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revista vuss. verão 2018 - rep

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Saúde & Beleza<br />

O cirurgião plástico Felipe Pittella explica a diferença entre implante e transplante capilar<br />

O ditado popular: ‘é dos carecas que elas gostam mais’<br />

parece estar com os dias contados. Isto porque as técnicas<br />

revolucionárias que preenchem as áreas calvas invadiram os<br />

consultórios dos cirurgiões plásticos.<br />

Mas aí vem a dúvida. Implante ou transplante capilar?<br />

Os termos podem causar um pouco de confusão e são<br />

popularmente usados como sinônimos. Entretanto, o nome<br />

correto da técnica consagrada para tratamento da calvície<br />

é ‘Transplante Capilar’. O cirurgião plástico Felipe Pittella,<br />

membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC),<br />

explica que no procedimento coleta-se fios saudáveis do<br />

couro cabeludo ou de outras partes do corpo que são levados<br />

para preencher as áreas calvas. O termo ‘Implante’ se refere<br />

ao ato de inserir esses fios saudáveis, que foram coletados<br />

das áreas doadora, nas áreas calvas, um-a-um. “Poderíamos<br />

dizer resumidamente que o Implante de Cabelo é uma parte<br />

do procedimento de Transplante Capilar”, reforça.<br />

O transplante capilar pode ser realizado tanto em homens<br />

quanto em mulheres, passando por algumas variações<br />

devido às mudanças existentes entre os corpos feminino e<br />

masculino. Assim, praticamente todas as pessoas afetadas<br />

pela calvície poderão se submeter à cirurgia, até mesmo<br />

diabéticos e hipertensos, bastando que, nesses casos, os<br />

pacientes sejam devidamente monitorados pelo anestesista<br />

do centro cirúrgico.<br />

Contudo, algumas pessoas possuem uma área doadora pobre<br />

em volume capilar. Essa quantidade mínima de fios poderá<br />

ser insuficiente para estabelecer uma boa cobertura da área<br />

do couro cabeludo comprometida pela calvície e poderá ser<br />

necessária a obtenção de mais fios de outras regiões do corpo<br />

(por exemplo: a barba, os pelos do tórax e etc).<br />

serão rejeitados pelo corpo.”, alerta Felipe Pittella.<br />

Sim, o transplante capilar funciona!<br />

Em nosso organismo a testosterona se converte em DHT, e<br />

algumas áreas do couro cabeludo, como a região frontal, a<br />

coroa e as famosas “entradas”, têm uma maior quantidade<br />

de receptores desse metabólito, não por acaso, são essas as<br />

regiões de maior queda de cabelo nos homens.<br />

“A maioria dos calvos ainda têm cabelos nas áreas laterais<br />

do couro cabeludo (chamadas de têmporas) e na nuca. É<br />

justamente por isso que essas áreas servem como doadoras<br />

de fios no implante capilar. Ao transplantar tecido de<br />

qualquer parte do corpo humano para outra, ele manterá<br />

as características do local de origem, e não da região para a<br />

qual foi transplantado”, pontua o cirurgião plástico.<br />

Assim, os cabelos transplantados carregam consigo as<br />

características da área de onde saíram, conservando-as<br />

por tempo indeterminado. Logo, os fios transplantados não<br />

terão tendência à cair. Existe também um tipo de ‘Implante’<br />

que se refere à inserção de fios artificiais no couro cabeludo.<br />

“Nesse procedimento, vários fios sintéticos são inseridos no<br />

couro cabeludo. Como esses ‘fios’ <strong>rep</strong>resentam um ‘corpo<br />

estranho’ ao organismo, com o passar do tempo, os fios<br />

poderão ser rejeitados pelo organismo, voltando a cair<br />

deixando cicatrizes nos locais que foram inseridos”, finaliza<br />

Felipe.<br />

“Não podem ser implantados fios de uma pessoa para outra,<br />

apesar de não ser impossível, são grandes as chances dessa<br />

ação gerar complicações futuras, já que os fios implantados<br />

serão vistos como elementos estranhos pelo organismo e

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