GAZETA DIARIO 418
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Foz do Iguaçu, quinta-feira, 26 de outubro de 2017<br />
POLÍTICA<br />
TSE e Exército estudam<br />
acordo para monitorar<br />
fake news nas eleições<br />
Autoridades temem que boatos disseminados em redes sociais com<br />
potencial de influenciar as eleições prejudiquem o pleito<br />
Felipe Pontes<br />
Repórter da Agência Brasil<br />
O Tribunal Superior<br />
Eleitoral (TSE) e o Ministério<br />
da Defesa criaram<br />
um grupo de trabalho<br />
para analisar o<br />
combate a crimes cibernéticos,<br />
no qual o<br />
Exército poderá atuar<br />
no monitoramento das<br />
fake news, boatos disseminados<br />
em redes<br />
sociais com potencial<br />
de influenciar as eleições.<br />
O assunto foi discutido<br />
ontem (25) numa<br />
reunião entre o presidente<br />
do TSE, ministro<br />
Gilmar Mendes, e os<br />
ministros da Defesa,<br />
Raul Jungmann; do Gabinete<br />
de Segurança<br />
Institucional, general<br />
Sergio Etchegoyen, e<br />
da Justiça, Torquato<br />
Jardim.<br />
Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil<br />
Gilmar Mendes: "Precisamos realmente acompanhar<br />
essa nova realidade, que teve repercussão em várias<br />
eleições"<br />
"Creio que avançamos<br />
bem na questão do<br />
acompanhamento pela<br />
internet, de problemas<br />
de fake news", disse<br />
Gilmar Mendes em entrevista<br />
após o encontro.<br />
"Precisamos realmente<br />
acompanhar<br />
essa nova realidade,<br />
que teve repercussão<br />
em várias eleições",<br />
acrescentou o ministro,<br />
que citou como exemplo<br />
o escândalo nas últimas<br />
eleições presidenciais<br />
da França que ficou<br />
conhecido como<br />
Macron Leaks.<br />
Gilmar Mendes informou<br />
que se reunirá em<br />
breve com juízes responsáveis<br />
por analisar<br />
questões ligadas à propaganda<br />
eleitoral para<br />
discutir as fake news.<br />
Segundo ele, a Justiça<br />
Eleitoral deve baixar<br />
resoluções que disciplinem<br />
o tema para o pleito<br />
do ano que vem.<br />
O assunto gerou polêmica<br />
recentemente<br />
após ter sido incluído<br />
na reforma política<br />
aprovada pelo Congresso.<br />
Em um de seus artigos,<br />
o texto previa que<br />
os provedores de aplicativos<br />
e redes sociais<br />
seriam obrigados, mesmo<br />
sem ordem judicial,<br />
a suspender publicações<br />
quando estas fossem<br />
denunciadas por<br />
serem falsas ou incitarem<br />
o ódio durante o<br />
pleito.<br />
Após ser apontado<br />
por entidades da sociedade<br />
civil como uma<br />
possível tentativa de<br />
censura, o presidente<br />
Michel Temer decidiu<br />
vetar o artigo.<br />
15<br />
Geral<br />
STJ nega suspeição<br />
de Moro pedida pela<br />
defesa de Lula<br />
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça<br />
(STJ) negou mais um recurso da defesa do expresidente<br />
Luz Inácio Lula da Silva para que fosse<br />
decretada a suspeição do juiz federal Sérgio Moro<br />
no caso do tríplex do Guarujá.<br />
Trata-se de um entre diversos pedidos de suspeição<br />
feitos pelos advogados de Lula contra Moro, que<br />
em julho condenou o ex-presidente a nove anos e<br />
seis meses de prisão por corrupção passiva e<br />
lavagem de dinheiro no caso do tríplex.<br />
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4),<br />
segunda instância da Justiça Federal, já havia<br />
negado o pedido de suspeição contra o magistrado<br />
no caso do tríplex.<br />
Na semana passada, a Quinta Turma do STJ<br />
rejeitou, por unanimidade, o recurso contra a<br />
decisão do TRF4. O acórdão do julgamento foi<br />
publicado nesta quarta-feira (25). Os ministros<br />
Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro<br />
Dantas e Joel Ilan Paciornik seguiram o<br />
entendimento do relator ministro Felix Fischer,<br />
que em setembro já havia negado<br />
monocraticamente o recurso.<br />
Ao concordar com o TRF4, os ministros do STJ<br />
entenderam que, para analisar a pretensão da<br />
defesa, seria preciso reexaminar as provas do<br />
processo que levou à condenação de Lula, o que<br />
não seria possível dentro de um recurso especial,<br />
classe processual dentro da qual foi feito o pedido<br />
de suspeição.<br />
Para embasar seu pedido, a defesa de Lula havia<br />
alegado que Moro demonstrou parcialidade na<br />
ação penal que levou à condenação do expresidente,<br />
ordenando conduções coercitivas e<br />
interceptações telefônicas ilegais, bem como<br />
levantado ilegalmente o sigilo profissional dos<br />
advogados do petista ao grampear seus telefones.<br />
(Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil)<br />
Michel Temer passa mal<br />
e é levado para o<br />
Hospital do Exército<br />
O presidente Michel Temer teve um mal-estar na<br />
manhã desta quarta-feira (25) no Palácio do<br />
Planalto e foi levado para um hospital militar em<br />
Brasília.<br />
No meio da tarde, a Presidência da República<br />
divulgou uma nota que confirmou as<br />
informações já: Temer teve um problema<br />
urológico. De acordo com a nota, ele passou por<br />
exames e seria submetido ao "devido tratamento".<br />
O mal-estar de Temer não tem relação com a<br />
obstrução parcial em uma artéria coronária que<br />
foi diagnosticada no presidente nos últimos dias.<br />
O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola,<br />
chegou a anunciar que passaria informações à<br />
imprensa no Palácio do Planalto. Mas, em seguida,<br />
optou por divulgar uma nota.<br />
Veja a nota oficial da Presidência:<br />
NOTA À IMPRENSA<br />
O Presidente Michel Temer teve um desconforto<br />
no fim da manhã de hoje e foi consultado no<br />
próprio departamento médico do Palácio do<br />
Planalto.<br />
O médico de plantão constatou uma obstrução<br />
urológica e recomendou que fosse avaliado no<br />
Hospital do Exército, onde se encontra para<br />
realização de exame e devido tratamento.<br />
Secretaria Especial de Comunicação Social da<br />
Presidência da República