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16 Internacional<br />
Foz do Iguaçu, segunda-feira, 23 de julho de 2018<br />
ECONOMIA<br />
Ministros do G20 pedem mais diálogo e parceria<br />
Reunião dominada por temas do comércio internacional acaba hoje<br />
Monica Yanakiew<br />
Repórter da Agência Brasil<br />
Os ministros da Fazenda<br />
e presidentes de<br />
Bancos Centrais do<br />
G20 (grupo que reúne<br />
as 19 maiores economias<br />
do mundo e a União<br />
Europeia) concluíram<br />
ontem (22) o terceiro<br />
encontro deste ano. O<br />
grupo emitiu um comunicado<br />
ressaltando a<br />
importância do comercio<br />
internacional. A reunião<br />
ocorre num momento<br />
de escalada da<br />
guerra tarifaria entre as<br />
grandes potencias.<br />
"Falamos de comércio<br />
de maneira racional<br />
e todos concordamos<br />
que é importante que<br />
tenhamos mais comércio",<br />
disse o secretário<br />
internacional do ministério<br />
da Fazenda do<br />
Brasil, Marcello Estevão,<br />
em entrevista coletiva.<br />
"O que estamos<br />
pedindo em geral é que<br />
as partes que estão em<br />
desacordo conversem<br />
mais e briguem menos",<br />
concluiu.<br />
Segundo Estevão,<br />
apesar de haver diferenças<br />
de opiniões, todos<br />
expressaram preocupação<br />
sobre as restrições<br />
ao comercio mundial,<br />
porque a guerra de<br />
tarifas afetará o crescimento<br />
das economias<br />
de países desenvolvidos<br />
e também em desenvolvimento.<br />
"Estamos todos preocupados<br />
com o que<br />
Ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do G20<br />
concluíram o terceiro encontro deste ano<br />
está acontecendo, porque<br />
não envolve só China<br />
e os Estados Unidos.<br />
Todos nós podemos levar<br />
uma bala perdida<br />
quando há briga entre<br />
economias muito grandes",<br />
disse Estevão. "Há<br />
pouco, levamos alguma<br />
bala perdida com o<br />
aço", acrescentou, referindo-se<br />
à ameaça do<br />
presidente norte-americano,<br />
Donald Trump,<br />
de taxar todas as importações<br />
de aço.<br />
A guerra foi desencadeada<br />
quando os Estados<br />
Unidos decidiram<br />
aplicar tarifas de 25%<br />
sobre US$ 34 bilhões<br />
de importações chinesas.<br />
A China retaliou,<br />
fazendo o mesmo. O<br />
governo norte-americano<br />
já identificou outros<br />
produtos chineses,<br />
no valor de US$ 200<br />
bilhões, sobre os quais<br />
ameaça aplicar uma<br />
taxa de 10%.<br />
Nesta queda de braço,<br />
os Estados Unidos<br />
têm mais margem de<br />
manobra: em 2017, importou<br />
US$ 505 bilhões<br />
da China, mas<br />
exportou apenas US$<br />
130 bilhões. Mas o governo<br />
norte-americano<br />
enfrenta oposição interna,<br />
de indústrias que<br />
serão prejudicadas,<br />
porque dependem de<br />
insumo importado, e<br />
dos consumidores, que<br />
terão que pagar mais<br />
caro - algo que não é<br />
um problema para a<br />
China, onde o Estado<br />
controla a economia, o<br />
câmbio e a política.<br />
União Europeia<br />
Os Estados Unidos<br />
também já aplicaram<br />
tarifas às importações<br />
de aço e alumínio da<br />
União Europeia, do Canada<br />
e do México. O<br />
Brasil também estava<br />
na lista, acabou negociando<br />
quotas. Agora os<br />
Estados Unidos ameaçam<br />
taxar os veículos<br />
europeus.<br />
O ministro das Finanças<br />
da Franca, Bruno<br />
Le Maire, disse que<br />
os Estados Unidos estavam<br />
aplicando a "lei da<br />
selva" com sua política<br />
de aplicar tarifas de forma<br />
unilateral. O secretário<br />
do Tesouro norteamericano,<br />
Steven Mnuchin,<br />
respondeu que "se<br />
a Europa acredita no livre<br />
comercio, estamos<br />
prontos a assinar um<br />
acordo sem tarifas, sem<br />
barreiras não tarifarias e<br />
sem subsídios". Le Maire<br />
retrucou que a França<br />
"se recusa a negociar<br />
com um revólver apontado<br />
a sua cabeça" e que<br />
os Estados Unidos devem<br />
dar o primeiro passo<br />
para voltar atrás na<br />
guerra comercial.<br />
Evo Morales tenta um quarto<br />
mandato presidencial na Bolívia<br />
Há 12 anos no Poder, o presidente da Bolívia, Evo Morales, de 58 anos, tenta<br />
a reeleição pela quarta vez. Com apoio das seis federações sindicais de<br />
Cochabamba, Morales disse que está convencido de uma nova vitória<br />
eleitoral. As campanhas ocorrerão em 2019.<br />
"Vamos ir, vamos ganhar as eleições com força e unidade, eu me sinto com<br />
muita confiança".<br />
De acordo com a Prensa Latina, agência pública de notícias de Cuba,<br />
organizações e movimentos sociais na Bolívia apoiam o chamado<br />
Movimento do Socialismo, Instrumento Político pela Soberania e dos Povos<br />
(MAS-IPSP), defendido por Morales, também anunciaram apoio à<br />
candidatura do presidente.<br />
Morales assumiu a Presidência da Bolívia em 2006, depois de ganhar as eleições<br />
de 2005, com 53,7% dos votos. Em 2009, após a promulgação da Constituição foi<br />
novamente eleito com 64,22% e , em 2014, reelegeu-se com 61,36%.<br />
*Agência Brasil com informações da Prensa Latina, agência pública de notícias de Cuba.