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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 16 de abril de 2018<br />
POLÍTICA<br />
Datafolha: Lula aparece<br />
na frente, seguido por<br />
Bolsonaro e Marina Silva<br />
Ex-presidente lidera as intenções de voto a presidente, com 31%<br />
Paulo Victor Chagas<br />
Repórter da Agência Brasil<br />
O Instituto Datafolha divulgou<br />
neste domingo (15) uma<br />
pesquisa sobre as eleições presidenciais<br />
deste ano comparando<br />
diferentes cenários e analisando<br />
a chance de os candidatos chegarem<br />
ao segundo turno. Pelos<br />
dados, o ex-presidente Luiz Inácio<br />
Lula da Silva (PT) lidera com<br />
31% das intenções de voto, seguido<br />
pelo deputado federal Jair<br />
Bolsonaro (PSL), com 15%, e<br />
pela ex-ministra Marina Silva<br />
(Rede), com 10%.<br />
Em quarto lugar aparece o expresidente<br />
do Supremo Tribunal<br />
Federal Joaquim Barbosa (PSB),<br />
com 8%. O ex-governador de São<br />
Paulo e presidente nacional do<br />
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/AB)<br />
Lula lidera as intenções de voto a<br />
presidente, com 31%<br />
PSDB, Geraldo Alckmin, conta<br />
com 6% das intenções de voto;<br />
em seguida vêm o ex-ministro Ciro<br />
Gomes (PDT), com 5%, e o senador<br />
Álvaro Dias (Podemos-PR),<br />
com 3%.<br />
A pesquisa foi feita em 227<br />
municípios brasileiros, onde foram<br />
ouvidas 4.194 pessoas entre quarta<br />
(11) e sexta-feira (13). A margem<br />
de erro é de dois pontos percentuais,<br />
para mais ou para menos.<br />
Entre as hipóteses analisadas<br />
pelo instituto, a maior mudança de<br />
cenário ocorre quando o ex-presidente<br />
Lula não está entre os candidatos.<br />
Preso no último dia 7, após<br />
ser condenado pelo Tribunal Regional<br />
Federal da 4ª Região (TRF4) a<br />
uma pena de 12 anos e um mês,<br />
Lula pode não ser elegível, pois a<br />
Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação<br />
de políticos condenados em<br />
segunda instância. Nos cenários<br />
em que Lula não concorreria ao<br />
pleito de outubro, Jair Bolsonaro<br />
aparece com 17% das intenções,<br />
empatado tecnicamente com Marina<br />
Silva, com 15%.<br />
Nacional<br />
15<br />
Justiça do Paraná fixa multa<br />
diária para manifestantes<br />
pró e contra Lula<br />
O Tribunal de Justiça do Paraná determinou que os<br />
manifestantes acampados nos arredores da sede da<br />
Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente Luiz<br />
Inácio Lula da Silva está preso, devem pagar multa<br />
diária de R$ 500 mil, caso não cumpram ordem judicial<br />
de deixar a área. A decisão foi proferida na sexta-feira<br />
(13) pelo juiz substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública,<br />
Jailton Juan Carlos Tontiniu.<br />
Os movimentos citados na decisão são: Central Única<br />
dos Trabalhadores (CUT), Partido dos Trabalhadores<br />
(PT-PR), Movimento Curitiba contra Corrupção,<br />
Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento UFPR<br />
Livre. Segundo a prefeitura de Curitiba, cerca de 500<br />
pessoas, favoráveis ou contrárias a Lula, estão<br />
acampadas no entorno do prédio da PF "causando<br />
transtornos e a precarização na prestação dos serviços<br />
públicos aos moradores pelo bloqueio às ruas".<br />
No despacho, o juiz explica que a medida visa a evitar o<br />
uso da força policial e dissuadir os réus que<br />
descumpriram a liminar concedida semana passada<br />
pela Justiça à prefeitura de Curitiba. A liminar proíbe os<br />
manifestantes de transitar nas áreas determinadas,<br />
impedir o trânsito de pessoas e montar estruturas e<br />
acampamentos nas ruas e praças da cidade.<br />
Na sexta-feira (13), a prefeitura pediu à Justiça que o expresidente<br />
Lula seja transferido para outro local, devido<br />
a problemas de segurança e reclamações dos<br />
residentes do Bairro Santa Cândida. O Sindicato dos<br />
Delegados da Polícia Federal também solicitou a<br />
transferência de Lula para outro local com mais<br />
condições de segurança para a população e servidores.<br />
Em nota, o PT nacional, a CUT e os outros movimentos<br />
de apoio ao Acampamento Lula Livre classificaram a<br />
decisão da Justiça do Paraná como "escândalo",<br />
"desproporcional e desequilibrada". A nota diz ainda<br />
que a decisão é antidemocrática, anticonstitucional e<br />
arbitrária e expressa uma tentativa de criminalizar os<br />
movimentos populares.<br />
(Débora Brito — repórter da Agência Brasil)