Revista TOP Marchador #57

perfil de destaque
VILAÇA
Boa parte do sucesso de um criatório
se deve à qualidade dos
profissionais quem tocam o
negócio.
A Top Marchador está atenta a isso e
reserva essa seção para destacar aqueles
que fazem do cavalo suas paixões,
elevando os criatórios onde atuam a
patamares de grande sucesso.
Nesta edição, o Perfil de Destaque da
Top Marchador vai para:
ALAN VILAÇA, de Santa Luzia (MG),
proprietário hoje do CTE Alan Vilaça, que
oferece treinamento especializado a
importantes criatórios da raça.
Por favor, nos conte sua trajetória, os
haras, centros de treinamento, pelos quais
você já passou até ter seu próprio CTE.
Filho de criador de Mangalarga Marchador, nascido
em Madre de Deus de Minas, cresci no meio
do cavalo e herdei de meu pai a paixão pela raça.
Desde criança, movido pela paixão, comecei a
fazer hipismo e a apresentar os primeiros animais
em pista. Quando adulto, me formei técnico em
zootecnia na Escola Agrotécnica Federal de
Barbacena e estagiei no Centro de Treinamento
Equestre Mello Vianna. Após um ano, assumi a
gerência do Haras Mariliza e do Haras Cocheira
Nobre, ambos no Estado de Goiás. Logo depois,
fui convidado pelo amigo Fernandinho a retornar
ao CTE Mello Vianna e, naquele momento, percebi
a necessidade de buscar novas técnicas e novos
conhecimentos. Estudei os fundamentos da equitação,
pesquisei em outras raças novas técnicas de
montaria e manejo, e assim permaneci por seis
anos ao lado de Fernandinho, ministrando cursos
de equitação e realizando consultorias em diversos
criatórios. Nesse meio tempo, através dos amigos
José Ferraz e Thiago de Resende, tive a oportunidade
de fazer parte do quadro de Instrutores
de Equitação da ABCCMM, fato que muito me
honra. Ao final desses seis anos, Fernandinho
recebeu uma nova proposta de trabalho e me convidou
para assumir o CTE Mello Vianna. Aceitei e,
após um ano e meio, percebi que era hora de disseminar
conhecimentos e compartilhar minhas
próprias vivências. Assim, motivado pelo cavalo,
pelo conhecimento e por essa história de vida,
resolvi montar meu próprio Centro de
Treinamento.
Como é a participação de sua família em
seu trabalho? A sua família o apoia?
A participação de minha família é sempre constante.
Meu pai é criador há mais de 40 anos. Hoje
criamos Mangalarga Marchador juntos e ele sempre
me apoiou em minha escolha profissional.
Conto também com a ajuda de minha esposa.
Apaixonada pela raça, assim como eu, ela é meu
braço direito: me apoia, me incentiva, motiva e é
também o freio necessário quando preciso (risos)
Em sua vida, trabalhando com o
Mangalarga Marchador, com certeza deve
ter vários casos interessantes. Qual foi o
mais marcante?
O acontecimento mais marcante foi quando fui
convidado pela ABCCMM a representar o
Mangalarga Marchador em uma apresentação nos
Estados Unidos, na PBR. Tive a oportunidade de
compartilhar conhecimento em outro país. Corri
contra o tempo, pois a apresentação estava perto
e os animais com pouco preparo, mas, graças a
Deus, deu tudo certo.
Quais foram suas maiores conquistas no
meio do cavalo?
Montar meu próprio centro de treinamento
equestre e me tornar instrutor de equitação oficial
da ABCCMM.
Quais animais te marcaram mais?
Místico Elfar e Fumaça da Figueira.
Qual é o diferencial do CTE? Como está sendo
feita a preparação dos animais para a
Nacional 2018?
Localizado na cidade de Santa Luzia, o CTE Alan
Villaça é um espaço onde trabalhamos em prol do
cavalo de marcha e na formação de mão de obra
qualificada. Nossa missão é estabelecer uma relação
de confiança com os criadores, formar mão de
obra, cuidando e treinando os animais com técnica
e seriedade, observando o limite de cada um e,
desta forma, alcançar o melhor de cada indivíduo.
Atualmente, qual a maior satisfação e a
maior dificuldade em se trabalhar com o
Marchador?
Satisfação: poder trabalhar com o que eu amo, o
Mangalarga Marchardor. Foi a raça com que mais
me identifiquei, dentre todas com que já trabalhei.
Dificuldade: a maior é a pressa , tanto dos criadores
como dos apresentadores, em querer um animal
apto a competir em pouco tempo de treinamento.
O que você acha que pode melhorar?
Mudar a exigência na avaliação de um cavalo
novo, jovem e adulto. Acredito que deveriam ser
feitas avaliações diferentes, aumentando a exigência
de acordo com a idade, principalmente o grau
de reunião.
Qual é a sua expectativa para Nacional
2018 e a CBM?
Minha expectativa é que apareçam resultados
positivos de um trabalho feito durante todo o
ano, tanto dos animais do centro de treinamento,
como também dos animais de haras de consultoria.
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