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Saúde & Beleza<br />
O cirurgião plástico Felipe Pittella explica a diferença entre implante e transplante capilar<br />
O ditado popular: ‘é dos carecas que elas gostam mais’<br />
parece estar com os dias contados. Isto porque as técnicas<br />
revolucionárias que preenchem as áreas calvas invadiram os<br />
consultórios dos cirurgiões plásticos.<br />
Mas aí vem a dúvida. Implante ou transplante capilar?<br />
Os termos podem causar um pouco de confusão e são<br />
popularmente usados como sinônimos. Entretanto, o nome<br />
correto da técnica consagrada para tratamento da calvície<br />
é ‘Transplante Capilar’. O cirurgião plástico Felipe Pittella,<br />
membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC),<br />
explica que no procedimento coleta-se fios saudáveis do<br />
couro cabeludo ou de outras partes do corpo que são levados<br />
para preencher as áreas calvas. O termo ‘Implante’ se refere<br />
ao ato de inserir esses fios saudáveis, que foram coletados<br />
das áreas doadora, nas áreas calvas, um-a-um. “Poderíamos<br />
dizer resumidamente que o Implante de Cabelo é uma parte<br />
do procedimento de Transplante Capilar”, reforça.<br />
O transplante capilar pode ser realizado tanto em homens<br />
quanto em mulheres, passando por algumas variações<br />
devido às mudanças existentes entre os corpos feminino e<br />
masculino. Assim, praticamente todas as pessoas afetadas<br />
pela calvície poderão se submeter à cirurgia, até mesmo<br />
diabéticos e hipertensos, bastando que, nesses casos, os<br />
pacientes sejam devidamente monitorados pelo anestesista<br />
do centro cirúrgico.<br />
Contudo, algumas pessoas possuem uma área doadora pobre<br />
em volume capilar. Essa quantidade mínima de fios poderá<br />
ser insuficiente para estabelecer uma boa cobertura da área<br />
do couro cabeludo comprometida pela calvície e poderá ser<br />
necessária a obtenção de mais fios de outras regiões do corpo<br />
(por exemplo: a barba, os pelos do tórax e etc).<br />
serão rejeitados pelo corpo.”, alerta Felipe Pittella.<br />
Sim, o transplante capilar funciona!<br />
Em nosso organismo a testosterona se converte em DHT, e<br />
algumas áreas do couro cabeludo, como a região frontal, a<br />
coroa e as famosas “entradas”, têm uma maior quantidade<br />
de receptores desse metabólito, não por acaso, são essas as<br />
regiões de maior queda de cabelo nos homens.<br />
“A maioria dos calvos ainda têm cabelos nas áreas laterais<br />
do couro cabeludo (chamadas de têmporas) e na nuca. É<br />
justamente por isso que essas áreas servem como doadoras<br />
de fios no implante capilar. Ao transplantar tecido de<br />
qualquer parte do corpo humano para outra, ele manterá<br />
as características do local de origem, e não da região para a<br />
qual foi transplantado”, pontua o cirurgião plástico.<br />
Assim, os cabelos transplantados carregam consigo as<br />
características da área de onde saíram, conservando-as<br />
por tempo indeterminado. Logo, os fios transplantados não<br />
terão tendência à cair. Existe também um tipo de ‘Implante’<br />
que se refere à inserção de fios artificiais no couro cabeludo.<br />
“Nesse procedimento, vários fios sintéticos são inseridos no<br />
couro cabeludo. Como esses ‘fios’ <strong>rep</strong>resentam um ‘corpo<br />
estranho’ ao organismo, com o passar do tempo, os fios<br />
poderão ser rejeitados pelo organismo, voltando a cair<br />
deixando cicatrizes nos locais que foram inseridos”, finaliza<br />
Felipe.<br />
“Não podem ser implantados fios de uma pessoa para outra,<br />
apesar de não ser impossível, são grandes as chances dessa<br />
ação gerar complicações futuras, já que os fios implantados<br />
serão vistos como elementos estranhos pelo organismo e