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revista vuss. verão 2018 - rep

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azilian tropical<br />

A coleção da <strong>vuss</strong>. está um luxo! De fácil digestão, bem comercial<br />

e com pegada de hit. Tudo inspirado na fauna, flora e cultura da<br />

Floresta Amazônica. Com inspirações visuais de cores, construções,<br />

texturas e estéticas, mas também literais, como nas estampas de<br />

araras, tucanos e flores que explodem bom gosto.<br />

“A Amazônia é sem dúvida uma fonte infinita de inspiração para<br />

artistas, designers e estilistas do mundo inteiro”, explica Gunther<br />

baldi sobre a inspiração na criação das peças. Todas as peças da<br />

<strong>vuss</strong>. estão em sintonia com as belezas naturais desta floresta – que<br />

é nossa e cobiçada pelo mundo inteiro.<br />

A nova coleção da <strong>vuss</strong>., chamada de “Brazilian Tropical” é um<br />

ótimo exemplar da qualidade da moda brasileira – e capixaba (que<br />

orgulho!) - quando se trata de Amazônia. Estrelada pelos modelos<br />

Stephany Pim, Daivid Santos e Mateus Acerbi a coleção reúne<br />

estampas, cores e texturas da floresta em combinações de tirar o<br />

fôlego e alvoroçar aquele desejo por ter algumas peças da coleção.<br />

Ou todas.<br />

<strong>vuss</strong>. é pura inspiração!


Mezanino <strong>vuss</strong>.<br />

Vuss. conversou com o empresário Bruno Molina, que comanda uma mega-loja de acabamentos que atende todo o<br />

Espírito Santo com sede em Linhares, e criou uma série de dicas de decoração que ele garimpou com vários profissionais<br />

do setor: arquitetos, decoradores, designers de interiores e apaixonados pelo segmento falam do que é tendência e do que<br />

pode ser moda, assim como Vuss. é: pura inspiração.<br />

Mistura Fina<br />

Nesta entrada residencial, a arquiteta Ludimila Brito abusou<br />

do 3d Nina Martinelli em formato hexagonal na cor cinza,<br />

que combinado com o porcelanato oxidado também na cor<br />

cinza da Villagres, deram destaque para esta porta perfeita<br />

revestida em chapas de cobre natural. Surpreendente!<br />

Fotografia em Alta<br />

Aposte em quadros como itens decorativos, são sempre<br />

bem-vindos! Uma tendência muito forte no setor é o uso<br />

de fotografias como quadros que independente do estilo,<br />

tem como proposta deixar o ambiente mais moderno e<br />

“humanizado”. Aqui, duas telas do fotógrafo capixaba<br />

Cacá Lima, reconhecido por retratar as belezas do<br />

nosso Estado. 1. Coleção Paneleiras 90x110. 2. Manto<br />

de Santo Antônio 98x73. As fotos são impressas em<br />

alta qualidade no papel RagPhotographie 310g Canson<br />

100% fibra de algodão e tinta a base mineral. Confira a<br />

galeria do fotógrafo em www.cacalimafoto.com.br<br />

Belas e competentes<br />

As arquitetas<br />

linharenses Thais<br />

Fiorete (esq.) e Thaise<br />

Arpini esbanjam<br />

simpatia e bom gosto<br />

por onde passam.


Mezanino <strong>vuss</strong>.<br />

Proposta Ousada<br />

O uso de produtos naturais está cada vez mais presente<br />

em projetos de arquitetura, por proporcionarem aconchego<br />

e muitas vezes conforto para dentro do ambiente.<br />

Pensando nisso, a Ritallio traz para o mercado uma<br />

linha de tijolos de pedra natural. A matéria-prima do<br />

Mattone Sabbia é o Crema Marfil, um mármore nobre<br />

bem conhecido por arquitetos e decoradores. Seu diferencial<br />

é o acabamento talhado que as peças recebem,<br />

possibilita paginações com efeitos únicos e são indicados<br />

para paredes internas e externas. A coleção dos tijolos<br />

possuem quatro cores diferentes, e conta com a garantia<br />

e qualidade do Grupo Mosarte. Encontrado em boutique<br />

especializada de acabamentos aqui da região, com<br />

preços direto de fábrica. (Foto: Divulgação)<br />

Design em Tramas<br />

Não é de hoje que o uso de materiais naturais vem sendo usados em produtos e elementos da decor. E a cada ano este<br />

conceito ganha mais espaço! Afinal, nada mais aconchegante do que a sensação que estes produtos nos trazem. A marca<br />

brasileira Lovato emplacou no gosto dos principais arquitetos e decoradores Brasil a fora devido à versatilidade de seus<br />

produtos. Os produtos são feitos de estrutura metálica, madeira cumaru e tramas de corda naval, que é o diferencial da<br />

marca e convenhamos, é um charme a parte! Ah, a propósito a corda naval é de alta<br />

durabilidade e ao contrário do que parece, é confortável sim! A marca chega com<br />

tudo a Linhares e região, através da CN Representações dos empresários Flaviano<br />

Matos Ruy e Jefferson Oliveira. Conheci o portfólio de produtos, que são produzidos<br />

para áreas externas como varandas descobertas, deck de piscina, dentre outros.<br />

Mas cabem muito bem em ambientes descontraídos e<br />

despojados como espaços gourmets, varandas internas e<br />

porque não na sala?<br />

Prova disto selecionei a Linha Turim. Com traços simples,<br />

seu design proporciona conforto destacando-se na<br />

decoração. A linha foi concebida pelo Designer Rodrigo<br />

Karam, que buscou a essência do sentar e o resgate das<br />

memórias afetivas da querida e famosa cadeira de balanço<br />

da vovó. Conheça outros produtos da linha, vale a pena!<br />

Fotos: arquivo poltrona / arquivo<br />

mesa Crédito da foto: Divulgação


Décadas de Versatilidade<br />

Hoje, eu escolhi um tema que ainda é muito atual no mundo da arquitetura, o Cobogó. Criado em Recife na<br />

década de 1920, com a finalidade de solucionar sistemas construtivos da época na região nordeste, este elemento<br />

construtivo ganhou novas funções de uso nas edificações arquitetônicas, principalmente após a Era Lucio Costa,<br />

arquiteto modernista que difundiu o elemento vazado no projeto do Plano Piloto da capital Brasília.<br />

Cobogó Raízes, da Designer Capixaba Ana Paula Castro.<br />

A artista plástica e ceramista Calu<br />

Fontes e seu Cobogó Finestra para<br />

Eu creio que hoje, o Cobogó seja<br />

uma das soluções mais criativas<br />

na arquitetura de interiores e/<br />

ou exteriores, devido sua alta<br />

versatilidade. Seu uso transita<br />

pelos caminhos da estética à<br />

funcionalidade. O mercado<br />

investiu pesado nos cobogós, que<br />

agora podem ser encontrados<br />

em diversos tipos de materiais,<br />

como vidro, cerâmica, madeira<br />

e até mesmo em propostas<br />

mais ousadas e modernas em<br />

concreto natural.<br />

Chique Industrial<br />

São tantas inspirações que vemos por ai, que fica até difícil achar a opção que mais nos agrada! O estilo industrial vem<br />

ganhando cada vez mais adeptos, talvez pela sua versatilidade e texturas naturais destonadas dos produtos. Mas, para os<br />

que gostam de sofisticação os fabricantes apostam em um toque mais chique! Neste mix de produtos que eu selecionei, é<br />

possível ter a noção da releitura deste estilo.<br />

1.Com estrutura de cobre e apelo industrial, esta luminária<br />

da Klaxon deixa a mostra o cabo elétrico revestido de<br />

tecido e também a lâmpada, que pode ser incandescente,<br />

de LEED ou de filamento. 2.A cuba de apoio da Deca,<br />

ganha um tom mais natural com o acabamento Grey<br />

Stone, simulando perfeitamente uma peça em pedra com<br />

textura suave ao toque. 3.Saboneteira da Linha Paper da<br />

ZenPrivê assinada pelo renomado Designer Cleber Luís<br />

da Ré, linhas curvas e acabamento em cobre envelhecido.<br />

4.Vencedor do 25º Prêmio Design Museu Casa Brasileira<br />

em 2011, o Banco Phillips de autoria de Jader Almeida<br />

ganhou nova estampagem, estrutura de metal pintado em<br />

cobre e tampo em madeira, experimente também como<br />

mesa lateral. 5.Espelho redondo em estrutura de alumínio e<br />

alça em couro, um charme! 6.Seat Garden em estrutura de<br />

alumínio preto fosco e tampo em madeira. 7. Com bordas<br />

levemente arredondadas e sutis variações de tonalidade<br />

esverdeada, o tijolo Bristol da BrickStudio retrata com<br />

perfeição a pegada industrial.


Saúde & Beleza<br />

O cirurgião plástico Felipe Pittella explica a diferença entre implante e transplante capilar<br />

O ditado popular: ‘é dos carecas que elas gostam mais’<br />

parece estar com os dias contados. Isto porque as técnicas<br />

revolucionárias que preenchem as áreas calvas invadiram os<br />

consultórios dos cirurgiões plásticos.<br />

Mas aí vem a dúvida. Implante ou transplante capilar?<br />

Os termos podem causar um pouco de confusão e são<br />

popularmente usados como sinônimos. Entretanto, o nome<br />

correto da técnica consagrada para tratamento da calvície<br />

é ‘Transplante Capilar’. O cirurgião plástico Felipe Pittella,<br />

membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC),<br />

explica que no procedimento coleta-se fios saudáveis do<br />

couro cabeludo ou de outras partes do corpo que são levados<br />

para preencher as áreas calvas. O termo ‘Implante’ se refere<br />

ao ato de inserir esses fios saudáveis, que foram coletados<br />

das áreas doadora, nas áreas calvas, um-a-um. “Poderíamos<br />

dizer resumidamente que o Implante de Cabelo é uma parte<br />

do procedimento de Transplante Capilar”, reforça.<br />

O transplante capilar pode ser realizado tanto em homens<br />

quanto em mulheres, passando por algumas variações<br />

devido às mudanças existentes entre os corpos feminino e<br />

masculino. Assim, praticamente todas as pessoas afetadas<br />

pela calvície poderão se submeter à cirurgia, até mesmo<br />

diabéticos e hipertensos, bastando que, nesses casos, os<br />

pacientes sejam devidamente monitorados pelo anestesista<br />

do centro cirúrgico.<br />

Contudo, algumas pessoas possuem uma área doadora pobre<br />

em volume capilar. Essa quantidade mínima de fios poderá<br />

ser insuficiente para estabelecer uma boa cobertura da área<br />

do couro cabeludo comprometida pela calvície e poderá ser<br />

necessária a obtenção de mais fios de outras regiões do corpo<br />

(por exemplo: a barba, os pelos do tórax e etc).<br />

serão rejeitados pelo corpo.”, alerta Felipe Pittella.<br />

Sim, o transplante capilar funciona!<br />

Em nosso organismo a testosterona se converte em DHT, e<br />

algumas áreas do couro cabeludo, como a região frontal, a<br />

coroa e as famosas “entradas”, têm uma maior quantidade<br />

de receptores desse metabólito, não por acaso, são essas as<br />

regiões de maior queda de cabelo nos homens.<br />

“A maioria dos calvos ainda têm cabelos nas áreas laterais<br />

do couro cabeludo (chamadas de têmporas) e na nuca. É<br />

justamente por isso que essas áreas servem como doadoras<br />

de fios no implante capilar. Ao transplantar tecido de<br />

qualquer parte do corpo humano para outra, ele manterá<br />

as características do local de origem, e não da região para a<br />

qual foi transplantado”, pontua o cirurgião plástico.<br />

Assim, os cabelos transplantados carregam consigo as<br />

características da área de onde saíram, conservando-as<br />

por tempo indeterminado. Logo, os fios transplantados não<br />

terão tendência à cair. Existe também um tipo de ‘Implante’<br />

que se refere à inserção de fios artificiais no couro cabeludo.<br />

“Nesse procedimento, vários fios sintéticos são inseridos no<br />

couro cabeludo. Como esses ‘fios’ <strong>rep</strong>resentam um ‘corpo<br />

estranho’ ao organismo, com o passar do tempo, os fios<br />

poderão ser rejeitados pelo organismo, voltando a cair<br />

deixando cicatrizes nos locais que foram inseridos”, finaliza<br />

Felipe.<br />

“Não podem ser implantados fios de uma pessoa para outra,<br />

apesar de não ser impossível, são grandes as chances dessa<br />

ação gerar complicações futuras, já que os fios implantados<br />

serão vistos como elementos estranhos pelo organismo e


universo <strong>vuss</strong>.<br />

<strong>vuss</strong>. A grife capixaba que sabe onde quer chegar<br />

Desde que criou a marca <strong>vuss</strong>. o jovem empresário Gunther<br />

Baldi respira moda. O estilo da grife capixava – que vêm<br />

conquistando mercado brasileiro - revela os traços da jovialidade<br />

de um Brasil alegre e diversificado, com estampas únicas e<br />

coleções sempre imperdíveis. O colorido da <strong>vuss</strong>. imprime nas<br />

araras das multimarcas que as <strong>rep</strong>resenta o seu espírito dinâmico<br />

e despretensioso.<br />

“Tudo começo através do esporte, onde sempre fui praticante de<br />

esportes radicais, como surf, caça submarina, pesca oceânica,<br />

rapel, bike e minha grande paixão o motocross onde competi em<br />

nível nacional. Então resolvi criar uma marca onde imprimiria<br />

aquilo que me emocionava de alguma forma, dai foi fácil juntar<br />

os esportes com a natureza.<br />

Eu saí por aí de mochila nas costas vendendo o meu sonho. Isso<br />

era a única coisa que eu tinha para oferecer”, conta Gunther<br />

afirmando que deve muito à sua sorte. “Acho que a história que<br />

eu contava e a paixão que tinha fazendo aquilo convenciam as<br />

pessoas”, explica o empresário, que antes de criar a <strong>vuss</strong>. ajudava<br />

o pai nas fazendas da família.<br />

Embora o crescimento do número de lojas que comercializam a<br />

<strong>vuss</strong>. não pareça tão grande em comparação com outras grifes já<br />

consolidadas e em expansão, esse ritmo faz parte da estratégia<br />

da empresa. Focada no público masculino “jovem de espírito”<br />

de todas as classes sociais, que vai de 25 a até 60 anos, a marca<br />

seleciona bem os locais onde vai abrir seus pontos-de-venda e<br />

todas as unidades passam por este trabalho sensorial para não<br />

correr risco de haver distorções no trabalho de experiência<br />

desenvolvido.<br />

“Cada ponto de venda que viabilizamos por meio de parceiros<br />

é melhor que a outro. Nosso negócio é prosperar a partir da<br />

experiência”, explica Gunther. Aliás, a fórmula de paixão e<br />

experiência parece dar certo e fideliza consumidores. A maioria<br />

dos clientes <strong>vuss</strong>. voltam às compras mensalmente. “ Estou nesse<br />

negócio para ser feliz e fazer feliz quem escolhe <strong>vuss</strong>. para o seu<br />

estilo de ser e de viver”, finaliza o jovem empresário.<br />

A grife saboreia o sucesso entre os consumidores com tão pouco<br />

tempo de mercado. E investe na profissionalização da sua equipe<br />

de <strong>rep</strong>resentantes. Já a partir desta coleção – Brazilian Tropical<br />

- nos pontos-de-venda, além de muitas bermudas com estampas<br />

aquareladas e de paisagens e cenas das belezas da fauna e flora<br />

o consumidor vai encontrar vendedores treinados para passar o<br />

espírito <strong>vuss</strong>. de ser.<br />

“Investir na equipe de <strong>rep</strong>resentantes e no atendimento é prioridade<br />

da <strong>vuss</strong>., que tem como objetivo tornar os funcionários amigos<br />

dos clientes. Para promover esse “encontro entre conhecidos” é<br />

necessário esta aproximação para que todos tenham a mesma<br />

paixão pela <strong>vuss</strong>. que nós temos”, ressalta Gunther.<br />

Gunther Baldi em um treino de motocross<br />

foto: instagram @guntherbaldi<br />

Gunther Baldi em um mergulho com a familia, em novaviçosa<br />

extremo sul da Bahia foto: instagram<br />

@guntherbaldi


papo gourmet<br />

O que é que acontece se colocarmos garrafas de vinho,<br />

durante oito meses a 30 metros de profundidade no lago<br />

do Alqueva, em Portugal? O resultado, é o Vinho da Água,<br />

dando origem ao Vinho Tinto, produzido com um dos rótulos<br />

topo de gama da empresa, o Conde d’Ervideira. A inovação<br />

da Ervideira tem avançado ao ritmo alucinante das ideias e<br />

dos sonhos de Duarte Leal da Costa.<br />

Num processo inovador e pioneiro no Alentejo, a Ervideira<br />

buscou obter um vinho com mais corpo, juventude e<br />

estrutura, tornando-se mais aromático e com uma cor<br />

mais violácea, proporcionado pelas condições de submersão<br />

aquática de total ausência de luz, bem como a temperatura<br />

de 17ºC, em qualquer momento do dia ou do ano.<br />

“Um produtor deve ver um pouco mais além da sua<br />

produção e da sua região, deve saber o que há no mercado<br />

e procurar criar algo de verdadeiramente diferenciador”,<br />

destaca Duarte. Para o produtor o consumidor brasileiro<br />

de vinhos é ainda mais atento que o Português, pois quer<br />

ter um conhecimento abrangente do mundo e do que há de<br />

diferente.<br />

“Existem bons vinhos em todas as regiões de Portugal. Qual<br />

é o papel da Ervideira? Não é fazer mais um vinho excelente,<br />

mas sim fazer um vinho único, como o Invisível ou este<br />

Vinho da Água”, destaca o produtor, que promete continuar<br />

a inovar.<br />

A adega da Ervideira viu na crise de 2008, “uma oportunidade<br />

para fazer diferente”. A aposta na diferenciação, na imagem,<br />

sem nunca esquecer a qualidade dos vinhos, permitindo a<br />

empresa de Évora registar em 2016, um volume de vendas<br />

de 500 mil garrafas.<br />

O vinho que vem da água.<br />

Em um processo inovador, vinho é submergido a 30 metros de profundidade no lago do Alqueva em Portugal.


papo gourmet<br />

A feijoada como ela deve ser<br />

Em sua estreia, a Vuss. Gastronomia não poderia falar de outro<br />

assunto. Parafraseando o chef Anthony Bourdain, que correu<br />

o mundo atrás do “prato perfeito”, lançaria minha busca pela<br />

“feijoada perfeita”. É que hoje há feijoadas de todos os tipos,<br />

para todos os gostos. Mas quase todas deixando o conceito<br />

original desse prato bem brasileiro, até mesmo para atender<br />

algumas recomendações do (chato) momento do politicamente<br />

correto que nos cerca por todos os lados. É feijoada light, diet,<br />

seja lá como for… os apelos não faltam.<br />

No João de Barro a feijoada é servida todos os ingredientes<br />

juntos, no mesmo caldeirão, dando tempo para pegar bem o<br />

gosto, que tem de ser o mesmo em todos os itens. E se você gosta<br />

mais do charque, da costelinha, do paio ou da banana da terra<br />

que tão bem se encaixou nos sabores oferecidos, ainda tem a<br />

opção de solicitar o garçom a acrescentar um destes itens no<br />

pedido original. Há também um acréscimo no valor. Porque<br />

há rejeição de algumas pessoas aos outros pedaços do porco –<br />

explica Tiago Bachetti, proprietário do restaurante.<br />

Sérgio Porto, o brilhante Stanislaw Ponte Preta, jornalista e<br />

cronista do século passado, frasista emérito, afirmou certa<br />

vez: “Uma feijoada só é completa quando tem ambulância de<br />

plantão.” Ou seja: com direito a todas as gorduras e a todos<br />

os pedaços do porco, que fazem a essência do prato. Algumas<br />

feijoadas famosas dos tempos de agora seguem um método<br />

que vai contra esse princípio pontepretano. Os ingredientes são<br />

cozidos todos com um ou dois dias de antecedência e, depois de<br />

frios, a camada de gordura que se solidifica em cima é retirada,<br />

para que a mistura final possa se processar com o feijão.<br />

Mas, ainda assim, com cada item em sua própria panela:<br />

charque aqui, lombo ali, paio acolá e assim por diante com<br />

orelha, rabo, pé e o que mais vier. O freguês mistura na mesa<br />

de servir, ao seu gosto. Não se pode negar que fica saboroso,<br />

quando bem caprichado. Mas, a rigor, esse produto final não<br />

pode ser classificado como feijoada, com todas as suas regras<br />

básicas. É um feijão cozido, bem temperado, acompanhado de<br />

peças de carne de porco segundo a vontade de cada um.<br />

Além das partes da feijoada, também chegam à mesa recipientes<br />

com couve, vinagrete, farofa, arroz e um molho de pimenta<br />

dedo-de-moça que não é nada forte (até poderia ser um pouco<br />

mais) e completa com louvor o sabor final. Ah! A laranja pode<br />

acompanhar a feijoada se o cliente solicitar. Eu acho o cítrico<br />

um charme.<br />

Para acompanhar, uma boa variedade de cervejas (rótulos<br />

artesanais, além das comerciais tradicionais) que se dão muito<br />

bem com o prato. O João de Barro tem capacidade para 150<br />

pessoas em seu interior muito bem decorado e agradável. No<br />

som ambiente, ora com música popular brasileira, ora com<br />

sertanejo ou até pop rock.<br />

O fim de semana chegou, e se vocêr estiver em Linhares, fica aí<br />

a dica. Lá, é para chegar com preguiça e passar bons momentos<br />

do sábado saboreando a verdadeira feijoada brasileira.<br />

Feijoada pra valer tem todos os ingredientes cozidos ao mesmo<br />

tempo, na mesma panela e com os mesmos temperos. Como<br />

a do João de Barro, um restaurante no bairro Três Barras,<br />

em Linhares (terra da Vuss.) que lota aos sábados, quando a<br />

feijoada se torna a grande estrela da casa. Funciona das 11h<br />

às 15h, em torno desse prato brasileiro (e as outras opções<br />

do cardápio, é claro), servido com todos os requisitos que<br />

certamente agradariam Stanislaw Ponte Preta.<br />

Com vinagrete, couve, farofa e torresmo

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