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livro RS 2030

O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente uma visão de prioridade para o Estado.

O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de
ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e
Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade
por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar
abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente
uma visão de prioridade para o Estado.

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<strong>RS</strong><br />

<strong>2030</strong><br />

O NOSSO<br />

FUTURO<br />

EM DEBATE<br />

2017<br />

1<br />

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<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> - O Nosso Futuro em Debate é uma publicação da<br />

Famurs - Federação das Associações Municipais do Rio Grande do Sul.<br />

Luciano Pinto - Presidente da Famurs Gestão 2016-2017<br />

Luiz Carlos Folador - Presidente da Famurs Gestão 2015-2016<br />

José Scorsatto - Coordenador Geral da Famurs 2016-2017<br />

Márcio Espíndola - Coordenador Geral da Famurs 2015-2016<br />

Patrocínio Institucional<br />

Celulose Riograndense<br />

Comissão de Coordenação do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

(constituída em outubro de 2015)<br />

Jairo Jorge – Prefeito de Canoas 2009-2016 e Coordenador Geral do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

José Fortunati – Prefeito de Porto Alegre 2010-2016<br />

Luis Henrique Antonello – Prefeito de Rosário do Sul 2013-2015<br />

Eduardo Leite – Prefeito de Pelotas 2013-2016<br />

Tito Lívio Jaeger Filho – Prefeito de Taquara 2013-2020<br />

Sérgio Delias Machado – Prefeito de Araricá 2009-2016<br />

Marcelo Luiz Schreinert – Prefeito de São Jerônimo 2009-2016<br />

Ederildo Paparico Bacchi – Prefeito de São João da Urtiga 2009-2016<br />

Coordenação Técnica – Agência Futuro Consultores<br />

Gustavo Grisa – Coordenador Técnico do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

Renata de Carvalho Rodrigues – Gestora e Editora de Conteúdo<br />

Diogo Fatturi – Design Gráfico e Diagramação<br />

Equipe Técnica da Famurs<br />

Willian Jean Baggio Cover<br />

Maikio Guimarães<br />

Manoela Guns de Souza<br />

Maicon Scheffer Campo (Colaborador)<br />

Fotos<br />

Assessoria de Comunicação da Famurs<br />

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Caminhos para o futuro<br />

Municipalismo em essência<br />

É no município que tudo acontece. É onde começa nossa vida, onde<br />

crescemos e nos desenvolvemos. Para pensarmos no futuro do Rio Grande<br />

do Sul, temos de olhar principalmente para nossas comunidades. Conhecer<br />

suas necessidades e seus anseios. Essa foi a base do projeto <strong>RS</strong><br />

<strong>2030</strong>, que consolidamos nesta obra.<br />

Iniciada pela gestão de Luiz Carlos Folador, a ação promoveu onze<br />

encontros em 2015, contemplando todas as regiões do estado. Reunimos<br />

prefeitos, vice-prefeitos, secretários e lideranças locais para debater<br />

temas que interessam às cidades. Este ano, com a mudança de boa parte<br />

dos gestores, demos continuidade ao projeto, com a realização de mais<br />

nove atividades regionais.<br />

Somos um único estado, mas cada região tem suas particularidades.<br />

Conhecê-las em profundidade é tarefa essencial para solucionar demandas<br />

históricas e trazendo efetivas mudanças para nossa gente. Graças à<br />

intensa participação das comunidades, foi possível consolidar um amplo<br />

panorama das demandas. Segurança pública, saúde e infraestrutura foram<br />

os temas mais destacados pelos prefeitos, que ainda relataram as<br />

dificuldades enfrentadas na relação com o Estado e a União.<br />

Neste <strong>livro</strong>, apresentamos uma visão clara e abrangente das reivindicações<br />

de nossas cidades. Um compêndio que poderá guiar novas iniciativas,<br />

bem como auxiliar o Executivo e o Legislativo na formulação de<br />

políticas públicas que estejam em sintonia com o que aspiram nossos<br />

municípios.<br />

Com esta publicação, a Famurs reafirma seu trabalho de mais de 40<br />

anos em defesa do municipalismo. Esperamos que quando <strong>2030</strong> chegar,<br />

possamos revisar este <strong>livro</strong> a partir de uma nova e melhor realidade, com<br />

mais desenvolvimento econômico e social para os municípios. Os caminhos<br />

para o futuro estão abertos. É hora de começar a percorrê-los.<br />

Luciano Pinto<br />

Presidente da Famurs<br />

e Prefeito de Arroio do Sal<br />

(2009-2016)<br />

O que nossas comunidades esperam para os próximos 13 anos? Quais<br />

são suas principais necessidades para construir um futuro melhor e promissor?<br />

Conhecer a fundo essa realidade foi o objetivo do projeto <strong>RS</strong><br />

<strong>2030</strong>, que a Famurs conduz desde 2015.<br />

Percorremos todas as regiões do Rio Grande do Sul, reunindo prefeitos,<br />

vereadores, secretários, sindicalistas, estudantes, empresários e líderes<br />

locais. Ouvimos suas demandas e prioridades para os próximos anos,<br />

e o resultado das vinte reuniões realizadas está compilado neste <strong>livro</strong>.<br />

Trata-se de uma visão clara das reivindicações regionais, daquilo que<br />

os gestores e as comunidades compreendem que poderia ser feito para<br />

qualificar diversas áreas do dia a dia. Além disso, os participantes propõem<br />

soluções para aprimorar a relação entre cidades, Estado e União.<br />

A qualificação da segurança pública foi um dos temas mais lembrados.<br />

Obras nos acessos municipais e na melhoria da transmissão de energia<br />

também foram apontados pelos prefeitos. A saúde foi outro assunto de<br />

destaque, com foco na regionalização do atendimento.<br />

A partir dessa iniciativa, temos agora um dos mais completos mapas<br />

das demandas locais já elaborados no Rio Grande do Sul. Um estudo feito<br />

com intensa participação da sociedade, que compreendeu o objetivo<br />

desse trabalho e se envolveu em cada reunião.<br />

O <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> é o municipalismo em essência. Ouvir as comunidades é<br />

fundamental para construirmos políticas públicas sólidas, capazes de solucionar<br />

gargalos históricos e permitir o desenvolvimento integrado de<br />

todas as regiões.<br />

Estamos dando um grande passo na direção de um futuro melhor.<br />

Agora, é hora de todos os entes federados trabalharem juntos na resolução<br />

das demandas aqui compiladas. Fortalecendo os municípios, teremos<br />

um Rio Grande muito melhor em <strong>2030</strong>.<br />

José Scorsatto<br />

Coordenador Geral da Famurs<br />

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O Rio Grande do Sul<br />

que queremos<br />

Walter Lidio Nunes<br />

O Rio Grande do Sul vive uma situação econômica complicada, uma das<br />

mais críticas da Federação. Neste momento, mais importante do que discutir<br />

como ela foi construída ou quem são os culpados é discutir como enfrentá-la<br />

para resgatar o desenvolvimento e o crescimento, pois vivemos<br />

uma combinação nefasta do “momento Brasil” com a situação econômica<br />

gaúcha, que enfrenta um déficit histórico dentro de uma conjuntura recessiva<br />

da economia brasileira.<br />

Para melhorar a qualidade de vida da sociedade, somente uma boa<br />

gestão pública. E esta não depende apenas do Poder Executivo, mas do<br />

conjunto dos poderes, das instituições públicas e também da participação<br />

efetiva e da capacidade mobilizadora dos cidadãos. Esta participação está<br />

na qualidade do voto, no controle social, na contribuição voluntária, nas<br />

mobilizações e manifestações, entre outras. No entanto, grande parcela da<br />

sociedade está alienada do exercício deste seu papel. Outra parte porque<br />

entende que não tem nada a fazer, seja por desesperança nos resultados<br />

ou por acomodação. E assim, nos acostumamos a ver o país com um desenvolvimento<br />

medíocre, apesar do seu enorme potencial.<br />

Porém, a conscientização social, apesar de incipiente, começa a ter espaço.<br />

Já existem lideranças conscientes da necessidade de contribuir de<br />

forma mais qualificada e intensa. No <strong>RS</strong>, inúmeros grupos e entidades,<br />

como a Famurs, se propõem a ser agentes da mudança através da mobilização<br />

social.<br />

Neste contexto, este trabalho, realizado pela Famurs, junto a diversas<br />

partes interessadas dos municípios gaúchos, é muito importante, por diferentes<br />

motivos: traz a avaliação da sociedade sobre o que ela espera de<br />

seus governantes, estimula a participação cidadã e, igualmente, coloca em<br />

evidência os principais problemas que afligem a todos nós. Este trabalho<br />

é, sem sombra de dúvida, um importante material para conhecimento e<br />

planejamento de gestores públicos e privados.<br />

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O Rio Grande debate o futuro<br />

Para que nossas façanhas sirvam de modelo a toda a terra, precisamos colocar<br />

nosso estado em primeiro lugar, tanto na preferência, como excelência. O<br />

projeto de Estado gaúcho precisa estar à frente das paixões partidárias e dos<br />

interesses corporativos de categorias, setores ou grupos empresariais. O Rio<br />

Grande precisa voltar a ocupar os primeiros lugares do pódio nacional na educação,<br />

na segurança, na saúde, nas contas públicas, na gestão, na exportação,<br />

na produção industrial, na produtividade, enfim, nos principais indicadores.<br />

Nos últimos 30 anos, com a crescente polarização política, com a estagnação<br />

da máquina estatal e com as dificuldades vividas pela na economia perdemos a<br />

preferência e a excelência.<br />

A cientista política Maria Victória Benevides diz que “o pior crime que um<br />

governante pode cometer é tirar a esperança do povo”, portanto, cabe à nova<br />

geração de gestores e políticos gaúchos olhar o futuro com otimismo e buscar<br />

alternativas. As soluções para a crise do Rio Grande não são fáceis, são difíceis.<br />

Não são simples, são complexas. Não são convencionais, devem ser inovadoras.<br />

Em 2018 haverá a quinta troca geracional do Rio Grande do Sul. Os gaúchos<br />

têm votado em constantes promessas que tudo seria diferente, porém, o agravamento<br />

da crise, a sensação de impotência da sociedade, governos que olham<br />

para os problemas como se não fossem de sua responsabilidade, têm gerado o<br />

clima para a estratégia da velha política: criar o inferno para fazer o purgatório<br />

parecer um paraíso.<br />

O Rio Grande está cansado de polarizações e precisa de um novo caminho<br />

para superar a crise e iniciar um ciclo virtuoso. Isso exigirá humildade, capacidade<br />

de diálogo e propostas inovadoras que permitam retirar o estado deste quadro<br />

de letargia. Temos que implementar soluções efetivas e não paliativos, uma<br />

mudança de paradigma e não ajustes superficiais, um novo projeto construído<br />

de forma compartilhada com 11 milhões de gaúchos.<br />

Jairo Jorge<br />

Coordenador Geral<br />

do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

Neste período devemos ter coragem e entusiasmo para inovar e desprendimento<br />

para garantir que as boas ideias que vêm dando certo nos últimos governos<br />

sejam mantidas e ampliadas. Devemos olhar para o passado e verificar<br />

a cada mudança geracional os êxitos e as marcas que os gestores deixaram,<br />

servindo de inspiração ao futuro.<br />

MUDANÇAS GERACIONAIS<br />

A primeira mudança geracional chegou com os ventos da República. Júlio<br />

de Castilhos, Borges de Medeiros, Assis Brasil, entre tantos outros, superaram a<br />

geração de Gaspar Silveira Martins e Manoel Luiz Osório e iniciaram mudanças<br />

profundas com a reestruturação do Estado gaúcho. Inspirados no positivismo,<br />

marcados pela integridade na condução dos negócios públicos, organizaram<br />

o Estado, o Poder Judiciário e os primeiros serviços de saúde e educação. Esta<br />

geração tem a marca da reestruturação da máquina ajustando-a aos novos desafios<br />

da República. No entanto, as reformas nasceram a ferro e fogo, a Revolução<br />

Federalista custou a vida de um em cada 100 gaúchos que vivam naquela<br />

época, deixando um rastro de ódio e sangue. Um conflito marcado pela a<br />

barbárie, dividindo os gaúchos entre republicanos (chimangos) e federalistas<br />

(maragatos).<br />

A segunda mudança geracional emergiu com a pacificação deste conflito.<br />

Depois de 30 anos de governo com Borges de Medeiros, teve inicio uma nova<br />

guerra que dividiu os gaúchos. A Revolução de 1923 ceifou também milhares<br />

de vidas e foi encerrada com o Pacto de Pedras Altas, num acordo entre chimangos<br />

e maragatos.<br />

Na condução desse processo surgiu uma nova geração formada por Getúlio<br />

Vargas, Osvaldo Aranha, Flores da Cunha, entre outros, que buscaram a pacificação<br />

do estado. Não por acaso, Getúlio Vargas assumiu o governo do Rio Grande<br />

do Sul sem concorrentes, administrando pela primeira vez com chimangos e<br />

maragatos lado a lado. Esta pacificação permitiu avanços importantes, organizando<br />

a economia e projetando nossas lideranças no cenário nacional. Em<br />

1930, como candidato à Presidente da República pela Aliança Liberal, Getúlio<br />

Vargas teve o apoio dos maragatos e conquistou a maioria esmagadora dos<br />

votos no Estado. A frente da Revolução de 30, depois de um mês de conflito,<br />

Vargas chegou à presidência da República e representou um momento especial<br />

da contribuição dos gaúchos.<br />

Com o fim do Estado Novo, emergiu a terceira mudança com uma nova geração<br />

de líderes, como Leonel Brizola, João Goulart, Alberto Pasqualini, entre<br />

outros. Coube a esta geração preparar as bases para o Rio Grande moderno.<br />

Investimentos em infraestrutura, como estradas, energia, comunicações e, especialmente,<br />

atenção à educação dedicadas pelo Governador Leonel Brizola<br />

colocaram o Rio Grande no caminho da prosperidade e seus reflexos vieram 20<br />

anos depois, com o crescimento do capital humano e da capacidade produtiva<br />

do estado, exatamente o período que alcançamos nossos melhores indicadores<br />

econômicos.<br />

Com a ditadura militar, o Rio Grande perdeu autonomia com seus governadores<br />

nomeados. Ocorreu o crescimento da dívida pública, somado a escolhas<br />

equivocadas em um ambiente polarizado em razão da situação política, derru-


ando, lentamente, o Rio Grande da sua posição de liderança. Com a quarta<br />

mudança geracional, surge uma nova geração que tem como missão administrar<br />

a crise: Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Brito, Olivio Dutra,<br />

Germano Rigotto, Yeda Crusius, Tarso Genro e José Ivo Sartori. Em um ambiente<br />

extremamente polarizado, o estado volta a se dividir. Não há continuidade<br />

administrativa e os eleitores mantém a tradição, desde 1947, não reelegendo<br />

nenhum projeto.<br />

não basta a simples redução das despesas, é preciso também aumentar a receita,<br />

não com o aumento da carga tributária, mas com eficientização, modernização<br />

e inteligência fiscal, enfrentando o tema da sonegação. É necessária<br />

uma revisão criteriosa das isenções e incentivos avaliando seus resultados, benefícios<br />

e impactos. Os incentivos são necessários para nossa competitividade<br />

e atratividade de investimentos, mas devem ser utilizados com parcimônia e<br />

responsabilidade.<br />

As sequelas políticas do Borgismo e seus 30 anos de reeleições sucessivas<br />

marcaram profundamente a sociedade gaúcha, gerando um sentimento antireeleição.<br />

Podemos observar um fenômeno similar com a experiência de Porfírio<br />

Diaz que governou durante 30 anos o México, levando o país a uma revolução,<br />

depois de tantas fraudes eleitorais. Os mexicanos até hoje não aceitam a<br />

reeleição para nenhum cargo executivo.<br />

A quarta geração chegou ao fim de seu ciclo na eleição de 2014 e podemos<br />

vislumbrar para 2018 uma troca geracional. Esta nova geração, forjada pela<br />

experiência democrática, acostumada com os limites da escassez, nascida de<br />

experiências mais inovadoras em gestão pública e aberta ao diálogo, terá a<br />

missão de superar a crise, buscar alternativas e reconduzir o Rio Grande do Sul<br />

ao caminho do desenvolvimento.<br />

Não há soluções mágicas, mas ancorados nas marcas vitoriosas das três primeiras<br />

gerações –reestruturação da máquina pública, pacificação política e<br />

investimento na educação – e com a busca incessante da inovação é possível<br />

criar alternativas para a superação da crise.<br />

REGENERAÇÃO DO ESTADO<br />

É preciso um Estado que esteja a altura dos novos desafios. O modelo forjado<br />

por Júlio de Castilhos sobreviveu ao tempo, mas está inadequado para a<br />

situação atual. Fomos os pioneiros e inovadores no final do século XIX, precisamos<br />

ser novamente no século XXI.<br />

A velha fórmula de cortar ou fundir secretarias ou mesmo vender estatais,<br />

propostas repetidas em todos os processos eleitorais, é inadequada, superada<br />

e insuficiente para produzir a mudança necessária. Avançar num novo desenho<br />

de gestão, um modelo que garanta transversalidade, funcionalidade e resolutividade.<br />

Enfrentar a burocracia, acelerar os processos de decisão, dar velocidade<br />

aos fluxos e reduzir drasticamente os níveis hierárquicos. Devemos criar<br />

mecanismos de valorização dos servidores públicos a partir da resolutividade<br />

e estabelecer metas de gestão conectadas com o programa de governo que<br />

possam ser aferidos plena e livremente pela sociedade.<br />

O Rio Grande precisa de uma Lei de Responsabilidade Geracional, que estabeleça<br />

em sintonia com a Responsabilidade Fiscal, metas e indicadores que desejamos<br />

para a saúde, educação, segurança, infraestrutura e desenvolvimento.<br />

De forma democrática, envolvendo o conjunto da sociedade gaúcha devemos<br />

definir onde queremos chegar, qual o tamanho do Estado que desejamos e<br />

quais as prioridades que iremos pactuar. Tudo isto, não para um governo apenas,<br />

mas para ciclos mais longos de 15 a 20 anos. Precisamos estabelecer metas<br />

e políticas públicas estruturantes que devem ser implantadas ao longo dos<br />

anos pelos governos, independente da alternância de poder.<br />

A criação da Lei de Responsabilidade Geracional, com o estabelecimento de<br />

metas decenais e de indicadores que nos permitam avaliar publicamente e de<br />

forma periódica os resultados, permitirá um debate mais racional e produtivo e<br />

uma pactuação junto a todos os protagonistas envolvidos.<br />

PARADIGMA DO DIÁLOGO<br />

O Rio Grande vive sob o paradigma do conflito. A política continua sendo<br />

presidida pela polarização, uma distinção permanente entre “nós e eles”, uma<br />

ausência de alteridade e de reconhecimento do outro e de suas idéias. Não<br />

conseguimos forjar uma pactuação efetiva e duradoura que possa nos levar a<br />

tomar coletivamente decisões difíceis, mas necessárias.<br />

Devemos trilhar um novo caminho onde o paradigma do diálogo possa imperar.<br />

Em um cenário de vencidos e vencedores iremos mergulhar cada vez<br />

mais na crise, não será dividindo o estado, colocando um setor contra o outro<br />

que iremos avançar. Precisamos desenvolver um novo modelo onde, de forma<br />

colaborativa e dialógica, todos os segmentos estejam envolvidos na construção<br />

das soluções.<br />

Hoje no Rio Grande há uma consciência da gravidade da crise. Em todas as<br />

áreas e classes existe uma concordância que caminhamos rapidamente para<br />

um processo de insolvência. É papel do Estado construir democraticamente as<br />

soluções, só de forma pactuada elas sobreviverão as disputas políticas e poderão<br />

deflagrar um ciclo virtuoso em nossa economia e na gestão administrativa.<br />

Com estruturas administrativas horizontais, organizadas de forma temática<br />

e transversal, a redução dos níveis gerenciais, a informatização dos processos, a<br />

implantação de mecanismos gerenciais de controle é possível fazer mais com<br />

menos. É absolutamente necessário termos uma métrica do custo efetivo de<br />

cada serviço público com transparência para toda a sociedade. O Governo<br />

deve estar presente naquilo que é estratégico e o Estado necessário, indutor,<br />

empreendedor, em rede, dever ser uma organização exponencial, moldado a<br />

partir da vontade dos gaúchos.<br />

A austeridade é um dever dos governantes e deve ser adotada sempre, mas<br />

Não será com as velhas e surradas fórmulas da disputa que iremos romper<br />

esse processo. A estratégia de ouvir, acreditando que o outro tem a contribuir,<br />

superando o conflito, exige tolerância, iniciativa, exemplo e, especialmente, liderança.<br />

REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO<br />

Antes de <strong>2030</strong> o Rio Grande começará a reduzir sua população. Vivemos o<br />

fim do bônus demográfico e as gerações futuras terão que produzir mais para<br />

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garantir o bem estar e o acesso aos serviços públicos para todos. Nossa economia<br />

terá que ter mais produtividade, gerar mais riqueza para proporcionar as<br />

gerações que já contribuíram para o desenvolvimento a dignidade merecida.<br />

Todos os países desenvolvidos buscaram na educação e no conhecimento o<br />

caminho seguro para enfrentar as alterações demográficas. Uma mão de obra<br />

qualificada, mentes inquietas e criativas são a base para o crescimento sustentável<br />

de qualquer comunidade.<br />

Na década de 1950 tivemos um câmbio de rumos, quando passamos de 1.795<br />

para 8.097 escolas, de 12.244 para 42.153 vagas para professores e de 306.171<br />

para 688.209 matrículas para os alunos. A iniciativa do governador Leonel Brizola<br />

revolucionou a educação no Rio Grande e passamos naquele momento a ter<br />

a maior taxa de escolarização do Brasil.<br />

Para encontrarmos o caminho do desenvolvimento teremos que desencadear<br />

uma mudança com tamanha magnitude, oferecendo uma educação de<br />

qualidade, em tempo integral, inovadora e criativa, que dote nossos jovens das<br />

competências e talentos indispensáveis na sociedade do conhecimento.<br />

As iniciativas e os investimentos em educação são progressivos e se materializam<br />

ao longo de uma geração, por isso devem ser pactuados para se transformarem<br />

em políticas de Estado e não de governos, sobrevivendo às oscilações<br />

promovidas pelo calendário eleitoral.<br />

A criação de um Fundo para Educação, vindo da lucratividade das empresas<br />

públicas ou da eventual venda de ativos, como terrenos e prédios públicos<br />

ociosos, gerando recursos novos para modernização das escolas, aquisição de<br />

tecnologia de ponta e formação continuada dos educadores é um dos caminhos<br />

possíveis para deflagrarmos uma segunda revolução na educação gaúcha.<br />

CELEIRO DE INOVAÇÃO<br />

Encontramos na sociedade gaúcha, e em particular na máquina pública, certa<br />

resistência à inovação. Somos mais céticos diante das novidades que chegam<br />

e tendemos a seguir caminhos já conhecidos, mas ao mesmo tempo somos<br />

desbravadores e empreendedores onde quer que estejamos. Em vários estados<br />

da federação, os gaúchos são assim reconhecidos.<br />

O mundo vive uma mudança profunda e galopante e precisamos da inquietude,<br />

criatividade e flexibilidade para buscar novas alternativas. As soluções conhecidas<br />

nos levarão aos mesmos resultados, por isso, precisamos de inovação<br />

política e uma mudança de pensamento.<br />

A construção de novas políticas públicas exige a observação e a análise<br />

de várias experiências exitosas, retirando delas as lições possíveis para a nossa<br />

realidade. Não existe transposição mecânica de nenhuma iniciativa, toda e<br />

qualquer ideia tem que ter sempre a marca local. Mas também não será com o<br />

isolamento e a reprodução das mesmas práticas, ainda que essas tenham sido<br />

vitoriosas no passado, que iremos superar os grandes desafios que estão diante<br />

de nosso estado.<br />

É fundamental inovarmos tanto na gestão pública como no setor privado.<br />

O Rio Grande precisa se transformar em um celeiro de inovação, mas para isso<br />

a máquina estatal dever ser exemplo, garantindo as condições para esse salto.<br />

Hoje a burocracia cria dificuldades para as iniciativas inovadoras e pune os<br />

líderes que ousam criar. O Estado, em primeiro lugar, não pode ser obstáculo,<br />

não pode atrapalhar a inovação no setor privado. Em segundo lugar, deve ser<br />

exemplo de inovação, se desejamos que essa seja a marca futura do Rio Grande.<br />

Só iremos alavancar a economia com inovação, pois foi graças à aplicação de<br />

técnicas avançadas na agricultura que a produtividade da soja dobrou nos últimos<br />

30 anos. No entanto, para não sermos apenas produtores de commodities,<br />

nosso grande desafio para os próximos anos é a agregação de valor aos nossos<br />

produtos e isso exige investimentos constantes em tecnologia e ciência.<br />

A inovação deve presidir também a busca de novos caminhos para resolvermos<br />

a questão da infraestrutura. Os gargalos reais que temos em estradas, aeroportos,<br />

portos, energia e comunicações travam a nossa produção e geram a<br />

concentração do desenvolvimento no eixo Porto Alegre - Caxias do Sul. A superação<br />

desses limitadores exige soluções inovadoras como as Parcerias Público<br />

Privadas (PPPs) para a geração de um desenvolvimento sustentável e simétrico<br />

no Rio Grande.<br />

<strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

Hoje grande parte dos problemas recai sobre os ombros dos prefeitos e prefeitas.<br />

A repartição desigual e concentradora promovida pela União aumentou<br />

as responsabilidades e as despesas dos municípios e não deu garantias efetivas<br />

para a continuidade das políticas públicas, ampliando as dificuldades dos gestores<br />

municipais num momento de crise aguda.<br />

É necessário um novo Pacto Federativo, que dê aos outros entes federados<br />

– Estados e Municípios – mais protagonismo e recursos, uma melhor repartição<br />

do bolo tributário. Mas não basta apenas isso, temos que criar também um<br />

novo ciclo econômico e político no Rio Grande do Sul.<br />

Movida pelo senso prático dos gestores municipais na busca de soluções e alternativas<br />

para o futuro do nosso Estado, a Famurs promoveu o Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>.<br />

São ideias e propostas concretas que foram discutidas e elaboradas por 1.535<br />

prefeitos, secretários, vereadores e lideranças comunitárias de 278 cidades, 56%<br />

dos municípios gaúchos.<br />

O Rio Grande é extremamente competente na produção de diagnósticos,<br />

mas não somos eficazes na colocação em prática destas iniciativas. Por isso, o<br />

projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> está apresentando 40 estratégias, que materializadas nos próximos<br />

13 anos poderão conduzir nosso estado a um novo patamar.<br />

Não produzimos um estudo acadêmico, mas ideias e propostas que nasceram<br />

da escuta e formulação dos prefeitos e prefeitas. Por estar na base da sociedade,<br />

sendo cobrados e fiscalizados por seus cidadãos, os gestores municipais<br />

são responsáveis pelo setor mais dinâmico da administração pública e representam<br />

uma voz lúcida e inovadora neste momento de crise política, ética e<br />

econômica que vive nosso país.<br />

Com o Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> deixamos uma colaboração para os futuros governantes<br />

e a esperança que essas ideias possam germinar no solo fértil do Rio Grande.


Mensagem da Coordenação Técnica<br />

Uma consideração importante no contexto de planejamento do “<strong>RS</strong><br />

<strong>2030</strong>: O Nosso Futuro em Debate” foi a concepção adotada pela Famurs<br />

para o projeto. O esforço principal pensado desde o início do projeto<br />

foi de democratizar o processo de coleta de informações para que este<br />

acontecesse fundamentalmente de forma aberta, participativa e inclusiva,<br />

impulsionado por um debate positivo, transparente e um intercâmbio<br />

de conhecimento e experiências que trouxesse a perspectiva e o entendimento<br />

dos prefeitos sobre o desenvolvimento do Estado, mas que<br />

também envolvesse governos, instituições educacionais, organizações<br />

comunitárias e a sociedade civil.<br />

O projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> se estruturou a partir de dois fóruns de troca de<br />

ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e<br />

Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade<br />

por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar<br />

abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente<br />

uma visão de prioridade para o Estado.<br />

A fim de complementar o amplo escopo e tópicos que foram apresentados<br />

nas Perspectivas Regionais como um grande laboratório de pensamento<br />

sobre o Estado, as reuniões das Perspectivas Temáticas trouxeram<br />

especialistas para debater e se concentrar em um foco mais específico<br />

de questões-chave sobre temas como Infraestrutura, Desenvolvimento<br />

Econômico, Gestão e Finanças, Demografia, Segurança, Saúde e Educação,<br />

sendo uma grande oportunidade para explorar novas ideias,<br />

abordagens diferentes e inovadoras com mais profundidade e detalhe,<br />

surgindo a partir daí recomendações práticas em relação a temas importantes<br />

e possibilidades de políticas público-privadas para o Estado.<br />

Neste documento se é capaz de obter uma imagem abrangente do<br />

que foi debatido e, portanto, definir mais claramente uma visão compartilhada<br />

até <strong>2030</strong>. Em outras palavras, ao sabermos onde estamos, podemos<br />

determinar onde precisamos ir e como podemos chegar lá. O que<br />

se espera? Um Estado que facilite as condições para uma expressão humana<br />

vibrante, com conhecimento, interação e governança? Um Estado<br />

que se comprometa com uma gestão responsável de seus recursos e de<br />

seu futuro?<br />

Traçar um caminho para o futuro do Rio Grande do Sul e suas cidades<br />

é uma perspectiva desafiadora, considerando que são ecossistemas<br />

complexos, espaços compartilhados para que cada um de nós possa encontrar<br />

o nosso próprio caminho. Este documento reflete um trabalho<br />

realizado com o princípio da estreita colaboração.<br />

Nossa tarefa foi encorajar a proposição de ações e assegurar que este<br />

documento reflita uma expressão autêntica das ideias, preocupações<br />

e aspirações coletivas para o futuro do Estado. Nosso objetivo foi fazer<br />

uma análise cruzada de todas as contribuições para identificar resultados<br />

factíveis e exequíveis até <strong>2030</strong> e que possibilitassem criar convergência<br />

em torno de mudanças e evoluções sustentáveis e implementáveis no<br />

contexto atual e futuro do Estado.<br />

Muitos dos convidados aceitaram o convite de participar e construir<br />

um debate com amplitude e diversidade. Este documento resume o<br />

resultado de um processo de consulta durante dois anos. A opção de<br />

formulação pela objetividade visa preservar ao máximo a fidelidade aos<br />

pontos de vista exprimidos, ao mesmo tempo em que se tem um documento<br />

voltado à ação prática e atuação convergente de governos e<br />

organizações do setor privado em torno de causas comuns e prementes,<br />

bem como pontos escaláveis e práticos de estratégia de ação como resultado<br />

final.<br />

Acreditamos e valorizamos os vários esforços de diagnóstico que precederam<br />

este projeto e continuam a ser realizados no Rio Grande do Sul.<br />

Sem o legado de inúmeros estudos sobre o desenvolvimento do Estado<br />

seria impossível termos a massa crítica e o grau de envolvimento em torno<br />

de questões fundamentais que temos hoje. A visão de coordenação<br />

regional deve-se, em boa parte, aos diagnósticos e atuação dos CORE-<br />

DEs, em muitas regiões com um alto grau de envolvimento. A evolução<br />

do debate na sociedade tem seu crédito em boa parte pelo esforço de<br />

iniciativas como a Agenda 2020, assim como o levantamento de informações,<br />

e análise de projetos governamentais como a Agenda <strong>2030</strong> de<br />

Desenvolvimento Territorial do governo do Estado, e anteriormente projetos<br />

como o Rumos 2015, parte de um movimento de “reformar o Rio<br />

Grande” que começou a se expressar em termos de formulação com o<br />

Plano Sayad, de 1988/1989.<br />

Esperamos, dessa forma, contribuir para que o estado do Rio Grande<br />

do Sul construa uma trajetória diversa de décadas anteriores. Que 2017 a<br />

<strong>2030</strong> seja um período de evolução, convergência e prosperidade.<br />

Gustavo Grisa<br />

Coordenador Técnico<br />

Renata de Carvalho Rodrigues<br />

Gestora e Editora de Conteúdo<br />

17<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Sumário<br />

20<br />

30<br />

32<br />

35<br />

40<br />

60<br />

104<br />

Metodologia<br />

<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> em Números<br />

O Poder das Cidades x a Realidade das Cidades Gaúchas<br />

Perspectivas Regionais<br />

Linhas Convergentes<br />

Resumo dos Encontros de Perspectivas Regionais<br />

Agradecimentos<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

18 19<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

1. METODOLOGIA<br />

Princípios<br />

O princípio metodológico e o objetivo a ser atingido com o resultado<br />

das contribuições dos participantes e da análise técnica dentro do processo<br />

do projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> é a melhor convergência possível entre uma<br />

visão múltipla, plural, integrada a questões locais, regionais, nacionais e<br />

à lógica global.<br />

O princípio da total abertura dos 417 depoimentos para o Estado do<br />

Rio Grande do Sul apontados e registrados contou com a livre construção<br />

e agregação de contribuições para assegurar a multiplicidade de pontos<br />

de vista e particularidades que compõem a realidade do Rio Grande do<br />

Sul. Não houve sugestão de conteúdo, ou texto-base para aprovação ou<br />

revisão pelos participantes.<br />

O desafio da convergência é colocar essa multiplicidade<br />

de realidades e prioridades dentro de<br />

políticas convergentes, entendendo que os recursos<br />

e o tempo de implementação são<br />

finitos, e a construção de soluções<br />

reais, em outra dimensão daquela<br />

que permite o diagnóstico e do<br />

planejamento, deve contemplar<br />

a escolha de caminhos em detrimento<br />

de outros.<br />

Etapas do projeto<br />

Amplitude<br />

geográfica<br />

Amplitude<br />

das<br />

soluções<br />

Recursos<br />

mobilizáveis<br />

O Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> expressa as perspectivas<br />

regionais e temáticas do estado do Rio Grande do<br />

Sul para <strong>2030</strong>, no sentido de não ser apenas uma força<br />

reativa, mas um diálogo e debate sobre preocupações<br />

e prioridades ao desenvolver uma agenda que inclui desde os governos<br />

locais a lideranças regionais, metrópoles e municípios pequenos, cidades<br />

com perfil comercial, industrial e agrícola.<br />

A partir das perspectivas, o debate foi além da rede de prefeitos e gestores<br />

municipais que fazem parte do universo da Famurs, porque é vital<br />

identificar mensagens compartilhadas e construir alianças estratégicas<br />

com outras partes interessadas, a fim de maximizar ideias e ações.<br />

O debate, organizado entre 2015 e 2017, reuniu representantes de grande<br />

parte das cidades do estado do Rio Grande do Sul, promovendo assim<br />

uma abordagem local à agenda do desenvolvimento, dando atenção e visibilidade<br />

às cidades, e uma visão das ligações urbano-rurais e particularidades<br />

do Rio Grande do Sul. O Estado apresenta forte ancoragem cultural<br />

e econômica do meio rural, por isso considerou-se também as vozes deste<br />

grande grupo, para ser melhor identificado e acolhido. O universo das pequenas<br />

cidades foi fortemente considerado, assim como as visões específicas<br />

sobre o desenvolvimento de seus territórios. Nesse contexto, está a raiz<br />

de uma política alternativa em termos demográficos para o Estado.<br />

Modernidade<br />

técnica<br />

20 21<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


FREDERICO WESTPHALEN<br />

TRÊS<br />

DE<br />

MAIO<br />

PALMEIRA<br />

DAS<br />

MISSÕES<br />

IJUÍ<br />

PASSO<br />

FUNDO<br />

ESPUMOSO<br />

GUAPORÉ<br />

ENCANTADO<br />

CAXIAS<br />

DO SUL<br />

SANTA<br />

MARIA<br />

SANTA<br />

CRUZ<br />

DO SUL<br />

GRAMADO<br />

TAQUARA<br />

OSÓRIO<br />

ROSÁRIO DO SUL<br />

SÃO<br />

GABRIEL<br />

ESTEIO<br />

BAGÉ<br />

PIRATINI<br />

PELOTAS<br />

Municípios Participantes<br />

Cidades-Sede das<br />

Perspectivas Regionais<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

22 23<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


2015 Perspectivas Regionais<br />

Perspectivas Temáticas<br />

Setembro de 2015 a Maio de 2017<br />

1ª Fase<br />

. Esteio (Lançamento)<br />

. Bagé (Região Campanha)<br />

. Santa Cruz do Sul (Região Vale do Rio Pardo)<br />

. Rosário do Sul (Região Fronteira Oeste)<br />

. Santa Maria (Região Central)<br />

. Frederico Westphalen (Região Médio Alto Uruguai)<br />

. Passo Fundo (Região Produção)<br />

. Caxias do Sul (Região Serra)<br />

. Taquara (Região Paranhana - Encosta da Serra)<br />

. Ijuí (Região Noroeste Colonial)<br />

. Pelotas (Região Sul)<br />

2ª Fase<br />

. Osório (Região Litoral)<br />

. Três de Maio (Região Fronteira Noroeste)<br />

. Espumoso (Região Alto da Serra do Botucaraí)<br />

. Palmeira das Missões (Região Rio da Várzea)<br />

. Encantado (Região Vale do Taquari)<br />

. São Gabriel (Região Fronteira Oeste)<br />

. Guaporé (Região Serra)<br />

. Gramado (Região Hortênsias)<br />

. Piratini (Região Sul)<br />

Novembro e Dezembro de 2015 (1ª Fase),<br />

Maio e Junho de 2017 (2ª Fase)<br />

1ª Fase<br />

. Infraestrutura – Estradas, Portos e Aeroportos + Energia e Comunicações<br />

– 17/11<br />

. Desenvolvimento – Política Industrial, Polos Tecnológicos, Atração<br />

Descentralizada de Investimentos e Turismo – 24/11<br />

. Gestão Pública e Finanças – Reforma do Estado, Pacto Federativo,<br />

Dívida Pública e Previdência. – 01/12<br />

. Agricultura Familiar e Demografia – 18/12<br />

2ª Fase<br />

. Segurança Pública – 17/05<br />

. Educação e Conhecimento –05/06<br />

. Saúde-05/06<br />

2017


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

26<br />

27<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Relação entre Perspectivas Regionais,<br />

Temáticas e Linhas Convergentes<br />

Perspectivas<br />

Regionais<br />

Perspectivas<br />

Temáticas<br />

Linhas<br />

Convergentes<br />

O resultado do processo de análise do conteúdo obtido a partir das<br />

contribuições dos encontros de Perspectivas Regionais e de Perspectivas<br />

Temáticas são as Linhas Convergentes, que são as 4 Linhas Convergentes<br />

(Inovar e Reformar as Instituições, Conectar e Integrar Regiões e Territórios,<br />

Impulsionar a Resiliência e Mudar Pensamento e Comportamento)<br />

que trazem 10 estratégias cada uma, totalizando as 40 estratégias que<br />

resumem um conjunto de implementações institucionais e prioridades<br />

que têm potencial de destravar o processo de desenvolvimento do Rio<br />

Grande do Sul.<br />

Os convidados, com suas contribuições individuais, trabalharam juntos<br />

ao identificarem as prioridades e estratégias que cada cidade e região<br />

devem buscar para contribuir, até <strong>2030</strong>, com o desenvolvimento<br />

do Rio Grande do Sul, sugeriram políticas que podem ajudar a tornar<br />

realidade essas prioridades, exemplificando como podem ser implementadas<br />

na prática.<br />

Neste documento estão os resultados e conclusões do debate, a partir<br />

da análise das diferenças e semelhanças entre as diversas agendas apresentadas<br />

e os fios transversais aos principais tópicos e questões debatidas.<br />

O tempo do desenvolvimento<br />

O projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> foi proposto, e está sendo elaborado com o objetivo<br />

de colocar propostas e iniciativas para o Estado entre 2017 e <strong>2030</strong>.<br />

Portanto, este seria o tempo de implementação, e esse é o conceito para<br />

cada uma das estratégias sugeridas neste documento. Já são conhecidos<br />

vários exemplos de Estados e regiões que se posicionaram estrategicamente<br />

a partir do esforço de uma ou duas décadas. Se considerarmos<br />

o tempo entre o Plano Sayad, de 1989, e o tempo atual, são 28 anos de<br />

formulação de vários projetos nesse sentido, com bons diagnósticos e<br />

baixo resultado de implementação. O <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> está focado na implementação<br />

de quatro grandes linhas convergentes para o Estado.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Contribuidores<br />

O Estado deve ser pensado como um sistema de atores interligados,<br />

pois estes serão os responsáveis pela execução de qualquer estratégia<br />

formulada. Se existe um sistema, há uma conexão, e cada ator traz algo<br />

que pode contribuir para essa visão de mosaico que compõe o <strong>RS</strong> e suas<br />

prioridades.<br />

Nesse sentido de cooperação e integração, a Famurs organizou o processo<br />

de participação no projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>. Os convidados foram selecionados<br />

com base em sua experiência e conhecimento, que pensassem a<br />

sua cidade e o Estado como um todo e pela capacidade de contribuir<br />

para um debate dinâmico e aberto. A Famurs também procurou assegurar<br />

sempre a participação local e regional, legitimada a partir dos prefeitos<br />

municipais.<br />

O grupo final foi formado por 1.535 participantes, incluindo gestores<br />

municipais eleitos, gestores estaduais, profissionais e acadêmicos de<br />

destaque e representantes da sociedade civil.<br />

28 29<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


2.<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> EM NÚMEROS<br />

20 7<br />

23 326<br />

ENCONTROS<br />

DE PE<strong>RS</strong>PECTIVAS<br />

REGIONAIS<br />

ENCONTROS<br />

DE PE<strong>RS</strong>PECTIVAS<br />

TEMÁTICAS<br />

COREDEs<br />

PARTICIPANTES<br />

SECRETÁRIOS<br />

E GESTORES<br />

MUNICIPAIS<br />

1.535 278 *<br />

PARTICIPANTES<br />

NOS ENCONTROS<br />

CIDADES<br />

PRESENTES NAS<br />

DUAS FASES<br />

DO PROJETO<br />

187 120<br />

REPRESENTANTES<br />

DA SOCIEDADE<br />

CIVIL<br />

PROFISSIONAIS<br />

ESPECIALISTAS,<br />

PESQUISADORES<br />

E ACADÊMICOS<br />

277 5<br />

PREFEITOS E<br />

VICE-PREFEITOS<br />

PRESENTES<br />

REITORES DE<br />

UNIVE<strong>RS</strong>IDADES<br />

417<br />

CONTRIBUIÇÕES<br />

GRAVADAS E<br />

ANALISADAS<br />

*278 municípios diferentes: 159 municípios na 1ª fase e 162 na 2ª fase.<br />

31<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


O mundo está na continuidade de um processo radical de mudança<br />

da população do campo para a cidade. A urbanização vem emergindo há<br />

algum tempo; hoje vivemos em um mundo urbano.<br />

Esse processo, amadurecido, acarreta duas questões fundamentais<br />

quando tratamos do Rio Grande do Sul:<br />

1.<br />

O impacto econômico, uma vez que a estabilidade do sistema<br />

econômico depende de uma base agrícola na maior parte do<br />

seu território;<br />

2.<br />

O impacto cultural e demográfico, pois a desagregação do<br />

modelo social-cultural baseado na produção e no modelo de<br />

vida comunitário e urbano passa por várias mudanças.<br />

O grande desafio, que já se sobrepõe há décadas, mas que hoje se<br />

coloca em um ponto agudo, é como inserir as cidades em um processo<br />

realista de desenvolvimento em meio a essa mudança:<br />

3. O PODER DAS CIDADES X<br />

A REALIDADE DAS CIDADES<br />

GAÚCHAS<br />

Migração de cidades e áreas rurais<br />

alimentando a expansão da periferia<br />

de região metropolitana e cidades<br />

polo na região leste do Estado<br />

Cidades em áreas típicas de produção<br />

que não sofrem redução populacional,<br />

mas se deparam com o problema<br />

da falta de sucessão familiar e desvocacionamento<br />

do trabalho agrícola<br />

Uma estratégia convergente e<br />

implementável a nível local<br />

O problema do pacto federativo<br />

no Brasil, com aumento de responsabilidades<br />

no município, e sem<br />

contrapartidas em proporção<br />

As cidades médias, metropolitanas e<br />

polos regionais, que sofrem com aumento<br />

da população em sua periferia,<br />

demandando mais serviços públicos,<br />

sem recursos em contrapartida<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Os cidadãos esperam resultados concretos a nível local, resultados<br />

que refletem na sua cidade. Mas existem obstáculos como o vácuo de<br />

responsabilidades e capacidade para lidar com problemas, e sistema de<br />

financiamento inadequado.<br />

A colaboração regional - interlocal ou intermunicipal - e o trabalho em<br />

rede multinível podem ser uma solução. É importante colaborar interlocalmente<br />

para superar a falta de capacidade, competências e financiamento,<br />

uma realidade presente nos pequenos municípios.<br />

A implementação local é fundamental para o desenvolvimento de<br />

boas políticas locais e para fazê-las funcionar. A capacidade de implementar<br />

políticas diretamente e com proximidade é o principal trunfo.<br />

32 33<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Por essa razão, o modelo unipolar, estilo província, em que existe a capital<br />

e as demais unidades, se mostra totalmente superado para o caso de<br />

estados como o Rio Grande do Sul.<br />

A implementação efetiva de políticas de interesse público só funciona<br />

se a identidade, cultura e contexto locais forem levados em conta. Uma<br />

das linhas convergentes do projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> é propor uma solução para<br />

esse desafio do Estado.<br />

Foco no potencial dos governos das cidades<br />

O papel das cidades na identificação de problemas e soluções é vital.<br />

As cidades são espaços de inovação, criatividade e transformação para<br />

melhorar a qualidade de vida e promover novos modelos econômicos.<br />

Como construir um Estado com cidades integradas? Uma das alternativas<br />

é a partir de uma liderança democrática, com diálogo e mecanismos<br />

participativos transparentes, com responsabilidade e acompanhamento<br />

dos cidadãos. E os governos locais tem uma grande responsabilidade<br />

na criação desses espaços de diálogo, bem como definir e sincronizar a<br />

agenda política.<br />

Para responder à crise de legitimidade e de confiança, é necessário um<br />

processo de regeneração e renovação das bases para o centro do sistema<br />

político. Para isso, o surgimento e fortalecimento de lideranças que<br />

entendam o real problema das cidades, como escassez, e questões como<br />

gestão, economia e priorização, é fundamental. Para isso, deve-se atentar<br />

para o fortalecimento da governança local-regional e o investimento<br />

em melhoria de capacidade dos governos locais.<br />

4. PE<strong>RS</strong>PECTIVAS REGIONAIS<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

34


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

<strong>RS</strong> hoje<br />

Unipolar e<br />

polaridades não<br />

integradas<br />

Porto<br />

Alegre<br />

<strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

Multipolar<br />

e integrado<br />

As Perspectivas Regionais do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> partem de uma abordagem diversa<br />

da comumente trabalhada no planejamento público. A questão regional<br />

não é abordada como uma perspectiva de assuntos de interior, de<br />

infraestrutura, mas sim no centro da estratégia.<br />

As políticas públicas do Rio Grande do Sul historicamente foram unicêntricas,<br />

ou seja, construídas a partir da capital e da Região Metropolitana,<br />

e trabalhadas sobre agregados setoriais ou por região de influência<br />

de obras de infraestrutura.<br />

Apesar do regionalismo e da noção de planejamento regional já estarem<br />

presentes na esfera governamental do Rio Grande do Sul desde<br />

a década de 1990, principalmente a partir da criação dos COREDEs, até<br />

hoje não foi aperfeiçoado um modelo institucional executivo que realmente<br />

alavancasse soluções para as prioridades das diferentes regiões<br />

do Rio Grande do Sul, sendo que em alguns casos estas prioridades vêm<br />

de décadas e não possuem uma necessidade de investimento extremamente<br />

elevada.<br />

A economia do Estado é formada por diversos sistemas produtivos<br />

que precisam ser considerados de forma sistêmica, e não como elos isolados,<br />

envolvidos em um modelo econômico “genérico”.<br />

Para isso, devem ser consideradas a eficiência e a montagem de condições<br />

para o modelo armazenamento-logística de distribuição-comercialização<br />

à maioria dos sistemas produtivos, sejam os de baixa quanto<br />

os de alta complexidade.<br />

Um sistema regional para o Rio Grande do Sul precisa atender, e ter<br />

condições de enfrentar e conviver, os contrapontos e as dualidades existentes<br />

no Estado, em todas as regiões:<br />

Porto<br />

Alegre<br />

Singularidades e<br />

Multiplicidades<br />

Muitas regiões do Estado têm situações e<br />

prioridades bastante comuns. Com pequenas<br />

variações, fazem parte do mesmo sistema,<br />

e podem ter soluções convergentes. Esse<br />

é o aspecto principalmente dos temas ligados<br />

à infraestrutura e organização da gestão. No<br />

entanto, as multiplicidades e especialmente<br />

as singularidades devem ser levadas em conta<br />

– as diversidades geográficas, culturais e até<br />

mesmo climáticas.<br />

Tradição e Valores<br />

Uma das grandes crises não-explicitadas no<br />

Rio Grande do Sul de hoje é o conflito entre<br />

valores tradicionais e a contemporaneidade, a<br />

globalização. Parece existir um mito no conflito<br />

que é mundial, mas que é enfrentado com inteligência<br />

em outros locais. A forma de manutenção<br />

de valores tradicionais é inseri-los em uma<br />

visão contemporânea. A prosperidade torna a<br />

tradição e valores visíveis e fortalecidos, o empobrecimento<br />

e esvaziamento leva à sua marginalização.<br />

É preciso que a sociedade gaúcha<br />

entenda que não há conflito entre as oportunidades<br />

da contemporaneidade e as tradições<br />

e valores das diversas culturas e sagas que<br />

construíram a história e a estrutura do Estado.<br />

A contemporaneidade é revisitar a tradição e<br />

valores, dar a eles releitura e uma contextualização,<br />

valorizando as singularidades existentes<br />

no Rio Grande do Sul.<br />

História e<br />

Gradualismo<br />

Afinidades<br />

Contemporaneidade<br />

Inovação e<br />

Expertise Técnica<br />

Na prática, o conflito entre tradição e contemporaneidade<br />

se reflete na antiga resistência<br />

à mudança de alguns segmentos do Rio<br />

Grande do Sul. Podemos, a partir dos depoi-<br />

mentos e prioridades elencadas, afirmar que a<br />

fase do triunfalismo, da negação da crise, da afirmação<br />

da tradição, é passada. Hoje é majoritária<br />

uma fase posterior, em que convive uma certa<br />

perplexidade diante de um quadro de estagnação<br />

consolidado e o apontamento de caminhos<br />

e uma preparação maior para um momento de<br />

reação, ao se estar mais aberto à inovação e à<br />

expertise técnica. O uso das melhores técnicas<br />

e a inovação são fundamentais na construção<br />

das estratégias para o Estado, tendo em vista a<br />

necessidade imperativa de queimar etapas, de<br />

passar-se para soluções contemporâneas sobre<br />

problemas tradicionais. Uma das grandes vantagens<br />

da não-implementação de mudanças institucionais<br />

de maior impacto no <strong>RS</strong> nas últimas<br />

décadas é que estas tiveram a oportunidade de<br />

ser testadas em outros Estados, e regiões. Há um<br />

aprendizado que deve ser aproveitado. A mudança<br />

gradual e incremental, em muitos casos,<br />

não é mais possível, sequer recomendável.<br />

36 37<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Análise dos resultados das prioridades<br />

apontadas nas Perspectivas Temáticas<br />

Assuntos prioritários nos encontros de Perspectivas<br />

Regionais - 2ª Fase (2017)<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

A análise dos temas levantados como prioritários nas etapas de Perspectivas<br />

Regionais dá um indicativo claro dos eixos prioritários de ações<br />

que envolvem todas as regiões. Ao mesmo tempo, indica preocupações<br />

específicas e estratégias que devem ser implementadas no âmbito regional.<br />

Se compararmos o quadro das prioridades colocadas na 1ª fase<br />

do projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, com um conjunto de encontros realizados no último<br />

trimestre do ano de 2015, com os encontros realizados entre março e<br />

maio de 2017, na 2ª fase, percebemos que itens transversais a todas as<br />

regiões como saúde e segurança pública subiram muito em prioridade.<br />

Da mesma forma, a busca de um melhor sistema de coordenação de recursos<br />

no nível estadual e local, expressos pelas manifestações acerca do<br />

Pacto Federativo. Essas situações foram consideradas nas Perspectivas<br />

Temáticas, para aprofundar a análise de alguns itens e nas Linhas Convergentes.<br />

Os quadros abaixo permitem uma visão dos assuntos principais abordados<br />

nas contribuições das Perspectivas Regionais, na 1ª. Fase (2015) e<br />

2ª. Fase (2017).<br />

Assuntos prioritários nos encontros de Perspectivas<br />

Regionais - 1ª Fase (2015)<br />

Saúde<br />

Educação<br />

Segurança Pública<br />

Estradas - Eixos+Acesso Asfáltico+Pontes<br />

Aeroporto<br />

Hidrovias<br />

Energia de qualidade+trifásica<br />

Internet<br />

Jovem no Campo<br />

Sucessão Familiar<br />

Agronegócio<br />

Qualidade Emprego<br />

Apoio a universidades regionais<br />

Turismo<br />

Diversificação da produção<br />

Empreendedorismo<br />

Ferrovia<br />

Faixa de Fronteira<br />

Industrialização<br />

Redimensionar equipamentos + Consórcios<br />

Regionalização do licenciamento ambiental<br />

Regionalização de PPPs<br />

Energia sustentável<br />

Plano integrado de saneamento<br />

Trem de passageiros<br />

Atenção às bacias hidrográficas<br />

Sazonalidade de atividades<br />

Pacto Federativo<br />

Bagé<br />

Santa<br />

Cruz<br />

Rosário<br />

do Sul<br />

Santa<br />

Maria<br />

Frederico<br />

Westphalen<br />

Passo<br />

Fundo<br />

Caxias<br />

do Sul<br />

Taquara Ijuí Pelotas<br />

Saúde<br />

Educação<br />

Segurança Pública<br />

Estradas - Eixos+Acesso Asfáltico+Pontes<br />

Aeroporto<br />

Hidrovias<br />

Energia de qualidade+trifásica<br />

Internet<br />

Jovem no Campo<br />

Sucessão Familiar<br />

Agronegócio<br />

Qualidade Emprego<br />

Apoio a universidades regionais<br />

Turismo<br />

Diversificação da produção<br />

Empreendedorismo<br />

Ferrovia<br />

Faixa de Fronteira<br />

Industrialização<br />

Redimensionar equipamentos + Consórcios<br />

Regionalização do licenciamento ambiental<br />

Regionalização de PPPs<br />

Energia sustentável<br />

Plano integrado de saneamento<br />

Trem de passageiros<br />

Atenção às bacias hidrográficas<br />

Sazonalidade de atividades<br />

Pacto Federativo<br />

38 39<br />

Osório<br />

Três de<br />

Maio<br />

Espumoso<br />

Palmeira<br />

das<br />

Missões<br />

Encantado<br />

São<br />

Gabriel<br />

Guaporé Gramado Piratini<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


As linhas convergentes são os quatro conjuntos de estratégias articuladas<br />

que devem ser priorizadas e viabilizadas no Estado do Rio Grande<br />

do Sul de forma a criar um efeito catalisador sobre as prioridades para o<br />

Estado: a partir dessas linhas, das evoluções institucionais, renovações<br />

e alterações de política, se consegue influenciar um grande número de<br />

variáveis e ações encadeadas que “destravam” o Estado do Rio Grande do<br />

Sul e invertem a sua dinâmica, de um processo de retroalimentação de<br />

deterioração competitiva e socioeconômica relativa para um processo<br />

gradativo de recuperação econômica, institucional e social.<br />

5. LINHAS CONVERGENTES<br />

INOVAR E REFORMAR<br />

AS INSTITUIÇÕES<br />

Criar condições legais e<br />

políticas para reformar o<br />

Estado, padrões de gestão<br />

e estimular economia mais<br />

competitiva<br />

10 Estratégias<br />

IMPULSIONAR A<br />

RESILIÊNCIA<br />

Manter qualidade de vida,<br />

sustentabilidade e equilíbrio<br />

social<br />

10 Estratégias<br />

<strong>RS</strong><br />

<strong>2030</strong><br />

CONECTAR E INTEGRAR<br />

REGIÕES E TERRITÓRIOS<br />

Integrar, priorizar<br />

infraestrutura, reduzir<br />

disparidades regionais<br />

10 Estratégias<br />

MUDAR<br />

PENSAMENTO E<br />

COMPORTAMENTO<br />

Fomentar empreendedorismo,<br />

educação de qualidade, adoção de<br />

tecnologia, tendências; incorporar<br />

mudanças culturais do século XXI<br />

10 Estratégias<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

40 41<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Linha Convergente<br />

1. Inovar e Reformar as<br />

Instituições<br />

2. Conectar e Integrar<br />

Regiões e Territórios<br />

3. Impulsionar a Resiliência<br />

4. Mudar Pensamento<br />

e Comportamento<br />

Linhas Convergentes x Princípios x Blocos de<br />

Estratégias para o Estado<br />

Princípio<br />

A renovação institucional se apropria<br />

dos avanços das últimas três<br />

décadas em organização do Estado,<br />

legislação e regulação para gerar<br />

mais eficiência à economia e na<br />

alocação dos recursos públicos.<br />

Desencadear o processo de execução<br />

de interligações físicas e de redes<br />

prioritárias, reduzindo o déficit<br />

de infraestrutura e melhorando as<br />

condições internas de integração<br />

do Estado, com o Brasil e Exterior.<br />

Manter o arranjo social, econômico<br />

e cultural que estruturou e formou<br />

o Estado, os sistemas de saúde e<br />

segurança em funcionamento, preparando-se<br />

melhor para mudanças<br />

e assegurando qualidade de vida à<br />

população e sustentabilidade social,<br />

econômica (nas atividades tradicionais)<br />

e ambiental.<br />

Criar condições sociais e culturais<br />

para um novo momento dinâmico<br />

do <strong>RS</strong>, a partir de uma mudança<br />

de pensamento e comportamento<br />

mais empreendedor, engajado,<br />

conectado e incorporado a novas<br />

tendências. Tornar o <strong>RS</strong>, até <strong>2030</strong>, o<br />

estado mais inovador do Brasil.<br />

Blocos de Estratégias<br />

Reestruturação financeira, de gestão<br />

e da estrutura de responsabilidades.<br />

Estímulo ao reequilíbrio econômico,<br />

polos de desenvolvimento e<br />

sistemas de produção.<br />

Governança regional coordenada<br />

e avanços na relação federativa.<br />

Desenvolvimento da infraestrutura<br />

logística intermodal.<br />

Garantia de energia elétrica de<br />

qualidade, de fontes diversificadas;<br />

assegurar conectividade e comunicações<br />

para todo o Estado.<br />

Oferta de saúde resolutiva com<br />

cobertura em todo o Estado.<br />

Coordenação das ações em segurança<br />

pública.<br />

Programa de estímulo ao empreendedorismo<br />

rural.<br />

Nova política e organização ambiental<br />

e social.<br />

Educação de qualidade com estruturação<br />

de modelo de regime de<br />

colaboração<br />

Estímulo à inovação, criatividade e<br />

empreendedorismo.<br />

Aumento do Acesso Tecnológico e<br />

Internacionalização.<br />

Comunidades Sustentáveis e Novas<br />

Lideranças.<br />

A configuração da estratégia a partir de linhas, e não a partir de uma estrutura<br />

temática tradicional, é resultante de duas condicionantes, vastamente<br />

documentadas por diagnósticos e através das próprias prioridades regionais<br />

e temáticas identificadas no processo do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>: em primeiro lugar, o processo<br />

de execução das estratégias é limitado pela escassez de recursos e tempo;<br />

em segundo lugar, sua execução somente é possível a partir de um processo<br />

coordenado entre Governo Estadual, governos municipais, iniciativa privada<br />

e a União a partir de uma pactuação em torno de princípios mínimos e comuns.<br />

Por essa razão, o <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> parte da premissa da participação primordial<br />

dos agentes políticos no apontamento das prioridades.<br />

Ao se “destravar” vetores representados pelas linhas convergentes e seus<br />

investimentos prioritários, se cria condição para melhoria gradual e inovações<br />

em todas as áreas temáticas.<br />

Linha Convergente 1<br />

Inovar e Reformar as Instituições<br />

A inovação institucional é uma forma da sociedade reciclar a sua forma<br />

de organização de modo a absorver as atualizações temáticas e possibilitar<br />

a atração de novos fluxos financeiros, de conhecimento ou pessoas<br />

com base em evoluções na regulação e organização do Estado e da<br />

forma como este se relaciona com a sociedade e a iniciativa privada.<br />

No caso do Rio Grande do Sul, a sua organização institucional data de<br />

arranjos que variam da década de 1920 até meados dos anos 1980, com<br />

poucos adendos de evolução institucional desde então. As principais<br />

evoluções institucionais do Rio Grande do Sul foram de ordem deliberativa,<br />

e não de configuração executiva. As parcerias público-privadas,<br />

organizações com maior agilidade, consórcios, além de uma reconfiguração<br />

funcional foram raramente propostas na história do Estado, mesmo<br />

diante de um quadro permanente de crise financeira desde o final<br />

dos anos 1970.<br />

Sem dúvida a prioridade é desmontar a equação negativa do efeito<br />

retroalimentante de um Estado financeiramente inviável contaminando<br />

a economia com fragilidade; e uma economia fragilizada não tendo mais<br />

condição de sustentar os custos crescentes de uma estrutura forjada<br />

para outras proporções. Esse processo se realimentou e continua a se<br />

realimentar com intensidade nos últimos 40 anos, e precisa ser prioritariamente<br />

desativado.<br />

Estado mais<br />

inviável<br />

Economia<br />

mais frágil<br />

E a receita para gradativamente se desativar essa relação é a inovação<br />

institucional com reforma do Estado a partir de bases pactuadas.<br />

O Rio Grande do Sul é hoje o estado da União com pior situação financeira,<br />

de acordo com o ranking da FIRJAN (2016). Talvez não o seja do<br />

ponto de vista organizacional, mas está no grupo dos mais atrasados. O<br />

tamanho do Estado em proporção à sua economia é o maior do Brasil,<br />

junto com o estado de Minas Gerais.<br />

Analisando o orçamento do estado do Rio Grande do Sul do ano de<br />

2017, esse é de R$ 63,4 bilhões. Ou seja, 15,5% do PIB do Estado se considerarmos<br />

o PIB de 2016 do Estado ca lculado pela Fundação de Economia<br />

e Estatística (R$ 410,3 bilhões).<br />

42 43<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Orçamento do Estado/PIB*<br />

SP<br />

10,2%<br />

uma situação estrutural: a dificuldade em implementar e coordenar essa<br />

renovação institucional em um ambiente democrático e plural, e em engajar<br />

os atores políticos e econômicos nesse esforço.<br />

PR<br />

SC<br />

9,9%<br />

14,8%<br />

Menor capacidade de investimento estadual do Brasil<br />

precisa ser revertida<br />

6,47<br />

RJ<br />

<strong>RS</strong><br />

Fonte: Orçamento dos Estados, IBGE e FEE (2016).<br />

Obs. PIB SC, PR, SP estimados com valores atualizados da base 2014 (último dado IBGE)<br />

Na comparação com os outros Estados da Região Sul, Santa Catarina<br />

e Paraná, e também com Rio de Janeiro e São Paulo, o <strong>RS</strong> tem uma taxa<br />

de orçamento do Estado/PIB significativamente mais alta. Ou seja, proporcionalmente<br />

o estado do Rio Grande do Sul dispende R$ 1,00 a cada<br />

R$ 6,47 produzido pelo Estado, enquanto que no Paraná essa relação é<br />

de R$ 1,00/6,77, e em Santa Catarina ela chega a R$ 1,00/10,15. Se tomarmos<br />

como exemplo São Paulo, o maior estado da Federação, a sua<br />

relação também é acima de 1/9, assim como o Rio de Janeiro, um estado<br />

com recentes problemas financeiros graves, como o <strong>RS</strong>, porém em situação<br />

quantitativa menos comprometida.<br />

Gráfico Comparativo<br />

Orçamento do Estado do <strong>RS</strong> consome 1,00 a cada R$ 6,47 produzidos no Estado<br />

10,15<br />

6,77<br />

9,84<br />

10,6%<br />

9,42<br />

15,5%<br />

Em termos de produtividade e desenvolvimento socioeconômico, a<br />

variável mais perversa é a quase aniquilação da capacidade de investimentos<br />

do governo do Estado. Em termos estratégicos, de todas as variáveis<br />

de recuperação financeira, a volta da capacidade de investir por<br />

parte do Estado ou por parcerias proporcionadas pelo Estado é a principal<br />

prioridade.<br />

A quase aniquilação da capacidade de investimento do governo do<br />

Estado é possivelmente a mais comprometedora variável à produtividade<br />

e desenvolvimento socioeconômico dos anos que virão. Estrategicamente,<br />

a recuperação da capacidade de investir do Estado, diretamente<br />

ou por meio de parcerias, é o resultado financeiro mais importante.<br />

Investimentos como % da Receita Corrente Líquida -<br />

Governo do Estado 2016<br />

Média Brasil<br />

SP<br />

PR<br />

SC<br />

<strong>RS</strong><br />

1,8%<br />

4,0%<br />

5,0%<br />

5,3%<br />

8,0%<br />

Fonte: Relatório FIRJAN 2017<br />

<strong>RS</strong> SC PR SP RJ<br />

Investimentos do Governo do Estado como % do PIB<br />

2016<br />

1,84%<br />

Pode-se afirmar sem exagero, portanto, que o estado do <strong>RS</strong> possui<br />

uma das piores proporções “despesa-performance” em termos de tamanho<br />

de Estado/tamanho da economia no Brasil.<br />

0,25%<br />

0,62%<br />

0,55%<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Essa proporção se deve a vários fatores que vão além da simplicidade<br />

de uma forte convicção em uma estrutura de Estado abrangente e refratária<br />

a reformas, ou a uma simples escolha estratégica em apostar em um<br />

“Estado de bem-estar social” ou “Estado indutor” em décadas passadas.<br />

A situação atual do estado do Rio Grande do Sul é explicada por um<br />

estado permanente de “crise” financeira que se coloca desde o final da<br />

década de 1970, junto a um dilema de execução de como inserir a economia<br />

do Estado nas eras pós-industrial e de globalização.<br />

Exatamente por isso que se chega, após vários diagnósticos, depoimentos,<br />

tentativas e pelas próprias recomendações das perspectivas temáticas<br />

do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, a uma das razões do <strong>RS</strong> persistir no agravamento de<br />

<strong>RS</strong> SC PR SP<br />

Fonte: Estimativa Coordenação Técnica <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> sobre dados FIRJAN, Orçamentos dos Estados<br />

e IBGE.<br />

Se for considerado o nível de investimento ajustado à proporção da<br />

economia, temos uma medida exata desse impacto. Enquanto o Estado<br />

do <strong>RS</strong> investe apenas R$ 1,00 para cada R$ 397,47 produzidos por sua<br />

economia, Santa Catarina investe R$ 1,00 a cada R$ 161,41 produzidos.<br />

A primeira Linha Convergente identificada como prioridade pelo Projeto<br />

<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> para o <strong>RS</strong> é exatamente INOVAR E REFORMAR AS INSTITUI-<br />

ÇÕES. Essa abrange as seguintes estratégias:<br />

44 45<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Estratégia<br />

1.1 Recuperação da<br />

Capacidade de Investimento<br />

do Estado<br />

1.2 Estancamento do<br />

crescimento da despesa<br />

com pessoal inativo<br />

1.3 Reestruturação<br />

administrativa e<br />

dinamização organizacional<br />

Reestruturação Financeira, de Gestão e da<br />

Estrutura de Responsabilidades<br />

Implementação Institucional<br />

• Criação de Fundo para Investimentos no Futuro do <strong>RS</strong>, de forma a priorizar<br />

investimentos em prioridades e funções de alto valor agregado<br />

com reflexo no futuro de médio e longo prazo do Estado.<br />

• Destinação de receitas extraordinárias e originárias de ajuste e/ou<br />

negociação de patrimônio para Fundo de Investimentos em educação,<br />

ciência, tecnologia e produção de conhecimento.<br />

• Política de inteligência fiscal e uso de gatilhos, estimulando a produção<br />

econômica, o investimento e o equilíbrio da carga tributária.<br />

• Nova Lei de Responsabilidade de Pessoal, estabelecendo tetos para pagamento,<br />

limites e ajustes de acordo com as possibilidades das finanças<br />

do Estado.<br />

• Dinamização de empresa para gestão de ativos do Estado, utilizáveis<br />

para parceria, comercialização, permuta e incentivo na atração de investimentos.<br />

• Revisão geral das funções administrativas, ressignificação e reestruturação<br />

com base em melhores práticas, a realidade do Estado e a sua<br />

funcionalidade para o futuro.<br />

• Incorporação de características de transparência e compliance nas<br />

funções e processos públicos no Estado e estímulo à adoção em municípios,<br />

de forma a tornar mais acessíveis e simplificados os processos,<br />

reduzindo drasticamente a burocracia.<br />

Estímulo ao Reequilíbrio Econômico, Polos de<br />

Desenvolvimento e Sistemas de Produção<br />

A proposição dessa estratégia de natureza institucional traz a premissa<br />

de dois conceitos observados e explicitados durante as fases de<br />

Perspectivas Regionais e Temáticas do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>: um deles é o de Polos<br />

Regionais. A retomada de uma economia mais competitiva para o Rio<br />

Grande do Sul passa por um investimento prioritário e criação de condições<br />

sistêmicas para seus principais polos econômicos regionais. Os polos<br />

regionais são cidades que são capitais regionais, ou centros regionais<br />

que devem, cada vez mais, ganhar autonomia e sofisticação econômica.<br />

Entre essas, Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas-Rio Grande.<br />

A Região Metropolitana como um todo constitui um polo específico,<br />

onde deve-se priorizar as condições para a industrialização intensiva em<br />

tecnologia.<br />

A esses polos dinâmicos deve ser canalizada toda uma atenção que<br />

inclui, também, os aspectos de infraestrutura e conhecimento.<br />

Sistemas Regionais de Produção<br />

Outro conceito que é claro a partir de uma análise da estrutura econômica<br />

do Estado é que o <strong>RS</strong> encontra-se atualmente dependente de sistemas regionais<br />

de produção, que podem ser concentrados em uma ou mais atividades,<br />

ou diversificado. Esses sistemas funcionam e dependem basicamente da eficiência<br />

da logística, da disponibilidade de recursos humanos, bem como da<br />

disponibilidade de insumos, tecnologia e elementos para produção. São sistemas<br />

de produção como: a soja, a bacia leiteira, a indústria tradicional de alimentos,<br />

móveis e calçados, o setor metalmecânico.<br />

As melhores condições institucionais possíveis devem ser proporcionadas a<br />

esses sistemas, de forma a baixar os seus custos e torná-los mais competitivos.<br />

Estratégia<br />

1.4 Estímulo a polos<br />

regionais de desenvolvimento-<br />

descentralização<br />

econômica<br />

1.5 Priorização de<br />

infraestrutura e<br />

condições competitivas<br />

para sistemas de<br />

produção do agronegócio<br />

e indústria<br />

1.6 Estímulo a setores<br />

econômicos de alto valor<br />

agregado e tecnologicamente<br />

intensivos<br />

1.7 Redução do risco<br />

regulatório<br />

1.8 Turismo como<br />

atividade estratégica<br />

e promoção do<br />

desenvolvimento<br />

Implementação Institucional<br />

• Viabilização de legislação para polos ou distritos industriais regionais,<br />

estimulando a cooperação, a repartição regional de impostos e recursos<br />

e reduzindo a competição entre municípios.<br />

• Recursos para coordenação do processo de transformação de capitais<br />

regionais em polos regionais de desenvolvimento, tornando as cidades<br />

e entorno mais competitivos.<br />

• Aumento do valor agregado nos sistemas produtivos do agronegócio<br />

– estímulo à industrialização.<br />

• Priorização da infraestrutura logística e da formação de recursos humanos<br />

para a equação empreendedorismo-produção-distribuição com<br />

competitividade.<br />

• Programa de reconversão competitiva para a indústria tradicional e<br />

para empresas “low-tech” tornarem-se empresas intermediárias.<br />

• Novo modelo tributário para segmentos intensivos em inovação (microeletrônica,<br />

biologia, biotecnologia, robótica).<br />

• Legislação para estímulo a “coworking” e criação de distritos de inovação<br />

nas cidades, incluindo os polos regionais e a Região Metropolitana.<br />

• Marketing territorial nacional e internacional; melhorias na condição<br />

de internacionalização- receptivo, comunicação, eventos.<br />

• Regionalização do licenciamento ambiental, de acordo com critérios; criação<br />

de novos trâmites e nova estrutura regulatória e executiva ambiental.<br />

• Novo Marco de Parcerias Público-Privadas e sistema de garantias, de<br />

forma a criar confiança em investimentos em concessões de serviços de<br />

médio e longo prazo.<br />

• Articulação para modernizações na legislação federal de Faixa de Fronteira;<br />

novo marco regulatório estadual para estímulo a investimentos na<br />

Faixa de Fronteira.<br />

• Sistema de apoio à gestão turística, possibilitando planejamento e infraestrutura<br />

integrada nos atrativos.<br />

• Posicionar o produto turístico no mercado nacional e internacional,<br />

com atenção às condições dos principais atrativos e equipamentos.<br />

• Desenvolver “Film Commission” para atrair filmagens e locações ao <strong>RS</strong>;<br />

desenvolver política de marca e conteúdo.<br />

• Desenvolver a estrutura de turismo de negócios dos polos regionais.<br />

46 47<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Estratégia<br />

1.9 Modelo de Governança<br />

Regional<br />

Coordenada<br />

1.10 Nova legislação<br />

para estimular<br />

consorciamento de<br />

municípios e Estado<br />

Governança Regional Coordenada e Avanços na<br />

Relação Federativa<br />

Na grande maioria dos encontros de Perspectivas Regionais do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

evidenciou-se a grande carência de coordenação regional das ações governamentais<br />

em todas as esferas e a dificuldade em implementar políticas ou<br />

desenvolver prioridades que tenham o espaço de tempo de mais de um<br />

mandato de gestão de governador, prefeito ou dos legislativos. Da mesma<br />

forma, manifestam a descoordenação entre diferentes áreas funcionais do<br />

governo do Estado, a dificuldade de articulação com organismos federais e<br />

a complexidade jurídica que é a tentativa de iniciativas consorciadas entre<br />

municípios.<br />

A relação federativa, tão ressaltada como um dos principais desafios para<br />

os municípios e os Estados, apenas poderá melhorar a partir de uma evolução<br />

institucional nessa coordenação regional, ao proporcionar instâncias<br />

executoras de políticas públicas e regulação, e não apenas propositoras ou<br />

deliberativas.<br />

Em um modelo de longo prazo, o Rio Grande do Sul deve evoluir para<br />

um modelo de aglomerações ou regiões funcionais, totalmente institucionalizado<br />

e que tenha efetiva capacidade de formulação, regulação e execução<br />

regional. Acima de tudo, também, uma fonte convergente de disseminação<br />

de informações estratégicas e gerenciais.<br />

Implementação Institucional<br />

• Unificação das divisões regionais administrativas do Estado, nas diferentes<br />

áreas, sob critérios semelhantes, minimizando as sobreposições.<br />

• Otimização das estruturas do Estado no interior, reduzindo a ocupação<br />

de imóveis e favorecendo as decisões executivas e a coordenação de<br />

ações e recursos.<br />

• Viabilização de Parcerias Público-Privadas nas regiões.<br />

• Sistema de informações e dados regionais unificado, com critérios convergentes.<br />

• Valorização da instituição dos COREDES, ampliação da interiorização da<br />

administração e incentivo ao diálogo e participação da sociedade.<br />

• Articulação e legislação, com anuência de todas as instituições envolvidas,<br />

de forma a estimular consórcios de municípios para soluções compartilhadas<br />

especialmente em saúde, gestão de resíduos, segurança pública<br />

e desenvolvimento econômico.<br />

• Priorização da infraestrutura logística e da formação de recursos humanos<br />

para a equação empreendedorismo-produção-distribuição com<br />

competitividade.<br />

mas também à estrutura lógica e de conexão necessária para integrar as<br />

diferentes regiões, e reduzir as disparidades existentes dentro da mesma<br />

região, e entre as regiões do Estado. O sentimento de isolamento manifestado<br />

em alguns dos encontros de Perspectivas Regionais deve-se,<br />

também, à fragilidade e defasagem da infraestrutura. A Linha Convergente<br />

2 propõe caminhos para institucionalizar e organizar um destravamento<br />

de prioridades para a infraestrutura do Estado, com soluções factíveis<br />

até <strong>2030</strong> se forem adotados critérios de priorização e ancoragem<br />

adequados para essas soluções de forma a combinar tempo, recursos,<br />

compartilhamento de responsabilidades e gestão da execução.<br />

Desenvolvimento da Infraestrutura Logística<br />

Intermodal<br />

A infraestrutura logística intermodal, seja pela peculiar posição geográfica<br />

do Rio Grande do Sul, que se encontra no extremo meridional<br />

do Brasil, a uma distância mínima de 1.000 km dos principais centros<br />

consumidores do País, seja pela distância média dos principais centros<br />

produtores em direção ao porto de águas profundas de Rio Grande, seja<br />

pela existência de um aeroporto com “hub” de cargas de porte nacional<br />

e internacional, localizado na capital, no extremo leste do Estado, é<br />

um dos pontos nevrálgicos para a recuperação econômica das empresas<br />

gaúchas e ganho de competitividade dos produtos.<br />

O modelo futuro de desenvolvimento do Estado, ainda que mantenha<br />

uma concentração de produção de alta tecnologia no eixo Porto<br />

Alegre-Caxias do Sul (incluindo a Região Metropolitana), dependerá da<br />

capacidade indutora dos polos regionais e da intermodalidade entre os<br />

modais rodoviário, ferroviário, hidroviário e aeroviário. Todos esses sistemas<br />

precisam funcionar de forma integrada, e lógica, buscando valorizar<br />

os ativos diferenciais do <strong>RS</strong>, como o porto de águas profundas em<br />

Rio Grande, a disponibilidade de hidrovias, a possível rota de integração<br />

entre o Pacífico e o Atlântico a partir do Chile.<br />

Estratégia<br />

2.1 Executar Projeto<br />

Estadual de Logística<br />

e Transporte, com Lei<br />

de Responsabilidade<br />

Gerencial e Câmara<br />

de Compensação de<br />

Obras Prioritárias<br />

Implementação Institucional<br />

• Criar Câmara de Compensação para Projeto Estadual de Logística e<br />

Transporte, focada na recuperação das rodovias estaduais e investimentos<br />

prioritários.<br />

• Criar Lei de Responsabilidade Gerencial para monitoramento de metas<br />

de melhorias em infraestrutura, com metas de segurança, utilização, etc.<br />

• Criação de regime específico para pedágios e circulação para veículos<br />

de carga e transporte interestadual, de forma a manter competitividade,<br />

sem onerar o sistema.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Linha Convergente 2<br />

Conectar e Integrar Regiões e Territórios<br />

A conexão e integração a que se refere a segunda Linha Convergente<br />

proposta pelo projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> diz respeito não só à infraestrutura física,<br />

2.2 Executar Projeto<br />

Hidrovias <strong>RS</strong>, com<br />

estrutura de governança,<br />

parcerias e<br />

financiamento<br />

• Execução do Projeto Hidrovias <strong>RS</strong>, a partir das prioridades do projeto.<br />

• Oficialização da estrutura de governança e viabilização de apoio técnico.<br />

• Inserção no Marco de Parcerias Público-Privadas.<br />

• Road-show para captação de financiamento nacional e internacional<br />

para o Projeto.<br />

48 49<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


2.3 Viabilizar obras<br />

em rodovias âncora/<br />

prioritárias<br />

2.4 Prioridade aos<br />

eixos rodoviários e<br />

anéis viários/metropolitanos<br />

dos<br />

principais polos de<br />

desenvolvimento do<br />

Estado<br />

• Integração do projeto ao Porto de Rio Grande, com sua terminação,<br />

assim como junto ao Porto de Pelotas e integração com demais modais.<br />

• Marco regulatório dos mini-distritos ou polos industriais no entorno<br />

das hidrovias, criando novas áreas para investimento.<br />

• Viabilizar a duplicação da BR-386 em toda sua extensão.<br />

• Viabilizar a duplicação da BR-290 – “Corredor do Mercosul” em toda sua<br />

extensão.<br />

• Assegurar a duplicação da BR-116, e da extensão duplicada até o Porto<br />

de Rio Grande (BR-392)<br />

• Viabilizar a disponibilidade de via duplicada na ligação Porto Alegre-<br />

Caxias do Sul, incluindo principais ramais da região Serrana.<br />

• Assegurar execução da Ponte sobre o Rio Guaíba (Porto Alegre) e ponte<br />

internacional Porto Mauá-Alba Posse (Argentina).<br />

• Os principais polos de desenvolvimento do Estado precisam desenvolver<br />

anéis viários que facilitem a circulação de transporte de cargas,<br />

tributação e abastecimento das empresas, com “portos secos” e rotas alternativas.<br />

Esta linha é extremamente importante e presente no Rio Grande,<br />

como foi claramente evidenciado nas Perspectivas Regionais, e em remental<br />

para garantir a sucessão familiar e a fixação das novas gerações<br />

nas regiões de produção agroindustrial do Estado.<br />

Da mesma forma, cidades mais conectadas e passíveis de soluções<br />

inteligentes dependem da possibilidade de parcerias público-privadas<br />

mais flexíveis, de forma a integrar atividades e conhecimento em qualquer<br />

área do Estado.<br />

Estratégia<br />

2.7 Cumprimento,<br />

monitoramento e<br />

gestão do Plano<br />

Energético 2016-<br />

2025 para o <strong>RS</strong><br />

2.8 Assegurar ganho<br />

de qualidade na<br />

eletrificação rural e<br />

na oferta de internet<br />

e comunicações com<br />

qualidade – “ancoragem<br />

rural”<br />

Implementação Institucional<br />

• Gestão do Plano Energético e criação de Câmara de Gestão para priorização<br />

de execução, com todos os atores envolvidos.<br />

• Programa de substituição de infraestrutura, com metas, para mudar<br />

postes e fiação da eletrificação rural do Estado, atendendo à legislação<br />

e iniciativas federais.<br />

• Busca de modelos alternativos para eletrificação e oferta de internet<br />

de qualidade em áreas rurais.<br />

• Programa de “ancoragem” para eletricidade e conexão rural.<br />

• Incentivo ao “smart grid” e à mini geração distribuída.<br />

• Estímulo à eficiência energética.<br />

2.5 Integração a<br />

ferrovias nacionais<br />

para escoamento<br />

da produção - Ferro<br />

Oeste/Norte-Sul<br />

2.6 Aeroportos<br />

comerciais em apoio<br />

aos principais polos<br />

de desenvolvimento<br />

+ melhorias em<br />

aeroportos complementares<br />

• Articulação para execução da Ferrovia Norte-Sul no trecho Chapecó/SC.<br />

Porto de Rio Grande, fundamental para garantir competitividade aos<br />

grãos e produção da Região Sul.<br />

• Modelo de um Aeroporto Internacional na Região Metropolitana, possibilitando<br />

ampliação do transporte de cargas.<br />

• Viabilização de aeroportos regionais com voos regulares – Caxias do<br />

Sul, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo, Uruguaiana e Pelotas. Complementação<br />

de aeroportos estratégicos de baixa demanda/alternativos.<br />

• Ampliação dos aeródromos com capacidade para voos com instrumento<br />

no <strong>RS</strong>. Operação em PPP quando houver viabilidade econômica.<br />

2.9 Incentivar ciclo<br />

completo da indústria<br />

de energias renováveis<br />

no Estado,<br />

obtendo liderança<br />

nacional<br />

2.10 Criação de<br />

marco para PPPs em<br />

cidades inteligentes<br />

e infraestrutura<br />

urbana<br />

• Direcionamento de polos de energia eólica em regiões propícias do Estado.<br />

• Legislação de incentivo para toda a cadeia produtiva da energia eólica<br />

e solar, levando à instalação no <strong>RS</strong> de indústrias de energias limpas em<br />

polos e distritos industriais.<br />

• Marco de referência para cidades desenvolverem soluções inteligentes<br />

e de melhoria de infraestrutura urbana com parcerias público-privadas<br />

e maior flexibilidade.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Garantia de Energia Elétrica de Qualidade, de<br />

Fontes Diversificadas; Assegurar Conectividade<br />

para todo o Estado<br />

A qualidade da energia elétrica, especialmente a rede trifásica nas<br />

áreas rurais e semiurbanas, e a rede de alta capacidade nas concentrações<br />

industriais, são colocadas como uma prioridade em 15 dos 19 encontros<br />

de perspectivas regionais onde houve proposição de conteúdo.<br />

Para isso, é preciso aumentar a capacidade de geração e distribuição de<br />

energia.<br />

A conectividade, especialmente a disponibilidade de Internet com<br />

boa qualidade em todo o território urbano e em áreas rurais, é funda-<br />

Linha Convergente 3<br />

Impulsionar a Resiliência<br />

A terceira linha convergente diz respeito ao desenvolvimento da Resiliência<br />

no Rio Grande do Sul, ou seja, da capacidade de adaptar-se a<br />

desafios econômicos, sociais, demográficos e ambientais, mantendo e<br />

desenvolvendo a qualidade de vida das comunidades do Estado, em sua<br />

diversidade.<br />

50 51<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


uniões temáticas de Agricultura Familiar e Demografia, Saúde e Segurança<br />

Pública. As estratégias aqui propostas têm como objetivo manter<br />

e aprimorar o sistema de garantia e promoção de qualidade de vida e<br />

direitos do cidadão, em vários grupos sociais, como jovens, idosos, empreendedores<br />

de atividades tradicionais, ao mesmo tempo em que torna<br />

a sociedade gaúcha melhor preparada para enfrentar desafios que são<br />

por muitas vezes repetitivos, ou cíclicos.<br />

Resiliência significa ter uma “resposta melhorada” a desafios que interferem<br />

na qualidade de vida da população, no equilíbrio das regiões e na<br />

capacidade de gestão e manutenção dos serviços públicos.<br />

Nesta Linha Convergente estão tanto estratégias para responder a<br />

dois desafios cada vez mais sensíveis no Rio Grande do Sul, que são a<br />

Segurança Pública e a Saúde, essenciais para a percepção de qualidade<br />

de vida e estabilidade do sistema social, quanto a adoção de estratégias<br />

que visam a melhoria dos serviços disponíveis e prestados à população,<br />

uma melhor gestão ambiental e preparação para eventos climáticos ou<br />

naturais.<br />

No campo da Resiliência Econômica, ou seja, da capacidade para melhor<br />

sobreviver, adaptar-se e crescer diante de choques e mudanças econômicas,<br />

as estratégias têm como foco mudar a dinâmica de situações<br />

como a sucessão familiar no campo, e a fixação das novas gerações em<br />

maior proporção em suas regiões de origem, contendo o movimento demográfico<br />

Oeste-Leste verificado no <strong>RS</strong> nos últimos 30 anos.<br />

Oferta de Saúde Resolutiva com Cobertura em todo<br />

o Estado<br />

A saúde pública do Rio Grande do Sul ainda é considerada uma das<br />

melhores do Brasil, tanto em índices alcançados, como em cobertura.<br />

No entanto, os custos crescentes da estrutura de saúde têm preocupado<br />

tanto os gestores estaduais quanto os prefeitos municipais, assim como<br />

a possibilidade de descontinuidade de vários serviços, incluindo a estrutura<br />

hospitalar.<br />

Um dos caminhos propostos é o aumento do consorciamento entre<br />

municípios, oferecendo serviços complementares. Outra questão é a<br />

harmonização e equilíbrio da rede hospitalar, e a manutenção dos custos<br />

globais dos serviços de saúde em níveis razoáveis para o Estado e<br />

municípios.<br />

3.2 Polos Regionais<br />

de Saúde, com a<br />

promoção de consórcios<br />

e da pactuação<br />

integrada; ação planejada<br />

regional.<br />

3.3 Viabilização do<br />

cluster tecnológico<br />

em saúde<br />

3.4 Atenção à Integração<br />

de Redes<br />

Especializadas<br />

• Estudos regionais para ser verificar o dimensionamento da rede básica,<br />

e da necessidade de expansões e/ou fusões.<br />

• Oferta de especialidades em diferentes cidades vizinhas e próximas, de forma<br />

a minimizar o trânsito a centros regionais e dar melhor uso às estruturas.<br />

• Consórcio e pactuação integrada para melhor controle financeiro, incluindo<br />

municípios e Estado.<br />

• Constituição de estrutura executiva, com recursos e delegação, para<br />

estruturar e gerir a possibilidade de constituição de um cluster de tecnologia<br />

de saúde no <strong>RS</strong>.<br />

• Melhorar a integração das redes especializadas em todo o Estado, como<br />

a Rede de Urgência/Emergência, Rede Cegonha, Rede de Atenção Psicossocial,<br />

Mãe Canguru.<br />

Coordenação das Ações em Segurança Pública<br />

A área de segurança pública talvez seja, hoje, a temática politicamente<br />

mais sensível no Rio Grande do Sul. Nas Perspectivas Regionais realizadas<br />

ao final do ano de 2015, o tema de Segurança Pública foi citado esporadicamente<br />

como prioritário por parte dos prefeitos e líderes regionais.<br />

Já na 2ª fase realizada nos meses de março a maio de 2017, o tema<br />

da Segurança foi recorrente em quase todas as regiões.<br />

O foco das Estratégias propostas é promover maior integração e articulação<br />

das instituições de segurança, priorizar o planejamento e o<br />

seu cumprimento, a coordenação de informações. A questão carcerária<br />

é complexa, e é preciso priorizar a contenção dos presídios como “academia<br />

do crime”, vindo a repotencializar a atividade criminal, e não reduzi-la<br />

a partir da atuação de facções e da própria desorganização do<br />

sistema prisional. Exemplo: enquanto no sistema prisional convencional,<br />

a taxa de regresso é de 69%, na nova unidade prisional de Canoas está<br />

em torno de 18%.<br />

Informações, indicadores, metas, são fundamentais. Buscar bons modelos<br />

no próprio País e Exterior. Aprimorar a gestão dos serviços de segurança.<br />

O tema é de grande complexidade, no entanto dois consensos são claros:<br />

entre os prefeitos e lideranças regionais, há um clamor por maior sensação<br />

de segurança, pois a situação tem afetado o psicossocial da população em<br />

todo o Estado; entre os especialistas, de que é preciso melhorar a organizar<br />

e integração do sistema, e não apenas aumentar os recursos e efetivos para<br />

que se possa gerar uma resposta adequada à sociedade.<br />

Estratégia<br />

Implementação Institucional<br />

Estratégia<br />

Implementação Institucional<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

3.1 Câmara de pactuação<br />

da reestruturação<br />

hospitalar<br />

• Pactuação e proposta, em cada região, de uma estrutura que combine<br />

hospitais de referência, hospitais de porte médio e hospitais de pequeno<br />

porte com serviços complementares, e não concorrentes, de forma a viabilizar<br />

economicamente seu funcionamento e oferecer uma rede mais<br />

completa em todas as regiões do Estado.<br />

3.5 Integração efetiva<br />

da área de Segurança<br />

Pública; Plano Estadual<br />

de Segurança<br />

Pública com gestão<br />

100% integrada<br />

• Harmonizar a territorialização - Brigada Militar e Polícia Civil com mesma<br />

divisão territorial.<br />

• Escola de Gestão em Segurança Pública, para formação complementar,<br />

pesquisas e altos estudos do corpo diretivo das forças de segurança.<br />

• Estruturar Agência de Inteligência e órgão de controle externo.<br />

52 53<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


• Dimensionar e prever a formação de novos profissionais nas corporações;<br />

investir na boa formação- qualidade sobre quantidade.<br />

• Formação das Guardas Municipais sob padrões convergentes com a política<br />

de segurança cidadã.<br />

• Implementar coordenação ao processo de planejamento urbano e cidades<br />

inteligentes de cidades mais seguras no seu design, ambientes e<br />

configuração<br />

• Modelo das Escolas das Famílias Agrícolas = estímulo à sucessão familiar<br />

e ao diálogo.<br />

• Política estadual para que o <strong>RS</strong> possa tornar-se líder em produção de<br />

alimentos saudáveis e orgânicos no Brasil: promoção de sistemas saudáveis,<br />

como selos e certificações, políticas de apoio à distribuição, práticas<br />

agrícolas sustentáveis, novas tecnologias.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

3.6 Melhoria e simplificação<br />

dos canais<br />

de comunicação e<br />

interligação<br />

3.7 Programa de<br />

Investimento e Redimensionamento<br />

do<br />

Sistema Prisional<br />

Estratégia<br />

3.8 Programa de Estímulo<br />

ao Empreendedorismo<br />

Rural<br />

• Canais de emergência devem rumar à Unificação, com a digitalização.<br />

• Centrais regionais de atendimento, assim como de videomonitoramento<br />

e troca de informações.<br />

• Bancos de dados regionalizados, sobre ocorrência de crimes, pesquisas,<br />

banco de dados de balística.<br />

• Estímulo às Guardas Municipais como elementos de troca de informação<br />

e de apoio ao funcionamento das barreiras e cercamentos eletrônicos.<br />

• Investimento tecnológico em detecção balística, biometria, inteligência.<br />

• Desativação seletiva de estabelecimentos prisionais que operam em<br />

piores condições e com alto índice de evasão (fugas).<br />

• Ampliação de penitenciárias que funcionam com modelo semelhante à<br />

nova Penitenciária de Canoas.<br />

• Experimentação do modelo das APACs (Associações de Proteção e Assistência<br />

aos Condenados) no estado do Rio Grande do Sul – modelo<br />

alternativo de estabelecimento prisional.<br />

• Apoio e ampliação de programas socioeducativos como o POD- Programa<br />

de Prevenção à Violência para egressos da Fase.<br />

Programa de Estímulo ao Empreendedorismo Rural<br />

Um dos grandes problemas do Rio Grande do Sul em termos demográficos<br />

é o esvaziamento gradativo da região Oeste em um movimento<br />

em direção ao leste. Há vários estudos da Fundação de Economia e Estatística<br />

e da Secretaria de Planejamento do Estado identificando uma<br />

possibilidade de reorganização demográfica do Estado, que é possível<br />

no momento em que for adotado um novo modelo de governança regional<br />

(estratégia 1.9). A grande questão está na atratividade da vida no<br />

meio rural e da atividade empreendedora rural para o jovem que hoje<br />

está nas regiões urbanas de produção, ou na área rural.<br />

O investimento na manutenção do jovem empreendedor rural de pequeno<br />

porte é fundamental para o equilíbrio social do Estado, e do sistema<br />

econômico da maioria das regiões.<br />

Implementação Institucional<br />

• Alterações no modelo de educação em regiões de produção agrícola,<br />

buscando estimular a educação profissionalizante.<br />

• Possibilidade de programa experimental de crédito para o Jovem Empreendedor<br />

Rural.<br />

Nova Política e Organização Ambiental e Social<br />

Estratégia<br />

3.9 Programa de<br />

Tratamento de Resíduos,<br />

Saneamento e<br />

Recursos Hídricos<br />

3.10 Integração e<br />

Coordenação de Programas<br />

Sociais<br />

Linha Convergente 4<br />

Implementação Institucional<br />

• Programa para preservação dos recursos hídricos do Estado e prevenção<br />

contra estiagens cíclicas.<br />

• Estímulo, através da coordenação regional, em aumento da cobertura<br />

de saneamento através da CO<strong>RS</strong>AN e Programas Federais – consórcios<br />

sempre que possível.<br />

• Marco Regulatório para tratamento de resíduos, atendendo às legislações<br />

existentes e facilitando a regionalização.<br />

• Planos de emergência regionais, em função de variações climáticas,<br />

conforme nova governança proposta.<br />

• Estrutura de acompanhamento de questões climáticas, em parceria<br />

público-privada.<br />

• Programas de prevenção psicossocial e atendimento a segmentos especializados<br />

através de nova coordenação regional, aumentando a cobertura<br />

e evitando deslocamentos.<br />

• Expansão, juntamente com a área da Saúde, de unidades para tratamento<br />

de dependência química.<br />

• Programas de prevenção de risco social redimensionados e com maior<br />

convergência de comunicação – envolvendo as três esferas públicas e a<br />

sociedade civil.<br />

Mudar Pensamento e Comportamento<br />

A quarta linha convergente diz respeito à mudança, modernização e<br />

arejamento cultural e social identificado como importante em propostas<br />

temáticas e setoriais: um novo modo de enxergar o Estado, a sociedade,<br />

e engajar-se, ainda que tardiamente, nas tendências e oportunidades do<br />

século XXI.<br />

Essa linha convergente parte da premissa que o estamento sociocultural<br />

do Rio Grande do Sul, particularmente, encontra-se em valores e<br />

organizações do século XX, e é preciso promover estímulo a mudanças<br />

culturais, maior intercâmbio e modernização de valores e crenças para<br />

afirmá-los em uma versão de modernidade e prosperidade.<br />

O foco está nas estratégias voltadas à educação da atual e futura geração<br />

(com o foco no período entre 2017 e <strong>2030</strong>), no maior acesso à tec-<br />

54 55<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


nologia, na promoção de novas formas de organização social e empresarial. Ao<br />

mesmo tempo, estímulo à internacionalização, pesquisa, intercâmbio e da cultura<br />

do compartilhamento. As condições para que seja estimulada a formação<br />

e desenvolvimento de novas lideranças na área privada, pública e social também<br />

não podem ser perdidas. O <strong>RS</strong> precisa conter o “brain drain”, ou “bright<br />

flight”, que é a migração de jovens promissores enquanto empreendedores ou<br />

líderes para os grandes centros do País, por uma percepção de perspectivas<br />

limitadas para o Estado.<br />

Educação de Qualidade com Estruturação de Modelo de<br />

Regime de Colaboração<br />

O Rio Grande do Sul, a despeito de trazer proporcionalmente o maior dispêndio<br />

com educação entre os Estados brasileiros, é o terceiro estado da Região<br />

Sul em indicadores do IDEB. As soluções para uma educação mais atualizada e<br />

de melhor qualidade no Estado passam por questões de gestão, recursos humanos<br />

e acompanhamento e engajamento comunitário. A principal questão<br />

de gestão é a busca de nova pactuação e divisão de competências entre Estados<br />

e municípios, com gradualidade. Regime de pactuação com pactuações<br />

regionais, e consorciamentos são soluções e tendências possíveis.<br />

Estímulo à Inovação, Criatividade e Empreendedorismo<br />

A inovação, a criatividade e o empreendedorismo são livres expressões<br />

humanas que podem ser ativadas por meio de processos de criação<br />

de ambiente e de oportunidades. O Rio Grande do Sul apresenta potencial<br />

para colocar-se em <strong>2030</strong> como o Estado mais inovador do Brasil, a<br />

partir de novas lideranças identificadas com novas tendências e capazes<br />

de agir de forma mais flexível presentes nas diferentes regiões do Estado,<br />

com capacidade de mobilização, ou que sirvam como catalisadores<br />

de outros.<br />

O Estado, os municípios, e, principalmente, a iniciativa privada devem<br />

procurar colocar a lógica de start-ups voltada também ao empreendedorismo<br />

coletivo e social.<br />

Estratégia<br />

4.5 Extensão do ensino<br />

de empreendedorismo<br />

a toda a rede<br />

pública e privada<br />

(por adesão)<br />

Implementação Institucional<br />

• Configuração de programas para estímulo ao empreendedorismo, em parceria<br />

com entidades privadas, com módulos para adoção em toda a Rede Pública<br />

do Estado e também, mediante pacote de adesão, na rede escolar privada.<br />

• Utilização da estrutura e rede de comunicação do Estado para disseminar<br />

a cultura empreendedora, inovação, criatividade e a formação de lideranças.<br />

Estratégia<br />

4.1. Estruturação de<br />

modelo de regime de<br />

colaboração<br />

Implementação Institucional<br />

• Programa de Gestão na Educação, possibilitando a maior adoção do<br />

regime de colaboração em municípios do <strong>RS</strong>, otimizando a estrutura e<br />

levando à especialização gradativa entre o Estado e o município.<br />

• Amplo processo regional de pactuação, com discussão das ações educacionais<br />

com a sociedade e adequação a cada região e cidade.<br />

• Reorganização institucional e de gestão do Estado, para funcionar de<br />

forma coordenada com Municípios.<br />

• Ganho de sinergia na estrutura para possibilitar ampliação da carga<br />

horária e expansão progressiva de turmas em tempo integral.<br />

4.6 Estímulo às<br />

Universidades Comunitárias<br />

na formação<br />

de lideranças e<br />

empreendedores<br />

4.7 Regulamentação<br />

de novos arranjos<br />

empresariais, mais flexíveis<br />

e colaborativos<br />

• Utilizar, sempre que possível, a estrutura das Universidades das regiões<br />

para a estruturação e coordenação regional de ações.<br />

• Estimular programas regionais de formação de lideranças público e<br />

privadas, assim como ensino de gestão em áreas importantes, como logística<br />

e agronegócio.<br />

• Estímulo à criação de espaços de co-criação nas cidades, através de<br />

modelos empresariais mais flexíveis.<br />

• Engajamento dos órgãos oficiais de fomento neste esforço, utilizando<br />

os fundos de reconversão (citados no item 1.1).<br />

4.2. Formação de<br />

novos professores<br />

com readequação da<br />

estrutura do Estado<br />

• Estruturar UERGS para ser, também, Universidade voltada à formação<br />

de Professores.<br />

• Estimular outras formas de ingresso e a residência escolar.<br />

• Plataforma tecnológica, acompanhamento e formação continuada de<br />

professores.<br />

• Resposta ao desafio de oferecer, com capilaridade, evoluções pedagógicas<br />

que estimulem o raciocínio lógico e numérico.<br />

Aumentar Acesso Tecnológico e Internacionalização<br />

Um aspecto importante é estimular o acesso a gaúchos de qualquer<br />

região do Estado a uma maior internacionalização e intercâmbio. Isso<br />

se dá a partir de espaços específicos, em cada região do Estado, e a um<br />

programa de internacionalização cultural.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

4.3. Modelo de consorciamento<br />

intermunicipal<br />

em educação<br />

4.4. Avanços no Ensino<br />

Profissionalizante<br />

e de Alta Tecnologia<br />

• Arcabouço que possibilite com maior segurança jurídica o consorciamento<br />

para atividades escolares, transporte, alimentação escolar entre<br />

municípios.<br />

• Escolas de Alta Tecnologia nos principais polos de desenvolvimento do<br />

Estado, com novas soluções pedagógicas, incorporação de nanotecnologia,<br />

robótica e outras tendências.<br />

• Sistema de educação profissionalizante, aproveitando outras estruturas<br />

não-governamentais e a atuação de entidades privadas.<br />

Estratégia<br />

4.8 Programa de<br />

internacionalização<br />

cultural e Espaços de<br />

Conhecimento<br />

Implementação Institucional<br />

• Oferta de ensino de línguas, informática e tecnologia em estruturas abertas<br />

em todas as regiões do Estado.<br />

• Espaços de conhecimento multimídia em todas as regiões do Estado, com<br />

acesso a acervos digitais e interação com conhecimento global, fortalecendo<br />

a integração entre local e global.<br />

• Programa de intercâmbio de professores, organizado em parceria pelos Estados,<br />

municípios e iniciativa privada.<br />

56 57<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Comunidades Sustentáveis e Novas Lideranças<br />

Uma abordagem nova aos temas de resiliência e sustentabilidade<br />

(Ambiental, Econômica, Social e Tecnológica), temas centrais do século<br />

XXI, seria a instituição de programas para estimular Comunidades Sustentáveis<br />

em cada uma das regiões do <strong>RS</strong>. A liderança desse projeto estaria<br />

reservada a novas lideranças, para que tenham espaço de atuação em<br />

liderança pública em um processo concreto e prioritário para o futuro<br />

próximo do Estado.<br />

Estratégia<br />

4.9 Estímulo a Comunidades<br />

Sustentáveis<br />

e Formação de<br />

Lideranças<br />

4.10 Projeto de “Mobilidade<br />

de Pensamento”,<br />

promovendo<br />

circulação de pensadores<br />

e estrategistas<br />

pelo Estado<br />

Implementação Institucional<br />

• Configuração de projetos para liderar a sustentabilidade em cada uma<br />

das regiões funcionais do Estado, com participação de jovens lideranças<br />

das Universidades, empresas e organizações sociais locais.<br />

• Programa implementável com apoio de Universidades e organizações<br />

regionais, possibilitando circulação de pensadores e estrategistas brasileiros<br />

e internacionais pelo interior do Estado (nas regiões), com veiculação<br />

multimídia, possibilitando o contato do meio universitário com<br />

profissionais de primeira linha e exposição e visibilidade de estrategistas<br />

e pensadores que estão no interior do Estado em outras regiões.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

58


Fase 1 - Encontro 1<br />

Lançamento do<br />

Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

3 de Setembro/2015<br />

6. RESUMO DOS ENCONTROS<br />

DE PE<strong>RS</strong>PECTIVAS REGIONAIS<br />

ESTEIO<br />

O projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> foi lançado durante a realização<br />

da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em<br />

Esteio. Na ocasião, participaram da mesa de lançamento<br />

membros da Comissão de Coordenação, o Presidente da<br />

Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, o<br />

Presidente da Famurs (2015-2016), Luiz Carlos Folador, e<br />

o Coordenador Geral do Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, Jairo Jorge.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

60 61<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 2<br />

8 de Setembro/2015<br />

Prefeito de Bagé<br />

(2009-2016)<br />

Dudu Colombo<br />

Precisamos aprofundar<br />

os entendimentos, a<br />

partir do consórcio com<br />

17 cidades da região,<br />

em torno da promoção<br />

e desenvolvimento do<br />

Pampa gaúcho.<br />

Prefeito de Lavras<br />

do Sul (2013-2016)<br />

da Associação de<br />

Municípios do<br />

Sudoeste do Estado<br />

(em 2015)<br />

Alfredo Borges<br />

Investir no agronegócio,<br />

logística, energia<br />

renovável.<br />

O ambiente é historicamente propício e voltado à produção de alimentos.<br />

O principal problema da região é a falta de integração com a<br />

economia da Região Sul e do Brasil, como um todo. A produção agropecuária<br />

deve buscar qualificação e certificação de origem. Para isso, é ne-<br />

7municípios<br />

representados<br />

Bagé, Aceguá, Lavras<br />

do Sul, Hulha Negra,<br />

Caçapava do Sul,<br />

Rosário do Sul,<br />

Dom Pedrito<br />

BAGÉ<br />

Energia, infraestrutura para<br />

integração, educação e tecnologia<br />

para diversificação: estratégia a<br />

partir da identidade do Pampa e da<br />

região da Campanha.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Melhoria em logística, integração e avanços em governança<br />

conjunta<br />

Consórcio de 17 cidades da Região precisa trabalhar e levar adiante<br />

Plano de Desenvolvimento da Campanha e Fronteira Oeste. Deve-se<br />

buscar maior valorização da representação política da região, com mais<br />

votos em candidatos locais e regionais.<br />

A logística de integração da produção através das ligações com o Porto<br />

de Rio Grande e o Uruguai é fundamental. O Aeroporto de Bagé deve<br />

ser incentivado, de forma a disponibilizar mais um modal logístico.<br />

2.<br />

Busca da diversificação econômica; fortalecimento da<br />

identidade e infraestrutura do Pampa como origem de<br />

produtos agropecuários e turismo<br />

cessário equilíbrio com a disponibilidade de recursos hídricos ambientalmente<br />

controlados, e de irrigação. A produção mineral, com o fosfato,<br />

deve buscar suas condições competitivas a partir das reservas existentes<br />

em Lavras do Sul, por exemplo. É uma produção exportável por Rio Grande.<br />

A utilização de fosfato também serve para corrigir as condições do<br />

campo local, melhorando muito seus atributos.<br />

Crescimento da vitivinicultura e fruticultura também deve considerar<br />

a disponibilidade de terras na região.<br />

O imaginário do Pampa gaúcho precisa estar mais presente em produtos,<br />

artesanato, artes e também em condições mínimas para o turismo temático<br />

e de nicho na Região (voltado à pecuária e criação de cavalos, por exemplo).<br />

62 63<br />

3.<br />

Consolidação de polo de educação e conhecimento para a<br />

Região da Campanha e Fronteira. Universidades, pesquisa<br />

e conhecimento para atrair e reter os jovens empreendedores na<br />

região<br />

Consolidação de um polo de educação na Região, com a operação em<br />

“pool” das universidades da região em torno de uma visão estratégica regional<br />

comum. O que as universidades como Unipampa e URCAMP querem ser<br />

em <strong>2030</strong>?<br />

Ações para estancar e reverter a perda de cérebros e profissionais qualificados<br />

para outras regiões:<br />

. Promover a valorização do empreendedorismo no meio rural entre os jovens;<br />

. Viabilizar e consolidar o projeto do Parque Tecnológico da Campanha, focando<br />

em soluções de energia e biotecnologia.<br />

Educação para empreendedorismo em toda a região.<br />

4.<br />

Região fornecedora e produtora de energia – agenda energética<br />

A região da Campanha apresenta condições favoráveis para a produção<br />

energética, especialmente eólica, com exportação desta energia. A situação<br />

da geração termoelétrica também deve necessita de uma agenda estratégica.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Melhoria em logística, integração e avanços em governança conjunta.<br />

Busca da diversificação econômica; fortalecimento da identidade e infraestrutura<br />

do Pampa como origem de produtos agropecuários e turismo.<br />

Consolidação de polo de educação e conhecimento para a Região da<br />

Campanha e Fronteira. Universidades, pesquisa e conhecimento para<br />

atrair e reter os jovens empreendedores na região.<br />

Região fornecedora e produtora de energia – agenda energética.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.9, 1.10, 2.2, 2.5, 2.6<br />

1.8, 1.5<br />

4.4, 4.6, 4.8<br />

2.8, 2.9<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 3<br />

SANTA CRUZ DO SUL<br />

15 de Setembro/2015<br />

Vice-Prefeita de Santa<br />

Cruz do Sul (2013-2020)<br />

Helena Hermany<br />

Não podemos esmorecer,<br />

temos que pensar para<br />

frente, temos que criar.<br />

Com tantas cabeças<br />

pensantes, temos sim que<br />

pensar, planejar, temos<br />

que sair todos juntos<br />

desta crise.<br />

Prefeito de Venâncio<br />

Aires (2009-2016)<br />

e Presidente da<br />

Associação dos<br />

Municípios do Vale do<br />

Rio Pardo (em 2015)<br />

Airton Artus<br />

A nossa capacidade de<br />

investimento precisa ser<br />

recuperada.<br />

Pró-Reitor de<br />

Extensão e Relações<br />

Comunitárias da UNISC<br />

Angelo Hoff<br />

Um dos principais<br />

desafios para o<br />

próximo período é<br />

reduzir o desequilíbrio<br />

intrarregional.<br />

21<br />

municípios<br />

representados<br />

Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Lagoa<br />

Bonita do Sul, Rio Pardo, Pantano Grande,<br />

Mato Leitão, Vera Cruz, Charqueadas, Arroio<br />

do Tigre, Boqueirão do Leão, Candelária,<br />

Encantado, Herveiras, Mato Leitão, Passo do<br />

Sobrado, Paverama, Progresso, Rio Pardo,<br />

Santa Clara do Sul, Sinimbu, Vale do Sol.<br />

Sustentação do modelo de<br />

agronegócio em pequena<br />

propriedade; diversificação<br />

econômica e agregação de<br />

valor. Ciência e tecnologia,<br />

logística, fruticultura,<br />

energia elétrica trifásica e<br />

proteínas animais.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Logística e integração, possibilitando consolidação como<br />

região de alta produtividade<br />

O Vale do Rio Pardo possui localização logística privilegiada (próxima<br />

aos centros de distribuição), mas com infraestrutura deficiente. O acesso<br />

ao mercado do Sudeste do Brasil precisa ser priorizado. O modal ferroviário<br />

precisa ser incorporado à região. A possibilidade de um aeroporto<br />

regional também precisa ser considerada.<br />

2.<br />

Diversificação econômica com critério<br />

A cultura empreendedora historicamente existente na região precisa<br />

ser canalizada em caminhos para a diversificação e para a matriz econômica<br />

da Região nas próximas décadas. A produção de tabaco, importante<br />

na sustentação da economia, tem projeção mundial de demanda declinante,<br />

além de políticas restritivas. É necessário estabelecer condições sistêmicas<br />

para que seja feita a reconversão no sentido de uma região produtora<br />

de alimentos. Algumas regiões próximas ao Vale do Rio Pardo, como Encruzilhada<br />

do Sul, apresentam mais de 1.000 hectares de vinhedos cultivados.<br />

64 65<br />

3.<br />

Viabilização permanente do modelo de agronegócio em<br />

pequena propriedade: a matriz originária social e econômica<br />

da região com investimento na próxima geração<br />

A educação é fundamental, tanto no nível básico (ênfase no ensino<br />

integral) quanto no profissionalizante (manejo e gestão de pequena propriedade).<br />

É preciso contemplar a perspectiva urbana e rural, típica da<br />

região, para manter e formar empreendedores em pequena propriedade.<br />

O mundo rural e urbano é um só, por isso o acesso a Internet também<br />

precisa ser reforçado. Programa para prevenção de dependência química<br />

deve ser desenvolvido, em bases modernas.<br />

Importante o reforço na estrutura fitossanitária no Estado do <strong>RS</strong> e<br />

particularmente na região. Evolução na fiscalização e licenciamento ambiental,<br />

em torno de um modelo realista e sustentável.<br />

4.<br />

Hidrovias e alternativas de ligação com Porto de Rio<br />

Grande e Região Metropolitana<br />

É importante para a região a consolidação de um porto fluvial em boas<br />

condições, de modo a melhorar a ligação com a capital e o Porto de Rio<br />

Grande, em condições de menor custo. Possibilidade de constituição de<br />

um polo logístico multimodal.<br />

5.<br />

Modelo permanente de desenvolvimento regional e<br />

consorciamento<br />

Alguns aspectos devem ser priorizados pelas administrações municipais,<br />

de forma concatenada, para que a região recupere condição de<br />

investimento social.<br />

Os serviços regionais de saúde precisam buscar maior equilíbrio; importante<br />

ocorrer maior descentralização das residências médicas, trazendo<br />

novos profissionais para a região. A segurança pública sofre pressão<br />

pela relativa proximidade à Região Metropolitana e também necessita<br />

reforço na coordenação. A recuperação da capacidade operacional dos<br />

municípios também precisaria de orientação (e estratégia de investimentos)<br />

mais integrada.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Logística e integração, propiciando fixação como região de alta produtividade.<br />

Diversificação econômica com critério.<br />

Viabilização permanente do modelo de agronegócio em pequena propriedade:<br />

a matriz originária social e econômica da região com investimento<br />

na próxima geração.<br />

Hidrovias e opções de ligação com Porto de Rio Grande e Região Metropolitana.<br />

Modelo permanente de desenvolvimento regional e consorciamento.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.4 ,2.5, 2.6<br />

1.5, 1.6<br />

2.8, 3.8<br />

2.2<br />

1.9, 1.10<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 4<br />

22 de Setembro/2015<br />

Prefeito de Rosário do<br />

Sul (2013-2015)<br />

Luis Henrique<br />

Antonello<br />

Tem que ficar registrada<br />

a luta da região pelas<br />

ferrovias, especialmente<br />

a Ferrovia do Mercosul,<br />

juntamente com a<br />

duplicação da BR 290 e<br />

os aeroportos regionais.<br />

Precisamos romper o<br />

isolamento.<br />

Presidente do<br />

Fórum Estadual dos<br />

COREDEs (em 2015)<br />

Hugo Chimenes<br />

No Planejamento<br />

Estratégico realizado em<br />

2010 estão destacados<br />

o apoio à produção<br />

e diversificação<br />

agropecuária, o apoio à<br />

inovação tecnológica e<br />

ações para integração<br />

da Faixa de Fronteira.<br />

Valorizar os Institutos federais, a estrutura multicampi da Unipampa.<br />

Importante aprimorar estruturas para a extensão tecnológica. A forma-<br />

7municípios<br />

representados<br />

Rosário do Sul, São<br />

Gabriel, Quaraí,<br />

Alegrete, Santana<br />

do Livramento,<br />

Candiota, São Borja<br />

ROSÁRIO DO SUL<br />

Integrar a região, desenvolver<br />

de acordo com a identidade<br />

do bioma Pampa. Encontrar<br />

solução estratégica para a<br />

região de Fronteira.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Diversificação produtiva e valorização do bioma Pampa<br />

Disponibilidade de terras na região – agroindústria com a marca<br />

do Pampa com produtos com potencial de distribuição nacional.<br />

Estrada Rosário do Sul-Santa Maria com grande disponibilidade de<br />

terras para vitivinicultura e fruticultura. Desenvolver e agregar valor com<br />

certificado de origem na ovinocultura e na bovinocultura de alto valor<br />

(gado do Pampa).<br />

Fortalecimento da denominação de origem.<br />

Preocupação com a preservação ambiental e das bacias hidrográficas<br />

da região. Região de rios, bacia do Rio Santa Maria. Barragens e canais<br />

para poder compensar estiagens e variações climáticas.<br />

2.<br />

Formação universitária, pesquisa, tecnologia e formação<br />

de líderes e empreendedores<br />

ção de líderes e empreendedores no setor público e privado deve ser<br />

priorizada, com acesso a cursos de pós-graduação e instâncias de governança<br />

regional.<br />

66 67<br />

3.<br />

Integração logística da Fronteira à Campanha, Região<br />

Arrozeira e no eixo entre Chile (Pacífico) e o Porto de Rio<br />

Grande (Atlântico)<br />

A região precisa ter acesso a um aeroporto de boa qualidade. A duplicação<br />

da BR-290 em toda sua extensão até <strong>2030</strong> é um avanço importante para o <strong>RS</strong>.<br />

A vocação econômica da Região depende da existência da redução<br />

da distância aos dois portos para distribuição dos produtos em escala<br />

mundial - Oceano Pacífico-Chile (mercado asiático) e Rio Grande (mercado<br />

ocidental). É preciso atenção às estradas como parte de um sistema<br />

de produção: E<strong>RS</strong> 566- que realiza a integração arrozeira com a BR 290<br />

e Alegrete. A E<strong>RS</strong>-176 que permite ligação mais rápida entre os portos<br />

no Chile e Rio Grande, e a E<strong>RS</strong> 630, que faz a ligação entre as regiões da<br />

Fronteira e da Campanha. Também é preciso garantir a ligação ferroviária<br />

da região do Pampa à futura Ferrovia do Mercosul.<br />

4.<br />

Estudo de solução econômica para a faixa de fronteira -<br />

Zona Franca e modernização da legislação restritiva<br />

Criação de uma Zona Franca em toda a região; proposição de uma<br />

flexibilização e modernização da legislação restritiva acerca de investimentos<br />

e atividades econômicas na Faixa de Fronteira.<br />

5.<br />

Melhoria da infraestrutura de serviços públicos e continuidade<br />

de ações<br />

Os serviços públicos, mesmo com a grande distância geográfica entre<br />

as cidades, precisam ter maior investimento e sinergia em dois pontos<br />

principais: o saneamento básico, que inclui a balneabilidade e preservação<br />

da bacia do Rio Santa Maria e a configuração de um hospital regional.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Diversificação produtiva e valorização do bioma Pampa.<br />

Formação universitária, pesquisa, tecnologia e formação de líderes e empreendedores.<br />

Integração logística da Fronteira à Campanha, Região Arrozeira e no eixo<br />

entre Chile (Pacífico) e o Porto de Rio Grande (Atlântico).<br />

Estudo de solução econômica para a faixa de fronteira - Zona Franca e<br />

modernização da legislação restritiva.<br />

Melhoria da infraestrutura de serviços públicos e continuidade de ações.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.4, 1.5<br />

4.5, 4.6<br />

2.3, 2.6<br />

1.7<br />

1.9, 1.10, 3.9<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 5<br />

SANTA MARIA<br />

22 de Setembro/2015<br />

Prefeito de Santa Maria<br />

(2009-2016)<br />

Cezar Schirmer<br />

A população da região<br />

central e oeste do <strong>RS</strong> está<br />

migrando para a região<br />

leste, há um desequilíbrio<br />

regional no Estado.<br />

Prefeito de Faxinal do<br />

Soturno (2013-2016)<br />

e Representante<br />

da Associação de<br />

Municípios da Região<br />

Centro<br />

Volnei Salvegnago<br />

Temos a responsabilidade<br />

de buscar soluções.<br />

Precisamos mostrar<br />

as coisas para a<br />

comunidade, não apenas<br />

ficar reclamando.<br />

Reitor da Universidade<br />

Federal de Santa Maria<br />

Paulo Afonso Burmann<br />

As palavras-chave são<br />

cooperação, parceria, para<br />

superar o momento difícil<br />

que estamos vivendo.<br />

15<br />

municípios<br />

representados<br />

Santa Maria, Cachoeira do Sul, Dilermando de<br />

Aguiar, Faxinal do Soturno, Itaara, Jaguari, Júlio de<br />

Castilhos, Paraíso do Sul, Pinhal Grande, Restinga<br />

Seca, São Borja, São João do Polêsine, São Pedro<br />

do Sul, São Vicente do Sul, Silveira Martins<br />

Índices de<br />

desenvolvimento<br />

humano precisam<br />

traduzir-se em<br />

dinâmica econômica<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Fortalecimento da economia circular na região central, tornando-<br />

se um polo mais completo de produtos e serviços,<br />

com influência sobre a região central e oeste do <strong>RS</strong><br />

A cidade de Santa Maria precisa fortalecer-se como polo de serviços<br />

na região central, fornecendo produtos e serviços para a região central e<br />

oeste do Estado, consolidando suas condições de capital regional; como<br />

centro de apoio e turismo de negócios, e difusão de conhecimento. As<br />

cidades da região precisam aumentar a sua interação de forma a reter<br />

mais valor agregado na região.<br />

2.<br />

Ciclo completo da logística multimodal, unindo melhoria<br />

em rodovias, integração com hidrovia no Rio Jacuí,<br />

acesso ferroviário e aumento da capacidade de transporte de<br />

cargas no aeroporto de Santa Maria<br />

A região central precisa ter um acesso a todos os modais logísticos, de<br />

forma a imprimir competitividade a seus produtos e serviços: aéreo, ao melhorar<br />

as condições gerais e de movimento de cargas no aeroporto de Santa<br />

Maria; garantia de acesso e ramal ferroviário aos principais portos da região<br />

Sul; melhoria das rodovias, especialmente no eixo Porto Alegre-Santa Maria,<br />

e suas ramificações. Duplicação gradual do trecho Santa Maria-Porto Alegre.<br />

68 69<br />

3.<br />

Industrialização diversificada, com foco setorial na indústria<br />

de defesa, alimentos e metalmecânico<br />

Industrialização deve ser acelerada, preferencialmente com polo ou<br />

distrito industrial de abrangência regional, focando o segmento de defesa<br />

(identificado com Santa Maria), alimentos (ligado à vocação regional)<br />

e metalmecânico, de forma também a aumentar a receita tributária e<br />

valor agregado da região.<br />

4.<br />

Cultura empreendedora e retenção de jovens na região<br />

A região forma, através de suas universidades, recursos humanos<br />

qualificados, mas precisa retê-los em maior proporção. Da mesma<br />

forma, é preciso criar condições para que os jovens ligados a famílias do<br />

agronegócio se tornem empreendedores rurais.<br />

O acesso universal à internet deve ser estimulado, tanto no meio rural<br />

quanto urbano, assim como condições e estímulo à cultura empreendedora<br />

(como espaços colaborativos e financiamento a start-ups).<br />

A educação precisa priorizar e incorporar o empreendedorismo desde<br />

o ensino básico.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Fortalecimento da economia circular na região central, tornando-se um polo<br />

mais completo de produtos e serviços, com influência sobre a região central e<br />

oeste do <strong>RS</strong>.<br />

Ciclo completo da logística multimodal, unindo melhoria em rodovias, integração<br />

com hidrovia no Rio Jacuí, acesso ferroviário e aumento da capacidade<br />

de transporte de cargas no aeroporto de Santa Maria.<br />

Industrialização diversificada, com foco setorial na indústria de defesa, alimentos<br />

e metalmecânico<br />

Cultura empreendedora e retenção de jovens na região.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.4, 1.5, 3.8<br />

2.1, 2.2, 2.3,2.4,<br />

2.5,2.6<br />

1.4, 1.5, 4.5, 4.6, 4.7,<br />

4.8<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Fase 1 - Encontro 6<br />

29 de Setembro/2015 FREDERICO WESTPHALEN<br />

Prefeito de Frederico<br />

Westphalen (2013-2016)<br />

Roberto Felin Junior<br />

A vocação da região é<br />

a produção de proteína<br />

animal. Precisamos<br />

tornar esse sistema<br />

competitivo, continuar<br />

a recuperar a região<br />

economicamente.<br />

23<br />

municípios<br />

representados<br />

Frederico Westphalen, Braga, Caiçara, Campo<br />

Novo, Chiapetta, Constantina, Coronel Bicaco,<br />

Cristal do Sul, Dois Irmãos das Missões, Erval Seco,<br />

Liberato Salzano, Palmitinho, Pinhal, Pinheirinho<br />

do Vale, Planalto, Rio dos Índios, Ronda Alta, São<br />

Pedro das Missões, Seberi, Tiradentes do Sul,<br />

Trindade do Sul, Vicente Dutra, Vista Alegre<br />

Logística para integrar<br />

região produtora<br />

de alimentos;<br />

recuperar defasagem<br />

de infraestrutura,<br />

redistribuir<br />

equipamentos públicos<br />

3.<br />

Redimensionamento e adequação de equipamentos<br />

públicos à mudança demográfica. Efetivação de consórcios<br />

intermunicipais para saúde, educação e saneamento<br />

A mudança demográfica na região, com redução consolidada de mais<br />

de 30% na população desde a década de 1980, exige uma completa redistribuição<br />

de equipamentos públicos, especialmente de saúde e educação.<br />

Isso inclui equipamentos municipais e estaduais.<br />

Essa redistribuição é possível a partir da estruturação de consórcios<br />

intermunicipais e uma evolução na governança regional. A questão do<br />

saneamento básico deve se juntar à saúde e à educação nos serviços<br />

consorciados em municípios com pequena população e baixa dispersão<br />

geográfica (ou seja, muito próximos uns aos outros e com características<br />

semelhantes).<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Atenção à industrialização e à logística competitiva para o ciclo completo na<br />

produção de proteínas animais diversificadas.<br />

Programa pactuado de recuperação de infraestrutura.<br />

Redimensionamento e adequação de equipamentos públicos à mudança demográfica.<br />

Efetivação de consórcios intermunicipais para saúde, educação e<br />

saneamento.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.1, 2.4, 2.5, 1.5, 3.8<br />

2.1, 2.3, 2.7, 2.8<br />

1.9, 1.10, 3.1, 3.2, 4.1,<br />

4.3, 3.9<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Prefeito de Planalto<br />

(2013-2020), Presidente<br />

da Anzop, Associação<br />

dos Municípios da<br />

Zona da Produção,<br />

Prefeito de Planalto<br />

(em 2015)<br />

Antonio Carlos Damin<br />

É uma satisfação<br />

integrarmos um projeto<br />

de futuro para o Estado.<br />

Nossa região é a mais<br />

pobre em termos de<br />

infraestrutura, somos<br />

riquíssimos na nossa<br />

matriz produtiva, mas<br />

em infraestrutura somos<br />

a mais pobre e a mais<br />

desassistida do <strong>RS</strong>.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Atenção à industrialização e à logística competitiva para o ciclo<br />

completo na produção de proteínas animais diversificadas<br />

A região tem a vocação histórica de produtividade em proteínas animais.<br />

Essas são diversificadas, com destaque para os suínos e pescados.<br />

Para tanto, é preciso desenvolver condições de armazenagem e distribuição<br />

(talvez um Porto Seco regional com condições de armazenamento).<br />

A logística por via rodoviária precisa ser melhorada, tanto para escoamento<br />

através do Rio Grande do Sul quanto através do estado de<br />

Santa Catarina.<br />

2.<br />

Programa pactuado de recuperação de infraestrutura<br />

A defasagem de infraestrutura precisa ser recuperada gradualmente<br />

e de forma coordenada, de forma a priorizar o que traz maior impacto<br />

estratégico à região.<br />

O acesso universal à Internet no meio rural e urbano e a energia elétrica trifásica<br />

no meio rural são aspectos fundamentais dessa recuperação estrutural.<br />

70 71<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 7<br />

PASSO FUNDO<br />

29 de Setembro/2015<br />

Prefeito de Passo Fundo<br />

(2013-2020)<br />

Luciano Azevedo<br />

A cidade e a região<br />

precisam de<br />

desenvolvimento<br />

econômico, ambiental e<br />

social que andem juntos.<br />

Prefeito de Lagoa<br />

Vermelha (2009-<br />

2016), Presidente<br />

da Associação dos<br />

Municípios do Nordeste<br />

Riograndense (em 2015)<br />

Getúlio Cerioli<br />

Importante destacar a<br />

ligação ferroviária entre<br />

Vacaria e Passo Fundo,<br />

a questão de logística e<br />

energia.<br />

Reitor da Universidade<br />

de Passo Fundo<br />

José Carlos Carles de<br />

Souza<br />

É preciso uma construção<br />

coletiva, uma pactuação<br />

em torno de prioridades<br />

e as vocações da região.<br />

Não se pode pensar em<br />

desenvolvimento sem<br />

a inovação, a ciência, a<br />

tecnologia.<br />

26<br />

municípios<br />

representados<br />

Passo Fundo, Quinze de Novembro, Victor<br />

Graeff, Ibirapuitã, Mormaço, Campinas do Sul,<br />

Charrua, Ipiranga do Sul, Viadutos, Gentil,<br />

Muliterno, São Domingos do Sul, Vanini, Água<br />

Santa, Cacique Doble, Ibiaçá, Lagoa Vermelha,<br />

Paim Filho, São João da Urtiga, Tupanci do<br />

Sul, Marau, Camargo, Casca, Santo Antônio do<br />

Palma, Pontão, Santo Antonio do Planalto<br />

Região polo de<br />

nova fronteira de<br />

desenvolvimento<br />

para o <strong>RS</strong> a partir do<br />

agronegócio; centro de<br />

excelência em serviços<br />

e referência regional.<br />

Melhoria permanente do<br />

ambiente de negócios.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Multipolo de produção diversificada com base na agroindústria,<br />

produção de grãos e cereais, e agregação de valor a partir<br />

de tecnologia<br />

A região tem potencial de consolidar-se como um dos grandes polos<br />

nacionais de produção agroindustrial baseada em grãos, cereais e lácteos.<br />

A agregação de valor, a produtividade e a industrialização devem<br />

ser intensificados a partir da disponibilidade e difusão tecnológica, melhoria<br />

permanente da condição de produtividade e qualidade dos produtos,<br />

tanto commodities, quanto derivados da agroindústria.<br />

2.<br />

Fortalecimento de Passo Fundo como centro de inteligência<br />

e serviços<br />

A cidade de Passo Fundo fortalece-se como centro urbano de referência,<br />

sede dos serviços de apoio a esta economia integrada, trazendo instituições<br />

de ensino, serviços de saúde, comércio e serviços em geral. Para isso,<br />

as comunicações, logística e condições de qualidade urbana precisam pas-<br />

sar por melhorias contínuas. O fortalecimento da cultura empreendedora<br />

passa pela adoção do empreendedorismo na educação em todos os níveis<br />

escolares.<br />

72 73<br />

3.<br />

Eficiência logística e estrutural ao sistema regional de<br />

produção e serviços<br />

A regionalização e a busca de um novo modelo de licenciamento ambiental,<br />

adequado à realidade e às condições futuras da região. A garantia<br />

de oferta de eletricidade com qualidade é muito importante.<br />

A eficiência logística depende da estruturação de um aeroporto com<br />

capacidade de transporte de cargas, um Porto Seco para melhorar as<br />

operações de transporte terrestre, a viabilização de ligação ferroviária e<br />

a duplicação das estradas BR 285 e <strong>RS</strong> 324.<br />

4.<br />

Evolução da governança institucional<br />

As aspirações da região dependem da coordenação e institucionalização<br />

de lideranças descentralizadas que sejam representativas e<br />

tenham capacidade de mobilizar e avaliar, de forma permanente, o foco<br />

dos recursos, políticas e iniciativas públicas e privadas na região.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Multipolo de produção diversificada com base na agroindústria, produção de<br />

grãos e cereais, e agregação de valor a partir de tecnologia.<br />

Fortalecimento de Passo Fundo como centro de inteligência e serviços.<br />

Eficiência logística e estrutural ao sistema regional de produção e serviços.<br />

Evolução da governança institucional.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.5, 1.6<br />

1.4, 1.8, 2.10<br />

2.1, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6<br />

1.9, 1.10<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 8<br />

6 de outubro/2015 CAXIAS DO SUL<br />

Prefeito de Caxias do Sul<br />

(2013-2016)<br />

Alceu Barbosa Velho<br />

É preciso imprimir<br />

caráter propositivo à<br />

nossa atuação, temos<br />

dificuldades para<br />

desenvolver mais<br />

resolutividade. O modelo<br />

de distribuição de recursos<br />

é um dos limitantes.<br />

Prefeito de São Marcos<br />

(2013-2016), Presidente<br />

da AMESNE (Associação<br />

de Municípios do<br />

Nordeste do <strong>RS</strong>) em<br />

2015<br />

Demétrio Lazaretti<br />

As três questões<br />

fundamentais são a<br />

Educação, fundamental<br />

para o Estado retomar seu<br />

rumo; a repartição do “bolo<br />

tributário”; e uma discussão<br />

mais ampla sobre o <strong>RS</strong> e a<br />

estrutura do Estado.<br />

Prefeito de Harmonia<br />

(2013-2020)<br />

Carlos Alberto Fink<br />

Por ser uma região de<br />

alta produtividade,<br />

há muita demanda<br />

por infraestrutura. Os<br />

recursos disponíveis são<br />

desproporcionais.<br />

19<br />

municípios<br />

representados<br />

Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Boa Vista<br />

do Sul, Cambará do Sul, Campestre da<br />

Serra, Capão Bonito do Sul, Carlos Barbosa,<br />

Caxias do Sul, Cotiporã, Harmonia, Ipê,<br />

Jaquirana, Linha Nova, Montenegro, Muitos<br />

Capões, São Francisco de Paula, São José<br />

dos Ausentes, São Marcos, Vacaria<br />

Imprimir novo choque<br />

de competitividade à<br />

indústria e agronegócio<br />

de pequena propriedade<br />

e alta produtividade;<br />

manutenção e<br />

continuidade da<br />

prosperidade da região<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Consolidação e ampliação da região como polo industrial.<br />

Espaço disponível para investimento industrial de<br />

alta intensidade, agregação tecnológica e melhor infraestrutura<br />

de comunicação digital<br />

A expansão industrial da região precisa estar garantida em bases sustentáveis,<br />

tanto em termos ambientais e sociais (recursos humanos e<br />

qualidade de vida), quanto em termos de espaços para expansão dentro<br />

do equilíbrio urbano e territorial da região. A indústria de alta intensidade<br />

e agregação tecnológica deve ser incentivada, a partir da matriz hoje<br />

existente. Investimento em melhor infraestrutura de energia e comunicação<br />

digital.<br />

2.<br />

Investimento na denominação de origem e produção<br />

primária de alta produtividade<br />

A produção primária precisa incorporar a figura do empresário rural, especialmente<br />

em razão da necessidade de alta produtividade em pequenas<br />

propriedades. A região precisa fortalecer a sua denominação de origem e<br />

criar condições de eletricidade trifásica e internet nas áreas rurais próximas<br />

aos municípios para manter a força do seu cinturão de produção vinculada<br />

à agroindústria e ao abastecimento de hortifrutigranjeiros.<br />

74 75<br />

3.<br />

Investimento logístico concentrado para viabilizar<br />

apoio ao sistema produtivo: escoamento da produção e<br />

entrada de insumos<br />

O investimento logístico com critério e prioridade para manter e ampliar<br />

a competitividade e participação da economia da Região em níveis<br />

de Sul de País e nacional. Os grandes corredores de escoamento com a<br />

Região Metropolitana de Porto Alegre, com os portos de Rio Grande e<br />

Itajaí devem ser priorizados. Necessário estudar a viabilidade de priorizar<br />

escoamento da produção através da Rota do Sol/Itajaí. Necessário<br />

criar um ramal ferroviário; necessidade de minimamente garantir rodovia<br />

duplicada na ida e volta do trajeto Porto Alegre-Região Serrana. Extensão<br />

gradual da BR-448 até o Vale do Caí- execução da segunda fase<br />

projetada até <strong>2030</strong>.<br />

Aeroporto de Caxias do Sul com melhoramentos para operar principalmente<br />

com transporte de cargas e apoio à produção local.<br />

4.<br />

Melhor organização institucional e planejamento para<br />

garantir serviços públicos e um desenvolvimento sustentado<br />

O estado do Rio Grande do Sul precisa basear-se em um planejamento<br />

e priorização macro, e traçar metas exequíveis. A possibilidade de um<br />

modelo para regulamentação regional de PPPs (Parcerias Público-Privadas)<br />

poderia alavancar soluções para infraestrutura onde estas são economicamente<br />

viáveis. A garantia de serviços públicos na saúde, educação que<br />

mantém o alto nível relativo de Desenvolvimento Humano da região passam<br />

também por nova pactuação regional e com os governos estaduais e<br />

municipais. Região precisa de uma visão de desenvolvimento compartilhada<br />

que passa por priorização de investimentos em todas as áreas.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Consolidação e ampliação da região como polo industrial. Espaço disponível<br />

para investimento industrial de alta intensidade, agregação tecnológica e melhor<br />

infraestrutura de comunicação digital.<br />

Investimento na denominação de origem e produção primária de alta produtividade.<br />

Investimento logístico concentrado para viabilizar apoio ao sistema produtivo:<br />

escoamento da produção e entrada de insumos.<br />

Melhor organização institucional e planejamento para garantir serviços públicos<br />

e um desenvolvimento sustentado.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.4, 1.5, 1.6, 2.10<br />

3.8, 2.8<br />

2.3, 2.4, 2.5, 2.6<br />

1.7, 1.9, 1.10, 3.1 a<br />

3.10<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 9<br />

6 de outubro/2015 TAQUARA<br />

Prefeito de Taquara<br />

(2013-2020)<br />

Tito Lívio Jaeger Filho<br />

A região precisa de<br />

planejamento para<br />

crescer, mas em bases<br />

sustentáveis, para gerar<br />

mais oportunidades,<br />

mas não comprometer a<br />

qualidade de vida.<br />

Diretor Geral da<br />

FACCAT (Faculdades<br />

Integradas de Taquara)<br />

Delmar Backes<br />

É preciso viabilizar com<br />

rapidez a formação<br />

de consórcios entre<br />

municípios para tratar<br />

de vários assuntos em<br />

comum.<br />

Prefeito de Esteio<br />

(2009-2016),<br />

Presidente do<br />

Consórcio Sinos<br />

(em 2015)<br />

Gilmar Rinaldi<br />

Precisamos de soluções<br />

inovadoras, criativas,<br />

para água e saneamento.<br />

A gestão de resíduos é<br />

um dos grandes desafios.<br />

18<br />

municípios<br />

representados<br />

Taquara, Araricá, Arroio dos Ratos, Balneário<br />

Pinhal, Canoas, Capão da Canoa, Esteio,<br />

Gravataí, Igrejinha, Ivoti, Mampituba,<br />

Nova Hartz, Parobé, Porto Alegre, Rolante,<br />

Sapiranga, Três Coroas, Viamão<br />

Um modelo institucional<br />

para a Região<br />

Metropolitana que<br />

permita desenvolvimento<br />

sustentável e equilibrado.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Plano integrado de saneamento, atenção às bacias hidrográficas,<br />

e desenvolvimento sustentável da RMPA - maior<br />

ordenamento<br />

Plano que integre as bacias hidrográficas, representativas na Região<br />

Metropolitana, o saneamento básico, com metas, e outros parâmetros<br />

compartilhados para o desenvolvimento sustentável e ocupação de espaços.<br />

É preciso uma visão regional para essas questões, com compromissos<br />

de vários municípios.<br />

2.<br />

Formação de consórcios para a prestação dos principais<br />

serviços públicos<br />

A Região Metropolitana e Vale do Paranhana têm recebido um aumento<br />

populacional nas últimas décadas, como todo o quadrante Nordeste do Estado.<br />

Muitos municípios têm realizado a transição de economia rural para<br />

economia urbana. Municípios que adotaram regimes próprios de Previdência<br />

precisam solucionar esta questão. O Pacto Federativo precisa ser gradualmente<br />

alterado, municípios da RMPA são muito pressionados em ter-<br />

mos de serviços públicos (saúde e educação) e infraestrutura.<br />

Serviços públicos como saúde, educação, coleta e processamento de resíduos,<br />

transportes, compras públicas em geral já poderiam ser consorciados.<br />

Água, saneamento e prevenção contra enchentes são desafios para a Região<br />

Metropolitana. A estrutura de segurança pública precisaria de comandos<br />

metropolitanos melhor integrados.<br />

76 77<br />

3.<br />

Empreendedorismo no meio rural metropolitano<br />

A produção agrícola da Zona Rural da Região Metropolitana é<br />

expressiva, principalmente em produtos que perfazem o abastecimento<br />

de hortifrutigranjeiros e demais alimentos industrializados e semi industrializados.<br />

Os empresários do meio rural na Região Metropolitana deveriam<br />

passar por um amplo programa de formação empreendedora, para<br />

que se vissem como empreendedores rurais. A rede elétrica trifásica é<br />

um requisito importante nesse sentido, assim como a modernização do<br />

zoneamento rural/urbano.<br />

4.<br />

Transporte integrado com maior possibilidade de mobilidade<br />

na própria RMPA<br />

A mobilidade urbana precisa ser pensada em um raio de até 50 km da<br />

capital gaúcha. Soluções integradas, expansão do Trensurb, expansão da<br />

BR-448 até entroncamento com ligação para a Serra Gaúcha. Um modelo<br />

de PPPs que viabilize novas soluções em mobilidade. Economia organizada<br />

para facilitar o não-transporte (trabalho qualificado de qualquer ponto da<br />

RMPA, evitando deslocamentos desnecessários).<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Plano integrado de saneamento, atenção às bacias hidrográficas, e desenvolvimento<br />

sustentável da RMPA - maior ordenamento.<br />

Formação de consórcios para a prestação dos principais serviços públicos.<br />

Empreendedorismo no meio rural metropolitano.<br />

Transporte integrado com maior possibilidade de mobilidade na própria<br />

RMPA.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.2, 3.9<br />

1.10, 3.1, 3.2, 4.1, 4.3,<br />

3.9<br />

3.8<br />

1.7, 1.9, 2.3, 2.4, 2.10<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 10<br />

13 de Outubro/2015 IJUÍ<br />

Prefeito de Ijuí<br />

(2009-2016)<br />

Fioravante Ballin<br />

Precisamos viabilizar dois<br />

aeroportos regionais<br />

para a região. O de Santo<br />

Ângelo, e também em<br />

Ijuí. Recuperação das<br />

principais estradas,<br />

e uma política de<br />

diversificação econômica.<br />

Prefeito de Giruá<br />

(2009-2016)<br />

Angelo Fabian Thomas<br />

O Estado do <strong>RS</strong> ainda<br />

não transpôs o século<br />

XX. É preciso um tema<br />

que una os gaúchos para<br />

construir soluções.<br />

Presidente do COREDE<br />

Noroeste Colonial (em<br />

2015) e representante<br />

do reitor da UNIJUÍ<br />

Sérgio Allenbrandt<br />

Região Oeste do estado<br />

precisa de política<br />

pública específica para<br />

reverter perda de 78 mil<br />

habitantes, 55% destes<br />

para Santa Catarina.<br />

13<br />

municípios<br />

representados<br />

Ijuí, Ajuricaba, Alegria, Caibaté, Catuípe,<br />

Cerro Largo, Eugênio de Castro, Giruá,<br />

Panambi, Pejuçara, Porto Vera Cruz, São Luiz<br />

Gonzaga, Três de Maio<br />

Três polos urbanos,<br />

busca de competitividade<br />

no agronegócio<br />

e melhoria logística.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Viabilização das prioridades logísticas<br />

Região precisa ter projeto para viabilizar suas prioridades logísticas,<br />

garantindo a competitividade no agronegócio. A Ferrovia Norte-<br />

Sul precisa integrar a região das Missões. A BR-285 deve ser duplicada,<br />

inclusive o trecho entre Ijuí e Carazinho. Os acessos asfálticos precisam<br />

ser completados em todos os municípios. Ponte internacional ligando a<br />

região à Argentina deve ser completada. Aeroporto regional em Santo<br />

Ângelo deve ter sua infraestrutura ampliada, se possível também aeroporto<br />

regional de Ijuí em plenas condições.<br />

2.<br />

Cadeias produtivas do agronegócio fortalecidas; sucessão<br />

familiar, agregação de tecnologia, empreendedorismo<br />

no campo<br />

O projeto Leite Saudável precisa ter continuidade e investimento, para<br />

tornar a região uma das bacias leiteiras mais produtivas do País. Um conjunto<br />

de agroindústrias precisa ser agregado em torno desta bacia leiteira.<br />

Constituição de um Laboratório de Leite, de forma a assegurar a qualidade<br />

e incentivar pesquisa e melhorias no produto.<br />

A manutenção da cultura do agronegócio com soja e produção diversificada<br />

depende da sucessão familiar e de melhores condições de distribuição<br />

de energia de qualidade e irrigação<br />

78 79<br />

3.<br />

Fortalecimento do modelo “tripolar” para a macrorregião,<br />

com três cidades polo fornecendo serviços, conhecimento,<br />

saúde e educação<br />

A região precisa se tornar competitiva a partir da integração e inter<br />

-relação de três cidades polo: Santo Ângelo, Ijuí e Santa Rosa. As três<br />

cidades precisam desenvolver competências complementares em termos<br />

de serviços, comércio, saúde, educação, hospedagem e logística. O<br />

planejamento compartilhado regional precisa perseverar e se sobrepor<br />

a eventuais disputas locais ou partidárias.<br />

4.<br />

Viabilizar infraestrutura, logística, promoção de destinos<br />

com potencial de classe mundial: São Miguel das<br />

Missões e Salto do Yucumã<br />

A região possui dois destinos com potencial para turismo de classe mundial<br />

que precisam receber atenção especial no quesito transporte-hospedagem-infraestrutura-serviços,<br />

de forma que seja viável o acesso de turistas<br />

de todo o Brasil e exterior. Trabalho seletivo de promoção também<br />

precisa ser realizado.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Viabilização das prioridades logísticas.<br />

Cadeias produtivas do agronegócio fortalecidas; sucessão familiar, agregação<br />

de tecnologia, empreendedorismo no campo.<br />

Fortalecimento do modelo “tripolar” para a macrorregião, com três cidades<br />

polo fornecendo serviços, conhecimento, saúde e educação.<br />

Viabilizar infraestrutura, logística, promoção de destinos com potencial de<br />

classe mundial: São Miguel das Missões e Salto do Yucumã.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.1, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6<br />

1.5, 3.8, 4.4<br />

1.4, 1.8<br />

1.8, 2.6<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 1 - Encontro 11<br />

20 de Outubro/2015<br />

Prefeito de Pelotas<br />

(2013-2016)<br />

Eduardo Leite<br />

Valorização do<br />

componente histórico<br />

com sustentabilidade<br />

econômica. É preciso<br />

encurtar distâncias,<br />

melhorar a interconexão<br />

entre os municípios da<br />

Região, e destes com o<br />

Estado.<br />

Reitor da Universidade<br />

Federal de Pelotas<br />

Mauro Del Pino<br />

Investimento em energia<br />

eólica e fontes alternativas<br />

de energia. Região tem<br />

três arranjos produtivos:<br />

complexo industrial<br />

da saúde, alimentos e<br />

agricultura orgânica, e<br />

agricultura familiar.<br />

Presidente do COREDE<br />

Região Sul (em 2015)<br />

Roselani Sodré da Silva<br />

Fortalecer o sistema de<br />

governança territorial,<br />

regionalização<br />

administrativa do Estado e<br />

foros regionais de governo.<br />

Polo de produção de energia limpa, especialmente energia eólica. É<br />

preciso também produzir equipamento, tecnologia e formar profissio-<br />

10<br />

municípios<br />

representados<br />

Pelotas, Aceguá, Canguçu,<br />

Cerrito, Chuvisca, Morro<br />

Redondo, Pedras Altas,<br />

Pinheiro Machado, São<br />

Lourenço do Sul, Turuçu<br />

PELOTAS<br />

Coordenação regional,<br />

reindustrialização regionalizada,<br />

agropecuária sustentável<br />

produzindo alimento de<br />

qualidade, energia limpa.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Fortalecimento da governança e coordenação<br />

Evolução da coordenação e governança institucional da região<br />

para tornar realidade as prioridades. O Consórcio Público do Extremo Sul<br />

deve ser viabilizado, possibilitando um consórcio de serviços públicos<br />

nos municípios polo, acessíveis aos demais. A regionalização é a saída<br />

para situações como o licenciamento ambiental e adequação do Código<br />

Florestal; a Central de Monitoramento de segurança pública; a implementação<br />

de uma Região Metropolitana Sul (em torno de Pelotas e Rio Grande);<br />

o arcabouço legal para uma possível área industrial compartilhada.<br />

2.<br />

Reindustrialização com distribuição regionalizada<br />

Busca de uma matriz industrial diversificada. Política de atração<br />

regional de investimentos a partir de uma área industrial regionalizada<br />

(evitando disputa entre municípios); estímulo ao empreendedorismo,<br />

incubadoras e berçário industrial.<br />

nais na área de energias limpas.<br />

80 81<br />

3.<br />

Adequação e integração logística dos ativos<br />

Consolidação do Porto de Rio Grande como porto competitivo e<br />

de grande escala da Região Sul e preferencial do <strong>RS</strong>; viabilização da melhoria<br />

das principais vias de escoamento ao Porto de Rio Grande, incluindo hidrovia.<br />

Duplicação do trecho completo da BR-116/BR-392 entre Porto Alegre e Rio<br />

Grande. Melhoria da qualidade do acesso da Região da Produção. Viabilização<br />

de ramal ferroviário competitivo das regiões produtivas até Rio Grande.<br />

4.<br />

Investimento no agronegócio e atividades regionais<br />

Além da evolução institucional em termos de licenciamento e<br />

códigos para o agronegócio, investir na difusão da inovação no minifúndio<br />

e na agricultura familiar. Fortalecimento e qualificação sustentável<br />

da atividade pesqueira em águas internas e na Costa Marítima.<br />

5.<br />

Identidade, história e turismo com tratamento integrado<br />

e visão de “corredor do Mercosul”<br />

Valorização do componente histórico e cultural com sustentabilidade<br />

econômica: “formação cultural do Rio Grande do Sul”. Maior investimento<br />

na Costa Doce e seus atrativos, incluindo atrativos seletivos (sustentáveis)<br />

de nível internacional como a Lagoa do Peixe e a Reserva do Taim. Posicionamento<br />

de “corredor do Mercosul” e como alternativa ou complementação<br />

ao turismo realizado no Uruguai.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Fortalecimento da governança e coordenação.<br />

Reindustrialização com distribuição regionalizada.<br />

Adequação e integração logística dos ativos.<br />

Investimento no agronegócio e atividades regionais.<br />

Identidade, história e turismo com tratamento integrado e visão de “corredor<br />

do Mercosul”.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.7, 1.9, 1.10<br />

1.4<br />

2.2, 2.5, 2.6<br />

1.5, 2.8, 3.8<br />

1.8, 2.3<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Fase 2<br />

Etapa de<br />

Perspectivas<br />

Regionais<br />

Entre março e maio de 2017, foram realizados os 9<br />

encontros de Perspectivas Regionais na fase 2 do<br />

projeto. Neste período, reuniram-se representantes<br />

de 162 municípios, com a presença de 135 Prefeitos<br />

Municipais e prefeitos em exercício.<br />

Fase 2 - Encontro 12<br />

2 de março/2017 OSÓRIO<br />

Prefeito de Osório<br />

(2013-2020)<br />

Eduardo Abrahão<br />

Resolução dos gargalos<br />

de serviços públicos<br />

relativos à sazonalidade<br />

do verão. Saneamento<br />

básico, desenvolvimento<br />

sustentável. Estruturas<br />

turísticas devem<br />

priorizar a qualidade.<br />

Prefeito de Cidreira<br />

(2017-2020),<br />

representando<br />

a Associação de<br />

Municípios do Litoral<br />

Norte<br />

Alexsandro Contini de<br />

Oliveira<br />

É preciso preparar-se<br />

melhor para o potencial<br />

do turismo, equilibrar<br />

a infraestrutura,<br />

principalmente de água<br />

e saneamento.<br />

17<br />

municípios<br />

representados<br />

Osório, Arroio do Sal, Capão da Canoa, Cidreira,<br />

Capivari do Sul, Caraá, Dom Pedro de Alcântara,<br />

Imbé, Itati, Mampituba, Morrinhos do Sul,<br />

Palmares do Sul, Tramandaí, Santo Antônio da<br />

Patrulha, Glorinha, Rolante, Torres<br />

Atenção à<br />

sazonalidade e<br />

priorização coordenada<br />

de investimentos para<br />

região do litoral norte.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Planejamento com regionalização para adaptar-se à sazonalidade<br />

O planejamento para a região precisa contemplar o aspecto da sazonalidade<br />

na demanda por serviços e infraestrutura pública. Nos meses<br />

de verão, o custo operacional e o déficit das prefeituras municipais são<br />

muito grandes. Para melhorar esses aspectos, deveria haver um planejamento<br />

conjunto de serviços públicos e sistema de custeio específico<br />

considerando essa sazonalidade, construído pelo consórcio de municípios<br />

da Região com o Governo do Estado.<br />

Por outro lado, há mudanças em termos de tendências. O Litoral está<br />

se tornando cada vez mais uma extensão da Região Metropolitana, passando<br />

a ser uma escolha de moradia permanente. O sistema de saúde<br />

precisa ser pensado e dimensionado em dois módulos: normal e de temporada<br />

de verão, e precisa funcionar de forma regionalizada. Um dos<br />

aspectos prioritários é a regionalização da rede hospitalar e de pronto<br />

atendimento, atendendo a um quadro de demanda mais realista. Importante<br />

também é um programa para tratamento e prevenção da drogadi-<br />

83<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


ção e consumo de drogas na região.<br />

A coleta e beneficiamento de resíduos, também em dois módulos<br />

(normal e de temporada), precisam de um tratamento abrangente e consorciado<br />

por parte dos principais municípios do Litoral Norte.<br />

Em relação à segurança pública, seria importante estruturar um comando<br />

integrado de segurança, com informações e câmeras, também<br />

buscando as principais vias de escoamento e o tratamento do litoral<br />

como uma unidade em termos de segurança pública, especialmente durante<br />

a Temporada de Verão.<br />

2.<br />

Plano integrado de investimento em infraestrutura –<br />

projeto estruturante para o Litoral<br />

As prioridades do sistema viário e de infraestrutura do Litoral Norte só<br />

serão resolvidas a partir de um pacto coordenado de melhorias graduais,<br />

envolvendo a pavimentação e manutenção de rodovias estaduais, em<br />

parceria com os municípios, com maior atenção à segurança e ambulâncias.<br />

Recuperação de pavimentação dos acostamentos na <strong>RS</strong>-030 e <strong>RS</strong>-040<br />

(Viamão-Pinhal). Atingimento da cobertura de 100% nos acessos asfálticos<br />

de todos os municípios da Região. Essas melhorias podem ser viabilizadas<br />

pelo Estado em parceria com os municípios.<br />

Resolução e desenvolvimento de um projeto para expansão da rede<br />

de água e saneamento em várias cidades do Litoral Norte, pois há um<br />

atraso em obras da CO<strong>RS</strong>AN o que acaba implicando em comprometimento<br />

de projetos de condomínios e construções.<br />

comercialmente, com incentivo à industrialização dos produtos primários<br />

na própria região.<br />

A atividade agrícola também depende fortemente da sucessão familiar, e<br />

é um elemento de estabilidade social para a maioria das cidades da região.<br />

A valorização da região e dos produtos como típicos, aliados à industrialização,<br />

pode levar ao aumento do valor agregado.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Planejamento com regionalização para adaptar-se à sazonalidade.<br />

Plano integrado de investimento em infraestrutura– projeto estruturante<br />

para o Litoral.<br />

Turismo em base estratégica, posicionada e sustentável.<br />

Atividades vinculadas à agricultura e produção local com certificação de<br />

origem.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.9, 3.1, 3.2, 3.5, 3.6<br />

1.7, 2.1, 2.2, 2.3, 2.4,<br />

3.9<br />

1.8<br />

1.5, 3.8<br />

3.<br />

Turismo em base estratégica, posicionada e sustentável<br />

A infraestrutura turística deve primar pela qualidade dos equipamentos.<br />

A oferta e organização da atividade turística precisam atender a um<br />

perfil complementar entre as cidades, e buscar oferta em todos os segmentos.<br />

Turismo náutico, de aventura, e outros formatos devem ser estimulados,<br />

também nas lagoas da região.<br />

A questão da sustentabilidade e da capacidade de suporte é fundamental<br />

para manter a identidade e autenticidade dos atrativos turísticos, que<br />

dependem de atributos como balneabilidade e um ecossistema em pleno<br />

funcionamento. Uma estratégia de posicionamento e promoção também<br />

deve ser estudada, uma vez que o litoral gaúcho sofre com estereótipos, ou<br />

pouco conhecimento sobre seu potencial.<br />

É importante estudar um modelo de compensação econômica aos municípios<br />

e aos proprietários privados pela compensação de ativos ambientais<br />

importantes da região.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

4.<br />

Atividades vinculadas à agricultura e produção local<br />

com certificação de origem<br />

A agroindústria e a produção típica local de produtos alimentícios como<br />

frutas (banana, abacaxi), queijo e doces precisam ser mais bem organizadas<br />

84 85<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 2 - Encontro 13<br />

7 de Março/2017 TRÊS DE MAIO<br />

Prefeito de Três de Maio<br />

(2017-2020)<br />

Altair Copatti<br />

Educação de qualidade<br />

depende da participação<br />

da comunidade. A<br />

economia da região<br />

precisa manter e ampliar<br />

sua diversificação.<br />

Prefeito de Porto Alegre<br />

(2010-2016), Membro<br />

da Comissão do<br />

Projeto <strong>RS</strong> <strong>2030</strong><br />

José Fortunati<br />

A questão do Pacto<br />

Federativo depende muito<br />

da nossa capacidade de<br />

articulação e de propor<br />

alternativas. O sistema<br />

que obriga os prefeitos a<br />

fazer romarias em Brasília<br />

é ineficiente e favorece a<br />

distorções.<br />

27<br />

municípios<br />

representados<br />

Três de Maio, Crissiumal, Alegria, Boa Vista do<br />

Buricá, Braga, Campina das Missões, Alecrim, Doutor<br />

Maurício Cardoso, Eugênio de Castro, Horizontina,<br />

Independência, Porto Vera Cruz, Salvador das Missões,<br />

Santo Cristo, Senador Salgado Filho, Tucunduva,<br />

Tuparendi, São José do Inhacorá, Porto Mauá, Nova<br />

Candelária, Giruá, Miraguaí, São Martinho, São Valério<br />

do Sul, Ubiretama, Santa Rosa, Cândido Godói<br />

Diversificação,<br />

produção de<br />

alimentos, melhoria<br />

da logística.<br />

Manutenção do<br />

sistema socialeconômico-produtivo<br />

da região.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Integração logística para manter e ampliar competitividade<br />

(acessos asfálticos); energia de qualidade<br />

A integração logística da região é uma prioridade para manter a competitividade<br />

da produção agrícola e industrial, e manter os jovens na região.<br />

Além das rodovias principais como BR-386 e BR-285, é importante<br />

garantir o acesso ferroviário e um aeroporto em boas condições competitivas<br />

- Santo Ângelo é uma possibilidade. É urgente a finalização e<br />

viabilização de ponte internacional com a Argentina. Um dos esforços<br />

importantes para a região seria a busca de acesso asfáltico para todos os<br />

municípios. Esta é uma das regiões com maior incidência, hoje, de municípios<br />

sem acesso por asfalto.<br />

2.<br />

Melhoria permanente dos serviços de saúde e educação<br />

Os serviços de saúde e educação precisam ser constantemente<br />

melhorados, a partir de aprimoramento nas instituições hoje existentes. É<br />

importante coordenar um modelo que permita o funcionamento dos hos-<br />

pitais de pequeno porte.<br />

A saúde e educação poderiam ser organizadas a partir de polos regionais.<br />

Existem três universidades, e três escolas técnicas importantes na região:<br />

como elas poderiam funcionar com algum tipo de coordenação?<br />

86 87<br />

3.<br />

Incentivo à produção diversificada - indústria e agricultura<br />

A economia da região precisa continuar a desenvolver seus<br />

vetores: agricultura de alta produtividade, e indústria – principalmente<br />

moveleira, metalúrgica, máquinas e implementos agrícolas. É preciso imprimir<br />

competitividade a dois fatores fundamentais: logística e recursos<br />

humanos qualificados, a custo competitivo.<br />

As cooperativas de produção agrícola precisam melhorar seu processo<br />

de integração, armazenagem e escoamento da produção, juntamente<br />

com uma melhoria geral de custos logísticos do Estado.<br />

4.<br />

Planejamento e visão estratégica conjunta de região<br />

A região precisa organizar-se para agir conjuntamente no enfrentamento<br />

e resolução de várias questões estratégicas: o compartilhamento<br />

de gastos e investimentos por parte de municípios próximos;<br />

como combater o esvaziamento demográfico da região, mantendo os<br />

jovens em atividades produtivas na região. Uma resposta pode ser a viabilização<br />

da capacitação profissional, acesso à Internet, qualidade das<br />

cidades e oferta de trabalho.<br />

A aposentadoria rural é importante para a estabilidade social e econômica;<br />

como lidar com possíveis mudanças na aposentadoria rural?<br />

A legislação de “free shops” e de fronteiras também precisa ser revisada,<br />

para poder proporcionar mais uma alternativa econômica.<br />

De uma maneira geral, os municípios precisam criar foros permanentes<br />

para melhor coordenar regionalmente funções como a Segurança<br />

Pública, que precisa de uma cobertura mais equilibrada.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Integração logística para manter e ampliar competitividade (acessos asfálticos);<br />

energia de qualidade.<br />

Melhoria permanente dos serviços de saúde e educação.<br />

Incentivo à produção diversificada - indústria e agricultura.<br />

Planejamento e visão estratégica conjunta de região.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.1, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8<br />

3.1, 3.2, 4.1, 4.3<br />

1.5, 3.8<br />

1.7, 1.9, 1.10<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 2 - Encontro 14<br />

15 de Março/2017 ESPUMOSO<br />

Prefeito de Espumoso<br />

(2017-2020)<br />

Douglas Fontana<br />

Como prioridades<br />

absolutas, a evolução<br />

da situação do<br />

Pacto Federativo, o<br />

foco em gestão das<br />

administrações, e a<br />

segurança pública.<br />

17<br />

municípios<br />

representados<br />

Espumoso, Campos Borges, Jacuzinho,<br />

Fontoura Xavier, Alto Alegre, Santo<br />

Antônio do Planalto, Lagoa dos Três<br />

Cantos, Fortaleza dos Valos, Ibirapuitã,<br />

Carazinho, Gramado Xavier, Colorado,<br />

Soledade, Tapera, Boqueirão do Leão,<br />

Saldanha Marinho, Jacuzinho<br />

Como projetar a região<br />

para o futuro, viabilizar o<br />

modelo? Região produtiva e<br />

bem situada logisticamente,<br />

precisa manter-se atrativa e<br />

projetar a nova geração.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Sucessão familiar e manutenção do jovem no campo;<br />

desenvolvimento integrado rural e urbano. Incentivo à<br />

agroindústria e agregação de valor<br />

A região destaca-se na produção de soja, agricultura familiar diversificada<br />

e suinocultura. O grande desafio é a manutenção deste sistema<br />

produtivo, a fixação e permanência da renda gerada na região. Os jovens<br />

precisam encontrar incentivo econômico para permanecer na atividade<br />

agropecuária. A industrialização levaria à maior agregação de valor e arrecadação<br />

tributária. Um Distrito ou área industrial regional é uma solução<br />

interessante. A situação da aposentadoria rural também é crítica na<br />

manutenção do bem-estar social, e também como incentivo aos atuais<br />

e futuros agricultores, sendo que na região há um posicionamento contrário<br />

às reformas propostas, sendo necessário um debate mais amplo e<br />

específico sobre o tema.<br />

2.<br />

Coordenação e melhoria da situação de Segurança Pública<br />

Em razão da proximidade de diversos entroncamentos viários e<br />

regiões produtivas do Estado, a situação da segurança pública tornou-se<br />

crítica nos últimos anos. Investimento em melhoria do aparato de segurança<br />

pública, coordenação de informações a partir de estradas e rodovias e<br />

aumento da sensação de segurança.<br />

88 89<br />

3.<br />

Infraestrutura de transportes e educação<br />

A BR-386, um dos principais eixos de escoamento de produção<br />

do <strong>RS</strong>, precisa ser duplicada em toda a sua extensão, o que trará maior<br />

produtividade e redução do risco de acidentes. As cidades do seu entorno<br />

precisam participar deste planejamento. O acesso asfáltico completado<br />

em todos os municípios é condição fundamental. Na área de<br />

educação, a perspectiva profissionalizante do agronegócio é uma lacuna,<br />

assim como a existência de um campus de Universidade pública para<br />

a região. Os municípios hoje são responsáveis pelo transporte escolar,<br />

inclusive de universitários.<br />

4.<br />

Revisão do Pacto Federativo e das condições de governabilidade,<br />

incluindo a Saúde<br />

A situação financeira dos municípios e o desequilíbrio entre recursos financeiros<br />

e as obrigações da administração municipal, especialmente na<br />

Saúde, estão inviabilizando as administrações. O sistema de saúde e os<br />

hospitais da região precisam encontrar um modelo de viabilidade. Uma<br />

possível solução seria intensificar a atuação consorciada na oferta de serviços<br />

públicos.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Sucessão familiar e manutenção do jovem no campo; desenvolvimento integrado<br />

rural e urbano. Incentivo à agroindústria e agregação de valor.<br />

Coordenação e melhoria da situação de Segurança Pública.<br />

Infraestrutura de transportes e educação.<br />

Revisão do Pacto Federativo e das condições de governabilidade, incluindo<br />

a Saúde.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.5, 3.8, 4.4<br />

3.5, 3.6, 3.7<br />

2.4, 4.3<br />

1.1, 1.2, 1.9, 1.10, 3.1,<br />

3.2<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 2 - Encontro 15<br />

22 de Março/2017 PALMEIRA DAS MISSÕES<br />

Prefeito de Palmeira das<br />

Missões (2013-2020)<br />

Eduardo Russomano<br />

Freire<br />

Segurança pública,<br />

diversificação da matriz<br />

produtiva, e gestão da<br />

saúde são três prioridades<br />

claras da região.<br />

35<br />

municípios<br />

representados<br />

Palmeira das Missões, Ajuricaba, Alpestre, Ametista do Sul, Boa<br />

Vista das Missões, Caiçara, Cerro Grande, Condor, Constantina,<br />

Coronel Barros, Dois Irmãos das Missões, Entre Rios do Sul,<br />

Frederico Westphalen, Ipiranga do Sul, Iraí, Jaboticaba, Lajeado<br />

do Bugre, Liberato Salzano, Nova Boa Vista, Nova Ramada, Novo<br />

Tiradentes, Novo Xingu, Panambi, Pinhal, Pinheirinho do Vale,<br />

Planalto, Redentora, Rio dos Índios, Rodeio Bonito, Sagrada<br />

Família, Santo Augusto, Seberi, Taquaruçu do Sul, Vicente Dutra<br />

Infraestrutura,<br />

abastecimento<br />

de água,<br />

hospital regional<br />

e fortalecimento<br />

da agroindústria.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Resolução dos gargalos de infraestrutura logística, água<br />

e saneamento<br />

A BR-386 deve ser duplicada em toda sua extensão, não apenas até<br />

Carazinho, conforme hoje está prevista. A estrada entre Erechim e Passo<br />

Fundo, BR-153, também necessita de melhorias e alargamento. O acesso<br />

asfáltico precisa estar presente em todos os municípios.<br />

O abastecimento de água é um item que merece atenção, o déficit<br />

precisa ser reduzido. Há possibilidade de adotar um modelo em parceria<br />

com municípios, mais flexível do que o atualmente adotado pela<br />

CO<strong>RS</strong>AN. A <strong>RS</strong>-324 que vai até Iraí necessita de melhorias para possibilitar<br />

o melhor acesso e atividade turística na região.<br />

A Ferrovia Norte-Sul tornando-se realidade precisa passar ou ter ramal<br />

que englobe a região.<br />

2.<br />

Novo modelo para gestão da saúde e serviços sociais<br />

É preciso encontrar um novo modelo para a gestão da saúde e serviços<br />

públicos, especialmente aqueles com impacto social. Todos os hospitais acima<br />

de 100 leitos deveriam ter UTI. A região seria melhor atendida caso fosse<br />

viabilizado o hospital regional em Palmeira das Missões.<br />

O modelo educacional precisa contemplar a realidade do jovem atuando<br />

economicamente na região de produção rural, e a integração entre a vida<br />

no campo e cidade.<br />

A estrutura administrativa e organizacional dos municípios e do Estado<br />

do <strong>RS</strong> precisa ser reduzida, para que sejam viabilizados recursos para investimentos.<br />

90 91<br />

3.<br />

Turismo em estâncias hidrominerais<br />

Iraí e outras estâncias hidrominerais da região apresentam<br />

água mineral de excelente qualidade. No entanto, o problema logístico<br />

acaba afetando muito a frequência da estação mineral, e inibindo investimentos<br />

em estrutura. Temos a atratividade da pesca, do peixe, a cultura<br />

do Rio Uruguai.<br />

No entanto, é preciso melhorar a qualidade de acesso tanto vindo do<br />

sul do Estado, quanto de Santa Catarina, através da BR-386 e <strong>RS</strong>-324.<br />

4.<br />

Fortalecimento das condições da agroindústria<br />

A agroindústria da região receberia novo impulso a partir da<br />

descentralização e melhoria de algumas estruturas de apoio, incluindo<br />

um Sistema de Inspeção de Alimentos regionalizado, extensão rural e<br />

maior disponibilidade de espaços para silagem e armazenamento.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Resolução dos gargalos de infraestrutura logística, água e saneamento.<br />

Novo modelo para gestão da saúde e serviços sociais.<br />

Turismo em estâncias hidrominerais.<br />

Fortalecimento das condições da agroindústria.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.1, 2.3, 2.5, 2.6, 3.9<br />

3.1, 3.2, 3.4, 3.10<br />

1.8<br />

1.5, 2.8, 3.8<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 2 - Encontro 16<br />

29 de Março/2017 ENCANTADO<br />

Vice-Prefeito de<br />

Encantado<br />

(2017-2020)<br />

Enoir Cardoso<br />

É preciso unir forças<br />

para avançar e buscar<br />

objetivos em comum:<br />

logística para a<br />

produção, melhor gestão<br />

da saúde, retenção dos<br />

jovens na região.<br />

Presidente da Famurs<br />

Luciano Pinto<br />

É um novo momento<br />

para os municípios<br />

se organizarem, a<br />

resolução de grande<br />

parte dos problemas<br />

financeiros e de gestão<br />

passa pela organização<br />

dos municípios, em um<br />

primeiro momento,<br />

para poder se articular e<br />

propor soluções.<br />

14<br />

municípios<br />

representados<br />

Encantado, Roca Sales, Cruzeiro do Sul,<br />

Doutor Ricardo, Nova Bréscia, Relvado,<br />

Vespasiano Corrêa, Arvorezinha, Coqueiro<br />

Baixo, Itapuca, Muçum, Teutônia, Itapuca,<br />

Pouso Novo<br />

Região precisa preparar-se<br />

para gerar prosperidade e<br />

mais produção. É preciso<br />

um projeto para a região,<br />

com continuidade.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Manutenção e fortalecimento do sistema produtivo<br />

O sistema produtivo da região precisa ser mantido e fortalecido.<br />

Para isso, seria interessante realizar uma avaliação mais ampla das<br />

competências regionais e buscar a concentração e cooperação, de forma<br />

a criar um sistema de produção de alimentos mais competitivo nacionalmente.<br />

A produção de aves e suínos necessita de investimentos em<br />

formação e manejo; a logística deve ser melhorada de forma a reduzir os<br />

custos e tempo de transporte até os centros consumidores. A energia trifásica<br />

em toda a região garante a previsibilidade da produção. Para isso,<br />

se preciso, se deve evoluir em modelo regulatório regional ou estadual<br />

que incentive as PCHs (Pequena Central Hidrelétrica).<br />

A <strong>RS</strong>-129 é a principal rodovia de escoamento da região, e deve ser<br />

duplicada, até mesmo por seu alto índice de periculosidade e visibilidade<br />

limitada em boa parte do ano. Deve ser estudado um modelo regional<br />

para os pedágios de região, de forma a não onerar excessivamente as<br />

atividades econômicas, enquanto garante a manutenção das estradas.<br />

Acesso asfáltico é um quesito básico, assim como internet com qualidade.<br />

O fluxo econômico do território deve ser fortalecido, e para isso, a especialização<br />

e complementaridade das cidades vizinhas deve ser fortalecida<br />

em uma estratégia comum.<br />

92 93<br />

2.<br />

Gestão da saúde e serviços públicos integrada, incluindo a<br />

segurança pública<br />

A alta concentração de municípios em uma dispersão geográfica razoável<br />

possibilita a evolução de esforços para a adoção de consorciamento entre<br />

os municípios para gestão integrada na saúde, possibilitando mais leitos de<br />

UTI para a região; usina de asfalto; centro integrado de informações e operações<br />

para segurança pública.<br />

3.<br />

Valorização da cultura e características da região; acesso<br />

à Universidade Federal e Instituto Federal com ciclo<br />

completo de educação<br />

Atrativos específicos da região precisam ser melhor promovidos e sinalizados,<br />

como, por exemplo, a ponte ferroviária de Vespasiano Corrêa.<br />

A região, para melhor valorização dos seus recursos humanos, também<br />

busca a instalação de um Instituto Federal ou braço de uma Universidade<br />

Federal em seu território.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Manutenção e fortalecimento do sistema produtivo.<br />

Gestão da saúde e serviços públicos integrada, incluindo a segurança pública.<br />

Valorização da cultura e características da região; acesso à Universidade<br />

Federal e Instituto Federal com ciclo completo de educação.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.7, 2.8<br />

1.10, 3.1, 3.2, 3.4, 3.5,<br />

3.6<br />

3.8, 4.4, 4.6<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Fase 2 - Encontro 17<br />

5 de Abril/2017 SÃO GABRIEL<br />

Prefeito de São Gabriel<br />

(2017-2020)<br />

Rossano Dotto<br />

Gonçalves<br />

É preciso repensar a<br />

política de faixa de<br />

fronteira, essa é uma<br />

região empobrecida por<br />

falta de investimentos,<br />

pela má repartição de<br />

recursos.<br />

Prefeito de Santa<br />

Margarida do<br />

Sul (2013-2020),<br />

Presidente da<br />

Associação dos<br />

Municípios da<br />

Fronteira Oeste<br />

Luiz Felipe Brenner<br />

Machado<br />

Educação é base e<br />

princípio. Investimento<br />

em infraestrutura para<br />

reduzir o isolamento da<br />

região.<br />

10<br />

municípios<br />

representados<br />

São Gabriel, Capão do Cipó, Jaguari,<br />

Santiago, Santa Margarida do Sul,<br />

Vila Nova do Sul, Restinga Seca,<br />

Rosário do Sul, São Francisco de<br />

Assis, São João do Polêsine<br />

Revisão da política de faixa<br />

de fronteira, tornar região<br />

atrativa para investimentos<br />

e consolidá-la como corredor<br />

produtivo do Mercosul.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Corredor logístico para o Mercosul – dar condição para região<br />

prosperar a partir da integração logística de qualidade<br />

Um dos fatores prioritários para desenvolver a região é fortalecer o<br />

posicionamento e as condições como Corredor do Mercosul, unindo a<br />

Região Metropolitana de Porto Alegre à Argentina e ao Chile. A duplicação<br />

da BR-290 (Rodovia Oswaldo Aranha) em toda sua extensão é uma<br />

possibilidade até <strong>2030</strong>, e fundamental para o transporte de cargas em<br />

condições competitivas.<br />

2.<br />

Viabilização da gestão de municípios com grande extensão<br />

territorial<br />

A região se caracteriza por municípios com grande extensão territorial,<br />

o que sugere às ações de regionalização uma estratégia peculiar. Por essa<br />

razão, seria importante investir na concentração de alguns serviços em cidades-polo,<br />

e a complementação em outras cidades. O transporte escolar<br />

e universitário exige soluções integradas; da mesma forma, um sistema de<br />

saúde que permita às cidades da região do Pampa a oferta de serviços de<br />

qualidade, mas que não sejam necessariamente replicados em cada uma<br />

das cidades, ou seja, haja complementação, com melhor possibilidade de<br />

transporte entre uma cidade e outra.<br />

94 95<br />

3.<br />

Fortalecimento da inteligência e a pesquisa na Região<br />

do Pampa - produção de energia e modelo econômico<br />

com base em agronegócio competitivo<br />

O fortalecimento da marca da região, da origem e linhagem dos produtos<br />

da pecuária; incentivo à produção diversificada, incluindo mel,<br />

oliveiras e grãos. É preciso garantir energia elétrica para as operações<br />

agropecuárias e para a irrigação, onde esta é necessária. A disponibilidade<br />

de terras é um ponto alto da Região, que, com melhor logística, pode<br />

tornar-se mais atrativa para investidores.<br />

Há atualmente 12 mil alunos de educação superior na Região. As áreas<br />

de engenharia, biotecnologia e ligadas ao meio-ambiente têm grande<br />

potencial de expansão. Um curso de alto nível vinculado à gestão do<br />

agronegócio é uma demanda importante.<br />

4.<br />

Revisão da legislação nacional sobre restrições de atividades<br />

na Faixa de Fronteira<br />

A legislação nacional que restringe atividades econômicas na Faixa de<br />

Fronteira deve ser revisada de forma a se encontrar uma solução para<br />

uma questão anacrônica. Atualmente, a restrição de 150 km é exagerada.<br />

Uma sugestão seria limitar a restrição a 30 ou 40 km, e criar uma área<br />

de interesse econômico especial na Região da Fronteira. Desta forma, a<br />

região poderia tornar-se atrativa para investimentos.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Corredor logístico para o Mercosul – dar condição para região prosperar a<br />

partir da integração logística de qualidade.<br />

Viabilização da gestão de municípios com grande extensão territorial.<br />

Fortalecimento da inteligência e a pesquisa na Região do Pampa - produção<br />

de energia e modelo econômico com base em agronegócio competitivo.<br />

Revisão da legislação nacional sobre restrições de atividades na Faixa de<br />

Fronteira.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.3, 2.5<br />

1.9, 1.10<br />

2.9, 4.4, 4.6<br />

1.7<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


vestimento e o empreendedorismo no agronegócio de pequeno porte seria<br />

importante. A produção pode também estar vinculada às regiões turísticas<br />

próximas da Serra Gaúcha.<br />

A formação educacional precisa estar mais voltada ao empreendedorismo<br />

rural e à realidade da produção local. A legislação federal também está<br />

fora da realidade da sucessão familiar e do meio da agroindústria familiar,<br />

deveria ser revisada legislação permitindo a figura do aprendiz de empreendedor<br />

agrícola familiar na faixa etária de 16 a 18 anos de idade.<br />

Fase 2 - Encontro 18<br />

11 de Abril/2017 GUAPORÉ<br />

3.<br />

Melhoria das condições logísticas e de integração<br />

A <strong>RS</strong>-324 (Rodovia Synval Guazzelli) precisa ser melhorada e<br />

expandida em toda a sua extensão, proporcionando maior segurança e<br />

trafegabilidade nas 24 horas.<br />

A qualidade da energia elétrica também é fundamental, especialmente<br />

para a agroindústria e indústria da região. A logística é fundamental<br />

para as indústrias tradicionais da região, como pedras preciosas/semipreciosas<br />

e indústria do vestuário.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Prefeito de Guaporé<br />

(2017-2020)<br />

Valdir Fabris<br />

Importante o asfaltamento<br />

do trecho Guaporé-Altos<br />

da Serra, assim como o<br />

alargamento do trecho<br />

Guaporé-Arvorezinha.<br />

O custo crescente de<br />

obrigações sociais dos<br />

municípios precisa ser<br />

tratado de forma séria.<br />

Vice-Presidente da<br />

Famurs, Prefeito de<br />

Nova Araçá (2009-2016)<br />

Aícaro Ferrari<br />

Apenas a resolução do<br />

Pacto Federativo devolverá<br />

a governabilidade aos<br />

municípios.<br />

Prefeito de Garibaldi<br />

(2013-2020), Presidente<br />

da Associação de<br />

Municípios da Encosta<br />

Noroeste (AMESNE)<br />

Antonio Cettolin<br />

21<br />

municípios<br />

representados<br />

Guaporé, Garibaldi, Monte Belo do Sul,<br />

Vista Alegre do Prata, Santa Tereza,<br />

Fagundes Varela, Camargo, Cotiporã,<br />

Paraí, Farroupilha, Vanini, Nova Prata,<br />

Gentil, União da Serra, Santo Antônio<br />

do Palma, Casca, Marau, Nova Bassano,<br />

Veranópólis, Nova Alvorada, Montauri<br />

Manutenção e futuro do<br />

modelo social e econômico<br />

da região - ampliação do<br />

nível de desenvolvimento<br />

humano e melhoria da<br />

logística.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Organização associativa para buscar melhores modelos<br />

de planejamento e prioridades, serviços públicos e parcerias<br />

público-privadas<br />

A região precisa organizar um modelo que permita a melhor construção<br />

de soluções regionais e de consorciamento, possibilitando conexão,<br />

continuidade, redução de custos e ganhos de escala. Um modelo de parceria<br />

público-privada que permita a atração de parceiros e investidores<br />

para melhorar infraestrutura e serviços públicos.<br />

2.<br />

Condições para manutenção de atividades econômicas baseadas<br />

em pequena propriedade, industrialização tradicional<br />

e de alimentos<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Organização associativa para buscar melhores modelos de planejamento e<br />

prioridades, serviços públicos e parcerias público-privadas.<br />

Condições para manutenção de atividades econômicas baseadas em pequena<br />

propriedade, industrialização tradicional e de alimentos.<br />

Melhoria das condições logísticas e de integração.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.7, 1.9<br />

1.5, 2.8, 3.8, 4.4<br />

Segurança pública<br />

depende de coordenação<br />

O modelo econômico predominante na região, e o seu sistema social<br />

entre os municípios. É<br />

preciso pararmos de viver – baseado em pequena propriedade, indústria tradicional e no empreendedor<br />

em `ilhas´. A questão<br />

de pequeno porte - precisam ser valorizados, e trabalhados em sua<br />

da saúde depende de<br />

soluções propostas pelos<br />

próxima geração.<br />

municípios. A sucessão familiar é um desafio, um novo modelo para possibilitar o in-<br />

96 97<br />

2.1, 2.3, 2.5<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


mentos turísticos, especialmente atrações naturais como o cânion Fortaleza<br />

e o próprio Itaimbezinho, precisa melhorar e ser objeto de investimentos<br />

e parcerias público-privadas com uma concepção atualizada<br />

– estrutura próxima à encontrada em parques como Foz do Iguaçu. Para<br />

isso, se necessário, devem-se buscar novos modelos de entendimento<br />

com o Estado e a União.<br />

A agricultura familiar e a produção artesanal como um todo fazem parte<br />

da estrutura econômica da região, e precisam ser fortalecidos como<br />

complemento da indústria do turismo. Seu crescimento e manutenção<br />

devem ser estimulados, assim como a disponibilidade de terras e valorização<br />

do modo de vida de localidades da região e sua cultura.<br />

Fase 2 - Encontro 19<br />

27 de Abril/2017 GRAMADO<br />

Existem oportunidades que não são exploradas devidamente, como<br />

o fato da Serra Gaúcha, Gramado e Canela especialmente, constituírem<br />

um dos principais destinos brasileiros para Congressos nacionais e internacionais,<br />

com a presença de profissionais de destaque e formadores de<br />

opinião em diversas áreas. Seria interessante criar uma estrutura/espaço/atração<br />

para promoção e divulgação dos produtos e empresas do Rio<br />

Grande do Sul, e como “porta de entrada” para investidores e consumidores<br />

de produtos e serviços do Estado.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Prefeito de Gramado<br />

(2017-2020)<br />

João Alfredo Bertolucci<br />

(Fedoca)<br />

Estamos preocupados<br />

com a banalização do<br />

turismo, precisamos<br />

valorizar a atividade<br />

turística, mas com<br />

sustentabilidade.<br />

Prefeita de Novo<br />

Hamburgo<br />

(2017-2020)<br />

Fátima Daudt<br />

Precisamos desenvolver<br />

e incentivar cidades<br />

inteligentes, e nos<br />

prepararmos para um<br />

modelo econômico mais<br />

atualizado.<br />

10<br />

municípios<br />

representados<br />

Gramado, Cachoeirinha, Canela,<br />

Guabiju, Nova Araçá, Nova<br />

Petrópolis, Nova Santa Rita, Novo<br />

Hamburgo, Salvador do Sul, São<br />

Leopoldo, Salvador do Sul<br />

Turismo sustentável,<br />

planejamento do<br />

crescimento, manter e<br />

ampliar o desenvolvimento<br />

humano, valorizar e garantir<br />

prosperidade e sustentabilidade<br />

a partir dos atributos da região.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

1.<br />

Turismo com atenção à capacidade de suporte e qualidade<br />

+ expansão com critério da construção civil - desenvolvimento<br />

das cidades precisa ser sustentável<br />

O desenvolvimento do turismo deve basear-se em pesquisas efetivas<br />

sobre perfil de visitação, análise da oferta e do posicionamento da região<br />

e atenção aos limites da capacidade de suporte que possam assegurar<br />

uma experiência positiva com a presença do elemento natural e humano<br />

com autenticidade para o turista. A construção civil é importante para o<br />

desenvolvimento da região, também no aspecto tributário, mas é preciso<br />

atentar para os padrões e limites. Faz parte do turismo sustentável o<br />

recolhimento de impostos por parte da indústria do turismo, razão pela<br />

qual se deve desenvolver campanha ou promoção para que o turista ou<br />

visitante exija nota fiscal dos produtos e/ou serviços consumidos na região.<br />

A atração de investidores e parceiros é importante, mas para isso a<br />

região deve buscar uma atuação mais articulada e complementar, e não<br />

competitiva e individual. Finalmente, a infraestrutura de alguns equipa-<br />

98 99<br />

2.<br />

Logística/infraestrutura e serviços públicos de qualidade<br />

para manter alto padrão de desenvolvimento humano<br />

A melhoria da infraestrutura é fundamental para que a região continue a<br />

prosperar com sustentabilidade, e possa oferecer qualidade de vida e segurança<br />

aos seus moradores. A inserção da terceira pista nos dois sentidos da<br />

<strong>RS</strong> 235, entre Nova Petrópolis e Gramado, é importante. Da mesma forma,<br />

melhorias na Rota Panorâmica, que vai de Canela a Três Coroas. As estradas<br />

que vão até São José dos Ausentes, Parque dos Aparados da Serra, Bom<br />

Jesus, precisam de melhoria, manutenção e melhor estrutura de apoio. A<br />

possibilidade de operação de um aeroporto na região poderia criar uma<br />

rota alternativa, e melhorar o abastecimento de cargas e o escoamento de<br />

produtos da região. A pavimentação asfáltica também precisa atingir todos<br />

os municípios e localidades.<br />

3.<br />

Planejamento e visão de futuro integrando a oferta de<br />

serviços públicos e expansão de infraestrutura<br />

Atrativos específicos da região precisam ser melhor promovidos e sinalizados,<br />

como, por exemplo, a ponte ferroviária de Vespasiano Corrêa.<br />

A região, para melhor valorização dos seus recursos humanos, também<br />

busca a instalação de um Instituto Federal ou braço de uma Universidade<br />

Federal em seu território.<br />

A região da Serra Gaúcha e de parte do Vale do Paranhana apresenta<br />

peculiaridades de clima, exposição nacional e outros aspectos que fazem<br />

necessária a adoção de uma estratégia de expansão de infraestrutura e<br />

melhoria de serviços públicos que seja coordenada, e preferencialmente<br />

funcione em rede. Alguns aspectos importantes de uma ação nessa<br />

direção seriam: utilizar pesquisas e apresentar espaço para participação<br />

da população e entendimento dos vários perfis de pessoas e atividades<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Estratégia Regional<br />

que convivem na região; viabilizar o cercamento eletrônico e o monitoramento<br />

integrado de segurança, de forma concatenada com os recursos<br />

de Segurança Pública existentes; assegurar a oferta de serviços<br />

públicos de saúde e educação com qualidade crescente, monitorado por<br />

índices e indicadores de qualidade de atendimento; estudo tributário e<br />

entendimento comum entre os municípios para aumento de arrecadação<br />

a partir do movimento turístico e econômico, sem onerar o usuário<br />

(ex. ISS dos cartões de crédito nas compras na região); investimentos em<br />

saneamento e infraestrutura básica.<br />

Projetar uma nova realidade de industrialização da região do Paranhana<br />

e metropolitana, hoje fortemente baseada em uma versão modernizada<br />

da indústria tradicional – têxtil, moveleira, calçadista.<br />

4.<br />

Realidade metropolitana exige planejamento mais amplo<br />

e compartilhado para criar cidades mais inteligentes,<br />

humanas e sustentáveis<br />

Cidades metropolitanas precisam evoluir no sentido de oferecer melhor<br />

interação com a população, serviços públicos a menor custo e com<br />

gestão mais simples (cidades inteligentes), além de assegurar espaços<br />

públicos mais sustentáveis e seguros, que promovam e possibilitem melhor<br />

convívio humano.<br />

Mobilidade urbana, preservação ambiental, gestão do risco social, a<br />

busca de novas vocações econômicas – como se inserir na quarta revolução<br />

industrial - fazem parte da agenda da terceira Região Metropolitana<br />

do País em termos econômicos e precisam ser tratados de forma executiva<br />

e prática.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Turismo com atenção à capacidade de suporte e qualidade + expansão<br />

com critério da construção civil - desenvolvimento das cidades precisa ser<br />

sustentável.<br />

Logística/infraestrutura e serviços públicos de qualidade para manter alto<br />

padrão de desenvolvimento humano.<br />

Planejamento e visão de futuro integrando a oferta de serviços públicos e<br />

expansão de infraestrutura.<br />

Realidade metropolitana exige planejamento mais amplo e compartilhado<br />

para criar cidades mais inteligentes, humanas e sustentáveis.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

1.8, 2.10, 3.9<br />

2.1, 2.4, 3.1 a 3.10<br />

1.9, 1.10, 2.1, 2.7<br />

1.4, 1.9, 2.4, 2.10<br />

Fase 2 - Encontro 20<br />

29 de Maio/2017 PIRATINI<br />

Prefeito de Piratini<br />

(2017-2020)<br />

Vitor Ivan Gonçalves<br />

Rodrigues<br />

O atraso relativo da<br />

região e sua preservação,<br />

exatamente por essa<br />

razão, podem ser uma<br />

solução para o futuro, ao<br />

oferecer tranquilidade,<br />

segurança e um ambiente<br />

histórico. Nosso principal<br />

desafio é vinculado ao<br />

acesso e às grandes<br />

distâncias, além de uma<br />

matriz econômica.<br />

Prefeito de São<br />

Lourenço do Sul (2017-<br />

2020), Vice-Presidente<br />

da Associação de<br />

Municípios da Zona Sul<br />

Rudinei Harter<br />

A sustentabilidade<br />

ambiental e o cuidado<br />

com a preservação<br />

da Costa Doce e seus<br />

afluentes também é<br />

importante.<br />

Prefeito de Rio Grande<br />

(2013-2020)<br />

Alexandre<br />

Lindenmeyer<br />

Precisamos de políticas<br />

públicas e mais gestão de<br />

Estado, e não de governos,<br />

ou mandatos. Precisamos<br />

de continuidade e<br />

coordenação nas políticas<br />

implementadas.<br />

11<br />

municípios<br />

representados<br />

Piratini, Arroio do Padre, Bagé, Chuí,<br />

Lavras do Sul, Morro Redondo, Pedro<br />

Osório, Rio Grande, Santa Vitória do<br />

Palmar, São Lourenço do Sul, Turuçu<br />

História, disponibilidade<br />

de terras, mais integração,<br />

melhor infraestrutura.<br />

Região para expansão e<br />

investimentos no <strong>RS</strong>.<br />

Prioridades estratégicas da região até <strong>2030</strong><br />

100 101<br />

1.<br />

Infraestrutura, maior integração e disponibilidade de energia<br />

Existe uma defasagem histórica de infraestrutura na região, que<br />

se resolverá a partir de uma agenda de resolução conjunta e integrada. A<br />

ligação das cidades da Região Sul com a capital e o Porto de Rio Grande<br />

deve ser priorizada. No caso da cidade de Piratini, com toda sua riqueza<br />

histórica, o mau acesso acaba sendo um empecilho para atração de mais<br />

turismo e visitação. Uma agenda conjunta, pactuada, de resoluções de<br />

investimentos de infraestrutura na região, envolvendo União, Estado e<br />

municípios, seria uma solução plausível.<br />

2.<br />

Polo de energia renovável, maior industrialização<br />

A ativação econômica da região passa por uma conjunção de melhores<br />

condições para as atividades agropecuárias tradicionais e da criação<br />

de escala em atividades diversificadas, ainda que baseadas nas características<br />

naturais e geográficas da região. Entre essas possibilidades estão questões<br />

de localização, como a exploração de fosfato na região de Lavras do<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Sul, a vitivinicultura. No entanto, há questões de fundo, como a viabilização<br />

do polo logístico em Rio Grande, contíguo ao Porto e à melhoria logística<br />

do acesso e entorno da região. A discussão em torno de uma retomada das<br />

atividades vinculadas à indústria naval e à Petrobras: uma plataforma em<br />

construção gera 2.800 empregos.<br />

A energia renovável é uma realidade, mas é necessário investir em distribuição,<br />

e trazer a industrialização da cadeia produtiva mais próxima ao Sul<br />

do País, com a fabricação de equipamentos. Uma política efetiva de incentivo<br />

às energias renováveis poderia transformar o <strong>RS</strong> em estado exportador<br />

de energia com a matriz eólica + solar + a Usina de Candiota e usina térmica<br />

de gás.<br />

3.<br />

Agronegócio diversificado e com disponibilidade de energia<br />

A produção agropecuária depende fortemente da disponibilidade<br />

e qualidade de energia elétrica. A ovinocultura é uma indústria<br />

com grande crescimento de demanda em nível nacional e internacional,<br />

e que apresenta grande potencial na região. Para isso, é importante assegurar<br />

assistência técnica, e melhoria constante dos rebanhos. A valorização<br />

da marca do ovino do Pampa também é importante para agregação<br />

de valor, especialmente nos grandes mercados nacionais.<br />

do Prata e outras regiões brasileiras. No entanto, é preciso investir mais<br />

em promoção e melhoria das condições para o turista, possibilitando<br />

maior agregação de valor e sustentabilidade, inclusive ambiental.<br />

Principais estratégias identificadas<br />

Estratégia Regional<br />

Infraestrutura, maior integração e disponibilidade de energia.<br />

Polo de energia renovável, maior industrialização.<br />

Agronegócio diversificado e com disponibilidade de energia.<br />

Consorciamento de iniciativas e planejamento com continuidade na execução.<br />

Preservação, história, cultura e Costa Doce: maior potencial para turismo.<br />

Estratégia nas Linhas<br />

Convergentes para<br />

o Estado<br />

2.1, 2.2, 2.3, 2.5, 2.8<br />

1.4, 2.9<br />

1.5, 2.8, 3.8<br />

1.9, 1.10, 3.2, 3.5, 4.1, 4.2<br />

1.8<br />

4.<br />

Consorciamento de iniciativas e planejamento com continuidade<br />

na execução<br />

A Região Sul, através da AZONASUL (Associação de Municípios) e do<br />

COREDE, dispõe de um plano de desenvolvimento. No entanto, para que<br />

este e outros planos tornem-se realidade é preciso uma melhor coordenação<br />

e pactuação de forma que as ações tenham uma continuidade,<br />

uma visão de Estado das autoridades eleitas da região e não apenas<br />

de um mandato, isoladamente. A região apresenta menor representação<br />

política, possivelmente por sua dispersão geográfica. Mas também<br />

fazem falta projetos coordenados, e não apenas iniciativas isoladas. A<br />

legislação específica para municípios de fronteira poderia viabilizar um<br />

distrito industrial regional.<br />

O sistema de consorciamento é útil para a região, especialmente na<br />

saúde e no tratamento de resíduos sólidos. Os municípios também poderiam<br />

avançar para desenvolver um modelo mais adequado para escolas<br />

de educação infantil. Outras questões de governança e finanças,<br />

como um pacto no tratamento de convênios federais (especialmente os<br />

que formam Custo Fixo Futuro) e em assuntos como endividamento, podem<br />

surgir a partir da articulação regional.<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

102<br />

5.<br />

Preservação, história, cultura e Costa Doce: maior potencial<br />

para turismo<br />

A região apresenta aspectos de história e cultura que remetem à formação<br />

histórica e à “alma” do Rio Grande do Sul. A Costa Doce, além de<br />

rica cultura e gastronomia, tem opções com balneabilidade. Há elementos<br />

para viabilização de um roteiro para turismo, como existe nos países


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

7.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Perspectivas<br />

Temáticas<br />

Afrânio Rogério Kieling<br />

Alberto Koppitke<br />

Alexandre Aragon<br />

Alvaro Werlang<br />

Amanda Bonotto Hoffmann Paim<br />

Ana Pellini<br />

Ângela Baldino<br />

Angelo Hoff<br />

Antonio Paulo Cargnin<br />

Ário Zimmermann<br />

Carlos Eduardo Figueiredo<br />

Carlos Garcia<br />

Carlos Joel da Silva<br />

Cassiano Macedo<br />

Cecilia Hoff<br />

Charles Schramm<br />

Cíntia Agostini<br />

Cleber Prodanov<br />

Daniel Andrade<br />

Darcy Francisco C. dos Santos<br />

Delmar Sittoni<br />

Diego Espíndola<br />

Edilon Lopes<br />

Elizabeth Dorneles<br />

Eloni José Salves<br />

Fernando Campani<br />

Fernando Henrique Schwanke<br />

Francisco Queiroz Jr.<br />

Frank Woodhead<br />

Gilmar Bortolotto<br />

Hélvio Rech<br />

Herbert Klarmann<br />

Hugo Chimenes<br />

Jairo Francisco Tessari<br />

João Carlos Brum Torres<br />

João Sérgio Ferreira Machado<br />

Jorge Audy<br />

Jorge Branco<br />

José Cesar Martins<br />

José Francisco Braga<br />

Junico Antunes<br />

Leandro Noronha<br />

Lino Moura<br />

Luiz Carlos Bertotto<br />

Luiz Carlos Folador<br />

Marcelo Schreinert<br />

Marcio Cassel<br />

Marco Dornelles<br />

Marcos Bósio<br />

Marcos Cittolin<br />

Marcos Rolim<br />

Mario Luis Cardoso<br />

Mariza Abreu<br />

Marléa Ramos Alves<br />

Marlise Fernandes<br />

Martinho Lazzari<br />

Nilva Lopes Maldaner<br />

Odir Tonollier<br />

Paulo Azeredo<br />

Paulo Zawislak<br />

Pedro Westphalen Corrêa<br />

Roberto Barbosa de Carvalho Netto<br />

Ronald Krummenauer<br />

Susana Kakuta<br />

Willem Mantelli<br />

Visita Técnica<br />

Governo de Santa<br />

Catarina<br />

Raimundo Colombo<br />

Antonio Marcos Gavazzoni<br />

Claudio Thomas<br />

Perspectivas<br />

Regionais<br />

Abel Oliveira dos Santos<br />

Adair dos Anjos<br />

Adair Jose Bianchi<br />

Adair Jose da Silva<br />

Adair Menezes dos Santos<br />

Adair Zecca<br />

Adalberto Soares<br />

Adão Santana<br />

Adelaide Nunes<br />

Ademar Alves Brandão<br />

Ademar Barcelos<br />

Ademar Camara<br />

Ademar Luis Wagner<br />

Ademir Favaretto<br />

Ademir Gomes Gonçalves<br />

Ademir Mocelin<br />

Ademir Trentini<br />

Adenilson della Paschoa<br />

Adenir José Dalle<br />

Adilson de Oliveira<br />

Adndré Ricardo Dalhord<br />

Adriana Folle<br />

Adriana Boer<br />

Adriana Garcia da Silveira<br />

Adriana Lima<br />

Adriana Siemionko<br />

Adriano dos Santos<br />

Adriano Kozoroski Reis<br />

Adriano Lago<br />

Adriano Mazarino<br />

Affonso Flavio Angst<br />

Afonso Lúcio Perius<br />

Agenor Basso<br />

Airton Berté<br />

Airton Luis Cossetin<br />

Airton Luiz Artus<br />

Airton Marçal<br />

Airton Trevizani da Rosa<br />

Alan B. Kroth<br />

Alberi P. Ceolin<br />

Alberto P. M. Prates<br />

Alcenir Dalmago<br />

Alceu Barbosa Velho<br />

Alceu Castelli<br />

Alceu Oliveira<br />

Aldacir Manfron<br />

Alencart João Ioch<br />

Alex Borgem<br />

Alex Felipe Eboni<br />

Alexandre A. da Silva<br />

Alexandre Duarte Lindenmeyer<br />

Alexandre Flores<br />

Alexandre Susin<br />

Alexandre Zampiva<br />

Alexis Matos<br />

Alexsandro Contini de Oliveira<br />

Alfredo Borges<br />

Alfredo de Moura e Silva<br />

Alfredo Martins M.<br />

Aline Rodrigues Flores<br />

Aljoci Britto<br />

Almar Antonio Zanatta<br />

Almir A. Cazarotto<br />

Aloisio Brock<br />

Aloisio Rissi<br />

Aloizio Portela Bortoncello<br />

Altair Francisco Copatti<br />

Altino Alexis Reyes de Matos<br />

Aluisio Curtinove Teixeira<br />

Alvaro Werlang<br />

Alzir Aluiso Bach<br />

Amanda Hickmann<br />

Amarildo Misse<br />

Amauri Magnus Germano<br />

Amilton Fontana<br />

Ana Carla Pulz<br />

Ana Claudia Teixeira<br />

Ana Feliz Vieira<br />

Ana Lucia Barreto Garcia<br />

Ana Mari Vogel<br />

Anderson Guths<br />

Anderson Paula<br />

Andiara Bonow<br />

André Busatto<br />

André Lopez<br />

Andre Moura de Mello<br />

Andre Silva<br />

Andrea Irion<br />

Andreia Valim<br />

Ângela Fachinello<br />

Angelo Fabiam Duarte Thomas<br />

Angelo Silva<br />

Anildo Ribeiro Araujo<br />

Antonina Cavalheiro<br />

Antonio Bertazzo<br />

Antonio Carlos Damin<br />

Antonio Carlos Potrich<br />

Antonio Carlos Santos<br />

Antônio Cesar Bairros dos Santos<br />

Antônio Cettolin<br />

Antonio Devair<br />

Antônio Edimar T. de Holanda<br />

Antonio losato<br />

Antonio Melattne<br />

Antonio Moraes<br />

Antonio Nicolau Moraes<br />

Antônio Sartori<br />

Antonio Zerita<br />

Aquiles Pires<br />

Ari Antonio Ziliotto<br />

Ariane Spohr<br />

Arlem Arnulfo Tasso<br />

Arlete Beatriz Rocha<br />

Artur Goulart<br />

Augusto Manica<br />

Aurelio Rocha<br />

Berenice Bortolini<br />

Bibiane Westrow<br />

Blair S. Carvalho<br />

Bruna Delgado<br />

Bruno dos Santos<br />

Canísio Roque Schmidt<br />

Carla Cheil<br />

Carla Eduarda Pinheiro<br />

Carla Veronese<br />

Carlos Alberto de Moraes<br />

Carlos Alberto Fink<br />

Carlos Alberto Matos de Souza<br />

Carlos Alberto Vigne<br />

Carlos Alvarim Martins Silva<br />

Carlos Amorin<br />

Carlos Diesel<br />

Carlos Eduardo<br />

Carlos Eduardo Coelle<br />

Carlos Eduardo Muller<br />

Carlos Eduardo Silva<br />

Carlos Gilberto Baierle<br />

Carlos Leal<br />

Carlos Mario Mezzomo<br />

Carlos Neumann<br />

Carlos Reginaldo Santos Bueno<br />

Carlos Wanderlei Reis Silva<br />

Carmem Barbosa<br />

Carmen Goerck<br />

Cassildo Possa<br />

Cassio Nunes Soares<br />

Cássio Roese<br />

Catiane Dalbianco<br />

Celito A. Parisotto<br />

Celso Gobbi<br />

Celso Scherer de Oliveira<br />

Cesar N. Mattos<br />

Cezar Antonio Cechinato<br />

Cezar Augusto Schirmer<br />

Cezar Rezende<br />

Cilon Rodrigues Silveira<br />

Circi Barros<br />

Clairton Wegman<br />

Claiton Gonçalves<br />

Clarice Rojahn<br />

Claudemir da Silva<br />

Claudia Moreschi Tomé<br />

Claudio Caldera<br />

Claudio Luiz Flores<br />

Claudio Roberto Ramos da Silva<br />

Claudio Tadeu Laus Cariboni<br />

Claudiomiro C.<br />

Claudionor Borba<br />

Cleiva Heck<br />

Cleusa lonrath<br />

Clinton J. Batista<br />

Clotilde Conceição Victoria<br />

Clovis Bernardo<br />

Clovis Brum<br />

Clovis Luiz Pizolloto<br />

Constantino Orsolin<br />

Corinha Beatris Ornes Molling<br />

Cristiano Carvalho<br />

Cristiano Lisboa<br />

Cristieli dos Santos<br />

Daiane Desingrini<br />

Daiçon Maciel da Silva<br />

Daniel Benvegnú Lé<br />

Daniel Coelho Samir<br />

Daniel Correa<br />

Daniel Gorski<br />

Daniel Gularte<br />

Daniel Vendrusculo<br />

Daniela Chiarello<br />

Daniela Dineck<br />

Daniela Inês lehn<br />

Daniely Meller C.<br />

Danilo Barreto da Costa<br />

Danilo Fernando Trindade Rodrigues<br />

Darci José Lima da Rosa<br />

Darci Silva Medeiros<br />

Dario Baaklini<br />

Davi Gilmar de Abreu Souza<br />

Davi José Scwan<br />

Dayane Gomes Rodrigues<br />

Débora Cappua<br />

Decamar Maus<br />

Dedo Machado<br />

Delavir Scorssato<br />

Delcides Antonio Godoy<br />

Delfor Barbieri<br />

Delmar Backes<br />

Delonei Pereira<br />

Demarino Rosalino<br />

Demétrio Carlos Lazzaretti<br />

Denis Bridi<br />

Derli da Silva Quadros<br />

Derli Edio Paul<br />

Devanir Almeida S.<br />

Diana Roehrs<br />

Diego Espindola<br />

Diego Ismael Schmidt<br />

Diego Rocha<br />

Diego Vendramin<br />

Dienifer Oliveira<br />

Dilmar Menezes Mequi<br />

Diocelio Jaeckel<br />

Dioni Ciuler<br />

Dionísio Pedro Wagner<br />

Diorges Oliveira<br />

Dirceu Fiorim<br />

Dirceu Goncalves Selau<br />

Dirceu Pinho Machado<br />

Dircinei Antonelo<br />

Divaldo Vieira lara<br />

Dogivan Araldi<br />

Dolores Turra<br />

Domingos Andre Zandona<br />

Domingos Claudio Kujawa<br />

Domingos Scartezzini<br />

Douglas Fontana<br />

Douglas Garcia Dutra<br />

Douglas Samuel Braga<br />

Dudu Colombo<br />

Edegar Antonio Cerbaro<br />

Edemar Giraldi<br />

Edenilson Baso<br />

Eder Both<br />

Ederildo Paparico Bachi<br />

Edevaldo Stacke<br />

Edevarde Parisnski<br />

Edir Girardi<br />

104 105<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Edison Kirmess<br />

Edison Molina<br />

Edison Nunes<br />

Edivilson Meurer Brum<br />

Edmilson Pedro Pelizari<br />

Edmundo Pichler<br />

Edson Augusto Dalmolim<br />

Edson de Souza<br />

Eduardo Aluisio Cardoso Abrahao<br />

Eduardo Buzzatti<br />

Eduardo dall Agnol<br />

Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite<br />

Eduardo Loureiro<br />

Eduardo Mendes<br />

Eduardo Osório<br />

Eduardo Russomano Freire<br />

Eduardo Soares Maciel<br />

Elaine Marrero<br />

Elemar Toso<br />

Eliana Marques Fiad<br />

Eliane A. Conte<br />

Eliane Cardozo<br />

Eliane Fischer<br />

Eliani Mesacasa Trentin<br />

Elieine Griep<br />

Eliezer Dalla Costa<br />

Elio Gilberto Luz de Freitas<br />

Elir Santos<br />

Elisabeth Silveira<br />

Elisandro Conceição<br />

Elisangela Favaretto<br />

Eliseu Liberalesso<br />

Eliseu Lucas Cavalini<br />

Elmo Ivo Schmengler<br />

Elói Paulo Portolan<br />

Elton Luiz dal Moro<br />

Elton Rethfeld<br />

Elton Souza<br />

Elton Tatto<br />

Emerson Bernardy<br />

Eneias de Lima<br />

Enio Alberto Delatorre<br />

Enoir Cardoso<br />

Erone Pedrinho Londero<br />

Ervino Wachholz<br />

Estramar Bortonis<br />

Eugenio Frizzo<br />

Evanilde Brauner Picoli<br />

Everaldo da Silva Moraes<br />

Everton Kirmess<br />

Ezequiel Tonial<br />

Fabiano Lemos<br />

Fabiano Pisoni<br />

Fabiano Rogério Immich<br />

Fabio Campos<br />

Fabio Juliani Pintos<br />

Fabio Luiz Martins de Tunes<br />

Fábio Maioki<br />

Fabricio Caletti<br />

Fabrízio Gazzola<br />

Fátima Cristina Caxinhas Daudt<br />

Faustino Kovalski<br />

Felipe Giaretta<br />

Fernanda Oliveira<br />

Fernanda Santos<br />

Fernanda Stalliviere<br />

Fernando Bernal<br />

Fernando C. Decol<br />

Fernando Campos<br />

Fernando da Rosa Pahim<br />

Fernando de Cristo<br />

Fernando Enéias Bruxel<br />

Fernando Estima<br />

Fernando Henrique Schwanke<br />

Fernando Pigatto<br />

Fernando Sant’anna de Moraes<br />

Fernando Trage<br />

Fernando Vicande<br />

Fioravante Batista Ballin<br />

Flábio Smarmoth<br />

Flavio Bender<br />

Flavio Ferrari<br />

Flavio Gabriel da Silva<br />

Flávio Raupp Lipert<br />

Flori Werb<br />

Francisco Luçardo<br />

Gabriel Grabowski<br />

Gardel Machado de Araujo<br />

Gelcio Martinelli<br />

Gelson Viapiana<br />

Genari Schumann<br />

Genesio Mário da Rosa<br />

Genira Gomes<br />

Genoir Marcos<br />

Genor José Marcon<br />

Gerri Sawaris<br />

Gerson Cardoso Nunes<br />

Gerson Pereira<br />

Gesiel Serra<br />

Getúlio Cerioli<br />

Getulio Ferreira Haas<br />

Getúlio Nunes<br />

Gilberto Berticelli<br />

Gilberto Ferrari<br />

Gilberto Rathke<br />

Gilberto Tuhtenhagem<br />

Gilma Damiani<br />

Gilmar Antonio Rinaldi<br />

Gilmar da Silva<br />

Gilmar leschewitz<br />

Gilmar Tonello<br />

Gilnei Arlindo Luchese<br />

Gilnei Fior<br />

Gilson de Brum<br />

Gilson de Carli<br />

Gilson Edo Alves Parodes<br />

Giorgio Ronna<br />

Giovane Wickert<br />

Giovani F. da Silva<br />

Gisele Pereira<br />

Gislaine Mussato<br />

Gládis H. Rech<br />

Glauder Farias Morais<br />

Gleber Machado<br />

Graziele Gonçalves<br />

Guido Hoff<br />

Guido Mario Filho<br />

Guilherme Vinicius Vargas<br />

Gustavo Teixeira Bigolin<br />

Helena Assumpção<br />

Helena Hermany<br />

Hélio Cardoso Neto<br />

Heloise Santi<br />

Helvio Rech<br />

Henrique Feijó<br />

Henrique Pedersini<br />

Hosni Mustafa<br />

Hugo Gobato<br />

Hugo Reginaldo Marques Chimenes<br />

Ildo Leske<br />

Ilson Tondo<br />

Ilton Nunes<br />

Inácio Herrmann<br />

Ines de Lima<br />

Iradi Britto<br />

Irineu Graebin<br />

Ismael Viezze<br />

Isolda Mena Dutra<br />

Israel Tasca<br />

Ivan Chagas<br />

Ivan Eduardo Scherdien<br />

Ivan Luiz Michelon<br />

Ivani Matiello<br />

Ivanir Born<br />

Ivete S. Weler<br />

Ivo Boratti<br />

Ivo Novotny<br />

Ivone Bado Streicher<br />

Ivonir Botton<br />

Jacir Miorando<br />

Jacob Cai Stiano Selbach<br />

Jacson Bueno de Lins<br />

Jacson Wenningkamp<br />

Jaime Dionir Zweigle<br />

Jaime Lima da Silva<br />

Jair D. Banke<br />

Jairo Jorge da Silva<br />

Janise Collares<br />

Jaqueline Taborda<br />

Jaques Jaeger<br />

Jeferson Barig<br />

Jefferson dos Santos Froza<br />

Jenifer Godoy<br />

Jeovane Putel<br />

Jeremias Madeira<br />

Jessica Britto<br />

Jesus Edemir Rodrigues<br />

Jô do Carmo<br />

Joacir Carmo Sonda<br />

Joao A. O. Silva<br />

João Alfredo de Castilhos Bertolucci<br />

João André Lehr<br />

João C. Binicheski<br />

João C. Oliveira<br />

João Carlos da Silva<br />

João Carlos de Moura<br />

João Carlos Hickmann<br />

Joao Carlos Kist<br />

João Carlos Reis de Oliveira<br />

João Edécio Graef<br />

João Francisco Ferreira<br />

João Francisco Neves Silva<br />

João L. C. Vargas<br />

João Luiz Ferreira<br />

João Marcos Bassani dos Santos<br />

João Masper<br />

João Mauro Walter<br />

Joao Miloni<br />

João Paulo Lunelli<br />

João Paulo Maroso<br />

João Paulo Pastório<br />

João Schemmer<br />

João Sergio Figueira M.<br />

João Valério Mocelin<br />

João Vicente Costa<br />

João W. Lehnen<br />

Joaquim Andrade<br />

Joarez Pacheco<br />

Jocimar Valer<br />

Joclaine Branner<br />

Joel Alvira Flores<br />

Joel de Freitas Paulo<br />

Joel Fiegenbaum<br />

Joel Leandro Wilhelm<br />

Joel Rubert<br />

Jonatan Haack<br />

Jonatan Vogt<br />

Jones Cunha<br />

Jorge Adão Machado Silia<br />

Jorge Almeida<br />

Jorge Branco<br />

Jorge da Silva Paulo<br />

Jorge Guaraci da Silva<br />

Jorge Ladir Steffler<br />

Jorge Roberto Vaz<br />

Jose Antonio Adamole<br />

Jose Antonio Schmitz<br />

Jose Arno Ferrari<br />

José Calvi<br />

Jose Carlos Breda<br />

José Carlos Carles de Souza<br />

José Carlos Mehrig<br />

Jose Claudio Lourega<br />

José Daniel Raupp Martins<br />

José Flavio Godoy da Rosa<br />

José Flavio Vieira de Vieira<br />

José Francisco M. Conceição<br />

Jose Geraldo Ozelame<br />

José Itaon<br />

José L. Goldschmidt<br />

Jose Luis Blaszak<br />

José Luiz Camargo de Moura<br />

Jose Luiz Dalsochio<br />

José Luiz de Mello Almeida<br />

José M. Peres<br />

José Neiton<br />

José Nicolodi Provenci<br />

José Pedro Peçanha<br />

Jose Ricardo Portella de Oliveira<br />

Jovan Lima<br />

Jovelino José Baldissera<br />

Joviana Dalberto<br />

Juarez Batista de Leão<br />

Juarez Portela<br />

Julci Luft<br />

Juliana Leiria<br />

Juliana Nascimento<br />

Juliana Peoleiros<br />

Juliana Pereira<br />

Juliana Zalta<br />

Juliane Raquel Kempf<br />

Juliano Acadrieri<br />

Juliano Ravazi<br />

Juliano Santin<br />

Julio Braga<br />

Julio Cesar Hoffmeister<br />

Julio Cesar Minella<br />

Julio Cezar Vinholes Pintos<br />

Julio Dorneles<br />

Junaro Rambo Figueiredo<br />

Karin Uchôa<br />

Karla Fontoura<br />

Katia Helena Rodrigues<br />

Keity Oliveira<br />

Kenia Alberton<br />

Lairton Hauschild<br />

Lais Magalhães dos Santos<br />

Larissa Valim<br />

Lasier Teixeira Garcia<br />

Leandro Pinno<br />

Leandro Rodrigues Briato<br />

Leandro Silva<br />

Lenio Augusto Trevisan<br />

Léo Paulo Cendron<br />

Leomar José Behm<br />

Leonardo Gottems<br />

Leonardo Limke<br />

Leonardo Rangel<br />

Leonel Fernando Petry<br />

Leonir Aldrighi Baschi<br />

Leonir Fronza<br />

Leonir J. Gasperini Junior<br />

Letícia Queiro<br />

Levi Batista Lima Jr.<br />

Liane Moraes<br />

Liane Schimidt<br />

Lidia Maciel<br />

Lidio Bastos<br />

Liege Goreti Palma<br />

Lilian Vidor<br />

Lineu Ricardo Kem<br />

Lizane Radaelli<br />

Liziane Jardim<br />

Liziani Mesnerovicz<br />

Loiri Marchan<br />

Loreci Riewe<br />

Lori Odete Negrello<br />

Lorival da Rosa<br />

Lucia C. Magnet<br />

Luciana Ferraz<br />

Luciane Hagemann<br />

Luciano Gonçalves<br />

Luciano Moresco<br />

Luciano Palma de Azevedo<br />

Luciano S. Oliveira<br />

Lucio Borges<br />

Luia Barbacovi<br />

Luis Carlos A. Pereira<br />

Luis Carlos Balestrin<br />

Luis Carlos Machado<br />

Luis Cloves Molinari Silva<br />

Luis Fernando Nunes<br />

Luis Francisco de Carlos<br />

Luis Henrique Nunes<br />

Luis Henrique Oliveira Antonello<br />

Luis Leonel Hellman<br />

Luiz Antônio Palharin<br />

Luiz Augusto Schmidt<br />

Luiz Carlos Gauto da Silva<br />

Luiz Carlos Panosso<br />

Luiz Carlos Vilella<br />

Luiz Evaldt Steffen<br />

Luiz Felipe Brenner Machado<br />

Luiz Fernando Taddei<br />

Luiz Henrique Malheiros<br />

Luiz Otávio Prates<br />

Luiz P. G. Franken<br />

Magda Scarpatti<br />

Maiquel Steves de Lima<br />

Mara A. Salome<br />

Mara de Lourdes Dias<br />

Marcel Rotta Simon<br />

Marcelo Avila<br />

Marcelo Causoni<br />

Marcelo Drehmer<br />

Marcelo Portaluppi<br />

Marcelo Ribeiro<br />

Marcelo Rodrigues Pinheiro<br />

106 107<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Marcelo Soggin<br />

Márcia E. Ekert<br />

Marcia R. da Silva<br />

Marcia Rocha Brum<br />

Márcia Rosane Tedesco de Oliveira<br />

Marcio Mohlmaier<br />

Marcio Porciuncula<br />

Marco Antonio de Leon<br />

Marco Antonio Gallo<br />

Marco Antonio Monteiro Cardoso<br />

Marco Antônio Vasques Rodrigues Barbosa<br />

Marco Aurélio Eckert<br />

Marco Silva<br />

Marcone Correa<br />

Marcos Alexandre Cittolin<br />

Marcos Antônio Martini<br />

Marcos Antonio Oro<br />

Marcos Caselani<br />

Marcos Corso<br />

Marcos Daneluz<br />

Marcos Des Essarts<br />

Marcos Lazzaretti<br />

Marcos Mardonio<br />

Marcos Mattos<br />

Marcos Moraes<br />

Marcos Moura<br />

Marcus Jair Bandeira<br />

Maria Carolina Fortes<br />

Maria de Fatima<br />

Maria de Fátima Castro Mulazzani<br />

Maria Elisabeth Castro<br />

Maria Eneida P. das Neves<br />

Maria Goreti Torres Machado<br />

Maria Helena Câmara de Souza<br />

Mariana Correa<br />

Mariana Pereira<br />

Mariângela Mendonça<br />

Marilda Moraes<br />

Marilene F. K. Cadore<br />

Marilete Peres<br />

Marina Sinott<br />

Marino José Pollo<br />

Marino Krewer<br />

Mario Aldir Klein<br />

Mario Gabardo<br />

Mario Luiz Ceron<br />

Mariovane Weis<br />

Marisa Oliveira<br />

Marlene Sampaio<br />

Marli Heinle Gehm<br />

Marlin Martinelli<br />

Marlon Monteiro<br />

Marly Vendrusculo<br />

Matheus Costa<br />

Matione Sonego<br />

Maurício Medeiros<br />

Maurilio Pitton<br />

Mauro Galotto<br />

Mauro del Pino<br />

Mauro Pinheiro<br />

Mauro Rocha<br />

Mauro Schunke<br />

Max Teogenes Michels<br />

Michele Lunardi<br />

Michel Sonda<br />

Michele Ribeiro<br />

Miguel Mense<br />

Milton Nunes<br />

Miqueli Sturbelle<br />

Moacir Nedel<br />

Moacir Wesz Bonotto<br />

Moisés Batista Pedone de Souza<br />

Muriel Sarmento<br />

Nadir Gabe<br />

Nadir Leirão<br />

Natanael Engel<br />

Natasha Sheibler<br />

Nazario Rubi Kuentzer<br />

Nédio Rosolen<br />

Nedir Jose Buzato<br />

Nei Pereira dos Santos<br />

Nelci Ângelo Recalcati<br />

Neli Purini<br />

Neomar Gugel<br />

Nereida Mizzolo<br />

Neuro Pereira da Silva<br />

Neusa Luisa Panegalli<br />

Newton da Silva<br />

Nicanor Lima<br />

Nilo Leal da Silva<br />

Nilson Costa<br />

Nilson Paulo Costa<br />

Nilva Lopes Maldaner<br />

Nirlene Boers<br />

Nissio Esterazi<br />

Noemia Roreder<br />

Odair Knapp<br />

Odalir Ferla<br />

Odete Ribeiro<br />

Odi Paulo Lorenzini<br />

Olavo Borges<br />

Olivar Scherer<br />

Olivio José Casali<br />

Oneide Ronerio Adams<br />

Orenia Gomes Goeltzer<br />

Orimar Pizzamiglio<br />

Orlei Azeredo<br />

Orlei Azeredo Jr.<br />

Oscar Dall’agnol<br />

Osmar Guisleni<br />

Osvaldo Froner<br />

Otávio Valau<br />

Padre Luciano Oliveira G.<br />

Patric Cunha<br />

Patricia Cerutti<br />

Patrícia Nogueira<br />

Patrick Pereira<br />

Paula Almeida Ferreira<br />

Paula Loss<br />

Paula Schild Mascarenhas<br />

Pauleti Terezinha Souto<br />

Paulo Baldo<br />

Paulo Borges<br />

Paulo Bragança<br />

Paulo Brum<br />

Paulo Conceição<br />

Paulo Costi<br />

Paulo Dahmer<br />

Paulo Fernandes<br />

Paulo Henrique Mendes Lang<br />

Paulo Ivan Landgt<br />

Paulo Koschier<br />

Paulo Lima<br />

Paulo Lopes<br />

Paulo Mans<br />

Paulo Marangon<br />

Paulo Martins<br />

Paulo Nicolau<br />

Paulo P. Serafini<br />

Paulo Quadros<br />

Paulo Renato Meurer<br />

Paulo Ricardo de Melo<br />

Paulo Roberto Butzge<br />

Paulo Roberto Fernandes<br />

Paulo Silveira<br />

Paulo Souza<br />

Pedro Aguirre<br />

Pedro Niacome<br />

Pedro Nunes<br />

Pedro Paulo Fischer<br />

Pedro Santos Smash<br />

Pedro Sotili<br />

Peppi Brizola<br />

Pierre Emerim da Rosa<br />

Plinio Curti<br />

Plinio João Weigel<br />

Priscila Devens<br />

Rafael Fontana<br />

Rafael Fuca<br />

Rafael Gonçalves<br />

Raquel Barcellos<br />

Regis Luiz Hahn<br />

Remi Sergio Birck<br />

Renan Sartori<br />

Renata Ceratti<br />

Renata Matos<br />

Renata Rodrigues Coelho<br />

Renato Bolzan<br />

Renato Bonadiman<br />

Renato Cassol<br />

Renato Francisco Teixeira<br />

Renato Zanella F.<br />

Reovaldo Rodrigues<br />

Ricardo Ariel Romero<br />

Ricardo Bolson<br />

Ricardo F. Oliveira<br />

Ricardo Heihgille<br />

Ricardo Luiz Montagner<br />

Ricardo O. Jeiros<br />

Ricardo Olaechea Gadret<br />

Ricardo Tumelero<br />

Ricardo Vágner<br />

Rieli Rossini<br />

Roberto Bergmann<br />

Roberto Carlos Boff Turchiello<br />

Roberto Carlos Iopp<br />

Roberto Carvalho<br />

Roberto Felin Junior<br />

Roberto Leitão<br />

Roberto Luis Visoto<br />

Roberto Maciel Santos<br />

Roberto Moura<br />

Roberto Timoteo<br />

Robson Bobsin Brehn<br />

Rodrigo Oliboni<br />

Roge Fernando Ritter<br />

Rogemir Civa<br />

Roger Corrêa<br />

Rogério Belini Fachineto<br />

Rogério Grade<br />

Rômulo Kaizen<br />

Rony Sergio Carnieletto<br />

Roque Mationi<br />

Roque Montagner<br />

Rosane Tornquist Petry<br />

Rosaura Maria Pereira<br />

Roseane Oliveira<br />

Roseli Finkler<br />

Roseli Rost<br />

Roseli Silva<br />

Rossano Dotto Gonçalves<br />

Rozema Rosa<br />

Rozimar Bolzan<br />

Rubem Santos<br />

Ruben Weimer<br />

Rubia Frizzo<br />

Rudi Pinto<br />

Rudinei Harter<br />

Rui Carlos Gouvês<br />

Rui Cassina<br />

Sabrina da Silva<br />

Salmo Dias de Oliveira<br />

Sandra Amaral<br />

Sandra Dalmina<br />

Sandra Farias de Moraes<br />

Sandra Puhl Santos<br />

Sandra Snaeffer<br />

Sandro Camargo<br />

Sarafago Neri<br />

Savio Johnston Prestes<br />

Sedinei Rodrigues dos Santos<br />

Sélia Heck<br />

Selmar Roque Durigon<br />

Sergio Cogoy<br />

Sérgio Dantas<br />

Sergio Delias Machado<br />

Sérgio Frankini<br />

Sergio Luis Allebrandt<br />

Sergio P. Moraes<br />

Sergio Padilha<br />

Sergio Roberto Dotto<br />

Sergio Rossi Madruga<br />

Sergio Yunes<br />

Sergio Moraes<br />

Shelen Brignol<br />

Sidinei B. Oliveira<br />

Sidinei J. Ross<br />

Sidnei José Barbieri<br />

Sidnei Vasconcelos Callegaro<br />

Sidney Nunes das Neves<br />

Silas C. D. Rocha<br />

Sildo Cabreira<br />

Silon Junior Procath<br />

Silvano Faccin<br />

Silvestre Becker<br />

Silvia Carneiro<br />

Silvia R. Machado<br />

Silvia Valeria<br />

Silvio Machado<br />

Simone Bigliardi<br />

Simone Duarte da silva<br />

Simone Pacheco<br />

Simon Heberle<br />

Simonia Gonçalves oliveira<br />

Sirlei Silveira<br />

Solange Benotti Fagan<br />

Sonia Bohnen<br />

Stela Pinheiro Amaral<br />

Suimar Bressan<br />

Sylvio Motta<br />

Taciane Lais da Silva<br />

Tailor Silva<br />

Tais Brenzink<br />

Tais Fortes<br />

Tânia B. Georgi<br />

Tania M. Bernardi<br />

Tania Toffoli<br />

Tatiana Santos Rodrigues<br />

Tatiane Kristium<br />

Telda Assis<br />

Telmo Kist<br />

Tenente Costa<br />

Tiago Bertotti<br />

Tiago Gorski Lacerda<br />

Tiago Quintana<br />

Tiago S. Antunes<br />

Tiago Trojan<br />

Tiaraju Andrade<br />

Tito Cavali<br />

Tito Livio Jaeger filho<br />

Tompson Boniatti<br />

Traudie Conelsen<br />

Ubirajara Machado Teixeira<br />

Ulisses Cecchin<br />

Vagner Rodrigues<br />

Valdemar Fachinello<br />

Valdemir A. Fobim<br />

Valdinei Silveira<br />

Valdir Carlos fabris<br />

Valdir Petter<br />

Valdomiro de Matos Novaski<br />

Valerio Ernesto Marcon<br />

Valério José Esquinatti<br />

Valério Vilí Trebien<br />

Valeska Huffel<br />

Valmir Elton Seifert<br />

Valmir Luiz Menegat<br />

Valmor Rossetto<br />

Valmor Sebem<br />

Valserina Maria Bulegon Gassen<br />

Valtemar José Machado de Oliveira<br />

Vanderle Colle<br />

Vânia Valadão<br />

Vanice Helena Andrade de Matos<br />

Vanilde Dalcin<br />

Vera Grujicic Marcelja<br />

Vera Kohler<br />

Veronice Camargo<br />

Vilmar João Foletto<br />

Vilmar Reidel<br />

Vilmar Sidinei Horbach<br />

Vilmar Vivian<br />

Vilson Serro<br />

Vilson Wagner<br />

Vinicius Assumpção<br />

Vinicius Cornelli<br />

Vinicius F. dos Santos<br />

Vitor Ivan Gonçalves Rodrigues<br />

Vitoria Nobrega M. D.<br />

Vivian Angeli<br />

Vladimir Antônio Vettorato<br />

Vladimir M. Gonsalves<br />

Volmir José Miki Breier<br />

Volmir Pedro Capitanio<br />

Volnei Colvero Savegnago<br />

Volnei Minozzo<br />

Wagner Bitencourt<br />

Wanderlei Ghilardi<br />

Wilson Lile<br />

Zalmir Soares<br />

Zilase Rossignollo Cunha<br />

Zilio Roggia<br />

Zumar Lessa<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

108 109


111<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30


Patrocínio Institucional

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