Novos Olhares dezembro
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Trimestral | Ano 1 (17/18) | Número 01 | Direção: Gabinete de Imagem e Comunicação<br />
EFA - APOSTA NA<br />
FORMAÇÃO DE ADULTOS<br />
No passado dia 2 de Novembro,<br />
teve início o Curso EFA,<br />
de nível secundário, de dupla<br />
certificação - Técnico de<br />
Contabilidade, na sede do<br />
Agrupamento de Escolas da<br />
Lourinhã. O curso, em regime<br />
noturno, terá a duração de 2<br />
anos para os formandos com<br />
o 12º ano e de 3 anos para os<br />
formandos com o 9º ano.<br />
Trata-se de um curso de nível<br />
4, tendo no total 6 semanas<br />
de estágio profissional, e é<br />
financiado pelo POCH.<br />
Este curso conta com o apoio<br />
da mediadora/formadora<br />
Ana Cristina Silva e reúne<br />
diariamente 25 formandos<br />
de diversas faixas etárias,<br />
com diferentes histórias,<br />
tanto de vida como profissionais,<br />
com a finalidade de<br />
enriquecer a vida dos formandos<br />
tanto social como<br />
profissionalmente.<br />
Formanda: Rita Silvestre<br />
PFOL - PORTUGUÊS<br />
PARA FALANTES DE OUTRAS<br />
LÍNGUAS<br />
No corrente ano letivo -<br />
2017/2018, na Escola sede<br />
do Agrupamento de Escolas<br />
da Lourinhã - Escola Secundária<br />
Dr. João Manuel da<br />
Costa Delgado, funcionarão<br />
duas turmas de PFOL, em<br />
cursos de níveis A1+A2<br />
(iniciação), em regime póslaboral.<br />
A turma que se encontra em<br />
atividade de formação no<br />
momento é constituída por<br />
adultos estrangeiros de diversas<br />
origens, que escolheram<br />
Portugal, e a<br />
região Oeste, em particular,<br />
para trabalhar e viver, ou<br />
apenas para viver, agora que<br />
se encontram reformados.<br />
Predominante a nacionalidade<br />
ucraniana, mas contando<br />
a turma também com<br />
formandos originários da<br />
Moldávia, Roménia, China,<br />
Tailândia, Bangladesh, França,<br />
Bélgica, Alemanha, Noruega,<br />
Reino Unido e México.<br />
Esta oferta formativa tem<br />
sido de grande importância<br />
para os imigrantes na nossa<br />
região, abarcando também<br />
formandos dos concelhos<br />
limítrofes (Bombarral, Peniche,<br />
Torres Vedras) que aqui<br />
têm acorrido para se inscreverem.<br />
As seis unidades de formação<br />
de curta duração que o<br />
constituem (UFCDs), para<br />
além de proporcionarem conhecimentos<br />
básicos lexicais<br />
e de funcionamento da língua<br />
portuguesa, fomentam a<br />
interculturalidade e a inclusão<br />
social dos imigrantes na<br />
nossa região, favorecendo-os<br />
ainda em várias questões<br />
contempladas pela Lei.<br />
HISTÓRIA E GEOGRAFIA<br />
A POPULAÇÃO ESTRANGEIRA NA LOURINHÃ<br />
A população estrangeira<br />
residente no concelho da<br />
Lourinhã, em 2008, era de<br />
1079 habitantes, verificandose<br />
um ligeiro aumento até<br />
2010, onde atingiu os 1231<br />
habitantes. A partir de 2011,<br />
sofreu um decréscimo acentuado,<br />
atingindo os 793<br />
habitantes em 2015 e finalizando<br />
o ano de 2016 com<br />
827 estrangeiros residentes<br />
(Figura 1).<br />
Quanto à nacionalidade<br />
(figura 2), a principal comunidade<br />
de estrangeiros residente<br />
no concelho da<br />
Lourinhã, em 2016, era a<br />
Figura 1 Figura 2<br />
Ucraniana, com 188 habitantes,<br />
seguida da Brasileira,<br />
com 153. Com um pouco<br />
menos de residentes, encontram-se<br />
as comunidades<br />
Romena, com 86, e a Francesa,<br />
com 46. Oriundos do<br />
Reino Unido, residem por<br />
cá 39 habitantes e da China<br />
38. Por último, estão a<br />
Moldávia e Angola, países de<br />
origem, respetivamente, de<br />
28 e 11 estrangeiros residentes<br />
no concelho da Lourinhã.<br />
A entrada de imigrantes para<br />
o concelho da Lourinhã tem<br />
impactes demográficos e<br />
económicos muito positivos<br />
e necessários. Aumenta a<br />
população residente no<br />
concelho, pois as características<br />
etárias destes<br />
imigrantes (população a-<br />
dulta jovem) permitem<br />
contribuir para o aumento da<br />
natalidade, com a construção<br />
da sua vida familiar na<br />
região. Assim, quanto mais<br />
imigrantes existirem, maior é<br />
a probabilidade de nascerem<br />
mais crianças no<br />
concelho e, consequentemente,<br />
de aumentar a taxa<br />
de natalidade.<br />
A evolução da população<br />
estrangeira tem também<br />
grande impacto no aumento<br />
da produção de riqueza (PIB),<br />
pois, quantos mais imigrantes<br />
vêm viver e trabalhar<br />
para Portugal, maior é a<br />
população ativa. Esta<br />
população contribui para o<br />
dinamismo da economia e<br />
gera maior receita com<br />
impostos (IRS, IRC, etc),<br />
essenciais para suportar<br />
despesas do estado com a<br />
saúde, a educação, infraestruturas,<br />
entre outras, e<br />
contribui para a sustentabilidade<br />
da segurança social<br />
(pagamento de reformas,<br />
apoios sociais à população).<br />
A imigração (apesar do<br />
decréscimo em período de<br />
crise económica após 2011)<br />
tem contribuído para o<br />
crescimento demográfico em<br />
Portugal, principalmente nas<br />
regiões do litoral, onde se<br />
fixa maior número de imigrantes,<br />
e atenuado os efeitos<br />
da emigração dos últimos<br />
anos em Portugal.<br />
Lara Marques, 10ºE<br />
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