SICADERGS_06_BAIXA
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SUMÁRIO<br />
03<br />
Editorial<br />
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado<br />
do Rio Grande do Sul - <strong>SICADERGS</strong><br />
Praça Osvaldo Cruz, nº 15, cj. 909<br />
CEP 90038-900 - Porto Alegre - RS<br />
Fone: (51)3212.6450<br />
E-mail: sicadergs@sicadergs.com.br<br />
www.sicadergs.com.br<br />
DIRETORIA GESTÃO 2013-2016<br />
Tema abordado em nossa revista e não poderia ser diferente –<br />
a retomada de novos mercados para a carne brasileira – tem sido um<br />
dos assuntos em voga em toda a imprensa nacional. Afinal, a indústria<br />
brasileira de carne bovina está com desempenho histórico.<br />
Os embarques para o exterior e a ampliação das vendas com<br />
o mercado dos Estados Unidos, através da carne in natura e a retirada<br />
do embargo chinês à carne bovina brasileira são méritos conquistados<br />
neste ano.<br />
Os novos mercados e o sucesso da carne brasileira são assuntos<br />
destacados pelo Ministro da Agricultura, Neri Geller, que concedeu<br />
entrevista exclusiva à Revista do <strong>SICADERGS</strong>. O Ministro que é gaúcho<br />
e grande conhecedor de carne, portanto, um consumidor exigente,<br />
elogiou a carne produzida aqui no Estado, além dos produtos de alto<br />
padrão, com cortes diferenciados e a produção de animais precoces.<br />
A revista também conta com uma entrevista exclusiva do Secretário<br />
Estadual da Agricultura, Claudio Fioreze, que faz um balanço<br />
deste ano sobre o setor de carnes.<br />
Ao mesmo tempo em que as nossas carnes têm conquistado<br />
espaços importantes e o churrasco se tornado um dos pratos mais cobiçados<br />
em todo o País, e porque não dizer, em todo o mundo, também<br />
aumentam a cada dia as exigências e normas que regulam nossa<br />
atividade. É um grande desafio que precisamos vencer juntos, mas ao<br />
mesmo tempo, uma oportunidade de nos diferenciarmos através da<br />
profissionalização e qualificação. Neste sentido, o <strong>SICADERGS</strong> tem<br />
apoiado seus associados, promovendo eventos e debates sobre os mais<br />
diversos assuntos relacionados ao setor, agora, com uma sede ampla<br />
e moderna, resultado de um investimento realizado em 2013, que objetiva<br />
oferecer um espaço que promova a maior integração entre as<br />
empresas associadas.<br />
ÍNDICE<br />
Tenham todos uma boa leitura.<br />
Ronei Alberto Lauxen<br />
Presidente do <strong>SICADERGS</strong><br />
04......................................................................MEIO AMBIENTE<br />
<strong>06</strong>.....................................................................................PERFIL<br />
08..........................................................................EXPORTAÇÃO<br />
11.....................................................................NORMATIZAÇÃO<br />
13.................................................................................ESPECIAL<br />
17............................................................................ENTREVISTA<br />
22..........................................................................INSTALAÇÕES<br />
23.................................................................................EVENTOS<br />
29...............................CADASTRO DE ASSOCIADOS - RESUMIDA<br />
PRESIDENTE<br />
Ronei Alberto Lauxen<br />
(Coop. dos Suinocultores do Caí Superior Ltda)<br />
1º VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO<br />
Paulo Ronaldo dos Santos (Boa Esperança)<br />
2º VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO<br />
Rui Mendonça Jr (Marfrig)<br />
1º SECRETÁRIO<br />
Ladislau Boes (Frig. Zimmer)<br />
2º SECRETÁRIO<br />
Adélcio Haubert (Frig. Boa Vista)<br />
1º TESOUREIRO<br />
José Rogério dos Santos (Ray Alimentos)<br />
2º TESOUREIRO<br />
Jorge Fetzner (Frig. Do Sul)<br />
SUPLENTES<br />
Gabriel da Silva Moraes (Frig. Silva Ind. e Comércio Ltda)<br />
Paulo Renato Callegaro (Callegaro e Irmãos Ltda)<br />
Luis Fernando Gassen (Frig. Gassen Ltda)<br />
CONSELHO FISCAL - TITULARES<br />
Edson Endres (Matadouro Frigorífico Producarne Ltda)<br />
Roque Andreola (Cotripal Agropecuária Cooperativa Ltda)<br />
Ludwig Vanhove (Raphael Vanhove e Filhos Ltda)<br />
CONSELHO FISCAL - SUPLENTES<br />
Gemiro Cason (Frigorífico Cason Ltda)<br />
Renato Zimmermann (Matadouro Zimmermann Ltda)<br />
Fábio Kroth (Família Kroth Ind e Com de Carnes Ltda)<br />
CONSELHO DE REPRESENTANTES NA FIERGS<br />
TITULARES<br />
Ronei A. Lauxen<br />
José Alfredo Laborda Knorr<br />
SUPLENTES<br />
Paulo Ronaldo dos Santos<br />
Rui Mendonça Jr<br />
EDIÇÃO<br />
Francke | Comunicação Integrada<br />
Av. Benjamin Constant, 389 - cj. 301/302 - São João - Porto<br />
Alegre - RS<br />
Fone/Fax: (51) 2103. 4520 - www.francke.com.br<br />
Editora Responsável: Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS)<br />
Redação: Ana Lúcia Medeiros (Reg. Prof. 11582/RS)<br />
Diagramação: Rafael Müller<br />
Capa: Alessandro Giongo<br />
Comercial: Raquel Diniz
04<br />
MeIO AMbIente<br />
Estado incentiva<br />
produção e certificação da<br />
carne orgânica gaúcha<br />
Oferecer um produto com maior rentabilidade<br />
ao produtor e diferenciado ao consumidor<br />
faz com que o Brasil, o maior exportador de carne<br />
do mundo, se consolide no mercado da carne<br />
orgânica não somente no país de origem como<br />
no exterior. Tanto que o mercado internacional,<br />
como a China deseja importar e consumir o produto<br />
devido às inúmeras qualidades nutricionais<br />
que oferece e os Estados Unidos não consegue<br />
atender a demanda de produção no país americano.<br />
Para estimular a produção e a certificação<br />
da carne orgânica no Rio Grande do Sul, o governo<br />
do Estado criou um Grupo de Trabalho<br />
(GT) que oferece assistência técnica àqueles que<br />
desejam adotar estas novas práticas, auxilia na<br />
certificação e na promoção e comercialização. A<br />
iniciativa é do Plano RS Sustentável que visa também<br />
à busca pela preservação do Bioma Pampa.<br />
O coordenador do Grupo, Francisco Milanez,<br />
explica que o produto pode ter um acréscimo<br />
de até 40% no valor de comercialização e ter menor<br />
custo de produção comparado à produção<br />
tradicional. A primeira etapa do trabalho do GT é<br />
reunir um maior número de produtores que desejam<br />
fazer a conversão para o mercado orgânico.<br />
Para isso, uma reunião com criadores de ovinos<br />
no município de Rosário do Sul aconteceu no mês<br />
de julho. A reunião seguinte foi com o governador<br />
Tarso Genro, em agosto, no Galpão Crioulo<br />
do Palácio Piratini. O encontro reuniu produtores,<br />
chefs de cozinha, profissionais de assistência técnica<br />
e de certificação de orgânicos e pesquisa.<br />
“É o mercado que mais cresce financeiramente,<br />
além dos benefícios à saúde e ao meio ambiente”,<br />
acrescenta Milanez.<br />
Para que a carne orgânica atenda aos requisitos,<br />
a alimentação dos animais deve ser totalmente<br />
orgânica, livre de contaminações por<br />
medicamentos e hormônios. O animal somente<br />
recebe homeopatia e fitoterápicos. A criação dos<br />
animais deve ter níveis considerados cômodos,<br />
como rebanhos não confinados ou privados de<br />
convívio com a natureza. As regras para o abate<br />
são sem sofrimento ao animal e os abatedouros<br />
devem ser limpos com produtos naturais.<br />
Segundo Milanez, “o consumidor terá a<br />
carne de um animal totalmente rastreada, sem<br />
resíduos tóxicos e hormônios, livre de estresse e<br />
sem sofrimento no momento do abate”. No RS,
05<br />
O Rio Grande do<br />
Sul é o melhor<br />
estado para<br />
produzir carne<br />
orgânica por<br />
possuir campos<br />
nativos de grande<br />
qualidade.<br />
já existem criadores de carne orgânica, situados na<br />
região Metropolitana, na Fronteira do Estado e nos<br />
loteamentos de Santa Rita e Bagé.<br />
O Rio Grande do Sul é o melhor estado<br />
para produzir carne orgânica por possuir campos<br />
nativos de grande qualidade, como o do Bioma<br />
Pampa, que dispõe de uma variedade de até 150<br />
espécies de pastagens que servem de alimentação<br />
aos animais, acrescenta Milanez.<br />
As reuniões do Grupo de Trabalho estão<br />
abertas aos interessados em receber esclarecimentos<br />
técnicos sobre a carne orgânica onde também<br />
serão orientados por profissionais da Emater e<br />
da Embrapa. Os contatos podem ser feitos pelo<br />
e-mail planors-sustentavel@secdes.rs.gov.br e<br />
pelo número (51) 3288.6107.<br />
O sistema produtivo da carne orgânica passa<br />
por auditoria e certificação, garantindo que a carne<br />
é produzida da maneira mais natural possível,<br />
isenta de resíduos químicos e com preocupação<br />
socioambiental. No Brasil, a carne orgânica é produzida<br />
por duas associações na Bacia Hidrográfica<br />
do Pantanal, no Mato Grosso e no Mato Grosso<br />
do Sul.<br />
Francisco Milanez, coordenador do Plano RS<br />
Sustentável do Governo do Estado do RGS<br />
Foto: Divulgação
<strong>06</strong> PeRfIl<br />
Frigorífico Silva<br />
o nome que vem de berço<br />
Empresa exporta para mais de 70 países<br />
A história do Frigorífico Silva começou com<br />
Ivon Silva, em Rio Grande, no ano de 1972. O<br />
espírito empreendedor vem de berço e seguindo<br />
os passos do seu pai, que era açougueiro, começou<br />
com distribuição e processamento de carne<br />
bovina e ovina na cidade. O empreendimento foi<br />
crescendo e em 1983, comprou a unidade industrial<br />
do Frigorífico Frisama, em Santa Maria.<br />
Hoje, são os filhos de Ivon Silva que comandam<br />
os negócios, como o sócio-proprietário<br />
Gabriel da Silva Moraes, membro da terceira geração.<br />
“A família está sempre presente na tomada<br />
de decisões. É uma gestão familiar centralizada”,<br />
declara o empresário. O frigorífico, que começou<br />
com menos de 20 funcionários, é uma das plantas<br />
mais modernas do País e com uma equipe de<br />
900 trabalhadores. Os principais produtos são<br />
cortes de carne bovina embalada e classificada<br />
por raça, idade e outras características<br />
Na década de 80, o Frigorífico Silva abatia<br />
cerca de 60 bois/dia e hoje, são 700 bois/<br />
dia, conta orgulhoso Gabriel. Abastece regularmente<br />
todo o estado do Rio Grande do Sul, além<br />
de Estados das regiões Sul e Sudeste. Com um<br />
trabalho voltado à qualidade da carne, é uma<br />
empresa que investe em tecnologia, máquinas e<br />
equipamentos. “São os maiores diferenciais que<br />
faz crescer”, diz Gabriel.<br />
Foto: Divulgação
07<br />
O segredo do sucesso também está aliado<br />
ao pioneirismo. O Frigorífico Silva é o primeiro do<br />
País que deu uma marca à carne, denominada Best<br />
Beef. Dividida nas linhas terneiro, angus, hereford,<br />
brangus e novilho, exporta para mais de 70 países<br />
distintos, a maioria para a África, Ásia, Oriente<br />
Médio e o Uruguai, além da marca Premium, que<br />
exporta para grandes redes. A indústria também<br />
é pioneira no fornecimento de cortes desossados<br />
para supermercados. “A empresa está crescendo. É<br />
hoje, uma das mais reconhecidas em todo o País”,<br />
comemora.<br />
O empresário Gabriel da<br />
Silva Moraes defende que a carne<br />
gaúcha deve ser melhor valorizada<br />
pelo governo estadual, através<br />
de campanhas de marketing que<br />
destaquem suas qualidades e promovam<br />
a sua visibilidade. Além de<br />
programas de incentivo e fomento<br />
à pecuária.<br />
A empresa está crescendo. É hoje, uma das<br />
mais reconhecidas em todo o País e em muitos<br />
países do mundo.<br />
Foto: Divulgação
08<br />
ExpORtaçãO<br />
Foto: Divulgação<br />
No topo:<br />
carne brasileira<br />
é a líder<br />
desde 2008<br />
O Brasil também<br />
consolida sua<br />
posição como<br />
maior fornecedor<br />
no Norte da África,<br />
com crescimento<br />
expressivo nos<br />
mercados do Egito,<br />
Líbia e Argélia.<br />
Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras<br />
de Carne (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli
09<br />
A exportação da carne impulsiona todos os<br />
elos da cadeia produtiva da pecuária de corte.<br />
Gera riqueza, renda, faz com que a indústria tenha<br />
um maior nível de atividade econômica e ajuda<br />
o País na arrecadação de divisas. E o cenário<br />
é otimista para o setor. O País se manteve na liderança<br />
do mercado de carne bovina mundial, ao<br />
bater novo recorde de exportações para o primeiro<br />
semestre/2014, atingindo um faturamento de<br />
US$ 3,404 bilhões e volume negociado de 762<br />
mil toneladas. É o maior faturamento da história<br />
já registrado. Os números são 13,3% (faturamento)<br />
e 12,7% (volume) superiores aos registrados<br />
no mesmo período do ano passado – faturamento<br />
de US$ 3,004 bilhões e volume exportado de<br />
675,7 mil toneladas.<br />
O crescimento se deve especialmente pela<br />
demanda de Hong Kong e Rússia, que continuam<br />
liderando o ranking de mercados importadores<br />
de carne brasileira. “O Brasil também consolida<br />
sua posição como maior fornecedor no Norte da<br />
África, com crescimento expressivo nos mercados<br />
do Egito, Líbia e Argélia”, salienta o presidente da<br />
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras<br />
de Carne (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli.<br />
Já o presidente da Associação Brasileira de<br />
Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Pessoa Salazar,<br />
destaca que impulsionar a exportação da carne<br />
Foto: Divulgação<br />
O abastecimento interno,<br />
por sua vez,<br />
ainda é o maior mercado<br />
de produção de carne.<br />
Presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo),<br />
Péricles Pessoa Salazar
10 ExpORtaçãO<br />
brasileira é exportar valores agregados, do produtor<br />
à indústria. Atualmente, o Brasil exporta para<br />
mais de 170 países, sendo os principais Rússia,<br />
Égito, Irã, Argélia, Hong Kong, Venezuela e Israel.<br />
Segundo o dirigente, o Brasil continua liderando<br />
o ranking de maior exportador de carne do<br />
mundo, devido a três fatores: o plantel bovino brasileiro;<br />
os investimentos feitos nas empresas que<br />
se habilitaram e se adequaram para a atividade<br />
exportadora e o bom controle da defesa sanitária<br />
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />
(MAPA). “O abastecimento interno, por<br />
sua vez, ainda é o maior mercado de produção<br />
de carne. São exportados um quinto do produto,<br />
80% são dirigidos e consumidos pelo mercado<br />
interno.” Os três maiores mercados internos são:<br />
São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />
No RS, as indústrias que atualmente exportam<br />
carne bovina “in natura” são o Grupo Marfrig e o<br />
Frigorífico Silva (Sta. Maria). ”O diretor comercial<br />
das Conservas Oderich, Marcos Oderich, de São<br />
Sebastião do Caí, aponta também que a carne<br />
bovina brasileira está num excepcional momento.<br />
“Estamos conseguindo consolidar uma participação,<br />
implementando a exportação internacional.<br />
A cadeia toda está vendendo mais.”<br />
Porém, ele faz uma ressalva. “O Rio Grande<br />
do Sul precisa trabalhar no aumento de produção<br />
de novilho e fixar o gado no Estado. Alem de melhorar<br />
o abate e diminuir o tempo de terminação do<br />
novilho, por meio de investimentos em pastagem,<br />
produzindo raças mais nobres, como carne angus.”<br />
Foto: ClicRBS<br />
Estamos conseguindo<br />
consolidar uma participação,<br />
implementando exportação<br />
internacional. A cadeia toda está<br />
vendendo mais.<br />
Diretor comercial das Conservas Oderich, Marcos Oderich.
nORMatIzaçãO<br />
11<br />
NR-36: <strong>SICADERGS</strong> aponta soluções<br />
para atender as novas resoluções<br />
As regras estabelecidas pela NR-36, que trata<br />
da segurança e saúde em empresas de abate e<br />
processamento de carnes e derivados, têm exigido<br />
atenção dos frigoríficos, principalmente porque<br />
da NR-36 já estão valendo e devem, ser cumpridas.<br />
Foi salientado que em 2015, os frigorífico<br />
de bovinos deverão ter fiscalização mais intensa.<br />
O presidente do <strong>SICADERGS</strong>, Ronei Alberto Lauxen,<br />
frisou “que o Sindicato se sentiu na obrigação<br />
de UNIFICAR As empresas associadas, já que foi<br />
anunciado, pela Força-Tarefa, que 2015 será o<br />
ano dos frigoríficos, mas mesmo assim, precisamos<br />
nos preparar e sanar os problemas.”<br />
Com o intuito de orientar os associados sobre<br />
as novas regras da Norma Regulamentadora<br />
NR-36 foi promovido pelo Sicadergs, no dia 5 de<br />
setembro, na Casa do Veterinário, na Expointer,<br />
uma palestra com o representante da Segurança<br />
e Saúde no Trabalho do Conselho de Relações<br />
do Trabalho e Previdência Social da FIERGS, Boris<br />
Junior, e o diretor da SL Engenharia e Consultoria,<br />
engenheiro Sergio Ussan, da empresa contratada<br />
pelo <strong>SICADERGS</strong> para prestar consultoria às empresas<br />
associadas.<br />
Ronei explicou que, os frigoríficos poderão<br />
fazer a adesão de forma voluntária, para que a<br />
SL Engenharia e Consultoria realize uma espécie<br />
de auditoria que fará um diagnóstico da empresa.<br />
A alimentação, o deslocamento e a estadia do<br />
engenheiro da SL serão pagos pelo frigorífico e a<br />
estadia 50% será pago pelo <strong>SICADERGS</strong> e outro<br />
50% pelo associado.<br />
O material será disponibilizado para o proprietário<br />
e dirigente da empresa. “Somente, fomentando<br />
esse diagnóstico, podemos estar melhor<br />
preparados em relação à fiscalização federal.<br />
Estamos identificando essa situação como grave<br />
e todos que receberam a visita dos fiscais do Ministério<br />
do Trabalho e Emprego (TEM) sofrera, interdição.<br />
O engenheiro Sergio Ussan, explicou que<br />
a ideia das auditorias é descobrir onde estão os<br />
pontos fracos das empresas, não somente em relação<br />
à NR-36 como à NR-12. “Vamos percorrer<br />
todos os estabelecimentos, olhando toda a linha<br />
de produção, desde máquinas, documento, controle<br />
de pausas e amônia. Concluído o relatório,<br />
o mesmo será entregue ao cliente de forma sigilosa,<br />
para que a empresa decida quais serão os<br />
procedimentos a serem observados.”<br />
Ussan adiantou que toda a empresa precisa<br />
Estamos identificando esta<br />
situação como grave e todos<br />
que receberam a visita dos<br />
fiscais do MTE sofreram<br />
interdição.
12 nORMatIzaçãO<br />
ter um técnico de segurança, além de um médico<br />
ou química de confiança. É preciso também fazer<br />
um laudo para o aterramento das máquinas,<br />
como respeitar as pausas, a ergonomia e treinamento<br />
dos técnicos para realizar o inventário<br />
sobre as máquinas. “Contratar a minha empresa<br />
é a arrancada. Depois é andar com as próprias<br />
pernas.” Ronei complementou que a intenção do<br />
<strong>SICADERGS</strong> é provocar a iniciativa das empresas<br />
e despertar a atenção das pessoas. “Essa lei é nacional<br />
e já foi debatida na FIERGS”, frisou ele.<br />
Segundo o representante da FIERGS/CON-<br />
TRAB, Boris Junior, o prazo da NR-36, em 2015,<br />
estará em vigor em todos os seus itens e, provavelmente,<br />
em março do próximo ano, os fiscais estabelecerão<br />
outros tipos de enfoque. Sobre a NR-12<br />
- Segurança no Trabalho - ele alertou que já está<br />
em vigor e precisam ser atendidas as normas.<br />
O evento contou com a presença dos associados<br />
e do Presidente do Conselho Regional<br />
de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul,<br />
Rodrigo Marques Lorenzoni. Depois das palestras,<br />
aconteceu um churrasco de confraternização entre<br />
os participantes.<br />
Para Adelcio Haublet, Diretor do Frigorífico e<br />
Distribuidora Boa Vista, em Santa Maria, é preciso<br />
ajustar a empresa conforme as determinações dos<br />
fiscais e colocá-las em prática da melhor maneira<br />
possível. “Vou contratar, precisamos correr na<br />
frente e resolver os problemas.”<br />
Leilão é tema de debate<br />
Uma nova ferramenta criada para comercializar o rebanho do produtor rural com a agroindústria<br />
frigorífica foi apresentada pelo proprietário da Cabanhas, Alexandre Santos. O novo site de leilões pode<br />
ser acessado pelo endereço eletrônico www.leilaocabanhas.com.br. No leilão virtual da compra do gado,<br />
estão todas as informações do lote, como tipo de boi, idade e rendimento que são fornecidos pelos<br />
corretores, localizados em vários municípios do Estado. “Estou tendo o maior cuidado para contratar os<br />
corretores”, sinalizou Santos. Uma vez por semana é efetuado o leilão.
especIal<br />
13<br />
Geller declara que Brasil é referência mundial<br />
em carne bovina<br />
O cenário interno e externo é positivo para<br />
o setor de alimentos, em função da crescente demanda<br />
interna e da retomada da economia mundial.<br />
A produção de carne bovina está avançando<br />
fortemente no aumento da produtividade do rebanho,<br />
por meio do melhoramento genético, da<br />
recuperação das pastagens, no controle sanitário<br />
e pelo qualificado conhecimento que os produtores<br />
têm na sua área de atuação. A avaliação é do<br />
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />
(MAPA), Neri Geller. “Somos uma referência mundial<br />
quando o assunto é carne bovina de qualidade”,<br />
declara.<br />
Segundo o Ministro, o desempenho brasileiro<br />
habilita a atender à demanda global crescente<br />
por proteína animal, fazendo do setor um forte<br />
gerador de emprego e renda, tanto na cidade<br />
quanto no campo. No Rio Grande do Sul, o Ministro<br />
destaca a vocação do Estado para produção<br />
de carne fundamentada em raças britânicas<br />
ou cruzamentos, o que permite acessar mercados<br />
diferenciados.<br />
Foto: Divulgação<br />
Somos uma referência<br />
mundial quando o assunto é<br />
carne bovina de qualidade.<br />
Ministro da Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento (MAPA), Neri Geller
14 14<br />
ESPECIAL<br />
Desempenho histórico<br />
Novos mercados<br />
No primeiro semestre, a indústria<br />
brasileira de carne bovina alcançou desempenho<br />
histórico de US$ 3,4 bilhões em<br />
embarques para o Exterior. O desempenho<br />
das exportações brasileiras cresceu 11% em<br />
quantidade e 12 % em valor neste primeiro<br />
semestre, em relação à igual período do<br />
ano anterior. O ano de 2013 foi o ano em<br />
que o Brasil atingiu a maior receita com as<br />
exportações de carne bovina, com US$ 6,66<br />
bilhões. Neste ano, espera-se que as exportações<br />
brasileiras superem esse valor.<br />
“Os bons números não chegam a ser<br />
uma surpresa, uma vez que temos indústrias<br />
eficientes e bem posicionadas nos mercados<br />
mais exigentes, com um produto de reconhecida<br />
qualidade”, acrescenta o Ministro.<br />
A ampliação das vendas brasileiras com<br />
abertura de mercado nos Estados Unidos, que<br />
está entre os maiores importadores de carne do<br />
mundo, o Ministro afirma ser uma possibilidade<br />
importante de ampliação das exportações de<br />
carne bovina. Até o momento, só existe acesso<br />
para a carne termoprocessada e será a primeira<br />
vez que o Brasil estará autorizado a exportar a<br />
carne “in natura“.<br />
Segundo estimativas do próprio Governo<br />
dos EUA, a perspectiva é que o Brasil exporte,<br />
num primeiro momento, cerca de 40 mil toneladas<br />
de carne bovina “in natura”. “Teremos que<br />
competir por uma quota de aproximadamente 65<br />
mil toneladas destinadas aos demais países. Há<br />
também uma tarifa extra-quota de 26,4%. Por<br />
outro lado, sabemos também que, para alguns<br />
outros mercados, condições semelhantes não fo-<br />
Valores de<br />
2013 referente<br />
a um ano<br />
Valores de<br />
2014 referente<br />
a 6 meses
15<br />
ram impeditivas para o aumento das exportações<br />
brasileiras”, pondera o Ministro.<br />
A abertura do mercado americano para<br />
este tipo de carne está prevista para até o final<br />
deste ano. As etapas mais difíceis e importantes,<br />
relacionadas à avaliação técnica da inocuidade<br />
da carne brasileira já foram concluídas. Uma<br />
proposta de regulamentação sobre a liberação<br />
das importações de carne do Brasil já foi publicada<br />
e teve seu período de comentários públicos<br />
encerrados em abril deste ano.<br />
O Ministro garante que o País, aguarda<br />
apenas o Governo dos EUA responder aos comentários<br />
recebidos no processo de consulta pública<br />
e assim publicar, até o final deste ano, a<br />
versão final da norma que autorizará importações<br />
do produto brasileiro. “Esperamos obter também<br />
a habilitação de estabelecimentos exportadores<br />
brasileiros concomitantemente à publicação da<br />
versão final da norma ou imediatamente após.”<br />
Já a retirada do embargo chinês à carne<br />
bovina brasileira, anunciada pelos presidentes<br />
do Brasil, Dilma Rousseff, e da China, Xi Jinping,<br />
foi conquistada através do intenso trabalho do<br />
Ministério da Agricultura em coordenação com<br />
o Ministério das Relações Exteriores, diz satisfeito<br />
Geller. “A China não era um grande importador<br />
de carne bovina, mas nos últimos anos, as importações<br />
do país têm crescido rapidamente. Em<br />
2013, os chineses adquiriram 294 mil toneladas<br />
de carne bovina no exterior e os principais exportadores<br />
foram australianos e uruguaios.”<br />
Com o levantamento do embargo, o MAPA<br />
está negociando novo certificado sanitário para<br />
amparar as exportações, por exigência dos chineses.<br />
“Espera-se que os embarques sejam retomados<br />
em breve, ainda neste ano.”<br />
Foto: Divulgação
1616<br />
ESPECIAL<br />
Crescimento do<br />
agronegócio<br />
A expectativa de crescimento<br />
do agronegócio brasileiro para o<br />
segundo semestre de 2014 está em<br />
torno de 4% no valor da produção<br />
agrícola e pecuária. As exportações<br />
de produtos do agronegócio no primeiro<br />
semestre deste ano, em valor,<br />
estão praticamente iguais às do<br />
ano passado de US$ 49,1 bilhões.<br />
Em termos de quantidades,<br />
muitos produtos registram maiores<br />
volumes de exportação neste ano –<br />
soja, farelo e óleo, carnes de frango<br />
e bovina, celulose, café e fumo – o<br />
que compensa os preços em geral<br />
mais baixos no mercado internacional.<br />
Geller acredita que o desempenho<br />
exportador do agronegócio<br />
brasileiro deve ser muito semelhante<br />
ao do ano passado, com exportações<br />
em torno de US$ 100 bilhões.<br />
O mesmo vale para o saldo<br />
comercial, que deve praticamente<br />
repetir o valor de 2013.<br />
Como os demais setores não<br />
vêm obtendo bons resultados, a<br />
participação do agronegócio nas<br />
exportações e no saldo comercial<br />
está aumentando. No 1º semestre,<br />
as exportações do setor atingiram<br />
44,4% do total das exportações<br />
brasileiras.<br />
Carne bovina<br />
O MAPA avalia que as exportações da carne<br />
bovina brasileira continuem aumentando, mantendo<br />
o mesmo comportamento observado no primeiro<br />
semestre de 2014.<br />
“A carne é item indispensável na dieta do gaúcho,<br />
que é um grande conhecedor de carne e, portanto,<br />
um consumidor exigente. O movimento da<br />
indústria para a oferta de produtos de alto padrão,<br />
cortes diferenciados, valorizando o potencial para<br />
a produção de animais precoces, com excelente<br />
acabamento, deve se intensificar cada vez mais”,<br />
comenta Geller.<br />
No que se refere às indústrias brasileiras, diz<br />
o Ministro, atendem aos mais exigentes processos<br />
de produção e estão preparadas para atender ao<br />
consumidor brasileiro e internacional.<br />
Foto: Divulgação
EntRevIsta<br />
17<br />
Fioreze faz balanço positivo<br />
sobre o setor e destaca<br />
pecuária de corte<br />
Em entrevista exclusiva à Revista do SicadeRGS,<br />
o Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e<br />
Agronegócio (SEAPA), Claudio Fioreze, faz um balanço<br />
deste ano sobre o setor de carnes, abordando<br />
temas como crescimento, importância econômica,<br />
retomada da carne bovina com o mercado<br />
chinês, Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de<br />
Produtos de Origem Animal), Programa Agregar -<br />
RS Carnes e outros assuntos de interesse ao setor.<br />
É positivo o balanço. Estamos<br />
trabalhando em uma proposta<br />
de organização setorial de<br />
médio prazo, estrutural, que é<br />
a forma como os problemas<br />
podem ser resolvidos com<br />
consistência.<br />
Foto: Divulgação
18 EntRevIsta<br />
Revista do <strong>SICADERGS</strong>: Qual o balanço<br />
que o senhor faz a respeito do setor de carnes<br />
no Estado?<br />
Claudio Fioreze: É positivo o balanço.<br />
Estamos trabalhando em uma proposta de organização<br />
setorial de médio prazo, estrutural, que<br />
é a forma como os problemas podem ser resolvidos<br />
com consistência. Do ponto de vista da produção,<br />
podemos notar que o avanço das áreas<br />
de agricultura sobre regiões tradicionais de pecuária<br />
na Metade Sul, resultou em um aumento<br />
na taxa de natalidade, pelos benefícios da integração<br />
lavoura-pecuária na oferta de alimentos,<br />
diminuindo a sazonalidade histórica. Ainda, no<br />
ano passado, tivemos uma redução do abate de<br />
fêmeas, o que comprova que o setor vai bem.<br />
Políticas de crédito ajudam neste processo,<br />
como o Mais Ovinos no Campo, mas os preços<br />
que se valorizaram acima da inflação, ditam o<br />
ritmo. Necessitamos melhorar ainda mais, os índices<br />
de produtividade, pois os pouco mais de<br />
40% que tínhamos eram inaceitáveis nos tempos<br />
atuais. Mas sem descuidar da conservação do<br />
nosso importante Bioma Pampa, que produz um<br />
diferencial ainda pouco aproveitado. Somente a<br />
organização da cadeia nos moldes do Uruguai<br />
ou de outros países, num tripé consagrado (Plano<br />
Estratégico, Fundo Setorial e Instituto Gestor),<br />
é que pode acelerar e consolidar esse processo.<br />
O tempo se encarregará de dirimir resistências<br />
que são legítimas, mas no meu ponto de vista,<br />
inconsistentes.<br />
Quanto à importância econômica, a pecuária<br />
de corte é fundamental, movimenta quase<br />
R$ 3 bilhões, gerando mais de R$ 60 milhões<br />
em arrecadação líquida de ICMS. Importante especialmente,<br />
porque tem raízes culturais muito<br />
fortes e se adapta a uma enorme região onde<br />
outras atividades só tem viabilidade com alta tecnologia,<br />
especialmente pela restrição hídrica.<br />
O Rio Grande do Sul é o estado que tem<br />
o maior consumo de carne per capita do Brasil,<br />
consumimos mais do que produzimos e temos<br />
um parque industrial consistente, mas ainda refém<br />
da sazonalidade. O Estado apoia fortemente<br />
essa base produtiva histórica, através do Programa<br />
Agregar - RS Carnes, melhorando nossa<br />
competitividade e isso com certeza, impacta na<br />
economia.<br />
Revista: A respeito da adesão dos municípios<br />
ao SISBI ou Sistema Unificado de Atenção à<br />
Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf). Objetivos?<br />
Benefícios? Municípios que já aderiram? E<br />
o que precisa para aderir?<br />
Fioreze: O Susaf permite a equivalência<br />
sanitária do Serviço de Inspeção do Município<br />
(SIM) ao Serviço de Inspeção Estadual. Com isto,<br />
o grande benefício é permitir que as agroindústrias<br />
de produtos de origem animal dos municípios<br />
possam comercializar seus produtos para<br />
todo Estado, abrindo as fronteiras do mercado,<br />
ampliando seus negócios, gerando mais renda<br />
Quanto à importância<br />
econômica, a pecuária de corte<br />
é fundamental, movimenta<br />
quase R$ 3 bilhões, gerando<br />
mais de R$ 60 milhões em<br />
arrecadação líquida de ICMS.
19<br />
Foto: Divulgação<br />
para a família, criando empregos locais e gerando<br />
retornos de impostos a todos.<br />
São três etapas: adesão, auditorias e<br />
homologação. A adesão é feita pela simples<br />
solicitação do prefeito municipal ao Secretário<br />
da Agricultura, manifestando o interesse.<br />
Após o protocolo do ofício, o município recebe,<br />
pela nossa equipe da Divisão de Inspeção<br />
de Produtos de Origem Animal, onde<br />
criamos um programa específico para incentivar<br />
e orientar a adesão ao Susaf e/ou Sisbi,<br />
as orientações prévias para dar sequência no<br />
processo. Ele tem que enviar a documentação<br />
exigida para que nossa equipe faça as auditorias<br />
documentais e locais, até que o Serviço<br />
de Inspeção Estadual reconheça a equivalência<br />
dos Serviços de Inspeção de ambos, garantindo<br />
assim, a sua homologação.<br />
Recebemos 207 pedidos de adesão<br />
até agora, mas menos de 40 enviaram os<br />
documentos básicos, mostrando um grande<br />
descompasso entre o discurso e a prática.<br />
Somente a pressão social, das entidades de<br />
agricultores e do setor agroindustrial, assim<br />
como dos consumidores, pode acelerar isso.<br />
De nossa parte, temos feito o máximo esforço,<br />
com equipe exclusiva, programa, viaturas, seminários,<br />
cursos, cartilhas de orientação, etc.<br />
Tudo está em nosso site http://www.agricultura.rs.gov.br/conteudo/4447.<br />
Mesmo assim,<br />
sabendo da enorme deficiência de gestão nos<br />
Serviços de Inspeção Municipais (SIM), capacitamos<br />
mais de 150 veterinários e responsáveis<br />
municipais, para que tivessem todos os<br />
elementos necessários para serem aprovados<br />
nas auditorias documentais e locais.<br />
Até o momento, os municípios de São<br />
José do Sul, Salvador do Sul e Vitor Graeff já<br />
foram homologados pelo SUSAF/RS, somando-se<br />
aos oito municípios que já possuem o<br />
Sisbi (este obtido via MAPA). Aprovamos junto<br />
ao Ministério do Desenvolvimento Agrário<br />
(MDA) um recurso de R$ 3 milhões para ca-
20 entRevIsta<br />
pacitar (R$ 1 milhão) agentes políticos, técnicos<br />
e agroindustriais, além de prover melhor infraestrutura<br />
aos serviços (são R$ 2 milhões para aquisição<br />
de viaturas, computadores, GPS e outros<br />
equipamentos). Os consórcios estão sendo estimulados,<br />
assim como temos recebido apoio dos<br />
APLs (Arranjos Produtivos Locais). Fizemos concurso,<br />
separamos inspeção de defesa e alocamos<br />
133 veterinários exclusivos para a inspeção (77<br />
são novos). Nenhum outro Estado brasileiro tem<br />
tantas iniciativas de apoio ao avanço do status<br />
sanitário dos Serviços Municipais de Inspeção.<br />
Acreditamos nesse caminho para combater<br />
a informalidade, melhorar a segurança alimentar,<br />
agregar valor e compartilhar o avanço dos<br />
sistemas de fiscalização.<br />
Revista: Qual o balanço sobre o Programa<br />
Agregar - RS Carnes?<br />
Fioreze: O Programa Agregar - RS Carne<br />
segue no mesmo ritmo dos anos anteriores,<br />
pois é um programa de Estado e não de Governo.<br />
A novidade é que a estrutura da Seapa está<br />
melhor aparelhada para a conferência das taxas<br />
do Fundo Estadual de Apoio do Setor Primário<br />
(FEASP) e do Fundovinos. Este fato possibilita<br />
uma maior agilidade na emissão do certificado<br />
exigido para a habilitação das empresas. Salvo<br />
fatos novos (que estão fora das ações do Programa)<br />
os resultados devem estar na média dos<br />
últimos anos (cerca de 85% dos abates oficiais<br />
com benefício fiscais, e quase100 empresas<br />
habilitadas).<br />
Não devemos ter cenário muito diferente<br />
dos anos anteriores, mas isto depende da oferta<br />
de animais para abate e da capacidade de<br />
consumo do mercado gaúcho. Há espaço para<br />
novas metas para o Programa, especialmente<br />
pelo avanço dos SIM junto ao SUSAF e/ou Sisbi.<br />
Quando homologados, os próprios fiscais do<br />
SIM podem fazer os laudos técnico-sanitários,<br />
evitando conflitos desnecessários. Mas o avanço<br />
efetivo de pequenos estabelecimentos SIM,<br />
que ocorre lentamente, depende fundamentalmente<br />
das administrações municipais priorizarem<br />
a inspeção de fato. O retorno é certo, pois<br />
significa romper um ciclo vicioso. Mas há que<br />
se ter visão de médio e longo prazos, encarar<br />
isso como investimento e não como custo.<br />
A novidade é que a estrutura da Seapa está melhor aparelhada<br />
para a conferência das taxas do Fundo Estadual de Apoio do Setor<br />
Primário (FEASP) e do Fundovinos.
21<br />
Revista: Qual a importância do <strong>SICADERGS</strong>?<br />
Fioreze: O Sicadergs tem sido parceiro<br />
do Governo nas principais demandas para o<br />
desenvolvimento e sustentabilidade da cadeia da<br />
carne no RS. Aumentar a produtividade, diminuir<br />
a sazonalidade, ampliar a fertilidade do rebanho,<br />
estimular cruzamentos genéticos adequados,<br />
apoiar a produção sustentável, a melhoria<br />
do Bioma Pampa, a certificação, a rastreabilidade,<br />
a melhoria dos sistemas de inspeção, entre<br />
outros, são exemplos de posicionamentos corretos<br />
da entidade.<br />
Creio que a indústria frigorífica deve ser forte<br />
demandante ou propositora para as melhorias,<br />
inclusive servindo de pressão da base da cadeia<br />
junto ao setor de varejo que, infelizmente, não<br />
participa dos debates. A cadeia só vai funcionar<br />
bem se todos os elos funcionarem bem e com<br />
renda.<br />
O ideal seria organizar a cadeia da carne<br />
nos mesmos moldes do leite, da uva, do arroz e<br />
da erva-mate (programa, fundo e instituto). Um<br />
dia, haverá clara compreensão da necessidade<br />
deste estágio superior de organização, onde as<br />
representações legítimas da sociedade assumem<br />
posições claras e estratégicas junto aos poderes<br />
públicos e estes, colocam suas estruturas e recursos<br />
em prol desta concertação público-privada.<br />
Médias mensais do abate de bovinos - Base Programa Agregar - RS Carnes<br />
2009 a 2013<br />
89.009<br />
CISPOA<br />
SIM<br />
68.650<br />
70.<strong>06</strong>3<br />
SIF<br />
2.653<br />
4.466<br />
4.170<br />
5.277<br />
49.076<br />
49.076<br />
68.046<br />
5.281<br />
72.507<br />
57.577<br />
71.279<br />
53.437<br />
2009<br />
2010 2011 2012 2013
22 INSTALAÇÕES<br />
Fotos: Jéssica Pagano<br />
SIcadeRgs<br />
conta com sede<br />
moderna e ampla<br />
Um ambiente moderno, arrojado e amplo para melhor atender<br />
as demandas e prioridades dos associados fizeram com que o<br />
Sicadergs desse uma ‘cara nova’ à sede da entidade. A responsável<br />
pelo projeto arquitetônico e de interiores, a arquiteta Paula<br />
Silva Gambim, declara que a proposta do Sindicato era modernizar<br />
e ampliar o ambiente, não somente para tratar das questões<br />
administrativas de uma entidade de classe, como ser um espaço<br />
para discussão e aprendizado para os associados. “É um conceito<br />
de um novo Sindicato, mais moderno e integrado.”<br />
A reforma iniciou em agosto de 2013 e foi entregue em dezembro,<br />
quando aconteceu a inauguração da nova sede, com a<br />
presença de diretores do Sicadergs, de associados e do então<br />
secretário-adjunto da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária<br />
e Agronegócio, Claudio Fioreze.<br />
A nova sede do Sicadergs foi criada com a proposta de<br />
ser um local integrado, ou seja, com uma recepção mais ampla,<br />
interligada entre a sala do administrativo e o novo auditório. O<br />
espaço comporta 35 pessoas e funciona também como sala de<br />
reuniões, onde conta com um projetor multimídia, microfone e<br />
tela móvel especial. Conta também com acesso a cadeirantes. Os<br />
banheiros foram reformados, sendo um adaptado para deficientes<br />
físicos.<br />
A sede ganhou também dois novos ambientes. A sala do<br />
presidente do <strong>SICADERGS</strong>, Ronei Alberto Lauxen, e uma sala de<br />
reuniões para até seis pessoas. Antes da reforma, o Sicadergs<br />
contava com uma sala para o administrativo, uma para a direção<br />
e outra para a sala de reuniões que também funcionava como<br />
sala de palestras, comportando, no máximo, 20 pessoas. Agora,<br />
a sala do administrativo é ligada a sala do diretor-executivo.<br />
Com 140 metros quadrados, o Sicadergs em breve, contará<br />
com um espaço para a galeria de fotos dos ex-presidentes,<br />
que deverá ser inaugurada em novembro deste ano.
EVENTOS<br />
23<br />
TECNOLOGIA permite medir<br />
os custos de produção<br />
Mostrar ao associado uma proposta de<br />
gestão estratégica de custos de produção que<br />
pode medir a produção de uma fábrica, durante<br />
um determinado período correspondente ao<br />
conjunto de objetos fabricados, acabados ou<br />
em andamento. Essas questões foram informadas<br />
aos associados do Sicadergs, na palestra<br />
que apresentou o método UEP – Unidade<br />
de Esforço de Produção pela empresa Tecnosul<br />
Consulting, com sede em Blumenau, SC.<br />
A palestra ministrada pelo sócio da empresa,<br />
Valério Allora, aconteceu, dia 11 de agosto, na<br />
sede do Sicadergs.<br />
Durante o evento, foi apresentado o trabalho<br />
da empresa catarinense, desenvolvido<br />
em organizações de todo o País, através de<br />
tecnologias de engenharia de custos. “A Tecnosul<br />
tem 30 anos de experiência, construindo<br />
soluções diferenciadas e trabalhando com uma<br />
série de empresas no Brasil.”<br />
Allora informou que, através do método<br />
UEP é possível medir os processos de cada tipo<br />
de produto. “É uma unidade que permite medir<br />
toda a produção.”<br />
Segundo Allora, o método UEP é baseado<br />
na noção de esforços que serão analisados, no<br />
que é denominado Postos Operativos (PO’S),<br />
que podem ser classificados em várias denominações,<br />
como por exemplo máquinas, manual,<br />
transporte, qualidade, retrabalho e inspeção.<br />
“Podemos também classificar como agregar ou<br />
não valor.”<br />
O conceito da UEP é o produto e prioriza<br />
a mão de obra direta e indireta, complementa<br />
o palestrante. “Todo o conceito e método da<br />
UEP está baseado num conceito de contabilidade.”<br />
O proprietário do Frigorífico Producarne,<br />
de Bagé, Edson Endres, elogiou as iniciativas do<br />
Sicadergs. “Estão sendo feitas várias palestras,<br />
em vários âmbitos consultivos. Isso sim é o papel<br />
de um Sindicato que revisa os conceitos com<br />
os seus associados.” Para Álvaro Provin, gerente<br />
da Frigofar Indústria de Alimentos, em Farroupilha,<br />
“são elogiáveis os eventos promovidos pelo<br />
Sicadergs e vêm de encontro à categoria, em<br />
um momento que as empresas precisam estar<br />
com os seus custos muito bem alinhados”.<br />
Valério Allora, sócio da Tecnosul Consulting<br />
Foto: Divulgação
24<br />
eventOs<br />
Fiscais do Ministério do Trabalho esclarecem as<br />
Normas Regulamentadoras 12 e 36<br />
Fotos: Divulgação<br />
As regras estabelecidas pelas Normas Regulamentadoras<br />
NR 12 – Segurança no Trabalho e<br />
NR 36 - Segurança e Saúde em empresas de abate<br />
e processamento de carnes e derivados foi o tema<br />
da reunião dos associados do Sicadergs com a<br />
equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho e<br />
Emprego (MTE). O encontro aconteceu no dia 6<br />
de agosto, e contou com 62 pessoas na sede da<br />
Fiergs, com os auditores fiscais do Trabalho do<br />
MTE, Mauro Muller e Marcelo Naegele.<br />
O presidente do Sicadergs, Ronei Alberto<br />
Lauxen, informou que devido a um processo de<br />
fiscalização mais intenso nos frigoríficos, a partir<br />
de 2015, o Sindicato promoveu o encontro técnico<br />
entre empresários, diretores, técnicos de frigoríficos<br />
e RH para esclarecer as dúvidas e debater com o<br />
setor. “Os frigoríficos de bovinos têm características<br />
de trabalho muito específicas e por isso, desejamos<br />
atender a nossa legislação e alcançar os objetivos<br />
que não é o fechamento dos nossos frigoríficos,<br />
mas, sim, manter o funcionamento, atendendo a<br />
legislação vigente, gerando emprego e renda. Afinal,<br />
2015 é o ano dos frigoríficos de bovinos e<br />
se todos estão sujeitos a mesma legislação, aonde<br />
ficará a isonomia e a igualdade de condições”,<br />
questionou o dirigente.<br />
O auditor-fiscal do Trabalho e coordenador<br />
do Projeto Frigoríficos, Mauro Muller, alertou o setor<br />
sobre casos mais críticos de interdição nos frigoríficos.<br />
“Situações de trabalho que caracterizam<br />
risco grave e eminente do trabalho resultam em<br />
interdição e implicam na paralisação total ou parcial<br />
do estabelecimento, setor de serviço ou equipamento.”
25<br />
A probabilidade de acidentes e doenças que<br />
ocasionam danos ao trabalhador vão desde a LER/<br />
DORT em ambientes de frigoríficos, como a exposição<br />
ao amônio que pode levar ao câncer. Segundo<br />
Muller, a NR 36 inovou no processamento de<br />
amônia através da manutenção e concentrações<br />
ambientais em níveis mais baixos possíveis. “Por<br />
isso, é preciso ter um sensor eletrônico acoplado<br />
ao sistema de alarme, na sala de máquinas, para<br />
acionar no caso de vazamentos.”<br />
O auditor-fiscal do Trabalho, Marcelo Naegele,<br />
informou sobre a NR 12, que determina<br />
que toda a planta precisa de aterramento. Alertou<br />
também sobre os dispositivos de parada de emergência<br />
em desacordo, dispositivo de acidentes e<br />
parada em desconformidade e posto de trabalho<br />
ergonicamente inadequado e sem comprovação<br />
do sistema de aterramento elétrico, em desconformidade<br />
com as normas técnicas vigentes.<br />
Fernanda Garcia, gerente de Produção do<br />
Frigorífico Foresta, de São Gabriel, apontou que<br />
a NR 36 é extremamente instigante e reunir o Ministério<br />
do Trabalho para esclarecer as dúvidas é<br />
essencial. “A partir das questões apontadas neste<br />
evento, podemos saber quais são os riscos à saúde<br />
do trabalhador e saber o tempo hábil para resolver<br />
os problemas.”<br />
Ludwig Vanhove, sócio-proprietário do Frigorífico<br />
Vanhove, de São Gabriel, declarou que “a<br />
normativa veio para ficar e precisamos de um mínimo<br />
de bom senso. Os fiscais são pessoas novas<br />
e o nosso setor é muito complexo e as mudanças<br />
precisam ser gradativas. A evolução é constante e<br />
eterna enquanto estiver em atividade.”<br />
Foto: Divulgação<br />
Mauro Muller (auditor - fiscal do Trabalho), Ronei Lauxen (presidente do <strong>SICADERGS</strong>) e Marcelo Naegele<br />
(auditor - fiscal do Trabalho)
26 eventOs<br />
Bem-Estar Animal<br />
é debatido em encontro<br />
com governo Estadual<br />
As novas exigências de fiscalização de Bem-<br />
Estar Animal foram o tema do debate promovido<br />
pelo Sicadergs entre representantes da Secretaria<br />
da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa),<br />
associados e responsáveis técnicos. O evento<br />
aconteceu no dia 17 de julho no auditório da<br />
entidade. A palestra Bem-Estar Animal realizada,<br />
durante todo o dia, abriu o ciclo de diálogos. O<br />
médico veterinário e Fiscal Estadual Agropecuário,<br />
Richard Alves, informou que com a posse dos 120<br />
médicos veterinários, engenheiros agrônomos e<br />
engenheiros florestais aprovados, no último concurso<br />
da Seapa, algumas normas já estão sendo<br />
aplicadas pelos 70 fiscais que foram destinados<br />
aos frigoríficos.<br />
Dentre as normas estão: qualidade de insensibilização,<br />
sangria bem feita e bem-estar no<br />
estabelecimento. “O agente do serviço público<br />
tem que participar mais deste melhoramento e a<br />
fiscalização precisa estar integrada e inserida dentro<br />
da cadeia, ajudando a crescer e melhorar”,<br />
disse Alves.<br />
Segundo ele, é um tempo de mudanças e as<br />
empresas precisam se adaptar para continuar no<br />
mercado. “É uma questão de sustentabilidade do<br />
negócio, se não, está fadado a terminar. O nosso<br />
trabalho como fiscal é de melhorar para que o<br />
animal não sofra e tenha melhores condições de<br />
vida.”<br />
Já o ciclo de diálogo realizado, no período<br />
da tarde, iniciou com o Coordenador de Inspeção<br />
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem<br />
Animal (Dipoa), Fanfa Fagundes Barbosa, que<br />
declarou acreditar no programa do Estado sobre<br />
fiscalização nos frigoríficos. Mas para isso, é preciso<br />
um conjunto de ações entre empreendedor e<br />
fiscais estaduais, fazendo a defesa do Estado.<br />
O presidente do Sicadergs, Ronei Alberto<br />
Lauxen, destacou que nos últimos cinco anos, este<br />
tem sido o ano de maior crise e as empresas buscam<br />
o diálogo. “Vamos adaptar as empresas a<br />
essas novas realidades e atender as tendências do<br />
novo consumidor. O grande legado é uma evolução<br />
e que todos sobrevivam com a legislação.”<br />
O Diretor-Técnico da Seapa, Eraldo Marques,<br />
parabenizou o Sicadergs pela iniciativa<br />
do evento “porque quando discutimos, a probabilidade<br />
de dar certo é muito maior, pois queremos<br />
que o nosso serviço estadual consiga atingir o seu<br />
objetivo que é capacitar os nossos profissionais e<br />
tentar avançar, abrindo um canal importante de<br />
negociação e diálogo”. Segundo ele, a inspeção<br />
gaúcha comparada com os demais Estados é<br />
considerada a melhor. “E a nossa legislação está<br />
calcada num conhecimento científico.”<br />
O chefe do Setor de Carnes da Seapa, Luciano<br />
Chaves, também parabenizou a iniciativa<br />
do Sindicato em proporcionar ao associado, as
Fotos: Divulgação<br />
27<br />
Vamos adaptar as<br />
empresas a essas novas<br />
realidades e atender<br />
as tendências do novo<br />
consumidor.<br />
informações sobre as mudanças em relação às notificações,<br />
as normas e exigências legais do DI-<br />
POA. “A nova maneira de fazer inspeção começou<br />
em maio de 2013, na cidade de Pelotas. A nossa<br />
ordem é cuidar do processo, ninguém quer fechar<br />
ninguém.”<br />
Paulo Renato Callegaro, Diretor do Frigorífico<br />
Callegaro (Santo Ângelo), acredita que o diálogo<br />
é essencial, porque as leis precisam ser cumpridas,<br />
entendidas e dialogadas também.<br />
O 1º vice-presidente do <strong>SICADERGS</strong>, Paulo<br />
Ronaldo dos Santos, frisou que muitos assuntos sobre<br />
a fiscalização são os associados que repassam<br />
ao Sindicato e a reunião com o corpo técnico do<br />
Estado aconteceu para evitar que muitas indústrias<br />
fechassem as plantas. “É preciso conciliar fiscal e<br />
empresa. Os 120 fiscais empossados são o futuro<br />
dos próximos 20 anos. A formação desta nova<br />
equipe é o DIPOA do futuro. Acreditamos na democracia<br />
e o Sicadergs trabalha junto com o<br />
DIPOA.” Segundo ele, 83% do abate oficial de<br />
carnes bovina são de associados do Sicadergs.<br />
Para o Presidente do <strong>SICADERGS</strong>, Ronei Alberto<br />
Lauxen, a principal demanda do evento foi à<br />
aproximação com os representantes da fiscalização<br />
no Estado. “As empresas precisam se conscientizar e<br />
evoluir, por outro lado é preciso um pouco mais de<br />
prazo nas questões estruturais.”
28 EventOs<br />
Boas Práticas de fabricação<br />
em matadouros de frigoríficos<br />
é tema apresentado no SIcadeRgs<br />
Fotos: Divulgação<br />
Foto: Divulgação<br />
Ivo Armando Costa, Fiscal Federal Agropecuário<br />
(MAPA/RS), ministrou a palestra Boas<br />
Práticas de Fabricação em Matadouros Frigoríficos<br />
destinados ao abate de Bovinos ou Ovinos<br />
promovida pelo Sicadergs no mês de abril. O<br />
evento abordou as boas práticas de fabricação,<br />
suas definições e terminologia, os procedimentos<br />
operacionais padronizados e procedimento<br />
padrão de higiene operacional, estrutura de um<br />
POP/PPHO, aplicação, alcance, considerações,<br />
monitoramento, ações corretivas, verificação e registros.<br />
Além disso, foram tratados os programas<br />
de autocontrole, que englobaram a manutenção<br />
das instalações e equipamentos industriais, vestiários,<br />
sanitários, barreiras sanitárias, iluminação,<br />
ventilação, água de abastecimento, águas residuais,<br />
controle integrado de pragas, limpeza e<br />
sanitização (PPHO), treinamento dos operários e<br />
higiene, hábitos higiênicos e saúde dos operários,<br />
procedimentos sanitários das operações, controle<br />
da matéria-prima, ingredientes e material de embalagem,<br />
controle de temperaturas, calibração e<br />
aferição de instrumentos de controle de processo,<br />
abate humanitário, controle dos MERs, controle<br />
da contaminação cruzada, armazenamento, expedição<br />
e transporte do produto final e guarda de<br />
produtos químicos e venenos.
29<br />
ASSOCIADOS <strong>SICADERGS</strong><br />
AGROINDUSTRIAL NOVA BRÉSCIA LTDA<br />
NOVA BRÉSCIA-RS<br />
FONE: (51) 9681-1437<br />
E-MAIL: titton@terra.com.br<br />
CONTATO: Gelson<br />
AIRTON KLEIN<br />
ALMIRANTE TAMANDARÉ-RS<br />
FONE1: (54) 3331-3714 FONE3: (54) 3615-1146<br />
FONE2: (54) 3615-1148 FAX: (54) 3315-1190<br />
E-MAIL: lolohartmann@hotmail.com<br />
CONTATO: Jacob<br />
ALLES IND E COM DE CARNES E DERIV LTDA<br />
DOIS IRMÃOS-RS<br />
FONE1: (51) 3564-1895<br />
FONE2: (51) 3564-4380 FAX: (51) 3564-1895<br />
E-MAIL: claudemir@carneschuletao.com<br />
CONTATO: José Claudemir<br />
APEBRUN COM. DE CARNES LTDA<br />
VACARIA RS<br />
FONE: (54) 3232-8585<br />
E-MAIL: albertopasquali@apebrun.com.br<br />
CONTATO: Alberto Pasquali<br />
BOA ESPERANÇA AGROINDÚSTRIA LTDA<br />
STO. ANTº PATRULHA-RS<br />
FONE: (51) 3409-3012<br />
FAX: (51) 3409-3012<br />
E-MAIL: ronaldo@allbani.com.br<br />
CONTATO: Ronaldo<br />
CALLEGARO E IRMÃOS LTDA<br />
SANTO ÂNGELO-RS<br />
FONE1: (55) 3313-2810<br />
FONE2: (55) 3313-6076 FAX: (55) 3313-2810<br />
E-MAIL: paulorenato@frigorificocallegaro.com.br<br />
CONTATO: Paulo Renato<br />
CAMBARÁ FRIGORÍFICO LTDA<br />
STA VITÓRIA PALMAR-RS<br />
FONE1: (53) 3263-1234 FONE3: (53) 3263-1098<br />
FONE2: (53) 3263-4321 FAX: (53) 3263-3985<br />
E-MAIL: mercadomilano@terra.com.br<br />
CONTATO: Francisco<br />
COMERCIAL JACUÍ LTDA<br />
PASSO FUNDO-RS<br />
FONE1: (54) 2103-8753<br />
FONE2: (54) 2103-8760<br />
E-MAIL: frigohenrich@uol.com.br<br />
CONTATO: Carlos Henrich<br />
COMESUL BEEF AGRO INDUSTRIAL EIRELI<br />
PANTANO GRANDE-RS<br />
FONE: (51) 3734-1402<br />
FAX: (51) 3734-1382<br />
E-MAIL: mara@comesulbeef.com.br<br />
CONTATO: Leonardo<br />
CONSERVAS ODERICH S/A<br />
SÃO SEBASTIAO DO CAI-RS<br />
FONE1: (51) 3635-1609 FONE3: (51) 3635-1382<br />
FONE2: (51) 3635-1432 FAX: (51) 3635-1409<br />
E-MAIL: marcos@oderich.com.br<br />
CONTATO: Marcos Oderich<br />
COOP. AGROPECUÁRIA COOPSUL LTDA<br />
BOM RETIRO DO SUL-RS<br />
FONE1: (51) 3766-1177 FONE3: (51) 3477-3313<br />
FONE2: (51) 3766-1313 FAX: (51) 3766-1185<br />
E-MAIL: coopsul@uol.com.br<br />
CONTATO: Erivelto<br />
COOP. SUINOCULTORES DO CAÍ SUPERIOR LTDA<br />
HARMONIA-RS<br />
FONE: (51) 3695-1155<br />
FAX: (51) 3695-1155<br />
E-MAIL: ronei@ourodosul.com.br<br />
CONTATO: Ronei<br />
COTRIPAL AGROPECUÁRIA COOP. (FRIGORÍFICO)<br />
CONDOR-RS<br />
FONE1: (55) 3375-9000<br />
FONE2: (55) 3816-1830 FAX: (55) 3575-9047<br />
E-MAIL: roque@cotripal.com.br<br />
CONTATO: Roque<br />
FAMÍLIA KROTH IND E COM DE CARNES LTDA<br />
VENÂNCIO AIRES-RS<br />
FONE1: (51) 3793-4100<br />
FONE2: (51) 3741-2122 FAX: (51) 3741-4128<br />
E-MAIL: fk@viavale.com.br<br />
CONTATO: Fábio<br />
FAROS INDÚSTRIA DE FARINHA E OSSOS LTDA<br />
CRUZEIRO DO SUL-RS<br />
FONE: (51) 3714-9800<br />
FAX: (51) 3714-9800<br />
E-MAIL: daniel@faros.ind.br<br />
CONTATO: Daniel<br />
FRIGOFORTE COM. E TRANSPORTES LTDA<br />
STA CLARA DO SUL-RS<br />
FONE: (51) 3782-1580<br />
E-MAIL: frigoforters@hotmail.com<br />
CONTATO: Leandro<br />
FRIGOMAI IND FRIGORÍFICA LTDA<br />
CACHOEIRA DO SUL-RS<br />
FONE: (51) 3854-2003<br />
E-MAIL: maicon_schmitts@hotmail.com<br />
FRIGORÍFICO 3K LTDA<br />
MATO LEITÃO-RS<br />
FONE: (51) 3784-1251<br />
E-MAIL: frigorifico3k@gmail.com<br />
CONTATO: Adroaldo<br />
FRIGORÍFICO ANGUS LTDA<br />
WESTFALIA-RS<br />
FONE: (51) 3762-4400<br />
E-MAIL: frigorificoangus@gmail.com<br />
CONTATO: Marcos<br />
FRIGORÍFICO AS LTDA<br />
ERECHIM-RS<br />
FONE 1: (54) 3321-2671<br />
FONE 2: (54) 9945-2363<br />
E-MAIL: frigoas@gmail.com<br />
CONTATO: Oberti<br />
FRIGORÍFICO BRAVO LTDA<br />
CAXIAS DO SUL-RS<br />
FONE: (54) 3283-1428<br />
FAX: (54) 3283-2328<br />
E-MAIL: edite@frigorificobravo.com<br />
CONTATO: Edite<br />
FRIGORÍFICO CASON LTDA<br />
PUTINGA -RS<br />
FONE1: (51) 3777-1144<br />
FONE2: (51) 3247-1173<br />
E-MAIL: fricason@msbnet.com.br<br />
CONTATO: Gemiro<br />
FRIGORÍFICO DO SUL LTDA<br />
PASSO DO SOBRADO-RS<br />
FONE: (51) 3787-1282<br />
E-MAIL: comercial@frigorificodosul.com.br<br />
CONTATO: Jorge Fetzner<br />
FRIGORÍFICO E DISTRIB. DE CARNES BOA VISTA LTDA<br />
STA. MARIA DO HERVAL-RS<br />
FONE: (51) 3567-1151<br />
E-MAIL: frigorifico.e@terra.com.br<br />
CONTATO: Adélcio<br />
FRIGORÍFICO EXTREMO SUL S/A<br />
CAPÃO DO LEÃO-RS<br />
FONE: (53) 3284-2700<br />
FAX: (53) 3284-0444<br />
E-MAIL: knorr@sulvia.com.br<br />
CONTATO: José Alfredo<br />
FRIGORÍFICO FORESTA LTDA<br />
SÃO GABRIEL-RS<br />
FONE: (55) 3232-5510<br />
FAX: (55) 3232-5525<br />
E-MAIL: gerenciaadm@foresta.com.br<br />
CONTATO: Gustavo
30 CADASTRO DE ASSOCIADOS – RESUMIDA<br />
FRIGORÍFICO GASSEN LTDA<br />
STA CRUZ DO SUL -RS<br />
FONE: (51) 3717-9861<br />
E-MAIL: fernando@frigorificogassen.com.br<br />
CONTATO: Fernando<br />
FRIGORÍFICO OX LTDA<br />
MONTENEGRO-RS<br />
FONE1: (51) 3033-6333<br />
FONE2: (51) 3649-6111<br />
E-MAIL: adm@oxalimentos.com.br<br />
CONTATO: Adriano<br />
FRIGORÍFICO PAVERAMA LTDA<br />
PAVERAMA-RS<br />
FONE1: (51) 3761-1630<br />
FONE2: (51) 3567-1108 FAX: (51) 3761-1630<br />
E-MAIL: carnesherval@uol.com.br<br />
CONTATO: Norberto<br />
FRIGORÍFICO SÃO LEOPOLDO LTDA<br />
SÃO LEOPOLDO-RS<br />
FONE1: (51) 3588-7010<br />
FONE2: (51) 3588-6176<br />
E-MAIL: cooperleo@sinos.net<br />
CONTATO: Roberto<br />
FRIGORÍFICO SAPÉ LTDA<br />
VENÂNCIO AIRES-RS<br />
FONE1: (51) 3501-5984<br />
FONE2: (51) 3501-5965<br />
E-MAIL: chico@frigorificosape.com.br<br />
CONTATO: Chico<br />
FRIGORÍFICO SELBACH LTDA<br />
SELBACH-RS<br />
FONE1: (54) 9944-1400<br />
FONE2: (54) 9925-2822<br />
E-MAIL: frigoselbach@hotmail.com<br />
CONTATO: Rafael<br />
FRIGORÍFICO SILVA IND. E COM. LTDA<br />
SANTA MARIA-RS<br />
FONE1: (55) 2103-2525<br />
FONE2: (55) 2103-2513 FAX: (55) 2103-2505<br />
E-MAIL: cleber@frigorificosilva.com.br<br />
CONTATO: Cleber<br />
FRIGORÍFICO ZART LTDA<br />
TEUTÔNIA-RS<br />
FONE1: (51) 3762-4304<br />
FONE2: (51) 3762-8088 FAX: (51) 3762-4304<br />
E-MAIL: gustavo@digiservcontabilidade.com<br />
CONTATO: Gustavo<br />
FRIGORIFICO ZIMMER LTDA<br />
PAROBÉ-RS<br />
FONE1: (51) 3599-1732<br />
FONE2: (51) 3559-2635 FAX: (51) 3559-5330<br />
E-MAIL: ladis@frigorificozimmer.com.br<br />
CONTATO: Ladislau<br />
INDÚSTRIA DE ALIMENTOS RAY LTDA<br />
PORTO ALEGRE-RS<br />
FONE1: (51) 3374-6646<br />
FONE2: (51) 3374-8037<br />
E-MAIL: rayalimentos@terra.com.br<br />
CONTATO: Rogério<br />
JAIME DALLA NORA<br />
BOA VISTA DO CADEADO-RS<br />
FONE: (55) 9164-5977<br />
E-MAIL: frigorificodallanora@bol.com.br<br />
CONTATO: Jaime<br />
MARCELO SARTORI<br />
AUGUSTO PESTANA-RS<br />
FONE: (55) 3505-9252<br />
E-MAIL: marcelo@sartorialimentos.com.br<br />
CONTATO: Marcelo<br />
MARFRIG ALIMENTOS S/A<br />
SÃO GABRIEL-RS<br />
FONE: (55) 3237-2900<br />
E-MAIL: mateus.dourado@marfrig.com.br<br />
CONTATO: Mateus<br />
MATADOURO FRIGORÍFICO PRODUCARNE LTDA<br />
BAGÉ-RS<br />
FONE: (53) 3302-4400<br />
E-MAIL: edson@producarne.com.br<br />
CONTATO: Edson<br />
MATADOURO ZIMMERMANN LTDA<br />
NOVA PETRÓPOLIS-RS<br />
FONE: (54) 3287-5<strong>06</strong>0<br />
FAX: (54) 3287-5111<br />
E-MAIL: matadouro@zimmermann-rs.com.br<br />
CONTATO: Renato<br />
MENDES & MALDANER LTDA<br />
SÃO JOSÉ DO OURO-RS<br />
FONE: (54) 3352-1526<br />
FAX: (54) 3352-1526<br />
E-MAIL: mspsjo@hotmail.com<br />
CONTATO: Elias<br />
MFB MARFRIG FRIGORÍFICOS BRASIL S/A<br />
ALEGRETE-RS<br />
FONE: (55) 3421-8900<br />
E-MAIL: alisson.borges@marfrig.com.br<br />
CONTATO: Alisson<br />
MFB MARFRIG FRIGORÍFICOS BRASIL S/A<br />
BAGÉ-RS<br />
FONE1: (53) 3240-5700 FONE3: (53) 3240-5741<br />
FONE2: (53) 3240-5766<br />
E-MAIL: jose.aguilar@marfrig.com.br<br />
CONTATO: José Aguilar<br />
NERI DO NASCIMENTO EIRELLI<br />
VENÂNCIO AIRES-RS<br />
FONE1: (51) 3749-0030<br />
FONE2: (51) 3653-4153<br />
E-MAIL: opcao@opcaoserviços.com.br<br />
CONTATO: Silvia<br />
PAMPEANO ALIMENTOS S/A<br />
HULHA NEGRA-RS<br />
FONE: (53) 3249-1500<br />
FAX: (53) 3249-1502<br />
E-MAIL: rui.mendonca@pampeano.com.br<br />
CONTATO: Rui<br />
PROVIN MILANI COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA<br />
BENTO GONÇALVES-RS<br />
FONE1: (54) 3455-5555<br />
FONE2: (54) 3455-5565<br />
E-MAIL: direcao@frigofar.com.br<br />
CONTATO: Alvaro<br />
QUANTO ALIMENTOS IND. E COM. LTDA<br />
SÃO LEOPOLDO-RS<br />
FONE1: (51) 3589-3500<br />
FONE2: (51) 3589-3989<br />
E-MAIL: adm@quantoalimentos.com.br<br />
CONTATO: Eduardo<br />
RAPHAEL VANHOVE & FILHOS LTDA<br />
SÃO GABRIEL-RS<br />
FONE1: (55) 3232-6080<br />
FONE2: (55) 3232-5733<br />
E-MAIL: vanhove@terra.com.br<br />
CONTATO: Ludwig<br />
SOPELCO CONSULT EXP IMP E REPRES LTDA<br />
PELOTAS-RS<br />
FONE: (53) 3275-6400<br />
E-MAIL: cleusa@sopelco.com.br<br />
CONTATO: Cleusa<br />
ZANIN COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA<br />
LAGOA VERMELHA-RS<br />
FONE: (54) 3358-2035<br />
E-MAIL: atual.fiscal@terra.com.br<br />
CONTATO: Renan