Boletim nº2
Boletim da BGUE- 2014
Boletim da BGUE- 2014
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oletim da<br />
iblioteca<br />
maio de 2014<br />
<strong>Boletim</strong> da Biblioteca Geral<br />
da Universidade de Évora<br />
era<br />
digital<br />
BIBLIOTECA GERAL ARQUIVO HISTÓRICO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
ÍNDICE<br />
Nota Editorial 3<br />
A Biblioteca do Conhecimento on-line (b-on) 7<br />
O Período Inicial da Informatização da BGUE 14<br />
WEB 2.0 19<br />
Arrumação dos Espaços 20<br />
Leitura e Atendimento 24<br />
Aquisição e Gestão de Colecções 26<br />
Circuito Documental 28<br />
Arquivo Histórico 30<br />
Fotogaleria 34<br />
Centro de Documentação Europeia 48<br />
Reuniões, Encontros, Formações e Visitas 50<br />
Memória Institucional 53<br />
O Livro da minha Vida 62<br />
Códigos QR 64<br />
Dinamização Cultural 68<br />
Nova Página BGUE 72<br />
Ficha Técnica 74<br />
3
4
WOK* ON<br />
Um admirável mundo novo<br />
Sara Marques Pereira<br />
Directora da Biblioteca Geral e Arquivo Histórico<br />
que foi, o que é e o que poderá ser a utilização dos recentes recursos digitais nas bibliotecas e nos arquivos<br />
constitui, assim, um desafio para o qual todos teremos de nos preparar, já em nome da referida<br />
O<br />
Sociedade do Conhecimento, mas ainda e sempre em nome dos autores, das bibliotecas e dos seus leitores,<br />
sem os quais o conhecimento seria pouco mais que uma quimera.<br />
O que fazemos, como fazemos e como podemos<br />
fazer melhor. Também neste novo número do <strong>Boletim</strong><br />
da Biblioteca procuramos dar um retrato das<br />
actividades realizadas pela Biblioteca Geral e pelo<br />
Arquivo Histórico da Universidade, aumentando<br />
a visibilidade de um trabalho que pelas suas características<br />
é parcialmente invisível.<br />
Mas homenageamos o livro e os seus leitores,<br />
como não podia deixar de ser. Numa vertente mais<br />
pessoal com o texto de Manuel Mota, na rubrica<br />
O Meu Livro, ou mais institucional, descrevendo o<br />
crescimento da utilização dos recursos digitais nas<br />
bibliotecas académicas, suas virtudes e desafios,<br />
como no texto de Maria Teresa Costa, onde se descreve<br />
o aparecimento e evolução da própria b-on.<br />
A Biblioteca Geral da Universidade de Évora é já<br />
hoje uma biblioteca híbrida, com os fundos de livros<br />
físicos a que se vieram juntar os vários recursos<br />
digitais, bases de dados actualmente fundamentais<br />
para o trabalho de investigação, como os associados<br />
à Porbase, b-on ou ao Jstor. Além destes, e na<br />
mesma altura em que se comemoram os dez anos<br />
da criação da b-on (2004), a Universidade de Évora,<br />
através dos serviços da Biblioteca Geral e da Divisão<br />
de Projectos e Informação, deu também início<br />
aos trabalhos de integração das teses de mestrado<br />
e doutoramento no Repositório Digital de Publicações<br />
Científicas da Universidade de Évora (RD-<br />
PC-UE) que se encontra integrado no Repositório<br />
Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) .<br />
pela associação entre as várias instituições universitárias,<br />
como forma de superar os enormes custos<br />
associados à subscrição de alguns destes recursos,<br />
como nos refere o texto de Maria Teresa Costa. Todavia,<br />
o acesso a este manancial de informação tem<br />
vindo a colocar à Academia várias questões complexas,<br />
tais como o novo paradigma de investigação<br />
e ensino a que esta nova realidade está a obrigar,<br />
ou a protecção da propriedade intelectual, temas<br />
que, naturalmente, não cabe aqui desenvolver.<br />
No entanto, talvez valha a pena referir que o<br />
número de utilizadores destas bases de dados na<br />
nossa instituição é ainda relativamente reduzido,<br />
comparativamente a outras instituições congéneres,<br />
isto apesar de um crescimento de 30%<br />
decorrido entre 2011 a 2013 (b-on - Relatórios Estatísticos,<br />
anos 2011, 2012 e 2013) e, mau grado o<br />
esforço e pedagogia de muitos docentes e o apoio<br />
dos serviços aos novos utilizadores.<br />
Também e ainda os recursos digitais têm servido<br />
para o trabalho realizado no Arquivo Histórico<br />
como forma a preservar e divulgar documentação<br />
essencial, veja-se como exemplo o espólio fotográfico<br />
de Túlio Espanca, a ser disponibilizado em<br />
breve na nova página da Biblioteca Geral. Idêntico<br />
trabalho esperamos poder desenvolver no Arquivo<br />
da Escola de Regentes Agrícolas, cuja memória<br />
institucional urge preservar e divulgar.<br />
Os desafios de uma verdadeira Sociedade do Conhecimento<br />
(WOK) terão de continuar a passar<br />
(*acrónimo de World Of Knowledge)<br />
5
6
A<br />
EXPERIÊNCIA PORTUGUESA<br />
NO ACESSO A CONTEÚDOS<br />
ACADÉMICOS E CIENTÍFICOS<br />
ELETRÓNICOS:<br />
A BIBLIOTECA<br />
DO CONHECIMENTO<br />
ONLINE (b-on)<br />
Maria Teresa Costa<br />
FCT/FCCN<br />
Vivemos num contexto de mudança da sociedade industrial para a<br />
sociedade da informação e do conhecimento, baseada no desenvolvimento<br />
tecnológico. Estas mudanças trouxeram alterações significativas<br />
ao contexto das instituições de ensino superior portuguesas<br />
em geral, e das bibliotecas académicas, em particular. As instituições<br />
de ensino superior desempenham um papel fundamental ao nível do<br />
desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento a três níveis: investigação,<br />
educação e formação, e dentro destas as bibliotecas detêm papel<br />
de destaque como fonte de informação e de acesso à informação e ao<br />
conhecimento. As bibliotecas académicas, ao apoiarem as atividades de<br />
ensino, pesquisa e extensão das instituições de ensino superior, detêm<br />
um papel preponderante no acesso e produção do conhecimento.<br />
Com a introdução e desenvolvimento das Tecnologias da Informação<br />
e Comunicação (TIC) as bibliotecas académicas tiveram necessidade de<br />
se renovar e passaram a disponibilizar novos serviços online e acesso a<br />
um sem número de recursos em formato eletrónico.<br />
7
Consórcios de Bibliotecas<br />
A cooperação entre bibliotecas é atualmente uma<br />
prática comum. Porém, a expansão mundial dos<br />
consórcios que hoje conhecemos acentuou-se<br />
sobretudo a partir das décadas de 60 e de 70 do<br />
século XX nas quais ocorreu um grande desenvolvimento<br />
de consórcios nos Estados Unidos tendo<br />
sido também neste período que o termo “consórcio”<br />
se estabeleceu na literatura profissional.<br />
A partir de 1980, com a expansão das novas tecnologias<br />
da informação e das publicações eletrónicas,<br />
os consórcios já estabelecidos passaram também<br />
a oferecer acesso aos recursos eletrónicos. Com<br />
o surgimento, difusão e comercialização destes<br />
recursos a tendência para a cooperação entre bibliotecas<br />
foi reforçada. As bibliotecas começaram<br />
a associar-se em consórcios de modo a conseguirem<br />
obter melhores condições nas negociações<br />
dos contratos, acesso a um maior número de<br />
títulos permitindo que instituições mais pequenas<br />
pudessem beneficiar do acesso a conteúdos (quer<br />
ao nível da qualidade quer da quantidade) que de<br />
outra forma dificilmente conseguiriam, financiamento<br />
para a transição do eletrónico e apoio mútuo<br />
a nível do suporte técnico.<br />
Os benefícios não são novos, mas o objetivo da<br />
cooperação é. O fenómeno foi desenvolvido especialmente<br />
entre bibliotecas académicas porque<br />
foi nestas que a incorporação dos recursos<br />
eletrónicos se iniciou e adquiriu maior relevância.<br />
Em Portugal o surgimento do consórcio b-on em<br />
2004 é recente quando comparado com outros<br />
países, no entanto, os resultados são muito animadores<br />
quer ao nível das instituições membro,<br />
dos conteúdos disponibilizados e do crescente<br />
número de downloads.<br />
8<br />
A cooperação<br />
bibliotecária em Portugal<br />
Em Portugal o processo de adesão às novas tecnologias<br />
foi mais lento que em outros países da Europa.<br />
Só em 1986 é que teve inicio a automatização<br />
da Biblioteca Nacional, tendo sido esta, então, designada<br />
coordenadora da Base Nacional de Dados<br />
Bibliográficos – PORBASE.<br />
A PORBASE veio alterar de forma radical a cooperação<br />
entre as bibliotecas nacionais, pois reuniu<br />
bibliotecas universitárias, bibliotecas da administração<br />
pública, bibliotecas municipais, bibliotecas<br />
especializadas, … As bibliotecas cooperantes beneficiaram<br />
do acesso a equipamentos que lhes permitiu<br />
não só automatizar rotinas, mas também otimizar<br />
e melhorar os serviços até então prestados.<br />
No entanto, só em finais dos anos 90 é que se verifica<br />
a integração da Internet e de recursos eletrónicos<br />
nas bibliotecas académicas nacionais. Multiplicam-se<br />
as coleções e subscrições de bases de dados<br />
em CD-ROM e acessíveis remotamente através da<br />
Internet. São criadas páginas online de acesso aos<br />
seus conteúdos permitindo o acesso local ou remoto<br />
aos mesmos.<br />
O surgimento destas tecnologias e a vulgariza-
ção da Internet contribuiu igualmente para que os<br />
profissionais destas bibliotecas perceberam a necessidade<br />
de trabalharem em cooperação, de uma<br />
forma estruturada através da criação de uma infraestrutura<br />
nacional que permitisse a cooperação<br />
e a partilha de recursos.<br />
Em 1992, nas 8as Jornadas das Bibliotecas Universitárias,<br />
realizadas em Lisboa, foi apresentado um<br />
documento elaborado pelo Grupo de Trabalho das<br />
Bibliotecas Universitárias da BAD, denominado<br />
“Bibliotecas Universitárias: alicerces para uma estrutura<br />
de cooperação”.<br />
Este documento foi posteriormente enviado ao<br />
Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas<br />
(CRUP) e fazia sentir a necessidade de uma<br />
maior intervenção das bibliotecas universitárias<br />
no seio da comunidade que servem e fazia propostas<br />
concretas para solucionar os problemas.<br />
Em 1996, os Serviços de Documentação da Universidade<br />
de Aveiro apresentaram ao Reitor da<br />
universidade, um outro documento intitulado<br />
“Fundamentos para uma Rede de Bibliotecas Universitárias”,<br />
e que alertava para a necessidade da<br />
constituição de uma rede para as bibliotecas académicas.<br />
Também este documento foi remetido<br />
para o CRUP, tendo sido alvo de um parecer por<br />
parte do mesmo, levando à sua divulgação junto<br />
de todas as universidades.<br />
Em Maio de 1999 houve uma reunião do CRUP,<br />
que contou com a presença do Ministro da Ciência<br />
e Tecnologia, e na qual foi admitida a hipótese de<br />
financiamento da RUBI por parte daquele Ministério,<br />
que não chegou, contudo, a ser atribuído.<br />
No entanto, e ainda em 1999, no âmbito do Programa<br />
Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação<br />
do Quadro Comunitário de Apoio III (2000-2006),<br />
é prevista a constituição de uma “Biblioteca Nacional<br />
de C&T em Rede”. Neste contexto, em 2000, o<br />
então Observatório para a Ciência e Tecnologia<br />
(OCT) procedeu a um levantamento exaustivo<br />
das assinaturas de revistas científicas por todas as<br />
instituições de investigação e do ensino superior<br />
do país, com o objetivo de identificar as editoras<br />
prioritárias e preparar as negociações com estas<br />
editoras para assegurar o acesso livre ao texto<br />
integral de artigos científicos por investigadores,<br />
professores e estudantes de todas as instituições<br />
científicas e do ensino superior portuguesas.<br />
Na altura, foi decidido iniciar a disponibilização da<br />
Web of Knowledge – WoK, do Institute of Scientific<br />
Information/Thomson, dada a importância<br />
deste instrumento de referências bibliográficas<br />
e de citações à literatura científica para as actividades<br />
científicas correntes. A disponibilização<br />
em 2001 do acesso à Web of Knowledge, através<br />
da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS)<br />
e com apoio financeiro do Programa Operacional<br />
Sociedade da Informação (POSI), permitiu à comunidade<br />
académica e científica de todo o país aceder<br />
desde esse ano às bases de dados do Science Citation<br />
Index, do Arts and Humanities Citation Index,<br />
dos Current Contents e Contents Connect,<br />
dos Journal Citation Reports, dos ISI Proceedings,<br />
dos ISI Chemistry, incluindo os respetivos registos<br />
históricos desde 1945.<br />
Ainda em 2001 foram iniciadas negociações com<br />
editoras internacionais de periódicos científicos,<br />
com o objetivo de preparar a assinatura de contratos<br />
que permitissem o acesso, a nível nacional<br />
e através da Internet, a conteúdos de algumas<br />
das principais editoras de periódicos científicos<br />
internacionais de modo a oferecer um conjunto<br />
alargado de artigos online, em texto integral, em<br />
condições financeiras adequadas, nomeadamente<br />
tendo em conta os custos de todas as assinaturas<br />
que vinham sendo asseguradas pelas instituições<br />
científicas e do ensino superior do país.<br />
A extinta Agência para a Sociedade do Conhecimento<br />
(UMIC) enquanto organismo com responsabilidades<br />
de coordenação das políticas governamentais<br />
para a Sociedade da Informação e para<br />
a Inovação, assumiu como um dos seus objetivos<br />
a constituição de um Consórcio Nacional para<br />
a gestão da Biblioteca do Conhecimento Online<br />
(b-on). Neste sentido, e em articulação com o então<br />
Ministério da Ciência e Ensino Superior (MCES),<br />
foi desencadeado um conjunto de ações no início<br />
de 2003, que conduziram à implementação do<br />
projeto b-on, lançado em Abril de 2004 com 3.500<br />
títulos de seis editores.<br />
9
Biblioteca do Conhecimento Online<br />
A Biblioteca do Conhecimento Online, vulgo b-on<br />
(www.b-on.pt) é, pois, uma iniciativa da UMIC<br />
sendo a respetiva infraestrutura técnica, o apoio<br />
aos utilizadores, designadamente na área da formação,<br />
e a relação com os editores e restantes<br />
fornecedores de conteúdos assegurada pela FCCN<br />
- Computação Científica Nacional.<br />
A b-on tem como missão garantir o acesso a um<br />
vasto número de publicações e serviços eletrónicos<br />
à comunidade de ensino e investigação nacional,<br />
constituindo-se como um pilar estratégico na<br />
construção da Sociedade do Conhecimento e funcionando<br />
nessa medida como instrumento fundamental<br />
de acesso ao conhecimento para a referida<br />
comunidade.<br />
A b-on disponibiliza apenas o acesso a conteúdos<br />
em formato eletrónico e com o seu surgimento<br />
passou a ser possível a toda a comunidade científica<br />
e académica nacional – professores, investigadores<br />
e estudantes – um acesso facilitado aos artigos<br />
em texto integral de um conjunto relevante<br />
de periódicos científicos publicados online por algumas<br />
das mais reputadas editoras e titulares de<br />
bases de dados científicas internacionais, explorando-se<br />
economias de escala possibilitadas pela<br />
compra centralizada de conteúdos.<br />
INSTITUIÇÕES B-ON<br />
Tendo sido inicialmente uma iniciativa orientada<br />
para a comunidade e instituições académicas, a<br />
b-on, no seu segundo ano de existência e após o<br />
interesse demonstrado pela comunidade hospitalar,<br />
segmentou os seus conteúdos de modo a que<br />
também esta comunidade passasse a usufruir<br />
deste instrumento.<br />
A b-on passou então a integrar universidades,<br />
politécnicos, instituições de I&D, organismos da<br />
administração pública, organismos sem fins lucrativos<br />
e hospitais.<br />
CONTEÚDOS<br />
Tendo começado em 2004 com seis editores (Elsevier,<br />
IEEE, Sage, Springer, Kluwer, Wiley) e<br />
10
Os principais objetivos da b-on são:<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
Contribuir para melhorar o sistema científico nacional tendo um papel<br />
activo e participativo na construção da sociedade do conhecimento;<br />
Dinamizar e estimular a comunidade para o consumo e produção de<br />
conteúdos científicos;<br />
Estimular a cooperação entre as entidades do sistema de ensino e<br />
investigação nacional;<br />
Desenvolver competências-chave na gestão da informação e conhecimento;<br />
Promover o acesso eletrónico às principais fontes internacionais de<br />
conhecimento;<br />
Racionalizar custos através de uma negociação centralizada com as<br />
editoras e demais fornecedores de conteúdos.<br />
cerca de 3.500 títulos, cedo se verificou ser insuficiente,<br />
pelo que logo em 2005 passou a disponibilizar<br />
o acesso a quinze fornecedores de conteúdos<br />
(American Chemical Society, American<br />
Institute of Physics, Annual Reviews, Association<br />
for Computing Machinery, EBSCO, Elsevier,<br />
IEEE, Institute of Physics, Royal Society of Chemistry,<br />
Sage, Society for Industrial and Applied<br />
Mathematics, Springer, Taylor & Francis, Web<br />
of Knowledge e Wiley) melhorando a oferta dos<br />
conteúdos, quer ao nível da abrangência das áreas<br />
do conhecimento, quer ao nível do fator de impacto<br />
e, obviamente, a relação custo-benefício. A<br />
b-on passou nessa altura a disponibilizar o acesso<br />
a mais de 16.000 títulos de periódicos científicos<br />
em texto integral.<br />
Até 2007 o modelo de licenciamento da b-on,<br />
baseou-se num All for All, ou seja, Tudo para Todos,<br />
fazendo com que todos os membros acedessem<br />
ao mesmo conjunto de conteúdos (à exceção<br />
dos hospitais cujos conteúdos são específicos da<br />
área da Saúde).<br />
São cinco os critérios definidos para a inclusão de<br />
conteúdos na b-on:<br />
Abrangência das áreas temáticas: distribuição<br />
equitativa de conteúdos no que diz respeito à área<br />
temática de conhecimento;<br />
Impacto: os conteúdos a integrar têm de possuir<br />
elevados padrões de qualidade e de impacto, quer<br />
ao nível dos conteúdos comerciais, quer ao nível<br />
dos conteúdos gratuitos.<br />
Universalidade de utilização: procura assegurar<br />
que os conteúdos a integrar na b-on sejam de interesse<br />
e uso abrangente por parte da comunidade;<br />
Racionalidade: a integração de conteúdos deve estar<br />
de acordo com a utilização racional dos meios<br />
financeiros disponíveis;<br />
Granularidade: os conteúdos a integrar são “pacotes”<br />
de conteúdos e não títulos individuais.<br />
Em 2007, e reconhecendo que não integrava alguns<br />
recursos considerados importantes por parte<br />
da comunidade, a b-on passou a disponibilizar o<br />
acesso a mais cinco editoras (Cambridge University<br />
Press, Blackwell, Nature, Oxford University<br />
11
Press e Science) mas em regime de Some for Some,<br />
ou seja, apenas as instituições que quisessem e<br />
pudessem suportar o custo da subscrição destes<br />
conteúdos a 100% teriam acesso aos mesmos.<br />
Apesar de não contarem com o apoio financeiro,<br />
as instituições reconhecem neste modelo algumas<br />
vantagens, pois beneficiam da negociação<br />
centralizada pelo consórcio garantindo assim<br />
melhores condições quer a nível financeiro e<br />
administrativo quer no que se refere ao acesso<br />
aos conteúdos (n.º de títulos).<br />
Em 2009, a b-on passou também a subscrever e-<br />
-books alargando assim a tipologia de recursos à<br />
comunidade académica e científica nacional.<br />
Atualmente, 2014, a b-on garante o acesso a mais<br />
de 22.000 títulos de periódicos subscritos em texto<br />
integral, 26.000 ebooks e 9.000 atas de conferências<br />
visando o equilíbrio da cobertura das várias<br />
áreas científicas.<br />
Para além de recursos subscritos a b-on integra,<br />
pela sua qualidade, também alguns recursos em<br />
acesso livre ou de acesso aberto nacionais e internacionais,<br />
dos quais gostaríamos de destacar o<br />
projeto nacional RCAAP – Repositório Científico<br />
de Acesso Aberto de Portugal (www.rcaap.pt).<br />
Gráfico 1 - Evolução do número de títulos, 2004-2014<br />
12
UTILIZAÇÃO<br />
Também ao nível da utilização a evolução tem sido<br />
notória, tendo vindo a crescer de ano para ano, tendo<br />
atingido em 2013 mais de 9.300.000 downloads,<br />
como pode ser observado no Gráfico 2.<br />
Tais dados demonstram e confirmam a importância<br />
que os recursos científicos eletrónicos assumem<br />
atualmente para a comunidade académica nacional,<br />
que de ano para ano contribui para o aumento<br />
da sua utilização.<br />
Estes recursos são meios privilegiados de acesso à<br />
informação e ao conhecimento e revelam-se fundamentais<br />
à comunidade académica nacional.<br />
A criação e disponibilização da b-on representa uma<br />
das ações mais relevantes em favor da comunidade<br />
académica e científica nacional, sendo que as suas<br />
principais vantagens foram a democratização e a<br />
flexibilidade no acesso ao conhecimento científico.<br />
10.000.000<br />
9.000.000<br />
8.000.000<br />
7.779.654<br />
8.421.197<br />
9.393.187<br />
7.000.000<br />
6.861.750<br />
6.000.000<br />
5.000.000<br />
4.000.000<br />
3.000.000<br />
2.000.000<br />
2.120.171<br />
3.344.199<br />
3.694.106<br />
4.314.588<br />
5.290.933<br />
5.991.539<br />
1.000.000<br />
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />
Gráfico 2 – Evolução do n.º de downloads, 2004 - 2013<br />
13
O PERÍODO INICIAL<br />
DA INFORMATIZAÇÃO DA BGUE<br />
Catarina Fernandes<br />
maioria das bibliotecas possui uma história<br />
A longa nem sempre conhecida e que reflecte<br />
também as transformações que vão ocorrendo ao<br />
longo dos tempos.<br />
O aumento do volume de publicações que se verificou<br />
desde o início do século XX dificultou cada<br />
vez mais a recuperação de informação, um dos<br />
aspectos mais importantes a nível da gestão de<br />
fundos documentais.<br />
A evolução bastante rápida de computadores e<br />
suas aplicações levaram à utilização, no domínio da<br />
edição, de bandas magnéticas, cópias das versões<br />
impressas da maior parte das publicações.<br />
14
15
A necessidade de acesso rápido a informação já<br />
considerável conduziu à ideia de pesquisas bibliográficas<br />
em computador com recurso à informação<br />
armazenada em bandas magnéticas. Essas foram<br />
as primeiras bases de dados e tinham apenas acesso<br />
local, tendo surgido inicialmente nos Estados<br />
Unidos da América e também no Reino Unido.<br />
A utilização crescente de computadores levou a<br />
que as bibliotecas implementassem catálogos em<br />
linha, acedessem a bases de dados e à utilização<br />
de disquetes e de CD-ROM (referências bibliográficas,<br />
artigos de periódicos e itens de outras<br />
fontes). As características apresentadas por este<br />
suporte óptico nomeadamente capacidade de armazenamento,<br />
durabilidade, preço acessível, fácil<br />
arrumação determinaram as suas aplicações como<br />
produto comercial e também a nível institucional.<br />
Os encargos elevados com a aquisição e assinatura<br />
das publicações científicas impossibilitaram a<br />
actualização das colecções e conduziram à crise<br />
dos periódicos científicos nos últimos anos da década<br />
de 80, tendo sido procuradas alternativas a<br />
nível do sistema de comunicação científica que,<br />
mais tarde, entre outras iniciativas desenvolvidas,<br />
levaram ao movimento de acesso aberto e aos repositórios<br />
institucionais de universidades.<br />
Nessa altura, também a Biblioteca da Universidade<br />
de Évora procurava adaptar-se às mudanças ocorridas<br />
e responder às necessidades e exigências dos<br />
seus utilizadores. A informatização da Biblioteca<br />
era questão primordial, facilitando as tarefas e procedimentos<br />
do circuito documental e posterior pesquisa,<br />
recuperação e acesso à informação.<br />
Em 1989, através de convénio de cooperação<br />
entre a Universidade de Évora e o LNEC e após<br />
avaliação dessas necessidades e exigências, estabeleceu-se<br />
a estrutura entendida como mais adequada<br />
e seu funcionamento, tendo sido adquirido<br />
o sistema DOCUMENTA, sistema de gestão de<br />
bases de dados, para o equipamento WANG VS<br />
100 que se encontrava instalado no Centro de<br />
Informática da Universidade de Évora.<br />
A responsável pelo estabelecimento da estrutura e<br />
definição do novo sistema, Eng.ª Isabel Reis do LNEC,<br />
orientou a implementação e utilização do sistema<br />
DOCUMENTA na BGUE, e também, posteriormente,<br />
no Centro de Documentação e Informação<br />
(CDI) do departamento de Arquitectura Paisagista e<br />
Engenharia Biofísica da Universidade de Évora.<br />
O recurso à tecnologia facilitou e melhorou os<br />
serviços disponibilizados pela Biblioteca Geral da<br />
Universidade de Évora, tendo sido possível, através<br />
do sistema DOCUMENTA, gerir vários tipos de informação.<br />
Cada tipo de informação tinha uma ficha<br />
individual associada e composta por um número<br />
máximo de campos de informação.<br />
Os registos de informação encontravam-se associados<br />
a uma estrutura hierárquica de termos, o<br />
Manual de Classificação, e a um resumo onde eram<br />
inseridas as palavras-chave para pesquisa posterior.<br />
Na sua fase inicial, procedeu-se ao carregamento de<br />
registos de diferentes tipos de informação (monografias,<br />
séries, teses, congressos e relatórios) recém-adquiridos<br />
e posteriormente à recuperação dos registos<br />
correspondentes ao restante fundo documental.<br />
Este foi o sistema que funcionou durante alguns<br />
anos até posterior adesão à PORBASE, Base Nacional<br />
de Dados Bibliográficos, coordenada pela<br />
Biblioteca Nacional de Portugal.<br />
O avanço das novas tecnologias contribuiu também<br />
para a disponibilização e acesso aos conteúdos<br />
de certas publicações científicas como o Current<br />
Contents, ERIC, PROQUEST, entre outras,<br />
em disquetes e CD-ROM.<br />
Este período de modernização e melhoramento dos<br />
serviços disponibilizados contemplou também a necessidade<br />
de alargamento do espaço físico ocupado<br />
pela Biblioteca tendo sido necessárias, nessa altura<br />
e até à presente data, sucessivas adaptações do seu<br />
espaço no Colégio do Espírito Santo e implementação<br />
de outros pólos da Biblioteca Geral nos restantes<br />
edifícios da Universidade de Évora.<br />
16
17
18
WEB 2.0<br />
António Cachopas<br />
Web 2.0 na BGUE assume-se como<br />
A um factor cada vez mais importante,<br />
desde o networking e o marketing associado à<br />
BGUE, passando pela publicitação de eventos<br />
e acções e mesmo ao desempenho de tarefas<br />
de serviço de referência, particularmente<br />
pelo Facebook (FB).<br />
No caso do FB, para ter uma noção do seu<br />
impacto, sempre que se faz um update ao FB,<br />
existe uma população de mais de 5000 pessoas<br />
que podem ler a notícia e partilhá-la<br />
com milhares de pessoas. Existem estudos<br />
que mostram uma maior eficácia na publicitação<br />
de uma notícia numa rede social digital<br />
do que numa página oficial, para além de que<br />
a própria rede poderá ser também um repositório<br />
digital.<br />
Alguns dados:<br />
A página do FB da BGUE é, de entre todas<br />
as páginas de bibliotecas académicas de ensino<br />
superior em Portugal, aquela que é mais<br />
seguida, neste caso por mais de 5000 pessoas.<br />
Mas não é apenas pelo FB que passa a<br />
partilha de informação e a interação com os<br />
seus utilizadores. A BGUE utiliza também o<br />
Twitter, Youtube e Google+. Existem ainda<br />
duas páginas do FB alusivas às Bibliotecas<br />
do Colégio dos Leões, e da Escola Superior de<br />
Enfermagem que já apresentam também um<br />
número interessante de seguidores.<br />
19
ARRUMAÇÃO<br />
DOS ESPAÇOS<br />
António Cachopas<br />
Um dos principais factores para o bom funcionamento<br />
de uma biblioteca é a organização<br />
dos seus espaços.<br />
PALÁCIO DO VIMIOSO<br />
A biblioteca do Palácio Vimioso, à entrada, tem<br />
actualmente uma pequena resenha histórica do<br />
Palácio, um quadro com o número de obras a que<br />
cada utilizador tem direito, bem como o prazo de<br />
empréstimo e ainda algumas normas sobre o comportamento<br />
a ter dentro da Biblioteca, de acordo<br />
com o Regulamento da BGUE.<br />
As novas aquisições são expostas durante uma semana,<br />
a fim de dar conhecimento aos utilizadores<br />
de todos os livros que entram na biblioteca.<br />
Alocação de uma nova estante para serviço back<br />
-office para tratamento documental.<br />
COLÉGIO ESPÍRITO SANTO<br />
Num trabalho em parceria com a Reprografia,<br />
que cedeu o espaço e dá apoio logístico, o Sr. Souto<br />
tem estado a desmontar as teses de mestrado e<br />
doutoramento mais antigas, sem suporte digital,<br />
digitalizando-as e voltando a colar o original com<br />
a finalidade da preservação dos trabalhos científicos<br />
apresentados na academia e a sua inclusão<br />
no Repositório Digital. São já mais de 500 as obras<br />
que estão digitalizadas na íntegra.<br />
20
Biblioteca Palácio do Vimioso<br />
Reprografia Colégio Espírito Santo<br />
21
COLÉGIO DOS LEÕES<br />
Reorganização de todas as publicações periódicas<br />
e monografias de arquitectura e património existentes<br />
na biblioteca, em função de uma generosa<br />
oferta dos arquitectos Fernando Pinto, Vítor<br />
Mestre e Sofia Aleixo.<br />
Reorganização da sala de tratamento técnico, anteriormente<br />
organizada por áreas temáticas passando<br />
agora a estar arrumada por número de registo.<br />
ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM<br />
Na Biblioteca da ESESJD, iniciado o processo de<br />
digitalização de capas das monografias deu-se<br />
início também a uma revisão na catalogação das<br />
mesmas obras e algumas alterações na Indexação<br />
dos registos bibliográficos, de acordo com a Lista<br />
de Descritores em Ciências da Saúde-DECS. Na sequência<br />
deste trabalho, está a proceder-se a uma<br />
nova colocação de cotas diferenciadas por cores.<br />
Num espaço adjacente à biblioteca, foi colocado um<br />
cacifo que se destina única e exclusivamente ao<br />
apoio à permanência dos utilizadores da biblioteca.<br />
COLÉGIO LUÍS ANTÓNIO VERNEY<br />
No último trimestre do ano de 2013 foi dada prioridade,<br />
atendendo à urgência do mesmo, ao tratamento<br />
técnico e documental de um espólio de 370<br />
obras (incluindo várias áreas), oferecido ao Departamento<br />
de Paisagem, Ambiente e Ordenamento,<br />
para integração, num Centro de Documentação,<br />
que irá abrir dentro em breve, sob a responsabilidade<br />
da Prof.ª Dr.ª Sofia do Carmo Goulão Capelo.<br />
Biblioteca Colégio dos Leões<br />
22
Biblioteca Colégio Luís Verney<br />
Biblioteca Escola Superior de Enfermagem São João de Deus<br />
Biblioteca Colégio da Mitra<br />
23
LEITURA<br />
E ATENDIMENTO<br />
António Cachopas<br />
equipa da BGUE, como sempre,<br />
valoriza a opinião dos<br />
A<br />
seus utilizadores. Deste modo<br />
são aplicadas ferramentas, quer<br />
tradicionais, quer alicerçadas em<br />
novas tecnologias, que dão voz<br />
ao utilizador.<br />
Assim, há a registar que neste<br />
momento está a ser preparado na<br />
biblioteca no Vimioso um questionário<br />
destinado à avaliação da<br />
satisfação dos utilizadores.<br />
Na ESESJD, na senda do aproveitamento<br />
das novas TIC, procedeu-se<br />
à criação de um grupo de<br />
facebook, tendo este como objectivo<br />
principal gerar sinergias en-<br />
tre a comunidade académica, de<br />
forma a informar e divulgar conteúdos<br />
existentes em bases de dados<br />
científicas, dar conhecimento<br />
de novas entradas de livros e<br />
analíticos. Pretende-se com estas<br />
dinâmicas de comunicação<br />
e interação entre a comunidade<br />
académica, fomentar vínculos<br />
efectivos entre as pessoas e com<br />
um espaço comum a todas elas.<br />
24
Horário de Atendimento ao Público<br />
Colégio Espírito Santo<br />
9h00 às 20h30<br />
(seg. a sex.)<br />
9h30 às 12h30<br />
(sáb.)<br />
Colégio Espírito Santo<br />
Sala do fundo<br />
do Governo Civil<br />
9h00 às 16h00<br />
(seg. a sex.)<br />
Colégio Espírito Santo<br />
Varanda<br />
do Claustro Pequeno<br />
8h30h às 23h (seg. a sex.)<br />
9h às 19h30 (sáb.)<br />
Colégio Espírito Santo<br />
Sala das Belas Artes<br />
9h00 às 20h30<br />
(seg. a sex.)<br />
Colégio Luís Verney<br />
9h00 às 20h30<br />
(seg. a sex.)<br />
9h30 às 12h30<br />
(sáb.)<br />
Colégio Luís Verney<br />
Mapoteca<br />
9h00 às 20h30<br />
(seg. a sex.)<br />
9h30 às 12h30<br />
(sáb.)<br />
Escola Superior<br />
de Enfermagem<br />
São João de Deus<br />
9h00 às 19h30<br />
(seg. a sex.)<br />
Centro de Recursos<br />
Pedro da Fonseca<br />
9h00 às 16h30<br />
(seg. a qui.)<br />
13h00 às 20h30<br />
(sex.)<br />
Colégio da Mitra<br />
9h00 às 13h00<br />
e das<br />
14h00 às 18h00<br />
(seg. a sex.)<br />
Palácio do Vimioso<br />
9h00 às 13h00<br />
e das<br />
14h00 às 18h00<br />
(seg. a sex.)<br />
Colégio dos Leões<br />
9h00 às 20h30<br />
(seg. a sex.)<br />
25
AQUISIÇÃO<br />
E GESTÃO DE COLECÇÕES<br />
Catarina Fernandes<br />
OFERTAS AQUISIÇÕES e PERMUTAS<br />
(Setembro de 2013 a Abril de 2014)<br />
Ao longo dos anos o acervo da Biblioteca Geral da<br />
Universidade de Évora tem sido enriquecido por<br />
aquisições, ofertas e permutas, melhorando de<br />
forma muito significativa as colecções disponibilizadas<br />
aos utilizadores. Neste âmbito, também as<br />
iniciativas promovidas e acolhidas pela Biblioteca<br />
Geral nos seus espaços, muitas delas integradas no<br />
programa a Biblioteca Convida, contribuíram para<br />
o desenvolvimento das suas colecções e qualidade<br />
dos serviços prestados. Durante os meses referidos<br />
estas ofertas totalizaram 1294 monografias,<br />
170 revistas e 1000 cassetes.<br />
Agradecimentos<br />
Esperando, por lapso, não ter esquecido algum<br />
nome, a Biblioteca Geral agradece a todos os que<br />
contribuíram generosamente para o enriquecimento<br />
dos nossos fundos.<br />
INSTITUIÇÕES<br />
ACIDI, APAH – Associação Portuguesa de Administradores<br />
Hospitalares, APDA – Associação Portuguesa<br />
de Distribuição e Drenagem de Águas, Arquitecturas<br />
do Mar – Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo<br />
e Design, Assembleia da República, AULP –<br />
Associação das Universidades de Língua Portuguesa,<br />
Associação Pele, Biblioteca Municipal Almeida Faria<br />
(Montemor-o-Novo), British Council, Câmara Municipal<br />
de Almada, Câmara Municipal da Batalha, Câmara<br />
Municipal de Esposende, Câmara Municipal da Ribeira<br />
Grande, Centro de Estudos de História do Atlântico<br />
(Funchal), Centro Educacional de Formação Superior<br />
– Faculdade de Direito Milton Campos, CESL Asia –<br />
Investments & Services, Ltd., Comité Bourgelat, CCP<br />
– Confederação do Comércio e Serviços de Portugal,<br />
CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia,<br />
Culturgest, Departamento de Arquitectura da<br />
Universidade de Évora, Departamento de Artes Visuais<br />
da Universidade de Évora, Edições Universitárias Lusófonas,<br />
Editora Caleidoscópio, Embaixada do Equador,<br />
Embaixada da Índia, Empresa Oficina, Engebook, Escola<br />
Naval da Marinha, Escola Superior de Educação de Beja,<br />
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra,<br />
26
PARTICULARES<br />
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos,<br />
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Faculdade<br />
de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova<br />
de Lisboa, Faculdade de Economia do Porto, Fundação<br />
da Casa de Bragança, Fundação Francisco Manuel dos<br />
Santos, Fundación Cultural Rutas del Románico, Gabinete<br />
de Apoio ao Ensino Superior, GUE/NGL – Esquerda<br />
Unitária Europeia – Gabinete de Apoio aos deputados<br />
do PCP no Parlamento Europeu, Gabinete da Reitoria<br />
da Universidade de Évora, IIFA, Instituto Politécnico<br />
de Lisboa, Livpsic, Livraria A+A, Ministério da Defesa<br />
Nacional - Marinha, Ministerio de Educación, Cultura<br />
y Deporte, OTOC/Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas,<br />
PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural,<br />
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Serviços da Reitoria<br />
da Universidade de Évora, Teatro Nacional D. Maria<br />
II, Textiverso, Tribunal Constitucional, Tribunal de<br />
Contas, UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua<br />
Portuguesa, Unifor (Brasil), Universidade Aberta, Universidade<br />
de Aveiro, Universidade de Coimbra, Universidade<br />
Federal Fluminense, Universidade Jaguelônica<br />
de Cracóvia, Universidade Lusófona, Universidade de<br />
Trás-os-Montes.<br />
Ana Cristina Agulheiro, Ana Duarte Rodrigues, António<br />
Cândido Franco, António Nunes, Carlos Alberto da Silva,<br />
Christine Zurbach, Christopher Bochmann, Claudia<br />
Giannetti, Conceição Rego, Cristina Forgetti, Eduardo<br />
Lopes, Elisa Chaleta, F. de Castro Brandão, Fátima Teixeira,<br />
Felismina Mendes, Filipe Jorge, Hélio Alves, Irene<br />
Damasco, Isabel Bezelga, Isabel Corrêa da Silva, J. J. Amaral<br />
Mendes, Jorge Bonito, Jorge Fernandes, José Bastos,<br />
José Eduardo Franco, José Manuel Mascarenhas, José<br />
Nuno Pinto, Manuel Cancela de Abreu, Márcio Thamos,<br />
Marcus de Noronha e Costa, Maria B. Moura Filha, Maria<br />
de Deus Manso, Maria Virgínia Henriques, Marília<br />
Favinha, Marina Azem, Mário Cesariny, Miguel Bual,<br />
Miguel Mota, Paula Dório, Paulo F. R. Silva, Pedro Lains,<br />
Raúl del Valle González, Robert M. Moura, Sara Pereira,<br />
Saudade Baltazar, Sofia Aleixo, Soumodip Sarkar, Tiago<br />
Porteiro, Victor Correia, Virgolino Jorge, Vítor Mestre.<br />
Para os potenciais interessados o Regulamento<br />
para doações poderá ser solicitado ao nossos secretariado:<br />
basebib@bib.uevora.pt.<br />
27
CIRCUITO<br />
DOCUMENTAL<br />
António Cachopas<br />
Com o objectivo de dar a conhecer aos leitores qual o trabalho desenvolvido em back office, temos vindo<br />
a apresentar as fases do circuito documental desde a selecção até à sua disponibilização ao utilizador.<br />
Nos números anteriores falou-se na Selecção,<br />
Aquisição, Registo, Carimbagem e Catalogação.<br />
No presente número iremos falar muito resumidamente<br />
sobre a Indexação.<br />
A Indexação é a operação que consiste em identificar<br />
o(s) assunto(s) de um documento, seleccionar<br />
os seus conceitos e representá-los numa linguagem<br />
documental.<br />
Esta etapa tem essencialmente 3 passos:<br />
1. Tomada de conhecimento do conteúdo do documento<br />
(análise);<br />
2. Escolha dos conceitos a representar;<br />
3. Tradução dos conceitos escolhidos em termos<br />
da linguagem documental utilizando para tal instrumentos<br />
de indexação adequados, nomeadamente<br />
Thesaurus, lista de cabeçalhos de assuntos,<br />
entre outros.<br />
O Thesaurus é o vocabulário de uma linguagem de<br />
indexação controlada, organizado formalmente<br />
de maneira a explicitar as relações estabelecidas<br />
à priori entre os conceitos (por exemplo, relação<br />
genérica e específica).<br />
28
Instrumentos de indexação utilizados na Biblioteca:<br />
AGROVOC<br />
para as Ciências Agrárias<br />
EUROVOC<br />
para assuntos relativos à União Europeia<br />
SIPORbase<br />
para áreas das Ciências Humanas e Sociais<br />
Através destes instrumentos são depois utilizados<br />
os termos de indexação, habitualmente conhecidos<br />
como palavras-chave, representam um<br />
conceito, sob a forma de um termo derivado da<br />
linguagem natural, de preferência um substantivo<br />
simples ou composto, ou de um símbolo de<br />
notação de uma classificação.<br />
Os termos de indexação irão permitir, que de forma<br />
controlada, os utilizadores façam a pesquisa<br />
das obras pelo catálogo online.<br />
29
ARQUIVO HISTÓRICO<br />
Josefa Correia<br />
A Colecção de Documentos Fotográficos de Túlio Espanca<br />
Arquivo Histórico da Universidade de Évora tem à sua guarda o Arquivo Pessoal de Túlio Espanca, que<br />
O inclui uma colecção de documentos fotográficos. A colecção tem um conteúdo com valor documental e<br />
patrimonial único para a História dos Distritos de Évora e Beja, seus aspectos urbanísticos e arquitectónicos.<br />
Destaca-se um grande número de documentos fotográficos de arquitectura religiosa, incluindo conventos e<br />
mosteiros, igrejas, ermidas e capelas. Alguns dos monumentos referidos encontram-se já em ruínas.<br />
30
Por outro lado, esta colecção contempla imagens de<br />
vários fotógrafos profissionais e amadores de Évora<br />
ou aqui residentes nomeadamente David Freitas,<br />
Eduardo Nogueira, Marcolino Silva, entre outros.<br />
A fotografia, nos últimos anos, deixou de ser um<br />
mero instrumento ilustrativo para assumir o estatuto<br />
de documento. É uma matéria prima fundamental<br />
na produção do conhecimento sobre<br />
determinados períodos da história, em virtude de<br />
fornecer dados que os documentos textuais não<br />
registaram. Também abriu inúmeras possibilidades<br />
de análise de problemas históricos associados à<br />
construção da imagem e à divulgação da cultura.<br />
fitas adesivas) e respectiva estabilização. Foi também<br />
efectuada a higienização - limpeza sistemática<br />
a todas as fotografias por pera de soprar e trincha<br />
e respectivo tratamento dos documentos.<br />
Foi também efectuado trabalho de laboratório,<br />
humidificação controlada, em virtude de existirem<br />
conjuntos de fotografias coladas.<br />
Nesta perspectiva, o Arquivo Histórico elaborou<br />
um projecto e com o apoio financeiro da Fundação<br />
Gulbenkian está a proceder ao tratamento<br />
da colecção de documentos fotográficos de Túlio<br />
Espanca. O objectivo do projecto é o tratamento<br />
da referida colecção, preservando-a e tornando-a<br />
acessível à consulta por parte da comunidade académica,<br />
da população da cidade de Évora e de investigadores<br />
em geral, pois a necessidade de preservar<br />
estes documentos constitui uma prioridade do Arquivo<br />
Histórico da Universidade de Évora.<br />
Assim, e porque a fotografia necessita de um<br />
tratamento especial e individualizado mediante a<br />
sua catalogação, descrição e indexação, o Arquivo<br />
Histórico apresenta o plano de trabalho da referida<br />
colecção, o qual consta das seguintes fases:<br />
- Levantamento por conjuntos e levantamento de<br />
conteúdos.<br />
- Pré Inventário – Reconhecimento, foi o primeiro<br />
contacto com os documentos fotográficos e análise<br />
do estado dos referidos documentos – reconhecimento.<br />
- Limpeza e tratamento – Ao mesmo tempo que<br />
se efetuou o inventário, procedeu-se à remoção<br />
de elementos de preensão (clips, agrafos, elásticos,<br />
Limpeza e tratamento<br />
dos documentos fotográficos<br />
31
Foi ainda efectuada uma contagem, tendo em conta<br />
as dimensões das provas fotográficas, dos diapositivos<br />
e negativos, a fim de se efectuar a aquisição<br />
dos materiais para o seu acondicionamento.<br />
de imagens fotográficas não identificadas, a qual<br />
tem tido grande adesão e tem sido muito útil na<br />
identificação dos referidos documentos.<br />
- Cotação e acondicionamento – Foram adquiridos materiais<br />
acid-free para acondicionamento da colecção.<br />
- Digitalização, divulgação e acesso - Actualmente,<br />
está a decorrer a fase da digitalização das provas<br />
fotográficas com vista à elaboração de uma galeria<br />
fotográfica a disponibilizar on-line para a sua<br />
divulgação. Esta galeria irá estar disponível também<br />
na página da Biblioteca Geral. Encontram-se<br />
já digitalizadas cerca de 2000 provas fotográficas.<br />
Medição de fotografias<br />
- Inventário – Procedeu-se ao inventário pormenorizado<br />
de todos os documentos fotográficos<br />
através da elaboração de uma ficha para o efeito,<br />
da qual constam os seguintes elementos:<br />
Identificação da peça: Entidade detentora, Título,<br />
Nº de Ordem e Nº de Inventário;<br />
Informação Técnica: Datação, Suporte, Dimensões,<br />
Autor e Estado do Conservação;<br />
Identificação: Assunto, Localização e Notas<br />
Descritivo: Descrição pormenorizada e envolvência<br />
em contexto.<br />
Para se proceder à identificação dos documentos<br />
fotográficos foi necessário a leitura e pesquisa de diversas<br />
obras. Enumera-se a título de exemplo os Dicionários<br />
de Arte, diversas obras de Túlio Espanca,<br />
entre elas, os vários números da revista A Cidade<br />
de Évora, os cadernos de História e Arte Eborense<br />
e essencialmente a sua obra principal o Inventário<br />
Artístico de Portugal composto por oito tomos.<br />
O Arquivo Histórico pretende constituir um arquivo<br />
digital do referido espólio fotográfico, à<br />
semelhança do que já vem acontecendo com outros<br />
projectos que envolvem a transferência para<br />
suporte digital. Substituir a consulta tradicional<br />
do documento pela consulta da imagem digitalizada<br />
tem várias vantagens, nomeadamente:<br />
- simplificação de procedimentos;<br />
- torna mais fácil e rápida a sua consulta;<br />
- do ponto de vista da conservação, a opção de<br />
digitalizar as imagens poupa os originais a um<br />
manuseamento excessivo, podendo os originais<br />
permanecer devidamente protegidos;<br />
- é uma forma de garantir que existem mais hipóteses<br />
de se preservar a memória dos originais;<br />
- podem ser feitas cópias de segurança;<br />
- existe a redução do trabalho dos funcionários,<br />
pois não têm que retirar constantemente as provas<br />
do depósito para as voltar a arrumar de seguida;<br />
Também tivemos a colaboração de alguns docentes<br />
da Universidade de Évora e foram ainda efetuadas<br />
consultas através do Google, nomeadamente ao IG-<br />
ESPAR e sites de diversas Câmaras Municipais.<br />
Na tentativa da identificação total, efetuámos<br />
uma página no Facebook intitulada: Arquivo Fotográfico<br />
de Túlio Espanca, com a finalidade de solicitar<br />
a ajuda do público em geral na identificação<br />
32<br />
Processo<br />
de digitalização
Condições de trabalho para efectuar o tratamento<br />
e digitalização da fotografia:<br />
As condições de trabalho são muito importantes,<br />
quando se trata de manipular espécies fotográficas,<br />
assim, procedeu-se do seguinte modo:<br />
- Manipulação das espécies com uso obrigatório<br />
de luvas de algodão brancas;<br />
- cuidados especiais no manuseamento das espécies;<br />
- os técnicos usam bata;<br />
- limpeza regular do scanner e da mesas com panos<br />
anti estáticos e soprador.<br />
33
FOTOGALERIA<br />
Continuamos a efectuar a divulgação de imagens<br />
do espólio Túlio Espanca, já iniciada no<br />
número anterior do <strong>Boletim</strong> da Biblioteca Geral.<br />
34
Igreja da Nossa Senhora da Conceição, Beja<br />
35
36<br />
Convento do Paraíso
Convento do Paraíso, demolição<br />
37
38<br />
Convento dos Loios
Igreja da Nossa Senhora da Conceição, Beja<br />
39
40<br />
Ermida de São Brás
Igreja da Cartuxa<br />
41
42<br />
Igreja de Santo Antão
Igreja de São Francisco<br />
43
44<br />
Sé de Évora
45
46
Jardim Público de Évora<br />
47
CENTRO DE<br />
DOCUMENTAÇÃO EUROPEIA<br />
Elsa Cristina Vaz<br />
Diretora do Centro de Documentação Europeia<br />
Professora Auxiliar do Departamento de Economia Universidade de Évora<br />
Apesar de todas as condicionantes<br />
do Centro de Documentação<br />
Europeia da Universidade<br />
de Évora (CDE-Évora), como<br />
é o caso da localização física nada<br />
favorável à visita dos seus potenciais<br />
utentes, o CDE-Évora tem<br />
realizado tarefas significativas ao<br />
longo dos últimos meses.<br />
Tem desenvolvido a colaboração,<br />
desde o início do ano de 2012,<br />
no projeto em que é parceiro<br />
da Câmara Municipal de Évora,<br />
conjuntamente com a Divisão de<br />
Mobilidade e Relações Externas<br />
da Universidade de Évora, designado<br />
“Jovens Embaixadores<br />
de Évora” onde se pretende patrocinar<br />
e mobilizar os alunos<br />
da Universidade de Évora na<br />
divulgação da Cidade e da Universidade<br />
de Évora nos seus<br />
destinos de estudo, enquanto<br />
participantes no programa Erasmus,<br />
assim como mobilizar os<br />
alunos que a Universidade de<br />
Évora recebe das restantes Universidades<br />
Europeias no âmbito<br />
do mesmo programa. O primeiro<br />
grupo de alunos Erasmus da<br />
Universidade de Évora saiu no<br />
início do atual ano letivo.<br />
48<br />
Colaborou na promoção do debate<br />
sobre a Cidadania Europeia e<br />
as perceções desta cidadania por<br />
parte da academia e do público<br />
em geral através da colaboração<br />
na organização do IIIº Curso Internacional<br />
de Verão da Escola de<br />
Ciências Sociais da Universidade<br />
de Évora, que decorreu em setembro<br />
de 2013 na Universidade<br />
de Évora sobre a Cidadania Europeia:<br />
perceções e desafios de um<br />
processo em (re) construção – Europa<br />
Cidadã: pessoas, empresas e<br />
instituições, e da participação na<br />
sessão de divulgação Open Day<br />
da Cidadania no Alentejo Central<br />
e Litoral, desenvolvida pelo Centro<br />
de Informação Europe Direct<br />
Alentejo Central e Litoral a 3 de<br />
Dezembro de 2013, na Universidade<br />
de Évora.<br />
Promoveu o debate sobre o Parlamento<br />
Europeu e as próximas<br />
eleições europeias através da<br />
participação na sessão de divulgação<br />
Enamore-se pela Europa,<br />
desenvolvida pelo Centro de Informação<br />
Europe Direct Alentejo<br />
Central e Litoral a 14 de Fevereiro<br />
de 2014, na Sede da Associação<br />
Académica da Universidade<br />
de Évora, e da participação no<br />
seminário regional da campanha<br />
Tu na Europa, dinamizado Conselho<br />
Nacional da Juventude a 7<br />
de março de 2014, no Palácio D.<br />
Manuel.<br />
Participa no programa FASE-UÉ<br />
recebendo alunos em atividades<br />
de divulgação da informação europeia<br />
e dinamização da página<br />
do Centro de Documentação Europeia<br />
no Facebook (www.facebook.com/CDEUEvora).
49
REUNIÕES, ENCONTROS,<br />
FORMAÇÕES E VISITAS<br />
Carla Santos<br />
VISITAS À BGUE<br />
A BGUE promoveu também, sempre que solicitada,<br />
visitas de grupo aos seus espaços e fundos.<br />
Recepção aos novos alunos dos cursos de História<br />
e Arqueologia e de Ciências da Documentação no<br />
âmbito da iniciativa RECEPÇÃO AOS NOVOS<br />
ALUNOS DOS CURSOS DE HISTÓRIA E AR-<br />
QUEOLOGIA E DE CIÊNCIAS DFA que teve lugar<br />
no CES, dia 2 de Outubro de 2013 e em que foram<br />
dadas informações sobre a coleção, procedimentos<br />
de consulta, requisição de obras, acesso e pesquisa<br />
na b-on e noutras bases de dados bem como<br />
outras informações consideradas necessárias.<br />
Visita guiada à Biblioteca no CES a professora e<br />
alunos da Universidade Aberta de Lisboa em 26<br />
de Outubro de 2013.<br />
Recepção aos alunos do 12º ano da Escola Severim<br />
de Faria, aos quais a Biblioteca do Verney disponibilizou<br />
bibliografia necessária para a realização<br />
dos trabalhos científicos, apresentados dia 13 de<br />
Dezembro no Colégio Luís António Verney na<br />
“8ª Edição dos Seminários Horizonte: Ciclo de Inverno”,<br />
sob responsabilidade dos professores José<br />
Figueiras (ESF) e Bento Caldeira da Universidade<br />
de Évora.<br />
Para além destas visitas, tiveram lugar várias visitas<br />
espontâneas e que são habituais todos os anos.<br />
Formação<br />
No 2.º semestre de 2013 e 1.º semestre de 2014,<br />
continuámos a apostar na formação externa dos<br />
funcionários bem como na formação dos utilizadores,<br />
nomeadamente na utilização de recursos<br />
de informação disponíveis na BGUE (catálogo,<br />
b-on, jstor, entre outros).<br />
Formação externa:<br />
Workshop “Arquivos Universitários” 4 e 5 de Julho<br />
2013, Faculdade de Ciências Socias e Humanas<br />
em Lisboa.<br />
Jornadas FCCN”, 5 a 7 de Fevereiro de 2014, Universidade<br />
de Évora.<br />
“Colóquio Internacional Livros de Horas: o imaginário<br />
da devoção privada, 13 a 14 de Fevereiro,<br />
Biblioteca Nacional de Portugal.<br />
Formação dos utilizadores:<br />
Formação sobre a b-on aos alunos 2.º Ciclo do<br />
Curso de Gestão, 11 de Outubro de 2013.<br />
Formação sobre a b-on aos alunos 2.º Ciclo do<br />
Curso de Sociologia, 15 de Novembro de 2013.<br />
ACESSO ABERTO<br />
A BGUE em parceria com a Divisão de Projectos e<br />
Informação (DPI) da Universidade de Évora e a biblioteca<br />
do Instituto Politécnico de Beja (IPbeja) foi<br />
também realizado um vídeo sobre a importância<br />
do Acesso Aberto para a comunidade académica,<br />
com o objetivo de ser divulgado na “Semana Internacional<br />
do Open Access” e nas “Jornadas FCCN<br />
2014” realizadas na Universidade de Évora, nos<br />
dias 5, 6 e 7 de Fevereiro.<br />
50
51
52
MEMÓRIA<br />
INSTITUCIONAL<br />
Sara Marques Pereira<br />
O Espólio da Escola de Regentes Agrícolas de Évora (ERAE)<br />
Caberá à Universidade de Évora preservar e divulgar a memória desta importante instituição de ensino<br />
agrícola, onde se formaram centenas de engenheiros e técnicos agrónomos, alguns deles professores e<br />
funcionários desta instituição, e cujo riquíssimo património e espólio herdou.<br />
53
Cento e vinte anos<br />
de Ensino Agrícola em Évora<br />
(1860-1980)<br />
O ensino agrícola foi incentivado pelas ideias<br />
agraristas que prosperaram no final do séc. XVIII<br />
inícios do XIX, devendo-se a Sebastião Francisco<br />
Mendo Trigoso (1773-1821) um dos primeiros projectos<br />
de criação de uma rede de escolas práticas<br />
de agricultura (1814):<br />
“Entre as ciências económicas não há nenhuma, que<br />
deva fixar agora tanto a atenção dos portugueses,<br />
como a agricultura; conforme o seu estado ela será<br />
para nós uma fonte inexaurível de riqueza e prosperidade,<br />
ou de abatimento e de miséria. […] Convencido<br />
desta necessidade ofereci à Academia um Projecto de<br />
Escolas Rurais Práticas, que me pareceram capazes<br />
de melhorar o nosso sistema agrário.” In Discurso<br />
proferido na Academia de Ciências de Lisboa a 24<br />
de Junho de 1814.<br />
Será, contudo entre 1855 e 1860, já no reinado de D.<br />
Maria II, que se conseguirá efectivar este desiderato,<br />
com a abertura do Instituto Agrícola em Lisboa<br />
(ensino médio), e das várias Escolas Regionais<br />
de Agricultura (ensino básico) em Coimbra, Évora<br />
e Sintra, aproveitando-se para o efeito as enormes<br />
propriedades que vinham sendo disponibilizadas<br />
no decurso do vasto processo de desamortização<br />
iniciado com a extinção das ordens religiosas<br />
(1834). Desta forma as propriedades das Mitras de<br />
Coimbra e de Évora, ou ainda a Quinta da Cartuxa<br />
de Évora, viriam a alojar as recém-criadas Quintas<br />
Regionais de Agricultura.<br />
De facto, a primeira Quinta Regional de Agricultura<br />
de Évora foi criada em 1860 na Quinta da<br />
Cartuxa, estando particularmente vocacionada<br />
para a preparação prática dos alunos da Casa Pia<br />
de Évora (1834). Mas a falta de condições fez que<br />
em 1918 se pensasse adaptar o Convento de S.<br />
Bento de Cástris para esse efeito, plano que não<br />
chegou a ir adiante. Na realidade em 1920, e já<br />
como Escola Elementar de Agricultura, ser-lhe-ia<br />
finalmente fixado o lugar de funcionamento na<br />
antiga Herdade da Mitra, ou Quinta de Valverde,<br />
54<br />
extinguindo-se o posto agrário ali existente.<br />
Passará depois pelos decretos de Abril e Maio de<br />
1921, a Escola Prática de Agricultura e, finalmente,<br />
dez anos volvidos, a Escola de Regentes Agrícolas<br />
(1931), que à semelhança de Coimbra e Santarém,<br />
passavam a ser também denominadas como “Liceus<br />
Nacionais Agrícolas”, tendo equiparação pedagógica<br />
e científica ao curso dos liceus (Decreto<br />
de nº 19908 de 19 de Junho, p. 1178). Ao início<br />
desta fase áurea da vida instituição não terá sido<br />
alheia a influência então Ministro da Educação<br />
Nacional, Gustavo Cordeiro Ramos (1888-1974),<br />
eborense, ex-aluno e professor do Liceu de Évora.<br />
A afirmação da ERAE foi-se fazendo ao longo dos<br />
mais de quarenta anos seguintes, sendo escola<br />
de referência, como deixou de prova a qualidade<br />
dos seus professores e alunos, que exerceram<br />
brilhantemente o seu ofício em Portugal e até no<br />
Ultramar, e também pelas condições excepcionais<br />
que possuía. Pois, além da antiga quinta<br />
de repouso do arcebispado, com o seu belíssimo<br />
“Conventinho”, capelas, aqueduto, horto, lagos,<br />
centrava esta mais de 300 hectares de terrenos<br />
agrícolas e pastos a perder de vista.<br />
Nos primeiros anos do funcionamento tiveram<br />
de ser feitas obras de adaptação nos edifícios antigos,<br />
para secretariado e alojamento de professores<br />
e alunos, quer no “Conventinho”, quer no<br />
chamado “Pátio Velho”, hoje “Pátio Matos Rosa”,<br />
além de construções novas, como o internato dos<br />
alunos, as oficinas, armazéns, vacaria, ovil, cabril,<br />
lagar de azeite, e até posto meteorológico, como<br />
testemunha o pequeno livro promocional escrito<br />
em 1939, provavelmente por aquele que foi o seu<br />
mais carismático director (1937 e 1957), Augusto<br />
Blanco Calado de Matos Rosa (Eng. Agrónomo, n.<br />
1900 em Alter do Chão):<br />
“Esta é a ‘Cerca’, sala de visitas da Herdade e da Escola,<br />
em que a nota artística das velhas residências e<br />
instalações senhoriais se combina e casa com a simplicidade<br />
cubista das suas modernas construções.<br />
Os alunos vivem deste modo num ambiente de luz e<br />
de cor, tão apropriado à saúde do físico como à saúde<br />
do espírito, tão adequado à modelação do corpo<br />
como à modelação da alma […]. Tem ligação telefóni-
ca com a rede geral do Estado e não tardará que as<br />
actuais piscinas e campos de jogos sejam substituídos<br />
por outros obedecendo aos mais rigorosos preceitos<br />
de cultura física e higiénica.” In Escola de Regentes<br />
Agrícolas de Évora, Évora, 1939, p. 4.<br />
providências destinadas a regular as situações do pessoal<br />
e do património da Escola, com vista à sua integração<br />
na Universidade […].<br />
Assim: O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º<br />
1 do artigo 201.º da Constituição, o seguinte:<br />
Em Março de 1962 foi feita finalmente a escritura<br />
que passava definitivamente para a ERAE a Herdade<br />
da Mitra, razão pela qual a partir daquele<br />
momento se farão maiores investimentos nas instalações.<br />
Datam, assim, do final da década de sessenta,<br />
início de setenta, os planos do Arquitecto<br />
Manuel Tainha (1922- 2013) para a construção do<br />
chamado “Anel da Mitra”, modernista construção<br />
escolar que encima todo o complexo, contendo a<br />
Biblioteca, salas de aulas, bar, laboratórios, etc.,<br />
que se transformaria numa das construções escolares<br />
mais arrojadas do seu tempo.<br />
Ao longo da sua existência passariam pela Escola<br />
mais de 1800 alunos, alguns deles filhos de<br />
grandes lavradores ou pequenos agricultores, a<br />
quem a escola prepararia com o fim de promoverem<br />
desenvolvimento da agricultura e pecuária<br />
do país. Entre o seu quadro de professores e de<br />
alunos encontramos muitos nomes ilustres das<br />
Ciências Agrárias e Zootécnicas.<br />
Na chamada “Reforma Veiga Simão” em 1973, e<br />
com a criação do Instituto Universitário de Évora<br />
(Decreto-Lei 402/73) ficou prevista a integração<br />
da ERAE no jovem Instituto, num processo lento,<br />
que culminaria com a extinção da Escola em 1980<br />
(Decreto-Lei nº 325/80) e com a passagem do seu<br />
património, parte do corpo docente e funcionários,<br />
bem como o seu espólio para a, já então, Universidade<br />
de Évora (1979).<br />
“Decreto-Lei n.º 325/80de 26 de Agosto<br />
Pelo artigo 9.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 402/73 de 11 de<br />
Agosto, ficou estabelecido que a Escola de Regentes<br />
Agrícolas de Évora seria transformada e integrada no<br />
estabelecimento universitário desta cidade. Tendo-se<br />
concluído os trabalhos que permitem proceder à imediata<br />
integração daquela Escola no referido estabelecimento<br />
de ensino, torna-se agora necessário adoptar<br />
as providências legais correspondentes. Simultaneamente,<br />
considera-se também indispensável adoptar as<br />
Art.º 1.º É extinta a Escola de Regentes Agrícolas de<br />
Évora com efeitos a partir de 1 de Agosto de 1980, inclusive.<br />
Art.º 2.º 1 - O pessoal em serviço na Escola, a qualquer<br />
título, à data da sua extinção, transita para um quadro<br />
de supranumerários da Universidade, na mesma categoria<br />
ou em categoria equivalente, mediante despacho<br />
do Ministro da Educação e Ciência, sob proposta do reitor,<br />
extinguindo-se os respectivos lugares à medida que<br />
vagarem.<br />
2 - O pessoal a que se refere o número anterior poderá<br />
desde logo ser contratado pela Universidade, nos termos<br />
do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 402/73 , de 11 de Agosto,<br />
ou integrado no quadro do pessoal da Universidade,<br />
desde que os interessados satisfaçam as condições estabelecidas<br />
para o provimento nos respectivos lugares.<br />
Art.º 3.º Consideram-se transferidos para a Universidade<br />
o património e os serviços da Escola de Regentes Agrícolas<br />
de Évora, independentemente de quaisquer formalidades,<br />
com os direitos e obrigações de que esta for titular.<br />
Art.º 4.º São transferidos para a Universidade os saldos<br />
das dotações dos orçamentos da Escola existentes à data<br />
da sua extinção.<br />
Art.º 5.º A documentação da Escola transita para a Universidade,<br />
que dela ficará fiel depositária, com a obrigação<br />
da passagem das correspondentes certidões.<br />
[…]<br />
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de<br />
Julho de 1980 - Diogo Pinto de Freitas do Amaral - Vítor<br />
Pereira Crespo<br />
Promulgado em 13 de Agosto de 1980.Publique-se.O<br />
Presidente da República, ANTÓNIO RAMALHO<br />
EANES”<br />
Desta forma, nos princípios dos anos oitenta, em<br />
parte graças à integração da ERAE, seus docentes<br />
e património, os alunos cursos de Engenharia<br />
Agrícola e Zootecnia teriam o privilégio de ter<br />
aulas numa das mais bem equipadas Escolas, há<br />
muitos anos brasão da instituição.<br />
55
Estado actual do Espólio da Escola<br />
de Regentes Agrícolas de Évora<br />
O Espólio da Escola de Regentes Agrícolas de Évora<br />
encontra-se hoje, infelizmente, ameaçado na sua<br />
integridade e na sua conservação. Dividido em três<br />
espaços, entre a Mitra e os Leões, nenhum deles possuindo<br />
condições próprias para a sua preservação.<br />
Na Mitra, numa salinha lateral de um dos auditórios<br />
utilizado para aulas, de acesso por isso<br />
complicado, pois é necessário passar por esta, está<br />
o mais volumoso núcleo com cerca de 94 metros<br />
lineares de documentação muito variada, livros<br />
de curso, parte financeira e administrativa, correspondência<br />
e Livros de Razão, material didáctico,<br />
mapas, instrumentos de medição, fotografias,<br />
quadros, carimbos, sinalética, taças e outros<br />
prémios, enfim, material muito diversificado em<br />
rudimentar estado de arrumação e condições<br />
também pouco adequadas, como se pode ver até<br />
pelos casulos de insectos que estavam colados às<br />
lombadas de alguns dos dossiers.<br />
56
57
Além deste espólio, na sala do depósito da Biblioteca<br />
da Mitra estão arrumados os 1504 trabalhos de<br />
fim de curso dos futuros regentes, ou como então<br />
se chamava, relatórios de tirocínio, em estado razoável<br />
de conservação e fazendo já parte da base<br />
bibliográfica da BGUE.<br />
58
59
Recentemente transferida para um sótão da Fábrica<br />
dos Leões encontram-se as fichas e os processos<br />
individuais dos cerca de 1800 antigos alunos. Este<br />
é o grupo de documentação que se encontra em<br />
mais alto risco, pois o espaço escolhido não é de<br />
todo favorável à sua preservação, devido à sujidade<br />
e aos extremos térmicos a que estará sujeito,<br />
quer no Verão quer no Inverno, pela proximidade<br />
do tecto de zinco à mostra e sem mais protecção,<br />
bem como da dificuldade de acesso, arrumação,<br />
etc., como se poderá ver nas imagens anexas.<br />
60
Apesar do trabalho muitíssimo dedicado na sua<br />
arrumação e preservação que funcionários desta<br />
casa têm feito (também eles ex-alunos daquela<br />
Escola, como os Engenheiros Torcato Celestino<br />
e Francisca Figo) não se conseguiu evitar a recente<br />
desagregação. Além do que, nesta fase, só<br />
o trabalho de técnicos de arquivo e arquivistas<br />
poderá, naturalmente, zelar pelo correcto acondicionamento<br />
e tratamento. Por estas razões, mas<br />
sobretudo porque se trata de uma memória que<br />
nos pertence por direito, que como instituição temos<br />
o dever de preservar, será feito um esforço<br />
para a sua unificação e tratamento deste espólio,<br />
único para a História de Évora, da Universidade<br />
e do Ensino Agrícola em Portugal.<br />
Para a sua salvaguarda dever-se-á, portanto,<br />
proceder à reunificação e correcto acondicionamento,<br />
de forma a se poderem iniciar os restantes<br />
trabalhos arquivísticos. Para o efeito o<br />
Arquivo Histórico da Universidade está neste<br />
momento a preparar uma candidatura para a<br />
sua recuperação, à semelhança do que foi feito<br />
para a digitalização do Arquivo da Antiga Universidade<br />
de Évora (1553-1759), e do Espólio Fotográfico<br />
Túlio Espanca, adquirido pela instituição,<br />
e já em fase de conclusão.<br />
61
O LIVRO<br />
DA MINHA VIDA<br />
Manuel Mota<br />
“Chega de saudade”<br />
de Ruy Castro (1990)<br />
Como escolher “o” livro da<br />
nossa vida? Não existe, pois<br />
são tantos que a escolha se torna<br />
extremamente difícil. Resolvi<br />
fazer a minha escolha em algo<br />
recente, não recuando aos tempos<br />
da juventude, das leituras<br />
clássicas de grandes monstros<br />
sagrados como p.ex. Leo Tolstoi<br />
ou Ernest Hemingway. Assim, e<br />
olhando para os acontecimentos<br />
marcantes da minha vida de há<br />
uns 5-6 anos para cá, escolhi o<br />
“Chega de saudade” do Ruy Castro.<br />
Um autor brasileiro talvez<br />
não muito conhecido em Portugal,<br />
com excepção dos estudiosos<br />
e amantes da música brasileira.<br />
O Ruy teve uma longa carreira<br />
de jornalista e também biografou<br />
algumas das figuras mais marcantes<br />
da vida brasileira como<br />
Cármen Miranda (cuja biografia<br />
de mais de 600 pp estou a terminar),<br />
Nelson Rodrigues, ou Garrincha,<br />
para citar apenas três.<br />
O “Carnaval no Fogo” é uma das<br />
mais belas histórias que já li sobre<br />
a vida no Rio de Janeiro. E<br />
com “Chega de saudade” temos<br />
aquela que é talvez considerada<br />
a mais completa e bem escrita<br />
história da bossa nova, o período<br />
que vai, grosso-modo, entre 1958<br />
e 1964, com alguns antecedentes<br />
62<br />
entre 1955 e 1958. Período rico<br />
para o Brasil, em termos de desenvolvimento<br />
e de cultura, com<br />
um presidente dinâmico (Juscelino<br />
Kubistchek de Oliveira),<br />
propício à explosão da música<br />
de maior impacte internacional<br />
do Brasil. O livro relata a génese<br />
da bossa-nova pela boca dos seus<br />
principais intervenientes. Ruy<br />
Castro conseguiu testemunhos<br />
de figuras emblemáticas como<br />
Tom Jobim e Vinicius de Moraes.<br />
E o relato das conversas com João<br />
Gilberto, afinal o “pai” da nova<br />
batida, bem como as suas surrealistas<br />
histórias são deliciosas,<br />
como a mítica estória do suicídio<br />
do seu gato, no apartamento de<br />
Leblon, tendo saltado do 5º andar<br />
por não aguentar ouvir tantas<br />
vezes tocado “O pato”. Mito, claro.<br />
O título refere-se, naturalmente,<br />
ao grande êxito de Tom e Vinicius<br />
que estoirou em 1958/59,<br />
primeiro com a versão de Elizeth<br />
Cardoso (1958) e depois com a<br />
famosíssima versão de João Gilberto<br />
(1959). Ruy Castro relata o<br />
tempo em que Tom e Vinicius tinham<br />
composto o tema, mas não<br />
tinham conseguido ainda acertar<br />
no ritmo, na batida certa. Eis<br />
senão quando lhes é apresentado<br />
o violonista da Bahia que chegara<br />
pouco tempo antes ao Rio e que<br />
mostrava a um grupo restrito de<br />
amigos essa batida diferente e<br />
suave no seu violão. Assim que<br />
Tom e Vinicius ouviram o violão<br />
de João Gilberto, exultaram, pois<br />
estava ali encontrado o ritmo que<br />
faltava para o seu tema. Nascia<br />
aí a bossa-nova, termo que aliás<br />
João Gilberto não gostava pois<br />
dizia sempre que o que ele fazia<br />
era samba, nada mais. E passado<br />
uns anos a descrição da composição<br />
da “Garota de Ipanema”,<br />
em 1962, a segunda música mais<br />
gravada até hoje, depois de “Yesterday”<br />
dos Beatles. Para mim, o<br />
livro recriou no meu espírito, e na<br />
perfeição, o que era a vida nesse<br />
fecundo período no Rio de Janeiro,<br />
a cidade maravilhosa, que<br />
tenho tido a felicidade de visitar<br />
de tempos a tempos, e tornou-se<br />
assim um livro marcante. Para<br />
além do mais, como músico amador,<br />
e furioso praticante da bossa<br />
nova (e de outras bossas...) o livro<br />
foi extremamente importante.<br />
Será o “livro da minha vida”?<br />
Por ora, sim, sem dúvida.
63
CÓDIGOS QR E SUA<br />
APLICAÇÃO NAS BIBLIOTECAS<br />
Carla Santos<br />
Os QRs (Quick Response Codes ou Códigos de<br />
Resposta Rápida) são códigos bidimensionais<br />
que contêm informação que pode ser lida através<br />
da câmara de um smartphone, tablet ou webcam.<br />
Estes códigos permitem a ligação rápida entre um<br />
suporte físico (livro, brochura, poster, etc) e um<br />
suporte digital (página da internet).<br />
Nas bibliotecas, a aplicação destes códigos podem<br />
facilitar o acesso à informação, ajudando na divulgação<br />
de recursos, serviços e actividades, a título<br />
de exemplo, podem remeter para OPACs, recursos<br />
em acesso aberto, recursos existentes na b-on,<br />
bem como direccionar os utilizadores para determinados<br />
serviços (referência, empréstimo interbibliotecas…)<br />
entre inúmeras outras aplicações.<br />
Na BGUE<br />
Numa fase inicial, optou-se por colocar na sala de<br />
leitura da Biblioteca dos Leões um cartaz com códigos<br />
QR, que remete para revistas electrónicas existentes<br />
na b-on, na área da arquitectura. É nosso<br />
objectivo num futuro próximo, alargar o seu uso a<br />
outros cartazes e folhetos que remetam para bases<br />
de dados e revistas electrónicas noutras áreas<br />
temáticas, bem como em brochuras sobre a biblioteca<br />
e na virtualização de determinados serviços.<br />
64
65
DESCUBRA NA B-ON<br />
REVISTAS CIENTÍFICAS<br />
NA ÁREA DA ARQUITECTURA<br />
ARCHITECT<br />
ARCHITECTURAL DESIGN ARCHITECTURAL DIGEST Architectural Engineering architectural<br />
and Design Management research quarterly<br />
EGA<br />
revista de expression<br />
grafica arquitectonica<br />
Footprint<br />
informes<br />
de la construccion<br />
Journal of Architectural<br />
Education<br />
Journal of<br />
Architectural<br />
Engineering<br />
STRUCTURAL DESIGN OF<br />
Tall and Special<br />
Buildings<br />
ACE:<br />
Architecture, City<br />
and Environment<br />
ARCHITECTURAL HERITAGE ARCHITECTURAL RECORD ARCHITECTURE AUSTRALIA<br />
LIGUE-SE À REDE SEM FIOS DA UE PARA ACEDER AOS RECURSOS DA B-ON, SAIBA COMO<br />
Para mais informações dirige-te ao bibliotecário de referência da biblioteca dos leões<br />
algumas das revistas apresentadas foram seleccionadas pelos docentes do departamento de arquitectura da ue, outras foram escolhidas<br />
em função do seu factor de impacto (scimago journal rank).<br />
66
ARCHITECTURAL REVIEW ARQ Arqueología<br />
de la Arquitectura<br />
Construction innovation<br />
THE JOURNAL OF ARCHITECTURE Landscapes Nexus<br />
Network<br />
Journal<br />
spatium<br />
dearq<br />
Journal of Information<br />
Architecture<br />
67
DINAMIZAÇÃO<br />
CULTURAL<br />
Carla Santos<br />
AGENDA DE EVENTOS<br />
No último semestre de 2013, e no 1.º de 2014 a BGUE<br />
revelou-se, mais uma vez, uma unidade dinâmica,<br />
uma “Biblioteca com vida”.<br />
2013<br />
JULHO<br />
Dia 15<br />
Palestra sobre Artes Cénicas, organização de Departamento<br />
Artes Cénicas<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
SETEMBRO<br />
DIA 13<br />
“Exposição Manuel Ribeiro, o trabalho e a Cruz”,<br />
conferência de abertura apresentada pelo Prof.<br />
Doutor António Cândido Franco e pelo Investigador<br />
Gabriel Rui Silva, organização Biblioteca Municipal<br />
de Beja José Saramago<br />
Biblioteca do CES,<br />
Corredor/Sala do Fundo do Governo Civil<br />
13 de Setembro a 18 de Outubro de 2013<br />
OUTUBRO<br />
Dia 17<br />
Conferência de Arquitetura: “Cova da Beira- à sombra<br />
da Gardunha”, com Ana Cunha e Pedro Salvado,<br />
organização Departamento de Arquitetura<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 21<br />
Fórum “Academia de Sofia” dedicado ao tema “Campus<br />
global de Portugal”, organização Paula Soares<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 22<br />
Palestra sobre Artes Cénicas, organização de Departamento<br />
Artes Cénicas, Biblioteca dos Leões<br />
Sala de Leitura<br />
DIA 25<br />
“Open Access – sessões de esclarecimento”<br />
Sala Túlio Espanca<br />
Dia 29<br />
Palestra sobre Artes Cénicas, organização de Departamento<br />
Artes Cénicas<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
NOVEMBRO<br />
DIA 1<br />
“Exposição 40 anos<br />
do Instituto Universitário de Évora (1974-2004)”<br />
e Passagem do Documentário da RTP, realizado<br />
entre 1978/1979, sobre o Instituto Universitário<br />
de Évora, organização Biblioteca Geral<br />
Biblioteca do CES, Corredor da Biblioteca Geral<br />
Dia 06<br />
Conferência de arquitetura com Julian Prieto, Organização<br />
do Departamento de Arquitectura<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 12<br />
Duas “tardes curtas” com 2 curta-metragens<br />
“O botânico no Alentejo” do realizador Francis<br />
Manceau, organização matines-cinefilas.blogspot.<br />
pt e Biblioteca dos Leões<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 26<br />
Palestra “Teatro e comunidade” com Rita Wengoraius,<br />
organização Departamento Artes Cénicas<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
68
Dia 28<br />
Apresentação de papéis Fedrigoni, organização<br />
Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD)<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 18<br />
Aula Aberta : Portal da Construção Sustentável<br />
com José Júlio Correia da Silva<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
DEZEMBRO<br />
Dia 04<br />
GIPAA- Apresentação do portal, organização<br />
GIPAA-EU<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 10<br />
Conferência de Design, organização Departamento<br />
de Artes Visuais e Design (DAVD)<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
2014<br />
FEVEREIRO<br />
DIA 3<br />
“Exposição itinerante do Museu da Assembleia<br />
da República”<br />
Biblioteca do CES, Corredor da Biblioteca Geral<br />
Dia 11 a 20<br />
Exposição de Gravura “Formas Gravadas”, organização<br />
Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD)<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de literatura cinzenta<br />
Dia 12 a 14<br />
Congresso “Perspetivas de investigação em artes:<br />
articulações”, organização Escola de Artes<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
DIA 13<br />
Lançamento do livro “Formação Profissional:<br />
Práticas organizacionais, políticas públicas e estratégias<br />
de acção”, de Joaquim Fialho,<br />
Carlos Alberto da Silva e José Saragoça<br />
Biblioteca do CES, Sala do Fundo do Governo Civil<br />
Dia 17<br />
Workshop de Soldadura, organização Departamento<br />
de Artes Visuais e Design (DAVD)<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura<br />
Dia 12<br />
Sessão de esclarecimento do concurso Pladur<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
Dia 13<br />
Palestra com Professor da Universidade de Pernambuco,<br />
organização do Departamento de Artes Cénicas<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
“Exposição Itinerantedo Museu<br />
da Assembleia da República”<br />
DIA 25<br />
Conferência<br />
“À descoberta de Aristides de Sousa Mendes”<br />
“Aristides de Sousa Mendes, um exemplo de integridade<br />
moral, coragem e cultura”, sessão com a<br />
presença de António de Sousa Mendes (neto de<br />
Aristides de Sousa Mendes)<br />
Biblioteca do CES, Sala do Fundo do Governo Civil<br />
69
MARÇO<br />
DIA 21<br />
Lançamento da Revista “Nova Águia”, dedicado<br />
a Agostinho da Silva e do livro “A actividade da<br />
Junta de Educação Nacional” e “A Junta de Educação<br />
Nacional e a investigação científica em Portugal<br />
no período entre guerras”, de Augusto José<br />
dos Santos Fitas, João Príncipe, Maria de Fátima<br />
Nunes, Martha Cecília Bustamante<br />
Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes<br />
“Mostra bibliográfica - Luís António Verney<br />
(1713-1742)”<br />
Biblioteca do CES, Sala do Fundo do Governo Civil<br />
Seminário “Cocriação de Comunidades do séc.<br />
XXI”, organização Direcção do Curso de Doutoramento<br />
em Artes Visuais<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
Dia 28<br />
Conferência “ Mudanças de paradigma, multiperspectivas<br />
& multi-dimensionalidades…Ou desbravando<br />
a teoria e prática integral (Ken Wilber)<br />
como factores transformadores para a criação e<br />
percepção artística no século 21” com Paula Soares,<br />
organização Direcção do Curso de Doutoramento<br />
em Artes Visuais<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
Dia 04<br />
Workshop “Impressão Digital, apresentação Konica<br />
Minolta”, organização Departamento de Artes<br />
Visuais e Design (DAVD)<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
Dia 10<br />
Dia da Propriedade Industrial, Organização Divisão<br />
de Projectos e Informação (DPI)-Universidade<br />
de Évora<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
DIA 14<br />
Lançamento do livro “Sociologia dos Territórios”,<br />
de Renato Miguel do Carmo, apresentado por Virgílio<br />
Borges Pereira<br />
Lançamento do livro “Os Burgueses”, de Francisco<br />
Louçã, João Teixeira Lopes e Jorge Costa, apresentado<br />
por Manuel Carlos Silva<br />
Lançamento do livro “Saúde, Participação e Cidadania.<br />
Experiências do Sul da Europa” Mauro<br />
Serapioni e Ana Raquel Matos (orgs.)<br />
Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes<br />
DIA 15<br />
Lançamento do livro “A Instável Leveza do Rock”,<br />
de Paula Guerra, apresentado por Paula Abreu<br />
e João Queirós<br />
ABRIL<br />
Dia 02<br />
Conferência “Cidades imaginárias”, com Luís Carmelo,<br />
organização Departamento de Arquitectura<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
Dia 03<br />
“Best Game Award: entrega de prémios de Design<br />
de Interface, organização João Castro<br />
Biblioteca dos Leões, Sala de leitura<br />
Lançamento “Observatório das Desigualdades”,<br />
sessão de apresentação da nova plataforma por<br />
Ana Rita Matias<br />
Lançamento do livro “Um Retrato das Instituições<br />
Sociais na Sociedade Contemporânea” Maria<br />
Manuel Serrano (org.), apresentado por Eduardo<br />
Esperança<br />
Lançamento do livro “Redes do Ensino Superior.<br />
Contributos Perante os Desafios do Desenvolvimento”,<br />
de Conceição Rego, António Caleiro, Carlos<br />
Vieira, Isabel Vieira e Maria Saudade Baltazar,<br />
apresentado por José Bravo Nico<br />
Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes<br />
70
DIA 16<br />
Lançamento do livro “Desigualdades no Sistema<br />
Educativo. Percursos, Transições e Contextos”, de<br />
Pedro Abrantes, João Teixeira Lopes, Fernando<br />
Diogo, Pedro Silva, Ana Diogo, Suzana Nunes Caldeira,<br />
Margarida Damião Serpa, apresentado por<br />
António Firmino da Costa<br />
Lançamento do livro “Percursos de Estudantes no<br />
Ensino Superior”, de António Firmino da Costa,<br />
João Teixeira Lopes e Ana Caetano, apresentado<br />
por Pedro Abrantes<br />
Lançamento do livro “Espaço. Perspetivas Multidisciplinares<br />
sobre a Construção dos Territórios”,<br />
de Maria Manuel Serrano e Paulo Neto (coord.),<br />
apresentado por Maria de Fátima Nunes<br />
Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes<br />
“Formas Gravadas”<br />
“40 anos do Instituto<br />
Universitário de Évora”<br />
“Formas Gravadas”<br />
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NOVA<br />
PÁGINA BGUE<br />
Carla Santos<br />
Catarina Fernandes<br />
nova página web da Biblioteca Geral da<br />
A Universidade de Évora tem como objectivo<br />
divulgar a actualização dos diversos serviços e<br />
fundos documentais pertencentes à BGUE, procurando<br />
deste modo responder às necessidades<br />
de informação dos nossos utilizadores.<br />
Houve a preocupação de actualizar essa informação<br />
de forma dinâmica, procurando identificar de<br />
forma útil os espaços, as áreas temáticas, as actividades<br />
e os funcionários das diversas bibliotecas<br />
situadas nos edifícios da Universidade de Évora.<br />
Nesta nova abordagem, são identificadas diferentes<br />
zonas de estudo disponibilizadas aos utilizadores<br />
em função das suas necessidades. Com<br />
o intuito de apoiar os utilizadores na exploração<br />
mais eficaz dos múltiplos recursos de informação<br />
disponíveis na BGUE são também referenciados<br />
os bibliotecários por área temática. É dada ainda<br />
a conhecer a equipa por áreas com as respectivas<br />
atribuições.<br />
Com o objectivo de dar visibilidade às diferentes<br />
bibliotecas, incluímos informação detalhada<br />
para cada uma delas. Chamamos a atenção para<br />
a selecção cuidada de revistas em open access e<br />
galeria de fotografias que são incluídas no respectivo<br />
menu.<br />
A informação relativa aos Fundos Notáveis<br />
merece um destaque especial, como representativa<br />
das doações valiosas que a BGUE tem recebido<br />
de particulares e instituições. Neste contexto,<br />
salientam-se os Fundos Notáveis quer pelo valor<br />
das obras (algumas bastante raras) quer pela importância<br />
das figuras incontornáveis a quem esses<br />
espólios pertenceram.<br />
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73
FICHA TÉCNICA<br />
DIRECÇÃO<br />
Sara Marques Pereira<br />
COORDENADORES<br />
António Cachopas, Carla Sofia Santos,<br />
Catarina Fernandes, Josefa Correia<br />
CONCEPÇÃO GRÁFICA<br />
Paulo Teles<br />
FOTOGRAFIA<br />
Susana Rodrigues, Paulo Teles, Daniel Mira, João Simas<br />
Espólio Túlio Espanca, Cristina Brázio, João Barnabé<br />
COLABORADORES<br />
Adélia Barata, Antónia Alfaiate, António Souto, Catarina<br />
Costa, Cecília Barata, Cidália Pisco, Cristina Matos, Elisa<br />
Mira, Fernandina Fernandes,<br />
Francisco Sofio, Helda Lapa, João Garcia, José Soares,<br />
Antónia Pereira, Conceição Charrua, Dulce Guerra,<br />
Isabel Ferreira, Manuela Serrano, Margarida Lavaredas,<br />
Matilde Carvalho, Patrícia Carvalho, Miguel Martins,<br />
Natália Soares, Rodolfo Azedo, Rosária Saiote, Susana<br />
Candeias, Patrícia Melícias<br />
SECRETARIADO<br />
Dulce Guerra<br />
IMPRESSÃO<br />
Reprografia da Universidade de Évora<br />
AGRADECIMENTOS<br />
Reitoria, Escolas e Departamentos, Institutos e Centros,<br />
Serviços Técnicos: Arquitecta Margarida Gonçalves, e<br />
demais serviços da Universidade, e igualmente à Dr.ª<br />
Teresa Costa, aos Professores Doutores, Manuel Mota,<br />
Elsa Vaz, e à Eg.ª Francisca Figo<br />
MORADA<br />
Biblioteca Geral da Universidade de Évora<br />
Colégio do Espírito Santo (sala 126),<br />
Largo dos Colegiais, Apartado 94<br />
7002-554 Évora<br />
telefone 266 740 823<br />
email secbib@bib.uevora.pt<br />
www.bib.uevora.pt<br />
www.arqhis.bib.uevora.pt<br />
www.cde.bib.uevora.pt<br />
ISSN: 2182-9519<br />
ISSN(digital): 2182-8350<br />
ÉVORA 2014<br />
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