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Tudo Feliz!<br />

Andreia Fernan<strong>de</strong>s e Catarina Fernan<strong>de</strong>s, Educadora Rosa Malheiro e Auxiliar Carla<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância nº1 da Abelheira (Cogumelo)<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Este projeto foi implementado no Jardim <strong>de</strong> Infância nº1 da<br />

Abelheira (Cogumelo), <strong>de</strong> Viana do Castelo, pertencente ao<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas da Abelheira. Foi <strong>de</strong>senvolvido<br />

num grupo heterogéneo formado por 25 empreen<strong>de</strong>dores:<br />

- 3 anos (8 crianças)<br />

- 4 anos (8 crianças)<br />

- 5 anos (6 crianças)<br />

- 6 anos (3 crianças)<br />

Tudo começou com a audição da música “Há um Mundo <strong>de</strong><br />

Sonhos”. Posteriormente foi lhes apresentado o Miguel e a<br />

“História do Meu Amigo” (CEAN, 2009). As crianças foram<br />

questionadas sobre os seus sonhos, confi<strong>de</strong>nciando-os ao<br />

Miguel e representando-os num <strong>de</strong>senho.<br />

Todos os sonhos foram partilhados e, em diálogo,<br />

organizados em categorias.<br />

As crianças <strong>de</strong>cidiram que gostariam <strong>de</strong> registar todos os<br />

seus sonhos. Surgiu então a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> terem na Sala 3 a<br />

“Árvore dos Sonhos”.<br />

A partilha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias entre o grupo originou o Projeto “Tudo<br />

Feliz!”, unindo assim, todos os sonhos num só projeto.<br />

Visto que, todas as crianças gostariam <strong>de</strong> ter um animal na<br />

escola e uma casinha para ele, o grupo começou por<br />

escolher qual seria o melhor animal para ser colocado no<br />

capoeiro já existente na escola.<br />

Depois <strong>de</strong> várias sugestões apresentadas, a Sala 3 <strong>de</strong>cidiu<br />

ter dois patinhos no capoeiro. Para os alimentar <strong>de</strong>cidiram<br />

plantar alimentos na horta.<br />

Como a Sala 3 é muito criativa, os sonhos não ficaram por<br />

aqui. Decidiram realizar uma viagem <strong>de</strong> comboio para<br />

verem árvores felizes.<br />

Através dos diálogos existentes com o grupo, foram<br />

imensas as questões colocadas e as soluções apresentadas.<br />

Com a ajuda da ferramenta <strong>de</strong> planeamento e avaliação foi<br />

possível <strong>de</strong>finir o ponto <strong>de</strong> partida para iniciar o projeto<br />

como, por exemplo, o que é necessário fazer, as primeiras<br />

i<strong>de</strong>ias, os primeiros colaboradores e os primeiros<br />

conhecimentos.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

O Projeto “Tudo Feliz!” engloba diversas situações e foi necessário organizá-las por<br />

etapas. Começamos por colocar os <strong>de</strong>senhos dos sonhos na “Árvore dos Sonhos”, e<br />

eleger o nome para o projeto. Seguidamente, as crianças perceberam que o projeto<br />

necessitava <strong>de</strong> colaboradores.<br />

Eram necessárias tintas para pintarem o capoeiro.<br />

Visto que, o avô <strong>de</strong> uma menina trabalha com tintas, <strong>de</strong>cidiram enviar uma carta ao<br />

avô Manuel pedindo tintas para a pintura do capoeiro. A carta foi escrita pelas<br />

Educadoras Estagiárias através das i<strong>de</strong>ias fornecidas pelas crianças, e enviada,<br />

posteriormente, por correio.<br />

Enquanto o grupo esperava pela chegada das tintas, <strong>de</strong>cidiram construir a casinha<br />

temporária dos patinhos.<br />

Para os alimentar as crianças <strong>de</strong>cidiram cultivar alimentos na horta da escola. Depois<br />

<strong>de</strong> várias sugestões <strong>de</strong>cidiram plantar milho, couves e repolho.<br />

Depois <strong>de</strong> as tintas terem chegado à Sala 3, as crianças “meteram mãos à obra” e<br />

pintaram o capoeiro. Mostraram-se empenhadas e fascinadas por serem pintoras,<br />

durante um dia.<br />

Após diversos diálogos, um menino tinha o sonho <strong>de</strong> realizar uma bancada <strong>de</strong> sumos,<br />

na escola. Refletindo neste gosto, as crianças <strong>de</strong>cidiram realizar uma feirinha<br />

<strong>de</strong>stinada aos seus familiares e a toda a comunida<strong>de</strong> escolar. A feirinha teve como<br />

objetivo angariar dinheiro para comprar os patinhos e realizar a viagem <strong>de</strong> comboio,<br />

para observarem “as árvores felizes”.<br />

Por iniciativa própria, as crianças <strong>de</strong>finiram os elementos que pretendiam ven<strong>de</strong>r,<br />

sendo estes confecionados/angariados entre todos (bolo <strong>de</strong> laranja, bolo <strong>de</strong> chocolate,<br />

queques <strong>de</strong> laranja, bolachinhas <strong>de</strong> manteiga, couves, limões, vasos personalizados e<br />

limonada).<br />

No dia da feirinha, as crianças assumiram o papel <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores, participando<br />

ativamente na divulgação dos produtos.<br />

Com materiais recicláveis construíram o protótipo do Projeto “Tudo Feliz!”. Em<br />

conjunto, <strong>de</strong>cidiram que os patinhos seriam feitos com caixas <strong>de</strong> ovos, o capoeiro com<br />

uma caixa <strong>de</strong> bolachas, as árvores com rolos <strong>de</strong> papel higiénico e papel crepe, o<br />

comboio com pacotes <strong>de</strong> leite e a linha do comboio com paus <strong>de</strong> gelado. Por fim, a<br />

horta seria construída com copos <strong>de</strong> plástico com terra e sementes.<br />

Seguidamente, surgiram os ensaios para a compra dos patinhos, <strong>de</strong> forma que a<br />

criança, eleita para porta-voz da sala 3, apresenta-se um discurso coerente na compra<br />

dos animais.<br />

Discutiram on<strong>de</strong> comprar os patinhos: o Grémio <strong>de</strong> Viana do Castelo. As crianças<br />

<strong>de</strong>slocaram-se lá, para a compra dos patinhos.<br />

Durante a visita foram filmados todos os pormenores da compra.<br />

Chegou finalmente o dia <strong>de</strong> as crianças passearem no comboio especial (Funicular <strong>de</strong><br />

Santa Luzia) e observarem as árvores felizes.<br />

As crianças tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer um pouco da história do funicular e,<br />

também, colocar algumas questões ao funcionário.<br />

Visto que, sobrou dinheiro da feirinha, as Estagiárias e a Educadora prepararam uma<br />

surpresa ao grupo: as crianças tiveram a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomarem um pingo <strong>de</strong><br />

chocolate, no café “Bar Montanha”!<br />

3. Ação em Balanço<br />

O “Tudo Feliz!” foi um projeto que envolveu toda a comunida<strong>de</strong><br />

escolar, bem como os pais, e outros familiares.<br />

O projeto tinha como principal objetivo envolver todas as crianças,<br />

tendo este <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato sido alcançado com gran<strong>de</strong> facilida<strong>de</strong>.<br />

Des<strong>de</strong> início que o grupo se mostrou empenhado, e ao longo das<br />

sessões foi possível verificar que as crianças estavam cada vez<br />

mais familiarizadas com o projeto.<br />

A Árvore dos Sonhos, exposta na Sala 3, foi fundamental para a<br />

abordagem do conceito <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo levando, assim, as<br />

crianças a sonhar e a acreditar que é possível concretizar cada<br />

sonho.<br />

As crianças revelaram gran<strong>de</strong> satisfação com o resultado final.<br />

Todos os dias existe uma enorme preocupação, por parte das<br />

crianças, em relação aos patinhos. Todas querem brincar com eles,<br />

bem como alimentá-los.<br />

Neste projeto foi notório o espírito <strong>de</strong> entreajuda, prevalecendo o<br />

pensamento <strong>de</strong> que, quando se trabalha em equipa tudo se torna<br />

mais fácil <strong>de</strong> concretizar.<br />

Terminado o projeto, é <strong>de</strong> salientar o agra<strong>de</strong>cimento a quem<br />

contribuiu para a concretização do mesmo.<br />

À Educadora Ró, pelo apoio e <strong>de</strong>dicação em todos os momentos,<br />

bem como aos pais, familiares e comunida<strong>de</strong> escolar pela<br />

importante participação nas diferentes etapas.<br />

“Quando se trabalha com uma verda<strong>de</strong>ira equipa, não há obstáculo<br />

que não seja superado, nem sucesso que não seja alcançado.”<br />

A todos muito obrigada!


Robot que dá abraços<br />

Andreia Simões e Joana Giestas, Educadora Dulce Gonçalves e as Auxiliares Sandra Oliveira e Ivone Rio<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância nº1 da Abelheira<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Nível <strong>de</strong> Ensino – Pré-Escolar<br />

Nº <strong>de</strong> crianças – 25<br />

20 (4 anos); 5 (5 anos)<br />

O nosso projeto consistiu na realização <strong>de</strong> um robot que dá abraços.<br />

Para iniciar este projeto e <strong>de</strong>spertar i<strong>de</strong>ias das crianças optámos por<br />

apresentar “ A história do meu amigo” do livro “ Ter i<strong>de</strong>ias para<br />

mudar o mundo” (CEAN, 2009).<br />

Após esta leitura foi pedido às crianças que, individualmente, e<br />

através dos <strong>de</strong>senhos, <strong>de</strong>monstrassem as suas i<strong>de</strong>ias, para<br />

implementarem algo novo na sala ou na escola. Essas i<strong>de</strong>ias foram<br />

colocadas numa árvore intitulada <strong>de</strong> “A Árvore dos Sonhos” e<br />

posteriormente apresentadas, por cada um, ao grupo.<br />

Depois <strong>de</strong> apresentadas i<strong>de</strong>ias diversificadas e muito interessantes<br />

como robots, canteiro <strong>de</strong> flores, balancé, carros, animais surgiu<br />

numa maioria e em consenso entre o grupo, o projeto do “ Robot”.<br />

Mas queriam um robot para fazer alguma coisa.<br />

Em conjunto, o grupo <strong>de</strong>cidiu que o robot ia dar abraço e/ou<br />

“miminhos”.<br />

Por último e não menos importante, foi necessário escolher o nome.<br />

Através <strong>de</strong> uma votação o nome do Robot foi escolhido: “Fofinho”.<br />

Inicialmente, iríamos construir um robot que <strong>de</strong>sse abraços <strong>de</strong> forma<br />

autónoma. No entanto, por falta <strong>de</strong> conhecimentos técnicos,<br />

optámos por serem as próprias crianças a dar os abraços.<br />

Esta i<strong>de</strong>ia foi recebida pelo grupo com muito entusiasmo,<br />

fascinando-lhes a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem ser eles a encarnar a<br />

personagem do robot que dá abraços.<br />

Assim, <strong>de</strong>mos início à construção do protótipo e do robot.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Etapas:<br />

1.ª etapa: Após a apresentação da árvore dos sonhos, o grupo teve oportunida<strong>de</strong><br />

para refletir sobre as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> todas as crianças e, em consenso elegeram uma.<br />

Este sonho – Robot - foi o mais abordado, nos <strong>de</strong>senhos, por isso o mais votado.<br />

2.ª etapa: Com o projeto em mente, houve um diálogo com o grupo <strong>de</strong> crianças,<br />

para <strong>de</strong>cidir quais os materiais necessários para a construção do robot.<br />

As crianças escolheram materiais com texturas diversas, macias e “fofas” como<br />

por exemplo algodão e “pêlo” <strong>de</strong> peluche. Contudo estavam conscientes <strong>de</strong> que<br />

era necessário uma estrutura consistente para o corpo do robot. Refletiram sobre<br />

que materiais usar e optaram pelo cartão. Relativamente ao tamanho, a i<strong>de</strong>ia seria<br />

apenas ser mais pequeno que o robot em si, porém foi uma surpresa quando o<br />

grupo percebeu que a criança mais pequena da sala conseguia vestir o protótipo.<br />

É importante referir que para esta etapa o grupo <strong>de</strong> crianças teve a preocupação<br />

em escolher materiais usados e recicláveis, e como tal os pais cooperaram<br />

significativamente para isso, fornecendo os materiais necessários.<br />

3.ª etapa: Construída a estrutura do corpo do protótipo, as estagiárias<br />

questionaram as crianças sobre as formas que o robot iria ter nos olhos e na boca.<br />

A maioria <strong>de</strong>cidiu que os olhos seriam triângulos e a boca um retângulo.<br />

4.ª etapa: Esta etapa foi <strong>de</strong>dicada à pintura do protótipo. Discutiram sobre as<br />

cores a escolher. Optaram pelo vermelho, azul, amarelo, ver<strong>de</strong>, cor <strong>de</strong> laranja e<br />

cor <strong>de</strong> rosa.<br />

A mistura para obter as cores secundárias foi realizada pelas crianças <strong>de</strong> modo a<br />

consolidar conhecimentos já adquiridos em implementações anteriores.<br />

5.ª etapa: Com a construção do protótipo do robot foi possível perceber as nossas<br />

limitações na concretização da parte técnica, mais concretamente na sua<br />

movimentação. A i<strong>de</strong>ia original era tentar arranjar uma maneira <strong>de</strong> o robot ter uns<br />

braços longos, que tivessem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer o movimento <strong>de</strong> abrir e fechar<br />

(dar abraços) mas por falta <strong>de</strong> conhecimentos técnicos surgiu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> as<br />

próprias crianças serem o robot que dá abraços.<br />

6.ª etapa: Com tudo encaminhado, <strong>de</strong>mos início à última etapa, a construção do<br />

robot. Sendo o grupo muito heterogéneo a nível <strong>de</strong> alturas, <strong>de</strong>cidiu-se, em<br />

conversa com as crianças, que o tamanho do projeto do robot que dá abraços<br />

<strong>de</strong>veria ser da criança mais alta da sala, servindo assim a todo o grupo.<br />

O robot irá ficar na sala 2, sendo utilizado pelo chefe do dia, no final do dia, para<br />

dar abraços a todos as crianças.<br />

É <strong>de</strong> salientar, e conforme as evidências, a felicida<strong>de</strong> dos pequenos<br />

empreen<strong>de</strong>dores na realização <strong>de</strong>ste projeto.<br />

3. Ação em Balanço<br />

Concluído o projeto, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância referir que este teve um<br />

gran<strong>de</strong> envolvimento do grupo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mais pequena i<strong>de</strong>ia até à<br />

sua concretização, pelo simples facto <strong>de</strong> este projeto ser realizado<br />

por e para o grupo. Foi <strong>de</strong>senvolvido com maior interesse, pois as<br />

crianças po<strong>de</strong>rão usufruir do robot.<br />

Através <strong>de</strong>ste projeto foi nos possível trabalhar conceitos como<br />

trabalho em equipa, o ser empreen<strong>de</strong>dor, os colaboradores, a<br />

criativida<strong>de</strong>, as cores primárias e secundárias, as texturas, formas<br />

geométricas, a união do grupo, e essencialmente a atitu<strong>de</strong> positiva.<br />

Para além disso, <strong>de</strong>senvolveram capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planeamento ,<br />

organização, empenho e <strong>de</strong>dicação.<br />

Com este projeto concluído, e com mais uma etapa terminada é<br />

importante agra<strong>de</strong>cer a quem contribuiu para a concretização <strong>de</strong><br />

todas as i<strong>de</strong>ias e materiais. À Educadora Dulce Gonçalves, por todo<br />

o carinho e incentivo ao longo <strong>de</strong>ste percurso. Aos pais, por todos<br />

os materiais fornecidos e, por estarem sempre prontos a ajudar.<br />

“ O sucesso começa com um sonho. Do sonho para a meta, da meta<br />

para a disciplina, da disciplina para a persistência e da persistência<br />

para a conquista.”<br />

Autor <strong>de</strong>sconhecido


O parque dos pimpolhos<br />

Cláudia Martins e Sara Pereira, Educadora Diana Miguel e Auxiliares Ivone Rio e Marisa Cunha<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância nº1 da Abelheira (Cogumelo)<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Nível <strong>de</strong> ensino – Pré-Escolar<br />

Nº <strong>de</strong> crianças envolvidas – 20<br />

19 (3 anos) e 1 (2 anos)<br />

Este projeto foi implementado no Jardim <strong>de</strong> Infância nº 1 da<br />

Abelheira (Cogumelo), <strong>de</strong> Viana do Castelo, pertencente ao<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas da Abelheira. Baseou-se nas etapas<br />

referidas no manual “Educação empreen<strong>de</strong>dora: caminhos para a<br />

concretização <strong>de</strong> sonhos” dos autores Lina Fonseca, Gabriela<br />

Barbosa, Teresa Gonçalves, Ana Barbosa, Ana Peixoto e Francisco<br />

Trabulo.<br />

A primeira fase <strong>de</strong>scrita no manual “Estimulo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias” iniciou-se<br />

com a leitura da história intitulada “A História do meu amigo” (CEAN,<br />

2009). No final da leitura as crianças foram questionadas sobre os<br />

seus sonhos, o que <strong>de</strong>u origem a um diálogo repleto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias para<br />

o projeto. Por conseguinte foi-lhes pedido para representar o sonho<br />

num <strong>de</strong>senho. A maior parte das crianças <strong>de</strong>senhou um parque e<br />

um jogo <strong>de</strong> futebol, mas também tínhamos outros sonhos, como:<br />

• Ir ao estádio do Benfica;<br />

• Brincar com um mostro;<br />

• Brincar com os pais;<br />

Todos os sonhos foram partilhados e, num breve diálogo,<br />

escolhemos então qual seria o nosso projeto, pois todas as crianças<br />

teriam <strong>de</strong> concordar, e, por unanimida<strong>de</strong> surgiu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> juntar dois<br />

sonhos: a ida ao parque e o jogo <strong>de</strong> futebol. A i<strong>de</strong>ia inicial era a<br />

<strong>de</strong>slocação do grupo a um parque infantil da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Viana do<br />

Castelo em que po<strong>de</strong>riam brincar e fazer um jogo <strong>de</strong> futebol, porém<br />

tivemos conhecimento que a sala tinha um espaço exterior sem uso<br />

que po<strong>de</strong>ria ser utilizado para construir um parque, contemplando<br />

assim todas as i<strong>de</strong>ias do grupo e on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>riam jogar futebol.<br />

Depois <strong>de</strong> um diálogo com o grupo ficou então <strong>de</strong>cidido que o<br />

projeto iria ser a construção <strong>de</strong> um parque no espaço exterior<br />

adjacente a sala.<br />

Quanto à escolha do nome do projeto, surgiram várias i<strong>de</strong>ias pelo<br />

que foi proposto a realização <strong>de</strong> uma votação, em que o nome<br />

escolhido foi “O parque dos pimpolhos”.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Depois <strong>de</strong> se ter <strong>de</strong>finido o projeto a <strong>de</strong>senvolver pelo grupo<br />

começaram a surgir algumas questões sobre as necessida<strong>de</strong>s e<br />

particularida<strong>de</strong>s a ele associadas. Registaram-se e organizaram-se algumas<br />

informações importantes:<br />

<strong>de</strong> que materiais precisamos;<br />

on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>remos ir buscar esses materiais;<br />

quem nos po<strong>de</strong> ajudar;<br />

o que vamos contruir;<br />

qual será a organização do parque;<br />

o que precisamos <strong>de</strong> fazer antes da construção.<br />

Inicialmente, foi necessário pedir o apoio da Junta <strong>de</strong> Freguesia da<br />

Abelheira para colocar uma vedação numa das laterais do parque para que<br />

este ficasse mais seguro e resguardado, criando um sitio on<strong>de</strong> as crianças<br />

pu<strong>de</strong>ssem brincar livremente.<br />

O passo seguinte foi a <strong>de</strong>cisão sobre qual seria o material utilizado<br />

para a construção do parque, em que a i<strong>de</strong>ia inicial foi a reutilização <strong>de</strong><br />

paletes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Esta i<strong>de</strong>ia não se concretizou, pois algumas das paletes<br />

po<strong>de</strong>riam conter farpas e as crianças po<strong>de</strong>riam magoar-se ao brincar com<br />

este material. Surgiu então a i<strong>de</strong>ia da reutilização <strong>de</strong> pneus, que foi logo<br />

aceite por se tratar <strong>de</strong> um material que daria para construir várias partes do<br />

parque.<br />

Com o material escolhido, o próximo passo foi a escolha do que iriamos<br />

construir, utilizando os pneus. Para isso, foram apresentadas diversas<br />

imagens ao grupo com i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> objetos, referentes a parques, construídos<br />

com pneus. Em diálogo ficou <strong>de</strong>cidido que iriamos contruir um túnel, um<br />

baloiço, floreiras e um percurso. No entanto, o grupo também referiu a<br />

construção <strong>de</strong> uma casinha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Depois das i<strong>de</strong>ias tivemos <strong>de</strong><br />

procurar soluções para a sua construção, como por exemplo:<br />

on<strong>de</strong> vamos buscar os pneus;<br />

com que material vamos construir a casinha;<br />

quem po<strong>de</strong> ajudar na sua construção.<br />

Pedimos então o apoio da oficina Rocha Pneus, localizada em Viana<br />

do Castelo, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo nos forneceu todos os pneus necessários para a<br />

realização do projeto. Quanto à casinha optamos por utilizar paletes que a<br />

Educadora possuía feitas <strong>de</strong> uma ma<strong>de</strong>ira que possuía poucas farpas. Para a<br />

sua construção <strong>de</strong>cidimos pedir auxilio, mais uma vez, a Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />

da Abelheira que por sua vez pediu a participação <strong>de</strong> um carpinteiro da<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo.<br />

Iniciou-se a pintura dos pneus com restos <strong>de</strong> tintas que tínhamos em<br />

casa. No momento <strong>de</strong> colocar “as mãos à obra” as crianças ficaram muito<br />

entusiasmadas. A pintura da casinha foi realizada com tintas que um pai <strong>de</strong><br />

uma criança forneceu. Num segundo momento as crianças também<br />

proce<strong>de</strong>ram à limpeza do espaço retirando todas as folhas.<br />

Por fim, a montagem do parque ficou à responsabilida<strong>de</strong> das<br />

estagiárias, pois tratava-se <strong>de</strong> um momento em que iam ser utilizadas<br />

ferramentas <strong>de</strong> corte, bem como enxadas e braça<strong>de</strong>iras, o que tornava<br />

perigoso para as crianças. Sendo que, a cada passo as crianças vinham até à<br />

construção dar o seu feedback.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto “O parque dos pimpolhos” constituiu uma<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem muito rica para as crianças. Foi<br />

um projeto que envolveu vários colaboradores, o Rocha Pneus, a<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia da Abelheira, o carpinteiro da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo, bem como os pais que sempre<br />

<strong>de</strong>monstraram apoio e disponibilida<strong>de</strong>s para ajudar.<br />

A realização <strong>de</strong>ste projeto estimulou várias aptidões no<br />

grupo, tais como: a criativida<strong>de</strong>, a cooperação em grupo, o<br />

diálogo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planear, <strong>de</strong> partilhar as i<strong>de</strong>ias e saber<br />

escutar.<br />

Foi um processo que <strong>de</strong>correu com muita orientação e<br />

acompanhamento das estagiárias. No entanto o grupo participou<br />

em todas as <strong>de</strong>cisões e <strong>de</strong>monstrou um gran<strong>de</strong> interesse na<br />

construção do parque.<br />

Terminado o projeto, é <strong>de</strong> salientar a importância da<br />

reutilização <strong>de</strong> um espaço que anteriormente não era usado e<br />

agora toda a comunida<strong>de</strong> escolar po<strong>de</strong> usufruir.<br />

Como conclusão, é necessário agra<strong>de</strong>cer a todos os<br />

colaboradores, aos familiares das crianças, à comunida<strong>de</strong> escolar<br />

e à Educadora Diana que fizeram com que este sonho se<br />

tornasse realida<strong>de</strong>.


Piquenique <strong>de</strong> Príncipes e Princesas<br />

Sílvia Pereira e Tânia Rodrigues, Educadora Aida Florbela, Auxiliar <strong>de</strong> Educação Valentina Carvalhido<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância nº1 da Abelheira<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Nível <strong>de</strong> Ensino – Pré-Escolar<br />

Ѻ <strong>de</strong> Crianças – 25<br />

4 anos (1); 5 anos (21); 6 anos (3)<br />

O nosso projeto <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo teve como ponto <strong>de</strong> partida<br />

um estímulo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias através da apresentação da história “ A<br />

história do meu amigo” do livro “ Ter i<strong>de</strong>ias para mudar o mundo”<br />

(CEAN, 2009).<br />

Depois <strong>de</strong> feita a leitura da história e questionadas as crianças<br />

acerca da mesma, foi-lhes pedido que fizessem um <strong>de</strong>senho com<br />

as suas próprias i<strong>de</strong>ias e vonta<strong>de</strong>s para realizar <strong>de</strong>ntro ou fora da<br />

sua escola.<br />

Assim que apresentaram as suas i<strong>de</strong>ias foi possível observar que<br />

existiam i<strong>de</strong>ias parecidas:<br />

- Realizar um piquenique;<br />

- Construir Castelos;<br />

- Construir jogos;<br />

- Construir coisas relacionadas com Princesas.<br />

Ao reunir as crianças, cada uma foi apresentando os seus <strong>de</strong>senhos<br />

e em grupo ficou <strong>de</strong>cidido que iriamos organizar um piquenique.<br />

Foi proposto às crianças dar um nome ao nosso piquenique. “O<br />

piquenique dos príncipes e das princesas” foi então o nome<br />

escolhido pelo grupo, pois este tema das princesas e dos príncipes<br />

é bastante apreciado pelo grupo.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Definido o projeto as crianças foram <strong>de</strong>safiadas a <strong>de</strong>senhar tudo o<br />

que era necessário para o concretizar. Desenharam mesas, comida,<br />

bebida, o ambiente exterior (árvores, sol, pássaros), ou seja, tudo<br />

que envolve um piquenique.<br />

Depois do nome estar escolhido, as i<strong>de</strong>ias das crianças começaram<br />

a surgir, e foi aí que foi proposto realizar coroas para cada um <strong>de</strong>les<br />

e castelos dos seus tamanhos para po<strong>de</strong>rem entrar e sair enquanto<br />

brincam.<br />

Com todas estas i<strong>de</strong>ias já prontas para colocar em ação, faltava o<br />

mais importante: o local para o piquenique.<br />

Foi nesta fase que questionamos ao grupo on<strong>de</strong> gostariam <strong>de</strong> o<br />

realizer, ao qual uma criança respon<strong>de</strong>u: “Na ESE, eu fiz lá a minha<br />

festa <strong>de</strong> anos”. Todas as restantes crianças concordaram com a<br />

i<strong>de</strong>ia, mostrando entusiasmo.<br />

Sendo que não foi possível levar uma criança junto do diretor da<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação (ESE-IPVC) para pedir a autorização<br />

para utilização do espaço, fomos nós próprías que formulamos um<br />

pedido formal para a direção da ESE-IPVC.<br />

Relativamente à comida para o piquenique, foi em grupo que tudo foi<br />

<strong>de</strong>cidido. Pediram pão, batatas fritas, pizzas, sumos <strong>de</strong> variados<br />

sabores, hamburgures, entre outros. Como é normal, não foi<br />

possível satisfazer os <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> todas as crianças, sendo que<br />

tivemos que optar por alguns. A comida eleita foi: pão com carne que<br />

o próprio jardim forneceria, batatas fritas, bolo mármore, pipocas e<br />

sumos <strong>de</strong> laranja e limão.<br />

Tivemos a ajuda <strong>de</strong> alguns colaboradores, como por exemplo, o pão<br />

e as batatas fritas foram oferecidas pelo Café Vitral <strong>de</strong> Viana do<br />

Castelo, as laranjas e os limões para os sumos foram os próprios<br />

pais das crianças que ao longo da semana foram trazendo, a pedido<br />

das educadoras estagiárias, e por ultimo, a comida para colocar no<br />

pão para o almoço foi o pro´próprio Jardim <strong>de</strong> Infânica Nº 1 da<br />

Abelheira que forneceu. Nós, enquanto estagiárias <strong>de</strong>cidimos<br />

comprar as pipocas pois foi o que as crianças mais estavam<br />

<strong>de</strong>sejosas <strong>de</strong> comer no piquenique.<br />

Numa tentativa <strong>de</strong> tornar o piquenique mais dinâmico, fomos<br />

pedindo às crianças para falarem com os pais para estes lhes darem<br />

i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> jogos tradicionais. Todas as semanas iamos relembrando e<br />

explicando o que eram ao certo jogos tradicionais para as crianças<br />

ficarem mais familarizadas com o termo.<br />

Com a lista dos jogos já pronta, o grupo, juntamente com as<br />

educadoras estagiárias, começaram a construção dos mesmos, com<br />

material usado (garrafas <strong>de</strong> plástico vazias, copos <strong>de</strong> plástico,<br />

trapos, entre outros).<br />

No dia do piquenique estavam todos bastante entusiasmados e<br />

felizes, fazendo aquele dia tornar-se muito especial para todos.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O Projeto “Piquenique <strong>de</strong> Príncipes e Princesas” <strong>de</strong>senvolveu no<br />

grupo capacida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras, tais como o censo crítico e a<br />

responsabilida<strong>de</strong>, e ainda a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas<br />

que foram aparecendo, tal como as condições meteorológicas. Isto<br />

foi notório através da capacida<strong>de</strong> da escolha <strong>de</strong> um local abrigado,<br />

uma vez que as condições meteorológicas po<strong>de</strong>riam pôr em causa<br />

o projeto.<br />

O projeto teve um gran<strong>de</strong> impacto no grupo, porque o piquenique<br />

era algo referido em diversas alturas e também era notório o seu<br />

interesse graças ao envolvimento em todas as etapas do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do projeto.<br />

Este projeto permitiu ainda trabalhar questões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância para o grupo em questão, como é o caso da criativida<strong>de</strong><br />

e do trabalho colaborativo, da responsablida<strong>de</strong> e da partilha.<br />

Além <strong>de</strong> tudo isto, o grupo conseguiu ainda <strong>de</strong>senvolver um gran<strong>de</strong><br />

espírito empreen<strong>de</strong>dor, notório na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterar pequenas<br />

coisas, como o espaço, sem com isso fugir do plano inicial, que era<br />

o que à partida se procurava com o projeto em causa.<br />

É ainda <strong>de</strong> referir a importância da colaboração dos pais, que se<br />

mostraram prontos a colaborar para a concretização do piquenique.<br />

O “Piquenique <strong>de</strong> Príncipes e Princesas” acabou por ser um gran<strong>de</strong><br />

sucesso graças ao empenho, interesse e capacida<strong>de</strong><br />

empreen<strong>de</strong>dora <strong>de</strong>stas crianças que nunca <strong>de</strong>sanimaram com a<br />

maior adversida<strong>de</strong> que acabou por ser as condições<br />

meteorológicas, como já referido, tendo optado por realizer o<br />

piquenique como planeado, porém no ginásio do Jardim <strong>de</strong> Infância.<br />

Todos os nossos sonhos po<strong>de</strong>m<br />

tornar–se realida<strong>de</strong> se tivermos a<br />

coragem <strong>de</strong> segui los.<br />

Walt Disney<br />

O trabalho <strong>de</strong>senvolvido foi sempre ao encontro dos gostos das<br />

crianças, através da escolha <strong>de</strong> materiais e cores feitos em conjunto<br />

com todas elas.<br />

Este foi um Projeto que lhes permitiu trabalhar diversas técnicas, tal<br />

como o recorte, pintura e a colagem.


A Pista <strong>de</strong> Carros do Grupo C<br />

Projeto da Pista <strong>de</strong> Carros<br />

Ana Luísa Lopes e Marina Gonçalves – Educadora Graça Cavaleiro - Assistente Operacional Ana Moreira<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Monserrate - Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Monserrate<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Nível <strong>de</strong> Ensino – Pré Escolar<br />

Nº <strong>de</strong> crianças envolvidas – 20:<br />

2 (3 anos); 11 (4 anos); 6 (5 anos); 1 (6 anos)<br />

O projeto da Pista <strong>de</strong> Carros foi <strong>de</strong>senvolvido tendo por base o<br />

manual “Educação Empreen<strong>de</strong>dora: caminhos para a concretização<br />

<strong>de</strong> sonhos”, e contou com o apoio e cor<strong>de</strong>nação da Doutora Lina<br />

Fonseca.<br />

Numa primeira etapa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ouvirem a história do Urso Miguel –<br />

personagem fictícia, as crianças foram incitadas a pensar/imaginar<br />

que sonhos gostavam que se realizassem.<br />

Logo <strong>de</strong> seguida, proce<strong>de</strong>u-se ao registo gráfico, individual, <strong>de</strong>sses<br />

sonhos. No momento da partilha e do diálogo, as i<strong>de</strong>ias<br />

fervilharam…<br />

Por maioria, o grupo <strong>de</strong>cidiu que o projeto central seria a construção<br />

<strong>de</strong> uma Pista <strong>de</strong> Carros. Depois <strong>de</strong> uma breve discussão, só fazia<br />

sentido dar-lhe um nome, e por unanimida<strong>de</strong> surgiu “A Pista <strong>de</strong><br />

Carros do Grupo C”.<br />

Com alguma ajuda da Educadora, elegemos alguns lí<strong>de</strong>res do<br />

nosso projeto: Carolina (5 anos), Maria (5 anos) e Daniel (6 anos),<br />

que participaram em todo o projeto com muito empenho e ânimo.<br />

Todo o trabalho se <strong>de</strong>senvolveu tendo por base as i<strong>de</strong>ias das<br />

crianças, que sempre se mostraram entusiasmadas e envolvidas em<br />

todos as fases <strong>de</strong> construção da pista.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Toda a i<strong>de</strong>alização e construção do projeto foi feito ao longo <strong>de</strong> diferentes<br />

momentos.<br />

Num primeiro momento, o grupo teve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber e<br />

organizar as várias informações: o que precisamos <strong>de</strong> construir na nossa<br />

pista; com que materiais; quem nos po<strong>de</strong> ajudar e o principal - como e<br />

on<strong>de</strong> a vamos construir.<br />

A principal matéria-prima escolhida para concretizar o projeto foi a ma<strong>de</strong>ira.<br />

Para nos ajudar a consegui-la, recorremos a uma colaboradora -<br />

funcionária da comunida<strong>de</strong> escolar - que prontamente nos ajudou,<br />

indicando o contacto <strong>de</strong> um familiar seu, que era carpinteiro.<br />

Num segundo momento, foram planeados os carros.<br />

Como os fazer? Que mo<strong>de</strong>los seguir?<br />

Foram questões discutidas. Tomadas as <strong>de</strong>cisões, foram construídos e<br />

<strong>de</strong>corados os carros. Usaram-se pacotes, palhas <strong>de</strong> leite e tampas <strong>de</strong><br />

plástico.<br />

Com o <strong>de</strong>senrolar do projeto, foram aparecendo mais e novas i<strong>de</strong>ias –<br />

sinais <strong>de</strong> trânsito, relva para o jardim, bancos <strong>de</strong> jardim, árvores, pais,<br />

mães e filhos, que com a <strong>de</strong>vida explicação, exploração e construção com<br />

materiais da sala, foram sempre adicionados ao protótipo e à pista <strong>de</strong><br />

carros.<br />

Como nenhuma pista, é uma verda<strong>de</strong>ira pista sem sinais <strong>de</strong> trânsito, e é<br />

necessário saber interpretá-los, contámos com um gran<strong>de</strong> colaborador - a<br />

PSP - que se prontificou a realizar uma ação <strong>de</strong> sensibilização sobre a<br />

segurança rodoviária e os sinais <strong>de</strong> trânsito.<br />

Para cobrir o centro da pista <strong>de</strong>cidiram usar relva. Verda<strong>de</strong>ira! Era preciso<br />

arranjar relva. Se fossem retirar um bocado <strong>de</strong> relva do jardim, ela em<br />

pouco tempo morreria. Perceberam que na pista não se po<strong>de</strong> ter relva <strong>de</strong><br />

jardim verda<strong>de</strong>ira, as crianças inventaram o termo, “relva <strong>de</strong> mentira”.<br />

On<strong>de</strong> arranjar? Foram às compras numa drogaria, com o dinheiro do<br />

cantar das janeiras. Já na drogaria, pediram-na à Dona Filomena. Depois<br />

<strong>de</strong> cortada e paga, as crianças levaram a tão <strong>de</strong>sejada “relva <strong>de</strong> mentira”<br />

para a pista.<br />

Mas os gran<strong>de</strong>s e valiosos colaboradores não acabam por aqui.<br />

Qualquer autêntica pista <strong>de</strong> seu nome, <strong>de</strong>ve ser inaugurada!<br />

Para a inaugurar precisávamos <strong>de</strong> algo especial e em gran<strong>de</strong> – balões!<br />

Mas não po<strong>de</strong> ser qualquer tipo <strong>de</strong> balões. Para os ajudar pensaram em<br />

alguém que tivesse os balões e os pu<strong>de</strong>sse oferecer. Todas as cabeças<br />

foram pensadoras e chegaram à empresa Continente. Através <strong>de</strong> uma<br />

carta feita em pictograma as crianças pediram para a inauguração da pista,<br />

20 balões e o gás hélio. Numa resposta quase imediata o Continente logo<br />

se prontificou a oferecer o nosso pedido.<br />

Como todos os gran<strong>de</strong>s projetos enfrentam dificulda<strong>de</strong>s este não foi<br />

exceção, a questão do tempo e da inexperiência <strong>de</strong> comunicar e partilhar<br />

i<strong>de</strong>ias foram dificulda<strong>de</strong>s que em conjunto tentamos ultrapassar.<br />

Quando todo o projeto ficou concluído, divulgámos e convidámos todos os<br />

pais para a <strong>de</strong>vida inauguração.<br />

3. Ação em Balanço<br />

A realização <strong>de</strong>ste projeto teve um impacto explêndido em todo o<br />

grupo, que logo se traduziu num imediato envolvimento das<br />

crianças, que assim pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>senvolver a sua imaginação e<br />

diversas competências empreen<strong>de</strong>doras, tais como ter e partilhar<br />

i<strong>de</strong>ias, comunicar, trabalhar com os outros, agregar colaboradores e<br />

enfrentar <strong>de</strong>safios.<br />

Este projeto <strong>de</strong>u a oportunida<strong>de</strong> a um gran<strong>de</strong> trabalho colaborativo<br />

e potenciou a criação <strong>de</strong> diferentes capacida<strong>de</strong>s: <strong>de</strong> planeamento,<br />

organização, partilha e estratégias para ultrapassar as mais diversas<br />

adversida<strong>de</strong>s.<br />

Com o <strong>de</strong>correr da construção da Pista <strong>de</strong> Carros, vimos um grupo<br />

trabalhador, enstuasiamado e interessado, na construção e no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as fases alicerçadas a este gran<strong>de</strong><br />

projeto.<br />

A Pista <strong>de</strong> Carros do Grupo C é agora uma área integrante das área<br />

<strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>iras livres, on<strong>de</strong> as crianças têm a oportunida<strong>de</strong> para<br />

<strong>de</strong>senvolver as mais variadas atitu<strong>de</strong>s e valores face a si, e ao<br />

próximo.<br />

Apesar <strong>de</strong> alguns obstáculos que foram surgindo com o <strong>de</strong>senrolar<br />

do projeto, todo o grupo <strong>de</strong>monstrou gosto e vonta<strong>de</strong> em querer<br />

construir e apren<strong>de</strong>r - nunca <strong>de</strong>sistiram do seu gran<strong>de</strong> e verda<strong>de</strong>iro<br />

sonho – a construção <strong>de</strong> uma pista <strong>de</strong> carros. Comprovaram e<br />

<strong>de</strong>monstraram uma das suas gran<strong>de</strong>s e múltiplas capacida<strong>de</strong>s -<br />

crianças empreen<strong>de</strong>doras.<br />

“ Um sonho sonhado sozinho é um sonho.<br />

Um sonho sonhado junto é realida<strong>de</strong>”<br />

Yoko Ono


Vem Brincar Comigo à Noite na Escola!<br />

Andreia Figueiredo e Cátia Santos – Educadora Graça Rocha – Assistente Operacional Zeza<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Monserrate<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Nível <strong>de</strong> ensino – Pré-escolar<br />

Nº <strong>de</strong> crianças envolvidas – 25<br />

8 (3 anos); 2 (4 anos); 15 (5 anos); 1 (6 anos)<br />

Este projeto seguiu como linha orientadora o manual “Educação<br />

Empreen<strong>de</strong>dora: caminhos para a concretização <strong>de</strong> sonhos”.<br />

Como ponto <strong>de</strong> partida, utilizamos a leitura <strong>de</strong> um capítulo do livro<br />

“Um botão invisível”, inserido na missão do Dia do Pijama, para<br />

apresentarmos às crianças a árvore dos sonhos, árvore esta, que<br />

realizava todos os sonhos que lá fossem colocados. De seguida,<br />

<strong>de</strong>safiamos as nossas crianças a <strong>de</strong>senharem o sonho que queriam<br />

ver concretizado na sua escola.<br />

Num posterior momento <strong>de</strong> partilha, em que cada criança falou<br />

acerca do seu sonho, foi quase que automático o processo <strong>de</strong><br />

ligação e associação dos mais variados sonhos em sonhos<br />

comuns:<br />

- Fazer um baloiço em forma <strong>de</strong> nuvem;<br />

- Fazer <strong>de</strong>senhos e histórias;<br />

- Dormir na escola;<br />

- Brincar numa piscina <strong>de</strong> bolas;<br />

- Comer com os amigos;<br />

- Ser felizes;<br />

A partir da análise do agrupamento <strong>de</strong>stes sonhos e, <strong>de</strong> forma<br />

intuitiva, as crianças perceberam que era possível juntar todos num<br />

só sonho, nascendo assim, o projeto “Vem Brincar Comigo à Noite<br />

na Escola”. É <strong>de</strong> salientar que, a escolha do nome foi realizada<br />

através <strong>de</strong> votação on<strong>de</strong> todas as crianças pu<strong>de</strong>ram dar o seu<br />

contributo.<br />

Des<strong>de</strong> logo a M. (6 anos) se assumiu como lí<strong>de</strong>r do projeto, uma<br />

vez que este sonho partiu, em gran<strong>de</strong> parte, da sua imaginação.<br />

Apesar da vonta<strong>de</strong> que tinha para assumir esta função, foi<br />

necessário nomear uma outra criança, o F. (5 anos), para a ajudar<br />

no cumprimento das suas funções pois, por timi<strong>de</strong>z, nem sempre<br />

era capaz <strong>de</strong> se expressar/ agir perante terceiros.<br />

Todo o percurso <strong>de</strong>senvolvido ao longo do projeto procurou ir ao<br />

encontro das preferências e necessida<strong>de</strong>s das crianças. Houve<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar estratégias <strong>de</strong> negociação e <strong>de</strong><br />

compromisso para que conseguissem, mais facilmente e <strong>de</strong> forma<br />

autónoma, ir avançando no projeto.<br />

Para além disso, um trabalho <strong>de</strong>sta envergadura, permitiu às<br />

crianças diversas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho colaborativo, resolução<br />

<strong>de</strong> problemas e adoção <strong>de</strong> diferentes estratégias e, ainda, contacto<br />

direto com vários colaboradores.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Com o início do projeto surgiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> registar e<br />

organizar algumas informações relevantes: O que vamos fazer?<br />

Como vamos fazer? Quem nos po<strong>de</strong> ajudar? Quando vamos<br />

fazer?. Desta forma, foi construída a narrativa do projeto, um<br />

excelente recurso <strong>de</strong> organização e planeamento. Seguindo-se,<br />

numa segunda fase, e praticamente com as mesmas funções, o<br />

preenchimento da ferramenta <strong>de</strong> planeamento e avaliação.<br />

Para clarear as i<strong>de</strong>ias e, como forma <strong>de</strong> auxiliar a explicação do<br />

projeto junto dos colaboradores, foi construído um protótipo fiel do<br />

pretendido e, um pequeno ví<strong>de</strong>o revelador da vonta<strong>de</strong> e do<br />

envolvimento <strong>de</strong> todos neste projeto.<br />

Após ouvirmos um “sim” consistente <strong>de</strong> todos os pais na reunião,<br />

e, <strong>de</strong> ouvirmos um “é possível <strong>de</strong> concretizar, contudo não ficando<br />

até tão tar<strong>de</strong> na escola” da coor<strong>de</strong>nadora, partimos para a<br />

preparação do dia e <strong>de</strong> tudo o que isso envolveria: construção <strong>de</strong><br />

um baloiço, criação e ilustração <strong>de</strong> uma história, <strong>de</strong>cisão sobre<br />

quais os ingredientes a utilizar na pizza e, como arranjar as bolas<br />

para a piscina <strong>de</strong> bolas.<br />

Como tudo isto envolveria custos, surgiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

angariar fundos. Como? As crianças facilmente apresentaram a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> organizar uma lojinha com produtos feitos inteiramente<br />

por si: bolas antisstress, bolos, bolachas, postais, quadros,<br />

calendários, fotografias artísticas , etc.. Ainda nesta fase, surgiu<br />

como colaboradora da lojinha, uma das três fundadoras do Museu<br />

da Fábrica do Chocolate, a mãe da L., que rapidamente se<br />

prontificou a fornecer-nos chocolates para colocarmos à venda,<br />

sendo que, para tal, <strong>de</strong>slocamo-nos ao museu para uma breve<br />

visita e, também, para os trazermos.<br />

Tal como a mãe da L., muitos outros foram os colaboradores que<br />

se foram juntando a nós – o pai do F. que nos disponibilizou as<br />

bolas para a piscina; a mãe da B. que preparou o molho para a<br />

base da pizza; e, toda a comunida<strong>de</strong> escolar que foi vendo a<br />

publicida<strong>de</strong> colocada pelo recinto escolar e se envolveu<br />

ativamente na lojinha. Ainda como um último colaborador, tivemos<br />

a ajuda da carpintaria Vital que, atenciosamente, nos forneceu a<br />

tábua para o nosso baloiço. Aproveitámos, o ir buscar a tábua,<br />

para ficarmos também a conhecer um pouco mais sobre tal<br />

profissão.<br />

No <strong>de</strong>correr do projeto as crianças tiveram ainda a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecer uma drogaria ao irem comprar as cordas para o<br />

baloiço e, uma mercearia ao irem comprar os ingredientes,<br />

previamente escolhidos por si em gran<strong>de</strong> roda, para a pizza.<br />

Após muito trabalho, esforço e <strong>de</strong>dicação, com tudo preparado<br />

para o gran<strong>de</strong> dia - 26 <strong>de</strong> janeiro – o entusiasmo e o brilho nos<br />

olhos das nossas crianças foram constantes até ao final da noite!<br />

3. Ação em Balanço<br />

A concretização <strong>de</strong>ste projeto teve um gran<strong>de</strong> impacto sobre todo o<br />

grupo. Traduziu-se num envolvimento impressionante <strong>de</strong> todas as<br />

crianças, que foram, <strong>de</strong> forma muito natural, <strong>de</strong>senvolvendo<br />

competências empreen<strong>de</strong>doras e criativas.<br />

O “Vem Brincar Comigo à Noite na Escola” não só se revelou num<br />

forte estimulante <strong>de</strong> momentos <strong>de</strong> trabalho colaborativo, como<br />

permitiu também, que as crianças fossem <strong>de</strong>senvolvendo<br />

capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planeamento, organização, negociação,<br />

responsabilida<strong>de</strong>, partilha e <strong>de</strong> criação/implementação <strong>de</strong><br />

estratégias para ultrapassar obstáculos.<br />

No <strong>de</strong>correr do projeto vimos crescer um grupo extremamente<br />

trabalhador, empenhado e motivado em tudo ao que o seu sonho<br />

comum dizia respeito.<br />

Este, revelou-se ainda, um projeto riquíssimo, na medida em que<br />

nos permitiu trabalhar várias temáticas, nomeadamente, a literacia<br />

financeira, as questões da física envolvendo o baloiço, as diferentes<br />

misturas associadas às receitas, o <strong>de</strong>senvolvimento e expansão <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong>s plásticas e, o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e interpessoal<br />

<strong>de</strong> todo o grupo, <strong>de</strong>ixando ressaltar valores como a cooperação e a<br />

entreajuda.<br />

Por fim, salientamos apenas, aquando do final do projeto, a notória<br />

mudança <strong>de</strong> pensamento e comportamento das crianças no que à<br />

questão do dinheiro diz respeito, sendo evi<strong>de</strong>nte:<br />

- O maior à vonta<strong>de</strong> na utilização do dinheiro - as crianças<br />

revelaram-se verda<strong>de</strong>iras ven<strong>de</strong>doras e assumiram esse papel até<br />

ao fim da lojinha com toda a sua garra e afinco, recebendo os<br />

numerários e, efetuando os trocos sempre que necessário;<br />

- A mudança <strong>de</strong> discurso - aquando das contas finais e<br />

perante a questão “o que fazer com o dinheiro que nos sobrou?” foi<br />

<strong>de</strong> admirar a troca da expressão inicial e bastante recorrente do<br />

grupo “po<strong>de</strong>mos comprar” pela “po<strong>de</strong>mos fazer”.<br />

“Nada é tão nosso quanto os nossos<br />

sonhos.”<br />

Friedrich Nietzsche


Projeto “A Casa dos Sonhos”<br />

Marta Azevedo e Marta Loureiro, Educadora Maria Jesus Rocha <strong>de</strong> Sousa e Assistentes operacionais Ilidia Sampaioe Irailda Sousa;<br />

Jardim <strong>de</strong> infância <strong>de</strong> Vila Franca<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Este projeto foi <strong>de</strong>senvolvido numa sala <strong>de</strong> Pré-escolar. Nele esteve<br />

envolvido um grupo <strong>de</strong> 19 crianças com ida<strong>de</strong>s heterogéneas:<br />

- 3 anos (9 crianças)<br />

- 4 anos (5 crianças)<br />

- 5 anos (4 crianças)<br />

- 6 anos (1 criança)<br />

Tudo começou com a história do amiguinho Miguel retirada do livro<br />

“Ter i<strong>de</strong>ias para mudar o mundo” (CEAN, 2009). O Miguel tinha um<br />

sonho que era expor os seus <strong>de</strong>senhos para que toda a gente os<br />

pu<strong>de</strong>sse ver e com a ajuda da professora conseguiu concretizá-lo.<br />

Depois <strong>de</strong> contada a história o Miguel fez uma visita à Sala Fixe,<br />

<strong>de</strong>signação da sala das crianças que <strong>de</strong>senvolveram o projeto, on<strong>de</strong><br />

contou mais sonhos que ele tinha.<br />

Seguidamente foi pedido a cada criança que viesse à lua (cenário)<br />

contar qual era o seu sonho.<br />

Surgiram diferentes sonhos, como por exemplo:<br />

- Ter um cão;<br />

- Ser rico;<br />

- Dormir sozinho;<br />

- Apren<strong>de</strong>r a fazer karaté;<br />

- Ter uma casa na árvore;<br />

Depois <strong>de</strong> partilharem os seus sonhos com os colegas, passaram<br />

ao registo, através <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho. Após todos terem conhecimento<br />

<strong>de</strong> cada sonho e <strong>de</strong> um diálogo, as crianças chegaram à conclusão<br />

que só po<strong>de</strong>ríamos optar por dois sonhos, pois os restantes eram<br />

sonhos individuais e não po<strong>de</strong>riam ser concretizados na escola.<br />

Os sonhos eleitos para serem concretizados foram<br />

- apren<strong>de</strong>r a fazer karaté<br />

- ter uma casa na árvore.<br />

Depois <strong>de</strong> terem algum tempo para pensar, a escolha das crianças<br />

foi unânime: todos queriam ter uma casa na árvore!<br />

Clarificado qual seria o projeto a ser <strong>de</strong>senvolvido, as crianças<br />

tiveram que escolher qual o nome do nosso projeto. Depois <strong>de</strong><br />

algumas crianças darem algumas i<strong>de</strong>ias fez-se uma votação. As<br />

crianças, maioritariamente, escolheram o nome:<br />

“A casa dos sonhos”<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Para iniciar o nosso projeto, elegemos o lí<strong>de</strong>r, que por unanimida<strong>de</strong> foi o Eduardo,<br />

pois foi ele o mentor do sonho que foi escolhida por todo o grupo. De seguida<br />

fomos ao exterior ver qual era a árvore mais a<strong>de</strong>quada para a concretização do<br />

sonho. Mais uma vez em consenso chegamos à conclusão que era o carvalho que<br />

se encontrava no parque. Mas primeiro era necessário pedir autorização à Câmara<br />

Municipal para saber se o projeto po<strong>de</strong>ria avançar.<br />

Enquanto aguardávamos pela resposta da Câmara pusemos mãos à obra.<br />

Começamos por organizar i<strong>de</strong>ias, discutindo algumas questões:<br />

que materiais po<strong>de</strong>riam ser necessários?<br />

quem nos po<strong>de</strong>ria ajudar?<br />

quais as dimensões da casa?<br />

formas <strong>de</strong> angariar dinheiro.<br />

Para isso começámos a preencher a ferramenta <strong>de</strong> planeamento e avaliação, para<br />

que assim todas as nossas i<strong>de</strong>ias ficassem registadas.<br />

Depois <strong>de</strong> um diálogo, fomos pedir ajuda a uma menina do 1.ºCEB. O seu pai<br />

construiu uma casa na árvore, nós já a tínhamos visto, mas queríamos saber como<br />

tinha sido a experiencia e o que precisávamos para fazer a nossa. Numa tar<strong>de</strong> a<br />

menina dirigiu-se à Sala Fixe e falou um pouco da casa <strong>de</strong>la. Mostrou várias fotos<br />

do processo <strong>de</strong> construção da sua casa.<br />

A resposta da Câmara <strong>de</strong>morava a chegar.<br />

Enquanto isso não podíamos baixar os braços e pensámos em diversas formas <strong>de</strong><br />

angariar dinheiro para os materiais da casa. Decidiu-se fazer uma feirinha na<br />

Festa <strong>de</strong> Natal. Em conjunto com a Sala do Amigos fizemos enfeites <strong>de</strong> natal,<br />

velas, bolachas do juízo (nome dado pelas crianças às bolachas confecionadas),<br />

bombons, para ven<strong>de</strong>r e ainda tínhamos uma tombola com diferentes prémios que<br />

a Casa Peixoto disponibilizou. A par disto, começamos também a construir o<br />

protótipo da nossa casa.<br />

No dia da Festa <strong>de</strong> Natal, chegou finalmente a resposta da Câmara Municipal!<br />

Positiva! Podíamos avançar com o projeto. Ao longo <strong>de</strong>ste projeto a junta <strong>de</strong><br />

freguesia foi uma gran<strong>de</strong> ajuda que moveu tudo para que a Câmara <strong>de</strong>ssa a<br />

resposta e o projeto se pu<strong>de</strong>sse concretizar.<br />

Decidimos fazer uma carta dirigida a toda a comunida<strong>de</strong> escolar, a dar<br />

conhecimento que a Sala Fixe ia <strong>de</strong>senvolver o projeto da casa da árvore. Esta<br />

casa não ia ser apenas para as crianças da sala fixe, mas sim para toda a<br />

comunida<strong>de</strong> escolar. Será um espaço <strong>de</strong> que todos po<strong>de</strong>rão usufruir.<br />

O pai da menina do 1.ºCEB, o pai Carlos, também foi uma gran<strong>de</strong> ajuda. Esteve<br />

na Sala Fixe e falou mais <strong>de</strong>talhadamente da sua casa, mostrou o material e o<br />

projeto. E começou a fazer o projeto da nossa casa dos sonhos. Foi ainda o pai<br />

Carlos, que pediu orçamentos a algumas empresas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Nesta altura surgiu um pequeno obstáculo: não podíamos construir a casa da<br />

árvore no parque, pois nesse espaço serão colocados baloiços. O que fazer? Em<br />

conjunto com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>cidimos optar por uma árvore que se<br />

encontra no jardim mágico das flores.<br />

Neste momento o protótipo está concluído. Temos o projeto da casa, temos a<br />

comunida<strong>de</strong> escolar, a Associação <strong>de</strong> Pais e a Junta <strong>de</strong> Freguesia envolvidas<br />

neste projeto. Aguardamos pelos orçamentos pedidos pelo pai Carlos, para assim<br />

avançarmos com a construção da casa.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto “A Casa dos Sonhos” agregou toda a comunida<strong>de</strong> escolar<br />

pelo facto <strong>de</strong> ser um projeto que envolverá a construção <strong>de</strong> uma<br />

casa da árvore para todas as crianças brincarem.<br />

Para o grupo da Sala Fixe este projeto tornou-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro<br />

dia, um gran<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong> sonho. Contudo, o facto <strong>de</strong> ser um projeto<br />

que po<strong>de</strong>ria ou não ser concretizado, pois era algo que nos<br />

transcendia, sendo necessária uma autorização da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Viana do Castelo. Esta resposta <strong>de</strong>morou um pouco o<br />

que fez com que o projeto se atrasasse. O entusiasmo das crianças<br />

não diminuiu.<br />

Com este projeto, o grupo foi capaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que nem sempre<br />

somos capazes <strong>de</strong> realizar algo sozinhos e que, por este motivo,<br />

neste projeto em concreto foi necessário pedir a colaboração à junta<br />

<strong>de</strong> freguesia e à associação bem como a um pai com<br />

diversos conhecimentos no que diz respeito à construção <strong>de</strong> Casas<br />

<strong>de</strong> arvore. O grupo foi ainda capaz <strong>de</strong>, por iniciativa própria <strong>de</strong>cidir o<br />

que iria ser vendido na feirinha <strong>de</strong> Natal para se angariar dinheiro<br />

Neste momento, o projeto já teve aprovação das entida<strong>de</strong>s legais.<br />

Aguardam-se os diferentes orçamentos pedidos, para que se possa<br />

assim proce<strong>de</strong>r à encomenda <strong>de</strong> todos os materiais e passar então<br />

à construção da casa da árvore no jardim das flores.<br />

Em todas as etapas em que as crianças pu<strong>de</strong>ram participar, o<br />

entusiasmo foi notável em todo o grupo, principalmente no que diz<br />

respeito à construção do protótipo e às i<strong>de</strong>ias para angariar dinheiro<br />

para a casa. As i<strong>de</strong>ias foram muitas e foram muito bem aproveitadas<br />

tendo assim conseguido uma boa quantia para os materiais<br />

necessários.<br />

Como é certo, as crianças na fase final não po<strong>de</strong>rão estar tão ativas<br />

neste projeto, pois como se trata <strong>de</strong> algo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões e<br />

que exige uma gran<strong>de</strong> segurança, o projeto em si será construído<br />

por adultos, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> inicio se tornaram nossos colaboradores<br />

neste projeto.<br />

Na fase <strong>de</strong> construção, a junta <strong>de</strong> freguesia será uma gran<strong>de</strong><br />

colaboradora; já se prontificou a envernizar todo o material da casa<br />

com um produto próprio para que a ma<strong>de</strong>ira tenha uma maior<br />

duração. Ofereceram-se também para se <strong>de</strong>slocarem à escola num<br />

ou dois dias para proce<strong>de</strong>r à sua montagem.<br />

“Se po<strong>de</strong>mos sonhar, também po<strong>de</strong>mos tornar nossos<br />

sonhos realida<strong>de</strong>”.<br />

Walt Disney


Biblioteca dos Sonhos<br />

Stefanie Pereira e Tânia Araújo<br />

Educadora <strong>de</strong> Infância – Ana Paula Peixoto; Auxiliar <strong>de</strong> Educação – Irailda Sousa<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Monte da Ola – Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Vila Franca<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Nível <strong>de</strong> Ensino – Pré-Escolar<br />

Nº <strong>de</strong> crianças envolvidas – 19<br />

6(3 anos) 7(4 anos) 10(5anos) 1(6 anos)<br />

O projeto <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong>signado por “Biblioteca dos<br />

Sonhos”, surgiu no <strong>de</strong>senrolar <strong>de</strong> uma sessão sobre o “Dia da<br />

Biblioteca Escolar”, na qual as crianças afirmaram que a área da<br />

biblioteca que possuíam na sala era muito pobre e pouco colorida.<br />

Assim, este projeto teve como principal foco a reabilitação <strong>de</strong> uma<br />

área presente na “Sala dos Amigos”.<br />

Este projeto teve como ponto <strong>de</strong> partida a estimulação e a produção<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, <strong>de</strong>safiando cada criança a pensar num sonho e a<br />

transmitir aquilo que mais gostava <strong>de</strong> fazer ou <strong>de</strong> construir <strong>de</strong> novo.<br />

Posteriormente, cada criança dirigia-se até ao can<strong>de</strong>eiro dos sonhos<br />

para partilhar e dar a conhecer aos colegas o seu sonho.<br />

Nesta etapa, as i<strong>de</strong>ias partilhadas foram muitas e as crianças<br />

<strong>de</strong>scobriram que havia i<strong>de</strong>ias comuns. Associaram-nas<br />

apresentaram-nas com um brilho especial nos olhos: iam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

construção <strong>de</strong> uma nova biblioteca na sala, a andar <strong>de</strong> comboio ou<br />

<strong>de</strong> avião.<br />

Desta forma, a fase do “Estímulo <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias” foi <strong>de</strong>senvolvida com<br />

muito entusiasmo, <strong>de</strong>vido a ser um projeto muito <strong>de</strong>sejado pela<br />

maioria do grupo <strong>de</strong> crianças, mas também tiveram algumas<br />

dificulda<strong>de</strong>s em transformar as suas i<strong>de</strong>ias num projeto <strong>de</strong> grupo.<br />

Com isto, a fase da “Partilha <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias” ajudou as crianças a<br />

clarificar os seus <strong>de</strong>sejos e a torná-los possíveis <strong>de</strong> concretizar.<br />

As crianças começaram a ver como as suas i<strong>de</strong>ias se cruzavam<br />

com as dos outros, a forma como <strong>de</strong>viam transmitir e apresentar o<br />

seu projeto e como era possível entrar em contacto com os<br />

colaboradores e entrar em acordo com eles.<br />

Para finalizar, o nosso projeto começou a <strong>de</strong>senvolver-se, sendo<br />

que teve a colaboração <strong>de</strong> todas as crianças da “Sala dos Amigos”,<br />

da educadora <strong>de</strong> infância, da auxiliar educativa, dos Pais e<br />

Encarregados <strong>de</strong> Educação e <strong>de</strong> alguns comerciantes do meio local.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Devemos ter boas i<strong>de</strong>ias para mudar o mundo!<br />

No primeiro momento da partilha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, as crianças <strong>de</strong>cidiram<br />

criar um projeto único, que interligasse todos os seus interesses e<br />

sonhos.<br />

Desta maneira, surgiu este projeto <strong>de</strong> requalificação da Área da<br />

Biblioteca existente na “Sala dos Amigos”!<br />

Deu-se inicio ao nosso projeto <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo, durante o<br />

primeiro e segundo período <strong>de</strong>ste ano letivo. Assim, as crianças<br />

começaram por <strong>de</strong>senhar aquilo que pretendiam ter na nova<br />

biblioteca, pensaram na forma como po<strong>de</strong>riam construir todos os<br />

objetos para a nova biblioteca, reutilizando materiais e procuraram<br />

alguns colaboradores para fornecer alguns <strong>de</strong>sses materiais e alguns<br />

conhecimentos acerca <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, segurança e higiene no trabalho.<br />

Depois, começaram a trabalhar em equipa para concretizarem o seu<br />

sonho, no qual se transformaram em autênticos trabalhadores <strong>de</strong><br />

obras, utilizando capacete e luvas, para construírem e montarem<br />

todos os objetos a serem expostos na nova biblioteca.<br />

Também, foi necessário apren<strong>de</strong>r a transmitir o nosso projeto <strong>de</strong><br />

forma organizada e compreenssível, para falar com todos os<br />

colaboradores e com todas as pessoas interessadas em conhecê-lo.<br />

Foi feito um prótótipo <strong>de</strong> projeto.<br />

Para conseguirmos concretizar o nosso sonho, foi necessário<br />

<strong>de</strong>linear um plano <strong>de</strong> ação e procurar alguns colaboradores para nos<br />

ajudar a construí-lo. Também, foi necessário realizar uma feirinha no<br />

dia da “Festa <strong>de</strong> Natal” da escola, para angariar algum dinheiro, <strong>de</strong><br />

modo a adquirir materiais para serem utilizados na construção da<br />

nova biblioteca.<br />

Pedimos ajuda a alguns pais que participaram <strong>de</strong> forma árdua,<br />

dando formações no âmbito da segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no<br />

trabalho, na montagem dos móveis elaborados pelo grupo <strong>de</strong><br />

crianças e no termo da maquete.<br />

Também, pedimos ajuda à auxiliar educativa para a organização e<br />

construção dos objetos para a nova biblioteca.<br />

Outro dos colaboradores foi a Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana do<br />

Castelo, que nos <strong>de</strong>u autorização para colocar um papel <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />

mais apelativo, colorido e acolhedor para as crianças, na zona da<br />

Biblioteca.<br />

A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaboradores foi muito gran<strong>de</strong>, o que levou a uma boa<br />

comunicação e partilha do nosso projeto <strong>de</strong> grupo.<br />

Após termos o protótipo i<strong>de</strong>alizado, metemos mãos à obra!<br />

Para a concretização <strong>de</strong>ste projeto, houve muito trabalho <strong>de</strong> equipa<br />

entre o grupo <strong>de</strong> crianças e muita colaboração e ajuda por parte dos<br />

colaboradores,o que se tornou num projeto muito importante para as<br />

crianças, pois foram elas que o i<strong>de</strong>alizaram e concretizaram.<br />

Por fim, as crianças quiseram divulgar, inaugurar e apresentar o seu<br />

projeto a todos os colaboradores, a toda a comunida<strong>de</strong> escolar que<br />

frequenta a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico da<br />

Escola Básica <strong>de</strong> Vila Franca e aos seus familiares.<br />

3. Ação em Balanço<br />

Este projeto teve como principal objetivo melhorar e requalificar a<br />

nossa “Área da Biblioteca” da “Sala dos Amigos”:<br />

“Ter uma biblioteca na sala, cheia <strong>de</strong> morcegos.”<br />

“Uma biblioteca nova na sala que tivesse bichos, móveis novos<br />

coloridos e livros novos.”<br />

“Uma ca<strong>de</strong>ira nova e uma mesa para a biblioteca.”<br />

Assim, com estas i<strong>de</strong>ias em ação conseguimos erguer o nosso<br />

projeto na sala. As crianças manifestaram um elevado nível <strong>de</strong><br />

motivação, entusiasmo e envolvimento em todas as ativida<strong>de</strong>s a<br />

serem <strong>de</strong>senvolvidas, tais como a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planear, <strong>de</strong><br />

partilhar as i<strong>de</strong>ias, <strong>de</strong> escutar, <strong>de</strong> assumir as responsabilida<strong>de</strong>s, a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar e, sobretudo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser criativo.<br />

O Projeto “Biblioteca dos Sonhos” teve um gran<strong>de</strong> impacto no grupo<br />

<strong>de</strong> crianças, o que resultou num incrível envolvimento <strong>de</strong>stas, das<br />

famílias, da Junta <strong>de</strong> Freguesia, da Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana do<br />

Castelo e <strong>de</strong> alguns comerciantes do meio local.<br />

As primeiras dificulda<strong>de</strong>s surgiram mas, com muito esforço,<br />

<strong>de</strong>dicação, empenho e trabalho em equipa, todos os intervenientes<br />

se <strong>de</strong>dicaram <strong>de</strong> forma extraordinária na construção <strong>de</strong>ste projeto.<br />

Surgiram os colaboradores, sendo estes os familiares da crianças<br />

que compraram alguns produtos construídos e confecionados por<br />

elas, na feirinha realizada no dia da “Festa <strong>de</strong> Natal”.<br />

De salientar, que o trabalho <strong>de</strong> todos os colaboradores foi muito<br />

importante, <strong>de</strong>vido a participarem ativamente e <strong>de</strong> forma dinâmica<br />

em tudo o que era necessário.<br />

Com isto, as crianças, em prol das suas potencialida<strong>de</strong>s e<br />

interesses, envolveram-se e participaram <strong>de</strong> forma ativa em todas<br />

as ativida<strong>de</strong>s do projeto.<br />

Com a concretização <strong>de</strong>ste projeto trabalhou-se, sobretudo, uma<br />

pedagogia diferenciada, sendo esta uma metodologia <strong>de</strong> trabalho<br />

muito utilizada em grupos <strong>de</strong> crianças com faixas etárias diferentes.<br />

O projeto foi muito compensador para todos os seus intervenientes,<br />

<strong>de</strong>vido ao esforço e <strong>de</strong>dicação.


Uma Viagem <strong>de</strong> Comboio<br />

Ana Gregório e Valéria Lemos - Educadora Ana Maria Faria e Auxiliar Fátima<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Vila Fria<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

As crianças envolvidas neste projeto eram 10<br />

compreendidas entre os 4 e os 5 anos.<br />

e tinham ida<strong>de</strong>s<br />

Na primeira abordagem com as crianças, explicamos o que iríamos<br />

fazer e começámos por efetuar a leitura da história “A história do<br />

meu amigo”.<br />

Após, a leitura passou-se para uma exploraçao da história, <strong>de</strong><br />

modo a verificar a sua compreensao pelas crianças.<br />

Nessa fase colocamos a seguinte questão às crianças: “Tal como o<br />

Miguel teve o sonho <strong>de</strong>le <strong>de</strong> expôr os <strong>de</strong>senhos na escola, qual é o<br />

vosso sonho ?” .<br />

A partir daqui foram surgindo várias respostas que fomos anotando<br />

numa folha.<br />

Posteriormente, pediu-se às crianças que <strong>de</strong>senhassem numa<br />

folha o seu sonho (algo que eles queiram fazer com os colegas, ou<br />

algo para o jardim).<br />

No final recolhemos as folhas com os <strong>de</strong>senhos representados e<br />

analisámos, <strong>de</strong> modo a encontrar um fio condutor e pontos em<br />

comum. Esta tarefa foi fácil, visto que a maior parte das crianças<br />

gostava <strong>de</strong> fazer uma viagem <strong>de</strong> comboio, duas crianças queriam<br />

ter uma pista <strong>de</strong> carros na sala e uma criança queria andar a<br />

cavalo.<br />

Este projeto foi fácil <strong>de</strong> nascer visto que as três crianças, que<br />

inicialmente não referiram a viagem <strong>de</strong> combóio, concordaram<br />

rapidamente que todos juntos fazíamos uma viagem <strong>de</strong> comboio.<br />

Foi a partir <strong>de</strong>sta concordância que nasceu o nosso projeto<br />

“Uma Viagem <strong>de</strong> Comboio”.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

O projeto “Uma Viagem <strong>de</strong> Comboio” começou com a discussão sobre o que era necessário<br />

para fazer uma viagem <strong>de</strong> comboio.<br />

Começámos por organizar i<strong>de</strong>ias<br />

on<strong>de</strong> podíamos ir,<br />

o que precisávamos para levar na viagem,<br />

que materiais po<strong>de</strong>riam ser precisos,<br />

quem nos po<strong>de</strong>ria ajudar,<br />

como podíamos angariar dinheiro<br />

entre outros aspetos.<br />

Para organizar as nossas i<strong>de</strong>ias, preenchemos a ferramenta <strong>de</strong> planeamento e avaliação, para<br />

que assim todas as nossas i<strong>de</strong>ias ficassem registadas e soubéssemos como começar e <strong>de</strong>senvolver<br />

este projeto.<br />

Entretanto foi necessário pedir a colaboração do presi<strong>de</strong>nte da junta <strong>de</strong> freguesia para fornecer a<br />

carrinha para levar as crianças até à estação <strong>de</strong> Darque. Foi também necessário auscultar as famílias<br />

sobre este projeto e pedir-lhes autorização. O apoio da junta e das famílias foi imediato.<br />

O passo seguinte foi o <strong>de</strong> pensar no modo <strong>de</strong> obter fundos para a concretização da viagem.<br />

Todas as crianças <strong>de</strong>ram i<strong>de</strong>ias para a angariaçao <strong>de</strong> dinheiro para a compra dos bilhetes. Decidiram<br />

ven<strong>de</strong>r compotas, bolos ou biscoitos,<br />

fazer postais <strong>de</strong> Natal,<br />

ven<strong>de</strong>r fruta ou legumes<br />

fazer rifas.<br />

Como este projeto foi tratado tardiamente <strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong> não termos pegado no projeto logo <strong>de</strong><br />

inicio e elaborar algo com eles, só nas férias <strong>de</strong> natal é que <strong>de</strong>cidimos on<strong>de</strong> ir com as crianças e fazer<br />

rifas, sendo assim já não conseguimos fazer nada com as crianças para eles ven<strong>de</strong>rem, foram pagos<br />

os bilhetes às crianças pela educadora e por nós no dia da viagem <strong>de</strong> comboio e visita ao Museu do<br />

Traje- que foi o local escolhido para visitor em Viana. Por sua vez, eles <strong>de</strong>senvolveram com toda a<br />

popa e circunstância a sua maquete do projeto.<br />

O protótipo só foi concluído <strong>de</strong>pois da viagem, visto que era importante que as crianças também<br />

conseguissem visualizar como é uma linha <strong>de</strong> comboio e ter uma i<strong>de</strong>ia do que fazer <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terem<br />

andado <strong>de</strong> comboio. Inicialmente, foi construido o comboio e as linhas , mas <strong>de</strong>pois como <strong>de</strong>ixamos<br />

passer muito tempo e nao pegamos mais nisso, só na ultima semana <strong>de</strong> Janeiro é que concluimos o<br />

mesmo.<br />

Este prótotipo do projeto feito, posteriormente, com as crianças consistiu em que eles<br />

construíssem as suas carruagens com cartolina cinzenta e rolos <strong>de</strong> papel higiénico e <strong>de</strong>pois fizeram os<br />

carris com pasta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lar e pintaram. Neste momento, o prótotipo e a roda do planeamento<br />

encontram-se prontos.<br />

Depois <strong>de</strong> longas sessões <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e trabalho, no dia 17 <strong>de</strong> Janeiro as crianças<br />

<strong>de</strong>slocaram-se <strong>de</strong> comboio até Viana do Castelo com o intuito <strong>de</strong> visitar o Museu do Traje. Este foi o<br />

local escolhido, visto que as crianças nao teriam que pagar para fazer a visita ao Museu e porque era<br />

um local interessante para as crianças visitarem, <strong>de</strong>vido a ser um património <strong>de</strong> Viana do Castelo.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto “Uma Viagem <strong>de</strong> Comboio” envolveu <strong>de</strong> forma<br />

muito positiva e entusiasta as crianças. Foi uma gran<strong>de</strong> experiência<br />

e aventura para as crianças, visto que muitas <strong>de</strong>las andaram <strong>de</strong><br />

comboio pela primeira vez.<br />

Para o grupo dos meninos do Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Vila<br />

Fria, este projeto tornou-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro dia, um gran<strong>de</strong> sonho.<br />

O projeto já foi concretizado, no dia 17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2018,<br />

em que as crianças foram <strong>de</strong> comboio até Viana do Castelo e<br />

visitaram o Museu do Traje.<br />

Em todas as fases em que as crianças pu<strong>de</strong>ram participar, a<br />

excitação, alegria e prazer foi notável em todo o grupo,<br />

principalmente no que toca à construção do protótipo e às i<strong>de</strong>ias<br />

para angariar dinheiro para comprar os bilhetes para andar <strong>de</strong><br />

comboio.<br />

Este projeto foi uma mais valia para as crianças que<br />

apren<strong>de</strong>ram a trabalhar em grupo, a <strong>de</strong>senvolver o seu espirito<br />

crítico, a ter um espirito empreen<strong>de</strong>dor entre muitas outras coisas.<br />

Faz-se um balanço positivo <strong>de</strong>ste projeto, visto que as<br />

crianças se mostraram muito empolgadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio e no dia<br />

em que fizeram a viagem <strong>de</strong> comboio.


Uma escola amiga do ambiente!<br />

Educadora <strong>de</strong> Infância Raquel Amorim, Auxiliar Rosa Soares, Educadoras Estagiárias Jéssica Araújo e Mariana Torre<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Nogueira – Agrupamento <strong>de</strong> Escolas Pintor José <strong>de</strong> Brito<br />

1. Cenário para I<strong>de</strong>ias<br />

Era uma vez…<br />

Um grupo <strong>de</strong> 14 crianças, dos 3 aos 6 anos, que andava no<br />

Jardim <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Nogueira.<br />

Estas crianças adoravam histórias! Certo dia, ouviram a <strong>de</strong><br />

um menino chamado Miguel.<br />

O Miguel que tinha o sonho <strong>de</strong> mostrar a sua arte a toda a<br />

escola.<br />

Sendo todas muito dinâmicas e preocupadas com o ambiente,<br />

chegaram à conclusão que havia algo <strong>de</strong> errado em frente à sua<br />

escola: caixotes do lixo.<br />

Assim sendo, puseram mãos à obra e <strong>de</strong>cidiram que estes<br />

não podiam estar a <strong>de</strong>scudar a beleza da sua escola, nem tão<br />

pouco a prejudicar a sua saú<strong>de</strong>.<br />

Inspiradas nesta história, as crianças foram questionadas<br />

sobre o seu maior sonho.<br />

2. I<strong>de</strong>ias em Ação<br />

Partindo da história do menino Miguel, as crianças foram<br />

questionadas sobre o seu sonho, algo que eles gostavam muito <strong>de</strong><br />

realizar.<br />

Elaborando uma nuvem <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, todas elas estavam<br />

centradas nos animais e no meio ambiente.<br />

Neste contexto, foi perguntado às crianças o que é que eles<br />

achavam que <strong>de</strong>veria ser mudado na escola, <strong>de</strong> forma a melhorá-la.<br />

Depois <strong>de</strong> refletirem, uma criança referiu que os caixotes do<br />

lixo, que estavam mesmo à porta da escola, não estavam bem.<br />

Justificou, com ajuda das outras crianças, que os caixotes do lixo<br />

para além <strong>de</strong> ficarem feios, nos dias mais quentes eram uma fonte<br />

<strong>de</strong> “bichos”, “doenças” e “mau cheiro”.<br />

Tiveram a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um projeto para tirarem os<br />

caixotes do lixo da frente da escola.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>cidiram chamar ao projeto “Uma escola amiga<br />

do ambiente”.<br />

Dando seguimento ao projeto, foi elaborado um cartaz em<br />

que eram explícitas todas as etapas necessárias para a sua<br />

elaboração, bem como os colaboradores e as crianças lí<strong>de</strong>res para<br />

falar com cada um <strong>de</strong>les.<br />

O primeiro passo seria falar com o senhor Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia, que foi o nosso primeiro colaborador. Pedimoslhe<br />

para retirar os caixotes do lixo em frente à escola. Recebemos<br />

uma resposta positiva. Para preparar esta e as restantes conversas<br />

com os colaboradores, foi feita uma pequena dramatização, em que<br />

a educadora Raquel representou cada um <strong>de</strong>les, tendo a criança<br />

lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> comunicar com ela como se se tratasse do verda<strong>de</strong>iro<br />

encontro. Desta forma, conseguiu-se compreen<strong>de</strong>r quais as<br />

dificulda<strong>de</strong>s sentidas, bem como aspetos a melhorar durante o<br />

encontro.<br />

Em seguida foi necessário o contacto com o senhor<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, o nosso segundo colaborador. Pedimos-lhe<br />

que fornecesse um boneco, dos armazéns da Câmara, que iria<br />

substituir os caixotes do lixo. Este <strong>de</strong>veria representar o lema do<br />

projeto, sendo a mascote da escola.<br />

Como as crianças queriam que os caixotes do lixo fossem<br />

movidos da frente da escola, e não eliminados, acharam importante<br />

criar uma sessão <strong>de</strong> sensibilização para a separação do lixo,<br />

realizada pelo CMIA (Centro <strong>de</strong> Monitorização e Interpretação<br />

Ambiental <strong>de</strong> Viana do Castelo), para toda a comunida<strong>de</strong> escolar e<br />

para os pais/encarregados <strong>de</strong> educação.<br />

Estando toda a ação das crianças realizada,<br />

cabia agora aos colaboradores fornecer a sua ajuda<br />

para atingirmos o resultado pretendido.<br />

3. Ação em Balanço<br />

“Juntos somos mais fortes!”.<br />

Foi este o slogan <strong>de</strong> coragem e força que levou as crianças<br />

a <strong>de</strong>senvolver o projeto e mostrar cada vez mais empenho na luta<br />

para a realização <strong>de</strong> um sonho comum.<br />

Com este projeto, as crianças apren<strong>de</strong>ram não só a valorizar<br />

o meio ambiente, mas também a unirem esforços para a resolução<br />

<strong>de</strong> um problema que abrangia a sua escola.<br />

Por outro lado, foi importante perceberem que sozinhos não<br />

era possível realizar o projeto, mas que era necessária a<br />

intervenção <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, os colaboradores, que eram<br />

imprescindíveis para atingirem os seus objetivos.<br />

Com este projeto, as crianças ficaram a conhecer melhor as<br />

suas capacida<strong>de</strong>s, ao mesmo tempo que eram <strong>de</strong>safiadas a pôr-se<br />

à prova, mostrando persistência, sentido <strong>de</strong> colaboração, <strong>de</strong><br />

partilha, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e autonomia, ao mesmo tempo que<br />

arranjavam soluções para problemas que iam surgindo ao longo do<br />

projeto. A criativida<strong>de</strong> este sempre no auge da realização do<br />

projeto.

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