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GAZETA DIARIO 538

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08 Cidade Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 24 e 25 de março de 2018<br />

Fábio Campana<br />

O pedido de Lula<br />

Ora, pois, menos de doze horas depois do STF<br />

impedir sua prisão - pelo menos até a conclusão do<br />

julgamento do habeas corpus preventivo, marcado<br />

para o dia 4 -, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da<br />

Silva voltou a desafiar a força-tarefa da Operação<br />

Lava Jato, a quem atribuiu "mentiras", voltou a negar<br />

com veemência que seja o dono do apartamento<br />

tríplex do Guarujá (SP), pivô de sua condenação a<br />

12 anos e um mês de prisão, e clamou. "Quero que<br />

a Suprema Corte analise o mérito do processo."<br />

Em entrevista, Lula foi enfático. "A Polícia Federal<br />

mentiu no inquérito e mandou para o Ministério<br />

Público. O Ministério Público pegou o inquérito<br />

mentiroso e transformou numa acusação mentirosa<br />

e foi pro Moro. E o Moro deu uma sentença mentirosa.<br />

E vem pro TRF-4 que deu outra sentença mentirosa",<br />

disse.<br />

A sorte de Lula será decidida pelo Supremo depois<br />

da Páscoa, quando os ministros irão votar o<br />

pedido do líder petista de permanecer em liberdade<br />

até que se esgotem todos os recursos contra a<br />

condenação que sofreu no caso tríplex.<br />

Só Osmar com Alvaro<br />

Em evento de filiação do Podemos (PODE), no<br />

Teatro Positivo, em Curitiba, o senador Alvaro Dias<br />

disse nesta quinta-feira (22) que convidou seu irmão,<br />

ex-senador Osmar Dias (PDT), para se filiar à<br />

legenda da qual é expoente. Informações do Bem<br />

Paraná. Pré-candidato à Presidência da República,<br />

Alvaro disse que conversa todos os pré-candidatos<br />

ao governo do Paraná para compor aliança, admitindo<br />

ter negociado com Ratinho Junior (PSD), mas<br />

que, por enquanto, mira apenas Osmar para compor<br />

palanque no Estado para as eleições de outubro.<br />

Indefinido<br />

Osmar Dias chegou a negociar com o PSB, mas<br />

por enquanto mantem-se no PDT, legenda que exige<br />

apoio dele ao presidenciável Ciro Gomes (PDT-<br />

PB), em detrimento da campanha de seu irmão.<br />

Osmar já disse que não terá como fazer isso.<br />

Greca, o cabo eleitoral<br />

Cida Borghetti tem um cabo eleitoral de peso<br />

em Curitiba, o prefeito Rafael Greca. Greca é um<br />

dos grandes entusiastas da candidatura de Cida<br />

ao Palácio Iguaçu. Aliás, o prefeito anunciou, ainda<br />

no ano passado, que "por lealdade e amizade" caminharia<br />

junto com Cida em 2018. As informações<br />

são do Impacto Jornal.<br />

Muito próximos<br />

Cada vez mais próximos, os dois uniram compromissos<br />

nas últimas semanas e estão visitando,<br />

entregando e anunciando obras em diversos bairros<br />

da capital. Uma dessas agendas foi a reabertura<br />

do Hospital São Vicente na CIC. A unidade estava<br />

fechada há três anos.<br />

Maria da Penha<br />

O prefeito Rafael Greca e a primeira-dama,<br />

Margarita Sansone, receberam ontem a visita da<br />

ativista Maria da Penha, personalidade considerada<br />

um símbolo do combate à violência contra mulher,<br />

cujo nome batizou a lei que trata do tema no Brasil.<br />

A ativista está em Curitiba para inauguração do Núcleo<br />

Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos<br />

da Mulher, da Defensoria Pública do Paraná.<br />

Pioneiro<br />

No encontro, Greca citou a iniciativa na primeira<br />

gestão no comando da Prefeitura de Curitiba,<br />

em 1993, para criar a Pousada de Maria, unidade<br />

pioneira de atendimento a mulheres em situação<br />

de risco idealizada por Margarita.<br />

DESFECHO<br />

Prefeitura retoma prédios<br />

públicos ocupados de forma<br />

irregular pelo Provopar<br />

Secretaria Municipal de Assistência Social espera reabrir os equipamentos em<br />

até 60 dias; cursos profissionalizantes voltarão a ser oferecidos à população<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Prédios públicos serão revitalizados para voltar a<br />

funcionar com a oferta de cursos<br />

A celeuma entre a direção<br />

do Provopar e a Prefeitura<br />

de Foz do Iguaçu, relacionada<br />

à entrega dos imóveis<br />

públicos ocupados pela<br />

entidade e que se arrastou<br />

desde o fechamento da<br />

ONG em 10 de outubro<br />

passado, terminou.<br />

As chaves dos quatro<br />

equipamentos foram entregues<br />

nesta semana à Secretaria<br />

de Assistência Social.<br />

A iniciativa foi viabilizada<br />

por meio de um acordo<br />

amigável celebrado entre a<br />

Procuradoria-Geral do Município<br />

(PGM) e advogados<br />

que assistem o Provopar.<br />

A expectativa da prefeitura<br />

é retomar as atividades<br />

nos locais em até 60 dias.<br />

Neste ínterim, caberá à administração<br />

providenciar a<br />

contratação de uma entidade<br />

que assuma a prestação<br />

do serviço de capacitação<br />

para pessoas de baixa renda<br />

em busca de espaço no<br />

mercado de trabalho. De<br />

acordo com o secretário<br />

responsável pela Assistência<br />

Social, Elias de Souza,<br />

todo levantamento prévio em<br />

torno da demanda já está<br />

pronto. "Já temos os estudos<br />

que apontam quais os locais<br />

necessitam mais desse tipo de<br />

assistência, bem como o tipo<br />

de atividade a ser desenvolvida.<br />

A partir do recebimento<br />

das chaves, iremos providenciar<br />

a reforma e a limpeza<br />

destes espaços para que<br />

fiquem em condições de voltar<br />

a funcionar com normalidade",<br />

explicou.<br />

O Provopar foi fechado<br />

por decisão de sua diretora,<br />

Esther Dias. A entidade<br />

fechou suas portas na manhã<br />

de 10 de outubro. Um<br />

dia antes, 30 funcionários<br />

foram demitidos sem aviso<br />

prévio. Até o momento, Esther<br />

não se manifestou oficialmente<br />

sobre a situação<br />

da entidade. A Secretaria<br />

Municipal de Assistência<br />

Social afirma não ter recebido<br />

qualquer comunicado<br />

relacionado ao possível fim<br />

das atividades do Provopar,<br />

tampouco a imprensa ou a<br />

sociedade foi informada sobre<br />

qual será o futuro da<br />

ONG.<br />

Coube então aos trabalhadores<br />

demitidos ingressarem<br />

com uma ação trabalhista<br />

coletiva para conseguir<br />

fazer valer seus direitos.<br />

A dívida trabalhista do<br />

Provopar ultrapassa R$ 450<br />

mil. Não bastasse isso, o<br />

Provopar deve ao município<br />

cerca de R$ 250 mil por<br />

atividades pagas e que não<br />

teriam sido devidamente<br />

executadas conforme o convênio<br />

pactuado com a Secretaria<br />

de Assistência. A<br />

pendência é reconhecida<br />

judicialmente e se acumula<br />

a outras situações que aumentam<br />

o rombo no caixa<br />

da entidade.<br />

O convênio entre o Provopar<br />

e o poder público<br />

municipal foi celebrado em<br />

2016, durante o último ano<br />

de gestão do ex-prefeito<br />

Reni Pereira (PSB), no valor<br />

global de R$ 1,9 milhão,<br />

a ser executado em 24 parcelas.<br />

Sob o comando do<br />

grupo político da deputada<br />

estadual Claudia Pereira<br />

(PSC), esposa de Reni e exprimeira-dama<br />

de Foz, desde<br />

2013, o Provopar fechou<br />

suas portas sem nenhuma<br />

manifestação pública da<br />

parlamentar.

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