi<br />
Gilmar da Silva<br />
Gilmar leschewitz<br />
Gilmar Tonello<br />
Gilnei Arlindo Luchese<br />
Gilnei Fior<br />
Gilson de Brum<br />
Gilson de Carli<br />
Gilson Edo Alves Parodes<br />
Giorgio Ronna<br />
Giovane Wickert<br />
Giovani F. da Silva<br />
Gisele Pereira<br />
Gislaine Mussato<br />
Gládis H. Rech<br />
Glauder Farias Morais<br />
Gleber Machado<br />
Graziele Gonçalves<br />
Guido Hoff<br />
Guido Mario Filho<br />
Guilherme Vinicius Vargas<br />
Gustavo Teixeira Bigolin<br />
Helena Assumpção<br />
Helena Hermany<br />
Hélio Cardoso Neto<br />
Heloise Santi<br />
Helvio Rech<br />
Henrique Feijó<br />
Henrique Pedersini<br />
Hosni Mustafa<br />
Hugo Gobato<br />
Hugo Reginaldo Marques Chimenes<br />
Ildo Leske<br />
Ilson Tondo<br />
Ilton Nunes<br />
Inácio Herrmann<br />
Ines de Lima<br />
Iradi Britto<br />
Irineu Graebin<br />
Ismael Viezze<br />
Isolda Mena Dutra<br />
Israel Tasca<br />
Ivan Chagas<br />
Ivan Eduardo Scherdien<br />
Ivan Luiz Michelon<br />
Ivani Matiello<br />
Ivanir Born<br />
Ivete S. Weler<br />
Ivo Boratti<br />
Ivo Novotny<br />
Ivone Bado Streicher<br />
Ivonir Botton<br />
Jacir Miorando<br />
Jacob Cai Stiano Selbach<br />
Jacson Bueno de Lins<br />
Jacson Wenningkamp<br />
Jaime Dionir Zweigle<br />
Jaime Lima da Silva<br />
Jair D. Banke<br />
Jairo Jorge da Silva<br />
Janise Collares<br />
Jaqueline Taborda<br />
Jaques Jaeger<br />
Jeferson Barig<br />
Jefferson dos Santos Froza<br />
Jenifer Godoy<br />
Jeovane Putel<br />
Jeremias Madeira<br />
Jessica Britto<br />
Jesus Edemir Rodrigues<br />
Jô do Carmo<br />
Joacir Carmo Sonda<br />
Joao A. O. Silva<br />
João Alfredo de Castilhos Bertolucci<br />
João André Lehr<br />
João C. Binicheski<br />
João C. Oliveira<br />
João Carlos da Silva<br />
João Carlos de Moura<br />
João Carlos Hickmann<br />
Joao Carlos Kist<br />
João Carlos Reis de Oliveira<br />
João Edécio Graef<br />
João Francisco Ferreira<br />
João Francisco Neves Silva<br />
João L. C. Vargas<br />
João Luiz Ferreira<br />
João Marcos Bassani dos Santos<br />
João Masper<br />
João Mauro Walter<br />
Joao Miloni<br />
João Paulo Lunelli<br />
João Paulo Maroso<br />
João Paulo Pastório<br />
João Schemmer<br />
João Sergio Figueira M.<br />
João Valério Mocelin<br />
João Vicente Costa<br />
João W. Lehnen<br />
Joaquim Andrade<br />
Joarez Pacheco<br />
Jocimar Valer<br />
Joclaine Branner<br />
Joel Alvira Flores<br />
Joel de Freitas Paulo<br />
Joel Fiegenbaum<br />
Joel Leandro Wilhelm<br />
Joel Rubert<br />
Jonatan Haack<br />
Jonatan Vogt<br />
Jones Cunha<br />
Jorge Adão Machado Silia<br />
Jorge Almeida<br />
Jorge Branco<br />
Jorge da Silva Paulo<br />
Jorge Guaraci da Silva<br />
Jorge Ladir Steffler<br />
Jorge Roberto Vaz<br />
Jose Antonio Adamole<br />
Jose Antonio Schmitz<br />
Jose Arno Ferrari<br />
José Calvi<br />
Jose Carlos Breda<br />
José Carlos Carles de Souza<br />
José Carlos Mehrig<br />
Jose Claudio Lourega<br />
José Daniel Raupp Martins<br />
José Flavio Godoy da Rosa<br />
José Flavio Vieira de Vieira<br />
José Francisco M. Conceição<br />
Jose Geraldo Ozelame<br />
José Itaon<br />
José L. Goldschmidt<br />
Jose Luis Blaszak<br />
José Luiz Camargo de Moura<br />
Jose Luiz Dalsochio<br />
José Luiz de Mello Almeida<br />
José M. Peres<br />
José Neiton<br />
José Nicolodi Provenci<br />
José Pedro Peçanha<br />
Jose Ricardo Portella de Oliveira<br />
Jovan Lima<br />
Jovelino José Baldissera<br />
Joviana Dalberto<br />
Juarez Batista de Leão<br />
Juarez Portela<br />
Julci Luft<br />
Juliana Leiria<br />
Juliana Nascimento<br />
Juliana Peoleiros<br />
Juliana Pereira<br />
Juliana Zalta<br />
Juliane Raquel Kempf<br />
Juliano Acadrieri<br />
Juliano Ravazi<br />
Juliano Santin<br />
Julio Braga<br />
Julio Cesar Hoffmeister<br />
Julio Cesar Minella<br />
Julio Cezar Vinholes Pintos<br />
Julio Dorneles<br />
Junaro Rambo Figueiredo<br />
Karin Uchôa<br />
Karla Fontoura<br />
Katia Helena Rodrigues<br />
Keity Oliveira<br />
Kenia Alberton<br />
Lairton Hauschild<br />
Lais Magalhães dos Santos<br />
Larissa Valim<br />
Lasier Teixeira Garcia<br />
Leandro Pinno<br />
Leandro Rodrigues Briato<br />
Leandro Silva<br />
Lenio Augusto Trevisan<br />
Léo Paulo Cendron<br />
Leomar José Behm<br />
Leonardo Gottems<br />
Leonardo Limke<br />
Leonardo Rangel<br />
Leonel Fernando Petry<br />
Leonir Aldrighi Baschi<br />
Leonir Fronza<br />
Leonir J. Gasperini Junior<br />
Letícia Queiro<br />
Levi Batista Lima Jr.<br />
Liane Moraes<br />
Liane Schimidt<br />
Lidia Maciel<br />
Lidio Bastos<br />
Liege Goreti Palma<br />
Lilian Vidor<br />
Lineu Ricardo Kem<br />
Lizane Radaelli<br />
Liziane Jardim<br />
Liziani Mesnerovicz<br />
Loiri Marchan<br />
Loreci Riewe<br />
Lori Odete Negrello<br />
Lorival da Rosa<br />
Lucia C. Magnet<br />
Luciana Ferraz<br />
Luciane Hagemann<br />
Luciano Gonçalves<br />
Luciano Moresco<br />
Luciano Palma de Azevedo<br />
Luciano S. Oliveira<br />
Lucio Borges<br />
Luia Barbacovi<br />
Luis Carlos A. Pereira<br />
Luis Carlos Balestrin<br />
Luis Carlos Machado<br />
Luis Cloves Molinari Silva<br />
Luis Fernando Nunes<br />
Luis Francisco de Carlos<br />
Luis Henrique Nunes<br />
Luis Henrique Oliveira Antonello<br />
Luis Leonel Hellman<br />
Luiz Antônio Palharin<br />
Luiz Augusto Schmidt<br />
Luiz Carlos Gauto da Silva<br />
Luiz Carlos Panosso<br />
Luiz Carlos Vilella<br />
Luiz Evaldt Steffen<br />
Luiz Felipe Brenner Machado<br />
Luiz Fernando Taddei<br />
Luiz Henrique Malheiros<br />
Luiz Otávio Prates<br />
Luiz P. G. Franken<br />
Magda Scarpatti<br />
Maiquel Steves de Lima<br />
Mara A. Salome<br />
Mara de Lourdes Dias<br />
Marcel Rotta Simon<br />
Marcelo Avila<br />
Marcelo Causoni<br />
Marcelo Drehmer<br />
Marcelo Portaluppi<br />
Marcelo Ribeiro<br />
Marcelo Rodrigues Pinheiro<br />
106 107<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
Marcelo Soggin<br />
Márcia E. Ekert<br />
Marcia R. da Silva<br />
Marcia Rocha Brum<br />
Márcia Rosane Tedesco de Oliveira<br />
Marcio Mohlmaier<br />
Marcio Porciuncula<br />
Marco Antonio de Leon<br />
Marco Antonio Gallo<br />
Marco Antonio Monteiro Cardoso<br />
Marco Antônio Vasques Rodrigues Barbosa<br />
Marco Aurélio Eckert<br />
Marco Silva<br />
Marcone Correa<br />
Marcos Alexandre Cittolin<br />
Marcos Antônio Martini<br />
Marcos Antonio Oro<br />
Marcos Caselani<br />
Marcos Corso<br />
Marcos Daneluz<br />
Marcos Des Essarts<br />
Marcos Lazzaretti<br />
Marcos Mardonio<br />
Marcos Mattos<br />
Marcos Moraes<br />
Marcos Moura<br />
Marcus Jair Bandeira<br />
Maria Carolina Fortes<br />
Maria de Fatima<br />
Maria de Fátima Castro Mulazzani<br />
Maria Elisabeth Castro<br />
Maria Eneida P. das Neves<br />
Maria Goreti Torres Machado<br />
Maria Helena Câmara de Souza<br />
Mariana Correa<br />
Mariana Pereira<br />
Mariângela Mendonça<br />
Marilda Moraes<br />
Marilene F. K. Cadore<br />
Marilete Peres<br />
Marina Sinott<br />
Marino José Pollo<br />
Marino Krewer<br />
Mario Aldir Klein<br />
Mario Gabardo<br />
Mario Luiz Ceron<br />
Mariovane Weis<br />
Marisa Oliveira<br />
Marlene Sampaio<br />
Marli Heinle Gehm<br />
Marlin Martinelli<br />
Marlon Monteiro<br />
Marly Vendrusculo<br />
Matheus Costa<br />
Matione Sonego<br />
Maurício Medeiros<br />
Maurilio Pitton<br />
Mauro Galotto<br />
Mauro del Pino<br />
Mauro Pinheiro<br />
Mauro Rocha<br />
Mauro Schunke<br />
Max Teogenes Michels<br />
Michele Lunardi<br />
Michel Sonda<br />
Michele Ribeiro<br />
Miguel Mense<br />
Milton Nunes<br />
Miqueli Sturbelle<br />
Moacir Nedel<br />
Moacir Wesz Bonotto<br />
Moisés Batista Pedone de Souza<br />
Muriel Sarmento<br />
Nadir Gabe<br />
Nadir Leirão<br />
Natanael Engel<br />
Natasha Sheibler<br />
Nazario Rubi Kuentzer<br />
Nédio Rosolen<br />
Nedir Jose Buzato<br />
Nei Pereira dos Santos<br />
Nelci Ângelo Recalcati<br />
Neli Purini<br />
Neomar Gugel<br />
Nereida Mizzolo<br />
Neuro Pereira da Silva<br />
Neusa Luisa Panegalli<br />
Newton da Silva<br />
Nicanor Lima<br />
Nilo Leal da Silva<br />
Nilson Costa<br />
Nilson Paulo Costa<br />
Nilva Lopes Maldaner<br />
Nirlene Boers<br />
Nissio Esterazi<br />
Noemia Roreder<br />
Odair Knapp<br />
Odalir Ferla<br />
Odete Ribeiro<br />
Odi Paulo Lorenzini<br />
Olavo Borges<br />
Olivar Scherer<br />
Olivio José Casali<br />
Oneide Ronerio Adams<br />
Orenia Gomes Goeltzer<br />
Orimar Pizzamiglio<br />
Orlei Azeredo<br />
Orlei Azeredo Jr.<br />
Oscar Dall’agnol<br />
Osmar Guisleni<br />
Osvaldo Froner<br />
Otávio Valau<br />
Padre Luciano Oliveira G.<br />
Patric Cunha<br />
Patricia Cerutti<br />
Patrícia Nogueira<br />
Patrick Pereira<br />
Paula Almeida Ferreira<br />
Paula Loss<br />
Paula Schild Mascarenhas<br />
Pauleti Terezinha Souto<br />
Paulo Baldo<br />
Paulo Borges<br />
Paulo Bragança<br />
Paulo Brum<br />
Paulo Conceição<br />
Paulo Costi<br />
Paulo Dahmer<br />
Paulo Fernandes<br />
Paulo Henrique Mendes Lang<br />
Paulo Ivan Landgt<br />
Paulo Koschier<br />
Paulo Lima<br />
Paulo Lopes<br />
Paulo Mans<br />
Paulo Marangon<br />
Paulo Martins<br />
Paulo Nicolau<br />
Paulo P. Serafini<br />
Paulo Quadros<br />
Paulo Renato Meurer<br />
Paulo Ricardo de Melo<br />
Paulo Roberto Butzge<br />
Paulo Roberto Fernandes<br />
Paulo Silveira<br />
Paulo Souza<br />
Pedro Aguirre<br />
Pedro Niacome<br />
Pedro Nunes<br />
Pedro Paulo Fischer<br />
Pedro Santos Smash<br />
Pedro Sotili<br />
Peppi Brizola<br />
Pierre Emerim da Rosa<br />
Plinio Curti<br />
Plinio João Weigel<br />
Priscila Devens<br />
Rafael Fontana<br />
Rafael Fuca<br />
Rafael Gonçalves<br />
Raquel Barcellos<br />
Regis Luiz Hahn<br />
Remi Sergio Birck<br />
Renan Sartori<br />
Renata Ceratti<br />
Renata Matos<br />
Renata Rodrigues Coelho<br />
Renato Bolzan<br />
Renato Bonadiman<br />
Renato Cassol<br />
Renato Francisco Teixeira<br />
Renato Zanella F.<br />
Reovaldo Rodrigues<br />
Ricardo Ariel Romero<br />
Ricardo Bolson<br />
Ricardo F. Oliveira<br />
Ricardo Heihgille<br />
Ricardo Luiz Montagner<br />
Ricardo O. Jeiros<br />
Ricardo Olaechea Gadret<br />
Ricardo Tumelero<br />
Ricardo Vágner<br />
Rieli Rossini<br />
Roberto Bergmann<br />
Roberto Carlos Boff Turchiello<br />
Roberto Carlos Iopp<br />
Roberto Carvalho<br />
Roberto Felin Junior<br />
Roberto Leitão<br />
Roberto Luis Visoto<br />
Roberto Maciel Santos<br />
Roberto Moura<br />
Roberto Timoteo<br />
Robson Bobsin Brehn<br />
Rodrigo Oliboni<br />
Roge Fernando Ritter<br />
Rogemir Civa<br />
Roger Corrêa<br />
Rogério Belini Fachineto<br />
Rogério Grade<br />
Rômulo Kaizen<br />
Rony Sergio Carnieletto<br />
Roque Mationi<br />
Roque Montagner<br />
Rosane Tornquist Petry<br />
Rosaura Maria Pereira<br />
Roseane Oliveira<br />
Roseli Finkler<br />
Roseli Rost<br />
Roseli Silva<br />
Rossano Dotto Gonçalves<br />
Rozema Rosa<br />
Rozimar Bolzan<br />
Rubem Santos<br />
Ruben Weimer<br />
Rubia Frizzo<br />
Rudi Pinto<br />
Rudinei Harter<br />
Rui Carlos Gouvês<br />
Rui Cassina<br />
Sabrina da Silva<br />
Salmo Dias de Oliveira<br />
Sandra Amaral<br />
Sandra Dalmina<br />
Sandra Farias de Moraes<br />
Sandra Puhl Santos<br />
Sandra Snaeffer<br />
Sandro Camargo<br />
Sarafago Neri<br />
Savio Johnston Prestes<br />
Sedinei Rodrigues dos Santos<br />
Sélia Heck<br />
Selmar Roque Durigon<br />
Sergio Cogoy<br />
Sérgio Dantas<br />
Sergio Delias Machado<br />
Sérgio Frankini<br />
Sergio Luis Allebrandt<br />
Sergio P. Moraes<br />
Sergio Padilha<br />
Sergio Roberto Dotto<br />
Sergio Rossi Madruga<br />
Sergio Yunes<br />
Sergio Moraes<br />
Shelen Brignol<br />
Sidinei B. Oliveira<br />
Sidinei J. Ross<br />
Sidnei José Barbieri<br />
Sidnei Vasconcelos Callegaro<br />
Sidney Nunes das Neves<br />
Silas C. D. Rocha<br />
Sildo Cabreira<br />
Silon Junior Procath<br />
Silvano Faccin<br />
Silvestre Becker<br />
Silvia Carneiro<br />
Silvia R. Machado<br />
Silvia Valeria<br />
Silvio Machado<br />
Simone Bigliardi<br />
Simone Duarte da silva<br />
Simone Pacheco<br />
Simon Heberle<br />
Simonia Gonçalves oliveira<br />
Sirlei Silveira<br />
Solange Benotti Fagan<br />
Sonia Bohnen<br />
Stela Pinheiro Amaral<br />
Suimar Bressan<br />
Sylvio Motta<br />
Taciane Lais da Silva<br />
Tailor Silva<br />
Tais Brenzink<br />
Tais Fortes<br />
Tânia B. Georgi<br />
Tania M. Bernardi<br />
Tania Toffoli<br />
Tatiana Santos Rodrigues<br />
Tatiane Kristium<br />
Telda Assis<br />
Telmo Kist<br />
Tenente Costa<br />
Tiago Bertotti<br />
Tiago Gorski Lacerda<br />
Tiago Quintana<br />
Tiago S. Antunes<br />
Tiago Trojan<br />
Tiaraju Andrade<br />
Tito Cavali<br />
Tito Livio Jaeger filho<br />
Tompson Boniatti<br />
Traudie Conelsen<br />
Ubirajara Machado Teixeira<br />
Ulisses Cecchin<br />
Vagner Rodrigues<br />
Valdemar Fachinello<br />
Valdemir A. Fobim<br />
Valdinei Silveira<br />
Valdir Carlos fabris<br />
Valdir Petter<br />
Valdomiro de Matos Novaski<br />
Valerio Ernesto Marcon<br />
Valério José Esquinatti<br />
Valério Vilí Trebien<br />
Valeska Huffel<br />
Valmir Elton Seifert<br />
Valmir Luiz Menegat<br />
Valmor Rossetto<br />
Valmor Sebem<br />
Valserina Maria Bulegon Gassen<br />
Valtemar José Machado de Oliveira<br />
Vanderle Colle<br />
Vânia Valadão<br />
Vanice Helena Andrade de Matos<br />
Vanilde Dalcin<br />
Vera Grujicic Marcelja<br />
Vera Kohler<br />
Veronice Camargo<br />
Vilmar João Foletto<br />
Vilmar Reidel<br />
Vilmar Sidinei Horbach<br />
Vilmar Vivian<br />
Vilson Serro<br />
Vilson Wagner<br />
Vinicius Assumpção<br />
Vinicius Cornelli<br />
Vinicius F. dos Santos<br />
Vitor Ivan Gonçalves Rodrigues<br />
Vitoria Nobrega M. D.<br />
Vivian Angeli<br />
Vladimir Antônio Vettorato<br />
Vladimir M. Gonsalves<br />
Volmir José Miki Breier<br />
Volmir Pedro Capitanio<br />
Volnei Colvero Savegnago<br />
Volnei Minozzo<br />
Wagner Bitencourt<br />
Wanderlei Ghilardi<br />
Wilson Lile<br />
Zalmir Soares<br />
Zilase Rossignollo Cunha<br />
Zilio Roggia<br />
Zumar Lessa<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30<br />
108 109
111<br />
<strong>RS</strong><br />
20<br />
30
Patrocínio Institucional