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GAZETA DIARIO 637

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16 Internacional<br />

Foz do Iguaçu, segunda-feira, 23 de julho de 2018<br />

ECONOMIA<br />

Ministros do G20 pedem mais diálogo e parceria<br />

Reunião dominada por temas do comércio internacional acaba hoje<br />

Monica Yanakiew<br />

Repórter da Agência Brasil<br />

Os ministros da Fazenda<br />

e presidentes de<br />

Bancos Centrais do<br />

G20 (grupo que reúne<br />

as 19 maiores economias<br />

do mundo e a União<br />

Europeia) concluíram<br />

ontem (22) o terceiro<br />

encontro deste ano. O<br />

grupo emitiu um comunicado<br />

ressaltando a<br />

importância do comercio<br />

internacional. A reunião<br />

ocorre num momento<br />

de escalada da<br />

guerra tarifaria entre as<br />

grandes potencias.<br />

"Falamos de comércio<br />

de maneira racional<br />

e todos concordamos<br />

que é importante que<br />

tenhamos mais comércio",<br />

disse o secretário<br />

internacional do ministério<br />

da Fazenda do<br />

Brasil, Marcello Estevão,<br />

em entrevista coletiva.<br />

"O que estamos<br />

pedindo em geral é que<br />

as partes que estão em<br />

desacordo conversem<br />

mais e briguem menos",<br />

concluiu.<br />

Segundo Estevão,<br />

apesar de haver diferenças<br />

de opiniões, todos<br />

expressaram preocupação<br />

sobre as restrições<br />

ao comercio mundial,<br />

porque a guerra de<br />

tarifas afetará o crescimento<br />

das economias<br />

de países desenvolvidos<br />

e também em desenvolvimento.<br />

"Estamos todos preocupados<br />

com o que<br />

Ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do G20<br />

concluíram o terceiro encontro deste ano<br />

está acontecendo, porque<br />

não envolve só China<br />

e os Estados Unidos.<br />

Todos nós podemos levar<br />

uma bala perdida<br />

quando há briga entre<br />

economias muito grandes",<br />

disse Estevão. "Há<br />

pouco, levamos alguma<br />

bala perdida com o<br />

aço", acrescentou, referindo-se<br />

à ameaça do<br />

presidente norte-americano,<br />

Donald Trump,<br />

de taxar todas as importações<br />

de aço.<br />

A guerra foi desencadeada<br />

quando os Estados<br />

Unidos decidiram<br />

aplicar tarifas de 25%<br />

sobre US$ 34 bilhões<br />

de importações chinesas.<br />

A China retaliou,<br />

fazendo o mesmo. O<br />

governo norte-americano<br />

já identificou outros<br />

produtos chineses,<br />

no valor de US$ 200<br />

bilhões, sobre os quais<br />

ameaça aplicar uma<br />

taxa de 10%.<br />

Nesta queda de braço,<br />

os Estados Unidos<br />

têm mais margem de<br />

manobra: em 2017, importou<br />

US$ 505 bilhões<br />

da China, mas<br />

exportou apenas US$<br />

130 bilhões. Mas o governo<br />

norte-americano<br />

enfrenta oposição interna,<br />

de indústrias que<br />

serão prejudicadas,<br />

porque dependem de<br />

insumo importado, e<br />

dos consumidores, que<br />

terão que pagar mais<br />

caro - algo que não é<br />

um problema para a<br />

China, onde o Estado<br />

controla a economia, o<br />

câmbio e a política.<br />

União Europeia<br />

Os Estados Unidos<br />

também já aplicaram<br />

tarifas às importações<br />

de aço e alumínio da<br />

União Europeia, do Canada<br />

e do México. O<br />

Brasil também estava<br />

na lista, acabou negociando<br />

quotas. Agora os<br />

Estados Unidos ameaçam<br />

taxar os veículos<br />

europeus.<br />

O ministro das Finanças<br />

da Franca, Bruno<br />

Le Maire, disse que<br />

os Estados Unidos estavam<br />

aplicando a "lei da<br />

selva" com sua política<br />

de aplicar tarifas de forma<br />

unilateral. O secretário<br />

do Tesouro norteamericano,<br />

Steven Mnuchin,<br />

respondeu que "se<br />

a Europa acredita no livre<br />

comercio, estamos<br />

prontos a assinar um<br />

acordo sem tarifas, sem<br />

barreiras não tarifarias e<br />

sem subsídios". Le Maire<br />

retrucou que a França<br />

"se recusa a negociar<br />

com um revólver apontado<br />

a sua cabeça" e que<br />

os Estados Unidos devem<br />

dar o primeiro passo<br />

para voltar atrás na<br />

guerra comercial.<br />

Evo Morales tenta um quarto<br />

mandato presidencial na Bolívia<br />

Há 12 anos no Poder, o presidente da Bolívia, Evo Morales, de 58 anos, tenta<br />

a reeleição pela quarta vez. Com apoio das seis federações sindicais de<br />

Cochabamba, Morales disse que está convencido de uma nova vitória<br />

eleitoral. As campanhas ocorrerão em 2019.<br />

"Vamos ir, vamos ganhar as eleições com força e unidade, eu me sinto com<br />

muita confiança".<br />

De acordo com a Prensa Latina, agência pública de notícias de Cuba,<br />

organizações e movimentos sociais na Bolívia apoiam o chamado<br />

Movimento do Socialismo, Instrumento Político pela Soberania e dos Povos<br />

(MAS-IPSP), defendido por Morales, também anunciaram apoio à<br />

candidatura do presidente.<br />

Morales assumiu a Presidência da Bolívia em 2006, depois de ganhar as eleições<br />

de 2005, com 53,7% dos votos. Em 2009, após a promulgação da Constituição foi<br />

novamente eleito com 64,22% e , em 2014, reelegeu-se com 61,36%.<br />

*Agência Brasil com informações da Prensa Latina, agência pública de notícias de Cuba.

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