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Os compulsivos<br />

Transtorno<br />

obsessivo<br />

compulsivo


Transtorno<br />

obsessivo<br />

compulsivo<br />

O que é o transtorno obsessivo-compulsivo?<br />

“O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um<br />

quadro psiquiátrico caracterizado pela presença de<br />

obsessões e compulsões. Sua prevalência é de<br />

aproximadamente 2% a 3% na população geral. Os<br />

fatores genéticos estão provavelmente implicados na<br />

etiologia do transtorno” (GONZALEZ, 1999).<br />

O transtorno obsessivo compulsivo é caracterizado<br />

por pensamentos compulsivos que aparecem<br />

aleatoriamente e incomodam seus portadores,<br />

fazendo-os cometer atos irracionais repetidamente. “O<br />

transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado<br />

pela presença de obsessões e compulsões. Obsessões<br />

são idéias, pensamentos, imagens ou impulsos<br />

repetitivos e persistentes que são vivenciados como<br />

intrusivos e provocam ansiedade. Não são apenas<br />

preocupações excessivas em relação a problemas<br />

cotidianos. A pessoa tenta ignorá-los, suprimi-los ou<br />

neutralizá-los através de um outro pensamento ou<br />

ação. Compulsões são comportamentos repetitivos ou<br />

atos mentais que visam reduzir a ansiedade e afastar as<br />

obsessões. Esses rituais freqüentemente são percebidos<br />

como algo sem sentido e o indivíduo reconhece que seu<br />

comportamento é irracional” (GONZALEZ, 1999).<br />

Em geral, os atos compulsivos realizados pelos<br />

portadores do transtorno são realizados para suprir a<br />

ansiedade causada pela obsessão. As obsessões se<br />

distinguem conforme o paciente.<br />

Para ser diagnosticado com o transtorno, o paciente<br />

precisa cometer esses atos no mínimo uma hora por<br />

dia. O tempo desperdiçado com essas práticas é a<br />

principal queixa dos portadores. “Uma questão<br />

importante para a avaliação de crianças com TOC é a<br />

semelhança entre os sintomas obsessivo-compulsivos<br />

(SOC) e os comportamentos repetitivos característicos<br />

de algumas fases do desenvolvimento, tais como os<br />

rituais e as superstições. Dos dois aos quatro anos de<br />

idade, as crianças apresentam intensificação dos<br />

comportamentos repetitivos. Os rituais mais comuns<br />

nesta fase pré-escolar acontecem, principalmente, nos<br />

horários de dormir, de comer e de tomar banho. Por<br />

exemplo, uma história precisa ser contada da mesma<br />

forma várias vezes, os alimentos precisam ser<br />

organizados no prato de acordo com regras<br />

pré-estabelecidas, só tomam banho se estiverem com<br />

um brinquedo específico.<br />

A partir dos seis anos, os rituais se manifestam mais<br />

em brincadeiras grupais. Os jogos passam a ter regras<br />

rígidas e iniciam-se as coleções dos mais variados<br />

objetos. Outros exemplos de comportamentos<br />

ritualísticos normais são as superstições. Encontradas<br />

em todas as faixas etárias, parece haver uma mudança<br />

qualitativa com a idade” (ROSARIO-CAMPOS;<br />

MERCADANTE, 2000) . Portanto, é imprescindível que a<br />

faixa etária seja levada em consideração no diagnóstico<br />

da doença, assim como os graus de interferência que as<br />

ações possuem no seu cotidiano.<br />

“Para se fazer um diagnóstico de TOC é necessário que<br />

o nível da sintomatologia interfira no funcionamento<br />

social, interpessoal, ocupacional ou acadêmico do<br />

indivíduo e que os sintomas ocupem mais de uma hora<br />

por dia. A prevalência do TOC ao longo da vida na<br />

população geral varia de 2% a 3%3,4 e a prevalência<br />

anual é de 1,5%. Os sintomas têm início na infância ou<br />

na adolescência em um terço a metade dos casos. A<br />

distribuição entre os sexos é semelhante, sendo<br />

discretamente maior entre as mulheres” (GONZALEZ,<br />

1999).<br />

“Ainda não existe um consenso sobre como<br />

determinar a idade de início do TOC. A maioria dos<br />

estudos considera o surgimento dos sintomas como a<br />

idade de início do transtorno. Outros consideram o<br />

início do incômodo causado pelos sintomas ou a<br />

primeira vez em que o paciente procurou ajuda<br />

profissional como a idade de início” (ROSARIO-CAMPOS;<br />

MERCADANTE, 2000).<br />

GONZALEZ, Christina Hajaj. Transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 21, supl. 2, p. 31-34, Oct. 1999 . Available from <<br />

http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600009&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Nov. 2017.<br />

http//dx.doi.org/10.1590/S1516-44461999000600009.<br />

ROSARIO-CAMPOS, Maria Conceição do; MERCADANTE, Marcos T. Transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, supl. 2, p. 16-19, Dec. 2000 . Available from<br />

< http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600005&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Nov. 2017. http//dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600005.


Tratamentos<br />

Ao longo dos anos, tratamentos alternativos foram<br />

criados para a superação do transtorno,<br />

anteriormente tratado somente com<br />

antidepressivos. Um desses tratamentos foi o<br />

proposto na dissertação de mestrado do estudante<br />

Pablo Vinícius Oliveira Gomes em seu livro cujo o<br />

título é “Avaliação da eficácia da inibição da área<br />

motora suplementar com estimulação magnética<br />

transcraniana de repetição no tratamento do<br />

transtorno obsessivo-compulsivo”. Seus<br />

experimentos consistiram em “Vinte e dois<br />

pacientes foram randomizados em grupos ativo e<br />

placebo e receberam os estímulos na área motora<br />

suplementar ( bilateralmente) por duas semanas.<br />

Após quatorze semanas, a taxa de resposta foi de<br />

35% no grupo ativo e 6,2% no grupo placebo. Nosso<br />

estudo demonstrou eficácia significativa de 10<br />

sessões de EMTr em baixa frequência na área<br />

motora suplementar no do transtorno<br />

obsessivo-compulsivo” (GOMES, 2013). Esse estudo<br />

levou a crer que tratamentos não tão invasivos, de<br />

inibição da área que origina pensamentos<br />

compulsivos, podem ser eficazes no tratamento do<br />

Transtorno Obsessivo Compulsivo e melhorar<br />

consideravelmente a qualidade de vida de seus<br />

portadores.<br />

Esses tratamentos alternativos foram criados com o<br />

objetivo principal de melhorar a qualidade de vida<br />

dos portadores do transtorno, uma vez que os<br />

antidepressivos não eram completamente adequados<br />

para o tratamento da doença, uma vez que não é<br />

específico para a mesma e sim para o Transtorno<br />

Depressivo. “Deve-se iniciar o tratamento com<br />

esclarecimentos a respeito da origem do quadro,<br />

estabelecimento de um vínculo com a criança e<br />

suporte e orientação familiar. A introdução de<br />

terapia cognitivo-comportamental tem demonstrado<br />

melhora dos SOC4 e diminuição do risco de recaída<br />

após a retirada da medicação. As drogas eficazes no<br />

tratamento dos SOC são os inibidores da recaptação<br />

de serotonina (IRS). As liberadas nos Estados Unidos<br />

pelo Food and Drug Administration (FDA) para o uso<br />

em crianças são a clomipramina, a fluvoxamina e a<br />

setralina” (ROSARIO-CAMPOS; MERCADANTE, 2000).<br />

GOMES, Pablo Vinícius Oliveira. Avaliação da eficácia da inibição da área motora suplementar com estimulação magnética transcraniana de repetição no tratamento do transtorno<br />

obsessivo-compulsivo. 2012. 130 f., il. Dissertação Mestrado em Ciências da Saúde—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.


O que são obsessões e<br />

compulsões?<br />

Obsessões :<br />

Segundo Cordioli, são comportamentos ou impulsos<br />

que invadem a sua mente de forma repetitiva e<br />

persistente.<br />

Principais obsessões:<br />

1-Preocupação excessiva com limpeza ou germes;<br />

2-Pensamentos violentos ou sexuais;<br />

3-Organização;<br />

4-Armazenamento/ colecionamento de coisas<br />

inúteis;<br />

5-Superstições;<br />

6- Preocupação excessiva com contaminações/<br />

doenças.<br />

(CORDIOLI, 2008, p. 13-14)<br />

Compulsões:<br />

Conforme Cordioli, são comportamentos ou atos<br />

mentais voluntários e repetitivos, executados em<br />

resposta a obsessões ou em virtude de regras que<br />

devem ser seguidas rigidamente. As compulsões têm<br />

uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as<br />

obsessões.<br />

Principais compulsões:<br />

1-Limpeza;<br />

2-Checagens;<br />

3-Alinhamento/ ordem;<br />

4-Repetições ou confirmações.<br />

(CORDIOLI, 2008, p. 13-14)<br />

CORDIOLI, Aristides. Vencendo o transtorno obsessivo compulsivo. 1 ed. Artmed, 2008. p. 13-14.


Experimento<br />

científico<br />

Ensaio clínico de exposição<br />

e prevenção de rituais (EPR)<br />

Os experimentos a serem descritos foram<br />

realizados a partir de dados obtidos no<br />

PubMed/Medline, sendo 63 artigos controlados e 5<br />

meta-análises. Os ensaios tiveram o objetivo de<br />

observar a eficácia do tratamento EPR (Exposição e<br />

Prevenção de Rituais), que tem o objetivo de<br />

enfraquecer a associação entre obsessão e<br />

aumento da ansiedade, em detrimento das demais<br />

técnicas que visam a diminuição dos sintomas do<br />

transtorno obsessivo compulsivo (TOC).<br />

EPR vs. técnicas de controle<br />

de ansiedade<br />

O primeiro experimento foi realizado com 18<br />

pacientes portadores do transtorno obsessivo<br />

compulsivo. Estes indivíduos foram separados em<br />

dois grupos: os que receberiam tratamento EPR<br />

(técnica utilizada na terapia<br />

cognitivo-comportamental), e os que seriam tratados<br />

com técnicas de controle de ansiedade<br />

convencionais. Os resultados apontaram uma<br />

melhora significativa dos participantes do primeiro<br />

grupo com relação aos sintomas do transtorno.<br />

Entretanto, nenhuma alteração foi observada no<br />

outro.<br />

EPR guiada por terapeuta vs.<br />

EPR guiada por telefone<br />

Neste estudo recente, realizado em 2006,<br />

participaram 72 pessoas afetadas pelo transtorno,<br />

onde foram realizadas dez sessões de EPR por<br />

telefone, e o mesmo número de sessões de EPR por<br />

um terapeuta. Os resultados revelaram que o<br />

tratamento via telefone foi mais eficaz que o<br />

realizado diretamente com o profissional. Todavia,<br />

em ambos os tipos de sessões, foram alcançadas<br />

melhorias satisfatórias com relação ao quadro<br />

psiquiátrico dos participantes.<br />

EPR vs. medicação<br />

(clomipramina)<br />

Cento e doze pacientes, portadores de TOC,<br />

participaram de um experimento que consistia na<br />

comparação da eficácia de um tratamento com a<br />

utilização de EPR, com relação a um tratamento com<br />

apenas o uso da clomipramina (antidepressivo que<br />

inibi a recaptação de norepinefrina e serotonina pelos<br />

neurônios). Os resultados demonstraram que os<br />

usuários de EPR (com ou sem o uso do medicamento)<br />

possuíam um tempo maior até a recaída e,<br />

consequentemente, um número menor de tal<br />

fenômeno.<br />

PRAZERES, A. M. Terapias de base cognitivo-comportamental do transtorno obsessivo-compulsivo revisão sistemática da última década. Rev Bras<br />

Psiquiatr. 2007. Disponível em< http//www.scielo.br/pdf/rbp/nahead/2420.pdf><br />

Acesso em 18 nov. 2017.


Jean Étienne<br />

Dominique Esquirol<br />

Jean Étienne-Doinique nasceu 3 de fevereiro de 1772, em Toulouse na França, sua<br />

ocupação era na aréa da psiquiatria. Esquirol era filho de comerciante,iniciou seus<br />

estudos primários em uma escola religiosa na qual foi orientado para seguir uma<br />

carreira eclesiástica porém sua vocação não durou por muito tempo em 1792 retornou<br />

para Toulouse para estudar medicina e em 1799 chegou a Paris e começou a<br />

frenquentar o serviço de corvisat(Médico Francês,foi professor de anatomia,fisiologia<br />

e cirurgia,médico do hospital de caridade professor do colégio da França e outros).Em<br />

1805 apresentou uma tese intitulada de ''les passions,as causas, os sintomas e os<br />

curativos de alienação mental.''<br />

A partir de 1816 ele ficou responsável por quase todas as entradas ''psiquíatras''<br />

delirium, demência, loucura,suícidio e outros.Esquirol em 1838, ecreveu pela primeira vez<br />

na psiquiatria, os sintomas obsessivo compulsivo onde foram classificados como<br />

sintomas da depressão,depois do relatos dele e de outros, percebeu-se que o TOC era<br />

cada vez mais presente ao longo do tempo, na idade média, quem possuia<br />

transtornos mentais ou deficiência física era acusado de estar possuido por algum<br />

demônio.<br />

DEL-PORTO.J.A.epidemologia e aspectos transculturais do transtorno obsessivo-compusivo.São<br />

Paulo,v.23.2001http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462001000600002<br />

LÁ WEB DE LAS BIOGRAFIAS .< http//www.mcnbiografias.com/app-bio/do/show?key=esquirol-jeanetienne-dominique>acesso<br />

em20 de nove.2017<br />

JEAN-ÉTIENNE ESQUIROL. Disponível em < https//pt.wikipedia.org/wiki/Jean-<br />

%C3%89tienne_Esquirol.>acesso em20 de nove.2017


Suicídio e<br />

depressão<br />

Resenha teórico crítico<br />

A depressão surge no momento em que os ser<br />

humano,começa a não conseguir li dar com suas<br />

emoções, perdas, baixa renda, e outros, depressão<br />

está ligada totalmente ao sentir da vida do ser<br />

humano.<br />

A depressaõ tem como consequência o suicídio que<br />

é o ato de querer tirar a própia vida.Quando se fala<br />

de depressão oque vem a mente de muitas pessaos é<br />

certamente ''frescura'', a depressão é tratada de<br />

forma erronêa na sociedade, é impotante falar desse<br />

assundo já que a maioria da população sofreu ou<br />

ainda sofrem com isso.<br />

A depressão começou a ser estudada em 1920, o<br />

modo como os sintomas viram dependera<br />

toltamente do relacionamento dessas pessoas com<br />

seus famíliares, escola, amigos dos traumas que<br />

ocorreu durante a vida e de como ele se vê como ser<br />

humano.O principal disso tudo é o reconhecimento<br />

da parte do paciente.Pode-se dizer que a depressão<br />

e o suicídio ainda são tabus presentes na sociedade,<br />

até mesmo pra quem possui, a depressão não<br />

escolhe corpo, etnia, raça,qualquer um pode sim<br />

tê-la, chega sem fazer muito alarme e aos poucos vai<br />

invadindo a vida.<br />

Em um dos artigos lidos mostra as faixas etárias que<br />

possuem depressão, embora os números de<br />

depressão seja bem menor no grupo de<br />

adolescentes nos outrros grupos os percentuais são<br />

mairoes.Os problemas que se manifetsam nos<br />

adultos são parecidos com os dos adolescentes<br />

porém os adultos deixam esse sofriemento ser visto,<br />

por suas emoções,já os adolescentes na maioria das<br />

vezes deixam transparecer através do estresse e de<br />

comportamentos explossivos.<br />

''Para a população adolescente, Del Prette e Del<br />

Prette (2009) identificaram empiricamente no<br />

contexto brasileiro seis classes de habilidades<br />

sociais de grande importância: autocontrole,<br />

civilidade, empatia, assertividade, abordagem afetiva<br />

e desenvoltura social. Por definição, estas classes de<br />

habilidades sociais, quando presentes no repertório,<br />

podem auxiliar os adolescentes a apresentar<br />

desempenhos socialmente competentes, ou seja que<br />

levem a maior satisfação e a relações sociais<br />

satisfatórias. Para Segrin e Flora (2000), um<br />

indivíduo que apresenta baixo repertório de<br />

habilidades sociais pode apresentar vulnerabilidade<br />

para desenvolver transtornos psicológicos, entre<br />

eles a depressão, ao passo que apresentar bom<br />

repertório de habilidades sociais facilita o<br />

enfrentamento de eventos estressantes que, de<br />

maneira geral, funcionam como gatilhos para o<br />

desenvolvimento de transtornos depressivos''.<br />

A falta de conhecimento sobre o assunto existe e é<br />

exatamente isso que deve ser mudado,se esse tabu<br />

começar a ser quebrado as pessoas poderam ver<br />

que tem algo errado, muitas vezes a pessoa possui a<br />

depressão mas por não saber sobre, acaba pensando<br />

que é só mais uma tristeza da vida.Segundo Maria<br />

Santos estima-se que cerca de 16% da população<br />

mundial já sofreu de depressão ao menos uma vez<br />

na vida. O tratamento mais indicado para depressão<br />

é a pscicoterapia, onde é baseado em coversar, o<br />

paciente será proposto a contar sobre sua vida<br />

pessoal e profissional.<br />

Quando a situação da depressão é mais grave, esses<br />

pacientes tem que ser consultados em um hospital<br />

para ter um acompanhameto mais seguro, pois não<br />

conseguem viver sozinhos, e lidar com a depressão<br />

igual as pessoas que fazem somente terapia, esses<br />

pacientes se encontram em um estágio mais<br />

perigoso podendo cometer auto mutilações e<br />

suicídio.<br />

A depressão tem que parar de ser tratada como<br />

frescura e sim como doença, apesar de não ter um<br />

tratamento para intervila, a alguns meios que pode<br />

ser seguido: procure ajuda quando estiver triste,<br />

conte com auxílio de um profissional quando<br />

perceber que a preocupações, medos, tristezas e<br />

ansiedades excessivas.<br />

'' Volte seus olhos para dentro, contemple suas<br />

próprias profundezas, aprenda primeiro a<br />

conhecer-se!E então, compreenderá por que está<br />

destinado a ficar doente, e talvez, evite adoecer no<br />

futuro''.(FREUD)<br />

Camilla Barros<br />

BARBOSA, Fabiana, et al. Depressão e o suícido. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 14, n. 1, p. 233-243, jun. 2011 . Disponível em <<br />

http//pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582011000100013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 nov. 2017.<br />

CAMPOS, Josiane Rosa, et al. Depressão na adolescência habilidades sociais e variáveis sociodemográficas como<br />

fatores de risco/proteção. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 408-428, ago. 2014 . Disponível<br />

em < http//pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812014000200003&lng=pt&nrm=iso>.<br />

acessos em 20 nov. 2017.<br />

SANTOS, Maria. O quê é depressão, sintomas, tratamento, causa, tipos e mais. 2017. Disponível em <<br />

https//minutossaudavel.com.br/o-que-e-depressao-sintomas-tratamento-causas-tipos-e-mais/>. Acesso em 22 nov. 2017.


Mentes e<br />

manias<br />

Resenha teórico crítico<br />

“Ao começar a escrever Mentes e manias, impus-me como<br />

objetivo principal tirar o TOC da estante e colocá-lo na<br />

sala de estar como assunto de conversa. E, dessa forma,<br />

possibilitar aos indivíduos com TOC um melhor<br />

entendimento de seu problema e a busca de tratamento<br />

correto, o que pode abreviar e reduzir seu sofrimento e<br />

suas limitações. Além disso, é preciso fornecer subsídios<br />

aos familiares, para que possam entender a real condição<br />

dos parentes que sofrem de TOC a fim de ajudá-los” (SILVA,<br />

2011. p. 9).<br />

Publicado em 2008, o livro possui 219 páginas e aborda o<br />

conteúdo de forma clara e inteligível, possibilitando o<br />

entendimento do leitor ou ate mesmo um prognostico,<br />

dentre o conteúdo do livro estão frases de diferentes<br />

autores tornando o livro mais interativo, como por<br />

exemplo: “A única diferença entre a loucura e a saúde<br />

mental, é que a primeira é muito mais comum” (Millor<br />

Fernandes). Ana Beatriz aborda as diferentes manifestações<br />

do transtorno obsessivo compulsivo, as particularidades,<br />

os tratamentos, outras patologias que possam ser<br />

confundidas ao TOC, entre outros. É importante salientar<br />

que o leitor não deve se auto diagnosticar apenas porque<br />

se identificou com algo que leu, como citado no livro<br />

existem dezenas de doenças que possam ser confundidas<br />

ao TOC, portanto é essencial que procure um médico, para<br />

um correto diagnostico.<br />

“Toda pessoa só é normal na medida” (Freud). Um<br />

portador de TOC possui maior percepção aos erros do<br />

que uma pessoa “normal”, a correção desses erros que<br />

podem ser erros reais ou imaginários, traz um alivio<br />

momentâneo, mas colocam o portador em um circulo<br />

vicioso sem fim. Todos nos possuímos manias e rituais<br />

que são executados ao longo do dia e muitas vezes nem<br />

nos damos conta, o TOC tornou-se algo popular, uma<br />

pessoa ao ver uma prateleira perfeitamente organizada<br />

logo diz: “meu TOC agradece”, mas não se dão conta<br />

que o TOC vai muito alem disso, e prejudica ações<br />

simples do cotidiano. (SILVA,2011)<br />

O livro é de suma importância para quem deseja<br />

conhecer mais sobre o assunto, facilita a compreensão<br />

do leitor, é indicado para todos os públicos, e traz<br />

importantes informações aos familiares e portadores<br />

de TOC.<br />

Geovana Santos<br />

SILVA, Ana Beatriz. Mentes e manias. Rio de Janeiro. Objetiva, 2011. 219p.


Ansiedade<br />

Resenha teórico crítica<br />

O artigo Transtorno de ansiedade escrito por Ana Cristina<br />

Castillo, Rogéria Recondo,Fernando Asabahr e Gisele<br />

Manfro trata sobre os diversos tipos de ansiedade<br />

focalizando na criança e no adolescente. A ansiedade se<br />

caracteriza como um transtorno psíquico quando é<br />

exagerada em relação aos estímulos que desencadeiam a<br />

ansiedade. Segundo Castillo et al.(2000): “Ansiedade é um<br />

sentimento vago e desagradável de medo, apreensão,<br />

caracterizado por tensão ou desconforto derivado de<br />

antecipação de perigo, de algo desconhecido ou<br />

estranho.” Esse transtorno em crianças é bastante<br />

preocupante pois as crianças não conseguem perceber<br />

que seus medos não são normais. Existem diversos<br />

transtornos de ansiedade dentre eles : transtorno de<br />

ansiedade separação, Transtorno de ansiedade<br />

generalizada, fobias específicas e fobia social.<br />

No entanto, segundo Almeida(2014) Freud considerava a<br />

ansiedade em três tipos :Realística, Neurótica e Moral. A<br />

realística seria o medo de alguma coisa do mundo<br />

externo (por exemplo: punição dos pais). A ansiedade<br />

moral seria aquela que decorre do medo de ser punido<br />

(sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer). E a<br />

ansiedade neurótica que é o medo inconsciente, não se<br />

sabe qual é o objeto. Esta ultima ocorre devido a natureza<br />

perturbadora e assustadora, cuja consciência não possui<br />

estruturas no momento, porém quando é analisada a<br />

ansiedade se torna realista ou moral.<br />

No artigo é apresentada as respectivas variações do<br />

transtorno de ansiedade e seus tratamentos. O transtorno<br />

de ansiedade de separação é o mais comum em crianças<br />

e adolescentes, que se baseia no medo excessivo que a<br />

criança tem em estar longe dos pais ou de seus<br />

responsáveis. Esse transtorno também apresenta<br />

sintomas físicos como: “ manifestações somáticas de<br />

ansiedade, tais como dor abdominal, dor de cabeça,<br />

náusea e vômitos são comuns. Crianças maiores podem<br />

manifestar sintomas cardiovasculares como palpitações,<br />

tontura e sensação de desmaio.”(CASTILLO et al.,2000).Tais<br />

sintomas apresentam a gravidade do problema e a<br />

necessidade de seu tratamento. Atualmente, os<br />

tratamentos utilizados consiste na orientação dos pais e<br />

da criança, terapia cognitivo-comportamental e em<br />

alguns casos o uso de medicamentos que auxiliam na<br />

eficácia do tratamento.<br />

O transtorno de ansiedade generalizada, também é<br />

conhecido como TAG é quando “apresentam medo<br />

excessivo, preocupações ou sentimentos de pânico<br />

exagerados e irracionais a respeito de várias<br />

situações”(CASTILLO et al. 2000).Crianças com este<br />

transtorno são muito preocupadas com os julgamentos<br />

que as pessoas podem fazer a respeito de atividades que<br />

praticam. . São crianças crianças imperativas quando<br />

querem que os que a cercam a tranquilizem. Para o seu<br />

tratamento é utilizado a terapia cognitivo -<br />

comportamental.Os autores apontam que o TAG não tem<br />

recebido muita atenção por parte dos pesquisadores em<br />

psicofarmacologia pediatria.<br />

Como é abordado pelos autores, outra especificidade<br />

desse transtorno são as Fobias Especificas que são<br />

aquelas que ocorre quando a criança tem medo excessivo<br />

a um determinado objeto ou situações. Para o seu<br />

tratamento é utilizado a terapia comportamental.<br />

A fobia social é aquela em que a pessoa se sente medo<br />

intenso de estar sendo submetida a avalição dos outros,<br />

ou estar de se comportar de maneira vergonhosa.Ou seja,<br />

medo de se relacionar com outras pessoas. “O tratamento<br />

cognitivo da ansiedade social foca inicialmente na<br />

modificação de pensamentos mal adaptados que parecem<br />

contribuir para o comportamento de evitação<br />

social”(CASTILLO et al.,2000).<br />

E por ultimo a ultima especificidade abordada foi o<br />

Transtorno de estresse pós traumático(TEPT) que ocorre<br />

quando uma criança passa por uma situação traumática<br />

como por exemplo a violência sexual. O TEPT pode acabar<br />

desencadeando outros problemas patológicos. Para seu<br />

tratamento é utilizada abordagem<br />

cognitivo-comportamental e da psicoterapia dinâmica.<br />

O referido artigo abordou de maneira clara e coesa sobre<br />

os transtornos de ansiedade e seus tratamentos em<br />

crianças e adolescentes. No entanto, quando se trata dos<br />

transtornos de ansiedade em adultos, deixou a desejar.<br />

Pois cita rapidamente apenas alguns exemplos em como<br />

este transtorno aparece em adultos.E em adultos muitas<br />

vezes são realizados tratamentos diferentes, ou os<br />

mesmos citados mas de forma adaptada.<br />

Rafaella Neves<br />

CASTILLO,A.R.GL.et al.Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria .vol.22 s2. São Paulo.dez,2000.Disponível em <br />

< http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006>. Acesso em 19 nov.2017.<br />

ALMEIDA,Bruno.Os 3 tipos de ansiedade para Freud. Disponível em<br />

< http//www.psicologiamsn.com/2014/11/os-3-tipos-de-ansiedade-para-freud.html>. Acesso em 19.nov.2017.


Asperger e sua síndrome<br />

em 1944, e na atualidade<br />

Resenha teórico crítica<br />

A síndrome de Asperger, pertencente ao<br />

espectro autista, foi denominada com este termo<br />

pois foi descoberta por Hans Asperger e o<br />

austríaco Leo Kanner, em meados de 1940.<br />

Entretanto, o enfermo só foi reconhecido de fato<br />

em 1976, quando Lorna Wing, psiquiatra inglesa,<br />

publicou um resumo do artigo original.<br />

Kanner recorta um quadro cujo a denominação<br />

“autista” indica uma estrutura anormal da<br />

personalidade da criança portadora de tal<br />

transtorno. A síndrome tem como características<br />

principais o isolamento e o comportamento<br />

atípico em relações sociais. O mesmo constatou,<br />

após inúmeras pesquisas, que o sujeito portador<br />

do autismo não estabelecia um contato com a<br />

realidade desde o nascimento, porém também<br />

não apresentava pensamentos fantasiosos,<br />

diferentemente do que ocorre com a<br />

esquizofrenia infantil.<br />

Em 8 de outubro de 1943, Hans Asperger apresentou uma<br />

tese à Faculdade de Medicina de Viena, na qual ele<br />

descreve uma síndrome que ele deu o nome de ‘Psicopatia<br />

autística infantil’, enfermo psíquico que baseia-se na<br />

dificuldade de integração social do portador, mas que, ao<br />

contrário do que constataram os estudos de Kanner, o<br />

indivíduo também possuiria uma inteligência acima da<br />

média.<br />

Desde então, a síndrome de Asperger vem sendo<br />

classificada em diversas categorias ao longo dos anos no<br />

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.<br />

Em 1968, no DSM II, o autismo foi colocado no quadro<br />

“esquizofrenia de início na infância”. Já em 1980, o autismo<br />

e realocado da categoria de ‘psicoses’, e é colocado em<br />

‘distúrbios invasivos de desenvolvimento’. Em 1991, no<br />

DSM IV é caracterizado como prejuízo severo e invasivo<br />

em diversas áreas do desenvolvimento, e é considerado<br />

um ‘distúrbio global do desenvolvimento’. Em 2013, no<br />

DSM 5, o autismo é posto na categoria ‘transtornos do<br />

neurodesenvolvimento’.<br />

Emanuel F. Abrantes<br />

DIAS, S. Asperger e sua síndrome em 1944 e na atualidade. Rev. latinoam. psicopatol. fundam. vol.18 no.2 São Paulo, 2015. Disponível em<br />

< http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142015000200307&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 18 nov. 2017


Resenha teórico crítica<br />

Transtornos<br />

alimentares<br />

O artigo aborda a importância da família na<br />

perpectiva de tratamento de pacientes com<br />

transtornos alimentares. A família pode ser<br />

considerada um agravante em muitos casos,<br />

uma vez que por não ter o conhecimento<br />

adequado sobre a doença possui estigmas<br />

prejudiciais para o portador, uma vez que o<br />

fará sentir culpado por seus atos e como se<br />

aquilo fosse fácil de ser resolver e é<br />

vitimização por parte do mesmo. Devido a<br />

impotência sentida pela família, que não<br />

observa melhora no portador, em algo<br />

teoricamente fácil na mente dos familiares,<br />

ocorrem desentendimentos que são<br />

extremamente prejudiciais para o tratamento.<br />

As reuniões com os familiares são realizadas<br />

de forma que ofereçam um espaço que acolhe<br />

sentimentos conflitantes nos familiares de<br />

portadores de transtornos alimentares como<br />

culpa, raiva, hostilidade, assim como exercer<br />

uma função de suporte à angustia e à sensação<br />

de impotência presentes na maioria das<br />

famílias nos primeiros encontros. As sessões<br />

possibilitam, também, um espaço para<br />

perguntas, dúvidas e questionamentos,<br />

oferecendo esclarecimentos centrados na<br />

conscientização da família sobre a doença,<br />

seus riscos, o tratamento e a necessidade e<br />

importância da equipe multidisciplinar. Esse<br />

tratamento familiar é de vital importância,<br />

como o revelado pelo artigo, uma vez que<br />

ajuda a tornar o ambiente mais saudável para<br />

o paciente e diminui as inseguranças dos<br />

familiares.<br />

Um dos pontos importantes, que não foram<br />

abordados pelo artigo de forma eficiente pelo<br />

artigo foi a contribuição da família para o<br />

paciente em questão adquirir o transtorno.<br />

Muitas vezes familiares se insentam dessa<br />

culpa, entretanto hostilizaram o paciente em<br />

questão durante toda a vida fazendo pressão e<br />

comentários maldosos sobre o peso do mesmo.<br />

Marina Porto<br />

COBELO, et al. A abordagem familiar no tratamento da anorexia e bulimia nervosa. Revista de psiquiatria clínica, v 31, n° 4. São Paulo, p 1-4, 2004.


Melhor é impossível<br />

O filme “Melhor é Impossível”, gravado em 1997, nos EUA,<br />

tem duração de 139 minutos e foi dirigido por James<br />

Brooks. Ele retrata a vida de um escritor que foi<br />

diagnosticado com Transtorno Obsessivo Compulsivo<br />

(TOC), tentando mostrar os desafios cotidianos<br />

enfrentados por ele.<br />

O TOC segundo (PEREIRA,2013) : é caracterizado por<br />

obsessões e compulsões. As obsessões são pensamentos<br />

e impulsos que o individuo que sofre com esse<br />

transtorno possui constantemente que provocam<br />

ansiedade. As compulsões são atos mentais e<br />

comportamentos repetitivos que tentam reduzir a<br />

ansiedade e se livrar das obsessões .Onde o individuo<br />

com este transtorno faz diversos rituais, que o próprio<br />

que mesmo reconhecendo como irracional não<br />

consegue deixar de fazê-lo.<br />

Além de ser um obsessivo compulsivo, o escritor Melvin<br />

(personagem interpretado por Jack Nicholson) odeia<br />

mulheres e homossexuais, o que lhe prejudica ainda<br />

mais, pois está rodeado de mulheres e seu vizinho, que é<br />

gay. Melvin apresenta um comportamento bastante<br />

agressivo e hostil com as garçonetes do restaurante em<br />

que toma café da manhã todos os dias, devido ao fato<br />

delas não entenderem seus rituais e perceber os<br />

mesmos como maluquice. Suas compulsões durante o<br />

café da manhã eram: comer sempre no mesmo prato e<br />

com talheres descartáveis que ele trazia em sacos<br />

plásticos de casa.<br />

Quando estava sozinho seus rituais se agravavam, pois<br />

tinha sempre que trancar a porta cinco vezes e, no<br />

banheiro, os seus sabonetes tinham que estar<br />

milimetricamente alinhados e só podiam ser utilizados<br />

uma única vez! Diariamente, o escritor sofre com suas<br />

compulsões, até mesmo quando anda pelas ruas, pois<br />

não consegue pisa nas linhas e/ou rachaduras, por<br />

acreditar que algo ruim pode acontecer se cometer tal<br />

ato.<br />

Segundo Gomes,Comis e Almeida(2010) esses são alguns<br />

dos sintomas de quem sofre desse transtorno . São<br />

muitos os rituais, cada obsessivo compulsivo tem sua<br />

especificidade. Alguns tem TOC de contar as coisas,<br />

outros de só vestirem coisas em uma só cor. Cabe<br />

ressaltar ainda que os indivíduos que possuem esse<br />

transtorno normalmente praticam seus rituais<br />

escondidos pois sentem vergonha de fazer os rituais na<br />

frente de desconhecidos .<br />

No entanto, tudo começou a mudar quando ele conheceu<br />

a garçonete Carol (interpretada por Helen Hunt) que o<br />

atendia pacientemente e entendia seus rituais. Melvin se<br />

apaixonou por Carol, mas essa paixão se tornou um<br />

grande desafio para ele, pois teria que mudar tudo aquilo<br />

com o que já estava habituado (o que é um problema<br />

para quem possui o transtorno obsessivo compulsivo,<br />

afinal, costumam manter sempre os mesmos costumes)<br />

para conquistar a garçonete e levar este amor adiante.<br />

Porém, isto não impediu que o relacionamento desse<br />

certo, mas, para isso o escritor precisou enfrentar várias<br />

dificuldades.<br />

A primeira delas foi quando ele saiu jantar com Carol e se<br />

recusou a vestir o blazer oferecido por funcionários de<br />

um restaurante, onde o uso do mesmo era obrigatório,<br />

por acreditar que por que poderia contrair doenças ao<br />

usá-lo. Com isso, achou melhor ir a uma loja comprar um<br />

blazer novo, porém quando chegou ao local se deparou<br />

com um tapete repleto de linhas, sobre o qual não<br />

conseguia pisar, sendo assim, ele teve que saltar o tapete<br />

para entrar na loja.<br />

Além disso, ele precisou contar a Carol que tinha o TOC<br />

e, também, que não gostava de tomar os medicamentos<br />

receitados pelo seu psiquiatra do transtorno. Mas, o<br />

amor por Carol se tornou tão grande que Melvin<br />

começou a tomar os remédios em razão dela. Para se<br />

tornar melhor alguém melhor em prol da mesma.<br />

Atualmente, de acordo com Cordioli et al.(2004)para o<br />

tratamento de TOC é usada a terapia cognitivo<br />

comportamental e/ou farmacoterapia.No caso de Melvin<br />

o tratamento utilizado foi a farmacoterapia.<br />

A partir da história contada no filme foi possível observar<br />

que o tema TOC foi abordado brilhantemente e com<br />

profundidade, retratando realmente os rituais, as<br />

dificuldades e como uma pessoa com este transtorno se<br />

sente.O filme destaca o Transtorno de Melvin, muitas<br />

vezes de forma engraçada, mas que retrata a realidade.<br />

Entretanto, não são todos os filmes sobre o tema que<br />

retratam da mesma forma como, por exemplo, o filme<br />

Transtornada Obsessiva Compulsiva (dirigido por<br />

Paulinho Caruso e Teodoro Poppovic) no qual os<br />

diretores mostram brevemente os rituais de quem sofre<br />

com esse transtorno.<br />

PEREIRA,R.R.De manhã a mania do comportamento de repetição aoTOC aspectos neuropsicológicos do transtorno obsessivo compulsivo.Psicologia.pt o<br />

portal dos psicólogos .Bahia. abr.2013. Disponível em < http//www.psicologia.pt/artigos/textos/A0780.pdf>. Acesso em 19 nov.2017.<br />

GOMES,C.C.,COMIS,T.O,ALMEIDA,R.M.M.Transtorno obsessivo -compulsivo nas diferentes faixas etárias.Aletheia no33.Rio Grande do Sul.dez,2010. Disponível em<br />

< http//pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942010000300012.>. Acesso em 19 nov.2017.


O amor não<br />

é um erro!<br />

Poema de um portador de TOC<br />

“No nosso primeiro encontro, eu passei mais tempo organizando minha<br />

comida por cor do que comendo ou falando com ela. Mas ela amou…”<br />

“Ela amou ter demorado uma eternidade para chegar em casa porque tem<br />

muitas rachaduras nessa calçada. Quando fomos morar juntos, ela disse<br />

que se sentia segura, como se ninguém fosse nos roubar porque eu com<br />

certeza tranquei a porta dezoito vezes.<br />

Quando ela dizia que me amava, sua boca se curvava nos cantos.<br />

À noite, ela deitava na cama e me assistia ligar e desligar, ligar e deslizar,<br />

ligar e desligar, ligar e deslizar, todas as luzes. Ela fechava os olhos e<br />

imaginava que dias e noites passavam à sua frente. Em algumas manhãs<br />

eu começava a dar beijos de tchau nela, mas ela ia embora porque eu a<br />

estava atrasando para o trabalho. Quando eu parava em frente a uma<br />

rachadura na calçada, ela continuava andando. Quando ela dizia que me<br />

amava a boca dela era uma linha reta.<br />

Ela me disse que eu estava tomando muito tempo dela. Semana passada<br />

começou a dormir na casa da mãe. Me disse que não deveria ter deixado<br />

eu me aproximar dela, que tudo foi um erro. Mas como pode ser um erro,<br />

se eu não tenho que lavar as mãos depois de tocar nela? O amor não é<br />

um erro.<br />

E está me matando que ela consegue correr disso e eu não.<br />

Eu não consigo sair de casa e achar alguém novo, porque eu sempre penso<br />

nela. Normalmente, quando eu me obceco por coisas, eu vejo germes<br />

entrando na minha pele. Me vejo esmagado por uma sucessão sem fim de<br />

carros. E ela foi a primeira coisa bonita em que eu fiquei preso.<br />

Quero acordar todas as manhãs pensando na maneira que ela segura o<br />

volante, em como ela abre o registro do chuveiro como se fosse um cofre, o<br />

jeito que ela apaga velas. Agora, eu só penso em quem está beijando ela.<br />

Eu não consigo respirar porque ele só a beija uma vez, ele não se importa<br />

se é perfeito!<br />

Eu a quero tanto de volta que agora eu deixo a porta destrancada, eu deixo<br />

as luzes ligadas…”<br />

(HILBORN, 2014)


Bate-papo com a psicóloga<br />

Andrea Chaves<br />

CRP: 0113550- DF<br />

Chavesandreab@gmail.com<br />

"Hoje eu entendo que tudo a qual<br />

eu vivi em minha vida, serviu<br />

como ferramenta essencial para<br />

minhas escolhas, eu não nasci para<br />

ser outra coisa além de psicóloga".


Bate-papo com a psicóloga<br />

1) Quais são as características marcantes de<br />

pacientes com TOC?<br />

Obsessão e compulsão. Eu costumo dizer que o<br />

TOC é uma patologia ''sanduíche'' que nunca vem<br />

isolada, normalmente os estudos comprovam que<br />

a maioria das pesssoas que tem TOC ou tiverem<br />

um episódio depressivo ou estão em um espisódio<br />

depressivo, só que as pessoas demoram no<br />

começo dos sintomas, de 8 a dez anos para<br />

procurar tratamento então o TOC é uma patologia<br />

sanduiche ele não escolhe gêneros qualquer um<br />

pode ter.<br />

2) Quais tipos de tratamentos mais eficazes?<br />

Modelagem comportamental. Ela treina novos<br />

repertórios de compotamentos em certas<br />

situações, então se a pessoa tem um transtorno<br />

obsessivo compulsivo ela precisa treinar novos<br />

modelos de se comportar frente a situação que<br />

gera compulsão, mas em alguns casos tem que<br />

entrar com medicação pra controlar o impulso, ai<br />

tem que ser feita uma análise colegiada do<br />

psiquiatra com o psicologo para ver o quanto<br />

aquele paciente foi danificado.<br />

3) A família reage bem ao receber o diagnóstico?<br />

Não,nunca reagem, inclusive ainda hoje existe<br />

um tabu muito grande em relaçaõ a tratamentos<br />

psíquicos, as pessoas pegam atestado porque vão<br />

ao oftomologistas mas difilcilmente levam<br />

atestados para comprovar que foram ao<br />

psiquiatra ou psicólogo.<br />

Nos temos um movimento antogônico a saúde<br />

mental, a UNS diz que a saúde mental é um dos<br />

pilares da qualidade de vida mais ainda assim<br />

temos resistência. Hoje, os planos de saúde<br />

conseguem liberar consultas em um número<br />

maior de terapia, antes eram 10 sessões como se<br />

o indivíduo viesse em um pacote ''traga o seu<br />

problema que em 10 sessões eu resolvo'' quando<br />

na verdade as pessoas tem padrões diferentes de<br />

reagir a um luto, trauma então o que acontece<br />

muito das pessoas em um ambito geral não<br />

só das famílias resistirem a tratar da sua saúde<br />

emocional então as pessoas se atam de tudo<br />

menos da suas emoções, e é por isso quem temos<br />

um alto indice de suícidios de tantos trantornos<br />

psiquicos. Hoje dentro do INSS o sidi de mais<br />

avançamento das pessoas é CIDIF que são os<br />

transtornos psiquicos e ainda assim as<br />

4) O TOC sempre vai estar relacionado à outros<br />

transtornos?<br />

Sim, raramente ele vem sozinho, grande parte das<br />

vezes ele vem acompanhado de outros<br />

transtornos, como a depressão ou crises de<br />

ansiedade.<br />

5) É possível haver um diagnóstico ainda na infância?<br />

Sim, mas não é um diagnóstico rapído, porque o<br />

TOC também tem influências do meio que<br />

você.Exemplo: um filho de militar tem abitos<br />

comportamentais totalmente difrente de<br />

crianças que não são filhos de militares em<br />

relação de acordar, arrumar a cama e de comer.<br />

Então não se pode dizer que uma criança que<br />

acorda, arruma a cama, toma café e põe a<br />

mochila sempre no memso lugar tem TOC,<br />

porque ela foi criada daquela maneira então<br />

qualquer tipo de dignóstico independente de ser<br />

de toc, depressão, ansiedade tem que ser feito<br />

com muita cautela usando os teste<br />

psicométricos, anamnese, entrevistas. Com<br />

crianças é fundamental entender a tríade a qual<br />

ela é submetida: Família, ela enquanto pessoa<br />

indivíduo e a escola, porque as vezes a criança<br />

transmite um comportamento em casa e outro<br />

na escola é preciso ter essa interface.<br />

6) Atualmente são utilizados antidepressivos no<br />

tratamento do TOC, à longo prazo podem ser<br />

causados efeitos colaterais?<br />

80% das pessoas que possuem TOC tem<br />

depressão,então oque precisa ser tratado é a<br />

doença de base as<br />

vezes TOC é um reflexo de uma depressão ou a<br />

depressão levou a pessao a ter um<br />

comportamento de TOC, então temos que<br />

entender qual é a raíz.Os efeitos colareais são por<br />

efeitos que não são acompanhados, a pessoa vai<br />

ao psiquiatra somente uma vez ele passa o<br />

rémedio e fica trocando a receitanentão as<br />

medicações psicotropícas precisam de um<br />

acompanhamento porque tem um período de<br />

reação e adaptação. Como as pessoas tem<br />

resistencia ao tratar de suas emoções elas vão lá<br />

uma vez pegam a receita e só ficam trocando a<br />

receita.


Curiosidades<br />

Famosos portadores de TOC<br />

K a t y P e r r y<br />

M e g a n F o x<br />

J u s t i n T i m b e r l a k e<br />

R o b e r t o C a r l o s<br />

L e o n a r d o D i C a p r i o<br />

Disponível em < http//br.eonline.com/enews/os-famosos-que-tem-toc/>


Faça o teste e descubra se você é<br />

portador de TOC<br />

Leia as afirmativas a seguir e assinale com um “X” aquelas com as quais você se<br />

identifica:<br />

Preocupo-me demais com sujeira, germes, contaminação ou doenças.<br />

Lavo as mãos a todo o momento ou de forma exagerada.<br />

Envolvo-me demais na limpeza da casa, dos móveis e dos objetos ou na<br />

lavagem de roupas.<br />

Tomo vários banhos por dia, demoro demasiadamente no banho ou esfrego-me<br />

muito, em virtude de preocupar-me com contaminação ou sujeira.<br />

Não toco em certos objetos (corrimãos, maçanetas de portas, dinheiro, etc.)<br />

sem lavar as mãos depois.<br />

Evito certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por<br />

considera-los pouco limpos ou por achar que posso contrair doenças.<br />

Verifico mais de uma vez portas, janelas, gavetas e documentos.<br />

Verifico várias vezes o gás, o fogão, as torneiras ou os interruptores de luz,<br />

mesmo depois de desliga-los.<br />

Minha mente é invadida por pensamentos desagradáveis ou impróprios, que<br />

me causam aflição e que não consigo afastar.<br />

Tenho sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a mesma tarefa para ter<br />

certeza de que não fiz nada de errado, de que não vou cometer algum erro ou<br />

falhar.<br />

Preocupo-me demais com a ordem, a simetria ou o alinhamento das coisas e<br />

fico aflito(a) quando estão fora do lugar.<br />

Necessito fazer certas coisas (tocar, entrar e sair de um lugar, repetir certos<br />

números, palavras ou frases) de forma repetida e sem sentido ou de<br />

determinada maneira, que é sempre a mesma.<br />

Sou muito supersticioso(a) com certos números, cores, datas ou lugares.<br />

Necessito contar enquanto estou fazendo coisas.<br />

Guardo coisas inúteis (jornais velhos, notas fiscais antigas, caixas vazias,<br />

sapatos ou roupas velhas) e tenho muita dificuldade em desfazer-me delas.<br />

Caso você tenha marcado uma ou mais dessas afirmativas, é provável que seja<br />

portador do TOC.


L i g u e o s p o n t o s e d e s c u b r a à<br />

q u e m p e r t e n c e d e t e r m i n a d a s<br />

c a r a c t e r í s t i c a s<br />

Nasci em 1999 em Sobradinho-DF, sempre<br />

fui uma pessoa sonhadora, e aos poucos<br />

estou realizando cada um, hoje faço serviço<br />

social na UnB.<br />

Nos horários vagos gosto de assistir filme<br />

curtir a família, conversar com os amigos...<br />

Gosto de música e de cantar.<br />

Geovana Santos<br />

Tenho 18 anos, nasci e cresci em Brasília.<br />

Eu amo escrever e ler, são as minhas<br />

coisas preferidas para se fazer. Também<br />

gosto muito de ir a shows, escutar música,<br />

ir ao cinema e ao teatro. Basicamente<br />

todas as coisas relacionadas as artes me<br />

fascinam.<br />

Rafaella Neves<br />

Tenho vinte anos de idade, sou<br />

geminiana(o) e introvertido (a). Cinéfila(o) e<br />

amante incondicional das artes, em todas<br />

as suas linguagens, estou sempre á<br />

disposição para assistir um bom filme, ou<br />

ir a algum evento artístico. Minhas<br />

disciplinas preferidas no colégio eram<br />

sociologia e artes, o que me influenciou<br />

bastante a escolher um curso superior na<br />

área de ciências humanas.<br />

Camilla Barros<br />

Geminiano (a) com o humor bem<br />

inconstante rsrs, nascida (o) em 1999,<br />

atualmente estudante de serviço social,<br />

porém seu maior foco é cursar medicina,<br />

tem um amor muito grande por crianças,<br />

ama ficar quieto (a) ouvindo músicas e<br />

acompanhando séries.<br />

Marina Porto<br />

Nascida(o)1999 em Valparaíso de Goiás<br />

.Atualmente mora em Ceilândia , no<br />

Distrito Federal . Desde<br />

pequenaNascida(o) sempre gostou muito de<br />

escrever , na escola suas maiores notas<br />

sempre foram em redações . Sempre teve<br />

habilidade em falar em público e lidar<br />

com o público . Nas horas vagas gosta de<br />

assistir filmes e séries . Atualmente<br />

acompanha Orange is the New Black .<br />

Viajar é a sua maior paixão . É um (a)<br />

menino(a) alegre e sorridente. Atualmente<br />

é estudante de serviço social na<br />

Universidade de Brasília.<br />

Emanuel Abrantes

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