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GAZETA DIARIO 522

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08 Geral Foz do Iguaçu, terça-feira, 6 de março de 2018<br />

Fábio Campana<br />

Alvaro quer unanimidade<br />

Toda unanimidade é burra, dizia Nelson Rodrigues. Nem sempre,<br />

dizem os seguidores de Alvaro Dias, que trabalham para conseguir algo<br />

inédito no Paraná, o apoio de todos os principais candidatos a governador<br />

do Estado ao projeto presidencial de Alvaro. Ele já tem o do irmão,<br />

Osmar Dias, do PDT. Está em conversações com Ratinho Jr, com<br />

quem pretende fechar acordo na quinta, em reunião às 16h00 em seu<br />

gabinete, como anunciou. E lançou pontes para intensificar a conversa<br />

com o ministro Ricardo Barros, do PP.<br />

Ora, pois, em troca Alvaro promete passar olimpicamente pela<br />

campanha no Paraná, sem tomar partido, nem mesmo pelo irmão, na<br />

disputado governo. Quem faz a conexão com Ratinho Jr é Joel Malucelli,<br />

o grande empreiteiro que é suplente de senador de Alvaro e que está no<br />

PSD, partido de Ratinho.<br />

Quem não gosta dessa conversa, nem um pouco, é o mano Osmar Dias.<br />

Stephanes com Ratinho Jr<br />

O ex-ministro da Agricultura e deputado Federal Reinhold Stephanes<br />

será o coordenador do plano de governo de Ratinho Júnior. Stephanes<br />

não será candidato à reeleição para se dedicar exclusivamente ao<br />

projeto. Além do ministério da Agricultura, Stephanes também comandou<br />

o ministério da Previdência e do Trabalho. Formado em Economia<br />

pela UFPr, tem especialização em Desenvolvimento Econômico pela<br />

Cepal/ONU e em Administração Pública na Alemanha.<br />

Invadiu o curral<br />

Jair Bolsonaro faz sucesso em lugares antes dominados pelo PT.<br />

Em Cruzeiro do Oeste, terra do ex-prefeito e deputado federal Zeca<br />

Dirceu, um outdoor anuncia a sua candidatura. Os petistas, que temem<br />

uma derrota fragorosa, veem a direita invadir seus antigos currais.<br />

Do próprio bolso<br />

"Se for necessário, e dentro da minha limitação, vou fazer. Mas<br />

acho que essa campanha será muito online e mais barata. E isso<br />

diminui custo. Todas minhas contas foram aprovadas no meu período à<br />

frente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Nenhum<br />

questionamento do Ministério Público. Na minha gestão irei implementar<br />

o modelo de compliance, como há na iniciativa privada". Ratinho Junior,<br />

perguntado se pensa em colocar dinheiro próprio em sua campanha.<br />

Alta infidelidade<br />

Começa na quarta-feira, dia 7, e dura um mês. Este é o período<br />

para o troca-troca de partidos em que deputados federais poderão fazer<br />

o voo de arribação e pousar em outras siglas sem risco de perder o<br />

mandato. No Paraná, dos 30 deputados, oito depois de eleitos, já<br />

trocaram de casa e agora mais sete começaram a dança do<br />

acasalamento.<br />

Tremem na base<br />

Políticos nativos tremem na base. Aberta a 3ª fase da Operação<br />

Carne Fraca, denominada Operação Trapaça, com o objetivo de investigar<br />

fraudes praticadas por empresas e laboratórios que tinham como<br />

finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal e não permitir a fiscalização<br />

eficaz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.<br />

Progressistas<br />

Mais de cem pessoas participaram da reunião realizada pelo (PP)<br />

Progressistas Curitiba, na manhã de domingo. O encontro foi conduzido<br />

pela Deputada Estadual e presidente do PP em Curitiba, Maria Victoria,<br />

acompanhada do ministro da Saúde, Ricardo Barros.<br />

Nunca de avião<br />

Desde que a Lava-Jato começou a beliscar os tornozelos dos<br />

poderosos, sejam eles políticos ou empresários, os aeroportos viraram<br />

local de embate com o povo. José Dirceu, com 41 anos de penas a<br />

cumprir, sabe disso como poucos. Por isso, na semana passada,<br />

preferiu encarar quase 3 mil quilômetros de estrada. Foi (e voltou) de<br />

carro de Brasília a Curitiba. O motivo da viagem? Dirceu precisou trocar<br />

a bateria de sua tornozeleira, que havia quebrado.<br />

MOBILIZAÇÃO<br />

CRAM e coletivos promovem marcha<br />

no Dia Internacional da Mulher<br />

O evento quer sensibilizar a população sobre a vulnerabilidade social,<br />

a violência de gênero e a desigualdade no mercado de trabalho<br />

Da redação com AMN<br />

Reportagem<br />

O Centro de Referência<br />

em Atendimento à<br />

Mulher Vítima de Violência<br />

(CRAM), em parceria<br />

com o Conselho da Mulher,<br />

Coletivos de Mulheres<br />

da Unila e da Secretaria<br />

da Mulher Trabalhadora<br />

do Sinprefi, promove<br />

nesta quinta-feira (8)<br />

a Marcha da Mulher.<br />

A concentração será<br />

em frente ao Bosque<br />

Guarani, às 18 horas,<br />

onde serão realizados os<br />

atos iniciais. A caminhada<br />

começará às 19 horas<br />

seguindo pela Avenida<br />

República Argentina,<br />

Avenida Brasil e Travessa<br />

Oscar Muxfeldt, até<br />

chegar à Praça da Paz,<br />

onde estão previstas intervenções<br />

artísticas.<br />

A proposta da marcha,<br />

conforme explicou a<br />

educadora social do<br />

CRAM, Gabriela Chioquetta,<br />

é levar para as<br />

ruas as reivindicações<br />

das mulheres. "O dia 8 de<br />

março não é uma comemoração,<br />

mas uma data<br />

reflexiva para expor as<br />

questões que envolvem<br />

as mulheres. É preciso<br />

mudar a realidade da violência<br />

contra as mulheres,<br />

e para isso a participação<br />

de toda a sociedade<br />

é fundamental", disse.<br />

O evento também quer<br />

sensibilizar a população<br />

sobre a vulnerabilidade<br />

social, a violência de gênero<br />

e a desigualdade no<br />

mercado de trabalho.<br />

Foto: divulgação<br />

A proposta da marcha é levar para as ruas as reivindicações das mulheres<br />

Números<br />

Em 2017, Foz registrou<br />

1.200 casos de violência<br />

contra a mulher. O<br />

número supera toda a<br />

demanda atendida ao<br />

longo de 2016, em que foram<br />

registrados 960 ocorrências<br />

desta natureza.<br />

Os inquéritos levam em<br />

consideração as mulheres<br />

que procuraram ajuda<br />

para denunciar seus<br />

companheiros por agressão<br />

física.<br />

Neste ano, a Delegacia<br />

da Mulher já atendeu<br />

a mais de 140 situações,<br />

que resultaram em 110<br />

medidas protetivas. No<br />

Paraná, são cerca de 60<br />

casos de violência por<br />

dia, uma média de um<br />

caso a cada 24 horas.<br />

O Brasil registrou, em<br />

média, 135 estupros por<br />

dia no ano passado. Foram<br />

mais de 49 mil casos,<br />

4,3% a mais que no ano<br />

anterior, segundo dados<br />

levantados pelo Fórum<br />

Brasileiro de Segurança<br />

Pública.<br />

Em agosto de 2018, a<br />

Lei Maria da Penha (Lei<br />

11.340/2006) completa 12<br />

anos. A norma que criou<br />

mecanismos para coibir a<br />

violência contra as mulheres<br />

é também um instrumento<br />

que forçou a<br />

sociedade brasileira a reconhecer<br />

essa questão e os<br />

direitos das mulheres.<br />

Rede de proteção<br />

O CRAM foi criado<br />

em 2009 e oferece acompanhamento<br />

psicossocial,<br />

orientações jurídicas,<br />

oficinas e cursos profissionalizantes<br />

às mulheres<br />

vítimas de violência<br />

física e/ou psicológica em<br />

Foz do Iguaçu. Por mês,<br />

cerca de 240 mulheres<br />

recebem atendimento no<br />

local. Além delas, os filhos<br />

também recebem<br />

cuidados especiais, com<br />

apoio pedagógico.<br />

As mulheres vítimas<br />

de violência podem ser<br />

encaminhadas por alguma<br />

instituição de saúde,<br />

segurança ou Justiça, ou<br />

procurar o centro de referência<br />

por conta própria.<br />

O município também<br />

oferece uma casa<br />

abrigo para mulheres vítimas<br />

de violência. O<br />

CRAM fica na Rua Padre<br />

Bernardo Plates,<br />

1.250 — paralela à Avenida<br />

Paraná e em frente<br />

à Delegacia da Polícia<br />

Civil (6ª SDP).

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