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GAZETA DIARIO 405

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Foz do Iguaçu, terça-feira, 10 de outubro de 2017<br />

SAÚDE<br />

Política<br />

05<br />

Novos agendamentos na área de<br />

oftalmologia estão suspensos em Foz<br />

Contrato com a Cristalink foi suspenso por orientação do Comus; apenas os retornos serão mantidos<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Foto:Venilton Küchler/ANPr<br />

As cirurgias oftalmológicas foram pagas pelo Governo do Paraná<br />

A Secretaria de Saúde<br />

não está mais fazendo novos<br />

agendamentos para procedimentos<br />

oftalmológicos após<br />

a suspensão do contrato que<br />

o município mantinha com<br />

a Cristalink. A constatação<br />

foi feita pela redação do Gazeta<br />

Diário na tarde desta segunda-feira<br />

(9).<br />

Até que a situação seja<br />

resolvida, serão atendidos<br />

somente os retornos. As 80<br />

consultas que estavam<br />

agendadas para o dia 13<br />

deste mês deverão ser mantidas.<br />

A Secretaria de Saúde<br />

aguarda um posicionamento<br />

da Procuradoria e do prefeito<br />

Chico Brasileiro sobre<br />

o contrato para poder retornar<br />

à normalidade.<br />

O contrato com a empresa<br />

Cristalink Serviços Médicos,<br />

de Catanduvas (SP),<br />

foi firmado em março deste<br />

ano pela ex-prefeita interina<br />

Inês Weizemann, depois<br />

de uma chamada pública<br />

(02/2017).<br />

O contrato 031/17 tinha<br />

como objeto a "prestação de<br />

serviços médicos e hospitalares<br />

e ambulatoriais de<br />

média complexidade de assistência<br />

em diagnóstico<br />

em oftalmologia, tratamento<br />

clínico do aparelho da<br />

visão, tratamento cirúrgico<br />

do aparelho da visão, em estabelecimento<br />

próprio da<br />

contratada, aos usuários do<br />

Sistema Único de Saúde -<br />

SUS, do Município de Foz<br />

do Iguaçu e dos municípios<br />

que integram a 9ª Regional<br />

da Saúde".<br />

O prazo do contrato era<br />

de 12 meses, e o valor dos<br />

serviços prestados neste<br />

período era de R$<br />

3.167.723,04. A remuneração<br />

a ser paga pelos procedimentos<br />

foi estabelecida de<br />

acordo com a tabela do<br />

SUS.<br />

O contrato estabelecia<br />

que a empresa deveria realizar,<br />

no período de um ano,<br />

uma quantidade de 25.200<br />

consultas, 45.840 procedimentos<br />

com finalidade diagnóstica<br />

do aparelho de<br />

visão, 4.488 tratamentos<br />

clínicos e 3.084 cirurgias.<br />

Segundo informações de<br />

Inês na época, a medida visava<br />

a reduzir a fila de espera<br />

para consultas e retorno<br />

para procedimentos que<br />

era de 18.643 pacientes.<br />

"A falta de profissionais<br />

ou serviços contratados em<br />

anos anteriores, além do<br />

número reduzido de médicos<br />

atuando na rede para atender<br />

à procura por consultas<br />

nesta especialidade, provocou<br />

a longa fila de pacientes",<br />

justificou a Comunicação<br />

Social na época da celebração<br />

do contrato.<br />

Comus recomendou a<br />

suspensão do contrato<br />

O valor do contrato foi considerado<br />

elevado, e o Conselho Municipal de Saúde<br />

(Comus) foi acionado. Os conselheiros<br />

promoveram diversas reuniões para<br />

analisar documentos e todo o processo<br />

licitatório. Depois de dois meses, o Comus<br />

recomendou ao prefeito a suspensão do<br />

contrato com a Cristalink, em função de<br />

diversas irregularidades encontradas.<br />

Entre essas irregularidades apontadas<br />

pelo Conselho de Saúde, foi citada a falta<br />

de transparência e de registro da empresa<br />

no Conselho Regional de Medicina, bem<br />

como de especialistas em oftalmologia. "A<br />

comissão encontrou 17 irregularidades",<br />

disse o presidente do Comus, Sadi<br />

Buzanelo.<br />

Suspensão<br />

Por meio de nota, a prefeitura informou<br />

no dia 5 deste mês que o contrato fora<br />

suspenso. "A decisão de suspender o<br />

contrato foi fundamentada<br />

exclusivamente no estudo promovido<br />

pela Procuradoria-Geral do Município e<br />

não é pautada por nenhum tipo de<br />

suspeita de desvio ou não execução dos<br />

serviços contratados", esclareceu o<br />

comunicado.<br />

Na mesma nota, a prefeitura informou<br />

que os serviços seriam mantidos: "Desde<br />

fevereiro, foram realizados 14.829<br />

atendimentos, pelos quais foram pagos<br />

cerca de R$ 615 mil. As cirurgias, por sua<br />

vez, foram pagas por meio de um<br />

convênio com o Governo do Estado".<br />

R

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