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Asperger e sua síndrome em 1944, e na atualidade Resenha teórico crítica A síndrome de Asperger, pertencente ao espectro autista, foi denominada com este termo pois foi descoberta por Hans Asperger e o austríaco Leo Kanner, em meados de 1940. Entretanto, o enfermo só foi reconhecido de fato em 1976, quando Lorna Wing, psiquiatra inglesa, publicou um resumo do artigo original. Kanner recorta um quadro cujo a denominação “autista” indica uma estrutura anormal da personalidade da criança portadora de tal transtorno. A síndrome tem como características principais o isolamento e o comportamento atípico em relações sociais. O mesmo constatou, após inúmeras pesquisas, que o sujeito portador do autismo não estabelecia um contato com a realidade desde o nascimento, porém também não apresentava pensamentos fantasiosos, diferentemente do que ocorre com a esquizofrenia infantil. Em 8 de outubro de 1943, Hans Asperger apresentou uma tese à Faculdade de Medicina de Viena, na qual ele descreve uma síndrome que ele deu o nome de ‘Psicopatia autística infantil’, enfermo psíquico que baseia-se na dificuldade de integração social do portador, mas que, ao contrário do que constataram os estudos de Kanner, o indivíduo também possuiria uma inteligência acima da média. Desde então, a síndrome de Asperger vem sendo classificada em diversas categorias ao longo dos anos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Em 1968, no DSM II, o autismo foi colocado no quadro “esquizofrenia de início na infância”. Já em 1980, o autismo e realocado da categoria de ‘psicoses’, e é colocado em ‘distúrbios invasivos de desenvolvimento’. Em 1991, no DSM IV é caracterizado como prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento, e é considerado um ‘distúrbio global do desenvolvimento’. Em 2013, no DSM 5, o autismo é posto na categoria ‘transtornos do neurodesenvolvimento’. Emanuel F. Abrantes DIAS, S. Asperger e sua síndrome em 1944 e na atualidade. Rev. latinoam. psicopatol. fundam. vol.18 no.2 São Paulo, 2015. Disponível em < http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142015000200307&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 18 nov. 2017
Resenha teórico crítica Transtornos alimentares O artigo aborda a importância da família na perpectiva de tratamento de pacientes com transtornos alimentares. A família pode ser considerada um agravante em muitos casos, uma vez que por não ter o conhecimento adequado sobre a doença possui estigmas prejudiciais para o portador, uma vez que o fará sentir culpado por seus atos e como se aquilo fosse fácil de ser resolver e é vitimização por parte do mesmo. Devido a impotência sentida pela família, que não observa melhora no portador, em algo teoricamente fácil na mente dos familiares, ocorrem desentendimentos que são extremamente prejudiciais para o tratamento. As reuniões com os familiares são realizadas de forma que ofereçam um espaço que acolhe sentimentos conflitantes nos familiares de portadores de transtornos alimentares como culpa, raiva, hostilidade, assim como exercer uma função de suporte à angustia e à sensação de impotência presentes na maioria das famílias nos primeiros encontros. As sessões possibilitam, também, um espaço para perguntas, dúvidas e questionamentos, oferecendo esclarecimentos centrados na conscientização da família sobre a doença, seus riscos, o tratamento e a necessidade e importância da equipe multidisciplinar. Esse tratamento familiar é de vital importância, como o revelado pelo artigo, uma vez que ajuda a tornar o ambiente mais saudável para o paciente e diminui as inseguranças dos familiares. Um dos pontos importantes, que não foram abordados pelo artigo de forma eficiente pelo artigo foi a contribuição da família para o paciente em questão adquirir o transtorno. Muitas vezes familiares se insentam dessa culpa, entretanto hostilizaram o paciente em questão durante toda a vida fazendo pressão e comentários maldosos sobre o peso do mesmo. Marina Porto COBELO, et al. A abordagem familiar no tratamento da anorexia e bulimia nervosa. Revista de psiquiatria clínica, v 31, n° 4. São Paulo, p 1-4, 2004.
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