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GAZETA DIARIO 405

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Foz do Iguaçu, terça-feira, 10 de outubro de 2017<br />

NOVA TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL<br />

Política<br />

03<br />

Prefeitura receberá até R$ 8 milhões<br />

por ano com o ISS de cartões de crédito<br />

Alteração imposta por lei federal assegura fonte de receita ao município a partir de 2018<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

A Prefeitura de Foz do<br />

Iguaçu poderá ter um incremento<br />

na receita entre R$ 7<br />

milhões e R$ 8 milhões por<br />

ano com a mudança de regras<br />

para a cobrança de ISSQN<br />

sobre as operações financeiras<br />

com cartões de crédito ou débito.<br />

A estimativa foi repassada<br />

ontem (9) à reportagem da<br />

Gazeta Diário pelo secretário<br />

municipal da Fazenda, Erton<br />

René Neuhaus. Entre as mudanças<br />

impostas pela Lei Complementar<br />

Federal 157/2016<br />

está o recolhimento do imposto<br />

no município de origem das<br />

transações, e não mais na cidade<br />

onde está a sede da operadora<br />

de cartão.<br />

A mudança prevaleceu porque,<br />

embora já constasse no<br />

texto da LCF aprovado pelo<br />

Congresso Nacional, havia<br />

sido vetada pelo presidente<br />

Michel Temer. No entanto, o<br />

Senado Federal decidiu pela<br />

derrubada do veto presidencial<br />

em maio. A votação que selou<br />

a mudança teve o aval do Palácio<br />

do Planalto, que com isso<br />

fez um aceno aos prefeitos em<br />

momento de crise política.<br />

O ISSQN é uma das principais<br />

fontes de receitas próprias<br />

dos municípios e representa<br />

uma parcela importante das<br />

arrecadações. Segundo Erton<br />

Neuhaus, o montante entre R$<br />

7 milhões e R$ 8 milhões anuais<br />

é estabelecido por meio de<br />

uma estimativa levantada para<br />

todas as prefeituras pela Confederação<br />

Nacional dos Municípios.<br />

A cobrança passa a valer<br />

a partir de 1º de janeiro de<br />

2018.<br />

Por força da lei, caberá às<br />

operadoras de cartões se inscreverem<br />

no município como contribuintes.<br />

Ao final de cada<br />

mês, elas serão obrigadas a<br />

apurar os valores e repassar os<br />

2% sobre as operações ocorridas<br />

na cidade. "A responsabilidade<br />

em recolher o tributo é da<br />

empresa porque independe de<br />

notificação para efetuar os pagamentos.<br />

Uma vez que ela<br />

presta serviço e tem o controle<br />

de onde presta, faz a apuração<br />

no final do mês e declara", explicou<br />

o secretário Erton.<br />

Convênio com a RF<br />

Ontem o vice-prefeito Nilton<br />

Bobato disse que a prefeitura<br />

está em tratativas com a<br />

Receita Federal para ter acesso<br />

aos dados de operações financeiras<br />

realizadas no município<br />

e, assim, cobrar o imposto.<br />

O secretário da Fazenda<br />

completou que a intenção de<br />

um convênio dessa natureza é<br />

fazer um acompanhamento por<br />

meio de cruzamento de dados<br />

para conferir se o declarado<br />

pelas instituições financeiras<br />

corresponde ao que a Receita<br />

Secretário Erton Neuhaus informou que estimativa é<br />

feita com base em cálculo disponibilizado pela<br />

Confederação Nacional dos Municípios<br />

A prefeitura poderá arrecadar até R$ 8 milhões por ano sobre as operações financeiras<br />

com cartões de crédito ou débito<br />

Federal registrou.<br />

De acordo com Erton Neuhaus,<br />

a iniciativa é importante<br />

porque, caso seja detectado valor<br />

a menos, serão adotados os<br />

mecanismos legais para buscar<br />

o tributo devido. "O imposto recolhido<br />

no município onde ocorre<br />

a operação com cartões é uma<br />

medida que vem em nível nacional.<br />

Em todo o país, os municípios<br />

estão adotando os procedimentos<br />

necessários como a adequação<br />

no Código Tributário<br />

Municipal para cobrar o tributo",<br />

completou Erton.<br />

Cumprindo a LCF<br />

O vice-prefeito Bobato finalizou dizendo que os projetos de<br />

adequação aprovados na Câmara não criaram novos<br />

impostos. "A prefeitura buscou tão-somente cumprir a Lei<br />

Federal 157/2016. Caso não procedesse dessa forma, poderia<br />

levar o prefeito e secretários a responderem por crimes de<br />

improbidade administrativa e de responsabilidade fiscal."<br />

Atualmente a maioria das empresas que administram<br />

cartões de débito e crédito e os contratos de arrendamento<br />

mercantil (leasing) está estabelecida nos "paraísos fiscais" e<br />

recolhe o ISS para o município onde está sua sede. Desta<br />

forma, mesmo prestando serviço em diversas cidades, o<br />

recolhimento do imposto é feito em um único município. A<br />

partir de janeiro, essa realidade mudará em razão das<br />

imposições da nova lei federal, incluindo a aplicação da<br />

alíquota mínima de 2% de ISSQN.<br />

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