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O-Mínimo-que-você-precisa-saber-para-não-ser-um-abortista

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ignorância legal – ignorância de <strong>um</strong>a das mais básicas de todas as funções da lei. Mas<br />

há diferenças significativas entre esses diferentes tipos de ignorância.<br />

A ignorância científica, se <strong>não</strong> for por desconhecimento ou negação deliberada<br />

ou desonestidade, é, talvez, lamentável, mas <strong>não</strong> moralmente condenável. Você <strong>não</strong> tem<br />

<strong>que</strong> <strong>ser</strong> perverso <strong>para</strong> <strong>ser</strong> indouto. Se <strong>você</strong> acredita <strong>que</strong> <strong>um</strong> bebê intrauterino é apenas<br />

"vida em potencial" ou <strong>um</strong> "grupo de células", então <strong>você</strong> <strong>não</strong> acredita <strong>que</strong> está matando<br />

<strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano quando <strong>você</strong> aborta e pode ficar sem peso na consciência por isso, (mas<br />

por <strong>que</strong>, então, a maioria das mães <strong>que</strong> abortam sentem terríveis dores de consciência,<br />

muitas vezes por toda a vida?).<br />

A maioria dos arg<strong>um</strong>entos pró-escolha, durante as duas primeiras décadas após o<br />

caso Roe contra Wade, contestou a premissa científica do arg<strong>um</strong>ento pró-vida. Talvez<br />

fosse quase sempre por desonestidade em vez de apenas pura ignorância, ou talvez <strong>não</strong>,<br />

mas pelo menos <strong>não</strong> negava diretamente a segunda premissa essencial, o princípio<br />

moral. Porém os apologistas pró-escolha hoje em dia cada vez mais o negam.<br />

Talvez os pró-escolha percebam <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> têm alternativa se<strong>não</strong> fazer isso, pois eles<br />

<strong>não</strong> têm outro recurso se estão a arg<strong>um</strong>entar no todo. Fatos científicos são muito bem<br />

fundamentados <strong>para</strong> negar, e <strong>não</strong> faz sentido negar o princípio legal, pois se a função<br />

primária da lei <strong>não</strong> é a defesa do direito à vida, o <strong>que</strong> mais poderia <strong>ser</strong>? Em vista disso,<br />

eles são obrigados a negar o princípio moral <strong>que</strong> leva à conclusão pró-vida. Isto, eu<br />

suspeito, é <strong>um</strong>a imensa mudança de r<strong>um</strong>o. O camelo adentrou <strong>não</strong> apenas seu focinho,<br />

mas seu torso debaixo da tenda 4 . Acho <strong>que</strong> a maioria das pessoas se recusa a pensar ou<br />

arg<strong>um</strong>entar sobre o aborto por<strong>que</strong> elas se dão conta <strong>que</strong> a única maneira de permanecer<br />

pró-escolha é abortar a razão primeiro. Ou, como muitos pró-escolha insistem <strong>que</strong> o<br />

aborto é sobre sexo, <strong>não</strong> sobre bebês, a única maneira de justificar seu desprezo pela<br />

castidade é <strong>um</strong> desprezo pela pureza intelectual. A única maneira de justificar a perda<br />

da inocência moral é perder a inocência intelectual.<br />

Se o parágrafo acima o ofende, eu desafio <strong>você</strong> a acalmar-se e honestamente<br />

perguntar à sua própria consciência racionalmente: se, onde e por <strong>que</strong> o <strong>que</strong> eu disse é<br />

falso.<br />

4<br />

Fábula árabe <strong>que</strong> faz analogia a <strong>um</strong> problema <strong>que</strong>, <strong>não</strong> tratado enquanto pe<strong>que</strong>no e<br />

aparentemente inofensivo, pode vir a tornar-se grande e perigoso.

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