GAZETA DIARIO 514
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16 Nacional<br />
Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 24 e 25 de fevereiro de 2018<br />
POLÍTICA<br />
Criação de Ministério da Segurança Pública<br />
"não é sangria desatada", diz Marun<br />
O ministro também descartou a implementação de novos impostos para bancar a mudança<br />
Fabio Rodrigues Pozzebom<br />
Repórter da Agência Brasil<br />
O ministro da Secretaria<br />
de Governo, Carlos<br />
Marun, demonstrou não<br />
haver urgência do governo<br />
na criação do ministério<br />
da Segurança Pública.<br />
Ele disse que o governo<br />
ainda define os detalhes<br />
de criação do órgão, inclusive<br />
a forma como isso se<br />
dará: se por Projeto de Lei,<br />
decreto ou Medida Provisória.<br />
Marun também descartou<br />
a possibilidade de<br />
criação de impostos para<br />
custear gastos com segurança<br />
pública.<br />
"A organização disso<br />
[para criar o novo órgão]<br />
está sendo estudada. Por<br />
isso que esse ministério<br />
ainda não foi anunciado<br />
e nem foi estabelecida a<br />
forma legal para a sua<br />
criação", disse em conversa<br />
com jornalistas. Ao<br />
ser perguntado se o ministério<br />
sairia do papel na<br />
próxima semana, ele adotou<br />
um discurso paciente:<br />
"Na semana que vem<br />
ou na outra. Não há uma<br />
sangria desatada".<br />
Segundo ele, o governo<br />
ainda não definiu um<br />
nome para o ministério.<br />
Marun, no entanto, negou<br />
haver dificuldades para<br />
encontrar a pessoa certa<br />
para o cargo. "Não existe<br />
dificuldade em encontrar<br />
um nome. Existe um cuidado<br />
de encontrar um<br />
nome que o presidente Temer<br />
considere adequado<br />
para o exercício de funções<br />
de tanta responsabilidade".<br />
Na opinião do ministro,<br />
o perfil do chefe do<br />
novo ministério deve ter<br />
qualidades técnicas e políticas.<br />
"Eu entendo que<br />
é uma função que é preciso<br />
conhecimento técnico<br />
e também o traquejo<br />
político. É o meu entendimento,<br />
mas essa é uma<br />
escolha do presidente Temer,<br />
que entende muito<br />
mais do que eu. Ele foi<br />
secretário de Segurança<br />
duas vezes".<br />
O orçamento do novo<br />
ministério virá de recursos<br />
já previstos. Marun<br />
explicou que as entidades<br />
já existentes que vão compor<br />
o órgão vão trazer consigo<br />
seus orçamentos.<br />
"Haverá o remanejamento<br />
de recursos e a utilização<br />
de recursos orçamentários<br />
já previstos, de várias<br />
organizações que passarão<br />
a compor esse ministério,<br />
por exemplo, a<br />
Polícia Federal. Ela tem<br />
seu orçamento e esse orçamento<br />
vem. Polícia Rodoviária<br />
Federal também",<br />
disse. "São órgãos que<br />
têm orçamento e esses<br />
orçamentos migrarão<br />
para o Ministério da Segurança<br />
Pública junto<br />
com as responsabilidades<br />
pela execução dos trabalhos",<br />
completou.<br />
Novos impostos<br />
O ministro também<br />
comentou a criação de<br />
impostos para custear a<br />
segurança pública no<br />
país. O assunto veio à<br />
tona ontem (21), quando<br />
o presidente da Câmara,<br />
Rodrigo Maia, afirmou<br />
que Temer o consultou sobre<br />
a possibilidade da criação<br />
de um imposto para<br />
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil<br />
O ministro Carlos Marun também descartou a<br />
possibilidade de criação de impostos para custear a<br />
segurança pública no país<br />
custear gastos com segurança<br />
pública. Maia já<br />
havia negado esta possibilidade<br />
e Marun foi além:<br />
o governo não criará nenhum<br />
novo imposto.<br />
"O governo não cogita<br />
a criação de nenhum<br />
novo imposto e da mes-<br />
ma forma não tem essa<br />
intenção com a segurança<br />
pública. O governo não<br />
cogita a criação de novos<br />
impostos e isto eu afirmo<br />
de forma peremptória. Até<br />
o fim do ano. Isso está absolutamente<br />
fora de cogitação".