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Revista CIRCUITO 65

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ESPECIAL<br />

<strong>CIRCUITO</strong>: Qual é o quarto desafio?<br />

FUAD: Uma vez que consigo captar essa informação, tenho<br />

problema de processamento, vou ter um sensor lendo um dado,<br />

vou ter a interface de rede, mas isso vai ter que estar em um<br />

pequeno computador, que seja barato, tenha consumo baixo,<br />

que seja fácil de implementar e modificar, é a parte de software,<br />

da COMPUTAÇÃO. Já temos vários players atuando nisso, com<br />

computadores feitos para serem baratos, para você usar, por<br />

exemplo, na Internet das Coisas, que vão ser capazes de ler os<br />

modelo S: 24 horas conectado com atualização de software<br />

sensores, fazer algum tipo de pré-processamento, como por<br />

exemplo fusão de dados, e usar a interface de rede para mandar<br />

os dados. Ter um dispositivo que tenha confiabilidade, durabi -<br />

lidade, que seja fácil de ser mantido, adaptado, utilizado, são os<br />

desafios da parte da computação. Essa é a frente remota da<br />

coleta de dados.<br />

<strong>CIRCUITO</strong>: Temos os sensores, para a captação, a computação,<br />

para a armazenagem e pré-processamento, e a telecomunicação,<br />

para a transmissão desses dados. E agora, o que<br />

acontece?<br />

FUAD: Com o desenvolvimento do ANALYTICS (análise de<br />

dados), entra outra frente da IoT, o quinto desafio. É um mundo<br />

de dados, em uma perspectiva otimista, 50 bilhões de dispositivos<br />

conectados, com 50 bilhões, no mínimo, de fontes de<br />

dados. Como eu trato isso? Como filtro e processo esses dados?<br />

A parte de Analytics é uma parte muito intensa computacionalmente,<br />

precisa de mais equipamentos e capacidade de processamento,<br />

tenho que ter técnicas que consigam processar um<br />

volume muito grande de dados e transformá-los em informações<br />

que vão gerar o conhecimento útil. As técnicas tradicionais<br />

de Analytics têm que ser adaptadas para tratar esse<br />

emaranhado de dados, gerando novas diferentes técnica, e os<br />

questionamentos são inevitáveis: qual é a mais interessante<br />

para processar dados que vem de sensores e medidores elétricos?<br />

Quantos padrões de mercado estão nascendo? Eles vão<br />

conseguir conversar entre si? Isso já está sendo estudado, trabalhado,<br />

não é mais conceito, já existe.<br />

<strong>CIRCUITO</strong>: Essa informação é transformada em conhecimento.<br />

Para quem? Como transformo em um negócio?<br />

FUAD: Depois da análise e processamento das informações,<br />

tem o desafio de transformar em SERVIÇO. Agora tenho um<br />

dado útil, uma informação transformada em conhecimento que<br />

pode servir para algum mercado. Tenho um conhecimento<br />

agregado de diferentes fontes. Que tipo de serviço eu construo<br />

ao redor dele?<br />

Temos hoje uns cinco ou seis grandes serviços claramente<br />

delineados que vamos ter por conta da Internet das Coisas.<br />

O primeiro deles, e pensado inicialmente, foi o da casa conectada.<br />

Vai muito além do cenário da geladeira que prevê o que<br />

falta. Já temos termostatos eletrônicos que ajustam a tempera -<br />

tura de sua casa por meio de aplicativos. Temos esses medidores<br />

eletrônicos que informam se você está consumindo ou<br />

está gerando energia (se você produz energia solar através de<br />

painéis solares), a Amazon tem agora uns tags associados a produtos,<br />

então é sua casa automatizada, com claramente um<br />

merca do novo a ser explorado de produtores de sensores, me -<br />

di dores e atuadores de serviços que vão coletar essa informação<br />

e vão gerar conhecimento útil, o dono da informação pode produtizar/vender<br />

essa informação dentro de um mercado de<br />

informação para que a empresa interessada use esse conhecimento<br />

para alguma coisa, tem um mercado novo criado com a<br />

Internet das Coisas.<br />

O segundo serviço de aplicação clara é na área de saúde. Conforme<br />

vai avançando na miniaturização, o barateamento dos<br />

dispositivos, como monitores de pressão, cardíacos, etc., conseguimos,<br />

além de miniaturizar, desplugar, torná-los móveis,<br />

no qual o médico não tem mais uma informação só de quando<br />

vai fazer um exame, ele tem a informação constante daquele<br />

paciente. Hoje já tem como fazer estudos médicos, onde se<br />

anonimiza dados dos pacientes, e se consegue gerar conhecimento<br />

sobre doenças, descobrindo padrões, por conta do monitoramento<br />

constante.<br />

Outra área é a saúde pessoal. Começou com produtos como o<br />

sapato da Nike que mede o número de pisadas, passou para os<br />

Apple Watch, Microsoft Band, FitBit, com pulseiras que você<br />

coloca no seu braço e tem medição constante de temperatura,<br />

pressão arterial, mas você pode acessar sua mensagem, fazer<br />

sua ligação, fazer um chat, então com isso você tem um mundo<br />

de informação, passíveis de serem coletadas, armazenadas e<br />

que geram conhecimento.<br />

Circuito 23

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