vitrinems
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Sentir-se supérfluo é um golpe no espírito<br />
humano, que leva ao isolamento social e à<br />
dor emocional, além de criar condições<br />
para as emoções negativas.<br />
Ser “necessário” não quer dizer ter um orgulho<br />
egoísta, muito menos um apego insalubre à<br />
aprovação dos outros. Em vez disso, essa é a<br />
fome humana natural de servir a nossos semelhantes.<br />
Como ensinaram os sábios budistas do<br />
século 13, “quando acendemos um fogo para os<br />
outros, também iluminamos nosso caminho”.<br />
Por trás de<br />
nossa<br />
ansiedade,<br />
o medo de ser<br />
desnecessário.<br />
Praticamente todas as grandes religiões do<br />
mundo ensinam que o trabalho a serviço dos<br />
outros reflete nossa natureza mais elevada e,<br />
portanto, está no cerne de uma vida feliz.<br />
Pesquisas científicas confirmam os princípios<br />
comuns às nossas religiões. Americanos que<br />
priorizam fazer o bem aos outros têm quase o<br />
dobro da probabilidade de dizer que estão<br />
muito felizes com sua vida. Na Alemanha, quem<br />
busca servir à sociedade tem probabilidade<br />
cinco vezes maior de dizer que é muito feliz do<br />
que quem não considera esse serviço tão importante.<br />
O altruísmo e a alegria andam juntos.<br />
Quanto mais nos consideramos um só com o<br />
restante da humanidade, melhor nos sentimos.<br />
Isso ajuda a explicar por que a dor e a indignação<br />
se espalham pelos países mais prósperos.<br />
O problema não é a falta de riqueza material. É o<br />
número crescente de pessoas que não se<br />
sentem mais úteis, não são mais necessárias, não<br />
estão mais unidas à sociedade.<br />
Hoje, nos Estados Unidos, em comparação com<br />
cinquenta anos atrás, o triplo de homens em<br />
idade produtiva está fora da força de trabalho.<br />
Esse padrão ocorre em todo o mundo desenvolvido,<br />
e as consequências não são meramente<br />
econômicas.<br />
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