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Propagandadesabão.Em português:<br />
“Porquesuamamãenãotelava<br />
comosabãomágico?Feitoapenas<br />
porTheN.K.FairbankCompany.”<br />
Propagandaderefrigerante.Em<br />
português:“Tomeumataçade<br />
Coca-Colaquandoestiverexausta<br />
comascompras.Elatedáenergiae<br />
vigor.”<br />
Propagandaconvocando<br />
enfermeirasparaservirem na<br />
PrimeiraGueraMundial.Em<br />
português:“Jovensmulheres!<br />
Precisamosdeenfermeiras.<br />
Tambémprecisamosdevocê.<br />
Prepare-separaser<br />
enfermeiraemescolasde<br />
enfermeiraemescolasde<br />
treinamento.”<br />
Propagandabrasileiradefermento.<br />
“Façabolosebrilharáperantesuas<br />
amigas!”<br />
compostapornegrosepardos.<br />
Alémdisso,umapesquisasobre<br />
afro-consumorealizadapela<br />
consultoriaEtnusmostraquea<br />
populaçãonegrabrasileira<br />
movimenta<br />
aproximadamenteR$800<br />
bilhõesaoano.Apesar<br />
disso,em2016apenas24%<br />
doscomerciaiscom<br />
protagonistascriançasou<br />
casaiseramnegrosoupardos,<br />
concluiuestudodaagênciade<br />
propagandaHeads,emparceria<br />
comaONUMulheres”,informao<br />
MP-SP.<br />
Negros,asiáticos,albinose<br />
sardentos,qualquerpessoaque<br />
tenhaumatonalidadedepele<br />
diferentedopadrãodoqueé<br />
Normalmentevisto,nãodeveriam<br />
sercotistasnamídia.Não<br />
deveríamosprecisarficar<br />
or<br />
orgulhososousurpresosquando<br />
marcasrepresentam nadamenos<br />
doquearealidade,principalmente<br />
nocontextoatualbrasileiro.<br />
APromotoriadeJustiçade<br />
DireitosHumanosdeSãoPaulo,<br />
áreadeInclusãoSocial,<br />
lançou,nestaterça-<br />
-feira(21),oDia<br />
Internacional<br />
Contraa<br />
Contraa<br />
Discriminação<br />
Racial,umacampanha<br />
ondequestionaabaixa<br />
representatividadedos<br />
negrosem propagandas.<br />
“Éfato:50% dosdonosde<br />
negócionoBrasilsãoafro-<br />
-descendentes,mas,porquea<br />
maioriadosempreendedores<br />
representadospelapublicidade<br />
sãopessoasbrancas?”,<br />
questionaacampanha.<br />
Oobjetivodoórgãoépropor<br />
debatespormeiodevídeos,<br />
entreprodutoresdeconteúdo,<br />
estudantesdepublicidade,<br />
anuncianteseasociedadeem<br />
geral.<br />
“Oúltimolevantamentodo<br />
IGBE,de2015,apontaque54%<br />
dapopulaçãobrasileiraé<br />
tornou-sepopularpor<br />
disponibilizartonalidadesde<br />
baseparapraticamentequase<br />
todosascoresdepeleexistentes.<br />
Oproblemadenãoacharum<br />
tom debaseadequadoparaoseu<br />
tom depeleérecorentenavida<br />
dasmulheresnegras.Issose<br />
dasmulheresnegras.Issose<br />
deveaofatodequechegara<br />
umapigmentaçãoescuraémuito<br />
maisdifícildoquechegarauma<br />
clara.Poucasmarcasde<br />
maquiagem possuem osrecursos<br />
eatecnologianecessáriapara<br />
darcontadetodosostonsde<br />
darcontadetodosostonsde<br />
pele.<br />
Outrasmarcasnãoforam tão<br />
felizesnassuasescolhasquando<br />
oquesitoépropaganda.A<br />
Devassa,porexemplo(pg.16),<br />
nãosófoi<br />
racista,como<br />
também<br />
machista<br />
(adjetivo<br />
quase<br />
intrínsecoda<br />
maioriadas<br />
marcasde<br />
cerveja).