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GAZETA DIARIO 359

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Foz do Iguaçu, quarta-feira, 16 de agosto de 2017<br />

ECONOMIA<br />

Nova meta fiscal será anunciada<br />

nesta quarta-feira pela manhã<br />

Ministro da Fazebda informou que a nova meta de<br />

déficit primário não deverá chegar a R$ 165 bilhões<br />

Wellton Máximo<br />

Repórter da Agência Brasil<br />

As novas metas fiscais<br />

para 2017 e 2018 serão anunciadas<br />

hoje (15), às 10h, informou<br />

ontem o Ministério da<br />

Fazenda. De acordo com a<br />

pasta, o ministro Henrique<br />

Meirelles e o ministro do Planejamento,<br />

Dyogo Oliveira,<br />

divulgarão os números no<br />

auditório do Ministério da<br />

Fazenda.<br />

Ontem pela manhã, Meirelles<br />

e Oliveira reuniram-se<br />

com o presidente da Câmara<br />

dos Deputados, Rodrigo<br />

Maia, e líderes da base governista.<br />

Ao sair do encontro,<br />

Meirelles informou que a<br />

nova meta de déficit primário<br />

não deverá chegar a R$<br />

165 bilhões.<br />

Além de trataram da meta<br />

fiscal, os dois ministros explicaram<br />

a importância da<br />

aprovação de projetos de interesse<br />

da equipe econômica,<br />

como o projeto de lei que extingue<br />

a desoneração da folha<br />

de pagamento para 46<br />

setores da economia, a reversão<br />

das mudanças na medida<br />

provisória que criou o programa<br />

de renegociação de dívidas<br />

com a União e a criação<br />

da Taxa de Longo Prazo,<br />

que passará a corrigir as linhas<br />

de crédito do Banco Nacional<br />

de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social (BN-<br />

DES).<br />

Depois da reunião na residência<br />

oficial do presidente<br />

da Câmara dos Deputados,<br />

Meirelles encontrou-se, no<br />

Ministério da Fazenda, com<br />

os ministros de Minas e Energia,<br />

Fernando Coelho Filho,<br />

e o presidente da Petrobras,<br />

Pedro Parente. Um dos pontos<br />

discutidos foi a estimativa<br />

de receitas com leilões de<br />

concessões de petróleo e gás<br />

previstos para ocorrerem em<br />

setembro. Em seguida, Meirelles<br />

almoçou com o presidente<br />

do Banco Central, Ilan<br />

Goldfajn.<br />

Frustração de receitas<br />

O déficit primário é o resultado<br />

negativo nas contas<br />

do governo, desconsiderando<br />

os juros da dívida pública.<br />

Originalmente, a meta de déficit<br />

estava fixada em R$ 139<br />

bilhões para este ano e em R$<br />

129 bilhões para o próximo.<br />

No entanto, a arrecadação<br />

ainda em queda e uma série<br />

de frustrações de receitas dificultaram<br />

o cumprimento da<br />

meta original.<br />

Primeiramente, o Tribunal<br />

de Contas da União (TCU)<br />

mandou a Agência Nacional<br />

de Energia Elétrica (Aneel)<br />

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil<br />

Henrique Meirelles fala à imprensa após encontro com o<br />

ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o presidente<br />

da Câmara, Rodrigo Maia<br />

refazer o edital do leilão de<br />

renovação de concessão de<br />

usinas hidrelétricas da Companhia<br />

Energética de Minas<br />

Gerais (Cemig), que renderia<br />

R$ 11 bilhões aos cofres federais<br />

este ano.<br />

A segunda versão do programa<br />

de regularização de ativos<br />

no exterior, conhecida<br />

como repatriação, arrecadou<br />

apenas R$ 1,61 bilhão, contra<br />

R$ 13 bilhões inicialmente<br />

previstos. As alterações na<br />

medida provisória que criou<br />

a renegociação especial de<br />

dívidas com a União também<br />

podem diminuir a previsão de<br />

arrecadação, caso o governo<br />

não consiga reverter essas<br />

mudanças.<br />

Por fim, o governo teve de<br />

recuar de medidas que elevariam<br />

as receitas. O aumento<br />

do Programa de Integração<br />

Social e da Contribuição para<br />

o Financiamento da Seguridade<br />

Social (PIS/Cofins) sobre<br />

o etanol foi parcialmente<br />

revertido, reduzindo a previsão<br />

de arrecadação em R$ 501<br />

milhões.<br />

Nacional<br />

15<br />

Moro defende<br />

"vontade política"<br />

para que<br />

medidas<br />

anticorrupção<br />

avancem<br />

O juiz federal Sergio Moro, da 13ª<br />

Vara Federal de Curitiba,<br />

defendeu ontem (15) que os<br />

parlamentares do Congresso<br />

Nacional têm um papel<br />

importante para evitar que as<br />

ações de combate à corrupção<br />

retrocedam ao invés de avançar.<br />

Ele destacou que não basta a ação<br />

da Justiça criminal para acabar<br />

com a corrupção sistêmica e que<br />

toda a sociedade tem de estar<br />

engajada. As declarações foram<br />

dadas ao discursar no encontro<br />

Mitos&Fatos, promovido pela<br />

rádio Jovem Pan, em um hotel na<br />

região dos Jardins, em São Paulo.<br />

"Para o avanço de medidas<br />

anticorrupção é necessário ter<br />

vontade política que vem, em<br />

parte dos agentes políticos e em<br />

parte da sociedade civil, que vota<br />

e também reclama", disse o<br />

magistrado, que chegou a ser<br />

aplaudido de pé pela plateia, por<br />

seus trabalhos na condução da<br />

Operação Jato, que investiga<br />

desvios de recursos da Petrobras.<br />

Ele advertiu, no entanto, que o<br />

movimento social deve ser<br />

suprapartidário para que alcance<br />

o seu objetivo.<br />

Moro fez um balanço positivo da<br />

Lava Jato ao lembrar a<br />

condenação de quatro diretores<br />

de alto escalão da Petrobras, dez<br />

representantes da classe política e<br />

a recuperação aos cofres públicos<br />

de pelo menos US$ 98 milhões,<br />

até agora. (Marli Moreira -<br />

Repórter da Agência Brasil)<br />

JR

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