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Resenha teórico crítica<br />
Transtornos<br />
alimentares<br />
O artigo aborda a importância da família na<br />
perpectiva de tratamento de pacientes com<br />
transtornos alimentares. A família pode ser<br />
considerada um agravante em muitos casos,<br />
uma vez que por não ter o conhecimento<br />
adequado sobre a doença possui estigmas<br />
prejudiciais para o portador, uma vez que o<br />
fará sentir culpado por seus atos e como se<br />
aquilo fosse fácil de ser resolver e é<br />
vitimização por parte do mesmo. Devido a<br />
impotência sentida pela família, que não<br />
observa melhora no portador, em algo<br />
teoricamente fácil na mente dos familiares,<br />
ocorrem desentendimentos que são<br />
extremamente prejudiciais para o tratamento.<br />
As reuniões com os familiares são realizadas<br />
de forma que ofereçam um espaço que acolhe<br />
sentimentos conflitantes nos familiares de<br />
portadores de transtornos alimentares como<br />
culpa, raiva, hostilidade, assim como exercer<br />
uma função de suporte à angustia e à sensação<br />
de impotência presentes na maioria das<br />
famílias nos primeiros encontros. As sessões<br />
possibilitam, também, um espaço para<br />
perguntas, dúvidas e questionamentos,<br />
oferecendo esclarecimentos centrados na<br />
conscientização da família sobre a doença,<br />
seus riscos, o tratamento e a necessidade e<br />
importância da equipe multidisciplinar. Esse<br />
tratamento familiar é de vital importância,<br />
como o revelado pelo artigo, uma vez que<br />
ajuda a tornar o ambiente mais saudável para<br />
o paciente e diminui as inseguranças dos<br />
familiares.<br />
Um dos pontos importantes, que não foram<br />
abordados pelo artigo de forma eficiente pelo<br />
artigo foi a contribuição da família para o<br />
paciente em questão adquirir o transtorno.<br />
Muitas vezes familiares se insentam dessa<br />
culpa, entretanto hostilizaram o paciente em<br />
questão durante toda a vida fazendo pressão e<br />
comentários maldosos sobre o peso do mesmo.<br />
Marina Porto<br />
COBELO, et al. A abordagem familiar no tratamento da anorexia e bulimia nervosa. Revista de psiquiatria clínica, v 31, n° 4. São Paulo, p 1-4, 2004.