Revista +Saúde - 2ª Edição
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ESPAÇO MULHER<br />
Olá, Meus Amores! Nessa edição da <strong>Revista</strong> Mais Saúde, o nosso<br />
#EspaçoMulher traz a “Carta do Leitor”. Muitos de vocês enviaram, pelas minhas<br />
redes sociais, histórias lindas e emocionantes de suas vidas!<br />
Foi difícil escolher uma só pra publicar, mas a escolhida, dessa vez, foi uma<br />
história de superação! Quem me enviou foi a minha leitora, Fabrícia Carvalho.<br />
Espero que gostem e se emocionem, tanto quanto eu!<br />
“Quando engravidei, aos 19 anos,<br />
sem querer, diga-se de passagem, era<br />
muito imatura, tanto eu como o pai.<br />
Brigávamos muito. Era um daqueles<br />
namoros vai e volta, ninguém punha fé<br />
na gente. Acho que nem nós mesmos.<br />
Quando descobri que estava grávida foi<br />
devastador... Mas quis bancar a durona,<br />
tipo: dou conta do recado, até sozinha !!!<br />
A gestação toda foi muito difícil,<br />
emocionalmente, pois não ficamos juntos.<br />
E, no quarto mês de gestação, descobri<br />
que minha filha tinha um problema<br />
muito sério, ela tinha gastrosquize (a<br />
barriguinha estava aberta), as chances<br />
eram pequenas e os recursos financeiros<br />
também. Muita gente até disse que<br />
eu não deveria montar enxoval, pois<br />
as chances dela sobreviver eram muito<br />
poucas (e eram mesmo!). E, para piorar,<br />
eu e meu esposo não nos entendíamos<br />
de jeito nenhum. Minha médica me<br />
disse que eu não passaria do oitavo mês<br />
e que, de todo jeito, aqui em Itumbiara,<br />
não havia recursos para a cirurgia que<br />
ela precisaria fazer, assim que nascesse.<br />
Fui para Uberlândia com a ajuda de<br />
uma tia, consegui uma vaga na Medicina.<br />
Foi muito estranho! Como meu caso<br />
era raro, eu me senti uma cobaia. Muitos<br />
estudantes na sala de ultrassom, “acompanhando”<br />
meu caso.<br />
Lembro-me perfeitamente quando<br />
o doutor me disse, no último ultrassom:<br />
vamos tirar na segunda-feira (era sexta).<br />
Sabe... ele não disse: “Você vai ter o<br />
bebê” , ou “Vamos fazer seu parto”. Ele<br />
disse: Vamos tirar! Nossa...fiquei perdida.<br />
Nossa... muito perdida.<br />
Praticamente, não tinha chances<br />
mesmo. Minha menina pesava somente<br />
1,300kg e ainda teria que passar por<br />
uma cirurgia...os pulmões ainda estavam<br />
“verdes”.<br />
No dia do parto, eu estava aérea...<br />
parecia estar meio dopada. Um misto de<br />
tristeza e angústia, por dentro. Me sentia<br />
uma fracasso.<br />
Mas o ponto principal dessa história,<br />
começa agora: fui para a sala do<br />
pré-parto, com aquela roupinha aberta<br />
nas costas. Na sala havia umas 8 mulheres,<br />
todas grávidas, esperando. Algumas<br />
conversando sobre qual problema tinha<br />
(todas que estavam ali tinham problemas,<br />
a Medicina só pegava casos muito<br />
difíceis). Ficar ali não me fazia sentir<br />
bem, não achava natural ficar falando de<br />
“problemas”, tipo: o meu tem isso...e o<br />
seu? (Que tipo de pessoa acha que isso<br />
ajuda?)<br />
Mas enfim, eu lá, perdida em pensamentos<br />
e, de repente, aparece uma<br />
enfermeira, linda, muito linda. Era<br />
loira de cabelos bem cacheadinhos e<br />
olhos de um azul que nunca vi igual.<br />
Ela disse - Fabricia?! Vem comigo,<br />
chegou a hora!<br />
Me levantei..meio “grogue”. Ela<br />
pegou na minha mão e fomos. Paramos<br />
na porta do centro cirúrgico e<br />
ela, segurando a minha mão, disse: “-<br />
Calma, tudo vai dar certo. Eu vou te<br />
ajudar. Pode ficar tranquila!”<br />
Não sei dizer ao certo como aquelas<br />
palavras me tranquilizaram, foi<br />
um torpe.<br />
Entrei...Ela não. Me lembro daquela<br />
luz enorme sobre mim, do corte<br />
(sim, eu senti o corte), do grito, depois<br />
apaguei.<br />
Acordei no corredor, a mesma<br />
enfermeira estava ao meu lado, pegou<br />
novamente em minhas mãos e disse:<br />
“- Deu tudo certo, sua menina vai ficar<br />
bem. Você vai ficar bem!” Depois<br />
apaguei de novo.<br />
Já no quarto, depois de 2 dias,<br />
sentindo a falta da enfermeira, perguntei<br />
a todos sobre ela, mas ninguém<br />
soube me falar quem era. Ninguém<br />
sabia quem era. Mas como? Eu perguntava...Ela<br />
é assim: loirinha, olhos<br />
azuis... Nunca houve enfermeira com<br />
tais características lá!<br />
Aí então minha ficha caiu: Era um<br />
anjo do Senhor, enviado por Deus,<br />
que estava ali, quando mais precisei.<br />
A Maria Fernanda, minha filha,<br />
hoje tem 12 anos. É uma criança perfeita!<br />
Uniu tudo que estava desunido.<br />
Essa é a minha história...De como<br />
Deus é maravilhoso!<br />
Meu casamento é sólido, há muito<br />
amor, não há perfeição, mas superamos<br />
muita coisa.<br />
Tivemos mais um filho e somos<br />
muito felizes. Muito! Porque Deus<br />
quis assim.”<br />
ESPAÇO MULHER<br />
,37<br />
Alline Schineider<br />
35 anos, Lifestyle Blogger, Atriz, Esposa e Mãe!<br />
@allineschineider<br />
www.allineschineider.com.br