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06 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 7 e 8 de julho de 2018<br />
Grande Tércio<br />
Cabe aqui um elogio do Corvo.<br />
Tércio Albuquerque é um "senhor"<br />
dedicado às causas públicas.<br />
Poucas pessoas possuem a<br />
habilidade dele para tratar de<br />
assuntos às vezes latentes.<br />
Tércio mata no peito e tira de letra.<br />
Impressionante! E é nesse<br />
exercício cotidiano de apagar incêndios<br />
e encontrar soluções<br />
que alguém assim se destaca<br />
pela competência! Naturalmente,<br />
um executivo como Marcos<br />
Stamm sabe o valor que alguém<br />
assim possui. O Corvo se sente<br />
orgulhoso pelo Tércio!<br />
Ideologia<br />
Não é necessário entender<br />
do exercício legislativo para saber<br />
que em momento algum uma<br />
lei municipal suplantaria uma<br />
federal. É a União, por meio da<br />
Constituição, que deve nortear o<br />
sistema nacional de educação. O<br />
Corvo comentou isso quando da<br />
discussão sobre a possibilidade<br />
de banir a abordagem sobre gênero<br />
nas escolas de Foz.<br />
Contramão<br />
Essa discussão em Foz começou<br />
debaixo de muita polêmica,<br />
e isso deveria servir de termômetro<br />
para os vereadores. Dr.<br />
Brito entrou numas de<br />
"moralidade" e criou a discussão.<br />
Outros vereadores entraram na<br />
dele. Para variar, a pressão popular<br />
foi ignorada e olha em que<br />
deu!<br />
Regra<br />
Há uma regra básica no sistema<br />
sob o qual vivemos: leis<br />
municipais não vencem as federais.<br />
A Câmara possui assessores<br />
e técnicos, um corpo jurídico,<br />
e será que analisaram a matéria<br />
antes da votação? Todo<br />
mundo perdeu tempo em razão<br />
disso: os vereadores e, mais do<br />
que eles, a população.<br />
Terreno do hospital<br />
O Corvo lembra bem: quando<br />
iniciaram os projetos para a<br />
construção do Hospital Municipal,<br />
consideraram que o local<br />
ideal seria ao lado do INSS, onde<br />
de fato o edifício foi erguido. Pediram<br />
oficialmente o terreno<br />
para o órgão, e ele foi concedido.<br />
Durante todo o processo de<br />
construção, não houve uma única<br />
cobrança ou impedimento, ao<br />
contrário, ministros e até responsáveis<br />
pelo INSS elogiaram a<br />
obra. Depois do hospital inaugurado<br />
e funcionando apareceram<br />
com a encrenca do terreno.<br />
Foto em lugar errado<br />
Na edição de ontem, uma foto do vereador Márcio<br />
Rosa foi publicada no conteúdo sobre o requerimento<br />
de Elizeu Liberato solicitando documentos na área da<br />
Saúde. Márcio não deveria aparecer lá. Contaram para<br />
o Corvo que isso rendeu uma confusão, levando em conta<br />
que Márcio Rosa é do mesmo partido de Inês e ambos<br />
são pré-candidatos numa mesma chapa. Houve sim um<br />
pequeno equívoco na diagramação do jornal; a foto de<br />
Márcio deveria ser publicada ao lado de outra matéria,<br />
sobre o requerimento em defesa dos agentes comunitários.<br />
Neste caso, se houve encrenca, a culpa é nossa.<br />
Documentação<br />
Segundo este Corvo verificou, há documentação; inclusive várias reportagens de jornais,<br />
emissoras de rádio e TV cobrindo o ato em que um ministro cedeu a área onde está o<br />
Hospital Padre Germano Lauck. O caso é que roeram a corda e deu na maior confusão.<br />
Essas "roídas" ocorrem em razão da mudança de gestores nos órgãos públicos nacionais.<br />
Antes, um carinha que fazia parte de um partido aliado, mais sensível às causas das<br />
cidades, daí entra outro, advindo de pressões partidárias, e pronto, está feito o estrago. O<br />
Brasil é refém desses estratagemas políticos, cujos partidos loteiam os ministérios. É o<br />
país "ratoeira".<br />
Regulamentação<br />
Agora a Câmara Municipal trabalha em<br />
propostas para regulamentar aquela e<br />
outras áreas em poder da União. Trata-se<br />
de uma boa iniciativa, afinal de contas o<br />
Legislativo representa toda a comunidade;<br />
a prefeitura também faz parte do bloco<br />
de negociações. Mas aí vem uma dúvida:<br />
o município terá poder, por meio da<br />
legislação municipal, para regularizar uma<br />
área que é federal? Mais uma vez esbarramos<br />
na suplantação de poderes. A não<br />
ser que a regularização se dê após a cessão<br />
definitiva da área. Em todo caso, a iniciativa<br />
é muito boa; poderia ter ocorrido<br />
antes, inclusive. Reni não pediu isso para a<br />
Câmara porque queria ver o circo pegar<br />
fogo em cima do Paulo Mac, que tomou a<br />
iniciativa de fazer o hospital naquele local.<br />
A oftalmologia<br />
O vereador Elizeu Liberato, primo do<br />
Gugu, requereu farta documentação sobre<br />
os contratos na área da Saúde. Ele quer<br />
cópia integral do contrato com a empresa<br />
Cristalink. Será que precisava requerer ao<br />
município? Bastaria dar uns passinhos e<br />
pedir isso para a vereadora Inês da Saúde,<br />
cujo gabinete é bem pertinho do seu. Ela<br />
deve possuir contratos, cópias de notas fiscais<br />
e tudo o que se imagina sobre a<br />
contratação. Inês, inclusive, disse, muito<br />
antes do Elizeu, que iria fazer essa varredura<br />
na área de Saúde. Só diminuiu o tom<br />
depois de lembrar que era ela a secretária.<br />
No plenário<br />
Então vamos imaginar o tiroteio no que<br />
haverá no plenário, caso o assunto da<br />
Cristalink de fato entre em discussão. Vão<br />
precisar chamar os bombeiros. Claro, alguém<br />
vai chamuscar.<br />
Reparação<br />
Enfim o Estado Brasileiro foi responsabilizado<br />
pela truculência de seus agentes.<br />
Ontem alguém perguntou ao Corvo: "Por que<br />
o Brasil teve que pagar pelos atos das pessoas<br />
que teriam causado a morte do jornalista<br />
Vladimir Herzog"? O Corvo responde:<br />
porque foram constituídas e representavam<br />
o Estado. Que isso sirva de lição, pois é uma<br />
maneira de fazer pressão contra atos covardes,<br />
como ocorreu com o Vlado.<br />
Preso em Foz<br />
Parece ser algo corriqueiro a prisão de<br />
"líderes de facções criminosas em Foz".<br />
Quando não é bandido perigoso, chefe de<br />
gangues que assaltam bancos, traficam drogas<br />
e armas, é bandido político, de "organizações<br />
criminosas para fraudar o erário". A<br />
diferença aí aparece só nas palavras, ou<br />
seja, no lugar de "organizações", leia-se "facções".<br />
Bronca no PTB<br />
Pois veja, seu Corvo, essa "influencia"<br />
do PTB no Ministério do Trabalho nos abre<br />
os olhos sobre a influência de outros partidos<br />
nos demais ministérios. Há quem mande<br />
na Saúde, no Esporte, na Educação... Na<br />
verdade há um político indicado pelos partidos<br />
para cada uma das pastas, ou o Brasil<br />
não é esse loteamento partidário?<br />
Marilene Sposito<br />
O Corvo responde: o seu questionamento<br />
é bem colocado, prezada leitora, é assim mesmo<br />
que acontece. Quando um presidente é<br />
eleito, precisa governar, logo, lotear os cargos<br />
e ministérios é uma maneira de garantir o<br />
apoio no Congresso Nacional. E é assim que<br />
muitos incompetentes vão parar nos gabinetes<br />
que comandam o destino dos brasileiros.<br />
Que barbaridade!<br />
A popularidade do Chico<br />
Corvo, você largou um veneninho sobre os "perigos" que o prefeito pode enfrentar<br />
no campo da popularidade. Será que ele não imaginava que seria assim? Eu, francamente,<br />
acho que ele está até se saindo muito bem, pois pelo menos conseguiu fazer a<br />
cidade caminhar de novo. Foz era "terra arrasada" quando o Chico assumiu, sem<br />
pedra sobre pedra. Hoje o município está contraindo convênios, atraindo investimentos,<br />
existe uma aura de otimismo.<br />
Wanda Lange<br />
O Corvo responde: prezada professora, este colunista se refere aos índices de popularidade<br />
por meio de pesquisa. É uma condição às vezes muito ingrata, pois a maioria da<br />
população não sabe de situações assim, no âmbito técnico. O povo quer saúde, cultura,<br />
emprego, asfalto... Não é uma tarefa fácil administrar esse liquidificador de querências.<br />
Mas o Chico Brasileiro sabe que é assim e aceitou encarar a administração, em certos<br />
aspectos uma loteria em termos de popularidade.<br />
Vivendo da Justiça<br />
Há quem de fato viva e sobreviva do<br />
Judiciário, pois os magistrados, promotores,<br />
servidores de um modo em geral<br />
recebem salários para as suas tarefas.<br />
É uma folha de pagamento sustentada<br />
com o dinheiro público, sendo assim a<br />
grande maioria honra esse esforço. Os<br />
advogados, por exemplo, são pagos pelos<br />
honorários relacionados às demandas<br />
em que atuam. Mas há quem viva<br />
da "Justiça" em si; gente especializada<br />
em "usar" o Poder Judiciário para se dar<br />
bem, acusando e, por meio de ações,<br />
tentando indenizações, muitas das quais<br />
incabíveis. Em Foz isso está chamando a<br />
atenção. Há quem acredite que os magistrados<br />
e promotores não estão atentos<br />
a isso.<br />
Forçando a barra<br />
Uma coisa é ser indenizado pelo fato<br />
de se tornar vítima de uma situação;<br />
outra coisa é forçar essa condição de<br />
vítima, de maneira sórdida, tentando<br />
transformar a verdadeira vítima em réu.<br />
Parece que os dias estão contados, pelo<br />
menos para uma das pessoas que agem<br />
assim. A Justiça não deve ser um balcão<br />
de negócios, onde pretendem viver à<br />
custa do resultado de ações que são<br />
movidas como fosse isso um salário.<br />
Quem subestima os agentes do Judiciário<br />
assim pode dar-se mal. Há quem corra<br />
diariamente entre os cartórios para<br />
saber se o resultado foi favorável, daí<br />
vai em cima dos advogados para receber.<br />
Pior, exalta isso denegrindo profissionais<br />
do direito que defendem a parte<br />
contrária. Até quando isso vai ocorrer<br />
em Foz? Chega né?<br />
O Corvo na Copa<br />
Enfim, caminhamos para o célere momento<br />
das semifinais. E não temos mais<br />
nada com isso. Hoje haverá as duas últimas<br />
partidas das quartas, com a Suécia<br />
enfrentando a Inglaterra e a Rússia, dona<br />
da casa, no gramado contra a Croácia.<br />
Nosso time está de malas no bagageiro<br />
do avião. Fica para a próxima.<br />
Uruguai e França<br />
Muita gente apostou no Uruguai, mas<br />
os franceses passearam em campo.<br />
Sem Edinson Cavani, a Celeste Olímpica<br />
perdeu totalmente a articulação no ataque<br />
e simplesmente não chegou. Depois<br />
de um frango, o ânimo despencou de vez.<br />
A seleção francesa é muito forte, equilibrada<br />
e vai dar trabalho até o final do<br />
Mundial. É um futebol, além do mais,<br />
bonito de se assistir. "Allez les Bleus!". A<br />
seleção brasileira não passaria pela<br />
França nem com mandinga. E, provavelmente,<br />
a Bélgica também não passe.<br />
Brasil e Bélgica<br />
Haja tensão antes da partida e mais<br />
ainda depois do segundo gol. Uma tensão<br />
muito maior no gramado do que nas<br />
casas pelo Brasil, porque aqui, ultimamente,<br />
aprendemos a sofrer. A Bélgica<br />
veio a cavalo. Este Corvo sentiu até um<br />
alívio com o gol do Renato Augusto, mas<br />
tudo dava pinta de seguir no mesmo bonde.<br />
Nosso time acordou muito tarde.<br />
Uma pena.<br />
Vem Brasil, vem pra casa<br />
Quando a Copa termina antes para<br />
os brasileiros, o povo acorda para muitas<br />
coisas. Tomara que essa massa de<br />
emoção comece a pensar no que é mais<br />
importante, ou seja, no destino, a começar<br />
pelo voto na urna. Vamos lá, Brasil!