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GAZETA DIARIO 522

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06 Opinião<br />

Foz do Iguaçu, terça-feira, 6 de março de 2018<br />

O Brasil e o Oscar<br />

Está errado dizer que o Brasil nunca<br />

ganhou um Oscar. É certo dizer que o<br />

nosso país nunca trouxe uma estatueta<br />

pelas mãos de um brasileiro. Em quatro<br />

edições do prêmio da Academia do<br />

Cinema norte-americano, o Brasil esteve<br />

entre as produções consagradas,<br />

mas dividindo a honraria com outros<br />

países. Isso aconteceu neste final de<br />

semana, com um dos produtores do filme<br />

Me Chame Pelo Seu Nome<br />

(coprodução de quatro países); em<br />

2005, no memorável Diários de Motocicleta<br />

(coprodução com oito países); O<br />

Beijo da Mulher-Aranha (Brasil e Estados<br />

Unidos), em 1986 ; e em 1960, com<br />

o clássico Orfeu do Carnaval, de Marcel<br />

Camus, como o melhor filme estrangeiro.<br />

Indicações houve uma penca, mas<br />

ninguém subiu ao palco para agradecer<br />

a família e mandar um recado.<br />

O brasileiro do Oscar<br />

Como nenhum mortal foi competente<br />

o suficiente para impressionar por<br />

meio de ideia na cabeça e uma câmera<br />

na mão, o recurso foi buscarem um ser<br />

do Rio Amazonas, totalmente desconhecido<br />

por nós. E o “bicho-deus<br />

garanhão” foi lá, ajudou a papar quatro<br />

estatuetas e ainda por cima pegou a<br />

atriz principal. Que barbaridade. Ganhou<br />

inclusive na categoria Melhor Filme,<br />

embalado pela Carmem Miranda.<br />

Só dá o Brito<br />

Corvo, vocês não se cansam de publicar<br />

matérias sobre esse cara? Chega,<br />

já está preso, com a carreira política<br />

comprometida, a candidatura a deputado<br />

no brejo; vamos mais devagar.<br />

Já é a quinta ou sexta matéria de capa<br />

abordando o médico.<br />

Osmar V. Braz<br />

O Corvo responde: prezado, este<br />

jornal acompanha os fatos e mantém os<br />

leitores a par de cada acontecimento,<br />

ou seja, cobre cada uma das etapas do<br />

processo. Prisão, suas decorrências,<br />

denúncia e, ontem, o recebimento dela.<br />

Outras manchetes ainda serão<br />

publicadas, porque não podemos virar<br />

as costas para os atos suspeitos de<br />

corrupção. Isso interessa à grande maioria<br />

dos cidadãos de nossa cidade. Se<br />

a intenção do Dr. Brito era ficar famoso,<br />

pode acreditar que o meio escolhido não<br />

foi dos melhores.<br />

Praça da Bíblia<br />

Em breve a cidade conhecerá outra ode ao desperdício:<br />

a nova Praça da Bíblia. O local recebeu<br />

um pergolado em forma de cocar, sustentado por<br />

estrutura tubular, um incremento que não serve para<br />

nada e coisa alguma. E pensar que o espaço, vital<br />

para o lazer de quem mora nas proximidades, ficou<br />

um tempão fechado. É mais uma marca "made in<br />

Reni", para atarraxar a cabeça do cidadão.<br />

Inês mártir<br />

Prezado senhor Corvo, se a exprefeita<br />

interina ou provisória (como<br />

o senhor insiste) hoje é uma pessoa<br />

conhecida, é graças a vocês<br />

da imprensa que não saem do pé<br />

dela. Certas pessoas não merecem<br />

destaque em suas atividades, porque<br />

crescem até com os escândalos<br />

em que acabam envolvendo-se.<br />

Para vocês o que fazem são críticas,<br />

mas para eles é confete e serpentina.<br />

Nathália Brandão<br />

O Corvo estranha essa onda de<br />

recriminação à cobertura das confusões<br />

no setor político. O que acontece?<br />

Será que a população está<br />

calejada, cansou e não quer saber<br />

mais das coisas, ou isso é estratégia<br />

de cabos eleitorais na tentativa<br />

de diminuir o impacto dos feitos de<br />

seus patrões? A política não é uma<br />

caixinha de surpresa, pelo menos<br />

não deveria ser. É coisa séria. Quem<br />

atua com serenidade e competência<br />

não precisa de guarda-chuva<br />

nem de sombrinha para não tostar<br />

na opinião pública.<br />

Saúde geral<br />

Corvo, fico lendo, ouvindo e assistindo<br />

a essa discussão sobre o<br />

setor de Saúde. Não é possível que<br />

nesta cidade não exista um mortal<br />

com competência para gerir um setor<br />

tão importante. E esse Comus,<br />

só vejo o órgão criticar e apontar<br />

defeitos. Cadê as soluções? O prefeito<br />

deveria criar uma força-tarefa<br />

formada por vários setores, com<br />

gente das faculdades, hospitais particulares,<br />

contadores, advogados,<br />

enfim, administradores todos deveriam<br />

encontrar soluções definitivas.<br />

De blablablá já estamos com o saquinho<br />

cheio.<br />

Márcio R. B. Vieira<br />

O Corvo responde: pode ser<br />

que sua opinião esteja correta. Como<br />

a Saúde atente todos e possui um<br />

orçamento tão alto, natural seria a sociedade<br />

organizada unir-se e ajudar<br />

a pelo menos detectar o que não vai<br />

bem. Mas, prezado, problema está<br />

nesta palavra simples de apenas cinco<br />

letrinhas, uma consoante e quatro<br />

vogais: união. Foz é difícil no quesito.<br />

Ovos de Páscoa<br />

Senhor Corvo, dei uma volta pela cidade e conferi os preços dos ovos<br />

de chocolate. O preço não está dos mais acessíveis, tanto que as redes<br />

supermercadistas estão parcelando os produtos em suaves prestações.<br />

Pensa Corvo, você comprar chocolates para a família para celebrar a<br />

Páscoa e terminar de pagar quando Jesus nascer, no Natal! Complicado<br />

isso. Pede para o pessoal dar uma melhorada nos preços, Corvo.<br />

Ramira Conceição<br />

O Corvo responde: o problema é o preço do produto em todo o<br />

país. Em São Paulo e Rio ele é ainda maior, o que não dá para entender.<br />

Mas, segundo uma pesquisa, tudo depende da demanda. Vamos ver o<br />

que vai acontecer daqui em diante. As pessoas que se dedicam ao feitio<br />

artesanal dos confeitos pascais também estão reclamando muito do preço<br />

da matéria-prima. Fazer ovos de Páscoa em casa deixou de ser um<br />

bom negócio. Em contrapartida, os supermercados estão apostando num<br />

crescimento de 20% nas vendas em relação ao ano passado, e isso se<br />

deve às novidades.<br />

A União e as rodovias<br />

Corvo, pois então, se o governo federal<br />

retomar as estradas paranaenses,<br />

será que vai cobrar pedágio? Se cobrar,<br />

com certeza o preço aumentará e<br />

a qualidade dos serviços empobrecerá.<br />

É difícil saber o que será pior, como<br />

em tudo neste país. Pelo menos gastaremos<br />

menos ao viajar, mas daqui uns<br />

tempos as estradas estarão parecendo<br />

queijo suíço novamente. Deveriam entregar<br />

as praças de pedágio para as<br />

Forças Armadas: teríamos tarifas baixas,<br />

estradas ótimas e materiais bélicos de<br />

ponta, comprados com o dinheiro das<br />

guaritas. Os soldados ganhariam bem<br />

e os batalhões de engenharia viveriam<br />

felizes com as atividades.<br />

Vinícius Xande<br />

O Corvo responde: em partes a sua<br />

observação é verdadeira. As obras coordenadas<br />

por militares são bem mais<br />

baratas, de qualidade e são entregues<br />

no prazo. Resta saber se isso é tarefa<br />

dos militares. Se o fato deles entrarem<br />

em ação para combater o crime já está<br />

gerando tanta polêmica, imagina ocupando<br />

as praças de pedágio?<br />

Exército em campanha<br />

O Corvo tem um pensamento sobre<br />

a participação das Forças Armadas no<br />

combate ao crime: os bandidos fazem<br />

o que querem, barricadas, matam policiais<br />

e inocentes a sangue-frio,<br />

contrabandeiam armas, munições e drogas,<br />

formam milícias, dominam os presídios,<br />

pintam e bordam. A sociedade<br />

não encontra solução para enfrentar<br />

esse tipo de situação, e os milicos entram<br />

em ação. Daí os tanques invadem<br />

as favelas, e os comandantes admitem<br />

que soldados são treinados para a guerra<br />

e por isso jamais atuarão com a complacência<br />

das polícias; e, por fim, isso<br />

põe medo nas organizações que defendem<br />

os direitos humanos. E não<br />

estamos em guerra? Precisamos deixar<br />

de ser hipócritas e assumir que estamos<br />

vivendo um conflito. Vamos deixar os<br />

homens fazerem o trabalho, e fim de<br />

papo.<br />

Animais abandonados<br />

Pois é, seu Corvo, a coisa está mesmo<br />

feia. Ontem deixaram em frente de<br />

casa uma caixa com uma gata e uns<br />

cinco gatinhos dentro, todos de<br />

olhinhos fechados ainda. Pior, estavam<br />

molhados e tremendo. Temo que não<br />

sobrevivam a essa maldade. Será que<br />

a pessoa pelo menos não poderia esperar<br />

a chuva passar? Eu e minhas filhas<br />

ficamos com dó e trouxemos os<br />

bichos para casa. E agora? Como vamos<br />

fazer? Esse assunto está perdendo<br />

o controle.<br />

Maísa Simão<br />

O Corvo responde: o Corvo, juntamente<br />

com os responsáveis por várias<br />

ONGs voltadas ao amparo dos animais,<br />

estuda o compêndio de leis municipais<br />

e federais para começar uma campanha<br />

de denúncia contra quem trata a<br />

bicharada com tanto desrespeito. É muita<br />

maldade, e isso só vai diminuir quando<br />

sentirem a dor no bolso, por meio<br />

de multas. No mais, o governo também<br />

precisa de novas iniciativas se a ideia é<br />

resolver o problema e conscientizar o<br />

povo. Aguarde as novas iniciativas deste<br />

jornal e seus meios de apoio.

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