Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Página 8 www.jornal<strong>do</strong>reboucas.com.br <strong>Junho</strong>/<strong>2018</strong><br />
Coluna Jurídica<br />
por Dra. Suellen Koch Silveira<br />
A partilha <strong>do</strong>s bens em<br />
decorrência <strong>do</strong> falecimento<br />
Regime de Casamento - Comunhão Universal de Bens<br />
Preza<strong>do</strong>s leitores, como de praxe, vamos falar sobre um tema que meus leitores<br />
julgam relevante,<br />
Bom, primeiramente vamos<br />
começar mencionan<strong>do</strong><br />
que com a Lei 6.515/77 (Lei<br />
<strong>do</strong> Divórcio) tal regime tornou-se<br />
exceção, logo a regra<br />
<strong>do</strong>s casamentos celebra<strong>do</strong>s<br />
nos dias de hoje é a comunhão<br />
parcial de bens.<br />
O regime de comunhão<br />
universal de bens é aquele<br />
em que to<strong>do</strong>s os bens <strong>do</strong> casal,<br />
independentemente da<br />
origem, ou da época em que<br />
foram adquiri<strong>do</strong>s, pertencem<br />
a ambos os cônjuges.<br />
Os cônjuges que a<strong>do</strong>taram<br />
a comunhão universal<br />
de bens, tiveram ciência de<br />
que to<strong>do</strong>s os bens adquiri<strong>do</strong>s<br />
antes ou depois <strong>do</strong> casamento,<br />
seriam comuns ao<br />
casal. É o que diz o artigo<br />
1.667 <strong>do</strong> Código Civil, o qual<br />
preceitua que: o regime de<br />
comunhão universal importa<br />
a comunicação de to<strong>do</strong>s<br />
os bens presentes e futuros<br />
<strong>do</strong>s cônjuges e suas dividas<br />
passivas, com exceções <strong>do</strong><br />
artigo seguinte.<br />
O que se quer dizer, é<br />
que caso você seja detentor<br />
de uma casa e um comércio<br />
antes de se casar, obrigatoriamente,<br />
terá de partilhá-<br />
-los com seu cônjuge, bem<br />
como, tu<strong>do</strong> o que você vier<br />
a conquistar na constância<br />
<strong>do</strong> matrimonio, o cônjuge,<br />
terá direito a metade <strong>do</strong> patrimônio.<br />
Como é sabi<strong>do</strong>, o regime<br />
de bens se encerra com<br />
o término da sociedade conjugal,<br />
independentemente<br />
de seu motivo (falecimento<br />
ou divórcio). A extinção não<br />
significa a partilha de bens e<br />
enquanto não for feita a partilha,<br />
o patrimônio não partilha<strong>do</strong><br />
responde pelas dívidas<br />
de ambos os cônjuges.<br />
Quan<strong>do</strong> a partilha ocorre<br />
pelo falecimento, devemos<br />
levar em consideração<br />
se o outro cônjuge possui<br />
descendentes (filhos), logo<br />
o cônjuge sobrevivente terá<br />
a sua porcentagem teoricamente<br />
divida com os demais<br />
herdeiros.<br />
Para ilustrar nossa explicação<br />
vamos utilizar uma<br />
situação hipotética: João casou-se<br />
com Maria no regime<br />
de comunhão universal de<br />
bens e tiveram 2 filhos. João<br />
tinha em torno de 50 mil reais<br />
em bens antes <strong>do</strong> casamento,<br />
após o casamento, o<br />
casal totalizou bens no importe<br />
de 220 mil reais, logo,<br />
mesmo João ten<strong>do</strong> adquiri<strong>do</strong><br />
50 mil reais antes <strong>do</strong> casamento,<br />
Maria tem 110 mil<br />
reais por direito pois se casaram<br />
no regime de comunhão<br />
universal, e João tem 110<br />
mil por direito, mas acontece<br />
que João veio a falecer,<br />
como será dividida a parte<br />
de João, aqueles 110 mil que<br />
ele tinha por direito?<br />
Automaticamente Maria<br />
tem 50% <strong>do</strong> valor que<br />
era de direito de João e os<br />
outros 50% serão dividi<strong>do</strong>s<br />
entre os herdeiros, ou seja,<br />
nós enquanto advoga<strong>do</strong>s<br />
falamos da seguinte forma:<br />
Maria tem uma cota parte<br />
no quinhão de João, não se<br />
assuste caro leitor quan<strong>do</strong><br />
ouvir estes termos, estamos<br />
aqui para esclarecer suas dúvidas.▪<br />
Frio aumenta em 30% chances de<br />
internação por<br />
problemas cardíacos<br />
Entre junho e agosto,<br />
meses marca<strong>do</strong>s por<br />
temperaturas mais frias, as<br />
internações nos hospitais<br />
públicos por insuficiência<br />
cardíaca e infarto chegam<br />
a ser 30% maiores <strong>do</strong> que<br />
no verão. É o que mostra<br />
estu<strong>do</strong> inédito realiza<strong>do</strong> por<br />
médicos da Sociedade Beneficente<br />
Israelita Brasileira<br />
Albert Einstein.<br />
A pesquisa mostrou<br />
ainda que o número médio<br />
de internações por insuficiência<br />
cardíaca no inverno<br />
foi maior em pacientes<br />
com mais de 40 anos. Já as<br />
hospitalizações por infarto<br />
foram registradas em maior<br />
número em pacientes com<br />
idade superior a 50 anos.<br />
“Inverno não significa só<br />
frio. Ele também significa<br />
poluição aumentada, crescimento<br />
de epidemias provocadas<br />
pelo vírus da gripe,<br />
o Influenza, além <strong>do</strong> tempo<br />
seco.<br />
Para se proteger, ele<br />
recomenda que as pessoas<br />
que têm condições,<br />
aqueçam bem a casa. “Um<br />
aquece<strong>do</strong>r portátil ajuda<br />
em semanas mais extremas<br />
de frio. Outra coisa é<br />
tratar <strong>do</strong> vazamento de ar<br />
frio por janelas, portas e telha<strong>do</strong>.<br />
E também se agasalhar<br />
melhor, pois tu<strong>do</strong> isso<br />
contribui com a proteção, a<br />
ideia é não expor ao frio as<br />
pessoas que têm maior risco,<br />
como i<strong>do</strong>sos e <strong>do</strong>entes<br />
cardiovasculares”. Ele ainda<br />
ressalta a importância da<br />
vacinação. “As epidemias<br />
virais e as gripes aumentam<br />
o risco cardíaco, vacinar-se<br />
especialmente nas vésperas<br />
<strong>do</strong> outono e inverno é importante<br />
também”.<br />
O que acontece com o<br />
coração<br />
O frio faz os vasos sanguíneos<br />
se contraírem e eleva<br />
a liberação de adrenalina,<br />
o que faz subir a pressão arterial.<br />
Além disso, o aumento<br />
da poluição contribui<br />
para <strong>do</strong>enças respiratórias<br />
que sobrecarregam o coração.<br />
Já o Influenza (vírus<br />
da gripe) é capaz de causar<br />
inchaço ou inflamação das<br />
coronárias, com a possibilidade<br />
de liberar as placas<br />
de colesterol nela depositadas.<br />
As placas, por sua vez,<br />
podem causar bloqueios e<br />
interromper o fluxo sanguíneo.<br />
Quem tem risco deve<br />
regularizar o controle das<br />
suas próprias <strong>do</strong>enças,<br />
como por exemplo, pressão<br />
alta, que sabemos que aumenta<br />
no inverno, lembrar<br />
de tomar os remédios, fazer<br />
a medida da pressão com<br />
periodicidade e tentar não<br />
passar frio mesmo dentro<br />
de casa”, aconselha.<br />
Baixe o aplicativo de Realidade Aumentada <strong>do</strong> JORNAL <strong>do</strong> REBOUÇAS disponível para dispositivos Android no Google Play