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eunião, mas a coisa fica ainda pior quando<br />
a parte mais sênior da audiência entra com<br />
seus notebooks e continua trabalhando durante<br />
sua apresentação, como se você não<br />
existisse.”<br />
Pode não servir de consolo, mas isso<br />
não aconteceu só com você. E o problema<br />
fica ainda mais dramático quando a gente<br />
se dá conta que esse mesmo público quase<br />
não lê mais jornais, são impacientes e só se<br />
alimentam de pílulas de informação, privilegiando<br />
pesquisar informações na Internet<br />
(quando e onde quiserem) e por meio<br />
de suas redes de relacionamento. A coisa<br />
é tão rápida e violenta que recentemente<br />
os americanos publicaram o resultado de<br />
uma pesquisa apontando o envelhecimento<br />
progressivo dos usuários do Facebook. Os<br />
jovens estão preferindo outras formas de<br />
comunicação rápida em sua rede de relacionamento,<br />
como o Snapchat ou WhatsApp.<br />
Como vamos continuar “vendendo o<br />
nosso peixe” para essa turma? Não adianta<br />
gritar porque os ouvidos deles estão tapados<br />
para a comunicação tradicional. Aqui<br />
eu tenho boas e más notícias para vocês.<br />
Talvez seja mais fácil se comunicar com um<br />
público hiper-conectado, do que era fazer<br />
comunicação sem conhecer o perfil do outro<br />
lado, cenário típico do século passado.<br />
Hoje é muito fácil entender o perfil do<br />
público, pois ele se expressa abertamente<br />
pelas redes sociais. Essa é a boa notícia. A<br />
má notícia é que monitorar redes sociais e<br />
escolher as melhores estratégias e canais<br />
de comunicação para cada perfil de público,<br />
não é nem intuitivo, nem simples. É preciso<br />
inteligência, baseada em software e análise<br />
de informações.<br />
A comunicação ideal para o público com<br />
déficit de atenção deve ser curta e direta,<br />
na veia. Se alguém está interessado em saber<br />
qual o melhor software para Nota Fiscal<br />
Eletrônica em postos de gasolina, nem<br />
tente falar de ERP, ou explicar conceitos. É<br />
preciso ser direto e incisivo. Por trás deste<br />
fato, podemos ter um insight inquietante:<br />
a comunicação genérica, “one size fits all”,<br />
não funciona mais. A boa comunicação corporativa<br />
deve ser interativa, baseada continuamente<br />
nos interesses do público, que<br />
mudam como os desenhos das nuvens no<br />
céu. O que fazer a respeito?<br />
A resposta não é simples, nem cabe neste<br />
espaço, mas dá para dar uma pista. Aí vão<br />
algumas dicas, que podem ser utilizadas<br />
como uma receita de bolo (mas é de fubá,<br />
bem simples, porém não menos gostoso):<br />
• Não comunique nada, absolutamente<br />
nada, sem conhecer seu público-alvo.<br />
• Conhecendo o perfil do público, descubra<br />
seus canais preferenciais de informação.<br />
• Planeje antes de comunicar.<br />
• Monitore o resultado de todas as suas<br />
ações de comunicação. Sim, isso vai exigir<br />
a criação de indicadores e metas para serem<br />
comparadas com os resultados.<br />
• Execute a comunicação como um ciclo<br />
contínuo e privilegie a inteligência.<br />
• Se relacione com seu público.<br />
• Sua marca deve ser o tempo todo: transparente,<br />
coerente e útil para o público (por<br />
todos os canais, de forma homogênea).<br />
É provável que você precise de ajuda, antes<br />
de entrar nessa teia, mas ela existe. Hoje<br />
existem poderosos softwares de monitoramento<br />
de mídias, que medem o interesse<br />
do público por cada peça de conteúdo que<br />
você publique, sistemas de Data Analytics<br />
para ajudá-lo a descobrir as pedras preciosas<br />
escondidas, e existem também agências<br />
de comunicação da nova economia, preparadas<br />
para ajudá-lo a desvendar esse novo<br />
mundo.<br />
Anime-se! Depois que você descobrir o<br />
caminho das pedras, vai ser bem mais simples,<br />
mais barato e, especialmente, muito<br />
divertido<br />
Setembro/Outubro 2014 |universo corporativo 39