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GAZETA DIARIO 624

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06 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 7 e 8 de julho de 2018<br />

Grande Tércio<br />

Cabe aqui um elogio do Corvo.<br />

Tércio Albuquerque é um "senhor"<br />

dedicado às causas públicas.<br />

Poucas pessoas possuem a<br />

habilidade dele para tratar de<br />

assuntos às vezes latentes.<br />

Tércio mata no peito e tira de letra.<br />

Impressionante! E é nesse<br />

exercício cotidiano de apagar incêndios<br />

e encontrar soluções<br />

que alguém assim se destaca<br />

pela competência! Naturalmente,<br />

um executivo como Marcos<br />

Stamm sabe o valor que alguém<br />

assim possui. O Corvo se sente<br />

orgulhoso pelo Tércio!<br />

Ideologia<br />

Não é necessário entender<br />

do exercício legislativo para saber<br />

que em momento algum uma<br />

lei municipal suplantaria uma<br />

federal. É a União, por meio da<br />

Constituição, que deve nortear o<br />

sistema nacional de educação. O<br />

Corvo comentou isso quando da<br />

discussão sobre a possibilidade<br />

de banir a abordagem sobre gênero<br />

nas escolas de Foz.<br />

Contramão<br />

Essa discussão em Foz começou<br />

debaixo de muita polêmica,<br />

e isso deveria servir de termômetro<br />

para os vereadores. Dr.<br />

Brito entrou numas de<br />

"moralidade" e criou a discussão.<br />

Outros vereadores entraram na<br />

dele. Para variar, a pressão popular<br />

foi ignorada e olha em que<br />

deu!<br />

Regra<br />

Há uma regra básica no sistema<br />

sob o qual vivemos: leis<br />

municipais não vencem as federais.<br />

A Câmara possui assessores<br />

e técnicos, um corpo jurídico,<br />

e será que analisaram a matéria<br />

antes da votação? Todo<br />

mundo perdeu tempo em razão<br />

disso: os vereadores e, mais do<br />

que eles, a população.<br />

Terreno do hospital<br />

O Corvo lembra bem: quando<br />

iniciaram os projetos para a<br />

construção do Hospital Municipal,<br />

consideraram que o local<br />

ideal seria ao lado do INSS, onde<br />

de fato o edifício foi erguido. Pediram<br />

oficialmente o terreno<br />

para o órgão, e ele foi concedido.<br />

Durante todo o processo de<br />

construção, não houve uma única<br />

cobrança ou impedimento, ao<br />

contrário, ministros e até responsáveis<br />

pelo INSS elogiaram a<br />

obra. Depois do hospital inaugurado<br />

e funcionando apareceram<br />

com a encrenca do terreno.<br />

Foto em lugar errado<br />

Na edição de ontem, uma foto do vereador Márcio<br />

Rosa foi publicada no conteúdo sobre o requerimento<br />

de Elizeu Liberato solicitando documentos na área da<br />

Saúde. Márcio não deveria aparecer lá. Contaram para<br />

o Corvo que isso rendeu uma confusão, levando em conta<br />

que Márcio Rosa é do mesmo partido de Inês e ambos<br />

são pré-candidatos numa mesma chapa. Houve sim um<br />

pequeno equívoco na diagramação do jornal; a foto de<br />

Márcio deveria ser publicada ao lado de outra matéria,<br />

sobre o requerimento em defesa dos agentes comunitários.<br />

Neste caso, se houve encrenca, a culpa é nossa.<br />

Documentação<br />

Segundo este Corvo verificou, há documentação; inclusive várias reportagens de jornais,<br />

emissoras de rádio e TV cobrindo o ato em que um ministro cedeu a área onde está o<br />

Hospital Padre Germano Lauck. O caso é que roeram a corda e deu na maior confusão.<br />

Essas "roídas" ocorrem em razão da mudança de gestores nos órgãos públicos nacionais.<br />

Antes, um carinha que fazia parte de um partido aliado, mais sensível às causas das<br />

cidades, daí entra outro, advindo de pressões partidárias, e pronto, está feito o estrago. O<br />

Brasil é refém desses estratagemas políticos, cujos partidos loteiam os ministérios. É o<br />

país "ratoeira".<br />

Regulamentação<br />

Agora a Câmara Municipal trabalha em<br />

propostas para regulamentar aquela e<br />

outras áreas em poder da União. Trata-se<br />

de uma boa iniciativa, afinal de contas o<br />

Legislativo representa toda a comunidade;<br />

a prefeitura também faz parte do bloco<br />

de negociações. Mas aí vem uma dúvida:<br />

o município terá poder, por meio da<br />

legislação municipal, para regularizar uma<br />

área que é federal? Mais uma vez esbarramos<br />

na suplantação de poderes. A não<br />

ser que a regularização se dê após a cessão<br />

definitiva da área. Em todo caso, a iniciativa<br />

é muito boa; poderia ter ocorrido<br />

antes, inclusive. Reni não pediu isso para a<br />

Câmara porque queria ver o circo pegar<br />

fogo em cima do Paulo Mac, que tomou a<br />

iniciativa de fazer o hospital naquele local.<br />

A oftalmologia<br />

O vereador Elizeu Liberato, primo do<br />

Gugu, requereu farta documentação sobre<br />

os contratos na área da Saúde. Ele quer<br />

cópia integral do contrato com a empresa<br />

Cristalink. Será que precisava requerer ao<br />

município? Bastaria dar uns passinhos e<br />

pedir isso para a vereadora Inês da Saúde,<br />

cujo gabinete é bem pertinho do seu. Ela<br />

deve possuir contratos, cópias de notas fiscais<br />

e tudo o que se imagina sobre a<br />

contratação. Inês, inclusive, disse, muito<br />

antes do Elizeu, que iria fazer essa varredura<br />

na área de Saúde. Só diminuiu o tom<br />

depois de lembrar que era ela a secretária.<br />

No plenário<br />

Então vamos imaginar o tiroteio no que<br />

haverá no plenário, caso o assunto da<br />

Cristalink de fato entre em discussão. Vão<br />

precisar chamar os bombeiros. Claro, alguém<br />

vai chamuscar.<br />

Reparação<br />

Enfim o Estado Brasileiro foi responsabilizado<br />

pela truculência de seus agentes.<br />

Ontem alguém perguntou ao Corvo: "Por que<br />

o Brasil teve que pagar pelos atos das pessoas<br />

que teriam causado a morte do jornalista<br />

Vladimir Herzog"? O Corvo responde:<br />

porque foram constituídas e representavam<br />

o Estado. Que isso sirva de lição, pois é uma<br />

maneira de fazer pressão contra atos covardes,<br />

como ocorreu com o Vlado.<br />

Preso em Foz<br />

Parece ser algo corriqueiro a prisão de<br />

"líderes de facções criminosas em Foz".<br />

Quando não é bandido perigoso, chefe de<br />

gangues que assaltam bancos, traficam drogas<br />

e armas, é bandido político, de "organizações<br />

criminosas para fraudar o erário". A<br />

diferença aí aparece só nas palavras, ou<br />

seja, no lugar de "organizações", leia-se "facções".<br />

Bronca no PTB<br />

Pois veja, seu Corvo, essa "influencia"<br />

do PTB no Ministério do Trabalho nos abre<br />

os olhos sobre a influência de outros partidos<br />

nos demais ministérios. Há quem mande<br />

na Saúde, no Esporte, na Educação... Na<br />

verdade há um político indicado pelos partidos<br />

para cada uma das pastas, ou o Brasil<br />

não é esse loteamento partidário?<br />

Marilene Sposito<br />

O Corvo responde: o seu questionamento<br />

é bem colocado, prezada leitora, é assim mesmo<br />

que acontece. Quando um presidente é<br />

eleito, precisa governar, logo, lotear os cargos<br />

e ministérios é uma maneira de garantir o<br />

apoio no Congresso Nacional. E é assim que<br />

muitos incompetentes vão parar nos gabinetes<br />

que comandam o destino dos brasileiros.<br />

Que barbaridade!<br />

A popularidade do Chico<br />

Corvo, você largou um veneninho sobre os "perigos" que o prefeito pode enfrentar<br />

no campo da popularidade. Será que ele não imaginava que seria assim? Eu, francamente,<br />

acho que ele está até se saindo muito bem, pois pelo menos conseguiu fazer a<br />

cidade caminhar de novo. Foz era "terra arrasada" quando o Chico assumiu, sem<br />

pedra sobre pedra. Hoje o município está contraindo convênios, atraindo investimentos,<br />

existe uma aura de otimismo.<br />

Wanda Lange<br />

O Corvo responde: prezada professora, este colunista se refere aos índices de popularidade<br />

por meio de pesquisa. É uma condição às vezes muito ingrata, pois a maioria da<br />

população não sabe de situações assim, no âmbito técnico. O povo quer saúde, cultura,<br />

emprego, asfalto... Não é uma tarefa fácil administrar esse liquidificador de querências.<br />

Mas o Chico Brasileiro sabe que é assim e aceitou encarar a administração, em certos<br />

aspectos uma loteria em termos de popularidade.<br />

Vivendo da Justiça<br />

Há quem de fato viva e sobreviva do<br />

Judiciário, pois os magistrados, promotores,<br />

servidores de um modo em geral<br />

recebem salários para as suas tarefas.<br />

É uma folha de pagamento sustentada<br />

com o dinheiro público, sendo assim a<br />

grande maioria honra esse esforço. Os<br />

advogados, por exemplo, são pagos pelos<br />

honorários relacionados às demandas<br />

em que atuam. Mas há quem viva<br />

da "Justiça" em si; gente especializada<br />

em "usar" o Poder Judiciário para se dar<br />

bem, acusando e, por meio de ações,<br />

tentando indenizações, muitas das quais<br />

incabíveis. Em Foz isso está chamando a<br />

atenção. Há quem acredite que os magistrados<br />

e promotores não estão atentos<br />

a isso.<br />

Forçando a barra<br />

Uma coisa é ser indenizado pelo fato<br />

de se tornar vítima de uma situação;<br />

outra coisa é forçar essa condição de<br />

vítima, de maneira sórdida, tentando<br />

transformar a verdadeira vítima em réu.<br />

Parece que os dias estão contados, pelo<br />

menos para uma das pessoas que agem<br />

assim. A Justiça não deve ser um balcão<br />

de negócios, onde pretendem viver à<br />

custa do resultado de ações que são<br />

movidas como fosse isso um salário.<br />

Quem subestima os agentes do Judiciário<br />

assim pode dar-se mal. Há quem corra<br />

diariamente entre os cartórios para<br />

saber se o resultado foi favorável, daí<br />

vai em cima dos advogados para receber.<br />

Pior, exalta isso denegrindo profissionais<br />

do direito que defendem a parte<br />

contrária. Até quando isso vai ocorrer<br />

em Foz? Chega né?<br />

O Corvo na Copa<br />

Enfim, caminhamos para o célere momento<br />

das semifinais. E não temos mais<br />

nada com isso. Hoje haverá as duas últimas<br />

partidas das quartas, com a Suécia<br />

enfrentando a Inglaterra e a Rússia, dona<br />

da casa, no gramado contra a Croácia.<br />

Nosso time está de malas no bagageiro<br />

do avião. Fica para a próxima.<br />

Uruguai e França<br />

Muita gente apostou no Uruguai, mas<br />

os franceses passearam em campo.<br />

Sem Edinson Cavani, a Celeste Olímpica<br />

perdeu totalmente a articulação no ataque<br />

e simplesmente não chegou. Depois<br />

de um frango, o ânimo despencou de vez.<br />

A seleção francesa é muito forte, equilibrada<br />

e vai dar trabalho até o final do<br />

Mundial. É um futebol, além do mais,<br />

bonito de se assistir. "Allez les Bleus!". A<br />

seleção brasileira não passaria pela<br />

França nem com mandinga. E, provavelmente,<br />

a Bélgica também não passe.<br />

Brasil e Bélgica<br />

Haja tensão antes da partida e mais<br />

ainda depois do segundo gol. Uma tensão<br />

muito maior no gramado do que nas<br />

casas pelo Brasil, porque aqui, ultimamente,<br />

aprendemos a sofrer. A Bélgica<br />

veio a cavalo. Este Corvo sentiu até um<br />

alívio com o gol do Renato Augusto, mas<br />

tudo dava pinta de seguir no mesmo bonde.<br />

Nosso time acordou muito tarde.<br />

Uma pena.<br />

Vem Brasil, vem pra casa<br />

Quando a Copa termina antes para<br />

os brasileiros, o povo acorda para muitas<br />

coisas. Tomara que essa massa de<br />

emoção comece a pensar no que é mais<br />

importante, ou seja, no destino, a começar<br />

pelo voto na urna. Vamos lá, Brasil!

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