Peripecias 11
Peripecias 11 - Abril 2018
Peripecias 11 - Abril 2018
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tivessem furo ou cabo quebrado.<br />
Colocava rebites remendando o<br />
objeto que lhe ofereciam para<br />
reparar.<br />
Era gordo e baixo, e falava mais<br />
baixo ainda. Acho que era espanhol.<br />
E anunciava seus serviços assim<br />
dizendo FUNILERRO, mas tão baixo<br />
tão baixo, que se tivesse alguém<br />
necessitando dos serviços e fosse<br />
meio surdo, nem saberia que ele<br />
estava passando. Geralmente era<br />
depois do almoço, por volta das 14<br />
horas.<br />
Aos sábados, tinha a FEIRA LIVRE,<br />
que era armada nas Ruas em torno<br />
da Praça Niterói. Incluindo a Santa<br />
Luiza e D. Zulmira. As casas que<br />
tinham garagem eram a do pai do<br />
Hélio Barata e da avó<br />
Maricota. O pai do Hélio não tinha<br />
carro. Só o tio Waldemiro tinha, mas<br />
não o impedia de sair quando<br />
preciso.<br />
Não armavam barraca em frente ao<br />
portão da garagem.<br />
Pessoas residentes na Rua São<br />
Francisco Xavier e outras até mais<br />
longe vinham fazer a feira.<br />
Alguns meninos e rapazes<br />
aproveitavam para ganhar um<br />
dinheiro, entregando as compras em<br />
casa. Alguns faziam uns carrinhos de<br />
Caixote de Banha ou Bacalhau com<br />
rodas de bilhas (rolimã) e<br />
acompanhavam os compradores até<br />
em casa levando as compras.<br />
O trânsito de automóveis era<br />
pequeno e a Feira não causava<br />
qualquer tipo de engarrafamento.<br />
Uma cantora habituée de ir à Feira<br />
na Praça Niterói, era a Aracy de<br />
Almeida. Morava ali perto do Largo<br />
do Maracanã. Podemos citar ainda o<br />
LEITEIRO E O PADEIRO. Estes eram<br />
entregadores em domicílio.